portal dos condomínios - jan/fev 2011
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3Portal dos Condomínios . Jan/Fev 2011
Distribuição gratuitaAno 8 . Nº 88Jan/Fev de 2011
O seu condomínio em revista
Meditação harmonizaa sua casa
O torcedordo Galo
2011, seu planejamento está pronto?
BEM-ESTAR
CRÔNICA
ElevadorReservatória de águaCaixa de gorduraCerta elétricaPara-ráioCF TVAlarmeDedetizaçãoExtintorJardinagemPortão Eletrônico
5Portal dos Condomínios . Nov/Dez 2010
Planejamento e PrevençãoNa edição passada (87ª, ref. nov/dez de
2010) publicamos uma parte do texto “ABC do Condomínio”, elaborado pelo Secovi-SP, sobre “Assembleias e Quóruns”. O tema, escolhido propositalmente, já alertava os leitores para o planejamento e obrigações a serem discutidos dentro do próprio condomínio no ano próximo ano, sob algumas regras.
Até o próximo mês de abril todos os con-domínios deverão realizar sua Assembleia Geral Ordinária para aprovação de verbas para as despesas do condomínio do próximo exercício. É neste momento que o leitor-morador deve ter a consciência plena de sua participação e visão geral das necessidades de vivência em um con-domínio.
Traçamos um panorama geral nas ações que deverão acompanhar seu dia a dia durante os próximos meses de 2011. Quiçá seu con-domínio esteja 100% em ordem, é altamente re-comendável acompanhar a reportagem de capa para entender que “um projeto de manutenção começa com a manutenção de um projeto”, parafraseando o nosso colaborador Márcio Lestingi.
Este percorreu alguns condomínios de Jun-diaí-SP, prestadores de serviços (lembrando que os consultados serviram apenas para agregar informação à revista, sem vínculos comerciais) e síndicos, em busca de ideias claras e, perfeita-mente, passíveis de prática, para montar um planejamento preventivo em seu condomínio.
Com planejamento, além de evitar que riscos de qualquer problema grave vinham a acontecer, os custos diminuem a longo prazo. E custo é (e deve ser) uma preocupação de todos, visto que a aprovação de verba para uma deter-
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minada ação pode aumentar em R$ 15,00 o valor do condomínio por morador. Mas três ou quatro ações desta, começam a pesar no montante.
A solução é estimar os custos e propor na assembleia qual a melhor solução: se é dividir tudo em um prazo de 12 meses ou aproveitar os primeiros seis meses para colocar as ações em prática e abusar do orçamento condomini-al, garantindo assim um fôlego para o restante do ano. Isso, somente você e o seu condomínio terão direito de escolher.
*A revista Portal dos Condomínios quer
aproveitar esse início de ano para alertar todos os moradores a uma questão primordial den-tro do condomínio: a mudança de cultura. Com certeza, muitos moradores hoje estão vivenciando a primeira morada dentro de edifícios e desconhe-cem completamente como agir em algumas situa-ções.
Estamos, há algumas edições, destacando o val-or do ‘bom-senso’ entre moradores e, claro, entre os prestadores de serviço. De nada adianta partici-par de Assembleias, propor uma solução ‘fantástica’ de segurança para o seu condomínio se, quando você chega de carro não pode esperar 15 segundos para uma melhor identificação por parte do porteiro.
A mudança de cultura é, antes de qualquer tec-nologia, a sua melhor atitude. Você deve demonstrar o exemplo e repassar ao seu vizinho e, principal-mente, ao prestador de serviço do seu condomínio. O porteiro é o seu aliado, porém muitas vezes ele se sente acuado de utilizar práticas que poderão inibir – por exemplo - uma visita sua, mas coloca em perigo a vida de muitos. Atente-se e propague o bom-senso no seu dia-a-dia.
EDITORIAL ÍNDICE
CADASTRO
*Cortinas e Persianas
*Analise do planejamento
*Capa - Planejar é preciso
* Noites Tropicais
* Poesia no Elevador
* Despesas e Pagamentos
* Respeito e Educação
* Meditação
* UD - Churrasqueiras
* O Torcedor do Galo
PARA ANUNCIAR11 4522.2142 | 11 4521.3670
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4 Portal dos Condomínios . Jan/Fev 2011
DECORAÇÃO & DESIGN
Cortinas e Dois projetos
da design Mônica Köpper Por Talita Rocca
Há um tempo, o charme era muito tecido e
com o comprimento da parede inteira. Arrastar no
chão era sinônimo de requinte. Após alguns anos o
importante era cobrir a janela e passar no máximo
15 centímetros. Hoje a moda dos longos tecidos
voltou, mas a quantidade diminuiu. O tempo pas-
sa, as tendências mudam, mas as cortinas e persia-
nas continuam sendo peças fundamentais para uma
boa decoração.
Proteção contra raios solares, bloqueio de luz
ou simples decoração. Independente da função, as
cortinas estão presentes na maioria dos cômodos
da casa. Segundo a designer de interiores, Môni-
ca Köpper, para cada ambiente, existe um modelo
ou um tecido interessante. “É muito importante
verificar o estilo da decoração, se é mais rebus-
cada, mais simples, se é conservadora ou con-
temporânea”, completa.
A moradora do condomínio Quinto das La-
ranjeiras, Mariângela Thomaseto, utilizou per-
sianas para decorar dois ambientes em sua re-
sidência. Na sala de televisão, a intenção era
diminuir a claridade, para isso ela escolheu a
mais adequada. Já na sala de estar optou por
uma persiana que não tirasse a vista que ti-
nha para a piscina.
A designer alerta que nos banheiros, o
cuidado com a escolha da persiana precisa
ser dobrado. “Os sais de banho corroem de-
terminados materiais, por isso evite peças de
metal ou tecidos muito pesados”, afirma.
Sugestões de tecidos, cores, tamanhos e
materiais não faltam. Para Mônica, o impor-
tante é verificar a necessidade dos moradores.
“O estilo da decoração da residência é quem
vai definir qual modelo de cortina será o ideal
Foto
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5Portal dos Condomínios . Jan/Fev 2011
persianas: o charme da decoraçãopara tornar o ambiente mais aconchegante”.
A mistura de tecidos, sedas com persianas
longas e curtas também é muito bem vinda, só
é necessário bom gosto para não abusar. “Se a
persiana é neutra, permite um tecido mais ar-
rojado e chamativo. Caso contrário prefira um
tecido mais simples e que combine com o con-
junto”, sugere a designer.
Em passagens e em corredores, a corti-
na é um ótimo item para a decoração. Bas-
ta escolher pouco tecido e prendê-la nas
laterais.
Os valores das cortinas e persianas
são relativos. Tecidos e medidas variam
o preço das peças, por isso, quanto mais
longo o tecido, maior o custo do produ-
to.
Com o avanço da tecnologia, as pes-
soas estão cada vez mais acostumadas com
apenas um click no controle remoto. E por-
que com as cortinas seria diferente? Persianas
automatizadas estão em alta pelo custo benefí-
cio. O valor médio para automação é de 5% do
valor da peça.
Persiana de uma lojaespecializada
Casa na Quinta das Laranjeiras
Foto
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6 Portal dos Condomínios . Jan/Fev 2011
VIVER EM CONDOMÍNIO
Por Rodrigo Góes
Um edifício é planejado e construído para atender seus usuários por muito
tempo. Para que esta expectativa seja concretizada, torna-se primordial a prática
constante da manutenção preventiva
A manutenção do prédio e sua segurança são questões essenciais quando
falamos da responsabilidade do síndico devendo avaliar periodicamente os eq-
uipamentos do condomínio (elevadores, bombas d´água, instalação de gás,
antenas coletivas, filtros de piscina, etc), de forma que o Código Civil de-
termina em seu artigo 1348 que compete ao síndico “diligenciar a conser-
vação e a guarda das partes comuns e zelar pela prestação dos serviços
que interessem aos possuidores”, temos, portanto, um caso explícito de
responsabilidade do síndico, alguns podem estar questionando se não
seria essa uma atribuição do zelador? Sim, o síndico pode delegar ao
zelador ou até mesmo a terceiros a atribuição de cumprir as tarefas,
mas a responsabilidade será sempre deste, daí o dever de zelo na
condução e acompanhamento dessas tarefas periódicas.
Aos condomínios que são gerenciados por administradoras,
a AABIC - Associação de Administradoras de Bens Imóveis e
Condomínios de São Paulo - recomenda que estas elaborem a
planilha de manutenção periódica de cada condomínio, con-
siderando suas particularidades. Essa planilha é conhecida
como “plano de manutenção”.
