manual pgf administração de procuradoria
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15
deNovembro de
1889
ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO
PROCURADORIA-GERAL FEDERAL
MANUAL BÁSICO DE ADMINISTRAÇÃO DE
PROCURADORIAS
BRASÍLIA – DF - FEVEREIRO/2008
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15
deNovembro de
1889
ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO
PROCURADORIA-GERAL FEDERAL
ÍNDICE
CONSIDERAÇÕES INICIAIS.........................................................................................................................PAG. 4
CAPÍTULO I – DA DIREÇÃO GERAL DA PGF ........................................................................................PAG. 5
CAPÍTULO II – REPRESENTAÇÃO JUDICIAL DAS AUTARQUI AS E FUNDAÇÕES
PÚBLICASFEDERAIS.....................................................................................................................................PAG. 9
CAPÍTULO III – DAS PROCURADORIAS-REGIONAIS FEDERAI S, DAS PROCURADORIAS-FEDERAIS
NOS ESTADOS, PROCURADORIAS-SECCIONAIS FEDERAIS E ESCRITÓRIOS DE
REPRESENTAÇÃO.........................................................................................................................................PAG. 14
CAPITULO IV - DA INSTALAÇÃO E REINSTALAÇÃO DAS UNID ADES DA
PGF...................................................................................................................................................................PAG. 16
CAPITULO V - DAS CHEFIAS...................................................................................................................PAG. 18
CAPÍTULO VI - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS........................................................................PAG. 19
CAPÍTULO VII – DA GESTÃO DE MATERIAIS E SERVIÇOS.. ..........................................................PAG. 26
CAPÍTULO VIII – DA GESTÃO DO SUPRIMENTO DE FUNDO S.....................................................PÁG.28
CAPÍTULO IX - DA GESTÃO DE SISTEMAS E INFORMAÇÕES.. .....................................................PAG. 29
CAPÍTULO X - DA FORMAÇÃO DO PROCESSO, DISTRIBUIÇÃO , E ORGANIZAÇÃO DOS
TRABALHOS NA PROCURADORIA.........................................................................................................PAG. 33
CAPÍTULO XI – ORIENTAÇÕES QUANTO À ATUAÇÃO JUDICIAL ................................................PAG. 37
CAPÍTULO XII – DAS ORIENTAÇÕES GERAIS...................................................................................PAG. 44
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CAPÍTULO XIII – COMUNICAÇÕES RELATIVAS A PROCESSOS ...................................................PAG. 47
CAPÍTULO XIV – DECAP E NECAP..........................................................................................................PAG. 50
CAPÍTULO XV – FERRAMENTAS DISPONÍVEIS NAS HOMEPAGES DA AGU E DA
PGF...................................................................................................................................................................PAG. 53
CONSIDERAÇÕES FINAIS..........................................................................................................................PAG. 56
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CONSIDERAÇÕES INICIAIS
O presente manual tem por objetivo auxiliar os titulares de Procuradorias-Regionais Federais,
Procuradorias-Federais, Seccionais Federais, e Escritórios de Representação, órgãos de execução que
constituem a estrutura descentralizada da Procuradoria-Geral Federal, no exercício de suas atribuições
de gerenciamento, controle e fiscalização das respectivas unidades, em consonância com as normas –
legais e infralegais - aplicáveis à matéria.
É mister assinalar que, ao tempo de elaboração do presente manual, a Procuradoria-Geral
Federal ainda se ressente da inexistência de um verdadeiro regimento interno, que defina, de forma
precisa, a sua organização e as atribuições de cada uma das coordenações/divisões/serviços/seções ou
setores que irão compor, num horizonte próximo, a estrutura do órgão.
De qualquer sorte, é fato consumado que já se encontram em operação, em consonância com o
disposto na Lei nº 10.480/2002, e posteriores alterações, as Procuradorias-Regionais Federais, as
Procuradorias-Federais nos Estados, e, examente no momento de elaboração do manual, começam a ser
instaladas as primeiras Procuradorias-Seccionais Federais e Escritórios de Representação.
Neste panorama, carece a PGF de um documento que auxilie os titulares das respectivas
unidades em suas atribuições, esclarecendo-lhes, em linhas básicas, suas incumbências e
responsabilidades, bem como definindo, ainda que como sugestão, as diretrizes que devem ser
observadas para o gerenciamento das Procuradorias, seja no aspecto de suas atribuições judiciais e de
consultoria, seja no aspecto do gerenciamento de suas respectivas estruturas administrativas.
O atual processo de reestruturação da PGF, é importante salientar, implica na atuação
autônoma dos órgãos de execução, em estrutura própria e administrativamente independente das
Autarquias e Fundações Públicas Federais representadas, com a observância, por via de conseqüência,
das normas que regram a Advocacia-Geral da União.
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Nestas circunstâncias, ganha relevo o papel dos titulares das respectivas Procuradorias, na
medida em que, além das atribuições de gerenciamento das atividades- fim (judiciais e de consultoria)
de cada unidade, cabe-lhes também a supervisão de uma maior gama de atividades administrativas,
anteriormente providas e controladas, em suas antigas Procuradorias, pelas próprias entidades
representadas.
O manual portanto, pretende ser apenas um guia inicial, que garanta aos titulares das
respectivas unidades as diretrizes legais para sua atuação, e sugestões que possibilitem a adequada
condução das Procuradorias.
CAPÍTULO I – DA DIREÇÃO GERAL DA PGF
A Procuradoria Geral Federal é um órgão vinculado da Advocacia-Geral da União, criado pela
Lei n. 10.480/2002.
O mesmo diploma (art. 11, parágrafo 2), definiu as atribuições do Procurador Geral Federal,
in verbis:
I - dirigir a Procuradoria-Geral Federal, coordenar suas atividades e orientar-lhe a atuação;
II - exercer a representação das autarquias e fundações federais junto ao Supremo Tribunal Federal e aos Tribunais Superiores;
III - sugerir ao Advogado-Geral da União medidas de caráter jurídico de interesse das autarquias e fundações federais, reclamadas pelo interesse público;
IV - distribuir os cargos e lotar os Membros da Carreira nas Procuradorias-Gerais ou Departamentos Jurídicos de autarquias e fundações federais;
V - disciplinar e efetivar as promoções e remoções dos Membros da Carreira de Procurador Federal;
VI - instaurar sindicâncias e processos administrativos disciplinares contra Membros da Carreira de Procurador Federal, julgar os respectivos processos e aplicar as correspondentes penalidades;
VII - ceder, ou apresentar quando requisitados, na forma da lei, Procuradores Federais; e
VIII - editar e praticar os atos normativos ou não, inerentes a suas atribuições.
§ 1º No desempenho de suas atribuições, o Procurador-Geral Federal pode atuar junto a qualquer juízo ou Tribunal.
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A Procuradoria-Geral Federal, em maio de 2007, delegou às coordenações e adjuntorias do
Procurador-Geral o trato dos temas e matérias mais relevantes no panorama de suas incumbências. Os
titulares dos órgãos de execução deverão, pois, observar a competência específica de cada uma destas
coordenações e adjuntorias, no trato dos assuntos de seu interesse.
As Portarias PGF de nºs 329 a 335/2007, tratam destas coordenações e adjuntorias da Direção
Geral da PGF, dispondo sobre as respectivas atribuições, in verbis:
Nº 329 - Art. 1º Delegar ao Subprocurador-Geral Federal a coordenação das atividades da Procuradoria-
Geral Federal e a orientação de sua atuação, competindo-lhe, com reserva do exercício de iguais atribuições:
I - atribuir aos órgãos de execução da Procuradoria-Geral Federal a representação judicial e extrajudicial
das autarquias e fundações públicas federais, as respectivas atividades de consultoria e assessoramento jurídicos, a apuração
da liquidez e certeza dos créditos, de qualquer natureza, inerentes às suas atividades, e sua inscrição em dívida ativa, para
fins de cobrança amigável ou judicial;
II - exercer a representação judicial das autarquias e fundações federais junto a qualquer juízo ou Tribunal;
III - lotar os Membros da Carreira de Procurador Federal nos órgãos de execução da Procuradoria-Geral
Federal;
III - efetivar as promoções e remoções dos Membros da Carreira de Procurador Federal;
IV - ceder, ou apresentar quando requisitados na forma da lei, Procuradores Federais;
V - praticar, em relação aos Membros da Carreira de Procurador Federal, atos de exercício, licenças e
afastamentos;
VI - designar os substitutos dos cargos em comissão da Procuradoria-Geral Federal;
VII - solicitar a requisição de servidores e empregados para ter exercício na Procuradoria-Geral Federal; e,
VIII - aprovar as manifestações, quando necessário, do Adjunto de Contencioso, do Chefe de Gabinete,
dos Coordenadores-Gerais, dos Procuradores-Regionais, dos Chefes de Procuradoria e dos Procuradores Seccionais da
Procuradoria-Geral Federal.
Nº 330 - Art. 1º Delegar à Adjuntoria de Consultoria as atividades de consultoria e assessoramento
jurídicos da Procuradoria-Geral Federal, competindo-lhe, com reserva do exercício de iguais atribuições:
I - examinar e aprovar as matérias jurídicas submetidas à sua apreciação e que não importem em
orientação geral às autarquias e fundações públicas federais;
II - editar os atos normativos internos visando à regulamentação de procedimentos administrativos da
Adjuntoria de Consultoria da Procuradoria-Geral Federal; e,
III - indicar Membros da Carreira de Procurador Federal para compor comissões de sindicância e de
processos administrativos disciplinares.
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Nº 331 - Art. 1º Atribuir à Chefia de Gabinete da Procuradoria-Geral Federal as atividades de
coordenação e supervisão do Gabinete da Procuradoria-Geral Federal e dos órgãos a ele vinculados, competindo-lhe,
especialmente:
I - assessorar o Procurador-Geral Federal e o Subprocurador-Geral Federal em suas representações
políticas e administrativas;
II - ocupar-se das relações públicas do Gabinete da Procuradoria-Geral Federal e do preparo e despacho do
expediente do Procurador-Geral Federal e do Subprocurador-Geral Federal;
III - acompanhar a tramitação de projetos de lei e demais atos normativos de interesse da Procuradoria-
Geral Federal;
IV - providenciar o atendimento às consultas e aos requerimentos formulados pelo Poder Legislativo,
Tribunal de Contas da União, Presidência da República, Ministérios, Secretarias, Comandos Militares, Controladoria-Geral
da União, Poder Judiciário, Ministério Público da União e demais órgãos de controle internos e externos;
V - exercer o controle dos expedientes e atos, normativos ou não, editados pela Procuradoria-Geral
Federal;
VI - providenciar a publicação oficial e a divulgação dos atos da Procuradoria-Geral Federal;
VII - executar, em articulação com a Assessoria de Comunicação Social da Advocacia-Geral da União, a
política de comunicação social interna e externa da Procuradoria-Geral Federal;
VIII - supervisionar as atividades dos órgãos e servidores vinculados ao Gabinete da Procuradoria-Geral
Federal, e suas relações com os demais órgãos de execução da Procuradoria-Geral Federal e da Advocacia-Geral da União;
e,
IX - supervisionar as atividades de concessão de diárias e passagens na sede da Procuradoria-Geral
Federal.
Nº 332 - Art. 1º Atribuir à Coordenação-Geral de Planejamento e Gestão da Procuradoria-Geral
Federal, as atividades de planejamento e gestão do órgão central da Procuradoria-Geral Federal, das Procuradorias-
Regionais Federais, das Procuradorias Federais nos Estados e das Procuradorias-Seccionais Federais, competindo-lhe,
especialmente:
I - acompanhar, coordenar e orientar as atividades de administração, gestão, orçamento e planejamento no
âmbito da Procuradoria-Geral Federal;
II - gerenciar as questões relativas à Tecnologia da Informação e aos sistemas eletrônicos de interesse da
Procuradoria-Geral Federal;
III - executar, em coordenação com as demais Coordenações-Gerais, a assunção, pelas Procuradorias-
Regionais Federais, Procuradorias Federais nos Estados e Procuradorias-Seccionais Federais, das atividades de
representação judicial e extrajudicial das autarquias e fundações públicas federais; e,
IV - atuar junto à Secretaria-Geral da Advocacia-Geral da União no encaminhamento das questões que lhe
são atribuídas por esta Portaria.
