maria alicia d. ugá seminário políticas de saúde no chile e brasil, 2006 financiamento do...
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Maria Alicia D. Ugá Seminário Políticas de Saúde no Chile e Brasil,
2006
FINANCIAMENTO DO FINANCIAMENTO DO
SISTEMA DE SAÚDESISTEMA DE SAÚDE
BRASILEIROBRASILEIRO
MODELO DE FINANCIAMENTO SETORIALMODELO DE FINANCIAMENTO SETORIAL
A estrutura do gasto nacional em saúde é herdada do modelo do sistema de saúde prévio ao SUS, no qual o papel do Estado havia sido fundamentalmente o de promover a expansão do setor privado.
=> Nosso sistema de saúde, constitucionalmente definido como sendo de acesso universal e integral, exibe uma estrutura do gasto que em nada se assemelha à dos sistemas nacionais de saúde de cunho welfariano, mas se aproxima do padrão estadunidense, tido como sistema típico do modelo liberal de sistemas de saúde.
Composição do Gasto em SaúdeComposição do Gasto em SaúdeAlguns países da OCDE e BrasilAlguns países da OCDE e Brasil
0,0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0% 60,0% 70,0% 80,0% 90,0% 100,0%
Brasil (2002)
Dinamarca
França
Alemanha
Itália
Portugal
Espanha
Suécia
Reino Unido
EUA
Publico
Seguro Privado
Pagam. Diretos
Fonte:Fonte: Países da OCDE: OMS, World Health Países da OCDE: OMS, World Health Report, 2000 Report, 2000
COMPOSIÇÃO DO FINANCIAMENTOSISTEMA DE SAÚDE, BRASIL, 2002.
Fonte: Elaboração própria, a partir de dados da POF, do SIOPS e da ANS
GASTO EM SAÚDE R$ Milhões %
Gasto Público Total 50.473,5 43,8
Gasto Privado - Planos e Seguros de Saúde
25.063,1 21,7
Gasto Privado direto das Famílias 39.778,5 34,5
Gasto Total
115.315,1 100,00
OFERTA DE SERVIÇOSOFERTA DE SERVIÇOS(Mix Público x Privado)(Mix Público x Privado)
N.º % N.º % N.º %TOTAL BRAZILAmbulatory Units 31.199 76 9.778 24 40.977 100 Hospitals 2.588 35 4.809 65 7.397 100
NHS / SUS
Ambulatory Units 30.957 95 1.469 5 32.426 100 Hospitals 2.519 42 3.414 58 5.933 100
Beds 161.635 37 277.942 63 439.577 100
Health Providers - Brazil, 2002
Public Private TOTAL
71% dos provedores privados têm contrato com 71% dos provedores privados têm contrato com MSMS
Elaboração própria. Fontes: AMS / IBGE e SIH/MS, 2002
FINANCIAMENTO DO SETOR SAÚDEFINANCIAMENTO DO SETOR SAÚDE
Setor público: Setor público: 43,8 %43,8 % => 10,6% da => 10,6% da receita tributáriareceita tributáriaSetor Privado: Setor Privado: 56,2 %56,2 % => Gasto direto + Seguros e Planos => Gasto direto + Seguros e Planos
Health Expenditures - Public Sector Brazil - 2002
Federal58%State
20%
Municipal22%
Health Expenditures - Private Sector Brazil - 2002
Insurance35%
Out-of-Pocket
65%
Estimativas a partir do SIOPSEstimativas a partir do SIOPS
Peso do financiamento da saúde sobre a renda familiar
-
2,00
4,00
6,00
8,00
10,00
12,00
Pe
so
% s
ob
re a
re
nd
a
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10Decil de Renda
Peso do Financiamento do Setor Saúde sobre a Renda familiar per capita, segundo tipo de gasto, por Decil de Renda familiar per capita - Brasil, 2002
Peso Privado direto
Peso Planos de Saúde
Peso SUS
Fonte: POF/IBGE 2002/3SIOPS/MS
Ugá, M.A.D. e Santos, I. 2005Ugá, M.A.D. e Santos, I. 2005
Composição do gasto privado direto em saúde por decil de renda familiar p/c. Brasil, 2002.
