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Page 2: Ed 38 Jan/Fev 2014

Você vê p r imei ro aqu i

13 a 15 de Maio de 2014 • Florianópolis • SC • Brasil

Av. Antonio Gazzola 1001, 8º andar • Itu • SP • BrasilFone.: (11) 2118.3133 / (11) 4013.1277 E-mail: [email protected] • Site: www.avesui.comR E F E R Ê N C I A E I N O V A Ç Ã O

Além de ser um evento completo, a AveSui é uma vitrine de

negócios que está em constante evolução e traz para seu

público-alvo todas as novidades, oportunidades de novas

parcerias, investimentos, pesquisas, discussões de mercado

e atualização técnica e científica para profissionais do setor.

O MAIOR PONTO DE ENCONTRO DO SETOR AVÍCOLA E SUINÍCOLA DA AMÉRICA LATINA! VEJA ALGUMAS VANTAGENS EXCLUSIVAS PARA

QUEM EXPÕE NA AVESUI:

SUA EMPRESA TEM INÚMERAS POSSIBILIDADESPARA FICAR EM EVIDÊNCIA NA AVESUI:

v Feira de Negóciosv Painel Conjuntural de Mercadov Seminários Técnicos em Aves e Suínos: Nutrição e Ambiênciav Workshop de Controladores e Sensores em Galpões v Trabalhos Científicosv Granja Modelo com as Últimas Inovações Tecnológicasv Pavilhões Internacionaisv III Painel de Biomassa e Bioenergiav III Painel de Reciclagem Animal v Prêmio Jovem Pesquisador e Profissionalv Palestras traduzidas para Português e Espanhol

4 GARANTIA DE PÚBLICO E BONS NEGÓCIOS4 2 MERCADOS EM UM SÓ LUGAR4 GRANDE DESTAQUE PARA SUA MARCA4 INFRA-ESTRUTURA - HOTÉIS E SERVIÇOS4 FÁCIL ACESSO AÉREO E RODOVIÁRIO4 REALIZADA NA MAIOR REGIÃO PRODUTORA E EXPORTA- DORA DE CARNE DE AVES E SUÍNOS BRASILEIRA

4 STANDS NO PAVILHÃO DE EXPOSIÇÕES4 PATRICÍNIO DA FEIRA4 PATROCÍNIO DOS SEMINÁRIOS4 PRÊMIO CATEGORIA PROFISSIONAL INOVAÇÕES E PESQUISA4 SALAS PARA PALESTRAS COMERCIAIS4 GRANJA MODELO

Organização, informações e reservas:Organização do Seminárioe Prêmio Jovem Pesquisador e Profissional:

Saiba mais:

Em sua ultima edição em 2013, a AveSui movimen-

tou 400 milhões em negócios e atraiu um publico de

17,8 mil visitantes e foi eleita mais uma vez, por

expositores e visitantes como o grande ponto de

encontro do setor em toda America Latina.

Manual de Identidade Visual

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Você vê p r imei ro aqu i

13 a 15 de Maio de 2014 • Florianópolis • SC • Brasil

Av. Antonio Gazzola 1001, 8º andar • Itu • SP • BrasilFone.: (11) 2118.3133 / (11) 4013.1277 E-mail: [email protected] • Site: www.avesui.comR E F E R Ê N C I A E I N O V A Ç Ã O

Além de ser um evento completo, a AveSui é uma vitrine de

negócios que está em constante evolução e traz para seu

público-alvo todas as novidades, oportunidades de novas

parcerias, investimentos, pesquisas, discussões de mercado

e atualização técnica e científica para profissionais do setor.

O MAIOR PONTO DE ENCONTRO DO SETOR AVÍCOLA E SUINÍCOLA DA AMÉRICA LATINA! VEJA ALGUMAS VANTAGENS EXCLUSIVAS PARA

QUEM EXPÕE NA AVESUI:

SUA EMPRESA TEM INÚMERAS POSSIBILIDADESPARA FICAR EM EVIDÊNCIA NA AVESUI:

v Feira de Negóciosv Painel Conjuntural de Mercadov Seminários Técnicos em Aves e Suínos: Nutrição e Ambiênciav Workshop de Controladores e Sensores em Galpões v Trabalhos Científicosv Granja Modelo com as Últimas Inovações Tecnológicasv Pavilhões Internacionaisv III Painel de Biomassa e Bioenergiav III Painel de Reciclagem Animal v Prêmio Jovem Pesquisador e Profissionalv Palestras traduzidas para Português e Espanhol

4 GARANTIA DE PÚBLICO E BONS NEGÓCIOS4 2 MERCADOS EM UM SÓ LUGAR4 GRANDE DESTAQUE PARA SUA MARCA4 INFRA-ESTRUTURA - HOTÉIS E SERVIÇOS4 FÁCIL ACESSO AÉREO E RODOVIÁRIO4 REALIZADA NA MAIOR REGIÃO PRODUTORA E EXPORTA- DORA DE CARNE DE AVES E SUÍNOS BRASILEIRA

4 STANDS NO PAVILHÃO DE EXPOSIÇÕES4 PATRICÍNIO DA FEIRA4 PATROCÍNIO DOS SEMINÁRIOS4 PRÊMIO CATEGORIA PROFISSIONAL INOVAÇÕES E PESQUISA4 SALAS PARA PALESTRAS COMERCIAIS4 GRANJA MODELO

Organização, informações e reservas:Organização do Seminárioe Prêmio Jovem Pesquisador e Profissional:

Saiba mais:

Em sua ultima edição em 2013, a AveSui movimen-

tou 400 milhões em negócios e atraiu um publico de

17,8 mil visitantes e foi eleita mais uma vez, por

expositores e visitantes como o grande ponto de

encontro do setor em toda America Latina.

Manual de Identidade Visual

Page 4: Ed 38 Jan/Fev 2014

Diretoria

Presidente:Domingos MartinsVice-presidente:Alfredo KaeferSecretário: Claudemir Bongiorno Tesoureiro:João Roberto Welter Diretores efetivos: Roberto Kaefer e Guilherme dos SantosDiretores suplentes:Sidnei Bottazzari, Ciliomar Tortola, Ademar Rissi, Dilvo Grolli, Roberto Pecoits e Valter PitolConselheiros fiscais efetivos:Paulo Cesar Cordeiro, Célio Martins Filho e Pedro Henrique de Oliveira Conselheiros fiscais suplentes:Evaldo Ulinski, Paulo Karakida e Marcos BatistaDelegados representantes efetivos:Domingos Martins e Osvaldo Ferreira JuniorDelegados representantes suplentes:Claudio de Oliveira e Rogério Gonçalves

Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná

Av. Cândido de Abreu, 140 - Salas 303/304 Curitiba/PR - CEP: 80.530-901Tel.: 41 3224-8737 | sindiavipar.com.br [email protected]

Ed. nº 38 - Jan/Fev 2014

As matérias desta publicação podem ser reproduzidas, desde que citadas as fontes.

O setor avícola do Paraná entra em 2014 com confiança. Mesmo com as difi-

culdades enfrentadas no começo de 2013, o fechamento do ano foi amplamente posi-

tivo. Alcançamos US$ 2,18 bilhões de faturamento somente com as exportações de

carne de frango e ainda conquistamos a liderança desse critério, que já era nossa em

relação ao volume exportado.

Comemoramos juntos todos esses resultados no retorno do Jantar do Galo,

cujos melhores momentos estão reportados na matéria Noite de gala, que começa na

página 12. Com todas essas boas notícias, não é pretensioso afirmar que a avicultura

do Paraná define os caminhos que a avicultura do Brasil segue.

Aliás, quem diz isso é o presidente da União Brasileira de Avicultura (Ubabef),

Francisco Turra, na matéria Um bom ano, a partir da página 24, em que você vai encon-

trar balanço sobre o ano que passou para a avicultura paranaense, além da opinião

daqueles que fazem acontecer neste nosso magnífico mercado.

Já na seção de entrevistas, o secretário de Política Agrícola do Mapa, Neri

Geller, responde às cobranças do setor por mais velocidade nas decisões do ministério,

algo essencial para promover o crescimento do agronegócio brasileiro. Confira a entre-

vista completa nas páginas 16 e 17.

E se tudo correr nos conformes, espero

que 2014 consolide o nosso retorno ao cresci-

mento. Para isso contamos com o apoio e o trabalho

conjunto de todos vocês. Porque é a nossa união

que vai fazer com que o Paraná continue sendo o

maior estado produtor e exportador de carne de

frango do Brasil e uma referência mundial.

Uma excelente leitura e um ótimo ano a

todos nós.Se você tem alguma sugestão, crítica, dúvida ou deseja anunciar na revista Avicultura do Paraná, escreva para nós:[email protected].

Que ano!

Fale conosco

Domingos MartinsPresidente do Sindiavipar

Editorial

Expediente

Produção:

Centro de Comunicação

centrodecomunicacao.com.br

Jornalista responsável:

Guilherme Vieira (MTB-PR: 1794)

Editora-chefe:

Cecilia Gibson (MTB-PR: 6472)

Colaboração:

Allan Oliveira, Bruna Becegatto,

Bruna Robassa, Camila da Luz,

Giórgia Gschwendtner, Mariana

Macedo.

Design e diagramação:

Cleber Brito

Marketing:

Mônica Fukuoka

Impressão:

Maxi Gráfica

selo SFC

Foto

: Si

nd

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par

Page 5: Ed 38 Jan/Fev 2014

Espaço Sindiavipar.............................06

Radar...................................................08

Canal aberto.........................................08

Ciência................................................... 09

Agenda..................................................10

Observatório........................................10

Jantar do Galo.......................................12

Capacitação..........................................15

Entrevista..............................................16

Insumos.................................................18

Fiep........................................................20

Mercado exterior.................................22

Capa..................................... 24

Ubabef...................................................32

Gastronomia........................34

Associados............................................36

Sustentabilidade.................38

Notas e registros.................................40

Mito ou verdade?.................42

Sindiavipar...........................................44

Bem-estar.............................................46

Receita...................................................48

MADAloSSoNova seção da revista Avicultura do

Paraná conta a história de estabele-

cimentos gastronômicos que têm na

carne de frango sua principal receita.

Nesta edição conversamos com Flora

Madalosso Bertolli, dona de um dos

maiores restaurantes do mundo.

HorMônIoA crença de que o frango brasileiro é

produzido com hormônio ainda é forte

entre a população, mesmo com os

esforços em prestar esclarecimentos

sobre o assunto. Reportagem investiga

a origem dessa história e mostra por

quê continua a se perpetuar.

34 Gastronomia

42 Mito ou verdade?

rEToMADAIndústria paranaense fecha 2013 com

saldo positivo, recupera sua força e

mostra os caminhos que a avicultura

nacional deverá seguir este ano. Para

o setor do Paraná, a expectativa é

de crescer até três vezes mais que a

média nacional em 2014.

24 Capa

CIênCIA Prazo para a entrega do Plano de

Logística Reversa acaba no final de

fevereiro. A revista Avicultura do Paraná

conversou com líderes da Federação

das Indústrias e do Sindiavipar para

saber como está o andamento do pro-

jeto de sustentabilidade.

38 Sustentabilidade

SeçõesFo

to:

Fiep

-PR

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6 | sindiavipar.com.br

Espaço Sindiavipar

noVEMbro

boas expectativas Nos últimos dois meses do ano o Sindiavipar participou de uma série de ações que fecharam muito bem o ano de 2013 para a

avicultura paranaense. Em novembro, as diversas reuniões e encontros com membros do setor puderam fortalecer ainda mais os laços

entre as instituições que trabalham para a avicultura. No final do mês houve também o Jantar do Galo na Aercol, em Cafelândia, para

marcar a confraternização de final de ano.

Já em dezembro os eventos para discutir diversos aspectos do setor avícola também foram marcados com muito otimismo e

expectativas para 2014. Na mídia, o Sindiavipar se destacou nos dois meses. Confira o trabalho do Sindiavipar no fim de 2013:

05/11: Foi realizada uma reunião no auditório da Secretaria da

Agricultura e Abastecimento do Paraná (Seab), no dia 5, promovida pelo Co-

mitê Estadual de Sanidade Avícola (Coesa), para debater os seguintes pon-

tos: a certidão de registro, resolução 82/2011, instrução normativa 10/2013,

o abate de aves positivas e, por fim, a resolução 231/2012. Estiveram pre-

sentes: Inácio Afonso Kroetz e Hernani Melanda, ambos da Agência de Defe-

sa Agropecuária do Paraná (Adapar), Humberto Cury, da Brasil Foods (BRF) e

associados.

28/11: Um encontro na Fe-

deração das Indústrias do Estado do

Paraná (Fiep), ocorrido no dia 28, le-

vou representantes das empresas JBS,

BRF e das instituições Associação Bra-

sileira de Reciclagem Animal (Abra)

Organização das Cooperativas do Es-

tado do Paraná (Ocepar), Fiep, Adapar

e Sindiavipar a debater sobre o valor

econômico de resíduos e subprodutos

da indústria animal.

08/11: O diretor

executivo do Sindiavipar,

Icaro Fiechter, concedeu en-

trevista à T V Educat iva do

Estado do Paraná no dia 8 . A

par t icipação foi gravada no

estúdio da emissora. O pro-

grama exibiu matér ias que

demonstravam o crescimen-

to da indústr ia avícola do Pa-

raná, pr incipalmente das ex-

por tações de carne de frango

paranaense. Os resultados

foram comentados por Fie-

chter, que enalteceu o traba-

lho de todos os associados.

11/11: José Ribas, da JBS, Marcio Polazzo e Paulo Rossato,

da Brasil Foods (BRF) e Icaro Fiechter, do Sindiavipar, estiveram no

dia 11 em reunião da Conseaves na Federação da Agricultura do Es-

tado do Paraná (Faep). O motivo do encontro foi referente a ações

de integração entre empresas e integrados.

18/11: As negociações da Convenção Coletiva de Trabalho,

para a data base de novembro, foram tratadas no auditório da Seab

no dia 18. Estiveram presentes: Domingos Martins, presidente do

Sindiavipar, e associados, Ernani Garcia Ferreira da Federação dos

Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação do Estado do Paraná

(FTIA) e associados.

Page 7: Ed 38 Jan/Fev 2014

7sindiavipar.com.br |

Espaço Sindiavipar

DEzEMbro

02/12: Associados do Sindiavipar, repre-

sentantes de laboratório do Ministério da Agri-

cultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Adapar

e Paraná Metrologia estiveram reunidos no dia 2

para a validação dos laboratórios quanto às análi-

ses referentes à sanidade animal.

10/12: No dia 10, após o patamar histórico do abate de outubro, o diretor executivo do Sindiavipar, Icaro Fie-

chter concedeu entrevista à Rede Massa de Curitiba (PR). Mais uma vez, o executivo ressaltou a importância do grande

trabalho desempenhado pela força da indústria avícola do Paraná na consolidação de tais conquistas.

17/12: No dia 17 foi a vez das negociações

na Secretaria Regional do Trabalho, para a data base

de novembro da Fetropar pela Convenção Coletiva de

Trabalho. Participantes: integrantes da Federação dos

Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado

do Paraná (Fetropar), sindicatos representativos das

indústrias e Icaro Fietcher (Sindiavipar).