Ao passo disso deve sempre a administração estar at-
enta a:
- Elevadores: deverá requisitar anualmente à empre-
sa de elevadores um Relatório de Inspeção que consiste
num laudo técnico dos elevadores com a respectiva An-
otação de Responsabilidade Técnica (ART),
- Bombas: recalque, combate de incêndio, esgoto,
água servida, lençol freático e piscina,
- Equipamentos de sistemas de incêndio: todas as
edificações deverão possuir equipamentos contra incên-
dios, devendo a administração periodicamente verificar
estes equipamentos, quais sejam: extintores, mangueiras
de incêndio, iluminação de emergência, sistema de alarme
de incêndio, regulagem das portas corta-fogo,
- Para-raios: deve ser revisto anualmente por empresas
habilitadas,
- Instalação elétrica: deve ser feita uma revisão
efetiva periodicamente,
- Caixas d’água: recomenda-se a limpeza
duas vezes ao ano, a fim de evitar a polu-
ição da água por agentes bacterianos.
Também se deve ficar atento à ne-
cessidade de impermebialização
das caixas d’água,
- Desinsetização e des-
ratização: geralmente
efetua-se de seis em
seis meses,
- Piscinas: fil-
tros de piscina, realização da limpeza, verificar o ph da água e clora-ção,
- Nas épocas de chuva constante deve-se prestar especial atenção a calhas e escoamento de águas pluviais, principalmente se o prédio possuir garagem abaixo do nível da rua.
Recomenda-se ainda que sejam verificados os interfones, portões automáticos, antenas coletivas, gerador, jardins, desgaste aparente do edifício em itens como rejuntamento de pisos e pastilhas, vazamentos de água, queima de lâmpadas e fusíveis, fixação de corrimão, degeneração
de pintura, escoamento de águas pluviais (telhados, calhas), etc.
Nos casos em que o condomínio não conte com o apoio profissional de uma administradora, os síndicos devem fazer uma planilha contendo os
serviços acima mencionados, tendo também um cadastro de prestadores de serviços de forma que venha a facilitar o seu trabalho, sempre respeitando a
necessidade de obter mais de um orçamento e com isso demonstre transparência e organização na sua administração.
Para cada uma dessas revisões existem cronogramas de ações e valores a serem pagos, é recomendável que o síndico ou a administradora incluam essas despesas na
previsão orçamentária do condomínio, desta forma adotar a prática permanente de ma-nutenção preventiva em uma edificação reduz os custos de ações corretivas que, embora
às vezes imprescindíveis, geralmente representam gastos que poderiam ter sido evitados. É importante ressaltar, no entanto, que a manutenção preventiva de um imóvel não deve ser feita de maneira improvisada ou informal. Ela exige planejamento e deve ser entendida como um serviço técnico, executado por empresas especializadas e/ou por profissionais trei-nados adequadamente para tal. Uma manutenção preventiva evitaria que os problemas se acumulassem, acarretando a desvalorização do patrimônio comum, além de colocar em risco a vida dos moradores.
Nesse sentido vale a velha sabedoria popular que prega que “É MELHOR PREVENIR DO QUE REMEDIAR”.
É melhor previnir...
shutterstock - Maga
8 Portal dos Condomínios . Jan/Fev 2011
Planejar é preciso!Capa
Por Márcio Lestingi
O brasileiro não é acostumado a planejar. O
simples ato de pensar no passo a passo de uma
rotina diária, em perseguição a um objetivo futu-
ro não é unanimidade entre nós, o que nos exige,
como forma de compensação, incomensuráveis
esforços para atingirmos o mesmo sucesso. É o
caso do motorista que sai de casa fazendo ultra-
passagens arriscadas e quebrando os limites de
velocidade, sem se perguntar se poderia ter saído
dez minutos mais cedo.
Após essas primeiras linhas, pergunto ao
condominial leitor se o mesmo já planejou como
irá decodificar e utilizar essa reportagem. Será
por tópicos, por temas, linear ou em flash-back?
Primeiro na revista e depois no blog? Com quem
dividirá as reflexões e comparações de sua ex-
periência no assunto?
O bom planejador sabe que seu ofício
não é simplesmente o de determinar a
sequência lógica e ininterrupta das
atividades de um evento previsível. Ao
contrário, é antes prever os diferen-
tes cenários e situações para de-
pois determinar as melhores es-
tratégias, e só então partir para a
lista de execução. Antes da ação
premeditada há uma rigorosa
avaliação e coleta de dados para
escolha dos melhores caminhos.
Entendido o que é plane-
jar, genericamente falando, é
necessário determinar o signifi-
cado de cada particular processo
de planejar, seja o mesmo útil para se
evitar sustos, surpresas, riscos, seja para
cumprir as etapas que precedem a con-
quista de um sonho, de uma meta, de uma
desejada vitória. Numa corrida de fórmula 1, por
exemplo, um planejamento bem feito determina
que primeiro é necessário conquistar a pole po-
sition para se aumentar as chances de vitória no
dia da corrida. Numa oficina de teatro, planejar
uma atuação é antes saber o texto, a obra, a mé-
trica e a dialética do autor, e depois mergulhar na
composição de seu personagem.
Conceitualmente, pode-se dizer que planeja-
mento é uma prática administrativa que visa an-
tecipar decisões e organizar planos de ação para
atingir objetivos previamente determinados.
O assunto é tão importante nos dias de hoje
que um dos mais destacados ministérios do go-
verno federal – dos trinta e sete existentes – é o
Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão
– comandado pela engenheira de alimentos Mi-
riam Belchior, recém-nomeada para a pasta. Já
destacado como ministério, porém pouco difun-
dido como princípio de gestão, o planejamento
é a ferramenta de governo que faltou na recente
tragédia climática da região serrana do Rio de Ja-
neiro, órfã de contramedidas que antecipassem a
catástrofe e protegessem a população. Não fosse
assim, outros seriam os temas das manchetes de
jornais, sítios e revistas sobre a desgraça ocorrida
ao amanhecer do ano de 2011.
No entanto, a comparação entre os números
do dilúvio fluminense e o do ocorrido dias antes
no nordeste australiano – 817 mortos no Brasil,
até 25 de janeiro, contra apenas 16 na terra dos
cangurus - mostra que um planejamento eficaz
das ações para situações de emergência pode sal-
var vidas, salvaguardar os recursos naturais e ori-
entar a retirada e o resgate de uma população.
Cumpre salientar que a prevenção de flagelos e
desastres humanitários é apenas uma das aplica-
ções do planejamento.
Podemos planejar a vida inteira, ou períodos
curtos e importantes dela, assim como uma Copa
do Mundo e uma Olimpiada – será mesmo que
podemos? Podemos planejar a carreira, a vinda
de um filho e a construção de uma fábrica.
Para quem vive e trabalha nas intempéries
condominiais de cada dia, o uso do declamado
verbete não pode causar estranheza. Por exem-
plo, o planejamento das ações para conservação
e funcionalidade das instalações prediais é tam-
bém chamada de manutenção predial e, se não
pode salvar vidas, pelo menos mantém a saúde
financeira da administração condominial, o valor
de mercado do patrimônio comum e o bom hu-
mor dos moradores.
Num piscar de olhos - mas sem perder o
compromisso jornalístico com a informação útil,
apurada e precisa - essa reportagem revelará
quais as manutenções devem ser feitas rotineira-
Giba (dir.) e ajudante diante do gerador elétrico
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9Portal dos Condomínios . Jan/Fev 2011
mente pelo seu condomínio, quais os cuidados
e as responsabilidades de todos os envolvidos na
preservação do patrimônio comum, e quais as
manutenções que o próprio morador deve fazer
em seu imóvel desde a aquisição até a venda,
passando por toda sua estada.
Um projeto de manuten-ção começa com a manuten-ção de um projeto
De um sistema de manutenção que seja ao
mesmo tempo eficiente, eficaz e efetivo, isto é,
austero na condução dos gastos e recursos di-
versos para as atividades exigidas, que atinja o
do Produto - as normas ISO/TS 16949:2009 e os
diferentes recalls que recebemos diariamente em
nossas casas.
Já na indústria de construção civil, na qual
um dos capítulos é o de construções condo-
miniais, as mesmas ferramentas apro-
priadas existem, como comprovam as
aprovações de projetos nas prefeituras,
as licenças de funcionamento e alvarás
de diversos órgãos públicos, e os laudos
técnicos para segurança e funcionalidade
de edificações como os emitidos pelo
instituto Falcão Bauer, sem esquecer
das ARTs – Anotações de Responsabili-
dade Técnica - registradas no CREA (para
instalar uma central de gás de cozinha,
por exemplo, é preciso de uma ART as-
sinada pelo engenheiro responsável do
fornecedor, atestando a segurança e a es-
tanqueidade da instalação).
Qualquer falha na concepção e e-
xecução dos projetos residenciais e con-
dominiais –causados entre outros por
necessidade premente de redução de
custos – pode significar altos custos de
manutenção ou desarranjos na harmonia das
relações de seu condomínio.