0%
20%
40%
60%
80%
100%
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Decil de Renda
Outras
Material de Tratam.
Exames diversos
Hospitalização +Serv. Cirúrgicos
Tratam.Ambulatorial
Consulta Médica
Trat. Dentário
MedicamentosFonte: POF/IBGE 2002/3
Ugá & Santos, 2005Ugá & Santos, 2005
O FINANCIAMENTO DO O FINANCIAMENTO DO SUSSUS É DISCIPLINADO POR: É DISCIPLINADO POR:
1.1. CONSTITUIÇÃO FEDERAL de 1988:CONSTITUIÇÃO FEDERAL de 1988:% ORÇAMENTO SEGURIDADE SOCIAL% ORÇAMENTO SEGURIDADE SOCIAL
* Inicialmente: * Inicialmente: % % contribuições sociais do OSScontribuições sociais do OSS (COFINS, CSLL, Contrib. Folha Salarial + (COFINS, CSLL, Contrib. Folha Salarial + impostos gerais)impostos gerais)
Em lei complementar, estabeleceu-se 30% do Em lei complementar, estabeleceu-se 30% do OSS para a SaúdeOSS para a Saúde
* Posteriormente, incluída contribuição social * Posteriormente, incluída contribuição social vinculada à saúde: vinculada à saúde: CPMF (1997)CPMF (1997)
2.2. EMENDA CONSTITUCIONAL 29:EMENDA CONSTITUCIONAL 29:Estabelece % mínimos das receitas federal,Estabelece % mínimos das receitas federal,Estadual e municipal a serem destinados à saúdeEstadual e municipal a serem destinados à saúde
O ORÇAMENTO SEGURIDADE SOCIAL O ORÇAMENTO SEGURIDADE SOCIAL NANA CONSTITUIÇÃO FEDERAL de 1988CONSTITUIÇÃO FEDERAL de 1988
E O OBJETIVO DE GARANTIR FONTES E O OBJETIVO DE GARANTIR FONTES ESTÁVEIS DE RECURSOSESTÁVEIS DE RECURSOS
PARA AS ÁREAS SOCIAISPARA AS ÁREAS SOCIAIS
A CONSTITUIÇÃO FEDERAL de 1988 define oA CONSTITUIÇÃO FEDERAL de 1988 define o ORÇAMENTO SEGURIDADE SOCIAL e ORÇAMENTO SEGURIDADE SOCIAL e nãonão vincula vincula fontes para cada área (Previdência, Saúde e fontes para cada área (Previdência, Saúde e Assistência Social)Assistência Social) . .
Em lei complementar, estabeleceu-se 30% do Em lei complementar, estabeleceu-se 30% do OSS para a SaúdeOSS para a Saúde
Fontes do OSS: Fontes do OSS: contribuições sociais contribuições sociais * Contrib. social sobre folha de salários* Contrib. social sobre folha de salários* * COFINS (sobre faturamento das empresasCOFINS (sobre faturamento das empresas* CSLL (sobre lucro líquido das empresas)* CSLL (sobre lucro líquido das empresas)+ impostos gerais que se fizessem necessários+ impostos gerais que se fizessem necessários
* Posteriormente, incluída contribuição social * Posteriormente, incluída contribuição social vinculada à saúde: vinculada à saúde: CPMF (1997)CPMF (1997)
PROBLEMAS NO FINANCIAMENTO SETORIAL:PROBLEMAS NO FINANCIAMENTO SETORIAL:Nunca foi cumprida a definição de 30% do Nunca foi cumprida a definição de 30% do
OSS para a Saúde OSS para a Saúde (ajuste macroeconômico)(ajuste macroeconômico)
* * Pagamento indevido dos EPU com recursos do Pagamento indevido dos EPU com recursos do OSSOSS
* Em 93, vinculação das contribuições sobre folha * Em 93, vinculação das contribuições sobre folha de salários para a previdênciade salários para a previdência
* * Corrosão das receitas, devido à recessãoCorrosão das receitas, devido à recessão
* 94: Fundo Social de Emergência => FEF => DRU* 94: Fundo Social de Emergência => FEF => DRU20% das contrib. e impostos são retidos e 20% das contrib. e impostos são retidos e
alocados livremente pelo governo federal.alocados livremente pelo governo federal.