29/11: Depois de muito trabalho, o dia 29 foi marcado pela comemoração. Nessa data realizou-se o Jantar do

Galo 2013, promovido pelo Sindiavipar com patrocínio da Cooperativa Agroindustrial Consolata (Copacol) e apoio da

Ourofino Agronegócio. O evento contou com cerca de 200 participantes entre industriais, produtores, autoridades e

jornalistas.

Apesar da proximidade do final de ano, o Sindiaviparcontinuou em ritmo forte de trabalho - reunião CCT

03/12: As negocia-

ções da Convenção Coletiva

de Trabalho, para a data base

de novembro, continuaram a

ser tratadas no auditório da

Seab no dia 3. Estiveram pre-

sentes: Domingos Martins,

presidente do Sindiavipar, e

associados, Ernani Garcia Fer-

reira da Federação dos Tra-

balhadores nas Indústrias de

Alimentação do Estado do Pa-

raná (FTIA) e associados.

Page 8: Ed 38 Jan/Fev 2014

8 | sindiavipar.com.br

radar

A força da categoriaAlém de ter sido um grande su-

cesso, o Jantar do Galo 2013 mostrou

também duas coisas: a força e a união

de nossa indústria. Foi um belíssimo mo-

mento onde todos puderam confraterni-

zar. É por isso que a intenção do Sindia-

vipar é garantir a realização anual dessa

festa, com o objetivo de fortalecer ainda

mais a cadeia avícola do Paraná.

Outro programa que o Sindi-

cato já está planejando é o III Workshop

Sindiavipar. O encontro será uma forma

de difundir o acesso ao conhecimento e

a capacitação dos profissionais do nosso

setor. No momento, estamos abertos a su-

gestões para temas de palestras, oficinas

e nomes de conferencistas.

Por fim, vale lembrar que a data

limite para entrega do Plano Nacional de

Resíduos Sólidos (PNRS) está próxima. Se

a sua empresa ainda têm dúvidas quanto

ao processo, o sindicato está à disposição

para a ajuda que for necessária.

Aproveito para reforçar que o

Sindiavipar também está sempre aberto

para qualquer solicitação e demanda de

seus associados. Isso porque um sindi-

cato existe para representar a força de

uma categoria. E se tem uma coisa que a

indústria avícola paranaense demonstrou

em 2013, é que está mais forte e unida do

que nunca.

Icaro FIechterDiretor executivo do [email protected]

Canal aberto

O Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado

do Paraná (Sindiavipar) agora está no Facebook. Desde outubro a

página está ativa com diversas informações como a divulgação das

ações da entidade e das empresas avícolas do Paraná, notícias do se-

tor avícola, além de deliciosas dicas de receitas para fazer com frango.

A página no Facebook é mais um canal de comunicação do

Sindiavipar que busca fortalecer ainda os vínculos da avicultura do

Paraná e aumentar o diálogo entre os associados, que agora podem

ficar informados também por meio da rede social.

Acesse já e curta nossa página para ficar por dentro de todas

as informações de interesse dos associados, estudantes, pesquisado-

res, economistas e jornalistas do setor. O endereço é facebook.com/

sindiavipar.

Sindiavipar na rede

ErrataAo contrário do que foi publicado na matéria “Tempos Modernos”, da edição n° 37, a avicultura brasileira produzia cerca

de 1 milhão de toneladas de carne de frango por ano ao final da década de 1970.

Page 9: Ed 38 Jan/Fev 2014

PROMOÇÃO AGROSTOCK

Sindiavipar na rede

A influenza aviária (IA) é uma do-

ença viral que infecta praticamente todas

as espécies de aves. A doença pode lesar

o trato respiratório, entérico, reprodutivo e

nervoso das aves domésticas, aquáticas e

silvestres, sendo que as duas últimas são as

principais disseminadoras.

Ela é causada por um Orthomyxo-

virus, que são diferenciados pela composição

das proteínas do núcleo e da matriz do vírus,

tipo A, B e C. Nas aves, todos os casos são do

tipo A, já que os tipos B e C são encontrados

apenas em humanos. Apesar do vírus da IA não

resistir muito tempo às ações físicas do am-

biente, exceto em regiões frias, ele se difunde

rapidamente entre os lotes.

Existem dois patótipos do vírus da

influenza aviária, um de alta patogenicida-

de e outro de baixa patogenicidade, sendo

que amostras do primeiro tipo podem cau-

sar mortalidade de praticamente 100% das

aves comerciais.

Muitos surtos iniciam com infec-

ção por vírus de baixa patogenicidade, e por

passagens sucessivas em aves tornam-se

de alta patogenicidade. Contudo, nos dois

casos a gravidade ou severidade da doença

pode variar de acordo com a espécie aviária

acometida, sexo, idade, infecções secundá-

rias e fatores ambientais.

Os sinais clínicos variam conforme

o local de maior ação do vírus e podem estar

relacionados com o trato respiratório, enté-

rico, reprodutivo ou nervoso. Vírus de bai-

xa patogenicidade pode infectar aves sem

causar sinais clínicos, mas de modo geral os

sintomas são: tosse, espirro, seios nasais in-

flamados, depressão e diarreia.

No caso das aves em produção,

acontece a diminuição da postura e o au-

mento de ovos deformados, de casca fina e

sem pigmentação.

Os principais sinais clínicos induzi-

dos por uma amostra de alta patogenicidade

são: intensa depressão, súbito aumento de

mortalidade, crista, barbelas e pés com edema

e cianose, hemorragias subcutâneas nas patas,

coxas, barbela, crista e sinais nervosos.

A mortalidade nos casos de baixa

patogenicidade geralmente acontece ape-

nas quando há relação com infecções secun-

dárias, enquanto nos casos de alta patogeni-

cidade muitos sinais não são percebidos, só

chamando a atenção quando há mortalida-

de súbita e elevada.

Como o histórico e os sinais clínicos

causados por amostras de baixa patogenici-

dade são comuns a outras doenças, o diag-

nóstico correto pode ser obtido por meio de

isolamento do vírus ou detecção pela prova

de PCR. Sorologia pelos testes de AGP e ELI-

SA também pode ser uma boa opção para

confirmar a doença.

O vírus de influenza aviária geral-

mente é isolado do pulmão, de suabes de clo-

aca, seios nasais e de traqueia. Também pode

ser isolado em ovos embrionários. Quando

o vírus é altamente patogênico as lesões são

muito típicas, portanto se torna mais fácil reali-

zar um diagnóstico presuntivo.

Não há tratamento eficaz contra a

doença, no entanto é possível amenizar as per-

das com boas práticas de manejo e biossegu-

rança. O tratamento de infecções secundárias,

principalmente do trato respiratório, também

pode ajudar a diminuir as perdas. Para prevenir

a influenza aviária é necessário biossegurança

e quarentena.

Influenza aviáriaSurtos em perus e galinhas causam grande impacto econômico

Fonte: Manual de Doenças de Aves, Alberto back

Ciência

9

Page 10: Ed 38 Jan/Fev 2014

10 | sindiavipar.com.br

Quer divulgar seu evento aqui? Entre em contato conosco pelo e-mail

[email protected] ou ligue (41) 3224-8737.

Data: 18 a 20 de junho de 2014local: Havana (Cuba)realização: Fedavicac e SocpaE-mail: [email protected] Informações: (53) 7 271 0758Site: aviculturacuba.com

XXIII Congresso Centro-Americanoe do Caribe de Avicultura

Agenda

Data: 25 a 27 de março de 2014 local: Curitiba (PR) realização: G5 PromotradeE-mail: [email protected] Informações: (41) 3669-8412Site: tecnofoodbrazil.com.br

Tecno Food brazil – Feira Internacional de Proteína Animal

Data: 3 a 7 de fevereiro de 2014 local: Cascavel (PR) realização: CoopavelE-mail: [email protected] Informações: (45) 3225-6885Site: showrural.com.br

Show rural Coopavel 2014

Data: 13 a 15 de maio de 2014 local: Florianópolis (SC) realização: GessulliE-mail: [email protected] Informações: (11) 2118-3133Site: avesui.com

AveSui 2014 As altas de preços do coração e da asa de frango ganharam força

em dezembro, impulsionadas pela demanda aquecida. No período de fim

de ano o consumo desses cortes aumenta. Para o frango inteiro, as cota-

ções também ficam em alta por conta da maior procura de início de mês.

Ao mesmo tempo, colaboradores do Cepea comentam que a concorrência

com outras aves pode limitar os aumentos de preços.

Na parcial de dezembro (até o dia 12), o coração resfriado acu-

mula forte valorização de 17,7%, com o quilo negociado na média de

R$ 11,93 na quinta-feira, 12. Para o coração congelado, a elevação é de

13,2% no período,

para R$ 11,37/kg

na quinta. Quanto à

asa, a valorização foi

mais intensa para o

produto congelado,

de 9,1% na parcial

do mês, com o qui-

lo passando para a

média de R$ 6,33.

O preço da asa res-

friada, por sua vez,

subiu 5,7%, para R$

6,60/kg.

Os presidentes da União Brasileira de Avicultura (Ubabef),

Francisco Turra, da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras

de Carne (Abiec), Antônio Camardelli e da Associação Brasileira da In-

dústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Rui Vargas,

reuniram-se em dezembro na sede da Ubabef, em São Paulo (SP), para

debater propostas para estratégias de ações conjuntas entre as três as-

sociações durante a Copa do Mundo Fifa Brasil 2014.

O objetivo é buscar sinergias para aumentar a abrangência da

promoção do consumo e exportação de carne de aves, suínos e bovi-

nos junto aos milhares de estrangeiros que visitarão o país no próximo

ano. “Temos mercados comuns e ações semelhantes que podem ser

ampliadas se unirmos forças. Nesse sentido, a Copa é uma oportuni-

dade única para os nossos setores conquistarem novos clientes e con-

sumidores pelo mundo, com a divulgação dos diferenciais de nossas

carnes, como o sabor e a qualidade”, destaca Turra.

Preparação para a Copa

Coração e asa em alta

Page 11: Ed 38 Jan/Fev 2014

11sindiavipar.com.br |

observatório

A Ucrânia vai impor novas exigências de higiene e normas de comercialização para a carne de frango em julho de 2014,

não em 2016 como foi proposto anteriormente, de acordo com informações da imprensa local. As novas normas vão abranger os

produtos nacionais e importados.

De acordo com as autoridades locais, para carcaças de aves que são congeladas com o método do ar, o conteúdo de umidade

não deve exceder 1,5%. Para aves que são refrigeradas com spray de resfriamento, a umidade não deve exceder 3,3%, e para res-

friamento por imersão em água, não mais do que 5,1%.

O Brasil exportou 1.511 toneladas de carne de frango à Ucrânia em 2012, ante 104 toneladas no ano anterior. As exportações

de janeiro a outubro deste ano naquele país somaram 1.282 toneladas, uma pequena fração diante dos 3,22 milhões de toneladas em

exportações de carne de frango totais do Brasil ao lon-

go dos primeiros dez meses, de acordo com a Ubabef.

A Ucrânia garante que as novas exigências

estão em conformidade com as disposições do seu

Regulamento (EC) nº 543/2008, de 16 de junho de

2008. Em agosto, após debates com produtores do-

mésticos de aves e organizações de consumidores, o

Ministério da Saúde da Ucrânia aprovou e publicou os

“Requisitos de Higiene para Carne de Frango e Alguns

Indicadores de Qualidade”, que se assemelham aos do

regulamento.

Padrão ucraniano

São Paulo recebe no dia 15 de maio o

workshop “Oportunidades do Mercado Halal”,

único evento no Brasil destinado exclusiva-

mente ao tema. Organizado pela AgroQualità, o

workshop será no hotel The Capital e conta com

palestras, um painel e uma rodada de negócios.

O evento tem como objetivos apre-

sentar às empresas de alimentos as formas

de acesso ao mercado Halal, oportunizar o

encontro entre os agentes das cadeias produ-

tivas de carnes com o mercado comprador de

alimentos, aproximar os interlocutores desse

mercado com o mercado fornecedor e eluci-

dar o modo de obtenção das matérias-primas

para o mercado Halal.

As inscrições, no valor de R$330,00

reais, podem ser feitas até o dia 5 de maio de

2014 pelo site eventioz.com.br/e/workshop-

-oportunidades-do-mercado-halal.

Fone para contato: (51) 8162-3901

Mercado Halal

Page 12: Ed 38 Jan/Fev 2014

12 | sindiavipar.com.br

O ano de 2013 marcou as re-

tomadas do crescimento da avicultu-

ra paranaense e a do Jantar do Galo.

Promovido pelo Sindicato das Indús-

trias de Produtos Avícolas do Estado

do Paraná (Sindiavipar), com patro-

cínio da Cooperativa Agroindustrial

Consolata (Copacol), e apoio da Ou-

rofino Agronegócio, a noite de gala

reuniu cerca de 200 participantes em

Cafelândia, no interior do estado, ci-

dade sede da Copacol.

Entre os convidados, estive-

ram industriais, produtores, autori-

dades e jornalistas que prestigiaram

a um grande evento organizado para

celebrar as conquistas de toda a in-

dústria avícola do Paraná.

Para o presidente do Sindia-

vipar, Domingos Martins, o Jantar do

Galo 2013 foi como um presente de

final de ano entregue às indústrias

que tanto batalharam para assustar o

fantasma da crise de 2012: “Na ver-

dade, nós somos mais que uma indús-

tria. Somos uma família que valoriza

noite de galaRetorno do Jantar do Galo marca o bommomento do setor

SaUDaÇÃoO presidente do

Sindiavipar, Domingos Martins, discursou sobre

os bons resultados de 2013, a união do setor

e saudou a presença de todos os convidados

Page 13: Ed 38 Jan/Fev 2014

Jantar do Galo

a união e a superação. Esses foram os

segredos que nos levaram a superar

as dificuldades enfrentadas no come-

ço do ano passado: o trabalho e a par-

ceria”, enfatiza. Foram homenagea-

dos na noite: o governador do Paraná,

Carlos Alberto Richa; o secretário es-

tadual da Agricultura

e do Abastecimento

(Seab-PR), Norberto

Anacleto Ortigara,

represent ado

no evento

por Eduar-

do Bublitz;

o diretor

pres idente

da Agência

de Defe-

sa Agropecuária do Paraná (Adapar),

Inácio Afonso Kroetz; o presidente da

Copacol, eleito empresário do ano,

Valter Pitol; os ex-presidentes do

Sindiavipar, Paulo Muniz e Roberto

Pecoits; e o atual presidente do Sin-

diavipar, Domingos Martins.

A festa contou ainda com a

apresentação acústica da Orquestra

Paranaense de Viola Caipira da Fa-

culdade Assiz Gurgacz (FAG), de Cas-

cavel, que regida por Ricardo Den-

chuski embalou o evento e animou

os participantes com composições

próprias e clássicas das rodas de vio-

la do País.