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Nº 333 - Art. 1º Atribuir à Coordenação-Geral de Pessoal da Procuradoria-Geral Federal as atividades de
coordenação e controle relacionadas à administração dos Membros da Carreira de Procurador Federal, servidores,
estagiários e pessoal em geral da Procuradoria-Geral Federal, competindo-lhe:
I - coordenar e executar as atividades relacionadas à lotação, promoções, remoções, cessão, exercício,
licenças e afastamentos dos Membros da Carreira de Procurador Federal nos órgãos de execução da Procuradoria-Geral
Federal;
II - organizar e manter atualizado cadastro de lotação e exercício dos órgãos de execução da Procuradoria
Geral Federal;
III - controlar as folhas de freqüência dos servidores no âmbito da sede da Procuradoria Geral Federal e
emitir o respectivo Boletim Mensal de Freqüência;
IV - manter registro atualizado de ocupantes de cargos de provimento em comissão e funções
comissionadas nos órgãos de execução da Procuradoria-Geral Federal;
V - analisar recursos relativos à promoção dos Membros da Carreira de Procurador Federal, após sua
instrução pela Coordenação-Geral de Recursos Humanos da Advocacia Geral da União, e submetê-los à decisão do
Subprocurador-Geral Federal;
VI - instruir os processos relativos à avaliação do estágio probatório dos Membros da Carreira de
Procurador Federal;
VII - adotar as providências relativas à proposição e homologação de concurso público para provimento
de cargo efetivo de Procurador Federal;
VIII - adotar as providências relativas à solicitação de servidores e empregados para ter exercício na
Procuradoria-Geral Federal; e,
IX - supervisionar, coordenar e controlar as atividades de distribuição das vagas e recrutamento de
estagiários na Procuradoria-Geral Federal.
Nº 334 - Art. 1º Atribuir à Coordenação-Geral de Projetos e Assuntos Estratégicos da Procuradoria-
Geral Federal as atividades de coordenação, análise, elaboração e acompanhamento de projetos e assuntos considerados
estratégicos pelo Procurador-Geral Federal, competindo-lhe, especialmente:
I - elaborar e acompanhar a tramitação de projetos de lei e demais atos normativos de interesse da
Procuradoria-Geral Federal, em articulação com a Chefia de Gabinete da Procuradoria-Geral Federal;
II - planejar e coordenar a assunção, pelas Procuradorias-Regionais Federais, Procuradorias Federais nos
Estados e Procuradorias-Seccionais Federais, das atividades de representação judicial e extrajudicial das autarquias e
fundações públicas federais;
III - planejar e coordenar ações relativas à criação de Procuradorias-Seccionais Federais e suas
Representações; e,
IV - elaborar e encaminhar à Escola da Advocacia-Geral da União proposta de cursos de treinamento e
aperfeiçoamento destinados aos Membros e servidores em exercício na Procuradoria-Geral Federal.
Nº 335 - Art. 1º Delegar à Adjuntoria de Contencioso da Procuradoria-Geral Federal as atividades de
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coordenação e orientação do contencioso da Procuradoria-Geral Federal, competindo-lhe, com reserva do exercício de
iguais atribuições:
I - exercer a representação judicial das autarquias e fundações federais junto ao Supremo Tribunal Federal
e aos Tribunais Superiores;
II - exercer, extraordinariamente, a representação judicial das autarquias e fundações federais junto a
qualquer outro juízo ou Tribunal;
III - coordenar e orientar as atividades de contencioso das Procuradorias-Regionais Federais,
Procuradorias Federais nos Estados e Procuradorias-Seccionais Federais;
IV - orientar as atividades de contencioso dos órgãos de execução da Procuradoria-Geral Federal junto às
autarquias e fundações públicas federais; e,
V - editar os atos normativos internos visando à regulamentação de procedimentos administrativos da
Adjuntoria de Contencioso da Procuradoria-Geral Federal.
CAPÍTULO II – REPRESENTAÇÃO JUDICIAL DAS AUTARQUI AS E
FUNDAÇÕES PÚBLICAS FEDERAIS
A atuação dos órgãos de execução da PGF na representação judicial das autarquias e
fundações federais foi disciplinada pela Portaria nº 530, de 13 de julho de 2007, que assim dispôs:
PORTARIA No 530, DE 13 DE JULHO DE 2007,
Regulamenta a representação judicial das autarquias e fundações públicas federais pelos órgãos de execução da
Procuradoria-Geral Federal.
O PROCURADOR-GERAL FEDERAL SUBSTITUTO, no uso da competência de que tratam os incisos I e VIII do § 2º do
art. 11 da Lei nº 10.480, de 2 de julho de 2002, resolve:
Art. 1º Compete aos órgãos de execução da Procuradoria-Geral Federal a representação judicial das autarquias e
fundações públicas federais listadas, por órgão de vinculação, no Anexo desta Portaria.
Parágrafo Único - A Procuradoria-Geral Federal é composta pelos seguintes órgãos de execução:
I - Procuradorias-Regionais Federais;
II - Procuradorias Federais nos Estados;
III - Procuradorias-Seccionais Federais;
IV - Escritórios de Representação; e,
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V - Procuradorias Federais, especializadas ou não, junto às autarquias e fundações públicas federais.
Art. 2º A representação judicial das autarquias e fundações públicas federais que já tenha sido ou venha a ser atribuída às
Procuradorias-Regionais Federais, Procuradorias Federais nos Estados, Procuradorias-Seccionais Federais e Escritórios
de Representação será exercida sob a coordenação e a orientação técnica das Procuradorias Federais, especializadas ou
não, junto a essas entidades, e da Adjuntoria de Contencioso da Procuradoria-Geral Federal.
§ 1º A coordenação e a orientação técnica a serem exercidas pelas Procuradorias Federais, especializadas ou não, junto às
autarquias e fundações públicas federais, compreendem:
I - a definição das teses jurídicas e estratégias processuais a serem observadas, quando o contencioso judicial envolver
matéria específica de atividade fim da entidade;
II - a disponibilização dos elementos de fato, de direito e outros necessários à defesa judicial da entidade, incluindo a
designação de prepostos;
III - a decisão acerca do ajuizamento de ações referentes à atividade fim da entidade, de ações civis públicas e de ações de
improbidade administrativa, ou de intervenção da entidade nas mesmas, ou em ações populares;
IV - a decisão acerca da representação judicial de autoridades e servidores da entidade, observado o disposto no art. 22 da
Lei nº 9.028, de 12 de abril de 1995;
V - a divulgação de quaisquer acórdãos e decisões favoráveis à entidade;
VI - a comunicação, ao Procurador-Geral Federal, de jurisprudência contrária à entidade firmada pelo Supremo Tribunal
Federal, pelos Tribunais Superiores ou pela Turma Nacional de Uniformização dos Juizados Especiais Federais; e,
VII - a capacitação e o treinamento dos Procuradores Federais que atuam na representação judicial da respectiva entidade,
inclusive dos que estejam em exercício nos demais órgãos de execução da Procuradoria-Geral Federal, se oferecidos pelas
autarquias e fundações públicas federais.
§ 2º A coordenação e a orientação técnica a serem exercidas pela Adjuntoria de Contencioso da Procuradoria-Geral
Federal compreendem:
I - a definição, se necessário, das teses jurídicas e estratégias processuais a serem observadas, quando o contencioso
judicial não envolver matéria específica de atividade fim da entidade;
II - a proposição, em colaboração com as Procuradorias Federais, especializadas ou não, junto às autarquias e fundações
públicas federais, de teses jurídicas e estratégias processuais a serem observadas, quando o contencioso judicial envolver
matéria específica de atividade fim das entidades;
III - a orientação de todos os órgãos de execução da Procuradoria-Geral Federal quanto ao atendimento dos requisitos de
admissibilidade dos recursos dirigidos ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores e à Turma Nacional de
Uniformização dos Juizados Especiais Federais, e das ações de sua competência originária;
IV - a sugestão, às Procuradorias Federais, especializadas ou não, junto às autarquias e fundações públicas federais,
acerca do ajuizamento de ações referentes à atividade fim da entidade, de ações civis públicas e de ações de improbidade
administrativa, ou de intervenção da entidade nas mesmas, ou em ações populares;
V - a divulgação de quaisquer acórdãos e decisões favoráveis às autarquias e fundações públicas federais;
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VI - a comunicação, ao Procurador-Geral Federal, de jurisprudência contrária às autarquias e fundações públicas federais
firmada pelo Supremo Tribunal Federal, pelos Tribunais Superiores ou pela Turma Nacional de Uniformização dos
Juizados Especiais Federais; e,
VII - a apresentação de proposta, a ser submetida à Escola da Advocacia-Geral da União, de capacitação e treinamento
dos Procuradores Federais que atuam na representação judicial das autarquias e fundações públicas federais.
§ 3º A coordenação e a orientação técnica a que se refere este artigo não poderão contrariar as do Advogado-Geral da
União e do Procurador-Geral Federal.
Art. 3º. A Adjuntoria de Contencioso da Procuradoria-Geral Federal, as Procuradorias-Regionais Federais, as
Procuradorias Federais nos Estados, as Procuradorias-Seccionais Federais e os Escritórios de Representação poderão
requisitar, quando necessário, às Procuradorias Federais, especializadas ou não, junto às autarquias e fundações públicas
federais, os elementos de fato, de direito e outros necessários à atuação em juízo, incluindo a designação de prepostos.
§ 1º As requisições objeto deste artigo terão tratamento preferencial e serão atendidas no prazo nelas assinalado.
§ 2º A responsabilidade pela inobservância do disposto neste artigo será apurada na forma da Lei nº 8.112, de 11 de
dezembro de 1990.
§ 3º Havendo necessidade de cumprimento de decisão judicial, ou nova decisão em juízo que importe a revisão de ato
administrativo anteriormente praticado para cumprir determinação judicial, a Adjuntoria de Contencioso da Procuradoria-
Geral Federal, as Procuradorias-Regionais Federais, as Procuradorias Federais nos Estados, as Procuradorias-Seccionais
Federais e os Escritórios de Representação, observadas as suas respectivas competências, deverão encaminhar à
Procuradoria Federal, especializada ou não, junto à respectiva autarquia ou fundação pública federal, pedido para que
estas solicitem à entidade a adoção das providências necessárias.
§ 4º No caso de conversão de depósito judicial de qualquer natureza em favor das autarquias e fundações públicas federais,
a Adjuntoria de Contencioso da Procuradoria-Geral Federal, as Procuradorias-Regionais Federais, as Procuradorias
Federais nos Estados, as Procuradorias-Seccionais Federais e os Escritórios de Representação comunicarão o fato à
Procuradoria Federal, especializada ou não, junto à respectiva entidade.
§ 5º As Procuradorias-Regionais Federais, as Procuradorias Federais nos Estados, as Procuradorias-Seccionais Federais
e os Escritórios de Representação também poderão divulgar quaisquer decisões, sentenças ou acórdãos favoráveis às
autarquias e fundações públicas federais.
Art. 4º. As informações em mandado de segurança e habeas data impetrados contra autoridades das autarquias e
fundações públicas federais representadas pelas Procuradorias-Regionais Federais, Procuradorias Federais nos Estados,
Procuradorias-Seccionais Federais e Escritórios de Representação serão prestadas pelo órgão de execução da
Procuradoria-Geral Federal responsável pelas suas atividades de consultoria e assessoramento jurídicos.
Parágrafo Único - De forma a evitar, sempre que possível, o deslocamento de Procuradores, quando o órgão de execução
responsável pelas atividades de consultoria e assessoramento jurídicos da autoridade for Procuradoria Federal,
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especializada ou não, junto a autarquia ou fundação pública federal, esta poderá solicitar, à Procuradoria-Regional
Federal, Procuradoria Federal no Estado, Procuradoria-Seccional Federal ou Escritório de Representação do local do
feito, a adoção de qualquer providência localmente necessária, como o protocolo de peça, participação em audiência ou
sessão de julgamento, ou despacho pessoal com o magistrado.
Art. 5º. As intimações para a apresentação de contra-razões em agravos de instrumento devem ser encaminhadas para a
Procuradoria ou Escritório responsável pela representação judicial da entidade em 1ª instância, se for o caso, a quem
competirá a elaboração da petição respectiva, bem como o seu protocolo descentralizado ou, na impossibilidade deste, sua
remessa à Procuradoria intimada.
Art. 6º Os responsáveis, em âmbito nacional, pelas Procuradorias Federais, especializadas ou não, junto às autarquias e
fundações públicas federais, poderão definir os casos em que, a despeito da transferência da representação judicial para as
Procuradorias-Regionais Federais, Procuradorias Federais nos Estados, Procuradorias-Seccionais Federais e Escritórios
de Representação, a atuação, extraordinariamente, dar-se-á diretamente pelos órgãos de execução junto às entidades, ou,
ainda, conjuntamente com as Procuradorias ou Escritórios de Representação.
§ 1º O disposto no caput se aplica aos casos definidos, pelo responsável de cada Procuradoria, a seu critério, como
relevantes, urgentes ou sigilosos, ressalvada determinação expressa da Procuradoria-Geral Federal em sentido contrário.
§ 2º Os casos definidos nos termos do § 1º deverão ser comunicados à Procuradoria-Geral Federal ou, quando específicos,
à Procuradoria ou Escritório de Representação ordinariamente competente para atuar no feito.
§ 3º A comunicação a que se refere o § 2º deverá ser feita, preferencialmente, previamente ao recebimento de citação,
intimação ou notificação pela Procuradoria ou Escritório de Representação ordinariamente competente para atuar no
feito, ou no menor prazo possível, de forma a evitar a duplicidade de peticionamentos em juízo.
§ 4º Feita a comunicação, toda e qualquer citação, intimação ou notificação recebida pelas Procuradorias ou Escritórios
de Representação ordinariamente competentes para atuar em caso nela definido deverão ser imediatamente informadas à
Procuradoria Federal, especializada ou não, junto à autarquia ou fundação pública federal respectiva.