* * recorrente contingenciamento dos repasses ao MSrecorrente contingenciamento dos repasses ao MS
=>97: contribuição social vinculada à saúde: =>97: contribuição social vinculada à saúde: CPMF CPMF
Anos 90: DESPRIORIZAÇÃO DO GASTO EM SAÚDEAnos 90: DESPRIORIZAÇÃO DO GASTO EM SAÚDE
Em Em 19891989 o gasto federal em saúde alcançava o gasto federal em saúde alcançava 19%19% da despesa total efetiva do governo federal da despesa total efetiva do governo federal
Em Em 19921992 foram alocados à saúde foram alocados à saúde menos de 12%menos de 12%
Em Em 1994 apenas 5%;1994 apenas 5%; Em Em 1995 somente 5,51995 somente 5,5%; %; E E em 1996em 1996 um percentual ainda menor: um percentual ainda menor: 4,9%4,9%
+ + BAIXA PARTICIPAÇÃO DOS ESTADOS NO FINANC.BAIXA PARTICIPAÇÃO DOS ESTADOS NO FINANC.
=> => No final dos 90, a questão era a de garantir um No final dos 90, a questão era a de garantir um volume estável de recursos para o SUS => volume estável de recursos para o SUS => VINCULAÇÃOVINCULAÇÃO
A EMENDA CONSTITUCIONAL 29 (2000)A EMENDA CONSTITUCIONAL 29 (2000)
E O OBJETIVO DE E O OBJETIVO DE VINCULARVINCULARRECURSOS PARA O SETOR SAÚDERECURSOS PARA O SETOR SAÚDE
NAS 3 ESFERAS DE GOVERNONAS 3 ESFERAS DE GOVERNO
FINANCIAMENTO DO SUS e a EC-29FINANCIAMENTO DO SUS e a EC-29
1.1. União:União:- para o ano de 2000, o montante de recursos vinculado será o - para o ano de 2000, o montante de recursos vinculado será o valor empenhado em ações e serviços públicos de saúde no valor empenhado em ações e serviços públicos de saúde no exercício financeiro de 1999, exercício financeiro de 1999, acrescido de, no mínimo, 5% acrescido de, no mínimo, 5% ee- para cada ano do período de 2001 a 2004, a vinculação - para cada ano do período de 2001 a 2004, a vinculação corresponderá ao valor apurado no ano anterior, corrigido pela corresponderá ao valor apurado no ano anterior, corrigido pela variação nominal do PIB.variação nominal do PIB.
2.2. Estados e municípios:Estados e municípios: Deverão vincular ao SUS um % de toda a receita de impostos, Deverão vincular ao SUS um % de toda a receita de impostos, inclusive das transferências constitucionais. inclusive das transferências constitucionais. ESTADOS:ESTADOS: 7% em 2000, aumentando anualmente pelo menos 7% em 2000, aumentando anualmente pelo menos 1/5 até atingir em 2004 o percentual de 1/5 até atingir em 2004 o percentual de 12%;12%;
MUNICÍPIOSMUNICÍPIOS: idem, devendo atingir : idem, devendo atingir 15% 15% em 2004em 2004..