Para Mônica Fukuoka, do mar-

keting do Sindiavipar e responsável

pela organização do evento, o sucesso

da festa pôde ser medido pela felici-

dade com que todos os convidados se

expressavam: “Alguns dos convidados

vinham até mesmo agradecer ao Sin-

diavipar pela realização do evento.

O Jantar do Galo foi organizado com

muito carinho, cuidado e trabalho, e

no final foi um sucesso”, pontua.

Setor comemora o retornoda festa

Entre a alegria de muitos

sorrisos, uma opinião era unânime

na festa: o Jantar do Galo precisava

mesmo retornar. Os presentes apro-

veitaram o momento para relaxar, re-

ver velhos companheiros e conversar

sobre os planos para 2014. O presi-

dente da Copacol, Valter Pitol, afirma

que foi uma honra poder recepcionar

a volta do Jantar do Galo e espera que

o evento continue a ser realizado da-

qui para frente.

“Para nós, da Copacol, é uma

satisfação receber nossos grandes

amigos nesta retomada do Jantar do

Galo para, acima de tudo, confraterni-

zar e trocar informações. E a coopera-

tiva se sente gratificada por oferecer

essa oportunidade, por poder rece-

ber todos os amigos companheiros da

avicultura. Que venham mais janta-

res”, celebra.

Para o homenageado e diretor

presidente da Adapar, Inácio Afonso

Kroetz, “o Jantar do Galo é importan-

Page 14: Ed 38 Jan/Fev 2014

14 | sindiavipar.com.br

te para a indústria e é um sinal que o

setor trabalha unido e comemora de

forma unida. Nesse momento, a avi-

cultura paranaense está passando por

um bom momento. Tomara que con-

tinue assim e, principalmente, que o

associativismo esteja cada vez mais

presente e mais forte. É tudo isso que

o governo do Paraná quer e o Brasil

deseja”, reitera.

Já o diretor representante da

Belafoods, Hélio Schorr, destaca não

apenas a importância, como também

a necessidade de que eventos como

o Jantar do Galo continuem a ser

promovidos pela indústria: “O Jantar

do Galo 2013 é uma maravilha. Uma

excelente oportunidade para reen-

contrar velhos amigos. Eu estou ex-

tremamente feliz, porque comecei

minha carreira há mais de 20 anos,

exatamente aqui, na Copacol. Estou

encontrando velhos e novos amigos.

A avicultura do Paraná, com essa ca-

pacidade de crescimento, só pode nos

deixar muito feliz. Espero que tenha-

mos mais destes”, comemora.

O gerente do departamento

avícola da C. Vale, Reni Girardi, lem-

bra que o que importa mesmo é a

união geral em prol da consolidação

da indústria do Paraná: “Foi uma honra

receber o convite pelo Sindiavipar. A

gente entende que apesar de nós to-

dos termos uma relação de concorrên-

cia, é muito melhor estarmos sempre

unidos para a atividade”, reforça.

o jantar vai voltar

Com o sucesso do Jantar do

Galo 2013, o presidente do Sindia-

vipar, Domingos Martins, antecipa

à revista Avicultura do Paraná que

a festa vai voltar em 2014. “Tenho

certeza que este ano vamos crescer

ainda mais do que no ano passado. E

é claro que teremos um novo Jantar

do Galo para comemorar isso nova-

mente”, festeja.

Page 15: Ed 38 Jan/Fev 2014

15sindiavipar.com.br |

PatrocínioAtravés de diferentes pa-

cotes, você pode patrocinar o III

Workshop Sindiavipar. Além de aju-

dar a disseminar conhecimento para

o setor, o programa disponibiliza

diversos benefícios como convites,

anúncios na revista Avicultura do Pa-

raná, espaço para banner no evento,

destaque no material impresso de

divulgação, entre outros. Para mais

informações, entre em contato pelo

pelo fone (41) 3324-8737 ou e-mail

[email protected].

Capacitação

O Sindicato das Indústrias de

Produtos Avícolas do Estado do Pa-

raná (Sindiavipar) começa 2014 com

a produção a pleno vapor. Isso por-

que a instituição já está planejando

os eventos direcionados à indústria

avícola paranaense. E nesta progra-

mação destaca-se o III Workshop Sin-

diavipar.

Em sua terceira edição, o

evento pretende dar continuidade à

capacitação e à promoção do desen-

volvimento do setor avícola, através

de palestras sobre o mercado, sanida-

de, bem-estar e nutrição animal.

“A nossa avicultura conquis-

tou a vanguarda do conhecimento

técnico, e o Workshop Sindiavipar é

a forma de continuarmos semeando

os resultados futuros na busca por

novos procedimentos”, explica o di-

retor executivo do Sindiavipar, Icaro

Fiechter.

O sindicato está aberto a su-

gestões dos associados para nomes de

conferencistas e temas de palestras.

Você pode enviar sua sugestão pelo e-

-mail [email protected].

O evento ocorre em agosto,

em Foz do Iguaçu (PR).

III Workshop SindiaviparSindiavipar recebe sugestões para programação da 3ª edição do evento

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mercadorias para distribuição;

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Page 16: Ed 38 Jan/Fev 2014

16 | sindiavipar.com.br

A cobrança por mais agilidade

nas ações do Ministério da Agricultura,

Pecuária e Abastecimento (Mapa) tem

sido uma das principais reinvindica-

ções do agronegócio brasileiro. Nesta

entrevista exclusiva à revista Avicul-

tura do Paraná, o secretário de Política

Agrícola do Mapa, Neri Geller, faz um

balanço sobre os esforços do governo

para promover o crescimento do setor

e também sobre como o órgão federal

tem se organizado para atender às co-

branças dos industriais e produtores.

Geller comenta ainda sobre o poten-

cial do Brasil para tornar-se o maior

produtor de alimentos do mundo, algo

que em sua análise não restam dúvi-

das: o país será a maior garantia de

segurança alimentar do planeta em um

futuro próximo.

Avicultura do Paraná - Poderia comentar algumas das medi-das que o governo brasileiro tem executado para promover o agronegócio nacional?

neri Geller - O Plano Safra

2013/14, que garante a aplicação de

R$ 136 bilhões no setor agropecuá-

rio, apenas como iniciativa do gover-

no, é um dos principais mecanismos

para manter a produção crescente no

país, ao longo dos últimos anos. Para

2013/14 estima-se uma colheita de

safra de 195 milhões de toneladas, o

que além de ser um recorde, garante

também grandes excedentes para ex-

portação. Assim, o país além de ter seu

abastecimento totalmente garantido,

contribui também para a segurança

alimentar de todo o mundo. No Plano

Safra estão ainda garantidos R$ 4,6

bilhões para apoio à comercialização e

garantia de preços para os produtores.

Por fim, o aumento de 75% dos recur-

sos para o seguro agrícola, que atingiu

R$ 700 milhões do Tesouro Nacional

para subsídio ao prêmio.

A cobrança de mais velocidade nas decisões do Mapa é prati-camente uma unanimidade do setor. Como isso pode ser aten-dido? As eleições dificultarão a comunicação?

O Mapa vem agindo de forma

tempestiva para atender aos pleitos

do agronegócio. Na verdade, o maior

problema do setor hoje se encontra

na logística, notadamente no trans-

porte e operações portuárias que não

são afetos ao Ministério da Agricultu-

ra. Porém, o governo federal, por meio

do Programa de Aceleração do Cresci-

mento (PAC), da nova legislação portu-

ária e do programa de concessões de

rodovias, tem enfrentado os proble-

mas de logística que acreditamos que

estarão solucionados a médio prazo.

Como o senhor analisa as ten-dências globais de produção para os próximos quatro anos?

A demanda por alimentos no

mundo, principalmente nos países po-

pulosos da Ásia (China, Índia, Indonésia

e Paquistão, entre outros) tem sido um

grande estímulo para o aumento global

da produção. O problema é que as áreas

disponíveis para o rápido aumento da

produção mundial são escassas e, fe-

lizmente para o Brasil, principalmente

no Centro-Oeste, essa realidade tem

impulsionado níveis recordes de produ-

ção. Este é definitivamente o momento

em que o Brasil está se tornando uma

potência exportadora agrícola. Nossos

excedentes são expressivos e as expor-

tações nos últimos 12 meses já ultra-

passaram US$ 102 bilhões. O Brasil hoje

está entre os primeiros exportadores

de carnes de frango, suíno, bovino, com

também de soja, milho, café, açúcar, la-

ranja, entre outros.

o mercado chinês tem acenado favoravelmente à maior impor-tação da soja brasileira. Quais as perspectivas apresentadas pela China para a importação de produtos brasileiros em 2014?

São as melhores possíveis. A

o Mapa vem agindo de forma tempestiva para atender aos pleitos do

agronegócio

Girando as engrenagensSecretário de Política Agrícola do Mapa fala sobre as ações do governo para promover o agronegócio brasileiro

Entrevista

Page 17: Ed 38 Jan/Fev 2014

China tornou-se o maior importador

mundial de soja e hoje é o maior mer-

cado brasileiro também. De janeiro à

outubro, das 42 milhões de toneladas

de soja exportadas pelo Brasil, 32 mi-

lhões de toneladas foram para China.

Estivemos recentemente na China para

concretizar a abertura do mercado de

milho para os produtores brasileiros.

O Brasil, que recentemente assinou um

protocolo fitossanitário para exporta-

ção de milho para a China, está agora

aberto ao país, e a China seguramente

em futuro próximo será um dos maio-

res destinos das nossas exportações

de milho.

Como o senhor avalia o desem-penho da avicultura nacional? Estão previstas novas medidas para esse segmento?

O desempenho da avicultura

nacional tem sido excepcional. O Bra-

sil hoje é o maior exportador de carne

avícola, sendo essa também a princi-

pal carne consumida pelos brasileiros.

O avanço tecnológico do setor e a sua

gestão produziram um conjunto de

empresas que estão entre as maiores

do mundo. Evidentemente que tudo

isso foi facilitado pela enorme dispo-

nibilidade dos dois principais insumos

desta indústria, o milho e a soja. Todas

as medidas do governo citadas ante-

riormente, que favorecem a produção

e o escoamento de milho e soja, na

verdade estão também favorecendo o

setor da avicultura. Para a avicultura,

diretamente, há as linhas de custeio. E

as dos programas de investimentos do

Plano Safra 2013/14 estão disponíveis

para o setor. Dentro dos programas de

investimentos, é importante mencio-

nar a criação do programa ‘Inovagro’,

voltado para a modernização tecno-

lógica, particularmente na avicultura

e suinocultura. O programa conta com

R$ 1 bilhão e taxas de juros de 3,5%

ao ano, equalizadas pelo Tesouro Na-

cional, o que denota o esforço do go-

verno federal para a modernização da

avicultura no Brasil.

Qual a importância estratégica do brasil como um grande pro-dutor de alimentos mundial? Há um planejamento em longo prazo do governo para consoli-dar essa posição?

O Brasil, além de ser hoje um

grande exportador de alimentos para a

crescente população mundial, tem um

potencial absolutamente reconhecido

de dobrar sua área de plantio no médio

e longo prazo. Portanto não resta dúvi-

da que em um futuro próximo o Brasil

será a maior garantia de segurança ali-

mentar para o planeta.

17sindiavipar.com.br |

Entrevista

Page 18: Ed 38 Jan/Fev 2014

18 | sindiavipar.com.br

Insumos

Celeiro do mundoAmérica do Sul intensifica produção de grãos e amplia participação no mercado global

Seremos 9,6 bilhões de habitan-

tes na Terra até 2050, de acordo com o le-

vantamento realizado pela Organização

para a Cooperação e o Desenvolvimento

Econômico (OCDE) e a Organização das

Nações Unidas para Alimentação e Agri-

cultura (FAO). Para acompanhar a demanda

mundial por alimentos, considerando o rit-

mo em que a população global cresce, será

necessária uma expansão de 6% da oferta.

Na mesma proporção, os investimentos na

produção e distribuição terão que ser cinco

vezes maiores, partindo dos atuais U$$ 7,9

bilhões para U$$ 44 bilhões.

Nesse cenário, uma das regiões

que vêm se destacando pelo potencial pro-

dutivo apresentado é a América do Sul. En-

quanto Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai

e Bolívia conseguiram expandir a produção

de soja de 38,4 milhões de toneladas em

1995/96 para 164,9 milhões de toneladas

na projeção 2013/14, os Estados Unidos

(EUA), ampliaram a safra em apenas 29,4

milhões de toneladas. Com isso, a partici-

pação sul-americana saltou de 31% para

58% no total mundial.

O coordenador de Agronegócio

do jornal Gazeta do Povo, Giovani Ferreira,

acredita que dificilmente os EUA consegui-

rão competir no panorama que está se de-

senhando. “O agronegócio hoje, no mundo,

é o que traciona a economia e, para o cres-

cimento sustentável, é preciso haver mer-

cado, infraestrutura e logística. Na América

do Sul, essas condições se apresentam e é

por isso que passamos a ser considerado o

celeiro da produção de grãos mundial. Atu-

almente, nem mesmo os norte-americanos

conseguem bater essa marca”, analisa Fer-

reira. O jornal é responsável pelo projeto

Expedição Safra, também coordenado por

Ferreira, que consiste em um levantamento

técnico-jornalístico da produção de grãos

da América do Sul à América do Norte, e

que atualmente está em sua 8ª edição.

Vantagens A expansão do potencial agrope-

cuário sul-americano se explica pela diver-

sidade e disponibilidade de recursos natu-

rais para cultivo na região, superiores aos

apresentados pelos demais continentes.

Dos 144 milhões de hectares que devem

ser expandidos para produção por todo o

mundo, 70 milhões de hectares estão aqui,

segundo a FAO.

Além disso, essas áreas que estão

disponíveis não exigem a derrubada de flo-

restas nem representam perda para a pecu-

ária. No futuro temos condições de atingir

um potencial de 70% em comparação com

as demais regiões produtoras.

Em vista das circunstâncias, é

crescente o investimento em tecnologia

e infraestrutura, que no ponto de vista

de Ferreira são imprescindíveis para co-

locar a região definitivamente no topo do

mundo. “A intensa expansão do volume

de produção verificada nas últimas safras

acende a luz vermelha da infraestrutura e

nos remetem à reflexão sobre como deli-

nearemos os próximos passos para seguir

em um crescimento constante, porém su-

portável”, ressalta.

brasilNessa reconfiguração da lideran-

ça produtiva do agronegócio mundial, o

18 | sindiavipar.com.br

Page 19: Ed 38 Jan/Fev 2014

Insumos

Brasil estima um potencial de 200 milhões

de toneladas de grãos para esta safra. A ex-

pectativa foi apontada pelo levantamento

da Expedição Safra, que acompanha as po-

tencialidades do plantio à colheita de grãos

desde 2006/07. Nesse período de análises,

o projeto verificou crescimento perto de 70

milhões de toneladas na produção nacional

de grãos, passando de 131,75 milhões de

toneladas até atingir potencial para essa

safra, o que representa um crescimento de

mais de 50% nos últimos oito anos.