§ 5º Os atos processuais efetivamente praticados pelas Procuradorias Federais, especializadas ou não, junto às autarquias
e fundações públicas federais, nos termos deste artigo, deverão ser posteriormente comunicados à Procuradoria Federal
ou Escritório de Representação ordinariamente competente para atuar no caso.
§ 6º De forma a evitar, sempre que possível, o deslocamento de Procuradores, a Procuradoria Federal, especializada ou
não, junto à autarquia ou fundação pública federal, a despeito do previsto neste artigo, poderá solicitar, à Procuradoria ou
Escritório de Representação ordinariamente competente para atuar no feito, a adoção de qualquer providência localmente
necessária, como o protocolo de peça, participação
em audiência ou sessão de julgamento, ou despacho pessoal com o magistrado, quando não possuir unidade própria na
localidade.
Art. 7º As Procuradorias Federais, especializadas ou não, junto às autarquias e fundações públicas federais, poderão,
extraordinariamente, atuar em colaboração com a Adjuntoria de Contencioso da Procuradoria-Geral Federal, nos
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processos de competência do Supremo Tribunal Federal, dos Tribunais Superiores e da Turma Nacional de Uniformização
dos Juizados Especiais Federais.
Art. 8º Eventuais divergências havidas entre as Procuradorias Federais, especializadas ou não, junto às autarquias e
fundações públicas federais, e o órgão de execução da Procuradoria-Geral Federal ordinariamente responsável pela
representação judicial da entidade, deverão ser comunicadas ao Adjunto de Contencioso da Procuradoria-Geral Federal,
que submeterá proposta de decisão da divergência à apreciação do Procurador-Geral Federal.
§ 1º A comunicação da divergência não exime o órgão de execução da Procuradoria-Geral Federal ordinariamente
responsável pela representação judicial da entidade de seguir, enquanto não houver determinação em sentido contrário da
autoridade competente, as orientações técnicas emanadas da Procuradoria Federal, especializada ou não, junto à
autarquia ou fundação pública federal.
§ 2º No caso de conflito positivo ou negativo de atribuições, a sua comunicação não exime o órgão de execução da
Procuradoria-Geral Federal citado, intimado ou notificado judicialmente de responder a citação, intimação ou notificação
enquanto não houver decisão do Adjunto de Contencioso da Procuradoria-Geral Federal.
§ 3º O disposto neste artigo também se aplica às divergências eventualmente havidas entre as Procuradorias Federais,
especializadas ou não, junto às autarquias e fundações púbicas federais, e o Adjunto de Contencioso da Procuradoria-
Geral Federal, que encaminharão, separadamente ou em conjunto, a divergência à deliberação do Procurador-Geral
Federal.
Art. 9º Estabelecida controvérsia de natureza jurídica entre entidades da Administração indireta, ou entre tais entes e a
União, a adoção de qualquer providência em juízo deve ser precedida de consulta à Procuradoria-Geral Federal.
Art. 10. As comunicações previstas nesta Portaria devem adotar o meio mais célere possível, de forma a garantir o
cumprimento dos prazos processuais aplicáveis, dando-se preferência aos meios eletrônicos.
Parágrafo Único - Excepcionalmente, de forma a garantir o cumprimento dos prazos processuais aplicáveis, as
comunicações da Procuradoria ou Escritório de Representação competente para atuar no feito poderão dar-se diretamente
com a Administração da entidade representada.
Art. 11. O disposto nesta Portaria não se aplica à representação judicial de autarquias e fundações públicas federais
exercida pelas Procuradorias da União, nos termos dos artigos 11-A e 11-B da Lei nº 9.028, de 1995, nem àquela exercida
pelas Procuradorias Federais, especializadas ou não, junto às autarquias e fundações públicas federais, até que venham a
ser atribuídas à Adjuntoria de Contencioso da Procuradoria-Geral Federal e a cada uma das Procuradorias-Regionais
Federais, Procuradorias Federais nos Estados, Procuradorias-Seccionais Federais e Escritórios de Representação.
Art. 12. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
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CAPÍTULO III – DAS PROCURADORIAS-REGIONAIS FEDERAI S, DAS
PROCURADORIAS FEDERAIS NOS ESTADOS, PROCURADORIAS-SECCIONAIS
FEDERAIS E ESCRITÓRIOS DE REPRESENTAÇÃO
As Procuradorias-Regionais Federais, as Procuradorias-Federais nos Estados e as
Procuradorias-Seccionais Federais foram tratadas pelas Leis nºs 10.480/2002 e 11.098/2005.
A partir deste último diploma, foi permitida a assunção definitiva, por estes órgãos de
execução, das atividades de representação judicial e extrajudicial das autarquias e das fundações
públicas federais de âmbito nacional.
A representação das autarquias e fundações públicas federais é concedida, às Procuradorias,
por ato (portaria) do Sr. Procurador-Geral Federal, observada as necessidades e as condições locais para
tanto.
Por sua vez, o Ato Regimental nº 02/2007, que tratou da estruturação da Coordenação de
Cobrança e Recuperação de Créditos, no âmbito da PGF, transformou em Escritórios de Representação
as antigas unidades do Órgão de Arrecadação/PGF, nas cidades que não fossem sede de Procuradoria
Regional Federal ou Procuradoria Federal nos Estados.
Destarte, temos que a Procuradoria-Geral Federal encontra-se assim estruturada, em
consonância com a legislação vigente:
••••PROCURADORIA-GERAL FEDERAL
••••PROCURADORIAS-REGIONAIS FEDERAIS
••••PROCURADORIAS-FEDERAIS NOS ESTADOS
••••PROCURADORIAS-SECCIONAIS FEDERAIS
••••ESCRITÓRIOS DE REPRESENTAÇÃO (vinculados à PSF, PF ou PRF)
Como visto, tal organização da PGF já está devidamente positivada, em consonância com o
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diplomas legais anteriormente mencionados.
Porém, as unidades da PGF atualmente instaladas (PRF´S e PF´S e uma PSF), na ausência de
regimento interno que fixe detalhadamente a organização interna de cada uma delas, têm sido
estruturadas/organizadas, internamente, nos seguintes setores, observadas obviamente as
particularidades e disponibilidades de pessoal em cada localidade:
••••GABINETE DO PROCURADOR-CHEFE
••••GABINETE DO PROCURADOR-CHEFE SUBSTITUTO
••••ASSESSORIA DO GABINETE
••••DIVISÕES TEMÁTICAS JURÍDICAS (CONTENCIOSO, COBRANÇA , CONSULTORIA)
••••COORDENAÇÃO GERAL ADMINISTRATIVA
••••SEÇÃO DE PROTOCOLO E EXPEDIÇÃO
••••SECRETARIA JUDICIÁRIA
••••SEÇÃO OU NÚCLEO DE INFORMÁTICA
São estas as atividades básicas que recaem sobre cada um dos setores acima mencionados:
Ao Procurador-Chefe e, na sua ausência, a seu substituto, incumbe a representação judicial e
extrajudicial das Autarquias e Fundações delegadas à Unidade, a direção geral da respectiva
Procuradoria, em estreita colaboração com os demais órgãos da PGF e da AGU, exercendo o controle e
a fiscalização administrativa e técnica sobre os trabalhos realizados, a requisição de subsídios para
defesa às entidades representadas, a interlocução com estas, a distribuição interna dos trabalhos, e todas
as demais funções que lhe forem precisadas no regimento interno da PGF.
À Assessoria do Gabinete incumbe prestar o assessoramento administrativo à Chefia da
Procuradoria, secretariando os trabalhos de emissão da correspondência oficial (ofícios, memorandos,
e-mails, etc.), e para a realização de contatos institucionais, arquivo de documentos, controle da
agenda, apoio à realização de reuniões e eventos, e outras tarefas que lhe forem solicitadas pelo titular.
As Divisões Temáticas Jurídicas devem ser coordenadas por Procuradores Federais, que
atuarão na supervisão administrativa e técnica dos trabalhos de cada uma das linhas de atuação da
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Procuradoria – contencioso geral, consultoria e cobrança. Tais linhas podem ser subdividas e
especializadas por matéria (por exemplo: previdenciária, agrária, ambiental, pessoal, etc.), conforme as
peculiaridades e disponibilidades de pessoal, em cada unidade, e ulterior definção normativa pela
Procuradoria-Geral Federal.
O Coordenação Administrativa deve assumir o gerenciamento de todas as tarefas
administrativas de incumbência da Procuradoria, tais como: registro e controle da área de recursos
humanos – freqüência, férias, afastamentos, controle de horário dos servidores e terceirizados -,
controle da prestação de serviços por empresas contratadas, gerenciamento do suprimento de fundos,
controle e racionalização da utilização dos veículos oficiais, dos contratos de estagiários, controle
patrimonial e outras atividades administrativas que não sejam afetas à atividade fim – judicial ou
extrajudicial - da Procuradoria, sempre em consonância com a respectiva URA – Unidade Regional de
Administração da AGU.
A Secretaria Judiciária consiste no cartório central da Procuradoria. Incumbe-lhe realizar as
atividades de: distribuição de processos, observadas as regras internas de cada unidade, cadastramento
de processos, citações e intimações utilizando-se do sistema SICAU, formação e arquivamento de
dossiês, programação da carga e devolução de autos judiciais, preenchimento dos dados estatísticos da
unidade, no SICAU e no SIG.
É de responsabilidade da Secretaria Judiciária, igualmente, a elaboração, expedição e controle
de ofícios, memorandos e demais comunicações destinadas à coleta dos subsídios necessários à atuação
jurídica das Divisões temáticas.
A Seção de Protocolo e Expedição é responsável pelo controle e registro de todos os
processos e documentos que derem entrada ou saírem da unidade da PGF, utilizando-se do sistema
AGUDOC. Incumbe-lhe a abertura e fechamento de malotes, cadastro de todos os ofícios, memorandos
e correspondência enviada e recebida pela Procuradoria, além da autuação e registro da documentação.
A Seção ou Núcleo de Informática cuida da manutenção da rede de informática da Unidade,
e dos respectivos equipamentos, back up de arquivos, atualização de software, tombamento de
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equipamentos e outras atividades afins.
Vale esclarecer, outrossim, que todos os contratos de prestação de serviços, aquisições, obras
e locações, na Advocacia-Geral da União, são de incumbência da sua Secretaria-Geral e suas projeções
regionais, as URA’s – Unidades Regionais de Administração. São estas unidades as responsáveis pelas
licitações e contratos administrativos que viabilizam o funcionamento das Procuradorias Federal, sendo
recomendável portanto o estreito contato entre as unidades e as suas respectivas URA’s.
CAPITULO IV - DA INSTALAÇÃO E REINSTALAÇÃO DAS UNID ADES DA PGF
A instalação e reinstalação de unidades da PGF constitui matéria afeta às Coordenações
de “Planejamento e Gestão” e de “Projetos e Assuntos Estratégicos”.
Incumbe a tais coordenações o estabelecimento de cronograma de instalações, a apreciação
dos respectivos projetos, a interlocução com a Secretaria Geral da AGU para disponibilização de
recursos orçamentários para tal finalidade, e com as URA’s, para a contratação dos serviços e compra
de equipamentos necessários ao funcionamento das Procuradorias.
O processo de instalação de unidades da PGF passa basicamente pelas seguintes etapas: a)
interlocução com os Procuradores Federais a serem abrangidos pela novel unidade; b) identificação das
necessidades físicas/logísticas para o funcionamento autônomo da Procuradoria, buscando-se, sempre
que possível, a reunião com as demais unidades locais da AGU, como forma de racionalização dos
recursos e; c) a seleção de imóvel(is) apto(s) a comportar a instalação da PRF/PF/PSF/ER.
Após isto, deve ser observado o Manual de Implantação de Unidades da PGF, editado em
Outubro de 2007 e disponível na página da PGF na Internet, com o escopo de orientar os responsáveis
pela instalação e reinstalação de unidades. Ali constam todas as formalidades, dados e documentos que
devem ser observados para que o projeto de instalação possa ser devidamente analisado e aprovado.
CAPITULO V - DAS CHEFIAS
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Os titulares das PRF’s, PF’s e PSF’s, e seus respectivos substitutos, são designados pelo
Procurador-Geral Federal, ou pelo Subprocurador-Geral Federal.
O Procurador Federal, uma vez designado para qualquer função ou encargo de chefia, deve
estar ciente das suas obrigações administrativas, próprias de um gestor de recursos materiais,
financeiros e, principalmente, humanos.
Deve ter a consciência da sua responsabilidade pela resolução e encaminhamento de soluções
para as questões que surgem no dia-a-dia na área de abrangência de sua atuação, e das atribuições que
lhe são afetas, sempre atento às funções precípuas de um Chefe, quais sejam, prevenir e resolver
problemas, assumindo efetivamente o papel de líder e gestor.
