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Jardim Japonês shakkei
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Jardins Zen - Século XIII No século XIII aparecem os Jardins Zen, onde os Jardins são inertes, com pouca presença
de material vegetal, minimalistas e cheios de significado. A presença de arquétipos é a sua
base. Vive de símbolos, partindo destes para contemplação e meditação. Aqui uma Rocha
ou uma árvore, representam um mundo diferente, um mundo perfeito, ao contrário da
Natureza.
Cada árvore ou rocha no Jardim Zen representa bodhisattva, a areia representa o mar ou
o macrocosmos. As pontes num Jardim Zen, não têm destino, não têm fim, assim como não
existem caminhos, todo o significado do desenho e introduções num Jardim Zen é para
levar um indivíduo à introspecção, à meditação, à procura da verdade última, a atingir o
estado Satori. A água enquanto elemento real e presente não tem lugar num Jardim Zen,
aparecendo apenas representada por gravilha ou seixo, ocupando um papel muito
importante.
Os Jardins Zen muitas vezes incluem uma pedra lisa e baixa, onde um monge pode
praticar zazen ou meditação, podemos ainda encontrar uma pedra em forma de barco
flutuando num oceano de areia. Esta imagem representa um barco celestial que de acordo
com a mitologia Japonesa, desceu à terra dos céus, trazendo os sete Deuses da boa
fortuna.
O conjunto das três pedras do Monte Horai pode ser facilmente distinguida das outras
pela representação de criaturas sagradas como as tartarugas, onde numa pedra das mais
pequenas da trilogia aparece talhada a cabeça de uma tartaruga.
A primeira pedra a ser disposta num espaço é a maior, a mais importante e mais bonita.
Esta representa buda e apresenta-se envolvida por azaleas que quando são talhadas e em
floração sugerem a descida de buda sobre nuvens, acompanhado por bodhisattvas pedras
de pequenas dimensões que evolvem a primeira. A presença da vegetação (ser animado)
que envolve a pedra (ser inanimado), ilustra as diferenças e fluxos entre estes, sendo um
tema muito recorrente no Jardim Zen.
Os principais elementos num Jardim Zen são assim a areia ou gravilha, representando
água com a sua ondulação, a pedra e a vegetação, que pode ou não estar presente. Se a
vegetação estiver presente é de forma discreta como musgo ou sebes muito trabalhadas,
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que adquirem formas concretas. A presença dos limites do espaço sob forma de vedações
rígidas é muito importante, criando contenção, calma e dando lugar à introspecção.
Areia
A areia ou gravilha branca utilizada no Jardim Zen, substituí a água, evocando um espaço
de calma e pureza. A areia branca sempre foi utilizada para demarcar os locais sagrados.
Assim sendo a areia evoca uma dimensão espiritual num jardim sem referir nenhuma
religião específica.
As áreas num Jardim de areia ou gravilha representam elementos misteriosos que
permitem a divagação da mente. A reflexão e claridade originada pela areia branca cria um
contraste com a vegetação e rochas, ajudando a manter a composição viva.
55. A presença da areia nos Jardins Zen
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A areia pode representar um rio, um lago ou mesmo um oceano, pode criar uma
sensação de espaço aberto um espaço muito pequeno. A areia é preferível á utilização da
água por razões de custos e porque a areia é uma abstracção institucionalizada sugerindo
água nos jardins Zen.
Nos jardins a areia usada não era areia do mar, mas sim areia originada da
decomposição de gravilha de granito, de granulometria entre 3 a 8 mm de diâmetro. Se
muito fina, a areia pode voar com o sopro do vento, além que de não mantém o desenho
do pavimento. A cor da areia deve ser verificada quando se compra, a seco e a molhado.
A sub camada da areia deve ser bem nivelada, se apresentar grandes irregularidades,
deve apresentar drenagem suficiente para que o espaço não fique alagado com as chuvas.
Os desenhos marcados no chão tradicionalmente sugerem ondas, de formas naturalistas
ou estilizadas. A areia é utilizada desta forma simbolizando o movimento continuo da água.
A largura das ondas pode simbolizar a calma de um rio ou lago quando estreitas, ou as
ondas agitadas do oceano se mais largas.
56. Areia representando uma cascata seca no Jardim
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As linhas concêntricas podem encontrar-se na envolvência de uma rocha ou no meio de
nada, simbolizando uma folha que acabou de cair à água.
Uma cascata num jardim seco é representada por uma pedra apenas ao nível da areia,
uma ilha pode ser também um pedaço de terra, mas é mais comum a utilização de uma
simples pedra, muito baixa. Uma ribeira seca ou uma cascata são elementos que sugerem a
existência de água noutras alturas e que agora se encontra seco, devendo dar a impressão
que a qualquer altura pode voltar a correr água pela cascata, que às primeiras chuvas ela
começa a correr.