Um exemplo é o de caixas d´água que
rapidamente se esvaziam quando há falta
de água na rede, ou o de caixas de gordura
que parecem viver em processo de limpeza, ou
ainda o de aparelhos elétricos que queimam, em
rodízio, a cada novo temporal, sem falar no de
portões eletrônicos e interfones que nos deixam
a impressão de estarem sempre em conserto, para não falar nos elevadores, nossas cápsulas de
transporte do mundo verticalizado para as super-
fícies terrenas.Portanto, antes de planejar a manutenção é
preciso saber não só se os condomínios, edifícios,
prédios, torres e portarias têm as diversas licenças
de funcionamento, mas se o esforço feito para
atendê-las com relação à segurança e salubri-
dade, foi também capaz de gerar funcionalidade
e previsibilidade de gestão.
Abrindo as OSs (Ordens de serviço)
Quando se pensa em manutenção predial,
a memória emocional nos traz lembranças de e-
levadores parados,
lâmpadas queima-
das, entupimen-
tos e vazamentos
urgentes a serem
consertados, sem fa-
lar nos portões ele-
trônicos e interfones
que vivem a nos de-
safiar.
Esses pontos
são apenas parte
dos registros de um
bom sistema de ma-
nutenção predial,
que deve ter uma
sistemática definida
para as ações cor-
retivas – consertos,
reparos, atendimen-
tos de emergência ou urgência em equipamentos
que perderam momentaneamente sua funciona-
lidade – e outra para as ações preventivas, fruto
das inspeções e verificações feitas quando o equi-
pamento está funcionando plenamente.
Uma consulta a diferentes prestadores de
serviço condominiais da região de Jundiaí-SP
leva a uma interessante constatação sobre o per-
fil das manutenções demandadas por síndicos,
zeladores e administradores de condomínios da
região: as preventivas são pouco executadas.
Segundo o especialista em instalações elé-
tricas, Gilberto Burche, o Giba, que há dez anos
comanda sua própria empresa de prestação de
serviços elétricos, o maior volume de chamados
abertos se destina a executar manutenções cor-
retivas. “São poucos os que fazem manutenção
preventiva”, explica o empreendedor manutentor
que atua tanto no mercado de instalações indus-
triais como no de instalações residenciais. “Deu
Um das recomendações do síndico profissional Wagner Carpi é criar as rotinas de inspeção próprias para seu condomínio e dividir com o zelador a incumbência de executá-las
“A recarga dos extintores é mais importante que a manutenção dos jardins, enquanto
a limpeza dos reservatórios de água deve ser
feita no inverno”, afirma o síndico
profissional, Wag-ner Carpi
resultado esperado e que satisfaça os diferentes
públicos clientes dessa operação, começa com
um projeto exemplar.
Na indústria automobilística e aeroespacial,
para as quais um erro de projeto pode custar a
vida de muitas pessoas, são usados diversos me-
canismos de proteção e satisfação do usuário fi-
nal, como o FMEA (Análise de Modo de Falhas),
o APQP – Planejamento Avançado da Qualidade
10 Portal dos Condomínios . Jan/Fev 2011
um problema no motor do portão (eletrônico), o
cara chama pra consertar . Depois que quebrou,
lógico!”.
Nos condomínios para os quais presta ser-
viços, Giba explica que as manutenções mais
frequentes são as feitas nas bombas que alimen-
tam as caixas d´água, nos sistemas elétricos dos
portões eletrônicos, e nas instalações elétricas de
maneira geral.
A boa notícia é que há uma maneira de re-
verter esse quadro inteiramente dominado pelas
manutenções corretivas, que tendem a encarecer
o valor da taxa condominial. A primeira coisa a
fazer é listar todos os trabalhos necessários e or-
dená-los de acordo com o nível de prioridade e
período do ano recomendável para sua execução.
“A recarga dos extintores é mais importante que
a manutenção dos jardins, enquanto a limpeza
dos reservatórios de água deve ser feita no inver-
no, quando o consumo dessa utilidade é menor”,
explica o síndico profissional Wagner Carpi, síndi-
co e morador do Chácara das Flores II.
Outra recomendação valiosa é estimar o
custo de cada trabalho de manutenção e dividir
o total por 12. “Esse controle serve para distribuir
de maneira uniforme o custo das manutenções,
evitando grandes oscilações no valor mensal da
taxa do condomínio”, completa Carpi.
É recomendável criar procedimentos para
aquelas atividades repetitivas e documentar as
manutenções feitas, para gerar histórico das
peças e equipamentos trocados, assim como do
desempenho do prestador de serviços escolhido.
O gerente do Morada da Serra – condomínio
com 488 apartamentos no Eloy Chaves - Gabriel
Vieira Alves, destaca uma de suas estratégias de
planejamento: “Procuro manter três fornecedores
qualificados para cada especialidade de ma-
nutenção a ser feita, fazendo roti-
neiramente o rodízio entre
eles. Numa emergência,
se o prestador de ser-
viço chamado já es-
tiver em campo, eu
não fico na mão”.
Alves tam-
bém se gaba
de possuir uma
equipe própria
para manuten-
ção, limpeza e
conservação das
áreas comuns, for-
mada por um encar-
regado de manutenção,
um pintor, um pedreiro e
dois faxineiros, ao que emenda
sem dar chance ao entrevistador de
fazer a próxima pergunta: “Só terceirizo os ser-
viços mais complexos, que exigem uma especial-
ização maior e um melhor atendimento por parte
do fornecedor”.
Para esses serviços, comumente
emergenciais, é indispensável a super-
visão direta do síndico ou administra-
dor do condomínio ou, na falta destes,
a do zelador, para garantir que o
fornecedor resolva o problema
de forma eficiente e eficaz,
isto é, usando os recursos
adequados, que atendam ao
objetivo da solicitação de
manutenção e preservem o
patrimônio dos condômi-
nos.
Uma outra prática recomendada pelo síndico
profissional é o rodízio de fornecedores. “É im-
portante rever os contratos e pesquisar constan-
temente os preços praticados pelo mercado, para
não perpetuar um único fornecedor.” Vamos co-
nhecer, agora, a lista das manutenções que não
devem faltar em seu check-list.
A opinião dos especialistas
A forma mais
usual de gestão da
manutenção pre-
dial é agrupar os
tipos de serviço
por local, e-
quipamento ou
pela suas carac-
terísticas funcio-
nais. Nessa lista,
não pode faltar o
seguinte:
-Manutenção de elevadores: Segundo
Marcos Contreiras, supervi-
sor geral de operações da Eleva-
dores Atlas Schindler, é lei na cidade de
São Paulo – 10.348/87 - que todos os elevadores
passem por manutenção preventiva mensal. Esta
prática virou procedimento padrão para todos os
seus clientes, mesmo nas cidades em que não há
uma lei que rege essa periodicidade.
Contreiras destaca que é essencial que a
manutenção de elevadores seja feita periodi-
camente, nas datas contratadas. “Este é o mo-
mento em que são realizadas as verificações
tanto dos itens responsáveis pelo bom funciona-
mento do equipamento como, principalmente,
pelos aspectos relacionados à segurança de seus
usuários”, e recomenda a Prefeitura Municipal de
Jundiaí, o Condomínio Edifício Serra dos Cristais,
o Maxi Shopping, o Conjunto Residencial Cam-
pos Elíseos, o The Grapes Flat Service e o Hotel
Bourbon Atibaia, como locais de referência so-
Um elevador novo precisa de um a dois meses de funcionamento para regulagem de seus sensores e comandos
Avilton e Alípio, explicam que a mudança de um elevador a relês para um com micropro-
cessadores pode gerar economia de
até 40% na energia elétrica
11Portal dos Condomínios . Jan/Fev 2011
bre o funcionamento dos elevadores da Atlas na
região.
Alípio Carnaúba, da Espel Elevadores, tam-
bém garante a manutenção preventiva mensal
a seus clientes – além dos chamados 24 horas
- e reforça que um técnico de campo precisa
de, no mínimo, duas horas para fazer a perfeita
manutenção checando a casa de máquinas, os
sistemas de segurança, o quadro de comandos, a
cabine, abertura e fechamento de portas, a sina-
lização, a lubrificação e limpeza das guias e o es-
tado de conservação dos cabos de aço e do poço
(o conjunto formado pelos cabos de aço, polias,
limitadores de velocidade e a troca de comandos
a relê por microprocessados são os itens mais
caros em uma reforma de elevador).
Como o mercado oferece diferentes formas
de serviço para manutenção de elevadores, é im-
portante conhecer e contratar o prestador mais
adequado à sua realidade. Algumas empresas só
fazem manutenção em elevadores por ela fabri-
cados, outras atendem a todos os tipos de fabri-
cantes (em Jundiaí os cinco principais são a Atlas
Schindler, a Espel, a Otis, a Thyssen Krupp e a
Villarta, para atender aos cerca de 1200 eleva-
dores da região). Segundo Wagner Carpi, o con-
trato de manutenção de elevadores, que inclui
a reposição de peças além da manutenção pre-
ventiva, tende a ser mais caro que o contrato de
conservação, que paga apenas pela manutenção
preventiva, deixando o custo das trocas de peças
como um processo à parte na gestão do síndico.