As chefias têm o dever de trabalhar com resolutividade e bom senso, de modo que todo
problema surgido, em qualquer área (administrativa ou jurídica), seja prontamente resolvido com o
menor custo, sem desperdício de tempo e sem criar passivos. Deve permantemente atentar para as
eventuais falhas e desvios administrativos, advertindo e cobrando a condução legal e ética dos
servidores sob sua subordinação
Compete aos chefes de Procuradoria o gerenciamento dos recursos humanos, sejam
Procuradores Federais, servidores administrativos, estagiários, e, ainda, eventuais trabalhadores
terceirizados vinculados à unidade que administra.
Neste sentido, devem zelar pela correta distribuição dos quadros à sua disposição pelas
diversas áreas de atuação da Procuradoria, providenciando, sempre que possível e necessário:
I – lotação, substituição e transferência de pessoas; buscando constantemente a adequação
quantitativa e distribuição dos recursos humanos colocados à disposição da Procuradoria, observando o
perfil dos servidores e suas respectivas aptidões;
II - zelar pelo adequado cumprimento da jornada e a carga regulamentar de trabalho, segundo
parâmetros fixados pela Procuradoria-Geral Federal, em relação aos Procuradores Federais, e normas
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em vigor no âmbito do AGU, para os servidores administrativos e estagiários.
Incumbe ainda aos Procuradores-Chefes a designação de servidores para formação de
comissões de sindicância ou processo administrativo disciplinar, sempre que solicitado pela
Procuradoria Geral Federal.
CAPÍTULO VI - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS
1. DOS PROCURADORES FEDERAIS
Os Procuradores Federais deverão ser distribuídos pelas Coordenações, Divisões, Serviços,
Seções e Setores, segundo a necessidade de cada área de atuação, observando sempre a demanda
efetivamente verificada, a fim de haver uma distribuição eqüitativa de trabalho, considerando-se a
quantidade e complexidade das tarefas jurídicas.
Na medida do possível, deverá o Procurador-Chefe zelar, observadas as peculiaridades locais
e regionais, pela designação dos Procuradores Federais em exercício na unidade, nas suas áreas de
atuação, de modo a valorizar o perfil profissional de cada um.
1.1. AVALIAÇÕES
1.1.1. ESTÁGIO CONFIRMATÓRIO/PROBATÓRIO
Os servidores em estágio probatório deverão ser avaliados, na forma da legislação em vigor.
O estágio probatório dos integrantes da Carreira de Procurador Federal está disciplinado
pela Portaria AGU nº 342, de 07/07/2003, devendo ser realizadas três avaliações de desempenho, com
intervalos de 10 meses cada.
O procedimento administrativo de avaliação de estágio probatório deve ser efetuado por meio
do Sistema de Avaliação de Estágio Confirmatório e Probatório, disponível no site da AGU
(http://www.agu.gov.br/, REDEAGU, Portal de Informações e Serviços, Estágio Confirmatório e
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Probatório).
2. DOS SERVIDORES ADMINISTRATIVOS
Os servidores administrativos sujeitam-se às normas procedimentais e à jornada de trabalho
em vigor determinada pela AGU.
Até que seja criada a carreira de apoio própria da AGU, os Procuradores-Chefes podem
promover diligências no sentido identificar servidores de outras entidades aptos a serem cedidos para o
órgão de execução da PGF.
O procedimento de cessão de servidores para a AGU tem fundamento no art. 93, inciso II e §
4º, da Lei n.8.112/90, c/c art.47 da Lei Complementar nº 73/93.
Identificado o servidor a ser cedido, o Procurador-Chefe promoverá o competente pleito à
autoridade local da entidade cedente.
Somente após o aceite do órgão cedente deverá o Procurador-Chefe submeter o pleito à PGF,
para fins de encaminhamento ao Gabinete do Advogado-Geral da União com o fim de ultimar as
providências pertinentes.
3.DOS TERCEIRIZADOS
A contratação de serviços terceirizados se destina a suprir atividades materiais acessórias,
instrumentais ou complementares aos assuntos que constituem competência legal dos órgãos de
execução da PGF.
A contratação de serviços terceirizados deverá observar a disciplina estabelecida no art.67 da
Lei nº 8.666/93, Decreto nº 2.271/97 e Instrução Normativa/MARE nº 18, de 22 de dezembro de 1997,
sendo de responsabilidade da respectiva URA, a quem devem ser relatados todas as eventuais
ocorrências e problemas na prestação dos serviços.
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4. DOS ESTAGIÁRIOS
O programa de estágio profissional abrange habilitação nos cursos de Direito, Ciências
Contábeis, Economia, Comunicação Social, Jornalismo, Pedagogia e nas habilitações inerentes às
atividades relacionadas com os sistemas federais de recursos humanos, de organização, modernização
administrativa, administração de recursos de informação e informática, de serviços gerais, de
documentação e arquivo, de planejamento e orçamento, de contabilidade e administração financeira,
engenharia e economia, submetendo-se às normas e padrões previstos na Portaria nº 29, de 2 de março
de 2004, editada pela Secretaria-Geral da AGU.
Sempre que possível deverá ser designado Procurador Federal para supervisar o estágio.
As informações referentes à frequência, avaliação e recrutamento deverão ser registradas no
sistema de informações da DIEST/CGRHAGU-Divisão de Estágio da Coordenação Geral de Recursos
Humanos da AGU (diest.crh@agu.gov.br).
Os convênios celebrados pela AGU com as instituições de ensino admitem 03 (três)
modalidades: sem ônus para AGU, com ônus parcial e com ônus integral, conforme consta no site da
AGU (www.agu.gov.br), pelo caminho: Portal de Informações e Serviços> Sistemas> Estágios.
Os Convênios de Cooperação de Estágio de Nível Superior serão firmados pelo Procurador-
Chefe. Em caso de termo aditivo a um Convênio já firmado, assinará o ato a mesma autoridade que
celebrou o Convênio originário.
5. DO CONTROLE DE FREQÜÊNCIA, FÉRIAS E RECESSO
Compete à Chefia imediata controlar a freqüência e férias dos servidores e Procuradores que
lhes são subordinados, inclusive a sua, sendo certo que todos deverão assinar o ponto diariamente.
Até o quinto dia de cada mês deve ser encaminhado ao RH da AGU o controle de ponto dos
Procuradores Federais.
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O controle de ponto dos servidores cedidos será enviado ao RH das entidades originárias dos
servidores, enquanto o controle de ponto dos servidores do quadro próprio da AGU será encaminhado
ao RH da mesma.
Deve o Procurador-Chefe organizar, anualmente, escala de férias de seus servidores e
procuradores, zelando para que não ocorra superposição que acarrete prejuízo ao serviço,
encaminhando-a ao Recursos Humanos da AGU ou das respectivas entidades originárias dos
servidores.
A aquisição do primeiro período de férias dar-se-á ao completar doze meses de efetivo
exercício.
As férias subsequentes ao primeiro período aquisitivo serão fruídas entre janeiro e dezembro
de cada ano.
Será facultado ao servidor optar pelo adiantamento salarial correspondente a 70% (setenta por
cento) do valor de sua remuneração mensal, mediante requerimento formulado nos termos regulados no
Manual de Normas e Rotinas Administrativas da AGU.
Esse valor será deduzido, de uma só vez, na folha de pagamento do mês seguinte ao início das
férias.
Da mesma forma, poderá o servidor optar pelo adiantamento de 50% do 13º salário, que será
compensado na remuneração de novembro, paga em dezembro do mesmo ano.
O adicional de férias, correspondente a 1/3 (um terço) da remuneração do servidor, será pago
independentemente de solicitação.
As férias somente poderão ser interrompidas por motivo de calamidade pública, comoção
interna, convocação para júri, serviço militar ou eleitoral ou outro motivo de superior interesse público.
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As férias regulamentares deverão ser parceladas em até 03 (três) etapas, assim requeridas pelo
servidor, e no interesse da Administração Pública.
As etapas de férias, conforme autorizado pelo Procurador-Chefe da unidade, poderão ser
concedidas em tres etapas de dez dias, duas etapas de quinze dias, uma etapa de dez dias e uma de vinte
dias, além da alternativa de parcelar em uma etapa de vinte dias e uma de dez dias.
Os dirigentes da unidade e seus respectivos substitutos não poderão fruir férias regulamentares
concomitantemente.
A programação, interrupção, parcelamento e demais disciplinamentos de férias se submetem
às normas fixadas pelo Manual de Rotinas Administrativas da AGU.
Cabe ao Procurador-Chefe fixar a escala de recesso de fim de ano de forma a manter o regular
funcionamento das divisões, setores ou seções.
6. DA LICENÇA MÉDICA
A licença médica será concedida a pedido ou de ofício, com base em perícia médica, sem
prejuízo da remuneração, conforme disposto no art.202 da Lei n. 8.112/90.
A concessão de licença por período de até 30 (trinta) dias requer a apresentação de laudo de
inspeção médica efetuada por profissional do setor de assistência médica do órgão de pessoal.
O servidor que durante o mesmo exercício atingir o limite de 30 (trinta) dias de licença para
tratamento, consecutivos ou não, terá que ser submetido a inspeção por junta médica oficial para
concessão de nova licença, independente do prazo de duração.
O procedimento está detalhado no site da AGU (notícias de RH/licenças), bem como no
Manual de Normas e Rotinas Administrativas da AGU .
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7. DOS AFASTAMENTOS A SERVIÇO (diárias e passagens)
O pedido para afastamento a serviço será feito mediante preenchimento integral do formulário
padronizado da AGU, com destaque à sucinta descrição das atividades a serem executadas e da
assinatura, com identificação da autoridade proponente.
O Procurador-Chefe deve enviar nome completo e CPF de servidor indicado para operar o
sistema de diárias e passagens da AGU, remetendo-o por e-mail ao endereço: diarias.crl@agu.gov.br,
acessível através da REDE AGU.
As operações serão realizadas através do sistema de diárias e passagens da AGU acessáveis,
pela Internet, através da REDE AGU/sistemas corporativos.
As solicitações de afastamento a serviço relacionadas com a atuação em processos judiciais,
com consequente expedição de Pedido de Concessão de Diária - PCD, relativamente às atividades
desenvolvidas no âmbito de cada Procuradoria Regional Federal,Procuradoria Federal nos Estados,
Procuradorias Seccionais, deverão ser autorizadas e expedidas pelas chefias dos respectivos órgãos de
execução.
Em relação aos Chefes de Procuradorias Federais nos Estados as autorizações de afastamento
a serviço serão efetivadas pelos ProcuradoresRegionais Federais e, no tocante a estes, pelo
Subprocurador-Geral Federal, devendo as PCDs serem emitidas nos próprios órgãos de execução
solicitantes.
As viagens deverão ser programadas com antecedência mínima de 10 (dez) dias de forma a
possibilitar a obtenção dos melhores preços pela Administração.
Quando do retorno, o servidor deverá encaminhar ao RH da AGU os cartões/canhotos de
embarque, bem como preencher, no link “ diárias e passagens” da página da AGU, o respectivo
“relatório de viagem”.
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8. DA INDENIZAÇÃO DE TRANSPORTE
A indenização de transporte será devida ao servidor ocupante de cargo efetivo, inclusive ao
designado para atuar como preposto no JEF, que fizer gastos pessoais com deslocamentos, utilizando
veículo próprio, realizados em prol do serviço e que a ela regularmente optar.
Compete à chefia imediata analisar e deferir o pagamento devido aos servidores sob sua
coordenação, bem como justificar e deferir o pagamento eventualmente devido à sua própria pessoa,
mantendo registro claro e circunstanciado dessas situações, para efeito de supervisão e correição.
O pagamento da indenização de transporte será efetuado pelo Sistema Integrado de
Administração de Recursos Humanos – SIAPE, no mês seguinte ao da utilização do meio próprio de
locomoção, considerados somente os dias de efetivo exercício em serviços externos.
Quando os órgaos de execução da PGF propiciarem satisfatoriamente meios de deslocamentos
a serviço aos servidores e Procuradores, cessará o pagamento da referida vantagem.
A concessão e pagamento da indenização de transporte observará o disposto na Portaria
Normativa MP/SRH nº 8, de 7 de outubro de 1999, e no Manual de Normas e Rotinas Administrativas
da AGU.
9. DA ATUAÇÃO DISCIPLINAR
O comportamento do servidor deverá ser norteado pelo Estatuto do Servidor Público da União,
Lei nº 8112/90, e pelo Código de Ética do Servidor, aprovado pelo Decreto nº 1.171/94.
A Chefia imediata, como gestora de recursos humanos, é responsável pela supervisão, controle
e coordenação das pessoas que trabalham sob sua subordinação.
Sempre que verificada a ocorrência de qualquer atitude ou comportamento inadequado, a
Chefia imediata deverá tomar as providências necessárias ao seu esclarecimento e correção, se
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necessário, com a utilização das medidas disciplinares cabíveis.
CAPÍTULO VII – DA GESTÃO DE MATERIAIS E SERVIÇOS
1. DO MATERIAL PERMANENTE
Compete ao Procurador-Chefe zelar pela guarda e manutenção de materiais permanentes em
uso pela Procuradoria, mantendo rigoroso controle de sua entrada e saída, observadas as orientaçoes
fixadas no Manual de Normas e Rotinas Administrativas da AGU.