Num jardim seco, onde a areia representa um lago, ou um rio, estes são também alvo de
desenho segundo princípios referidos anteriormente para o desenho destes.
Jardim do Chá O Jardim do Chá é um Jardim para ser vivido, habitado, é um espaço bastante mais
complexo formalmente do que o Jardim Zen, menos depurado. Embora o Jardim Zen
simbolicamente seja mais elaborado, de significações muito mais amplas e abrangentes.
57. Desenhos na Areia. 1.Redemoinho; 2.Ondas concêntricas; 3.Corente do Rio; 4.Pequena queda de água; 5.Onda de um rio largo; 6.Ondas de rio estilizadas.
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O jardim do chá apresenta inúmeros elementos no seu desenho, alguns já apresentados,
tal como a presença da água sob forma de lagos e rios, rochas, vedações, cordas, portões
de madeira, material vegetal muito diverso. Outros foram introduzidos apenas nesta fase tal
como: Lanternas de pedra, Bacias de água, caminhos pedonais formais e bem marcados,
“stepping stones”, pontes, pérgolas e varandas.
Caminhos e “Stepping Stones” Os caminhos no jardim japonês não têm apenas uma função de transportar um indivíduo
de um ponto para outro, têm ainda uma função de divagação, de transporte da mente por
caminhos e pontos de vista diferentes.
Um caminho curvo permite a visualização apenas até ao ponto onde curva, à medida que
se ultrapassa a curva, uma nova vista é revelada. Os caminhos podem ser utilizados para
ligar ou separar elementos em composições. A largura do caminho pode ter várias funções
de perspectiva, de dirigir o olhar num determinado sentido, criando fluxo e uma forma de
viver o jardim, assim como o criador o concebeu.
Os materiais a utilizar em caminhos podem ser vários, de terra batida, gravilha, lasca ou
pedra. As pedras a utilizar em “stepping stones” podem ser de vários tipos dispersas e
cortadas naturalmente, regulares dispostas no pavimento próximas umas das outras de
uma forma geométrica ou mais orgânica.
“Stepping Stones” foram primeiramente concebidos para os Jardins do Chá, de forma a
criar caminhos e não perder o aspecto natural da plantação; quando cobertos por musgo
ou plantas rasteiras os “stepping stones” são bem sucedidos em criar uma fronteira entre
o que é caminho e o que é vegetação. Esta forma de caminho transporta as pessoas para
dentro do jardim e não pelo jardim a fora.
58. Diferentes formas de construir um caminho de Stepping Stones.
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Os Caminhos em “Stepping stones” tiveram em primeiro lugar uma função decorativa,
ganhando mais tarde um caracter mais funcional que não deve ser esquecido. Existe beleza
num instrumento que tem um sentido, assim sendo um caminho que passa perto demais de
uma sebe, que não tem fim, pedras que se encontram distantes demais ou muito redondas
em cima perdem a sua função.
As pedras a utilizar em “stepping stones” devem ser lisas em cima e sem apresentar
buracos que retêm a água da chuva. De tamanhos entre os 20 e 30 cm e 10 cm de altura,
enterradas saindo para a superfície entre 3 e 9 cm. A disposição destas deve apresentar as
arestas desencontradas de formas agradáveis. As pedras devem estar afastadas entre si no
máximo de 10 cm entre cada ou 50 cm entre centros.
Para diminuir a ideia que as pedras (se muito grandes) podem dar de pavimento
compacto podem alternar-se pedras maiores com pedras mais pequenas. Se se utilizarem
pedras com um eixo longitudinal marcado, este não deve seguir o eixo do caminho, de
forma a não marcar muito o percurso continuo, e enfatizar mais cada espaço.
O cruzamento entre caminhos não deve formar ângulos
rectos, sendo preferível a utilização nos espaços de
convergência ou divergência uma pedra maior que faz a
ligação. Nestes encontros podem criar-se pequenos
canteiros, ou a presença de uma lanterna ou qualquer
elemento decorativo pode amenizar esta impressão.
No desenho dos caminhos principais, mais formais,
podem utilizar-se desenhos geométricos com os
“stepping stones”, em detrimento da gravilha ou musgo.
Estes caminhos são utilizados nos pontos de chegada a
casa ou a um templo.
59. Cruzamento entre caminhos.
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Os caminhos podem não ter o seu fim em lagos, rios, ou
entradas, podem continuar por eles atravessando o rio ou
entrando pela habitação.