Escolhido o fornecedor, os responsáveis no con-
domínio pelos elevadores devem zelar pela in-
tegridade física dos usuários e pela conservação
dos equipamentos, por isso a eles se atribui as
seguintes tarefas:
- Manter um contrato de manutenção com
uma empresa idônea e com adequada estrutura
de atendimento, possuindo equipe de técnicos
treinada, um engenheiro responsável e um aten-
dimento 24 horas. Alípio ressalta que é impor-
tante para o contratante analisar a empresa es-
colhida segundo os referenciais de mercado, e
completa: “Alguns condomínios têm receio em
contratar serviços por outros fornecedores que
não os fabricantes. Porém, desde a promulgação
do Código de Defesa do Consumidor, o mercado
está aberto e cabe ao síndico avaliar a qualidade
e a funcionalidade dos serviços contratados, op-
tando ou não por mudança de fornecedor quan-
do necessário”;
- Verificar se a empresa contratada está re-
gistrada no CREA (Conselho Regional de Enge-
nharia, Arquitetura e Agronomia), licenciada por
órgãos de fiscalização, pelas prefeituras, e se
procede de acordo com as normas específicas da
ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).
Segundo Avilton Barbosa Ferreira, diretor da Es-
pel, é importante também verificar os seguros e a
saúde financeira do prestador de serviços, através
das negativas de débito;
- Viabilizar a troca de peças do elevador
sempre que apontada a necessidade durante a
manutenção preventiva. Neste ponto, Ferreira
lembra que algumas atitudes de segurança tam-
bém evitam manutenções custosas e repetidas,
gerando retrabalho. Por isso, ressalta, é impor-
tante evitar que crianças andem sozinhas nos e-
levadores e que as portas sejam forçadas manual-
mente, em qualquer direção;
- Manter as condições adequadas de ope-
ração do equipamento eliminando interferências
como infiltração de água no poço, na casa de
máquinas ou mesmo nos andares;
- Comunicar ao usuário e garantir que se
respeite o limite de carga do elevador. Além de
comprometer a segurança dos usuários, esta
ação poderá gerar o desgaste prematuro dos
componentes;
- Avaliar o funcionamento de interfones e
alarmes, informando a empresa de assistência
técnica sobre possíveis falhas. Após o start-up ou
posta in marcha de um elevador, é normal um
período de um a dois meses para perfeita regula-
gem dos sensores e das luzes do painel;
- Utilizar o acolchoado de proteção no e-
levador quando for transportar objetos, princi-
palmente em mudanças, para evitar danos na
cabina;
12 Portal dos Condomínios . Jan/Fev 2011
- C e r -
t i f i c a r - s e
que a manuten-
ção preventiva ocorra
a cada mês, feita por técnicos
capacitados pelo fabricante ou prestador de
serviços escolhido. Alípio, da Espel, afirma que
é importante combinar com o síndico ou com
o zelador que a manutenção seja feita fora dos
horários de pico e que todos os condôminos se-
jam avisados, para se evitar transtornos no fluxo
de pessoas ;
- Conforme recomendações do fabricante
ou do prestador de serviços escolhido, a cada
período de tempo sejam inspecionados os freios
de segurança, embaixo da cabine do elevador, e
o limitador de velocidade, com a necessária afe-
rição do mesmo.
Os representantes das empresas contatadas
explicam que o sistema de portas é o local do
elevador onde se faz o maior número de con-
sertos e reparos, e que os elevadores mais anti-
gos, com sistemas a relês, gastam até 40% mais
energia, gastam mais com peças de reposição e
pedem mais manutenção que os atuais, com mi-
croprocessadores. Ferreira, da Espel, lembra que
nos meses de chuva há muita queima de placas
eletrônicas e um aumento nos chamados para se
resolver problemas de infiltração no poço do e-
levador. Mesmo assim, se todas as manutenções
forem feitas adequadamente e os usuários zela-
rem pelo bom funcionamento do equipamento,
um elevador pode funcionar de seis a oito anos
antes de sua primeira reforma.
- Limpeza e desinfecção de reservatórios
de água: A limpeza da caixa d’água consiste na
remoção mecânica das substâncias e outros ob-
jetos indevidamente presentes no reservatório,
enquanto a desinfecção, na eliminação de mi-
croorganismos potencialmente patogênicos por
meio de agentes químicos. O comunicado CVS
6, de 12/01/2011, é a mais nova deliberação da
Vigilância Sanitária do Estado de São Paulo sobre
o tema. A normativa esclarece que ao longo do
tempo há tendência para deposição e acúmulo
de substâncias nas paredes e fundos dos reser-
vatórios – siltes, argilas, areias e matéria orgânica
- oriundas da própria água fornecida ou, quando
o reservatório não é suficientemente vedado e
protegido, de seu entorno – nesse caso as suji-
dades podem ser material particulado ou fezes e
restos de pombos, baratas, ratos, além das ovas
do mosquito Aedes Aegypti. As diretrizes que
síndicos, administradores de condomínios e ze-
ladores devem seguir para perfeita manutenção
dos reservatórios é a seguinte:
- Fazer um cronograma de limpeza dos reser-
vatórios, em rodízio, sem prejudicar o abaste-
cimento aos condôminos. Enquanto um é limpo
e desinfetado, é possível fazer a inspeção da ve-
dação e do entorno dos demais. É importante
também comunicar previamente aos usuários o
cronograma detalhado da operação e recomen-
dar a redução do consumo neste período, obser-
vando o
princípio de
que a capacidade
de armazenagem deve ser
equivalente ao consumo do prédio
num período mínimo de 24 horas;
- Fazer a limpeza e desinfecção dos reser-
vatórios a cada seis meses ou, antes, se obser-
vado a presença de corpos estranhos ou qualquer
alteração no aspecto da água, que podem ocor-
rer pela falta de vedação da caixa ou por pro-
blemas de qualidade da água fornecida, especia-
lmente quando proveniente de fontes alternativas
de abastecimento (poços rasos e outros);
- Registrar a data da limpeza em sua agenda
ou na parede externa de própria caixa d’água, de
modo a repetir o procedimento em intervalos se-
mestrais ou quando for necessário;
- Uma boa prática é não deixar água parada
nas caixas d´água que fazem o papel de tanque-
pulmão para os reservatórios do alto dos prédios
(localizadas abaixo do nível do solo, recebem a
água da rede direto do cavalete antes de mandá-
la para as caixas principais dos blocos ou torres).
A água parada pode receber ferrugens e impure-
zas depositadas na paredes e pelas paredes do
reservatório. Por isso, Wagner Carpi também re-
comenda trocar o seu conteúdo inteiro uma vez
por mês, além de fazer a limpeza e desinfecção
periódica;.
- Limpeza das caixa de gordura: Deve ser
feita a cada seis meses, ou a cada três meses se
o volume de impurezas for muito grande. Essa
caixa deve receber apenas a água de lavagem das
louças e a água de lavagem das roupas. É im-
No Morada da Serra, um dos principais projetos para 2011
é o da melhoria do sistema de captação, armazenamento e
distribuição de água, gerando economia mensal de
R$2.800,00 por redução na conta de energia elétrica
Gabriel Vieira Alves, gerente administrativo do Morada da Serra, revela que as manutenções prediais nas instalações elétri-cas são as mais comuns em seu condomínio
14 Portal dos Condomínios . Jan/Fev 2011
portante observar que, em cada condomínio, as
caixas de gordura estejam separadas das caixas
de água e esgoto.
- Extintores: A verificação da pressão e da es-
tanqueidade dos extintores é anual, assim como
sua recarga. É recomendável fazer rodízio nas da-
tas das inspeções, para que todo o seu sistema
de combate a incêndio não expire de uma vez.
O ideal é enviar, a cada vez, um terço dos ex-
tintores para manutenção em empresas especia-
lizadas. Outra recomendação preciosa é evitar a
troca desnecessária de peças como os o-rings e
os manômetros a cada recarga, para não enca-
recer a operação. Alguns especialistas recomen-
dam até que os extintores sejam esvaziados no
vencimento, para evitar que o extintor volte da
recarga sem a troca de seu conteúdo vencido. Ao
esvaziar, é possível checar se há vazamentos e o
funcionamento do manômetro.
- Mangueiras de incêndio: É recomendável
a criação de um procedimento para inspeção
periódica pelo zelador . O teste de estanqueidade
deve ser feito a cada cinco anos.
- Desinsetização/Dedetização: Deve ser feita
a cada seis meses, observando o período de seca.
Se for feita num dia chuvoso ou precedente a
um, pode perder mais de 50% de sua eficácia.
- Telhados: Deve ser verificado visualmente
fora dos períodos de chuvas.
- Pararraios: Em Jundiaí muitos condomínios
estão em processo de adequação de seu sistema
de pararraios à legislação e às boas práticas re-
comendadas. Para se realizar a manutenção do
sistema, inicialmente deve ser verificado se o
sistema de pararraios existente atende às atuais
diretrizes da Norma Brasileira NBR-5419/2005 e
se está de acordo com o projeto existente (se este
existir). Depois deve ser verificado o estado dos
componentes do sistema (principalmente aperto
de conectores e existência de corrosões).