2. DOS SERVIÇOS DE TELEFONIA
Os serviços de telefonia fixa e móvel celular obedecerão aos procedimentos fixados na Portaria nº 232, de 15 de maio de 2003, da AGU.
3.DOS VEÍCULOS OFICIAIS
A utilização de veiculos oficiais se submete ao disposto no Manual de Normas e Rotinas Administrativas da AGU.
4.DA SINALIZAÇÃO VISUAL
A confecção de sinalização visual do orgão de execução da PGF observará as diretrizes do
Manual de Rotinas Administrativas da AGU.
5. DO MATERIAL DE CONSUMO
Considera-se material de consumo: - aquele consumível pelo uso; - o que constitui parte
intrínseca de um imóvel; - o que se destina a substituir peça sobressalente ou acessório de material
permanente; -o artigo ou matéria prima que se destina a uso imediato e que, quando utilizado, perde
suas características individuais e isoladas; - e o impresso padronizado.
Compete ao Procurador-Chefe, auxiliado pela Coordenação Administrativa da Unidade, a
quem poderá delegar essa atribuição, zelar pelo suprimento dos materiais de consumo necessários ao
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funcionamento da Procuradoria, material este que é fornecido pela Unidade Regional de Atendimento
da AGU respectiva.
Caberá à unidade elaborar catálogo de material que conterá de forma ordenada a relação do
material de consumo de uso comum e impressos utilizáveis pela AGU.
O controle para verificação de saldo de estoque de material de consumo será feito através da
realização do inventário físico, cuja incumbência recairá na comissão de inventário composta por no
mínimo 03 (tres) membros a serem indicados pelo Procurador-Chefe.
Cada órgão de execução deverá realizar previsão de gasto de material de consumo
considerando as metas estabelecidas para o período, estatísticas de consumo e características das
unidades (quantidade de pessoal, atribuições, etc).
O planejamento de consumo, pedido de compra, recebimento e aceitação do material,
armazenagem e controle de estoque deverá observar as normas do Manual de Rotinas Administrativas
da AGU.
6.DO SERVIÇO DE REPROGRAFIA
O serviço de reprografia privilegiará a sistemática de central de atendimento, garantido a
funcionalidade e racionalidade do procedimento, sendo que as cópias excepcionalmente autorizadas
para terceiros e as de caráter particular deverão ser previamente indenizadas atravás de depósito
bancário em favor do Tesouro Nacional a ser realizado através de Guia de Recolhimento da União –
GRU no Código nº 18855-7 ( Ressarcimento de despesas com cópias) e a GESTÃO:00001 ( Governo
Federal - Poder Executivo).
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CAPÍTULO VIII- DA GESTÃO DO SUMPRIMENTO DE FUNDOS
O suprimento de fundos será concedido a servidor designado mediante autorização expedida
pelo Procurador-Chefe do órgão de execução da PGF, que o encaminhará à Unidade Regional de
Atendimento –URA respectiva.
Em cada operação efetuada na aplicação de recursos oriundos de suprimento de fundos, o
agente suprido colherá os respectivos documentos comprobatórios – nota fiscal, nota fiscal-fatura,
recibo, guia de recolhimento de tributo , etc. – devidamente quitado e o apresentará ao Procurador-
Chefe para atestar o recebimento do material e/ou serviço.
A prestação de contas será formalizada observando-se os formulários e procedimentos
estabelecidos pelo Manual de Normas e Rotinas Administrativas.
1.DAS VEDAÇÕES
É vedada a concessão de suprimento de fundos a servidor que esteja respondendo a processo
disciplinar; não tenha prestado contas no prazo previsto; que detenha a guarda ou utilização do material
a ser adquirido, salvo quando não houver outro que possa ser designado.
É vedada, ainda, a concessão do suprimento para aquisição de material permanente ou outra
despesa de capital, exceto situações singulares, a aquisição de material ou serviço para os quais já
exista, na localidade, empenho estimativo específico, com prazo de aplicação superior a 90 dias, ou que
ultrapasse o término do exercício financeiro; para cobrir despesas com refeição e hospedagem, além
das demais vedações prevista no Manual de Rotinas Administrativas da AGU.
CAPÍTULO IX – DA GESTÃO DE SISTEMAS E INFORMAÇÕES
A atuação das unidades componentes da PGF e de seus respectivos integrantes devem ser
devidamente cadastradas, registradas e gerenciadas, o que se faz por intermédio da utilização dos
diversos sistemas disponíveis para esse fim, conforme sua definição e especificidade.
29
Desta forma, todos os Procuradores Federais, servidores administrativos, trabalhadores
terceirizados e estagiários, em exercício em qualquer das unidades componentes da PGF, deverão ter
ciência da existência, finalidade e funcionamento dos diversos sistemas com os quais terão que
trabalhar, cabendo às respecivas chefias locais zelar pela sua adequada utilização.
1. SICAU
O SICAU é o sistema integrado de controle de ações da União, utilizado para cadastramento e
acompanhamento de ações judiciais pela AGU e também para o gerenciamento de tarefas, conforme
previsto nas PORTARIAS AGU nº 315, 16 de junho de 2004, e nº 431, de 11 de maio de 2006, que
dispõem sobre o registro e controle das peças jurídicas produzidas nos órgãos de direção e de execução
da Advocacia-Geral União e da Procuradoria-Geral Federal, bem como das ações judiciais em que
sejam parte a União, as suas autarquias e fundações.
O SICAU permite, além do registro manual de ações judiciais e tarefas atribuídas aos seus
usuários, a implantação progressiva de interfaces com o Poder Judiciário e os entes federais
representados pela PGF, permitindo com isso, a implementação da alimentação da base de dados de
forma indireta, assim como o fornecimento de informações e esclarecimentos e, ainda, o acesso remoto
à base de dados do órgão representado.
Essa situação permite que as unidades jurídicas busquem, no âmbito de sua área de atuação
territorial, a implantação progressiva da retro-alimentação, via aproveitamento de registros iniciais e
de alterações de fases processuais feitas pelo próprio Poder Judiciário, conforme o previsto na Portaria
AGU n. 421/ 2006.
Da mesma forma, no que diz respeito ao relacionamento com os entes representados, o
SICAU permite, a partir da sua compatibilização com os sistemas próprios das autarquias e fundações,
a troca de informações, obtenção de esclarecimentos e acesso a bancos de dados, possibilitando às
unidades jurídicas alcançar, de forma rápida e remota, de subsídios necessários ou úteis para a sua
adequada atuação, seja ela judicial ou extra-judicial.
30
Por essa razão o SICAU foi escolhido como sistema base da AGU e da PGF, devendo sua
adoção, implantação e utilização ser efetivada por todas as unidades jurídicas vinculadas, nos termos e
prazos previstos na Portaria nº 386/2006, cabendo às respectivas chefias a busca da implementação
progressiva das interfaces que se fizerem necessárias.
A implantação e treinamento para a utilização do SICAU encontram-se sob a responsabilidade
da Gerência-Excutiva do SICAU, órgão pertencente à AGU, cabendo às chefias das unidades
descentralizadas o contato com os seus gestores, para o seu agendamento e efetivação.
O acesso ao SICAU deve ser feito pelo site http://sicau.gov.br/, no qual constam maiores
informações e orientações a respeito do sistema.
2. SIG
O SIG – Sistema de Informações Gerenciais da PGF tem por objetivo apresentar,
mensalmente, relatórios de todas as atividades realizadas nas unidades descentralizadas, sendo
disciplinado pelas Portarias PGF nºs 70/2004 e 252/2005, bem como peo Memorando-Circular PGF nº
011/2005.
Esse sistema encontra-se ativo, mas, deverá ser substituído progressivamente pela adoção
plena do SICAU.
A alimentação do SIG, que é on line, deve ser feita pelo site www.agu.gov.br, com acesso
pelos links sucessivos: REDEAGU> portal de informações e serviços> PGF> SIG.
3. SISTEMA DE CONTROLE DE DOCUMENTOS DA ADVOCACIA-G ERAL DA
UNIÃO – AGUDOC :
Os documentos e comunicações oficiais produzidos pelos órgãos pertencentes à PGF deverão
obedecer aos padrões e regras definidos pelo Sistema de Controle de Documentos da Advocacia-Geral
31
da União – AGUDOC, instituído pela Portaria nº 746, de 28 de outubro de 2002.
O AGUDOC é gerenciado pela Secretaria-Geral, respeitada a competência da Comissão
Deliberativa de que trata a Portaria nº 680, de 13 de setembro de 2002.
As unidades jurídicas pertencentes à PGF deverão adotar, na forma do Anexo da Portaria
746/2002, o padrão de formação das siglas das unidades organizacionais que integram a Estrutura
Regimental da Advocacia-Geral da União, que deve ser observado, obrigatoriamente, nas atividades
internas relacionadas com os sistemas federais dos quais a Secretaria-Geral exerce o papel de órgão
setorial.
Importante ressaltar, também, que toda a movimentação de processos administrativos,
inclusive a expedição de despachos de encaminhamento, pode e deve ser elaborado pelo AGUDOC.
4. CORREIO ELETRÔNICO
O correio eletrônico encontra-se à disposição de todos os Procuradores Federais e servidores
em exercício nas unidades jurídicas da PGF, e deve ser utilizado como ferramenta de trabalho.
As respectivas chefias devem promover, junto a todos os profissionais em exercício em suas
unidades jurídicas, o incentivo ao uso do serviço de correio eletrônico no desempenho de suas
atividades funcionais, objetivando a racionalização do trabalho e o aumento da produtividade.
Além das contas pessoais, destinadas a cada um dos Procuradores e servidores, deverão ser
providenciados endereços institucionais para cada uma das unidades jurídicas, bem como para os
diversos setores que as compõem, os quais serão utilizados para as comunicações de caráter oficial.
A PGF deverá implementar e incentivar, de forma efetiva e progressiva, a adoção de
comunicação oficial por meio eletrônico, com vistas à obtenção de agilidade, celeridade e
economicidade no trato das informações e na tramitação de documentos e dados.
32
Deve o Procurador-Chefe do órgão de execução orientar os Procuradores Federais e
servidores da necessidade de acesso diário a caixa eletrônica de correspondência, vez que todos atos
administrativos relavantes são enviados por meio eletrônico ao e-mail pessoal, por meio do 0800 ou do
AGU – Correios. A atualização dos endereços eletrônicos, inclusive por aqueles que não estão em
exercício nas PRF’S, PF’S, PSF’S e ER, deve ser realizada por meio do hompage da AGU.
5.GED – GERENCIAMENTO ELETRÔNICO DE DOCUMENTOS:
A PGF e todas as unidades que a compõem deverão adotar a implantação progressiva do
Gerenciamento Eletrônico de Documentos – GED, com a substituição paulatina dos arquivos físicos
por arquivos eletrônicos.
A conversão de arquivos fisicos em eletrônicos deverá ser feita, inicialmente, por demanda,
sempre que um processo tenha que ser manuseado.
A PGF deverá providenciar, de forma descentralizada, mediante proposição das respectivas
unidades descentralizadas, a conversão de todos os arquivos físicos em eletrônicos, por meio da
contratação de empresas destinadas a essa finalidade.
Os dossiês formalizados a partir da entrada em vigor do presente manual já deverão ser
constituídos e materializados em meio eletrônico, com a digitalização das peças e documentos
originariamente recebidos em meio físico, com o seu arquivamento e tramitação pela ferramenta de
GED adotada pela PGF.
5. CERTIFICAÇÃO DIGITAL:
Tendo em vista a adoção progressiva do processo e das comunicações eletrônicas, as unidades
jurídicas devem buscar a criação e disponibilização de certificações digitais para os seus integrantes,
com prioridade para aqueles que atuem, de forma direta ou indireta, nos processos virtuais.
A certificação deverá obedecer as regras previstas para a AGU/PGF (Portaria 11, de 28 de
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agosto de 2007, da AGU), bem como ao determinado pelo Decreto 3.505, de 13 de junho de 2000, com
o encaminhamento de solicitação pela chefia da unidade jurídica à Coordenação-Geral de Recursos de
Tecnologia da Informação (CGRTI) da AGU, por intermédio de memorando específico e
fundamentado.
CAPÍTULO X - DA FORMAÇÃO DO PROCESSO, DISTRIBUIÇÃO E
ORGANIZAÇÃO DOS TRABALHOS NA PROCURADORIA
1. DO RECEBIMENTO DA CITAÇÃO
A citação deve ser feita na pessoa do Procurador-Chefe da unidade jurídica descentralizada
(art. 35, IV, LC nº 73/93), ou, na sua ausência, na pessoa do seu substituto eventual (art. 37, LC nº
73/93).
Na ausência desses, a citação, quando necessário, pode ser recebida por qualquer Procurador
Federal, pois todos têm poder de representação judicial.
Na medida do possível, as Chefias das unidades jurídicas deverão providenciar a definição de
um procedimento padrão para o recebimento de citações, diretamente com o Poder Judiciário local.