O potencial produtivo estimado

para a temporada 2013/14 vem respaldado

pelo registro no país de uma área recorde

cultivada: 54,8 milhões de hectares. “Nos

últimos cinco anos a produção nacional am-

pliou em 60 milhões de toneladas de grãos

a safra. Estamos crescendo em ritmo expo-

nencial para atender a demanda mundial,

os desafios para isso envolvem a logística

e o escoamento dessa produção”, avalia o

coordenador da Expedição.

O plantio cresceu em todas as re-

giões do país. Com isso, o Brasil ganha con-

dições de ultrapassar o atual líder mundial

na produção de soja, os EUA. A vantagem

tende a ser de 2 milhões de toneladas na

colheita e de mais de 4 milhões de tonela-

das nas exportações.

Fatia Global Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai produzem e exportam parcela significativa de grãos do mon-

tante mundial. Abaixo as expectativas para safra 2013/14.

Produção (em milhões de toneladas)

Soja Milho Total155,9 103,3 259,2

Exportação (em milhões de toneladas)

Soja Milho Total63,7 38,25 101,95

Fonte: Expedição Safra

Page 20: Ed 38 Jan/Fev 2014

20 | sindiavipar.com.br

Fiep

Empresas e sindi-

catos empresariais que queiram

desenvolver políticas e ações de responsabi-

lidade social no trabalho, com o objetivo de

adquirir certificação na norma SA8000, po-

dem procurar a consultoria do Sesi no Paraná.

A intenção da Social Accountability

- SA8000 é oferecer às empresas um padrão

de atuação, baseado em normas internacio-

nais de Direitos Humanos e leis trabalhistas

nacionais, evidenciando sua preocupação

com a sociedade, para que possam consoli-

dar uma estratégia de desenvolvimento sus-

tentado, obtendo assim licença para operar.

Este modelo de gestão - que apresenta uma

abordagem responsável em questões sociais

e éticas, com vantagens competitivas e a con-

fiança do mercado - prevê também o envolvi-

mento dos próprios colaboradores na audito-

ria dos direitos, ajudando na sua manutenção

e propondo melhorias.

Maria Carolina Leal, analista do Sesi,

responsável por essa consultoria, esclarece

que a SA8000 é orientada por nove requi-

sitos que tratam das relações de trabalho.

“Esses requisitos se aplicam universalmente,

independentemente do porte da empresa,

localização geográfica ou do setor industrial.

Cabe ao Sesi prestar sua consultoria, direcio-

nando estratégias e recursos na busca des-

ses resultados”, conclui.

Confira alguns aspetos dos nove requisitos da SA8000:

1) Trabalho Infantil: a empresa não

deve envolver-se ou apoiar o trabalho infantil.

2) Trabalho Forçado ou compulsó-

rio: os trabalhadores não podem ser obriga-

dos a entregar seus documentos de identida-

de ou pagar “depósitos” como uma condição

de emprego.

3) Saúde e Segurança: As empresas

devem cumprir as normas básicas para um

ambiente de trabalho seguro e saudável e

devem tomar medidas eficazes para prevenir

acidentes.

4) Liberdade de Associação: Prote-

ge os direitos dos funcionários para formar

e aderir a sindicatos e de negociar coletiva-

mente, sem medo de represálias.

5) Discriminação: a em-

presa não deve envolver ou apoiar a

discriminação com base em raça, origem,

classe social, nascimento, religião, deficiên-

cia, gênero, orientação sexual, associação a

sindicato ou afiliação política.

6) Práticas Disciplinares: a empresa

deve tratar todo o pessoal com dignidade e

respeito.

7) Horário de Trabalho: a empresa

deve estar em conformidade com as leis apli-

cáveis e com os padrões da indústria.

8) Compensação: Os salários pagos

devem cumprir todos os requisitos mínimos

legais e proporcionar um rendimento sufi-

ciente para as necessidades básicas.

9) Gestão: Estabelece procedimen-

tos para implementação da gestão eficaz e

análise da conformidade com a SA8000, da

designação de pessoal responsável para ma-

nutenção de registros, abordando as preocu-

pações e tomada de ações corretivas. Esta-

belece também que a empresa deve manter

registros apropriados de comprometimento

com a reponsabilidade social de fornecedo-

res e subcontratados.

Certificação socialCertificado demonstra que empresa assegura os direitosde seus funcionários

Page 21: Ed 38 Jan/Fev 2014

Agora suas avesmetem o bico noque é bom paraos seus resultados.

A tecnologia Ourofino acaba de chegar à avicultura. O aditivo melhorador de desempenho

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Page 22: Ed 38 Jan/Fev 2014

22 | sindiavipar.com.br

Com os bons resultados conquis-

tados em 2013, o Paraná tornou-se res-

ponsável por quase 30% de toda a expor-

tação da carne de frango brasileira para o

mundo, aproximadamente 3% a mais em

relação a 2010. O estado atingiu a marca

de 1,14 milhão de toneladas da proteína

animal destinadas ao mercado exterior,

abrangendo mais de 130 países.

Para o presidente do Sindicato

das Indústrias de Produtos Avícolas do

Estado do Paraná (Sindiavipar), Domingos

Martins, os números fortalecem o argu-

mento de que o Paraná produz a melhor

carne de frango do mundo.

“A qualidade da carne de frango

produzida no Paraná é inquestionável.

Por dedicarmos especial atenção à quali-

dade, à sanidade, às normas de abate hu-

manitário e, principalmente, ao sabor de

nosso produto, conseguimos atender aos

mercados mais exigentes”, afirma.

Na lista de principais merca-

dos atendidos pelo Paraná estão países

do Oriente Médio (como Arábia Saudita,

Emirados Árabes, Kuwait e Egito), Japão,

China, Hong Kong, Venezuela, Holanda,

África do Sul e Egito, que concentram cer-

ca de 70% do volume das vendas parana-

enses para o mercado externo.

Entretanto, nos outros 30% es-

tão destinos bastante exóticos como Be-

nin, na região ocidental da África, Ilhas

Feroe, nação do Reino da Dinamarca, e

Seychelles, no Oceano Índico Ocidental,

até países conhecidos pela sua riqueza

como Mônaco, Estados Unidos e Austrália.

ranking Com quase um quarto do total,

a Arábia Saudita continua liderando o

ranking dos principais mercados consu-

midores da avicultura paranaense tanto

no faturamento quanto no volume, ten-

do ficado em segundo lugar apenas em

2007, quando perdeu o posto para o Ja-

pão, que fechou 2013 na quarta coloca-

ção. Já a Alemanha, que caiu da 8ª para

10ª posição em 2011, continua a figurar

no mesmo patamar.

No quesito maior valor agregado,

entre os dez maiores compradores, a Ho-

landa permanece na liderança. Em 2013,

o preço médio da tonelada de carne de

frango foi comercializada por US$ 2.886

ao país. Em seguida aparecem a Alema-

nha e o Japão, com um preço médio de

US$ 2.744 e US$ 2.497, respectivamente.

Por último, entre os dez prin-

cipais países, está a África do Sul, com o

menor preço médio, apenas US$ 604 por

tonelada – mais de quatro vezes menos

que a Holanda. Essa diferença se deve ao

embarque ao país europeu de produtos

com maior valor agregado, como cortes

específicos e carne desossada.

novos mercados O ano de 2013 marcou também

a forte união da cadeia produtiva pela

busca de novos mercados para a expor-

tação da carne de frango produzida no

Fonte: Sindiavipar/Secex

Mercado exterior

Made in ParanáEstado continua batendo recordes nas exportações de carne de frango

Page 23: Ed 38 Jan/Fev 2014

23sindiavipar.com.br |

Paraná. Por meio de palestras e seminá-

rios promovidos pela Agência de Defesa

Agropecuária do Paraná (Adapar), os prin-

cipais representantes da indústria avícola

paranaense encontraram-se ao longo dos

últimos dozes meses para debater pro-

postas que objetivaram qualificar o pro-

duto paranaense a qualquer mercado que

possa ser acessado.

As reuniões também incitaram

cobranças ao Ministério da Agricultura,

Pecuária e Abastecimento (Mapa), reivin-

dicações que são unânimes no setor pela

melhoria das medidas tomadas pelo go-

verno em prol do setor avícola.

“A prospecção de novos com-

pradores para a carne de frango do Para-

ná é importante para que nosso mercado

continue crescendo. Estamos dando a

cara lá fora e mostrando a nossa incrível

capacidade de transformar a nossa soja e

milho na melhor proteína animal do mun-

do”, ressalta Martins.

EstabilidadeNos últimos cinco anos, além da

abertura do mercado chinês, houve pou-

ca alteração no ranking dos principais

destinos da carne de frango paranaense.

Na lista dos dez mais figuraram, entre

2008 e 2013: Arábia Saudita, Hong Kong,

Japão, Venezuela, Holanda, Emirados Ára-

bes, Kuwait, Alemanha, África do Sul, Egi-

to e mais recentemente a China.

“Graças ao bom relacionamento

e ao atendimento às especificações dos

mercados externos, o Paraná desfruta de

uma relativa estabilidade nas relações

comerciais com essas nações. Por conta

disso e da versatilidade da carne de fran-

go, felizmente, não somos tão afetados

pelos solavancos do cenário internacio-

nal como, por exemplo, no caso do em-

bargo russo” comenta Martins.

Fonte: Sindiavipar/Secex

10 principais mercados consumidores da avicultura paranaense - 2013

Exportação Participação

nº País US$ % kg %

1 Arábia Saudita 561.442.703 23,41% 288.774.115 25,25%

2 Emirados Arabes 189.961.029 6,59% 90.918.119 7,95%

3 Hong Kong 167.504.868 5,91% 115.572.259 10,10%

4 Japão 162.514.079 8,58% 65.057.515 5,69%

5 China 145.545.497 8,77% 60.728.276 5,31%

6 Holanda 118.121.710 6,67% 40.926.027 3,58%

7 Kuwait 84.411.591 2,96% 40.790.900 3,57%

8 Egito 70.476.342 3,87% 37.441.120 3,27%

9 África do Sul 45.693.619 2,32% 75.588.098 6,61%

10 Alemanha 26.396.883 1,32% 9.618.024 0,84%

Total 1.572.068.321 70,40% 825.414.453 72,17%

Total Acumulado Paraná 2.186.170.627 100% 1.143.751.923 100%

Mercado exterior

Page 24: Ed 38 Jan/Fev 2014

24 | sindiavipar.com.br

Um bom anoParaná cresce 7% e lidera faturamento

nas exportações de frango em 2013

Capa

Foto

: Agr

ost

ock

24 | sindiavipar.com.br

Page 25: Ed 38 Jan/Fev 2014

25sindiavipar.com.br |

Capa

Depois da tempestade, vem a

bonança. O ditado popular aplica-se

perfeitamente para descrever o ano

de 2013 para a avicultura do Paraná.

Após passar por grandes dificuldades

a partir do 2º semestre de 2012, numa

decorrência direta da quebra da safra

de insumos norte-americana, o setor

conseguiu se recuperar e sair ainda

mais forte frente aos desafios enfren-

tados. O Paraná, que desde 2000 é o

maior produtor brasileiro de carne

de frango, e já havia consolidado em

2012 a liderança em volume nas ex-

portações, teve ainda nova conquista

em 2013: o primeiro lugar também em

faturamento.

Para o presidente do Sindica-

to das Indústrias de Produtos Avíco-

las do Estado do Paraná (Sindiavipar),

Domingos Martins, “são muitos moti-

vos para comemorar. Vimos de perto

a recuperação da força de nossa in-

dústria, que produz cada vez mais e

melhor”, afirma.

O ligeiro déficit registrado

nas exportações de carne de frango

em 2012 foi espantado com um fecha-

mento de 2013 mais do que favorável:

a indústria avícola consolida não ape-

nas um saldo positivo como também

um recorde. De acordo com os dados

da Secretaria de Comércio Exterior

(Secex), vinculada ao Ministério do De-

senvolvimento, Indústria e Comércio

Exterior (MDIC), o setor ultrapassou a

marca de US$ 2,18 bilhões faturados

ao longo do ano contra US$ 2,04 bi-

lhões em 2012. Em volume, foram con-

tabilizadas 1,14 milhão de toneladas.

Os números representam um

crescimento de 6,87% de faturamen-

to ante ao mesmo período do ano an-

terior. Os resultados são superiores à

média nacional, que foi de 2,7% de

crescimento com o faturamento, e

também dos outros principais esta-

dos produtores como Santa Catarina

(queda de 1,4%) e Rio Grande do Sul

(0,6%).

Com relação ao abate, os da-

dos contabilizados pelo Sindiavipar

Valter Pitol – presidente Copacol

Foi um bom ano para to-

das as empresas do setor avícola.

Um ano que nos permitiu superar

os desafios e as dificuldades de

2012. Todo o ano de 2013, sem dú-

vida nenhuma, foi excelente para

a avicultura e melhor ainda de re-

sultados que, esperamos, continue

agora neste 2014.

Inácio Afonso Kroetz – diretor-presidente Adapar

O Brasil é o grande celei-

ro do mundo na condição de pro-

dução de alimentos e a avicultu-

ra participa disso como um todo.

Acredito que, agora em 2014, o

setor vai retomar com todo o vi-

gor aqueles resultados conquista-

dos antes de tempos difíceis. Te-

remos mais e melhores mercados,

porque o frango é uma proteína

animal apreciadíssima em todo o

mundo. Também porque a capa-

cidade de produção do Paraná é

extraordinária, digna de aplausos.

Acredito também na elevação das

remunerações. Outros pontos são

que os insumos serão abundantes,

porém a mão de obra continuará

sendo escassa porque o cresci-

mento do setor será maior que a

oferta de trabalhadores. Mas isso

nada mais é do que os novos de-

safios que deverão ser superados

pela avicultura. Porque só tem

desafios quem cresce e faz. E a

avicultura do Paraná está fazendo

acontecer.

Expectativas 2014

Page 26: Ed 38 Jan/Fev 2014

26 | sindiavipar.com.br

apresentam o mesmo cenário de cres-

cimento: em 2013 foram abatidas 1,46

bilhão de aves, alta de 4,27% ante ao

mesmo período do ano anterior (1,40

bilhão de aves). Algo que, segundo

Martins, só foi possível graças à união

de toda a cadeia produtiva.

“O ano de 2013 foi uma ver-

dadeira demonstração do empenho e

parceria da indústria avícola em prol

de consolidar o Paraná cada vez mais

como o principal estado produtor e ex-

portador de carne de frango do Brasil.

Juntos, vencemos” comemora Martins.

Para o presidente da União

Brasileira de Avicultura (Ubabef),

Francisco Turra, os bons resultados co-

lhidos pelo estado servem de norte às

indústrias produtoras de todo o país.

“Como maior produtor e exportador,

o Paraná ajuda a definir os caminhos

que a avicultura nacional deverá se-

guir. Assim foi no segundo semestre

de 2012 e no primeiro semestre de

2013, quando a cautela foi a palavra

de ordem das empresas e a avicultura

nacional conseguiu encontrar um mo-

mento de demanda mais ajustada em

relação ao mercado. A avicultura do

Paraná é pujante e fundamental para o

saldo positivo da balança comercial do

agronegócio brasileiro e, consequen-

temente, do próprio Brasil”, destaca.