Situação de estados e municípios frente à EC-29Situação de estados e municípios frente à EC-2920042004
MUNICÍPIOS:MUNICÍPIOS: atingir em 2004 alocação de atingir em 2004 alocação de 15%15%
Situação: Situação: 51% cumpriram a EC-2951% cumpriram a EC-29 8% não cumpriram8% não cumpriram 41% não informaram41% não informaramEm média, aEm média, alocaram em 2003 17,4% para saúdelocaram em 2003 17,4% para saúde
ESTADOSESTADOS: atingir : atingir 12% 12% em 2004em 2004Situação:Situação: 9 cumpriram a EC-299 cumpriram a EC-29
4 não cumpriram4 não cumpriram 14 não informaram14 não informaram
Em média, aEm média, alocaram em 2003 9,6% para saúdelocaram em 2003 9,6% para saúde
DESPESA COM AÇÕES E SERVIÇOS DE SAÚDEDESPESA COM AÇÕES E SERVIÇOS DE SAÚDE
(em R$ correntes)(em R$ correntes)
____________________________________________________________________________ESFERAESFERA 20002000 20012001 20022002 20032003____________________________________________________________________________________________________________
FederalFederal 20.35120.351 22.47422.474 24.73724.737 27.18127.181EstadualEstadual 6.313 6.313 8.270 8.270 10.30910.309 12.22412.224MunicipalMunicipal 7.404 7.404 9.269 9.269 11.75911.759 14.21814.218__________________________________________________________________________________________________________
Crescimento gasto federal: 33,6%Crescimento gasto federal: 33,6% Crescimento gasto municipal: 93,6%Crescimento gasto municipal: 93,6% Crescimento gasto estadual: 92,0%Crescimento gasto estadual: 92,0%
FINANCIAMENTO DO SUS: TendênciasFINANCIAMENTO DO SUS: Tendências
• Houve uma nítida retração da participação da Houve uma nítida retração da participação da esfera federal no financiamento: esfera federal no financiamento: 75% em 1980, 60% em 2000, 56% em 2001, 53% 75% em 1980, 60% em 2000, 56% em 2001, 53% em 2002, 51% em 2003em 2002, 51% em 2003
• Mas isso não significou uma diminuição no gasto Mas isso não significou uma diminuição no gasto federal: federal: em termos correntesem termos correntes aumentou 33,6% aumentou 33,6% em 2000-2003, e se manteve constante se em 2000-2003, e se manteve constante se descontada a inflação setorialdescontada a inflação setorial
• Houve uma importantíssima elevação do gasto Houve uma importantíssima elevação do gasto estadual estadual (de 94%)(de 94%) e municipal e municipal (de 92%)(de 92%) e, e, assim, de sua participação no financiamento do assim, de sua participação no financiamento do SUSSUS
FEDERALISMO FISCALFEDERALISMO FISCAL
E A PARTICIPAÇÃO DAS 3 ESFERAS DE GOVERNOE A PARTICIPAÇÃO DAS 3 ESFERAS DE GOVERNO
NO FINANCIAMENTO DO SUSNO FINANCIAMENTO DO SUS