Também deve ser analisado o estado do
subsistema de aterramento, e em alguns casos,
deverá ser efetuada a medição da resistência do
aterramento. Para essas situação se recomenda
laudo técnico e ART do engenheiro respon-
sável pela medição. Em edifícios residenciais a
NBR-5419 solicita uma revisão completa a cada
5 anos. Caso haja uma alteração na cober-
tura da edificação, o sistema de pararraios de-
verá ser reavaliado e regularizado em função da
nova situação. Caso for constatada a ocorrência
de queda de raio na edificação, o sistema de
pararraios também deverá ser revisado. Obvia-
mente a manutenção deverá ser feita quan-
do for constatado uma irregularidade
ou um dos defeitos descritos anterior-
mente.
- Iluminação de emergência das escadas: Outro local que deve ser
rotineiramente inspecionado
pelo zelador.
- Portão eletrônico e interfones: Gilberto
Burche, o Giba,revela
que estes dois itens são
os mais propensos a
quebrar, devido ao seu
uso excessivo. Ressalva,
porém, que é importante
dimensionar, escolher
e definir o equipamento mais adequado para o
fluxo de pessoas e acessos na condição de pico,
para que não se gaste exageradamente com re-
trabalhos de manutenção. “Nessas horas que o
barato sai caro. Já tive clientes que insistiam em
consertar o motor já desgastado de um portão
várias vezes, mesmo sabendo que um motor
novo sairia mais barato”. Giba alerta também
para as condições de limpeza das portarias e do
entorno dos trilhos. “Após uma chuva, a enxur-
rada pode depositar sujeiras, areia e terra que
desregulam o trilho e forçam o motor do portão
eletrônico”.
- Cerca elétrica: Uma cerca elétrica é com-
posta, em geral, por uma central que alimenta
os quatro ou seis arames eletrificados, respon-
sáveis pelo choque. Qualquer movimentação na
cerca dispara um alarme para o porteiro e para
a empresa de segurança. Segundo Felipe Silvestre
de Camargo, coordenador operacional da LGM
alarmes, esse é um item do sistema de segu-
rança que pede atenção especial, especialmente
nos condomínios de casas. É importante que o
próprio morador corte a vegetação do fundo de
suas casas, geralmente escoradas nos muros e
encostadas às cercas eletrificadas. “O alarme da
cerca dispara constantemente, gerando susto
e transtorno na empresa de segurança que,
quando chega ao local do disparo, percebe
que a causa foi um galho, uma planta
Wagner Carpi também recomenda que o síndico ou zelador estejam sempre presentes na execução de um serviço terceirizado. Esse
simples cuidado pode evitar retrabalhos e gastos extras para o condomínio
Felipe orienta condôminos a cortar a vegetação próximas às
cercas elétricas
15Portal dos Condomínios . Jan/Fev 2011
ou flores que se enroscaram na cerca”, comple-
ta. O principal elemento do
sistema de manutenção da
cerca elétrica, é portanto, a
conscientização do morador
dos condomínios de casas
quando a seus deveres.
- Alarmes: O sistema de
alarmes é composto por sen-
sores de presença ou sensores
ativos que se comunicam
com uma central, avisando o
porteiro e automaticamente
a empresa de segurança.
Camargo reforça que os sen-
sores devem ser colocados
nos pontos de acesso. “Nosso
estudo começa com a análise
dos riscos do ambiente exter-
no, procurando-se facilidades de transpor muros,
rotas de fuga e iluminação e fluxo das vielas”,
complementa o coordenador da LGM, já emen-
dando: “o elemento fundamental da manuten-
ção desse sistema é a verificação de rotina feita
pelo zelador, que deve testar os sensores e a co-
municação do sistema pelo menos uma vez por
semana. Quando há descargas elétricas no prédio
alguns sensores queimam, mas não há aponta-
mento dessa falha no painel de comando da cen-
tral”.
- Botão de pânico: “Toda boa portaria
começa com um bom botão de pânico”, en-
sina Camargo, relatando que o dispositivo é um
alarme discreto, escondido em locais estratégicos
das portarias, como a parte debaixo das mesas
ou no interior dos banheiros. Seu acionamento
não gera barulho ou perturbação no local, mas
envia um pedido de socorro à empresa de se-
gurança. O botão de pânico pode ser fixo, ou
móvel, como o dos controles de carros, e deve
ficar com o zelador. “Já aconteceu várias vezes
do porteiro viver uma situação complicada, acio-
nar o botão de pânico e o mesmo estar sem pilha
ou queimado”, relata o coordenador. Por isso,
ele aconselha ao porteiro e ao zelador fazer um
teste no equipamento pelo me-
nos uma vez por semana e, de
vez em quando, como prática de
gestão testar todo o sistema de
comunicação para, entre outras
coisas, testar o tempo de respos-
ta da empresa de segurança.
- CFTV: Circuito fechado ou
circuito interno de televisão é
um sistema de televisão que
distribui sinais provenientes de
câmeras localizadas em locais
específicos, para um ou mais
pontos de visualização. O CFTV
é o componente dos sistemas
de segurança mais comumente
visto nos condomínios de Jundiaí
e região. Seu desenvolvimen-
to se deu na esteira do “apagão de segurança”
vivido pela sociedade nos últimos trinta anos,
com a vantagem de ter incorporado, a cada vez,
as inovações tecnológicas disponibilizadas por
outros setores. “Antes um CFTV permitia arma-
zenamento de imagens em fitas de
VHS, que deveriam ser troca-
das a cada 12 horas, que
depois evoluiu para
36 horas e hoje é
feito pela tecno-
logia DVR (sigla
em inglês para
Digital Video
Recorder), que
gera arquivos
de imagem
em sistemas
de disco rígido
locais com 10,
12, 15, 60 giga-
bytes ou, à distân-
cia, em servidores re-
motos, se a arquitetura do
sistema permitir”, explica Júlio
Trabuco, diretor comercial e presidente da IP Ex-
perience Serviços Tecnológicos Ltda, empresa de
São Paulo especializada em sistemas e tecnolo-
gias de segurança. O DVR é um sistema de grava-
ção de vídeo criado para impulsionar as vendas
de TV por cabo e por satélite digital, permitindo
a reprodução posterior do programa gravado. O
sistema mais conhecido a usar essa tecnologia é
o TIVO, que é pago e bloqueado somente para
uso com sua operadora de TV a cabo ou via sa-
télite. Os DVRs são usados em CFTV para su-
bstituir os antigos sistemas de VHS e também as
placas de capturas colocadas nos computadores.
As vantagens do DVR são o controle de acesso,
que pode ser disponibilizado aos usuários via
endereço IP e senha, e a garantia de inviolabi-
lidade na geração das imagens. Segundo Felipe
Silvestre de Camargo, da LGM, são poucas as
portarias em Jundiaí que têm ponto de rede para
gerar acesso remoto ao CFTV, o que exemplifica
como o projeto do sistema definirá diretamente
a profundidade e a amplitude das manutenções
a serem feitas. Para quem planeja a manuten-
ção dos CFTVS, independente do projeto, o mais
preocupante com relação à manutenção
são as gravações. “Não é porque
as imagens estão aparecendo
na tela, que estão sendo
gravadas. Pouco gente
checa se o sistema
está gravando ou
não”, afirma Ca-
margo, ensinando
que a primeira ro-
tina de manuten-
ção a se realizar
é a verificação
semanal, aleatória,
de períodos distin-
tos das gravações.
“A escolha do melhor
sistema de CFTV, como
parte integrante do sistema
de segurança de um condomínio,
Júlio Trabucodurante a entrevista na sede do Portal dos Condomínios
“Para os alarmes, nosso estudo começa com a
análise dos riscos do ambiente ex-
terno, procurando-se facilidades de transpor muros, rotas de fuga e
iluminação e fluxo das vielas”
16 Portal dos Condomínios . Jan/Fev 2011
depende da verba disponível para o investimen-
to”, explica Irineu Ferreira, diretor executivo da IP
Experience, informando já que
há uma tecnologia já disponível
para substituir os DVRs com rela-
ção à performance e necessidade
física de equipamentos, que são
as câmeras IPs. “Hoje cerca de
60% do mercado usa dos DVRs,
30% usa os videocassetes e
10%, câmeras IPs”, revela Fer-
reira, que ainda conclui sobre
as manutenções do CFTV: “Um
bom projeto determina quantas
câmeras serão necessárias, qual
a resolução de cada uma de-
las, qual a capacidade do disco
rígido que você tem. Ele estará ligado ao objetivo
inicial de quem contratou a instalação do serviço
e qual o tipo de gravação será feita, se contínua
ou por movimento, e qual o período de tempo
a ser gravado antes da reciclagem das imagens,
se um mês, dois ou um ano”. Outro componente
estratégico para o bom funcionamento do CFTV
são os no-breaks. Numa pane ou descarga elétri-
ca, o no-break garante o funcionamento
correto de todo os componentes
eletrônicos do sistema de segu-
rança. Júlio Trabuco, que tam-
bém é síndico condominial,
ainda lembra que os cabos
de rede usados pelo CFTV
devem ser instalados em
dutos separados dos ca-
bos da rede elétrica.