2014: crescimento e cautelaCom o crescimento reesta-

belecido, o setor aguarda para 2014

um crescimento sustentável, que seja

mantido também para os anos seguin-

tes. De acordo com o presidente do

Sindiavipar, este ano deverá apresen-

tar grandes similaridades com o fecha-

mento do ano passado: “Acredito que

repetiremos a tônica do segundo se-

mestre de 2013. Nós iremos despontar

com crescimento. Eu vejo 2014 como

um ano promissor. Digo tranquilamen-

te que vamos crescer muito, o triplo

do PIB nacional”, reitera. Para efeito

comparativo, de acordo com as proje-

ções do Banco Central, o Produto Inter-

no Bruto (PIB) brasileiro deverá fechar

com alta de cerca de 2,4% em 2013.

O que possibilita expectativas

tão otimistas, de acordo com Martins, é

o trabalho que a indústria tem realizado

na conquista de novos mercados, exi-

bindo a competência paranaense para

produzir e gerenciar negócios. “A Uba-

Capa

roberto Kaefer – presidente Globoaves

Felizmente podemos di-

zer que foi um ano bem melhor que

2012. Agora, é importante ressaltar

que precisamos pensar 2014 com

bastante seriedade, para que haja

um equilíbrio entre alojamento, pro-

dução e comercialização. Isso é o que

vai nos permitir ter um ano tão bom

quanto o ano passado.

Adroaldo Paludo – diretor administrativo e financeiro Pluma Agrovícola

Podemos dizer que encerra-

mos 2013 como um ano muito bom em

contrapartida a 2012, que foi um dos

piores anos da história da avicultura

brasileira. É certo que ainda estamos

um pouco apreensivos e 2014 levanta

na gente um pouco de preocupação,

porque dependemos ainda de algu-

mas definições com relação à matéria-

prima e também sobre o volume de

matrizes alojadas, que está um pouco

além do mercado brasileiro.

Marcos batista – presidente Frango Sabor Caipira

A expectativa para 2014

é muito boa. Nós tivemos o ano de

2012, que infelizmente não foi um

ano muito bom para a avicultura bra-

sileira, mas já em 2013 assistimos a

uma recuperação fantástica do se-

tor. Acredito que a avicultura, e em

especial a avicultura paranaense,

deverá caminhar a passos largos nos

próximos anos, seja este que acabou

de começar, 2015 e os próximos que

virão.

eu vejo 2014 como um ano promissor.

Digo tranquilamente que vamos crescer

muito, o triplodo PIB nacional

Domingos Martins

Page 27: Ed 38 Jan/Fev 2014

27sindiavipar.com.br |

bef tem liderado a iniciativa de mostrar

a cara do Brasil lá fora, para que todos

saibam da nossa capacidade de cres-

cer”, destaca Martins.

Oficialmente, a Ubabef estima

um crescimento entre 3% e 4% no vo-

lume total da produção nacional de car-

ne de frango para este ano em relação

ao resultado de 2013. Sobre as expor-

tações, espera-se para o próximo ano

um crescimento entre 2% e 2,5% sobre

os volumes embarcados de 2013.

“O crescimento da produção

deverá se descolar das exportações,

diante da possibilidade de um aqueci-

mento do mercado interno com os gran-

des eventos internacionais. A expecta-

tiva é que políticas de governo voltadas

para o abastecimento interno durante a

Copa favoreçam o consumo de produtos

avícolas dentro do Brasil, recuperando

níveis de produção equivalentes ao de

2012. Devemos ter um crescimento

constante, seguro, mas sem otimismo

excessivo”, pontua Francisco Turra.

novos mercadosAtualmente, a carne de fran-

go paranaense é comercializada para

mais de 130 países em todo o mundo,

além do estado responder por 30%

das exportações nacionais. Entretanto,

o setor tem se mobilizado para buscar

novos clientes. O presidente do Sin-

diavipar afirma que o trabalho de pros-

pecção de novos mercados deve im-

pulsionar e consolidar cada vez mais

o Paraná como uma referência avícola

para o país e o mundo.

“O Paraná tem hoje a avicul-

tura mais avançada do país. Temos

aqui tecnologias de ponta, coopera-

tivas bem instituídas e novas empre-

sas chegando, que devem acrescentar

ainda mais oportunidades de avanços

para o setor”, conta. Segundo Martins,

a avicultura paranaense tem plenas

condições de fechar este ano nova-

mente com sua expansão e consolida-

ção da liderança.

referência para o mundo A boa situação pela qual pas-

sa a avicultura do Paraná também con-

solida a importância do estado ser o

maior produtor e exportador de uma

nação que é exemplo mundial. Em um

momento que se discute a tão impor-

tante necessidade de aumentar a pro-

dução de alimentos para um mundo

que não para de crescer – seremos 9,6

bilhões de pessoas até 2050, segun-

Capa

rubens zago – presidente Tecno Foods brasil

Temos uma expectativa

muito grande para o ano de 2014.

A Tecno Foods, inclusive, está

vindo para o Paraná confiante no

bom momento do setor. O evento

ocorrerá entre os dias 25 e 27 de

março de 2014, no Expotrade Con-

vention Center em Curitiba (PR). A

programação envolve 24 horas de

demonstrações e 36 horas de co-

nhecimento, e a nossa intenção é

transformar o estado em um íco-

ne nacional de feiras de proteína

animal.

Hélio Schorr – diretor representante belafoods

Costumo dizer aos quatro

cantos que temos a melhor avicul-

tura do planeta. Não apenas por-

que temos a melhor tecnologia e

a melhor estrutura, mas também

porque temos as melhores pesso-

as para lidar com esse segmento.

O trabalhador brasileiro é fantás-

tico e o avicultor brasileiro melhor

ainda. Quem conhece as indústrias

avícolas de outros países sabe que

nenhuma se compara à nossa. Por

isso, digo que o ano de 2013 foi

um ano de recuperação em rela-

ção a um ano muito ruim, que foi

2012. As empresas voltaram a se

capitalizar e a se organizar. A ex-

pectativa para 2014 é muito boa,

fantástica mesmo. Espera-se que

enfim tenhamos um ano tranquilo,

com muito trabalho e mais recu-

peração. O mundo precisa da avi-

cultura paranaense e brasileira.

o Paraná ajuda a definir os caminhos

que a avicultura nacional deverá seguir

Francisco Turra

Page 28: Ed 38 Jan/Fev 2014

28 | sindiavipar.com.br

LIDeraNÇa Paraná se consolidou como o principal estado produtor e exportador de carne de frango do País

Capa

28 | sindiavipar.com.br

do a Organização das Nações Unidas

(ONU) – em paralelo com a redução

dos impactos ambientais, o setor aví-

cola brasileiro tem sido uma referên-

cia global. Nenhum outro país produz

tanto, tão bem e de forma tão susten-

tável quanto o Brasil.

“Todos esses fatores repre-

sentam a consolidação de um tra-

balho de longo prazo da avicultura

paranaense com investimentos em

tecnologia, bem-estar animal, sus-

tentabilidade e sanidade”, finaliza

Domingos Martins.

luciano César Guimarães – gerente comercial Avenorte/Frangos Guibon

Foi um ano positivo. Houve

um crescimento em termos de preços,

comparado a 2012, em que sofremos

uma crise muito grande. Um momento

de crise é sempre um grande aprendi-

zado, então acredito que 2013 serviu

de lição. Evoluímos. E agora retoma-

mos uma base muito boa para pensar

um 2014 ainda melhor.

Hudson Silveira – CEo da Unifrango

O ano de 2013 foi um ano

de recuperação, em que empreen-

demos um trabalho muito forte para

nos recuperarmos: as empresas sa-

íram machucadas de 2012. Agora

temos uma expectativa de preços

maiores. Isso é muito bom e traz uma

energia muito positiva para este

2014, que, acredito, será tão bom ou

melhor que 2013.

Fonte: Sindiavipar/Secex

Fonte: Sindiavipar

Exportação de carne de frango

brasil Paraná

US$ kg US$ kg

2013 7.915.622.870 3.876.423.679 2.186.170.627 1.143.751.923

2012 7.704.189.807 3.920.174.730 2.045.499.157 1.126.284.171

2011 8.254.465.103 3.945.861.152 2.068.690.688 1.044.670.138

2010 6.810.027.767 3.824.729.802 1.695.137.917 1.001.533.474

2009 5.776.320.291 3.626.514.156 1.472.629.420 954.653.281

Abate Frango e Peru ( cab/ano )

Frango Variação Peru Variação

2013 1.463.490.290 4,27 9.874.612 -1,05

2012 1.403.522.683 0,85 9.979.332 5,02

2011 1.391.662.550 4,72 9.501.878 -21,63

2010 1.328.956.258 5,66 12.124.161 -14,22

2009 1.257.755.311 2,92 14.133.392 -11,19

Page 29: Ed 38 Jan/Fev 2014

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Page 30: Ed 38 Jan/Fev 2014
Page 31: Ed 38 Jan/Fev 2014
Page 32: Ed 38 Jan/Fev 2014

32 | sindiavipar.com.br

existe a perspectiva de um aquecimento do mercado interno diante dos grandes eventos esportivos

internacionais que o Brasil irá sediar nos

próximos anos

Depois de enfrentar em 2012 a

maior crise de sua história, com o impacto

da disparada dos preços de seus principais

insumos, o milho e a soja, a avicultura bra-

sileira deve encerrar 2013 com aumento

de 4% na receita das exportações de car-

ne de frango. O volume exportado deve

ser o equivalente ao registrado em 2012,

com 3,9 milhões de toneladas - nesse caso,

sem perder a posição de maior exportador

mundial e sem diminuir sua participação no

mercado internacional.

O Oriente Médio continua sendo

o principal destino das exportações brasi-

leiras. Ásia, África e União Europeia, nesta

ordem, completam os primeiros lugares no

ranking.

No caso das exportações aví-

colas em geral – e que incluem também

ovos, perus, patos, marrecos, material ge-

nético e ovos férteis – o fechamento de

2013 também terá crescimento na receita

cambial e pequena redução nos volumes

embarcados.

Este ano, um alinhamento entre

oferta e demanda, tanto no mercado inter-

no quanto no mercado internacional, deve-

rá levar a uma queda de 3% na produção

de carne de frango, que ficaria em 12,3 mi-

lhões de toneladas.

Para 2014 as projeções da União

Brasileira de Avicultura (Ubabef) são mais

otimistas, e apontam para um crescimento

de 4% na produção e de 2% a 2,5% nas ex-

portações.

O otimismo, no caso das exporta-

ções, está diretamente ligado a três pers-

pectivas: o aumento de plantas habilitadas

para vendas à China, um de nossos princi-

pais mercados; a recuperação das vendas

para a Venezuela, a partir de mecanismos

de garantia de pagamento; e com o ingres-

so de um novo mercado, o Paquistão.

Mas também existe a perspectiva

de um aquecimento do mercado interno

diante dos grandes eventos esportivos in-

ternacionais que o Brasil irá sediar nos pró-

ximos anos. O consumo de produtos avíco-

las está sendo favorecido, e fez com que a

produção retomasse os níveis de 2012. Um

crescimento constante, seguro, mas sem

otimismo excessivo.

É preciso atenção para alguns

pontos quando se fala em aumento da pro-

dução e da exportação da avicultura bra-

sileira. A começar para a competitividade.

Em 2002 o custo de produção por quilo de

frango vivo era de US$ 0,40 no Brasil, US$

0,70 nos Estados Unidos e US$ 1,00 na Tai-

lândia, dois de nossos principais concorren-

tes. Hoje, respectivamente, essa relação é

de US$ 1,15 contra US$ 1,20 nos EUA e US$

1,30 na avicultura tailandesa.

É preciso também investir cada

vez mais em biosseguridade, já que o au-

mento e a concentração da produção ten-

dem a aumentar os riscos sanitários. Da

mesma forma, sem ciência e tecnologia não

será possível atender convenientemente a

um aumento de demanda.

Existem, como podemos ver, gran-

des oportunidades para a avicultura brasi-

leira aumentar a venda de seus produtos no

mercado internacional, ampliando a oferta

de emprego e de renda em nosso país.

Mas também existem importan-

tes desafios que teremos de superar de

forma a assegurar essas perspectivas posi-

tivas para aquele que é um dos motores do

agronegócio brasileiro.

Avicultura brasileira

Ubabef

Superação da crise e perspectivas de crescimento

Page 33: Ed 38 Jan/Fev 2014
Page 34: Ed 38 Jan/Fev 2014

34 | sindiavipar.com.br

Gastronomia

Todo domingo era dia de ma-

carrão, polenta ao molho de frango

e radicchio na casa de dona Flora Ma-

dalosso Bertolli, proprietária e chefe

de cozinha do restaurante que leva o

sobrenome de sua família. “A tradição

do frango na Itália era assim: sempre

no domingo a nonna matava o frango,

ensopava e fazia com polenta. Depois

servia no almoço junto com os outros

pratos”. Foi assim que a avó de dona

Flora ensinou para a neta, depois de

trocar a Itália pelo Brasil, os segredos

gastronômicos trazidos na bagagem. E

que viriam a se transformar na receita

do sucesso do Madalosso, tradicional

restaurante da capital paranaense fun-

dado por ela junto com seus familiares.

A iniciativa de abrir um esta-

belecimento gastronômico partiu do

marido, Ademar Bertolli, que conven-

ceu o sogro a comprar em sociedade

um pequeno restaurante localizado no

bairro de Santa Felicidade, em Curitiba

(PR), chamado Flórida. Já no início dona

Flora cuidava da cozinha, enquanto

Bertolli trabalhava como garçom.

Inaugurado em 1963, o Mada-

losso cresceu aos poucos até atingir a

atual capacidade de 4.645 lugares, ca-

racterística que lhe rendeu o título de

maior restaurante das Américas no Gui-

ness Book, em 1995. Um número que

não fica muito atrás do atual recorde de

maior restaurante do mundo, perten-

cente ao Damascus Gate Restaurant, na

Síria, com 6.014 lugares, e estabelecido

somente em 2008.

Atualmente, o restaurante faz

parte do Complexo Madalosso, onde

estão localizados o Velho Madalosso,

no mesmo lugar do restaurante origi-

nal, o Novo Madalosso, e a Vila Mada-

losso, uma loja anexa que comercializa

o vinho e o suco de uva de fabricações

próprias servidos nos restaurantes.

Para dar conta de sua gigan-

tesca estrutura, o Madalosso emprega

75 pessoas na cozinha e 126 garçons

para atender a clientela. Em um mês

com bom movimento, o estabelecimen-

to chega a servir cerca de 56 toneladas

de carne de frango.

É por isso que dona Flora con-

ta que nessa saborosa história “o fran-

go sempre foi o prato principal da vida

dos irmãos Madalosso”, sendo até hoje

a base de todo o cardápio do restau-

rante. “Aquela asinha de frango que

servimos com alho por cima conquis-

ta a clientela. Além dos outros pratos,

como o nosso tradicional risoto, que

também é todo preparado à base de

frango”, detalha.