Fontes: Médici, A. "Gastos com Saúde nas Três Esferas de Governo: 1980-1990". Fontes: Médici, A. "Gastos com Saúde nas Três Esferas de Governo: 1980-1990". O Financiamento da Saúde no O Financiamento da Saúde no Brasil.Brasil. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 1994. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 1994. Médici, A. & Marques, R. Médici, A. & Marques, R. Saúde: Entre Gastos e Resultados.Saúde: Entre Gastos e Resultados. São Paulo: IESP/FUNDAP, 1993 (mimeo). Os dados de São Paulo: IESP/FUNDAP, 1993 (mimeo). Os dados de 2002 são de elaboração própria.2002 são de elaboração própria.2003- siops2003- siops
PARTICIPAÇÃO DAS 3 ESFERAS DE GOVERNO NO PARTICIPAÇÃO DAS 3 ESFERAS DE GOVERNO NO GASTO PÚBLICO EM SAÚDE - 1980 - 2003GASTO PÚBLICO EM SAÚDE - 1980 - 2003
(%)(%)
____________________________________________________________________________________________________ESFERAESFERA 19801980 19901990 19921992 19931993 20032003____________________________________________________________________________________________________FederalFederal 7575 7373 6868 72 72 5151EstadualEstadual 1818 1515 1414 1212 2323MunicipalMunicipal 7 7 1212 1818 1616 2626____________________________________________________________________________________________________
FEDERALISMO FISCALFEDERALISMO FISCALBrasil, 2003Brasil, 2003
(%)(%)
Esfera de Governo
Arrecadação Própria
Receita Disponível
UNIÃO 68,8 59,0
ESTADOS 26,6 24,9
MUNICÍPIOS 4,8 16,1
Total 100,0 100,0
Fonte: Affonso (2004)Fonte: Affonso (2004)
FEDERALISMO FISCALFEDERALISMO FISCALReceita Tributária Disponível, 1988-2003Receita Tributária Disponível, 1988-2003
(%)(%)
Esfera de Governo
1988 2003
UNIÃO 62,3 59,0
ESTADOS 26,9 24,9
MUNICÍPIOS 10,8 16,1
Total 100,0 100,0
Fonte: Affonso (2004)Fonte: Affonso (2004)
ESTRUTURA FISCALESTRUTURA FISCAL
• IMPORTANTE FLUXO DE TRANSFERÊNCIAS IMPORTANTE FLUXO DE TRANSFERÊNCIAS
DE RECURSOS DA UNIÃO E DOS ESTADOS,DE RECURSOS DA UNIÃO E DOS ESTADOS,
QUE FAVORECEM PRINCIPALMENTE OS MUNICÍPIOSQUE FAVORECEM PRINCIPALMENTE OS MUNICÍPIOS
=> => 80% da receita municipal provém de transferências,80% da receita municipal provém de transferências,
e 50% de transferências da Uniãoe 50% de transferências da União
• ENTRETANTO, O ENTRETANTO, O AUMENTO DA CARGA TRIBUTÁRIAAUMENTO DA CARGA TRIBUTÁRIA
OBSERVADO A PARTIR DESTA DÉCADA OBSERVADO A PARTIR DESTA DÉCADA
((que passou de 30% em 1998 para que passou de 30% em 1998 para 38% em 200338% em 2003))
FAVORECEU PRINCIPALMENTE O NÍVEL FEDERAL,FAVORECEU PRINCIPALMENTE O NÍVEL FEDERAL,
POIS POIS AUMENTARAM AS CONTRIBUIÇOES SOCIAISAUMENTARAM AS CONTRIBUIÇOES SOCIAIS
QUE NAO ENTRAM NA PARTILHAQUE NAO ENTRAM NA PARTILHA..