- Jardins: Segundo o
coordenador da área de
jardinagem da LGM, Lind-
berg Tumolo, o planejamen-
to da manutenção dos jardins
de um condomínio deve ser
feito de acordo com as estações
do ano e as características climáticas
associadas. No verão, época marcada por grande
volume de chuvas, o principal cuidado deve ser
dado às podas de maneira geral,
pois a grama costuma crescer
intensamente e gerar rápidas
reclamações. A partir de abril e
até julho, o foco muda para o
controle químico de pragas, com
aplicação de pesticidas e o trata-
mento individualizado da ve-
getação. De julho até setembro
se faz o “despraguejamento”,
que é o controle manual e mi-
nucioso de pragas, feito com o-
perações manuais de retirada de
ervas daninhas e outras pragas.
No dia-a-dia, entretanto, Tumolo
toma ações corretivas e rápidas para os cortes e
podas, conforme o crescimento de cada vegeta-
ção, incluindo em sua rotina, inspeções periódi-
cas para tomada de decisões antes que haja re-
clamação.
“Não é porque as imagens estão aparecendo na tela, que estão
sendo gravadas. Pouco gente che-ca se o sistema está gravando
ou não”
Sujando o macacãoOuvidos os especialistas e suas ponderações,
ainda dá tempo de rever o calendário anual de
manutenções de seu condomínio. Recomenda-se
a todos os envolvidos conversar e dividir experiên-
cias com outros administradores e síndicos co-
nhecidos, e pesquisar constantemente no mer-
cado novos e melhores prestadores de serviços
para os seus problemas. O esforço feito para a
execução disciplinada de um bom planejamento
é a garantia de um ótimo resultado na aceitação
da área de manutenção da gestão condominial.
Uma das rotinas mais importantes para um sistema
de manutenção eficaz é a limpeza das instalações. Muitos consertos caros e desnecessári-os são causados por acúmulos de sujidades ou por limpeza
mal feita após a manutenção.
Durante o verão, o foco da operação de jardi-nagem é nas podas das árvores e no corte da grama, que cresce muito rápido num período de intensas chuvas
17Portal dos Condomínios . Jan/Fev 2011
Colchão Basic One Side Bambu c/ base Sweet
Conjunto Box Aloe Dream
Colchão Synphony c/ Base Sweet
Conjunto Box Black Tie
Colchão Mont Blanc c/ Base Sweet
Molas Bonnel
Tecido Bambu
- Tecnologia Suíça
- Com tratamento no tecido
À vista R$ 679,20 R$ 949,00
R$ 56,60 R$ 79,1012X sem juros
Solteiro 0,88 Casal 1,38
EspumaViscoelástica
Molas Pocket
Tecido MalhaEucalipto
Tratamento c/Evo Care
- 5 Zonas de Adaptação- Terço Central Reforçado
Tecido Bambu
EspumaViscoelástica
Molas Pocket
À vista R$ 1.129,20 R$ 1.399,20
R$ 94,10 R$ 116,6012X sem juros
Casal 1,38 Queen 1,58
À vista R$ 1.249,20 R$ 1.599,00
R$ 104,10 R$ 133,2512X sem juros
Casal 1,38 Queen 1,58
À vista R$ 1.348,80 R$ 1.678,80
R$ 112,40 R$ 139,9012X sem juros
Casal 1,38 Queen 1,58
À vista R$ 1.499,90 R$ 1.858,80
R$ 124,99 R$ 154,9012X sem juros
Casal 1,38 Queen 1,58
Molas Pocket
Tecido Bambu
Molas Poket
Tecido Bambu
Plano 12X no cartão de crédito (Visa, MasterCard, Hipercard). Cartão Sorocred e American Express em até 10X ou em 10X c/ entrada no cheque. Preço em 12X sem juros. Crédito sujeito à aprovação. Nos conjuntos Box 1,38 a base é inteiriça. Garantimos 10 peças de cada produto. Texto Legal Geral: Promoções válidas de 03/01/11 a 31/01/11. Fotos Ilustrativas. Reservamo-nos o direito de erros gráfi cos. Consulte a disponibilidade dos produtos em cada loja.
18 Portal dos Condomínios . Jan/Fev 2011
SAÚDE
Noites TropicaisPor Neto Aiello
Fisioterapeuta
Verão! A estação mais quente do ano, digo,
a estação mais sociável, bom para frequentar
a piscina do clube, praias, sair com os amigos
para tomar uma cerveja, churrascos de fins de
semana, fazer esportes ao ar livre. Como muitos
dizem, o verão é tudo de bom. Mas as altas tem-
peraturas trazem um grande problema. Na sagra-
da hora de dormir, depois de ficar o dia todo de
baixo do sol que a temperatura ultrapassa facil-
mente os 30ºC, toda essa energia acumulada dei-
xa a casa quente durante boa parte da noite. Foi
assim que em determinado momento da história,
para ser mais exato em 1914 em uma mansão
em Minneapolis, EUA, Carrier desenhou um equi-
pamento especial para residências.
Willys Carrier, jovem engenheiro norte ameri-
cano, em 1902 inventou um processo mecânico
para condicionar o ar, podendo assim controlar o
clima. Sua invenção inicialmente veio para ajudar
a indústria, pois uma gráfica de Nova Iorque esta-
va com problemas no trabalho de impressão du-
rantes os meses de verão, devido à umidade do
ar que era absorvida pelo papel, gerando assim
imagens borradas e obscuras. Carrier desenhou
uma máquina que fazia circular o ar através de
dutos resfriados artificialmente. Porém foi a in-
dústria têxtil o primeiro grande mercado dos con-
dicionadores de ar, seguido pelas indústrias de
papel, farmacêuticas, tabaco e estabelecimentos
comerciais.
Em 1952, desenvolvida pelo próprio Carrier,
iniciou a primeira produção em série de unidades
centrais de condicionadores de ar para residên-
cias. Os estoques se esgotaram em duas sema-
nas. Após 10 anos, estas centrais não eram mais
novidades, e até hoje trazem soluções em toda
parte do mundo.
Com a facilidade de compra e aumento das
ofertas, hoje em dia mais pessoas estão aderin-
do aos condicionadores de ar como solução para
uma noite de sono mais confortável, mas como
qualquer coisa, alguns cuidados precisam ser to-
mados com o uso desses aparelhos: o condicio-
nador de ar deixa o ar mais seco, essa diminuição
da umidade além de deixar a pele e os olhos se-
cos, também causa o ressecamento de nossa mu-
cosa, a “pele” que reveste boca, nariz, garganta
e todos os “dutos” que levam o ar aos alvéolos
(onde conseguimos captar o oxigênio do ar). Isso
faz com que o muco que é produzido por essas
mucosas fiquem mais espessos. O muco fica
mais difícil de ser eliminado, e com isso se acu-
mula no pulmão junto com a sujeira. Isso pode
ser pior para fumantes ou para quem tenha ou-
tras doenças respiratórias como asma, enfisema,
etc.
Há filtros de ar, nos condicionadores de ar,
que acumulam tudo que filtram, poeiras, áca-
ros, fungos, bactérias, entre outros. Quanto mais
tempo demorar a trocar esses filtros, mas sujeira
ele vai acumular em seu ar condicionado. A par-
tir de certo ponto os filtros deixam de fazer sua
função, e passam a fornecer todas as impurezas
no ar que é expulso. Fungos e ácaros provocam
alergias e bactérias, infecções. Também podendo
levar a mal estar, fadiga e sistema imunológico
comprometido. Claro que se agravam em pessoas
19Portal dos Condomínios . Jan/Fev 2011
com problemas respiratórios e
alérgicos.
Mas nem tudo esta perdi-
do, há o que fazer para minimi-
zar ou até mesmo sanar os efei-
tos maléficos dos condicionadores
de ar. Utilizar toalhas molhadas,
umidificadores ou vasilhas com água,
no quarto, lembrando que eles devem ser
trocados diariamente para não se transforma-
rem em depósitos de fungos. A temperatura ideal para
nosso organismo fica em torno de 21-22 graus, não adianta
usar cobertores para aquecer o ar que você resfria. E finalmente
a manutenção periódica, a revisão e limpeza devem ser rigorosa-
mente mantidas, de acordo com as instruções no manual do apa-
relho, é útil manter uma etiquetinha no aparelho com lembrete da
próxima manutenção.
Estas são informações e dicas muito simples e que vão fazer a dife-
rença para que todos tenham noites de bons sonhos, com saúde e uma
brisinha confortável para amenizar nossas noites tropicais.