Outro segredo que explica o

sucesso do Madalosso é a constante

preocupação de dona Flora com a quali-

dade dos produtos. “Eu procuro sempre

os ingredientes de maior qualidade. A

asinha mesmo que eu costumo comprar

é mais gordinha, mais bonita. Pago mais

caro, mas entrego o melhor”, pontua.

Mãe de quatro filhos e hoje avó

de sete netos, dona Flora ainda exibe

uma disposição faminta por trabalho,

receita de sucessoCarne de frango sempre esteve presente na história do Madalosso, um dos maiores restaurantes do mundo

Page 35: Ed 38 Jan/Fev 2014

Gastronomia

mesmo com seus 74 anos. Prova disso

é que está diariamente na chefia da co-

zinha de seu restaurante, vigiando “se

estão caprichando nos pratos”, diz. O

expediente começa cedo: ela entra às

8 da manhã e não sai antes das 17 ho-

ras. “Sou viúva e todos os meus filhos

são casados. Então enquanto eu estiver

com saúde quero continuar trabalhan-

do aqui”, revela.

Dona Flora afirma que o res-

taurante chegou a acrescentar algumas

inovações em seu menu ao longo dos

últimos anos, mas sempre com a base

no almoço de domingo de sua nonna.

“Procuramos inovar o cardápio, mas so-

mente com pratos que sejam baseados

em fígado, frango e polenta”, explica.

Por seguir à risca a tradição italiana

desde o começo, o restaurante recebeu

La Stella di Identità Italiana em 2007,

honraria governamental destinada aos

melhores chefs e restaurantes italianos

fora da Itália.

ServiçoEspecialidade: Comida Italiana

Telefone: (41) 3372-2121

Site: www.madalosso.com.br

E-mail: [email protected]

Horário de funcionamento: Segunda a

sábado: 11h30 às 15h e 19h às 23h

Domingo: 11h30 às 15h30

Endereço: Av. Manoel Ribas, 5875, San-

ta Felicidade, Curitiba.

Page 36: Ed 38 Jan/Fev 2014

36 | sindiavipar.com.br

Para comemorar seus 50 anos,

a C. Vale contratou o cantor sertane-

jo Daniel para realizar não um, mas

três shows exclusivos aos associados

e colaboradores da cooperativa. Um

tom de grandiosidade e sucesso que

está presente em todos os números

da empresa.

Com sede em Palotina, no

oeste do Paraná, a cooperativa fechou

2013 com faturamento superior a R$

4 bilhões, um crescimento de mais de

25% em relação a 2012, além de ter

aumentado em cerca de 20% o rece-

bimento de produtos agrícolas. Hoje,

a companhia conta com mais de 14 mil

associados, emprega mais de 6 mil fun-

cionários nos estados do Paraná, Santa

Catarina, Mato Grosso e Mato Grosso do

Sul, e, na divisão de frangos, deve che-

gar ao número de abate de 400 mil aves

por dia ainda neste comecinho do ano.

Embora tenha completado

cinco décadas desde sua fundação,

foi somente a partir de 1995, com um

grande plano de modernização, que a

cooperativa passou a transformar-se

de grão em grão num dos maiores con-

glomerados do agronegócio brasileiro.

A estratégia tinha como foco principal a

agregação de valor à produção primária

e a profissionalização da gestão.

“Enxugamos o quadro de fun-

cionários, estabelecemos a política de

garantias para liberação de crédito para

insumos e acabamos com o paternalis-

mo, fazendo cada um pagar a sua conta.

Demos início ao processo de agroindus-

trialização, em 1997, com a implanta-

ção do complexo avícola apostando em

duas grandes inovações: a climatização

de aviários e o rateio do ICMS entre os

municípios envolvidos”, explica o pre-

sidente da C. Vale, Alfredo Lang.

As mudanças continuaram a ser

introduzidas ao longo dos anos 2000

com investimentos em indústrias para

processamento de amido modificado de

mandioca e com incentivos à produção

de leite e suínos. De acordo com Lang,

todas as evoluções vinham da percep-

ção de que apenas a compra e venda de

insumos geraria menos riquezas do que

a transformação de matéria-prima em

produtos com maior valor agregado.

“Nossa estratégia é aprovei-

tar a soja e o milho que os associados

produzem em grandes volumes e for-

mar cadeias produtivas. Fizemos isso

com frango, leite e suínos. Veja só o

caso do frango. Empregamos mais de

três mil pessoas de 26 municípios, ge-

ramos renda para muitos associados e

50 anos desucessoC. Vale comemora meio século como um dos maiores conglomerados do agronegócio brasileiro

Associados

reNDa Para Alfredo Lang, a diversificação de atividades é a verdadeira reforma agrária de que o Brasil precisa

Page 37: Ed 38 Jan/Fev 2014

37sindiavipar.com.br |

SUceSSo C. Vale é um dos maiores conglomerados do agronegócio brasileiro

A C. Vale nasceu em 7 de no-

vembro de 1963, com o nome de Co-

operativa Agrícola Mista de Palotina

Ltda (Campal), fundada por um grupo

de 24 produtores que objetivavam

resolver o problema da falta de local

para armazenar a produção e reduzir

as dificuldades que encontravam na

hora de escoar a safra, procurarem

crédito e a falta de assistência técni-

ca. Em 1969, aconteceu o início das

atividades da cooperativa com o re-

cebimento de trigo em armazém de

um moinho palotinense. No ano se-

guinte, a empresa viu ser construído

seu primeiro armazém.

O rápido crescimento da

produção levou a Campal a iniciar

a fase de estruturação física com a

construção de unidades para rece-

bimento de cereais no município de

Palotina. Com a divisão territorial da

região oeste entre as cooperativas,

a Campal expandiu-se para além das

fronteiras de Palotina, o que levou

os associados a modificar a razão

social da empresa, em 1974, para

Cooperativa Agrícola Mista Vale do

Piquiri Ltda (Coopervale). Em 1981,

a Coopervale passou a atuar no Mato

Grosso e, em 1984, no estado de

Santa Catarina.

No início dos anos 90, a

Coopervale montou um Plano de

Modernização ouvindo milhares de

associados, em trabalho coordena-

do por Alfredo Lang, que viria a as-

sumir a presidência da cooperativa

em 1995. Naquele ano, a Cooperva-

le começou a executar o plano para

tornar a empresa mais competitiva

e iniciar o processo de agregação

de valores aos produtos primários.

Era o início de uma nova era para a

cooperativa. A largada desta eta-

pa aconteceu em outubro de 1997,

quando foi inaugurado o complexo

avícola C.Vale.

Histórico

Associados

ainda distribuímos o ICMS conforme a

produção de frangos de cada municí-

pio envolvido no complexo avícola”,

pondera Lang.

Desenvolvimento O impacto de tamanho cresci-

mento foi sentido por toda a região de

Palotina. A cidade é considerada um

dos 20 municípios com maior efetivo

de galináceos, além de ser a 9ª cidade

do Paraná com o melhor Índice de De-

senvolvimento Humano – indicador da

Organização das Nações Unidas (ONU)

que considera os critérios de saúde,

educação e renda.

Segundo Lang, a C. Vale orgu-

lha-se de que suas atividades, o fran-

go, o leite, o suíno e também a mandio-

ca, proporcionem renda e criem novas

oportunidades de negócio, movimen-

tando o comércio e a indústria. “A ren-

da cresce e fica mais estável, tem uma

circulação de recursos mais equilibra-

da ao longo dos anos. A diversificação

de atividades é a verdadeira reforma

agrária de que o Brasil precisa”, reite-

ra o presidente da cooperativa.

Page 38: Ed 38 Jan/Fev 2014

38 | sindiavipar.com.br

O prazo para a entrega do plano

que adequa o setor industrial ao plano

de logística reversa da Secretaria de

Estado do Meio Ambiente (Sema) está

para acabar. A data limite é o final de

fevereiro agora. A boa notícia é que, de

acordo com a analista técnica de fomen-

to e desenvolvimento da Federação das

Indústrias do Estado do Paraná (Fiep-

-PR), Claudia Lacerda Martins, o índice

de adesão está melhorando.

“Embora ainda não tenhamos o

nível de adesão desejado, podemos con-

cluir que avançamos consideravelmente

em relação à situação inicial com a qual

nos deparamos quando do início da sen-

sibilização ao tema em 2012”, reitera.

Segundo Claudia, as empresas

que ainda não estão participando de-

verão integrar-se às reuniões de traba-

lho que são organizadas pelos sindi-

catos de representação com apoio da

Fiep-PR. “Já é perceptível o aumento

do conhecimento das empresas com

relação ao tema. Podemos, sim, dizer

que existe a oportunidade conjunta de

construção da logística reversa do se-

tor no estado”, afirma.

Após a data limite de feverei-

ro, a Fiep, sindicatos e indústrias darão

continuidade às ações necessárias para

a implementação do plano nas práticas

industriais, o que deverá tornar a Políti-

ca Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS)

enfim uma realidade.

Segundo o diretor executivo do

Sindicato das Indústrias de Produtos Aví-

colas do Estado do Paraná (Sindiavipar),

Icaro Fietcher, as empresas precisam fi-

car atentas para que o setor avícola dê

exemplo e cumpra com a meta imposta

pelos governos federal e estadual.

“O Sindiavipar tem trabalhado

ativamente junto às indústrias avícolas

do estado para garantir o progresso das

ações, mas cabe reiterar que somente

com a participação de todos será possí-

vel alcançar esse objetivo”, lembra.

no limite Plano de logística reversa deve ser entregue atéo final de fevereiro

Sustentabilidade

Page 39: Ed 38 Jan/Fev 2014

A necessidade da logística re-

versa teve início com a Política Nacional

de Resíduos Sólidos (PNRS), implantado

por meio da Lei Federal 12.305, aprova-

da pelo Congresso Nacional em 2010.

O Decreto 7.404/2013, que re-

gulamento o PNRS, determina em seu

artigo 13 que a logística reversa “é um

instrumento de desenvolvimento eco-

nômico e social caracterizado pelo con-

junto de ações, procedimentos e meios

destinados a viabilizar a coleta e a res-

tituição dos resíduos sólidos ao setor

empresarial, para reaproveitamento, em

seu ciclo ou em outros ciclos produtos,

ou outra destinação final ambiental-

mente adequada”.

Segundo a legislação, três ins-

trumentos podem ser utilizados para

sua implantação: regulamento, acordo

setorial e termo de compromisso – este

último foi o acertado entre o Sindiavipar

e a Sema.

Preocupações sustentáveis Além da imagem positiva que

deixa para as empresas, que estarão

aderindo a um trabalho limpo e sus-

tentável, o PNRS busca reduzir a perda

de materiais com potencial para serem

reciclados. Com isso, podem ser trans-

formados em matéria-prima para novos

produtos e fontes de renda para inúme-

ras pessoas e cooperativas que vivem e

trabalham na dependência desses ma-

teriais. O PNRS busca também evitar so-

brecargas de aterros e a contaminação

hídrica, contaminação de solo, poluição

visual, entre outras características que

esses materiais dispostos inadequada-

mente podem causar.

Para Claudia Lacerda Martins,

da Fiep-PR, “o plano reduz o impacto e

custos necessários ao tratamento dos

resíduos sólidos e promove o surgimen-

to e a geração de negócios relacionados

à economia verde. Também deve pro-

mover uma aumento da conscientiza-

ção dos consumidores quando à forma

adequada de descarte dos resíduos só-

lidos”, esclarece.

A opinião é compartilhada por

Icaro Fietcher, do Sindiavipar: “a obri-

gação de estruturar e implementar uma

cadeia de logística reversa não deve ser

encarada apenas como uma exigência da

lei, mas sim como uma maneira de uti-

lizarmos sustentavelmente os recursos

naturais de nosso planeta. Uma atitude

de consciência, portanto”, pontua.

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Page 40: Ed 38 Jan/Fev 2014

40 | sindiavipar.com.br

notas e registros

Realizada há 13 anos em Flo-

rianópolis (SC), a Feira da Indústria Lati-

no Americana de Aves e Suínos - AveSui

América Latina já tem data marcada para

2014, entre os dias 13 e 15 de maio. Pri-

mando pela comodidade e bem-estar

dos visitantes, expositores e congres-

sistas da feira, a Gessulli Agribusiness,

organizadora do evento, novamente fir-

ma parceria com seis hotéis da capital

catarinense: Cecomtur Executive Hotel,

Porto da Ilha Hotel, Mercure Florianó-

polis Convention , Mercure Florianópolis

Centro, Majestic Palace e Hotel Sofitel

Florianópolis.

Os visitantes, expositores e con-

gressistas poderão contar com tarifas es-

peciais de hospedagem no ato da reserva

e com serviço de “transfers ida/volta”

entre os hotéis conveniados e o Pavilhão

de Exposições CentroSul durante os dias

da feira. A organizadora avisa, no entan-

to, que apesar da grande rede hoteleira

em Florianópolis, as vagas se esgotam ra-

pidamente. Todas as informações sobre

os serviços e reservas podem ser encon-

tradas no site avesui.com/hospedagem.

AveSui 2014: hospedagem

Presente no mercado desde

2006, Vaxxitek HVT+IBD atingiu em

2013 um valor acumulado de 36 bi-

lhões de doses vendidas em todo o

mundo, o que representa um recorde

de vendas no mercado de biológicos

aviários. Vaxxitek HVT+IBD foi a pri-

meira vacina vetorizada contra Marek

e Gumboro lançada no Brasil, revo-

lucionando o mercado de biológicos

aviários com a possibilidade de imu-

nizar, simultaneamente, contra as duas

enfermidades com uma única dose no

incubatório.

Atualmente, é comercializa-

da em mais de 65 países nos quais há

constante fluxo de trabalhos relatando

melhoria nos índices zootécnicos em

lotes usuários, ganhos com redução na

condenação de carcaças no abatedou-

ro, além de promover uma imunidade

duradoura e eficaz inclusive em aves

de ciclo longo.

A ampla utilização de Vaxxi-

tek reforça o conceito de vacinação de

frangos no incubatório, prática cres-

cente devido à escassez de mão de

obra e progressiva empregabilidade do

processo de vacinação in ovo. Vaxxitek

mantém excelentes níveis de proteção

contra IBD e pode ser utilizada em asso-

ciação a outras vacinas. Para mais infor-

mações, consulte merial.com.br.

Vaxxitek HVT+IbD

Page 41: Ed 38 Jan/Fev 2014

41sindiavipar.com.br |

notas e registros

A unidade Feed da Quimtia

do Brasil, especializada em desen-

volver, produzir e distribuir linha de

produtos para a área de nutrição e

saúde animal, efetuou a contratação

do profissional Anderson Veiga.

Anderson tem ampla expe-

riência na área de produção de aves

e suínos e em uso de aditivos e veio

a agregar como gerente de Solutions

para a América Latina. Graduado em

medicina veterinária, tem mais de

20 anos de experiência no segmen-

to e atuou como gerente técnico e

sanidade na Globoaves, passando

pela área comercial em Santa Ca-

tarina. Também tem experiência

internacional tanto na área técnica

como administrativa, em Portugal

e Equador. Na América Latina atuou

como gerente de projetos e de saú-

de intestinal. “A qualidade e garan-

tia dos nossos produtos nos permite

abastecer diversos países da Améri-

ca Latina com a mais alta eficiência,

além do sustento representado por

mais de 35 anos de experiência no

mercado”, afirma Anderson.