PROBLEMAS QUE AINDA PERSISTEM NO PROBLEMAS QUE AINDA PERSISTEM NO FINANCIAMENTO DO SUSFINANCIAMENTO DO SUS
1.1. DRU – Desvinculação das Receitas da União DRU – Desvinculação das Receitas da União (ex-FSE, ex-FEF)(ex-FSE, ex-FEF)=> retenção no Tesouro Nacional de 20% de todas as fontes=> retenção no Tesouro Nacional de 20% de todas as fontes
2.2. CONTINGENCIAMENTOSCONTINGENCIAMENTOS=> descompassos entre Receitas Autorizadas e Liquidadas=> descompassos entre Receitas Autorizadas e Liquidadas
3. 3. SUBSÍDIOS AO SETOR PRIVADOSUBSÍDIOS AO SETOR PRIVADO=> Renúncia fiscal – ex: deduções no IR de gastos com saúde=> Renúncia fiscal – ex: deduções no IR de gastos com saúde
(em 2003, R$ 2,8 bilhões = 10% da receita das (em 2003, R$ 2,8 bilhões = 10% da receita das operadoras)operadoras)
5.5. POLÍTICA MACRO-ECONÔMICAPOLÍTICA MACRO-ECONÔMICA=> Ajuste Fiscal=> Ajuste Fiscal=> Política Monetária=> Política Monetária
AVANÇOS NO FINANCIAMENTO DO SUSAVANÇOS NO FINANCIAMENTO DO SUS
EVOLUÇÃO 1998 – 2003 - PNAD
Total de internaciones y atendimientos por financiamientoBrasil, 1998 y 2003
0% 20% 40% 60% 80% 100%
Atendimientos 2003
Atendimientos 1998
Internaciones 2003
Internaciones 1998
SUS Seguro Privado Gasto del BolsilloFuente: elaboración propia a partir de los micro datos de PNAD/IBGE, 1998 y 2003
El número bruto de atendimiento e internaciones:
• aumentaron en SUS (en 44% los atend y 21% de las hospit.) – contexto de diminucipón de las camas de la red publica
• aumentaron los del seguro privado (en 21% los atend y 13% de las hospit.)
• aumentaron los atend. del gasto del bolsillo (en 6% ) y disminuyeron las de las hospitalizaciones (en 16%)
• aumentó la participación de los co-pagos en los seguros en atend. (12 p/ 16%) y diminución de las hospit. (16 p/ 15% de las hechas por seguro)
Fonte: Porto, Santos e Ugá, 2006
Elaboração própria a partir dos microdados da PNAD/IBGE, 1998 e 2003
Evolução dos Atendimentos segundo Financiamento (1998 e 2003)
0% 20% 40% 60% 80% 100%
Consulta AC ou parteira 2003
Quimio, radio, hemot. ou hemodiálise 2003
2003
Vacinação, injeção, curativo 1998
2003
Exames complementares 1998
2003
Cirurgia em ambulatório 1998
2003
Consulta médica 1998
2003
Gesso ou imobilização 1998
2003
Consulta outro prof saúde 1998
2003
Consulta odontológica 1998
2003
Consulta farmácia 1998
SUS Seguro Privado Gasto del Bolsillo
0% 20% 40% 60% 80% 100%
Consulta AC o parteira 2003
Quimio, Radio, Hemot. o Hemodiálisis 2003
2003
Vacunación, inyeccoó, curativo 1998
2003
Examens complementares 1998
2003
Cirugía en ambulatório 1998
2003
Consulta médica 1998
2003
Yeso o imobilizacion 1998
2003
Consulta otro prof salud 1998
2003
Consulta odontológica 1998
2003
Consulta farmácia 1998
SUS Seguro Privado Gasto del Bolsillo
Evolução dos Atendimentos segundo Financiamento (1998 e 2003)
Aumento del SUS en todos, excepto yeso
Aumento OOP: yeso y cirugía ambulatoria
Aumento Seguro: yeso
Fonte: Porto, Santos e Ugá, 2006
Elaboração própria a partir dos microdados da PNAD/IBGE, 1998 e 2003
Evolución de las Hospitalizaciones según Financiamiento (1998 y 2003)
Fonte: Porto, Santos e Ugá, 2006
Elaboração própria a partir dos microdados da PNAD/IBGE, 1998 e 2003
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
2003
Parto Normal 1998
2003
Parto Cesáreo 1998
2003
Cirurgia 1998
2003
Intern. p/ Examens 1998
2003
Tratamiento clínico 1998
2003
Tratam. Psiquiátrico 1998
SUS Plano Privado Gasto Privado Direto
RESULTADOS (3a)
Financiamento dos Atendimentos por Decil de Renda Familiar. Brasil, 1998 e 2003.