Quer sugerir algum tema?Envie mensagem para saude@condominioemrevista.com.br
Você terá um atendimento exclusivo com o Fisioterapeuta Neto Aillo Imagens Iustra
tivas
20 Portal dos Condomínios . Jan/Fev 2011
Projeto Poesia no ElevadorHá 10 anos morando em Jundiaí, vivia pen-
sando em como presentear a bela cidade que
ganhou de Deus a Serra do Japi e tem quase
tudo de bom?! Daí, assistindo um programa
de TV que mostrava um presídio recebendo
uma certa quantidade de livros, de vários títu-
los, os presos preferiram os de poesia. Se até
‘eles’ gostam de poesia e encontram nesse tipo
de literatura um bálsamo para a alma, o que
dizer das pessoas que caminham livres e podem
desfrutar de tudo de bom que a vida pode ofe-
recer?
Logo me veio a ideia da “Poesia no Eleva-
dor”. Pesquisei com vizinhos e amigos. Todos
acharam uma ótima ideia. Assim, estou con-
vidando todos os poetas de Jundiaí (temos
ótimos) para, se quiserem, participar. Já inicia-
mos esse trabalho, em meu condomínio, com
o apoio do síndico, Sr. Wagner Carpri, que de
pronto atendeu, assim como a revista Portal dos
Condomínios.
Os poemas, a princípio, serão trocados
duas vezes por semana para que o máximo de
pessoas sejam alcançadas (as que gostarem, é
claro).
Poesias são do coração de quem escreve
diretamente ao coração de quem lê. E é impos-
sível ficar insensível ao seu conteúdo. Espero,
sinceramente, que toda cidade seja alcançada
através da Secretaria de Cultura, em breve.
Grato pelo apoio. Carinhosamente, Klébia
Martins, poetisa.
A CHUVALá fora chove.
E chove... chove...Sem parar...
Há um mistério na chuva,Há um mistério na lua,
Há um quê de saudade...Há, não sei como explicar,Um certo mistério no ar...
E chove... chove...Sem parar...
Gosto da chuva no mar,Gosto da chuva no chão,
Gosto do teu olhar,Gosto de teu gostar.
ARTIGO
Veja como é fácil implantar o projeto “Poesia no Elevador” no seu prédio.
Acompanhe em http://portaldoscondominios.wordpress.com
imagens do projeto no condomínio da Klébia Martins
21Portal dos Condomínios . Jan/Fev 2011
FIQUE POR DENTRO
Todas as despesas e receitas devem ser demons-
tradas por meio de um balancete contábil aprovado,
normalmente, pelo Conselho Consultivo. A forma de
arrecadação é determinada por assembleia em função
dos custos apurados ou previstos.
Despesas ordinárias - São as despesas relativas à
limpeza, manutenção e conservação do condomínio
(ex.: conta de luz utilizada em áreas comuns, ma-
nutenção de elevadores, conta de água, pequenos
reparos, etc.), aos salários e encargos dos funcionários
e à parcela de seguro contra incêndio da edificação.
Essas despesas são pagas pelo morador da unidade,
seja ele proprietário ou inquilino (Art. 23 da Lei. 8.245
de 18/10/91 – Nova Lei do Inquilinato).
Despesas extraordinárias – Dentre outras, são
as despesas referentes a: obras que interessam à es-
trutura integral ou de habitabilidade da edificação;
iluminação; pinturas de laterais, fachadas, esqua-
drias externas; instalação de equipamentos de se-
gurança e lazer; decoração e paisagismo nas
partes de uso comum; constituição
de fundo de reserva. São enten-
didas ainda como despesas
extraordinárias, eventuais
indenizações ocorrida
em data anterior à do
início de eventual lo-
cação contratada,
onde as despesas
cabem, exclusiva-
mente, ao propri-
etário da unidade,
e não ao inqui-
lino (Art. 22 da Lei
8.245/ 91).
Fu n d o d e Reserva - É um valor
pago pelos propri-
etários, para fazer frente
a despesas não previstas
e por vezes urgentes ou ina-
diáveis. A forma de arrecadação
é regulada pela convenção. Se o fundo
de reserva vier a ser utilizado, excepcional-
mente, para cobrir despesas ordinárias (custeio ou
complementação), deverá ser reposto pelo inquilino,
salvo se anterior ao início de sua locação.
Pagamento por previsão - É o pagamento da
contribuição condominial antecipado. É calculado em
função da previsão de gastos para um determinado
período. Deve ser aprovado em assembleia. Ocor-
rendo déficit em função de imprevistos, aumento de
consumo, de preços e tarifas, etc., a cobertura deve
ser feita por rateio extra.
Pagamento por rateio – É o pagamento da
contribuição condominial apurado, após o levanta-
mento de todos os gastos de um determinado perío-
do. Também deve ser aprovado em assembleia. Nesta
modalidade de pagamento, não há lançamento de
rateio extra.
Rateio Extra - É o pagamento suplementar para
cobrir uma receita insuficiente ou gasto imprevisto
num determinado período. Destina-se a cobrir despe-
sas ordinárias ou extraordinárias. É necessário verificar,
no demonstrativo de despesas, a origem do rateio
extra para determinar se o pagamento deve ser feito
pelo inquilino ou pelo proprietário.
Reajuste - Não existe, na lei, nenhuma forma pre-
vista de reajuste para as contribuições condominiais.
A assembleia é soberana para determinar a forma
de arrecadação em função dos custos apurados ou
previstos.
Atraso no pagamento - O artigo 12, parágrafo
3º, da Lei 4.591/64, estabelece que, no caso de atraso
de pagamentos, pode-se cobrar uma multa de até
20% mais juros de 1% ao mês e correção monetária
em atrasos superiores a seis meses. Entretanto, o Po-
der Judiciário tem decidido pela aplicação de correção
monetária a partir do vencimento, para débitos inferi-
ores a seis meses. A partir de 11 de janeiro de 2003,
de acordo com o Art. 1.336, § 1.º do Novo Código
Civil, o condômino que não pagar a sua contribuição
ficará sujeito aos juros moratórios convencionados, ou
não sendo previstos, os de um por cento (1%) ao mês
e multa de até dois (2%) por cento sobre o débito.
As penalidades aplicáveis, na ocorrência de
atraso no pagamento do valor condominial, devem
estar previstas na própria convenção da edificação.
Compete aos condôminos, caso haja interesse, fixar
ou alterar o estipulado obedecendo a forma e o
quorum determinado na convenção. Os atrasos nos
pagamentos, prejudicam o orçamento de todo o
condomínio, acabando por vezes sendo objeto de
ações judiciais.
Multas - Têm como objetivo punir os que não
fazem uso normal das unidades e áreas comuns den-
tro dos padrões pré-estabelecidos, sejam os infratores,
moradores, funcionários, visitantes, etc. A violação
dos padrões fixados sujeita o infrator ao pagamento
da multa estabelecida pela Convenção, Regulamento
Interno ou Assembleia Geral, sem prejuízo da respon-
sabilidade civil ou criminal que no caso couber. Cabe
ao síndico efetuar o procedimento de cobrança da
multa, que reverterá para o condomínio.
Fonte: Secovi
ABC DO CONDOMÍNIODESPESAS E
PAGAMENTOS
22 Portal dos Condomínios . Jan/Fev 2011
EDUCAÇÃO
Carlos José Silva Borges
Colégio Divino Salvador
Respeitar o próximo é uma questão de
educação. Respeitar o amigo, o colega de
classe, a professora, o coordenador, o diretor,
respeitar os pais, os irmãos, os tios, os avós,
a esposa, o marido, respeitar os vizinhos, os
colegas de trabalho, os motoristas, os pedes-
tres... Respeitar é definitivamente uma questão
de educação.
Você pode concordar ou discordar, ter
proximidade com a pessoa ou ser o seu primei-
ro contato, estar em um universo pessoal ou
em um ambiente institucional, enfim, não im-
porta o seu grau de relacionamento ou onde
você está, o respeito é essencial para que essa
interação siga em harmonia, sem o risco de
prejudicar o outro e nem de se prejudicar, pela
abertura de precedentes, ou seja, de oportuni-
dades de sofrer a mesma falta de respeito que
você iniciou. É a lei da ação e reação.
Agora, respeito não é apenas chamar de
“Senhor” ou de “Senhora”. Muito menos é
comportar-se diante da pessoa, mas destratá-
Respeito e Educação?
la ou ignorar essa interação distante dela. Há
uma série de considerações sobre como de-
vemos proceder para manter o respeito, mas
existe um ditado bem popular que nos ajuda
a transformar toda a teoria em uma prática
constante: não faça a ninguém o mal que
você não deseja a sí.
Com os colegas e com os amigos é muito
comum faltar com o respeito e depois chamar
de brincadeira. Isso também não vale, pois, no
final, as marcas dessa violência – e muitas vez-
es até podemos chamar assim – não somem
com as suas risadas ou desculpas. Quantas
vezes lutamos contra as nossas inseguranças,
constrangendo outra pessoa, nos colocando
em uma situação mais cômoda, criando as
vítimas do nosso grupo, com medo de
que esse papel possa cair para
nós?