A Quimtia trabalha com foco

na otimização das linhas de ingre-

dientes nutricionais, como os ami-

noácidos, minerais, vitaminas e pre-

mix para todas as espécies animais.

Assim como investe no desenvol-

vimento de novas tecnologias para

as soluções nutricionais, como enzi-

mas, ácidos orgânicos, adsorventes

de micotoxinas, premix especiais e

pigmentos naturais.

Como objetivo a Quimtia

quer ser reconhecida como referên-

cia em nutrição animal e fornecer as

melhores soluções nutricionais para

os clientes. Para mais informações

acesse quimtia.com

nova contratação

A Ourofino Agronegócio, maior

fabricante brasileira de soluções vete-

rinárias, entrega quinzenalmente 1400

dúzias de ovos para colaboradores e en-

tidades carentes da região de Cravinhos

(SP), onde está a sua sede, totalizando

33,6 mil unidades por mês. A iniciati-

va faz parte do projeto “Nossa Horta”,

mantido desde 2009 pela companhia,

que distribui semanalmente legumes,

frutas e verduras e beneficia mais de

1,2 mil famílias. A cada mês, são doa-

das aproximadamente 25 toneladas de

alimentos. “A intenção é contribuir para

a boa alimentação dos colaboradores,

promovendo saúde e bem-estar dentro

e fora da empresa”, afirma Carla Marçal,

diretora de RH da Ourofino.

A companhia desenvolve diver-

sos programas ao público interno, além

de política de valorização dos colabo-

radores. As iniciativas renderam em

2013 dois importantes prêmios. O guia

da revista Você S/A elegeu a empresa

como a melhor do setor farmacêutico

para trabalhar, enquanto ranking da re-

vista Época incluiu a Ourofino entre as

20 melhores em todo o Brasil. Para mais

informações acesse ourofino.com

Projeto “nossa Horta”

Page 42: Ed 38 Jan/Fev 2014

42 | sindiavipar.com.br

Mito ou verdade

A utilização de hormônios na

produção da carne de frango é um mito

- e também uma ação ilegal de acordo

com a legislação brasileira. Mas da mes-

ma forma que a brincadeira infantil do

telefone sem fio, a história continua a ser

espalhada por boa parte dos consumido-

res como se fosse verdadeira. Aliás, não

só pelos consumidores.

Em 2012, uma produção de

grande audiência da televisão nacional,

a novela Avenida Brasil, da TV Globo, di-

fundiu a informação equivocada na fala

de um seus personagens. Mais recente-

mente, no último mês de outubro, foi a

vez do programa Globo Repórter, da mes-

ma emissora, apresentar uma nutricio-

nista mencionando hormônio em aves.

De acordo com o chefe de Pes-

quisa e Desenvolvimento da Empresa

Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Em-

brapa) - Suínos e Aves, Gerson Scheuer-

mann, a exclusividade da desinformação

não é somente nossa, pois “o mito de que

o frango é criado com hormônios corre

no mundo todo”.

A crença é tão forte que mesmo

especialistas de outras áreas que não

são ligadas à pesquisa avícola também

reproduzem o mito. “É comum a veicu-

lação nos meios de comunicação, inclu-

sive através de profissionais da saúde

humana, de que algo prejudicial está

sendo utilizado de forma ilegal e clan-

destina na produção de aves”, constata

Scheuermann.

Para entender os motivos que

levam o mito ser ainda tão forte, faz-se

necessário um resgate do desenvolvi-

mento histórico da avicultura. Espe-

cialmente no Brasil, a atividade avícola

transformou-se completamente em um

curto período de tempo: em apenas 30

anos, saltou da condição de subsistência

para ser reconhecida como uma das mais

desenvolvidas e competitivas da econo-

mia global.

Scheuermann explica que essa

condição colaborou para manter a cren-

ça dos consumidores no mito do hormô-

nio. “Os frangos passaram a ser abati-

dos cada vez mais cedo. Então o pessoal

reparava a velocidade com que as aves

cresciam e imaginavam que havia algo

de anormal nesse processo”, esclarece

o pesquisador.

O fato é que o rápido cresci-

mento do frango é o efeito de décadas

de investimento em pesquisa cientí-

fica. Isso porque as aves consomem

uma dieta balanceada nos mínimos

detalhes entre aminoácidos, macro e

o mito do hormônioCrença de que frangos são criados com hormônios aindatem força na sociedade

42 | sindiavipar.com.br

Page 43: Ed 38 Jan/Fev 2014

43sindiavipar.com.br |

Mito ou verdade

micro-minerais e vitaminas, que satis-

fazem de forma eficaz todas as necessi-

dades energéticas do animal.

Além disso, para o especialista, a

evolução no campo da seleção genética

é responsável por 90% da eficiência do

ganho de peso. Esse desenvolvimento

resultou em aves que requerem aproxi-

madamente 1/3 do tempo e 1/3 do total

de alimento de uma ave desenvolvida na

década de 1950.

“Uma linhagem selecionada

apresenta melhoras de 320% para ga-

nho de peso, 20% para ganho alimentar,

e 60% para rendimento de peito em re-

lação à linhagem sem seleção. Portanto,

essa é a “substância mágica” responsá-

vel pelo fantástico desenvolvimento do

frango de corte”, reitera Scheuermann.

Para o presidente executivo da

União Brasileira de Avicultura (Ubabef),

Francisco Turra, “o frango brasileiro pas-

sou a se desenvolver mais rapidamente,

e com carne de melhor qualidade e sa-

bor, utilizando a combinação entre alta

tecnologia de ambiência, genética e

alimentação à base de milho e soja, em

um sistema integrado entre produtores e

frigoríficos. São diferenciais que nenhum

outro país reúne”, afirma.

Controle sanitário O Programa Nacional de Contro-

le de Resíduos e Contaminantes (PNCRC),

promovido anualmente pelo Ministério

da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

(Mapa), também corrobora essa informa-

ção. A fiscalização analisa a ocorrência de

resíduos nos produtos e, desde sua im-

plantação, nunca foi constatada qualquer

utilização de hormônios na produção da

carne de frango brasileira.

Somente no último levanta-

mento foram realizadas 3,7 mil análises

em aves voltadas tanto para o consumo

do mercado interno quanto para expor-

tação. Nenhuma apresentou resultado

positivo para substâncias de ação ana-

bolizante, assim como as demais análises

realizadas em anos anteriores.

O dado é confirmado por Lean-

dro Feijó, diretor substituto do Depar-

tamento de Inspeção e de Produtos de

Origem Animal do Mapa. “A comunidade

científica, assim como as autoridades

sanitárias do Brasil, tem plena ciência e

convicção científica quanto a não susten-

tação desta ‘verdade’ perpetuada e qua-

se entendida como verídica por muitos

consumidores”, reitera.

Além do levantamento promo-

vido pelo Mapa, o fato do Brasil ter se

tornado, a partir de 2004, o maior expor-

tador mundial do produto, representa

um atestado à qualidade e à sanidade da

carne brasileira. Para estar em mais de

150 países, como é atualmente, o frango

produzido pelo país precisa atender aos

mais rigorosos padrões de qualidade e

fiscalizações nacional e internacional.

Algumas das medidas tomadas

pela Ubabef para desfazer o mito do hor-

mônio têm sido ações direcionadas aos

consumidores, mídia e nutrólogos. “Mo-

bilizamo-nos há tempos para desfazer

essa forma desonesta de tentar afetar a

imagem de um produto de alta qualidade

e sanidade, obtido a partir de um proces-

so de produção de excelência”, finaliza

Francisco Turra.

1) 100% saudável e popular

O frango está presente na

mesa de 100% das famílias brasi-

leira e é consumido por 58% da po-

pulação, cerca de duas a três vezes

na semana. Isso porque se trata de

um alimento acessível à maioria e

rico em nutrientes, sendo uma re-

comendação saudável para qual-

quer dieta.

2) não utiliza hormônios exógenos

para ser produzido

A instrução n° 17, de 18 de

junho de 2004, do Ministério da

Agricultura, proíbe a administração,

por qualquer meio, na alimentação

e produção de aves, de qualquer

substância com efeitos tireostáti-

cos, androgênicos, estrogênicos ou

gestagênicos, bem como substân-

cias ß -agonistas, com a finalidade

de estimular o crescimento e a efi-

ciência alimentar.

3) não haveria razões para utiliza-

ção de hormônios exógenos

A literatura acadêmica de-

monstra que não existem vantagens

convincentes do uso de hormônios

exógenos no desempenho das aves

de produção. Ainda, dependendo da

substância, a utilização requereria

injeção individual ou por meio de

cateter implantado para possibili-

tar liberação em frequência pulsátil

que simula o processo natural. Ao

considerar que o Brasil cria mais

de 6 bilhões de frangos por ano, a

inviabilidade da prática é evidente.

Fontes: Ubabef e Embrapa

Suínos e Aves.

Verdades sobre a carne de frango brasileira

Page 44: Ed 38 Jan/Fev 2014

44 | sindiavipar.com.br

A avicultura paranaense tem mui-

tos motivos para comemorar 2013. O esta-

do viu de perto a recuperação da força de

sua indústria, que produz cada vez mais

e melhor. Prova disso é que o Paraná, que

desde 2000 é o maior produtor brasileiro

de carne de frango, e já havia consolidado

em 2012 a liderança em volume nas expor-

tações, agora, neste ano, conquistou tam-

bém o primeiro lugar em faturamento.

Alcançamos ainda um novo pa-

tamar histórico para o estado: mais de 131

milhões de cabeças abatidas durante o mês

de outubro. Resultados grandiosos que fo-

ram celebrados em um ano que despontou

com previsões pequenas, mas vencidas

com a receita que gostamos de repetir to-

dos os dias: muito trabalho.

Especificamente no caso do

Paraná, existe ainda outra característica

que me deixa bastante contente: a dis-

tribuição de renda no interior do estado.

Por aqui, a avicultura está melhorando

a realidade de muitas famílias. Isso por

dois motivos: primeiro, porque a criação

de frango praticamente dobrou no Paraná

nos últimos dez anos.

De acordo com dados nossos do

Sindicato das Indústrias de Produtos Avíco-

las do Estado do Paraná (Sindiavipar), a cria-

ção de frango saltou de 810 milhões de ca-

beças abatidas em 2003 para 1,4 bilhão de

cabeças atualmente. Ao mesmo tempo, na

última década, as exportações aumentaram

mais de 100% e passaram de 550 mil tone-

ladas para 1,12 milhão de toneladas. Segun-

do, porque a atividade avícola paranaense

baseia-se em pequenas propriedades, o que

movimenta o dinheiro por toda a caadeia, ao

invés de concentrar nas mãos de poucos.

Atualmente, a avicultura empre-

ga 660 mil pessoas, entre 60 mil empre-

gos diretos e outros 600 mil indiretos, o

que representa cerca de 6% da população

do Paraná. Números que impressionam e

aquecem a economia das nossas cidades.

Hoje as 43 indústrias avícolas paranaenses

estão localizadas em 29 municípios do total

de 399 no estado. Dos 32 municípios que

apresentam Índice de Desenvolvimento

Humano (IDH) – indicador das Organizações

das Nações Unidas (ONU) que considera os

critérios de saúde, educação e renda – su-

perior à média estadual, quinze têm avicul-

tura forte e figuram entre os maiores plan-

téis do Paraná.

De modo geral, todas essas con-

quistas refletem o bom momento produ-

tivo da avicultura brasileira: sem sombra

de dúvidas o Brasil produz hoje a melhor

carne de frango do mundo. A nossa in-

dústria, altamente tecnificada e moderna,

diferencia-se por uma grande capacidade

competitiva, que faz com que não haja

como cercarem a expansão nacional. Te-

mos um ambiente maravilhoso dentro do

conceito moderno de se produzir frango

com todos os critérios de abate humani-

tário e por isso conseguimos atender aos

mercados mais exigentes.

Em um momento que se discute a

tão importante necessidade de aumentar a

produção de alimentos para um mundo que

não para de crescer – seremos 9,6 bilhões

de pessoas até 2050, segundo a ONU – em

paralelo com a redução dos impactos am-

bientais, o setor avícola brasileiro tem sido

uma referência global.

Ao considerarmos que foi a par-

tir da Revolução Industrial que novas tec-

nologias permitiram que se produzissem

mais alimentos por hectare, podemos

chamar o momento que vivemos de uma

Revolução Avícola nacional. Nenhum ou-

tro país produz tanto, tão bem e de for-

ma tão sustentável quanto nós. Por isso a

importância no fato do Paraná ser o maior

estado produtor e exportador de uma na-

ção que é exemplo mundial. Além de tam-

bém ser um motivo de orgulho para todos

nós, brasileiros e paranaenses.

E se 2013 foi um ano com muitos

motivos para comemorar, 2014 promete

ser ainda melhor. Vamos crescer muito

e perpetuarmos a araucária como o sím-

bolo mais representativo da produção de

carne de frango do Brasil. A qualidade do

frango brasileiro é imbatível. Dificilmen-

te alguém vai conseguir produzir igual.

Melhor, jamais.

Uma revolução avícola

Sindiavipar

Page 45: Ed 38 Jan/Fev 2014

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Page 46: Ed 38 Jan/Fev 2014

46 | sindiavipar.com.br

Os benefícios da aplicação de

altos padrões de bem-estar animal no

momento do pré-abate e abate geram

benefícios ao longo de toda a cadeia pro-

dutiva, iniciando-se pelo animal e se es-

tendendo até o granjeiro, a indústria e ao

consumidor. Segundo explica José Ro-

dolfo Panim Ciocca, gerente do Programa

de Abate Humanitário (Steps) da Socie-

dade Mundial de Proteção Animal (WSPA

Brasil), para os animais os benefícios são

significativos, como, por exemplo, a re-

dução do medo, da dor e do estresse cau-

sado nas etapas de apanha, transporte,

pendura e insensibilização, redução da

sede e fome (ajustando tempos de jejuns

adequados à espécie), entre outros.

Para os granjeiros, transporta-

dores e indústrias o grande benefício

está na redução de perdas na qualida-

de, o que também reduz os prejuízos

econômicos. “A adoção de padrões de

bem-estar proporciona a redução de he-

matomas, contusões e fraturas e redução

de defeitos na carne como, por exemplo,

a carne PSE, do inglês Pale, Soft and Ex-

sudative (Pálida, flácida e exsudativa),

melhorias no rendimento e redução em

contaminação”, explica Ciocca. Ainda de

acordo com ele, para finalizar, há um be-

nefício para o consumidor, pois é quem

terá acesso a um produto de melhor qua-

lidade.