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
40%
45%
50%
55%
60%
65%
70%
75%
80%
85%
90%
95%
100%
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Decil deRendafamiliar
s/agregado
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Decil da População organizada pela Renda familiar
GastoPrivadoDireto
PlanoPrivado
SUS
19982003
F
• Aumenta la Participación del SUS en atendimientos todos décimos de Yfam
• Disminuye la participación OOP en todos los décimos
• Disminuye la participación del Seguro en casi todos décimos, excepto para los más ricos
Fonte: Porto, Santos e Ugá, 2006
Elaboração própria a partir dos microdados da PNAD/IBGE, 1998 e 2003
SISTEMA DE TRANSFERÊNCIAS SISTEMA DE TRANSFERÊNCIAS
INTERGOVERNAMENTAIS INTERGOVERNAMENTAIS
NO ÂMBITO DO SUSNO ÂMBITO DO SUS
Lei Orgânica da Saúde:Lei Orgânica da Saúde:
O M.S. deve transferir recursos a estados e municípios O M.S. deve transferir recursos a estados e municípios segundo os seguintes critérios:segundo os seguintes critérios:. Perfil demográfico. Perfil demográfico. Perfil epidemiológico. Perfil epidemiológico. Características da rede de serviços. Características da rede de serviços. Desempenho técnico, econ. e financ.. Desempenho técnico, econ. e financ.. Nível de participação da saúde nos orçam. Est. e Mun.. Nível de participação da saúde nos orçam. Est. e Mun.. Previsão de investimento. Previsão de investimento. Ressarcimento do atendimento a outras esferas. Ressarcimento do atendimento a outras esferas
Lei 8.142:Lei 8.142:
. . Caráter regular e automáticoCaráter regular e automático
. Per capita. Per capita
. 70% para os municípios. 70% para os municípios
Mas….Mas….
Desde 1990 as transferências no âmbito do SUS são Desde 1990 as transferências no âmbito do SUS são
disciplinadas por sucessivas Normas Operacionaisdisciplinadas por sucessivas Normas Operacionais
SISTEMA DE TRANSFERÊNCIAS SISTEMA DE TRANSFERÊNCIAS do MS às SES e SMSdo MS às SES e SMS
Há quatro grandes fluxos de recursos que, por sua vez, Há quatro grandes fluxos de recursos que, por sua vez, estão subdivididos em vários tipos de repasses estão subdivididos em vários tipos de repasses financeiros, que incluemfinanceiros, que incluem: :
- transferências globaistransferências globais de recursos calculadas em base de recursos calculadas em base a um valor a um valor per capita;per capita;
- - incentivosincentivos à implementação de programas específicos; à implementação de programas específicos;
- - pagamentopagamento por serviços prestados por serviços prestados..
TRANSFERÊNCIAS do MS às SES e SMSTRANSFERÊNCIAS do MS às SES e SMS
1. 1. O Piso de Atenção Básica – PAB, compreendendo:O Piso de Atenção Básica – PAB, compreendendo: - uma parte - uma parte fixa fixa (calculada com base em um valor (calculada com base em um valor per capitaper capita
multiplicado pelo tamanho da população; e multiplicado pelo tamanho da população; e - uma parte- uma parte variável variável, destinada ao , destinada ao estímulo financeiro à estímulo financeiro à
implementação dos programas:implementação dos programas: PACS e PSF, PCCN, Ações PACS e PSF, PCCN, Ações Básicas de VISA e Ações Básicas de Vigilância Epidemiológica e Básicas de VISA e Ações Básicas de Vigilância Epidemiológica e Ambiental;Ambiental;