No Juizado Especial Federal, a citação deve ser feita na pessoa do representante máximo da
entidade na localidade em que tramitar o processo judicial (parágrafo único do art. 7º, da Lei nº
10.259/01), a quem competirá repassar o mandado citatório, de imediato, sempre que possível, por
meio eletrônico, para a unidade jurídica responsável, para que a mesma possa providenciar a adequada
atuação judicial.
A intimação do Procurador para os demais atos processuais deve ser pessoal, nos termos do
art. 17, da Lei nº 10.910/2004, o que deve ser observado também no rito do JEF, de preferência por
meio de remessa dos autos, o que deverá ser demandado pela chefia local junto aos órgãos jurídicos
com os quais se relacione.
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Caso o Poder Judiciário local não observe voluntariamente o respeito à prerrogativa funcional
da intimação pessoal, a chefia da respectiva unidade jurídica deverá evidar todos os esforços
necessários, inclusive com o manejo das medidas judiciais cabíveis, no sentido de fazer valer essa
prerrogativa assegurada em lei.
2. DO CADASTRAMENTO
Recebida a citação ou distribuída petição inicial, o Procurador-Chefe, ou o Procurador
responsável pelo ato, deverá emitir papeleta ou ficha de cadastramento no SICAU e direcioná-la ao
setor responsável pelo cadastramento e autuação do dossiê.
O setor responsável deverá cadastrar o processo no SICAU, sendo esse ato fundamental para
que se possa detectar a existência de litispendência ou coisa julgada, através de ferramenta própria do
sistema, bem como para o acompanhamento e gerenciamento das ações, possibilitando-se, ainda,
quantificar e qualificar os processos existentes em cada unidade jurídica.
Por ocasião do cadastramento, os setores responsáveis deverão, igualmente, efetuar consulta
aos sites da Justiça para evitar duplicidade de ações.
3. DA FORMAÇÃO DO DOSSIÊ
O dossiê é um conjunto de informações referentes ao acompanhamento de uma ação judicial,
formado a partir da citação ou da distribuição de petição inicial, sendo restrito ao âmbito interno da
instituição, vedada sua divulgação e concessão de vistas ao público externo.
Todas as ações judiciais acompanhadas pelas Procuradorias, inclusive as decorrentes de
processos virtuais, devem ser objeto da formação de dossiê próprio, físico ou eletrônico, com autuação
e cadastramento no Sistema pertinente (SICAU), dele constando todos os atos e peças processuais,
decisões proferidas e despachos internos.
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Os dossiês relativos aos processos virtuais devem ser igualmente eletrônicos, com a necessária
conversão de eventuais documentos físicos e o arquivamento de todas as peças no sistema de GED
vinculado ao SICAU.
As páginas dos dossiês devem ser numeradas, na ordem seqüencial de juntada de peças e atos,
e toda tramitação dos mesmos deve se dar via Sistema (SICAU).
A formalização do dossiê deve atender ao contido no art. 1º da Portaria PGF nº 342, de
02/09/2003, o qual ficará mantido na Procuradoria até a extinção do processo judicial, quando deverá
ser remetido ao arquivo permanente (morto), sendo que todo trâmite deve ser feito através do SICAU.
Também poderá ser excepcionada, em razão do volume, a formação de dossiês no caso das
manifestações relativas à arrecadação previdenciária e de imposto de renda perante a Justiça do
Trabalho, seguindo-se, para fins de registro, as recomendações da Coordenação de Cobrança e
Recuperação de Créditos da PGF.
Os dossiês de acompanhamento administrativo, depois de adequadamente cadastrados e
formalizados, deverão ter toda a sua movimentação devidamente registrada no SICAU, para fins de
controle e gerenciamento.
Os Procuradores Federais, quando necessitarem ter vistas de um dossiê de acompanhamento
administrativo, deverão solicitar a disponibilização do mesmo ao setor responsável pelo gerenciamento
dos arquivos, por intermédio do e-mail institucional, informando todos os dados necessários à sua
correta identificação, tais como: nome das partes, número da ação judicial e juízo no qual o mesmo se
processa.
Toda a movimentação física e acesso aos dossiês deverá ser adequada e oportunamente
registrada, para fins de controle e gerenciamento do seu destino e localização.
4. INSTRUÇÃO PARA A DEFESA
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Após o cadastramento do processo e formalização do dossiê, deve o mesmo ser encaminhado
ao Procurador responsável pelo acompanhamento do feito, para agendamento do prazo judicial e
realização de triagem do assunto, haja vista que, dependendo do objeto da ação, os procedimentos a
serem realizados serão distintos.
O Procurador, quando entender cabível, solicitará todas as informações e documentos
necessários à defesa da entidade representada, que ficará encarregada de fornecê-los.
As informações para defesa deverão, sempre que necessário, ser solicitadas e respondidas por
meio eletrônico (e-mail institucional), art. 4º, parágrafo 3º, da Portaria AGU nº 109/2007, ou, quando
possível, via disponibilização de acesso a sistemas e bancos de dados, providenciadas pelo próprio
Procurador oficiante, ou, ainda, quando existente, sua estrutura de apoio jurídico.
A comunicação por meio eletrônico, deverá ser enviada com confirmação de leitura, cabendo
às entidades fornecer às Procuradorias os endereços eletrônicos dos órgãos ou setores para os quais
devem ser enviadas as respectivas solicitações.
Se for o caso, o Procurador informará a existência de decisão liminar ou da concessão de
antecipação de tutela, interpretando o seu teor, para cumprimento pela entidade responsável.
O Procurador oficiante deverá, ainda, fixar prazo máximo para atendimento, compatível com
o prazo judicial em curso, inclusive considerando o tempo necessário para elaboração da peça
processual pertinente.
A Portaria nº 109/2005 da AGU define, no âmbito do JEF, que o prazo para prestar as
informações e apresentar documentos necessários ao deslinde da causa é de no máximo 10 (dez) dias,
sendo que a resposta deverá vir acompanhada dos documentos necessários à instrução da causa,
inclusive planilha de cálculos que identifique o valor da pretensão do autor da ação, para fins de
eventual argüição de incompetência.
Os expedientes encaminhados entre as Procuradorias e as entidades representadas, com prazo
estabelecido para atendimento, devem receber tratamento preferencial e urgente, a fim de que os
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respectivos prazos sejam devidamente cumpridos.
Caso não haja possibilidade de o órgão representado atender o requerimento na forma
solicitada, deverá ser, de imediato, remetida justificativa fundamentada, esclarecendo os motivos da
impossibilidade de cumprimento.
As respostas devem ser claras e objetivas, conter dados atualizados e identificação de cada
item respondido, bem como assinatura da área técnica responsável pela informação.
Importante lembrar ainda que o Procurador Federal tem o poder de requisitar, a
qualquer órgão público, elementos de fato e direito relativo às alegações e ao pedido do autor, nos
termos do art. 2o da Lei no 11.094/05.
CAPÍTULO XI – ORIENTAÇÕES QUANTO À ATUAÇÃO JUDICIAL
1. RESPOSTA EM JUÍZO
A apresentação da resposta deverá atender aos prazos previstos no CPC, ou na CLT, se for o
caso; sendo que o prazo no JEF, como a Lei nº 10.259/01 não previu de forma expressa, não pode ser
inferior a 30 (trinta) dias - prazo mínimo entre a citação e a realização da audiência, mesmo que não
haja audiência. Havendo audiência, o prazo de contestação poderá ser tido como a data de sua
realização (conclusão nº 08, da I Reunião de Serviço dos Juizados Especiais Federais/2003).
Não há necessidade de apresentação de procuração, tendo em vista que o mandato ad judicia
dos Procuradores Federais é ex lege, por força do art. 12, I, do CPC, nos termos do art. 17, I da Lei
Complementar nº 73/93, c.c. art. 9º da Lei nº 9.469/97, sendo recomendado citar na petição o número
da matrícula do Procurador.
No momento da apresentação da contestação que o réu deve requerer a produção das provas
necessárias, especificando as mesmas. Caso se trate de prova documental é recomendável que a mesma
já acompanhe a defesa.
O prequestionamento de todas as questões infraconstitucionais e constitucionais pertinentes
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deverá ser articulado desde a contestação.
Cópia da defesa apresentada deverá ser juntada ao dossiê.
2. AUDIÊNCIA
No momento da audiência é importante que o Procurador Federal ou preposto tenha em mãos
todos os dados disponíveis no entidade representada para que a defesa seja elaborada, se for o caso, na
própria audiência.
Havendo a necessidade de indicação de prepostos e testemunhas, o Procurador responsável
solicitará a indicação à entidade, comunicando a data, horário e local da audiência.
3. ACORDOS
No âmbito dos Juizados Especiais, a possibilidade de acordo encontra previsão na Lei
10.259/01, Decreto nº 4.250/02, Portaria AGU Nº , 109 de 30 de janeiro de 2007.
Conforme o inciso III, do § 3º, do artigo 3º, da Portaria 109/2007 da AGU, não deverão ser
feitos acordos nas matérias exclusivamente de direito, quando não houver a esse respeito súmula
administrativa, parecer aprovado na forma do art. 40 da Lei Complementar nº 73/93 ou orientação
interna adotada pelo Advogado-Geral da União, bem como na ausência de prévio requerimento
administrativo.
Não poderão, igualmente, ser objeto de acordo ações em que se discute questões patrimoniais
relativas a imóveis da União, conforme o disposto no artigo 1, parágrafo 2, da Lei 9.469/1997, bem
como discussões referentes à aplicação de penalidades a servidores e casos de dano moral, salvo se o
agente causador do dano for entidade credenciada, contratada ou delegada de órgão da administração
pública federal e assuma em juízo a responsabilidade pelo pagamento acordado, nos termos dos incisos
I e II, do § 3º, do artigo 3º, da Portaria 109/2007 da AGU.
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Os acordos conterão obrigatoriamente cláusula de renúncia a eventuais direitos decorrentes do
mesmo fato ou fundamento jurídico que deu origem à ação judicial (§ 4º, do art. 3º, Portaria AGU nº
109/2007).
4. RECURSOS
Havendo decisões desfavoráveis ao interesse das entidades representadas, deverá ser
interposto, pelo Procurador, no prazo legal, o recurso pertinente, instruindo-se o dossiê com cópia da
decisão recorrida e da peça recursal.
A Portaria PGF nº 86, de 31 de março de 2003, determina às Procuradorias que se abstenham
de fixar, em âmbito interno, e sem autorização do Advogado-Geral da União, qualquer orientação
relativa à não interposição de recursos judiciais com base em jurisprudência de Tribunais.
Sendo assim, fica a critério do Procurador analisar caso a caso, tomando as providências que
julgar oportunas e convenientes, seguindo os parâmetros inseridos nas normas supra mencionadas.
5. DESISTÊNCIAS PELA PARTE ADVERSA
A manifestação em juízo da União, das autarquias e das fundações públicas federais,
concordando com o pedido do autor de desistência da ação com renúncia ao direito sobre que ela se
funda, nos termos do art. 269, inciso V, do CPC, ressalvará, expressamente, que a parte desistente e
renunciante arcará com as custas judiciais, e que cada litigante assumirá as despesas com os honorários
do seu advogado.
6. AÇÃO RESCISÓRIA
Na hipótese de cabimento de ação rescisória no procedimento ordinário, inclusive com a
propositura de medida cautelar incidental, as petições serão elaboradas e ajuizadas pela Procuradoria de
origem do processo e encaminhadas para a Procuradoria que atuar junto aos Tribunais para
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acompanhamento preferencial.
7. CÁLCULOS E CONFERÊNCIA
7.1.No Rito Ordinário
Após a citação do art. 730, CPC, cabe ao Procurador apresentar relatório circunstanciado com
a síntese da condenação, indicando os elementos para elaboração dos cálculos pelo NECAP.
As principais informações que devem conter na interpretação de sentença são: objeto da
condenação, data de início dos cálculos, data do término dos cálculos, critério de correção monetária,
percentual dos juros de mora e termo inicial (geralmente data do trânsito em julgado), o valor dos
honorários advocatícios e outros acréscimos.
Não havendo mais qualquer discussão a respeito dos cálculos que estribaram a execução do
julgado, e desde que o valor seja igual ou inferior a 60 salários mínimos, a quitação do débito será
efetuada mediante expedição de Requisição de Pequeno Valor – RPV. Em sendo o valor da execução
superior a 60 salários mínimos o pagamento será efetivado mediante expedição de precatório, a teor da
regra constante na Lei 10.934/04.
7.2. Nos Juizados Especiais Federais
Após o trânsito em julgado, será a Entidade intimada da expedição de Requisição de Pequeno
Valor – RPV – quando a condenação for igual ou inferior a 60 salários mínimos.
Recebida a intimação que determinou a expedição de RPV com a planilha de cálculo do
Contador Judicial, o Procurador deverá encaminhá-la, se for o caso, ao NECAP para conferência dos
valores.
Não estando a conta de acordo com o que ficou decidido em juízo, sugere-se, sendo o caso,
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elaborar incontinenti a alegação de erro material, visto não haver recurso próprio para combater a
decisão.