Segundo Ciocca, o Brasil tem

evoluído muito nos últimos 10 anos no

tema de abate humanitário. Isso se deve

tanto pela publicação de uma legislação

específica (Instrução Normativa nº 3), a

qual obriga todos os frigoríficos a cumpri-

rem com padrões mínimos de bem-estar,

quanto ao comprometimento permanen-

te por parte do Ministério da Agricultu-

ra, Pecuária e Abastecimento (Mapa), na

adesão ao Programa Steps para capacitar

e atualizar os Fiscais Federais Agropecu-

ários no tema, e na criação da Comissão

Técnica de Bem-estar animal (CTBEA).

“No Paraná, por ser um grande produtor

e exportador, principalmente de frango

aos países europeus, tem se destacado

na aplicação de boas práticas de bem-es-

tar animal durante o pré-abate e abate,

com indústrias bastante comprometidas

com a causa”, destaca.

PreparoNa visão da WSPA, bem-estar

animal é um dever ético e moral, e, por-

tanto, deve-se mover o mundo para

protegê-los. “Porém, sabemos que o

atendimento aos padrões mínimos de

bem-estar dos animais não envolve ape-

nas a questão moral, mas também uma

questão legal, ambiental e econômica”,

diz Ciocca. Na opinião da instituição, a ca-

deia precisa sempre, independentemen-

te do tema, se atualizar e buscar métodos

de melhorias constantes. “Vemos que a

capacitação é a ferramenta fundamental

Conheça as vantagens da aplicação de métodos debem-estar na produção de aves

Abate de alto padrão

bem-estar

Page 47: Ed 38 Jan/Fev 2014

47sindiavipar.com.br |

para aqueles que buscam o atendimento

ao bem-estar e a redução de perdas. Por

esse motivo, nosso alicerce é a educação

por meio da capacitação e conscientiza-

ção”, destaca.

Para adequar o treinamento

realizado pela instituição à realidade e

necessidades de cada indústria, no dia

anterior ao início da capacitação, os su-

pervisores da WSPA realizam uma cole-

ta de dados sobre Pontos de Controle e

Pontos Críticos de Controle relacionados

a bem-estar animal, de acordo com a

espécie abatida. “Para isso são escolhi-

dos vídeos e fotos do manejo e das ins-

talações, além de um checklist próprio

desenvolvido com base em auditorias

nacionais e internacionais de bem-estar

animal. Após a realização do treinamen-

to, é gerado um relatório com os princi-

pais pontos críticos identificados, sendo

que os mesmos serão discutidos durante

as atividades teóricas e práticas”, relata.

De acordo com a entidade, a

aceitação dos treinamentos tem sido

muito ampla e positiva, o que mostra que

as indústrias estão buscando a melhoria

nas etapas de pré-abate e abate, pois

veem grandes benefícios no processo

como um todo. Em cinco anos de atua-

ção, o programa capacitou em torno de

seis mil técnicos, contemplando mais de

250 frigoríficos e cinco bilhões de ani-

mais beneficiados no Brasil e em alguns

países da América Latina.

DúvidasAs maiores dúvidas que surgem

durante os treinamentos são referentes

aos parâmetros elétricos para insensibi-

lização de aves, métodos alternativos de

insensibilização, tempo de jejum ideal

para cada espécie, eficiência da sangria

utilizando-se métodos que causam a

morte do animal durante a insensibili-

zação e adequação e/ou equivalência

das normas brasileiras com normas in-

ternacionais (principalmente Europeia).

Para Ciocca, o primeiro ponto

para que as indústrias não encontrem

dificuldades no cumprimento das nor-

mas exigidas seria desmistificar o con-

ceito de que bem-estar animal vai de

encontro com produtividade. Pesquisas

científicas comprovam que a aplicação

e atendimento de protocolos de bem-

-estar animal em toda a cadeia produti-

va geram benefícios significativos para

todos os envolvidos, animais e pessoas.

“Para que não haja dificuldades

ou paradigmas, deve haver um compro-

metimento e organização de todos os

envolvidos no processo, desde o opera-

dor que lida diretamente com o animal

até a diretoria”, orienta Ciocca. Segundo

ele, empresas e pessoas precisam com-

preender que para cumprir com altos ní-

veis de bem-estar, não é necessário alto

nível de tecnologia ou investimento, a

essência é a mudança de atitude frente

a um animal senciente, ou seja, capaz de

sentir emoções, medo, aflição, dor e se

interagir com o meio ao seu redor.

bem-estar

empresas e pessoas precisam compreender

que para cumprir com altos níveis de

bem-estar, a essência é a mudança de

atitude frente a um animal, capaz de

sentir emoções, medo, aflição e dor

Page 48: Ed 38 Jan/Fev 2014

48 | sindiavipar.com.br48 | sindiavipar.com.br

Frango ao molhode maracujá

• 1 kg de filé de peito de frango

• 2 dentes de alho

• 1 cebola pequena ralada (ou em purê)

• 2 colheres de sopa bem cheias de manteiga

• 1/2 xícara de chá de açúcar

• 1 xícara de polpa de maracujá sem

sementes ou 1/2 xícara de chá de suco

de maracujá diluído em 1/2 xícara de chá

de água

• Sal e pimenta-do-reino

InGrEDIEnTES

ReceitaReceita

1. Tempere os filés com o alho, o sal e a pimenta. Deixe por dez minutos. 2. Asse-os em forno moderado até que estejam dourados e cozidos. Pode-se, ainda, fritá-los em frigideira com um pouco de manteiga. 3. Coloque a manteiga em uma panela média e frite a cebola até ficar transparente. 4. Adicione o açúcar e deixe formar um caramelo claro, mexendo sempre. 5. Junte o suco de maracujá e tempere com o sal, mexendo sempre. Deixe evaporar por cinco minutos. 6. Coloque os filés em uma travessa e regue com o molho. Sirva bem quente, guarnecido de legumes na manteiga.

MoDo DE FAzEr

48 | sindiavipar.com.br

Tempo de preparo: 40min

Rendimento: 2 pessoas

Fonte: cybercook.terra.com.br

Page 49: Ed 38 Jan/Fev 2014

Frango Sabor Caipira

SIP 0003-A | SISBIIvaiporã - frangocaipiraivaipora.com.br

PArAnÁReferência em produção, exportação e sanidade avícola

Avícola Pato Branco Pato Branco - avicolapb.com.br

Granja RealPato Branco - granjareal.com.br

Marco AviculturaTamarana

Cooperaves - Coop. Regional de Avicultores

SIF 1860Paraíso do Norte

Abatedouro Coroaves

Agrícola Jandelle

Agroindustrial Parati

Agroindustrial Parati

Maringá - coroaves.com.br

Rolândia - bigfrango.com.br

Rondon - agroparati.com.br

SIF 2137

SIF 1215

SIF 3925

SIF 2010Umuarama - agroparati.com.br

Avícola Felipe

SIF 1880Paranavaí - misterfrango.com.br

Avenorte Avícola Cianorte

SIF 4232Cianorte - guibon.com.br

Avebom

SIF 2677Jaguapitã - avebom.com.br

Agrogen

SIF 3170Itapejara do Oeste - agrogen.com.br

Diplomata Industrial e Comercial

SIF 2539Capanema - diplomata.com

Frango DM

SIF 270Arapongas - frangoagosto.com.br

Frango Seva

SIF 2212Pato Branco - frangoseva.com.br

Frangos Pioneiro

SIF 1372Joaquim Távora - frangospioneiro.com.br

Gonçalves & Tortola

SIF 4166Maringá - frangoscancao.com.br

Jaguafrangos

SIF 2913Jaguapitã - jaguafrangos.com.br

Granjeiro Alimentos

SIF 4087Rolândia - frangogranjeiro.com.br

Coopavel Cooperativa Agroindustrial

SIF 3887Cascavel - coopavel.com.br

Seara Marfrig Group

SIF 530Lapa – seara.com.br

BRF - Brasil Foods S.A.

SIF 716Toledo - brf-br.com

Tyson do Brasil

SIF 2694C. Mourão - tyson.com.br

SIF 88

Unifrango AgroindustrialMaringá - unifrango.com

SIF 603

Unitá - Cooperativa CentralUbiratã - unitacentral.com.br

SIF 1876

Agroindustrial São JoséSanta Fé - agroindustrialsaojose.com.br

Avícola CarminattiSanto Antônio do Sudoeste - avicolacarminatti.com.br

Globoaves AgroavícolaCascavel - globoaves.com.br

Gralha Azul AvícolaFrancisco Beltrão - gaa.com.br

Granja Econômica Avícola Carambeí - granjaeconomica.com.br

Pluma AgroavícolaDois Vizinhos - plumaagroavicola.com.br

Seara Marfrig Group

SIF 2227Jacarezinho - seara.com.br

Kaefer Agroindustrial (Globoaves)

SIF 1672Cascavel - globoaves.com.br

BRF - Brasil Foods S.A.

SIF 1985Dois Vizinhos - brf-br.com

BRF - Brasil Foods S.A.

SIF 2518Francisco Beltrão - brf-br.com

BRF - Brasil Foods S.A.

SIF 8096Carambeí - brf-br.com

AbATEDoUroS

InCUbATÓrIoS

exportação geral

Habilitações:

exportação para UEexportação para ChinaAbate Halal

sindiavipar.com.br

SIF 7777Santo Inácio – brfrango.com.brBR Frango

C. Vale Cooperativa Agroindustrial

SIF 3300Palotina - cvale.com.br

SIF 664

Cocari Cooperativa AgroindustrialMandaguari - cocari.com.br

Coop. Agroindustrial Lar

SIF 4444Medianeira - lar.ind.br

Copacol Coop. Agroindustrial Consolata

SIF 516Cafelândia - copacol.com.br

Copagril - Coop. Agricola Mista Rondon

SIF 797Mal. Cândido Rondon - copagril.com.br

Page 50: Ed 38 Jan/Fev 2014

25, E DE MARÇO DE 201426 2714h Às 21h | EXPOTRADE CONVENTION CENTER | Curitiba - PR

Faça parte da TECNO FOOD BRAZIL 2014

e ajude a construir um ícone nacional e internacional

no ramo de Feiras de Proteína Animal.

24 HORAS DE FEIRA

36 HORAS DE CONHECIMENTO

SEMINÁRIO INTERNACIONAL / / CURSOS INTENSIVOS WORKSHOPS

A TFB 2014 em parceria com o Centro de Tecnologia de Carnes (CTC), uma das

unidades de pesquisa do Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL) irão promover a

EDUCAÇÃO e o CONHECIMENTO, nos dias 26 e 27 de março de 2014, através da

realização do Seminário Internacional de Ciência, Tecnologia e Inovações para a

Indústria de Carnes. Além disso, durante todo o evento, teremos CURSOS

INTENSIVOS e WORKSHOPS que irão ocorrer no PÁTIO DO

CONHECIMENTO DA TFB 2014 a fim de levar novas técnicas e tecnologias para as

indústrias do país, com o apoio das principais Instituições de Pesquisa, Associações e

Sindicatos do setor.

Centro de Tecnologia de Carnes

g5P R OMO T R A D E

Realização e Organização:

Apoio Institucional:

Mídia Oficial:Montadora Oficial:Agência de Turismo Oficial: Hotel Oficial: Cia Aérea Oficial:Cia Aérea Oficial:

facebook.com/tecnofoodbraziltecnofoodbrazil.com.br

ENTRE EM CONTATO COM NOSSA EQUIPE COMERCIAL E GARANTA SEU ESPAÇO:

(41) 3669.8412 | (11) 5505.2170 | (11) 99970.1584 | (11) 98224.4355 | (55) 9923.0372

CREDENCIAMENTO E INSCRIÇÕES

Para participar da TECNO FOOD BRAZIL 2014 basta se cadastrar -

gratuitamente - pelo site:

Inscrições e maiores informações para o SEMINÁRIO

INTERNACIONAL, deverão ser feitas pelo site: .

www.tecnofoodbrazil.com.br

www.ital.sp.gov.br

Feira Internacional de Prote�na Animal

Centro de Tecnologia de Carnes

Comitê Científico:

Associação Brasileira de Frigoríficos

Apoio Governamental:

Page 51: Ed 38 Jan/Fev 2014

25, E DE MARÇO DE 201426 2714h Às 21h | EXPOTRADE CONVENTION CENTER | Curitiba - PR

Faça parte da TECNO FOOD BRAZIL 2014

e ajude a construir um ícone nacional e internacional

no ramo de Feiras de Proteína Animal.

24 HORAS DE FEIRA

36 HORAS DE CONHECIMENTO

SEMINÁRIO INTERNACIONAL / / CURSOS INTENSIVOS WORKSHOPS

A TFB 2014 em parceria com o Centro de Tecnologia de Carnes (CTC), uma das

unidades de pesquisa do Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL) irão promover a

EDUCAÇÃO e o CONHECIMENTO, nos dias 26 e 27 de março de 2014, através da

realização do Seminário Internacional de Ciência, Tecnologia e Inovações para a

Indústria de Carnes. Além disso, durante todo o evento, teremos CURSOS

INTENSIVOS e WORKSHOPS que irão ocorrer no PÁTIO DO

CONHECIMENTO DA TFB 2014 a fim de levar novas técnicas e tecnologias para as

indústrias do país, com o apoio das principais Instituições de Pesquisa, Associações e

Sindicatos do setor.

Centro de Tecnologia de Carnes

g5P R OMO T R A D E

Realização e Organização:

Apoio Institucional:

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(41) 3669.8412 | (11) 5505.2170 | (11) 99970.1584 | (11) 98224.4355 | (55) 9923.0372

CREDENCIAMENTO E INSCRIÇÕES

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gratuitamente - pelo site:

Inscrições e maiores informações para o SEMINÁRIO

INTERNACIONAL, deverão ser feitas pelo site: .

www.tecnofoodbrazil.com.br

www.ital.sp.gov.br

Feira Internacional de Prote�na Animal

Centro de Tecnologia de Carnes

Comitê Científico:

Associação Brasileira de Frigoríficos

Apoio Governamental:

25, E DE MARÇO DE 201426 2714h Às 21h | EXPOTRADE CONVENTION CENTER | Curitiba - PR

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24 HORAS DE FEIRA

36 HORAS DE CONHECIMENTO

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A TFB 2014 em parceria com o Centro de Tecnologia de Carnes (CTC), uma das

unidades de pesquisa do Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL) irão promover a

EDUCAÇÃO e o CONHECIMENTO, nos dias 26 e 27 de março de 2014, através da

realização do Seminário Internacional de Ciência, Tecnologia e Inovações para a

Indústria de Carnes. Além disso, durante todo o evento, teremos CURSOS

INTENSIVOS e WORKSHOPS que irão ocorrer no PÁTIO DO

CONHECIMENTO DA TFB 2014 a fim de levar novas técnicas e tecnologias para as

indústrias do país, com o apoio das principais Instituições de Pesquisa, Associações e

Sindicatos do setor.

Centro de Tecnologia de Carnes

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(41) 3669.8412 | (11) 5505.2170 | (11) 99970.1584 | (11) 98224.4355 | (55) 9923.0372

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Para participar da TECNO FOOD BRAZIL 2014 basta se cadastrar -

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Comitê Científico:

Associação Brasileira de Frigoríficos

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