2. Os recursos para procedimentos ambulatoriais de alto e médio 2. Os recursos para procedimentos ambulatoriais de alto e médio custo/ complexidade:custo/ complexidade: - - a a FAE (FAE (Fração Assistencial Especializada), destinada ao Fração Assistencial Especializada), destinada ao
financiamento de procedimentos de média complexidade, financiamento de procedimentos de média complexidade, medicamentos e insumos especiais e órteses e próteses medicamentos e insumos especiais e órteses e próteses ambulatoriais;ambulatoriais;
- a - a APAC,APAC, relativa ao financiamento de Procedimentos de Alto relativa ao financiamento de Procedimentos de Alto Custo/Complexidade (pagamentos por procedimento) eCusto/Complexidade (pagamentos por procedimento) e
TRANSFERÊNCIAS do MS às SES e SMSTRANSFERÊNCIAS do MS às SES e SMS
3. 3. Os recursos do Os recursos do FAECFAEC (Fundo de Ações Estratégicas e (Fundo de Ações Estratégicas e Compensação)Compensação)
4. Os recursos transferidos sob a forma de pagamentos por 4. Os recursos transferidos sob a forma de pagamentos por procedimento (via procedimento (via AIHAIH) combinados com fatores de ) combinados com fatores de compensação a unidades que atuam com custos hospitalares compensação a unidades que atuam com custos hospitalares diferenciados:diferenciados:* * FIDEPSFIDEPS – Fator de Incentivo ao Desenvolvimento de Ensino e – Fator de Incentivo ao Desenvolvimento de Ensino e Pesquisa (destinado a hospitais de ensino e pesquisa) ePesquisa (destinado a hospitais de ensino e pesquisa) e* * IVHE IVHE (Índice de Valorização Hospitalar de Emergência).(Índice de Valorização Hospitalar de Emergência).
Este sistema, instituído na NOB-96,continua em vigor, mesmo Este sistema, instituído na NOB-96,continua em vigor, mesmo após a aprovação da NOAS. após a aprovação da NOAS.
TRANSFERÊNCIAS do MS às SES e SMSTRANSFERÊNCIAS do MS às SES e SMS
PROBLEMAS:PROBLEMAS:
• Pulverização dos recursos; proliferação de Pulverização dos recursos; proliferação de contas;contas;
• Diminuição do grau de autonomia dos gestores Diminuição do grau de autonomia dos gestores locais: locais: em 2004, 101 vinculações do gasto em 2004, 101 vinculações do gasto (“carimbos”) na média e alta complexidade, (“carimbos”) na média e alta complexidade, ações estratégicas e no PAB variávelações estratégicas e no PAB variável;;
• Baixa eficiência do gasto público.Baixa eficiência do gasto público.
TRANSFERÊNCIAS do MS às SES e SMSTRANSFERÊNCIAS do MS às SES e SMS(%)(%)
Ano Pagamento por serviços prod.
Alta e média comp.
Atenção Básica
Ações Estratégicas
1997 71,3 28,7 - -
2000 39,9 36,4 24,6 -
2004 2,3 59,6 27,5 10,1
Fonte: DATASUSFonte: DATASUS
TRANSFERÊNCIAS do MS e SES às SMSTRANSFERÊNCIAS do MS e SES às SMS
Porte municipal Valor per capita
< 10 mil habitantes 16,9
10 mil – 50 mil 17,4
50 mil – 100 mil 27,8
100 mil – 300 mil 36,0
300 mil – 500 mil 46,4
> 500 mil 54,8
Fonte: Ferreira, S. Municípios: Despesas com Saúde e Transferências FederaisFonte: Ferreira, S. Municípios: Despesas com Saúde e Transferências FederaisBndes, 2002.Bndes, 2002.
PACTO PELA SAÚDE – 2006PACTO PELA SAÚDE – 2006
Os blocos de financiamento para o custeio são:Os blocos de financiamento para o custeio são:
Atenção básicaAtenção básica
Atenção de média e alta complexidadeAtenção de média e alta complexidade
Vigilância em SaúdeVigilância em Saúde
Assistência FarmacêuticaAssistência Farmacêutica
Gestão do SUSGestão do SUS
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