Pontes As pontes podem ser construídas de variadas formas,
podem ser compostas por pedras dispostas em forma de
“stepping stones”, podem ser de pedra continua, de
madeira ou bambu coberta com terra natural.
Ao longo dos tempos várias formas de pontes foram
utilizadas, dependendo do efeito que se pretende criar, do
tamanho do jardim, da função e carga exigidas para cada
ponte.
A um nível mais prático a ponte tem uma função de
transporte de um lado para o outro de um rio ou forma de
água, real ou abstracta, mas a ponte pode adoptar um
número de funções variadas, tal como de equilíbrio de
volumes perto de uma queda de água, pode conferir uma
ideia de estabilidade e repouso, de ligação à outra margem
ou pode indicar uma direcção visual preferencial.
Uma ponte em “stepping stones”, é utilizada em situações mais naturalistas, em que o
percurso em questão não é muito longo, e para travessias onde as cargas exigidas são
pequenas.
As pontes em madeira
podem ser curvadas,
perfeitamente horizontais,
ou cobertas com terra
natural. As pontes em
madeira curvadas, tornam-
se mais pesadas, adquirem
60. Diferentes formas de Stepping Stones
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um porte muito pesado, são utilizadas em jardins maiores onde
possam ser admiradas de longe. Estas são geralmente
coloridas. No Japão estas pontes foram muito utilizadas nos
séculos X e XI, dos jardins com lagos e ilhas, da classe
aristocrática em Kyoto.
Outras formas de pontes de madeira foram utilizadas por esta época e posteriormente. A
ponte de madeira linear ou em zig-zag. Estas pretendem criar um reflexo na profundidade
do lago. Onde haviam plantações de Lírios e Íris, a ponte em zig-zag era a favorita, por ser
muito baixa permite as pessoas circularem mesmo perto destas. Este tipo de pontes é por
vezes chamado de pontão ou passadiço.
Outro tipo de pontes utilizadas para formas naturalistas, é a ponte em bambu coberta
com terra e areia. Esta adapta-se a espaços rústicos e não deve ter corrimões ou qualquer
tipo de protecção.
As pontes referidas são elementos utilizados em espaços mais amplos e variados. Para
espaços mais pequenos, menos complexos ou jardins secos, onde
pontes de madeira poderiam apresentar-se desproporcionadas, utilizam-
se pontes mais simples compostas de pedras inteiras apoiadas em
blocos de pedra de diferentes alturas nas extremidades. 62. Pontes em Pedra
61. Diversas formas de pontes de madeira.
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Bacias de Pedra Tradicionalmente as bacias de pedra são utilizadas e concebidas para lavar as mãos e a
boca nos Jardins do Chá num acto de purificação. A humildade existente no acto envolve a
purificação da mente ao mesmo tempo que a purificação do corpo. As bacias de água
devem ser utilizados em qualquer jardim em que o conceito exija a introdução de um
elemento de água mas as dimensões do espaço não permitam o desenho de um lago.
As bacias hoje detêm essencialmente um sentido decorativo, embora não devem perder o
seu sentido prático, apresentado nos locais dispostos e aparecendo associados a uma peça
de bambu, desenhada para verter água sobre as mãos – hishaku.
As bacias podem ser desenhadas sob várias formas tradicionais. A mais comum é a Ume
com a forma das pétalas de crisântemos, outra é a natsume uma bacia alta e cilíndrica,
algumas apresentam o desenho de uma moeda, outras são ainda decoradas com
caracteres chineses em volta da bacia. No templo de Ryoan-ji em volta da bacia existe uma
inscrição dizendo: “O mais importante é saber estar satisfeito”.
Existem ainda bacias rectangulares ginkakuji que apresentam um padrão entrançado em
três dos lados da bacia. Outras bacias quadradas têm relevos de budas, sugerindo o
passado em que peças antigas dos templos maçons eram recuperadas e usadas como
bacias de água nos jardins do chá.
63. Bacias de pedra
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A bacia é colocada perto de um poço colector da água que sai da bacia – chamado
“oceano” e o buraco por onde se dá a drenagem está coberto de pedras. Quanto maior a
bacia, maior deve ser esta área colectora.
A disposição e envolvência das bacias mais uma vez envolve arranjos de pedras
tradicionais chamados tsukubai. No lado oposto à bacia, coloca-se uma pedra lisa, grande
o suficiente para que um adulto se mantenha em pé confortavelmente. Para a direita desta
pedra dispõe-se uma outra bacia, mais pequena que a primeira, para que em tempos frios
se possa ter água quente. À esquerda da bacia principal deve ser disposta uma pedra
pouco mais alta, onde se coloca uma lanterna para as noites de cerimonias. Por vezes é
posta uma pedra alta, ou um arbusto por trás da bacia principal, criando uma sensação de
segurança.