Nos Juizados, é possível, ainda, o pagamento de atrasados mediante precatório (§ 4º, do art.
17, da L. 10.259/01), hipótese em que deverão ser adotados, na parte cabível, os procedimentos
descritos no item anterior.
8. CUMPRIMENTO DE DECISÕES JUDICIAIS
8.1. OBRIGAÇÃO DE FAZER
Nos casos em que seja necessário dar cumprimento a decisões judiciais, em liminar,
antecipação de tutela ou em decisão definitiva, sem prejuízo das medidas judiciais cabíveis, deverá o
Procurador Federal interpretar a decisão e comunicá-la, para efeito de cumprimento, à entidade
representada, fixando prazo para atendimento. Deverá ser comunicado, ainda, à entidade, o caráter
provisório ou o trânsito em julgado da decisão, para registros pertinentes.
8.2. OBRIGAÇÃO DE PAGAR – PRECATÓRIOS - RPV
Todo pagamento judicial deve ser precedido de análise legitimatória da despesa, conforme
exigência legal prevista nos artigos 62 e 63, da Lei nº 4.320, de 17/03/1964.
A atribuição de legitimar pagamento é do Procurador Federal que atuou no feito ou outro
designado.
O pagamento de precatório e RPV, exceto perante a Justiça Estadual, compete ao Tribunal
respectivo (TRF/TRT).
Conforme Portaria PGF nº 783, de 02 de outubro de 2007, será elaborado Manual de
Procedimentos para Analise de Precatórios.
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9. DECISÕES FAVORÁVEIS À ENTIDADE
Havendo decisão favorável à entidade representada é necessária a comunicação à mesma,
inclusive quando da cassação de decisões anteriores ou do trânsito em julgado de decisão favorável.
Se for o caso, será procedida a verificação da existência de depósitos judiciais nos próprios
autos ou em suplementares para conversão em renda ou transformação em pagamento definitivo.
Deverá ser verificada a existência de honorários advocatícios em favor da entidade, a fim de que
seja promovida a competente execução, se for o caso.
A conversão em renda/transformação em pagamento definitivo, de valores principais deverá ser
comunicada à entidade.
10. DOS PAGAMENTOS DEVIDOS ÀS ENTIDADES EM PROCESSOS JUDICIAIS
Os pagamentos devidos as entidades em processos judiciais deve se dar, a exceção das
contribuições providenciaria (recolhida atraves de GPS), por meio de GRU – Guia de Recolhimento da
União, observando-se as orientações contidas da NT CGCONT CGOF 07 DE 14-05-07 e do Memo
Circular AGU/PGF nº 23/2007.
11. AÇÕES RELEVANTES
A Portaria AGU nº 87, de 17 de fevereiro de 2003, dispõe que fica sujeita a
acompanhamento especial a ação judicial que atenda, consoante indicação dos titulares das unidades da
Advocacia-Geral da União, um dos critérios de relevância abaixo elencados:
I – social, assim considerada a que afete uma coletividade humana determinada;
II – política, assim considerada a que tenha grande repercussão no pacto federativo e na relação entre os poderes da
república;
III – econômica, assim considerada a que tenha grande repercussão na economia do país, de uma região ou de um
Estado;
IV – financeira, assim considerada a que tenha grande repercussão nas finanças públicas e no cumprimento da lei
de responsabilidade fiscal;
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V – administrativa, assim considerada a que tenha grande repercussão no exercício da atividade administrativa;
VI – ecológica, assim considerada a que tenha grande repercussão no meio ambiente; e
VII – jurídica, assim considerada aquela que promova a inovação jurisprudencial ou sobre a qual exista posição
pacífica no Poder Judiciário e repercuta em outras demandas judiciais e extrajudiciais.
É igualmente considerada relevante a ação judicial:
I – em que figure como parte o Presidente e o Vice-Presidente da República, os Presidentes do Senado Federal e da
Câmara dos Deputados, os Ministros de Estado e Presidentes de Tribunais;
II – de valor igual ou superior a R$1.000.000,00 (um milhão de reais) - aquele atribuído à causa, o estimado ou o
da liqüidação, o que for maior.;
III – ações civis públicas e de improbidade administrativa;
IV – execuções fiscais relativas a grandes devedores, consoante critério adotado pelo Ministério, autarquia ou
fundação pública federal responsável pela cobrança do crédito; e
V – aquelas indicadas pelo Advogado-Geral da União, Procurador-Geral da União, Procurador-Geral Federal ou
Secretário-Geral de Contencioso.
O acompanhamento das ações relevantes pelas unidades jurídicas da Procuradoria-
Geral Federal consistirá, no mínimo, na verificação semanal do andamento do processo com a adoção
das medidas que se fizerem necessárias à rápida solução da lide.
As liminares, antecipações de tutela, sentenças e acórdãos serão imediatamente
comunicados, independentemente de intimação, à Procuradoria-Geral Federal e à autarquia ou
fundação pública interessada e à Procuradoria Federal com competência para acompanhar a causa no
Tribunal.
As comunicações, sempre que possível, serão realizadas mediante correio eletrônico,
com confirmação do recebimento pelo destinatário.
As ações relevantes serão cadastradas com prioridade no Sistema de Cadastro das Ações
da União.
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CAPÍTULO XII – DAS ORIENTAÇÕES GERAIS
1. DA CARGA/REMESSA DOS AUTOS JUDICIAIS
A carga dos autos judiciais deverá ser feita pelo Procurador responsável pelo processo, o qual
receberá indenização de transporte caso utilize meio próprio de locomoção, ou por servidor/estagiário
da Procuradoria, devidamente autorizado, com a disponibilização de viatura para este trabalho.
Quando se tratar de Varas e Comarcas do interior, distantes da sede da Procuradoria, é
possível a remessa dos autos judiciais pelos Correios diretamente para as Procuradorias, a débito do
AGU pois no contrato firmado entre a AGU e a ECT há a previsão para a prestação de um serviço de
postagem e remessa de documentos registrado ou por Sedex, para um único destinatário, através de um
"cartão de postagem destinatário único/exclusivo" que permite esta prática.
Os chefes das unidades da AGU poderão solicitar o serviço à Coordenação-Geral de
Documentos e Informações pelo e-mail agudoc.pcu@agu.gov.br. O e-mail deverá conter a unidade da
AGU requerente, endereço completo, nome do responsável pelo setor, cargo, além do nome, endereço e
CNPJ do órgão do Judiciário.
2. DOS ACORDOS E DESISTÊNCIAS
A possibilidade de acordo no Juizado Especial Federal encontra previsão na Lei nº 10.259/01,
Decreto nº 4.250/02 e Portaria AGU nº , 109 de 30 de janeiro de 2007.
A alçada para o não ajuizamnto de ações, desistência de ações já ajuizadas e não interposição
de recursos é de R$ 1.000,00 (um mil reais), fixada pela Instrução Normativa AGU n. 01/2008, que
também prevê a possibilidade de parcelamento de honorários advocatícios decorrentes de sucumbência,
pela parte adversa, em procesos acompanhados pelas unidades da PGF.
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3. DO ATENDIMENTO DE DEMANDAS JUDICIAIS
As Procuradorias podem, de acordo com sua necessidade, instituir, em conjunto com as
Entidades, equipes de cumprimento de decisões judiciais, que ficarão encarregadas de colher as
informações para defesa, localizando documentos, realizando pesquisas nos sistemas, efetuando o
cumprimento de eventuais decisões.
Poderá, alternativamente, ser solicitado a cada entidade a indicação de contatos, com nome,
matrícula, cargo, endereco, telefone e endereco eletrônico, com o objetivo de direcionar o atendimento
de demandas judiciais.
4. DA DEFESA DO SERVIDOR DEMANDADO JUDICIALMENTE
Dispõe o art. 5o da Instrução Normativa nº 3, de 25 de junho de 1997:
“Cabe às Procuradorias da União e aos órgãos jurídicos das autarquias e fundações públicas
federais, nas suas respectivas áreas de atuação, a defesa judicial dos titulares de órgãos da
Administração Pública Federal direta, de ocupantes de cargos e funções de direção naquelas entidades,
e das pessoas físicas designadas para execução dos regimes especiais previstos na Lei nº 6.024, de 13
de março de 1974, e nos Decretos-lei nº 73, de 21 de novembro de 1966, e 2.321, de 25 de fevereiro de
1987, concernentes a atos praticados no exercício de suas atribuições institucionais ou legais, inclusive
a impetração de mandados de segurança para garantia do exercício dessas atribuições.”
5. DAS AUDIÊNCIAS CONCEDIDAS À PARTICULARES
A PORTARIA AGU Nº 637, de 27/08/2002, regulamenta as audiências concedidas à
particulares no âmbito da Advocacia Pública, esclarecendo quando é cabível e o procedimento que
deve ser adotado, estabelecendo que:
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Art. 2º O pedido de audiência efetuado por particular deverá ser dirigido ao agente público, por escrito, por meio de fax ou
meio eletrônico, indicando:
I – a identificação do requerente;
II – data e hora em que pretende ser ouvido e, quando for o caso, as razões da urgência;
III – o assunto a ser abordado; e
IV – a identificação de acompanhantes, se houver, e seu interesse no assunto.
Parágrafo único. Sempre que necessário, os agentes públicos exigirão previamente à audiência ou reunião procuração
concedida pelos representados ao representante.
Art. 3º As audiências de que trata esta Portaria terão sempre caráter oficial, ainda que realizadas fora do local de
trabalho, devendo o agente público:
I – estar acompanhado nas audiências de pelo menos um outro servidor público; e
II – manter registro específico das audiências, com a relação das pessoas presentes e os assuntos tratados.
§ 1º Na audiência a se realizar fora do local de trabalho, o agente público pode dispensar o acompanhamento de
servidor público, sempre que reputar desnecessário, em função do tema a ser tratado.
§ 2º O titular da unidade da AGU poderá designar outro servidor para participar da reunião na impossibilidade
de fazê-lo pessoalmente.
Art. 4º A observância pelo particular do estabelecido nesta Portaria não gera direito a audiência.
Art. 5º Esta Portaria não se aplica:
I – às audiências realizadas para tratar de matérias relacionadas à administração tributária, à supervisão bancária, à
segurança e a outras sujeitas a sigilo legal; e
II – às hipóteses de atendimento aberto ao público.
6. DA CONSULTORIA
Conforme PT/PGF 838/2007, será elaborado um manual específico acerca da atividade de
Consultoria - área meio.
7. DAS PROCURADORIAS RESPONSÁVEIS PELO ACOMPANHAMENTO DOS
FEITOS PERANTE OS TRIBUNAIS
As Procuradorias-Regionais Federais e Procuradorias Federais junto aos Estados responderão
pelo acompanhamento dos feitos de competência originária e pelos recursos interpostos perante os
Tribunais localizados em suas sedes, pelas PFs, no primeiro caso, e pelas PSFs e ERs em ambas as
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hipóteses.
As ações de competência originária e os recursos interpostos que, pelo valor, natureza ou
efeito multiplicador, forem considerados relevantes, deverão ser informados, pela Procuradoria de
origem à Procuradoria responsável pelo acompanhamento, para fins de tratamento especial.
Consoante determina o Memorando nº 003/CONT/PGF/AGU, deverá ser observada a
competência exclusiva do Procurador-Geral Federal para a representação das autarquias e fundações
junto ao Supremo Tribunal Federal e Tribunais Superiores nas medidas judiciais de competência
originária desses tribunais, tais como, ação rescisória, suspensão de segurança, reclamação, etc.
Assim, os órgãos de execução da PGF, ao concluírem pelo cabimento de medida judicial
perante o Supremo Tribunal Federal e Tribunais Superiores, deverão elaborar minuta da peça inicial,
encaminhando-a ao Contencioso da PGF, acompanhada dos documentos necessários, via processo
administrativo com cópia para o e-mail pgf.contencioso@agu.gov.br para fins de análise e ajuizamento,
se aprovada.
Nas hipóteses de inadmissibilidade da medida judicial encaminhada, o dossiê administrativo
será devolvido com despacho fundamentado.
CAPÍTULO XIII – COMUNICAÇÕES RELATIVAS A PROCESSOS
1. COMUNICAÇÃO COM AS ENTIDADES REPRESENTADAS
Todas as comunicações com as Entidades representadas, relativas aos processos judiciais em
curso, serão realizadas, preferencialmente, por meio eletrônico, com confirmação de leitura, ou por
ofícios, emitidos pelo Procurador responsável pelo feito, competindo-lhe o controle das comunicações
e sendo as mesmas carreadas aos dossiês respectivos.
Para troca de informações por meio eletrônico, caberá às entidades representadas fornecer às
Procuradorias os endereços eletrônicos para os quais devem ser enviadas as solicitações.
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A confirmação de leitura poderá se dar atraves de recurso próprio do programa de
gerenciamento de correio eletronico ou atraves de solicitação ao destinatário de resposta confirmatória
do recebimento.