Para respeitar é pre-
ciso ter mais hu-
mildade e dar
mais credi-
b i l i -
dade ao próximo. Tanto na escola como em
casa e com os amigos, é possível exercitar
essa postura. Quantas vezes deixamos os bons
modos, a cordialidade ou o que era certo, por
desatenção, falta de responsabilidade ou até
por nos julgarmos superior? No colégio são
trabalhados diversos conceitos e práticas de
formação humana, que contribuem para essa
reflexão. Mas é vital que os alunos levem es-
ses ensinamentos para o seu dia-a-dia e que
encontrem em casa os mesmos incentivos para
tratar o próximo com respeito. Afinal, nada
melhor do que fazer bem...
Essa é uma lição valiosa!
23Portal dos Condomínios . Jan/Fev 2011
BEM-ESTAR
No meio de tanta agitação, a tranquilidade pode estar presente
Por Talita Rocca
A correria do dia-a-dia, o trânsito e a falta de
tempo são fatores que contribuem diretamente
para o estresse, o que dependendo do grau, pode
desencadear doenças graves. Uma dica para rela-
xar e transformar os problemas em aprendizado e
benefícios para o corpo é praticar a meditação. O
objetivo é parar a mente, ficar imóvel e observar
seus pensamentos. O resultado é percebido desde
os atos mais corriqueiros até as situações decisivas
e importantes. Só é preciso tomar cuidado para não
confundir meditação com relaxamento.
Entender o significado de meditação é comple-
xo, por isso as escrituras sagradas da Índia ensinam
que a nossa mente pode ser a melhor amiga, mas
também a pior inimiga. Tudo dependerá da relação
que mantiver com ela.
O primeiro passo para uma relação positiva
com a sua mente é começar a observá-la. Após um
tempo perceberá que já conseguirá manter uma
certa distância de seus pensamentos. Trocar o pen-
samento inútil por outro útil e os negativos por po-
sitivos já são o começo da meditação.
Conhecer o corpo e a mente parece difícil, mas
com concentração passa ser muito simples. Então
que tal criar um cantinho em sua casa e assim ter
um local apropriado para a prática da meditação.
Comece programando seus horários, para tornar
possível reservar um tempinho do seu dia para ob-
servar tudo ao seu redor.
Conseguir atingir um estágio avançado nas pri-
meiras vezes de meditação é para poucos, mas toda
tentativa é importante e já representa uma ajuda
constante para o conhecimento interior. Confira as
Talita Rocca
cor fluindo sobre você;
5. Observe todos os seus pensamentos e perce-
ba o espaço existente entre eles;
6. Descubra esse espaço. Você vai perceber que
por menor que seja, ele vai começar a se ampliar e,
ao penetrar nesse espaço, você estará além da men-
te.
Mais informações:
Shiatsu- Massagem oriental que proporciona
equilíbrio energético através de pressões aplicadas
manualmente nos pontos de acupuntura, com o
objetivo de desobstruir possíveis acúmulos de ener-
gia bloqueada, restabelecendo o reequilíbrio físico e
energético do corpo. Segundo a fisioterapeuta Re-
nata Marini, o shiatsu pode ser traduzido por acu-
puntura feita com as mãos.
Feng Shui - O interior de uma casa determi-
na a qualidade de vida de seus habitantes: pode
contribuir para a tristeza, a depressão e o estres-
se, assim como gerar segurança, conforto e bem-
estar.
O Feng Shui é uma antiga ciência chinesa,
como objetivo trazer a boa energia para dentro da
casa, proporcionando boa saúde, prosperidade,
sucesso, amor, bons relacionamentos e espirituali-
dade.
Com o Feng Shui, você harmoniza sua casa
através de flores, aromas, espelhos. O primeiro pas-
so para praticar o feng shui é desentulhar sua resi-
dência, deixá-la o mais limpa possível.
Yoga - Técnica inspirada no hatha yoga. Utiliza
basicamente exercícios (ásanas), exercícios respira-
tórios (pranayama) e manipulação de alguma par-
te do corpo, para obter equilíbrio e bem-estar. Tem
como benefícios o aperfeiçoamento do corpo e da
mente, desperta as potencialidades curativas do ho-
mem, possui movimentos suaves e lentos que inte-
gram a parte respiratória.
Com alguns meses de prática supera-se a in-
sônia, angústia e medo, substituindo os conflitos
emocionais pela serenidade, calma, auto confian-
ça, equilíbrio emocional e clareza mental.
A prática da ioga pode ser feita por pessoas de
todas as idades, incluindo gestantes.
É possível praticar ioga em casa, mas é acon-
selhável procurar um profissional para conhecer os
movimentos e não se machucar.
dicas da terapeuta corporal, Célia Regi-
na Girotto, para harmonizar um canto
de sua casa:
1. É interessante sempre seguir
sua crença e seu gosto;
2. Escolha um lugar de sua casa
que se sinta bem, de preferência um
local calmo e que não atrapalha o anda-
mento da casa;
3. Colocar aromas de ambiente com óleos
essenciais;
4. Velas, flores, incenso, cristais, mandalas;
5. Imagens de sua crença;
6. Uma almofada.
A prática da meditação, embora simples, re-
quer bastante disciplina e regularidade, então o
Portal dos Condomínios traz dicas de como ini-
ciar sua prática de meditação:
1. Sente-se em seu cantinho escolhido de
maneira confortável;
2. Utilize roupas que não incomodem;
3. Acenda um incenso e coloque uma músi-
ca suave;
4. Meditar com sono ou cansaço não é uma
boa opção. Prefira as manhãs, pois estará mais
tranquilo e descansado.
Existem diversas técnicas de meditação. Cada
um deve descobrir a que melhor combina consi-
go e a que produz melhores resultados. Alguns
preferem meditar com mantras, muitos gostam
de observar a respiração e outros usam imagens
ou símbolos.
Exercício de meditação pela respiração
1. Observe sua respiração. Sinta o ar entrando
e saindo pelas narinas e acompanhe seu caminho
por todo o corpo. Preste atenção nos movimentos
da barriga e do peito;
2. Repita o mantra OM durante todo o tempo
de sua meditação, pois traz uma energia boa para
quem o vocaliza;
3. Olhe atentamente para um objeto que lhe
chame a atenção;
4. Pergunte ao seu corpo de qual cor ele neces-
sita para estar em harmonia. Imagina uma luz dessa
A terapeuta Célia Regina
durante a prática de Yoga
26 Portal dos Condomínios . Jan/Fev 2011
D e r e p e n t e aquele senhor que
não ligava muito para futebol, ficou torce-
dor fanático do Paulista Futebol Clube. Daqueles que
compram camiseta oficial do time, bandeira, boné e o radinho de pilha para
levar no estádio.Não perdia um jogo no Jaime Cintra e até jogos em Itu,
Campinas e Bragança marcou presença. Quando o jogo era aqui na cidade havia todo um ritual, tomava banho, colocava a camisa do time, pegava o radinho, o boné e saia uma hora antes para pegar o melhor lugar no estacionamento e na arquibancada e depois de encerrado o jogo esperava mais meia hora para sair e não pegar transito.
Podia chover, fazer sol ou ser o jogo transmitido pela TV, lá estava o Sr. Ditão, pronto para torcer pelo Galo.
Sua mulher e suas filhas insistiam para que ele ficasse em casa principalmente nos jogos contra a Ponte Preta, devido à rivalidade, temiam que algo acontecesse com o homem da casa.
Algumas vezes de baixo de maior tem-pestade, lá ia Seu Ditão, com capa de chuva e radinho no ouvido torcer por seu time de coração.
Ditão comprava os jornais, sabia a escalação e chegou até acompanhar os treinos de manhã, saindo logo cedo e voltando na hora do almoço.
A coisa começou a tomar outro rumo quando, nas poucas vitórias do Galo da Japi, estendia a bandeira do time por toda a varanda, gerando algumas reclamações a síndica Dona Ivete.
Porém a mentira é feia e de pernas curtas. Uma quarta-feira, seu Ditão se preparou, jantou mais cedo, colocou o uniforme de torcedor, pegou o carro e se mandou. Mas desta vez a sorte não estava a favor do Ditão e do Paulista. O time perdeu, mas para o Seu Ditão foi pior.
Vindo na estrada de Itatiba, atropelou uma bezerra e a vaca foi para o brejo, literalmente. Seu Ditão e Ivete mantinham um romance secreto. Todo jogo do Paulista, pelo menos uma vez por semana, os pombinhos faziam um programa em um motel da região, aproveitando a desculpa de torcer pelo Galo, ia até um supermercado na Ponte São João, escondia seu carro e saia com o
Chevette da Dona Ivete, esta de boné do Paulista.Com o acidente a farsa acabou, Dona Ivete quase morreu
com a bezerra no seu colo, e o Chevette, como o casamento de Seu Ditão, deu perda total, não sobrou nada. Dona Ivete procura o dono da bezerra para cobrar seus prejuízos e Seu Ditão um apartamento para morar e outro time para torcer.
Por Dr. José Miguel Simão
Advogado e cronista
CRÔNICA
O Torcedor do Galo
29Portal dos Condomínios . Jan/Fev 2011
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