As bacias são um elemento unificador da habitação e do jardim, por essa razão são
geralmente colocadas perto das varandas e entradas.
Lanternas de Pedra Os caminhos e estradas que levavam aos santuários Xínto e templos Budistas, sempre
foram animados por lanternas de pedra doadas pelos crentes, muitas destas lanternas são
ainda acesas com velas nas cerimónias.
As lanternas foram introduzidas no interior do jardim no século XVI, no Jardim do Chá, por
Sen-no-Rikyu, pois este admirava a luz distante que estas originavam, servindo dois
propósitos, o estético e prático, iluminando as pessoas pelos caminhos até uma cerimonia
do chá nocturna. Nos nossos dias a sua função é essencialmente decorativa, embora
devam ser posicionadas com o seu propósito original em mente.
64. Composição das Bacias de água.
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Existem quatro tipos principais de lanternas:
Tachi-gata: existentes em templos e santuários, com pé alto, geralmente de seis faces. Os
seus nomes derivam dos templos antigos onde o seu protótipo ainda se encontra. Estas
tendem a ser largas e com elaborados relevos. São dotados de grande pose e dignidade, e
aparecem dispostos numa entrada ou em caminhos. Podem aparecer associados a material
vegetal criando um bom contraste com a gravidade deste tipo de lanterna.
Ikegomi-gata: este tipo de lanterna apresentam um pé que se enterra completamente no
chão. São utilizados perto de vegetação pouco densa, perto de gravilha ou areia. A
simplicidade das suas formas torna-os apropriados para Jardins do Chá, perto de bacias de
água.
Oki-gata – sem pé nem base de suporte, geralmente disposto em cima de uma pedra lisa,
perto da água.
Lanterna assente em pernas: sem nome específico esta é a última forma de lanterna,
assente em duas, três, quatro ou mais pernas. Yukimi-gata é a mais conhecida. Muito
atractiva quando utilizada perto da água, para onde pode estar inclinada.
Uma outra variedade menos comum é o pagode, este pode ter entre três ou onze
andares, deste que seja um número impar. Existem vários estilos, alguns sem espaço quase
nenhum entre telhados e outros com espaço mas muito ornamentados, (estes de origem
chinesa). O melhor local para colocar um pagode alto será no fim de um jardim, criando a
ilusão de distância. Estes devem aparecer entre vegetação, para que não se apresentem
muito expostos.
65. 3 Lanternas tipo: 1.Tachi-gata; 2.Ikegomi-gata; 3. Yukimi-gata.
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Shishi-Odoshi O shishi-odoshi foi uma construção utilizada pelos antepassados para afastar os animais
eu pudessem danificar as colheitas. Era constituído por uma cana de bambu que vertia
água sobre outra cana, em equilíbrio sobre uma pedra. Quando a Segunda cana fica cheia
roda despejando a água voltando ao estado inicial e batendo na pedra causando um som
que assustaria os animais.
Estes elementos são utilizados por vezes nos jardins, pela sua dinâmica e mudança e
pela própria marcação de um compasso temporal. Este deve ser utilizado em espaços
grandes, pois com o tempo torna-se muito cansativo, além de que necessita de um
suplemento de água constante e sua drenagem.
66. Pagode
67. Shishi-Odoshi
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Pérgolas As pérgolas de Wisteria chinensis são hoje já comuns também no Ocidente. Nos jardins
japoneses estas glicínias são cuidadosamente podadas, para que a planta não exceda a
sua capacidade de nutrição, mantendo a sua floração a um máximo.
A presença da pérgola no jardim japonês é assumida pela atribuição de um espaço
próprio sem competição com outros elementos vegetais, e com a presença de um simples
banco sob esta. O pavimento utilizado é geralmente madeira em tacos ou ripado.
A pérgola causa uma situação de perspectiva e enquadramento de um ponto de vista,
assim sendo, deve a sua posição e enquadramento ser cuidadosamente pensada.
Varandas Tradicionalmente uma varanda faz parte de um templo ou de uma casa de chá, e é
extremamente importante a interface entre uma construção e um jardim. Uma varanda é
uma extensão de uma casa e é parte da área exterior. Na cerimonia do chá, era na varanda
que se faziam os preparativos para o visitante antes de entrar numa cerimonia do chá.
Uma varanda tradicional, é uma plataforma elevada, feita de ripado de madeira, de cor
escura, protegida do clima pela extensão do telhado. É o ponto prefeito de observação do
Jardim, sentado. A varanda tem um papel de enquadrar o exterior, de moldura, de
compreender as distâncias no jardim longínquo. A varanda origina ainda pelo
enquadramento um equilíbrio na composição.
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