2. COMUNICAÇÃO ENTRE PROCURADORIAS
Todas as comunicações entre Procuradorias, relativas aos processos judiciais em curso, serão
realizadas, preferencialmente, por meio eletrônico, com confirmação de leitura, ou por memorandos,
emitidos pelo Procurador responsável pelo feito, competindo-lhe o controle das comunicações e sendo
as mesmas carreadas aos dossiês respectivos.
A tramitação de expedientes das Chefias PRF’s, PF’s, PSF’s e ER para a Direção da
Procuradoria-Geral Federal deverá observar o disposto na Ordem de Serviço nº 07 de 16 de outubro de
2007, que disciplina o trâmite de documentos e autos de processos no âmbito da PGF.
Sempre que necessário o contato com outros órgãos da Direção Central da AGU este deverá
ser promovido por meio da Direção da Procuradoria-Geral Federal.
3.3.3.3. COMUNICAÇÕES ENTRE OS PROCURADORES E A CHEFIA
As comunicações, solicitações de autorização, e orientações, quando for o caso, relativas aos
processos judiciais em curso, dirigidas à Chefia da Procuradoria, seguirão os parâmetros abaixo:
3.1. O Chefe de Procuradoria Regional Federal, Procuradoria Federal nos Estados,
Procuradoria Seccional Federal não poderá, nos termos das Portarias 86 e 530 da PGF:
a - fixar, em âmbito interno, e sem autorização do Advogado-Geral da União, de qualquer
orientação relativa à não interposição de recursos judiciais com base em jurisprudência de
Tribunais
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b - traçar orientação quanto ao atendimento dos requisitos de admissibilidade dos recursos
dirigidos ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores e à Turma Nacional de
Uniformização dos Juizados Especiais Federais, e das ações de sua competência originária,
atribuições da Adjuntoria de Contencioso.
c- deliberar, no tocante às autarquias e fundações públicas federais, acerca do ajuizamento de
ações referentes à atividade fim da entidade, de ações civis públicas e de ações de improbidade
administrativa, ou de intervenção da entidade nas mesmas, ou em ações populares, e bem assim
a definição das teses jurídicas e estratégias processuais a serem observadas, quando o
contencioso judicial envolver matéria específica de atividade fim da entidade, atribuições das
Procuradorias Federais junto as entidades.
3.2. O Chefe de Procuradoria Regional Federal, Procuradoria Federal nos Estados,
Procuradoria Seccional Federal poderá, entretanto:
a- traçar orientação quanto ao atendimento dos requisitos de admissibilidade dos recursos
dirigidos aos Tribunais Regionais e às Turmas Regionais de Uniformização dos Juizados
Especiais Federais, e das ações de competência originária dos Tribunais localizados em suas
áreas de atuação;
b- orientar o Procurador em exercício na Procuradoria acerca de linha de defesa processual a ser
adotada no caso concreto, de acordo com as peculiaridades da hipótese em exame;
3.3. A atribuição constante do item 3.2 "a" será exercida, por iniciativa da Chefia, ou
através de provocação escrita e fundamentada de Procurador, e respondida através de Nota Padrão
cadastrada no AGUDOC e divulgada a todos os membros da Procuradoria.
3.3.1. O Procurador, diante de hipótese idêntica constará no dossiê, através de despacho,
referência ao enquadramento da situação na Nota Padrão, mencionando seu NUP.
3.3.2. A atribuição constante do item 3.2."b" será exercida mediante provocação escrita e
fundamentada (despacho) no dossiê de acompanhamento do feito, o qual será respondido através de
despacho conclusivo da Chefia também no respectivo dossiê e encaminhado ao Procurador Oficiante.
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3.4. Sempre que a hipótese questionada por Procurador exceder a alçada da Chefia local a
mesma estudará a pertinência de encaminhar o questionamento fundamentado a Adjuntoria de
Contencioso ou à Procuradoria Federal junto a entidade, solicitando orientação.
3.5. Deverá ser dado conhecimento ao Procurador-Chefe acerca dos processos judiciais
relevantes, da mudança de orientação de linha de defesa, e das decisões, favoráveis ou desfavoráveis
às entidades, de maior impacto econômico, jurídico ou social.
CAPITULO XIV – DECAP E NECAP
Sobre o DECAP, assim dispõe a Lei 9.028/95:
Art.8o-D. É criado o Departamento de Cálculos e Perícias da Advocacia-Geral da União, integrante da
estrutura organizacional da Procuradoria-Geral da União e ao titular desta imediatamente subordinado. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.180-35, de 2001)
§1oAo Departamento de Cálculos e Perícias compete, especialmente: (Incluído pela Medida Provisória
nº 2.180-35, de 2001)
I-supervisionar, coordenar, realizar, rever e acompanhar os trabalhos técnicos, de cálculo e periciais, referentes aos feitos de interesse da União, de suas autarquias e fundações públicas, às liquidações de sentença e aos processos de execução; e (Incluído pela Medida Provisória nº 2.180-35, de 2001)
II- examinar os cálculos constantes dos precatórios judiciários de responsabilidade da União, das autarquias e fundações públicas federais, antes do pagamento dos respectivos débitos. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.180-35, de 2001)
§2o
O Departamento de Cálculos e Perícias participará, nos aspectos de sua competência, do acompanhamento, controle e centralização de precatórios, de interesse da Administração Federal direta e indireta,
atribuídos à Advocacia-Geral da União pela Lei no 9.995, de 25 de julho de 2000. (Incluído pela Medida Provisória
nº 2.180-35, de 2001)
§3o
As unidades, das autarquias e fundações públicas, que tenham a seu cargo as matérias de competência do Departamento de Cálculos e Perícias, da Advocacia-Geral da União, atuarão sob a supervisão técnica deste. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.180-35, de 2001)
§4o
Os órgãos e entidades da Administração Federal prestarão, ao Departamento de Cálculos e Perícias, o apoio que se faça necessário ao desempenho de suas atividades, inclusive colocando à sua disposição pessoal especializado. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.180-35, de 2001)
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§5o
O Advogado-Geral da União disporá, nos termos do art. 45 da Lei Complementar no 73, de 1993, sobre
o Departamento de Cálculos e Perícias e editará os demais atos necessários ao cumprimento do disposto neste artigo. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.180-35, de 2001)
Os NECAPs são as projeções locais do DECAP.
Para remessa de solicitações relativas a cálculos e perícias ao NECAP, recomenda-se que o
Procurador o faça através de despacho no dossiê do processo, devidamente instruído, contendo, ao
menos, as seguintes informações:
Nº do processo;
Tipo de ação;
Juízo/Vara;
Autor(es);
Procurador responsável;
Data da intimação;
Prazo para atendimento;
Parâmetros para elaboração/conferência dos cálculos (objeto da ação, data da citação, sentença;
acórdão, resumo da condenação, data do trânsito em julgado, limitações temporais da conta
(inclusive face a prescrição de parcelas), data do cálculo do autor e referida planilha, correção
monetária, juros, honorários advocatícios, honorários periciais, etc.).
Recomenda-se, ainda, aos Procuradores Federais que, quando da remessa dos dossiês ao
NECAP fixem o prazo máximo para atendimento, compatível com o prazo judicial em curso, bem
como o grau de prioridade conforme a situação processual (prazo preclusivo ou dilatório).
Segue modelo exemplificativo de encaminhamento de dossiê ao NECAP:
Memorando S/N AGU/PF/______ De: Ao: Núcleo Executivo de Cálculos e Perícias. Assunto: Encaminho a V.Sa. os presentes autos a fim de que seja elaborada planilha, consoante os critérios abaixo discriminados. Solicito o cotejo dos cálculos do(s) Autor(res) com a planilha da Entidade representada, bem como a
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apresentação de parecer circunstanciado, especificando as divergências encontradas.
Finalmente, solicito devolução dos autos IMPRETERÍVELMENTE, até o dia / / , em virtude de prazo judicial em curso.
__________________, / / .
-----------------------------------------------------
Procurador(a) Federal
1. Identificação do Processo:
1.1. Processo nº :
Vara ( ª) Junta ( ª)
1.2. Autor :
1.3. Réu :
1.4. Fase :
Embargos ( ) Precatório Complementar ( )
2. Especificação da Condenação e Localização das Peças Principais
2.1. Condenação :
2.2. Sentença fls. : 2.3. Acórdão do TRF/TRT fls.:
2.4. Acórdão do STJ/TST fls.: 2.5.: Acórdão do STF fls.:
2.6. Cálculos do autor fls.: 2.7. Cálculos da Justiça fls.:
2.8. Trânsito em julgado fls.:
3. Critério para Elaboração da Planilha
3.1. Período do cálculo............:
/ / a / /
3.2. Correção Monetária..........:
( ) de acordo com o Manual da Justiça Federal
( ) outro critério ( )
3.3. Honorários ( %) sobre o valor da condenação
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Advocatícios:
( %) valor da causa (R$ 000.000,00 em 00 /00 /0000
( %) sem honorários
3.4. Juros Moratórios ;
( %) ao ano, da citação ( em / / )
( %) ao ano, do trânsito em julgado ( em / )
3.5. Custas. .....................:
( ) inserir ( ) excluir
3.6. Atentar para: :
CAPITULO XV – FERRAMENTAS DISPONÍVEIS NAS HOMEPAGES DA AGU E
DA PGF NA INTERNET:
1. A pagina da AGU na internet (www.agu.gov.br) possui inúmeras ferramentas úteis na rotina de
uma Procuradoria Federal.
Ao lado esquerdo da página inicial temos as seguintes opções:
•Institucional - Contém as informações oficiais sobre a composição da AGU e suas atribuições:
•Advogado-Geral da União •Conselho Superior •Corregedoria-Geral •Ouvidoria-Geral •Funções Institucionais •Composição •Comissões Temáticas •Unidades e Responsáveis •Organograma •História
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Legislação e Normas – Dá acesso à legislação , que rege a atuação dos membros da AGU:
Comunicação Social Publicações
Consulta a Processo Administrativo Permite acesso a movimentação de todos os processos e documentos cadastrados no AGUDOC através do NUP – número único de processo: Concursos de Ingresso na AGU
Programa de Estágio Profissional
Transparência Pública
Rede AGU
Sites Relacionados
Fale Conosco
1.1. Sobre a Rede AGU merece tratamento em separado, eis que Área destinada aos
profissionais das carreiras jurídicas e administrativa da Advocacia-Geral da União (AGU).Contém os
acessos à intranet e ao correio eletrônico da AGU e traz informações de interesse geral dos servidores.
Possibilita que os profissionais da AGU possam ter acesso rápido às ferramentas de trabalho e a dados
institucionais diversos.
O acesso, mediante senha, divide-se em:
Portal de informações e serviços Correio eletrônico RH Informações e serviços Cadastro permanente de endereços eletrônicos SICAU
1.3. No Portal de Informações e Serviços temos:
À esquerda, as seguintes opções:
Advogado-Geral
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Legislação (acesso ao AGULEG – sistema de consulta da legislação da AGU e ao AGUSIN – sistema de consulta de informações e normas) CSAGU SFCS Gerência Executiva Biblioteca da AGU Escola da AGU (incluindo cursos disponíveis e formulários) CGAU CGU PGF (acesso à página da PGF que será posteriormente detalhada) PGFN PGU PRU´S, PU´S E PSU´S Comissões Institucional Licitações Servidor Boletim de Serviço Manual de Redação Sistemas (AGUpromoções, DEMANDAS, ESTCONF, SENHA, SICAP, SICLO, SUBSÍDIOS) D.O.U.
Ao Centro, notícias da AGU e links (Plano de Saúde, Entidades de Classe, Governo, Sistemas);
À direita, os seguintes acessos:
Siclo – Sistema de Controle de Emendas da Lei Orgânica Padrões mínimos – Portaria 423 SICAU NET Subsídios GADE Estágio Confirmatório e Probatório AGU DOC SIRAJ Diárias e Passagens Informações Gerenciais SGAGU
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2. A página da PGF na internet (acessível através do link PGF no Portal de Informações e
Serviços da AGU) traz:
=À esquerda, informações institucionais, estruturais e gerenciais da Procuradoria-Geral Federal;
= Ao centro, PGF – Acontece (notícias e instruções para inclusão das Notícias da Unidade) e PGF –
Links;
= À direita: Subsídios, Projeto de Reestruturação da PGF, PGF Urgente, SIG e Censo dos Procuradores
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente manual será objeto de atualização constante e permanente, devendo ser readequado
toda vez que houver uma alteração significativa nos procedimentos por ele regulados, seja pela edição
de normas legais e/ou administrativas, ou ainda, pela alteração da orientação administrativa interna da
Instituição, com revisão ordinária anual, sempre no mês de março de cada ano.
As responsabilidades atribuídas aos chefes das unidades jurídicas descentralizadas, sejam elas
PRF’s, PF’s, PSF’s ou ER’s poderão ser objeto de delegação, no todo ou em parte, via edição de
Portaria específica, para chefias subordinadas dentro da própria unidade, ou ainda, excepcionalmente,
quando se tratar exclusivamente de procedimentos burocráticos internos, para Servidores
administrativos.
Este manual, assim como todos os atos normativos internos nele citados, encontrar-se-ão
disponibilizados no site da AGU, no link da Procuradoria-Geral Federal.
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