ed 38 jan/fev 2014
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Você vê p r imei ro aqu i
13 a 15 de Maio de 2014 • Florianópolis • SC • Brasil
Av. Antonio Gazzola 1001, 8º andar • Itu • SP • BrasilFone.: (11) 2118.3133 / (11) 4013.1277 E-mail: [email protected] • Site: www.avesui.comR E F E R Ê N C I A E I N O V A Ç Ã O
Além de ser um evento completo, a AveSui é uma vitrine de
negócios que está em constante evolução e traz para seu
público-alvo todas as novidades, oportunidades de novas
parcerias, investimentos, pesquisas, discussões de mercado
e atualização técnica e científica para profissionais do setor.
O MAIOR PONTO DE ENCONTRO DO SETOR AVÍCOLA E SUINÍCOLA DA AMÉRICA LATINA! VEJA ALGUMAS VANTAGENS EXCLUSIVAS PARA
QUEM EXPÕE NA AVESUI:
SUA EMPRESA TEM INÚMERAS POSSIBILIDADESPARA FICAR EM EVIDÊNCIA NA AVESUI:
v Feira de Negóciosv Painel Conjuntural de Mercadov Seminários Técnicos em Aves e Suínos: Nutrição e Ambiênciav Workshop de Controladores e Sensores em Galpões v Trabalhos Científicosv Granja Modelo com as Últimas Inovações Tecnológicasv Pavilhões Internacionaisv III Painel de Biomassa e Bioenergiav III Painel de Reciclagem Animal v Prêmio Jovem Pesquisador e Profissionalv Palestras traduzidas para Português e Espanhol
4 GARANTIA DE PÚBLICO E BONS NEGÓCIOS4 2 MERCADOS EM UM SÓ LUGAR4 GRANDE DESTAQUE PARA SUA MARCA4 INFRA-ESTRUTURA - HOTÉIS E SERVIÇOS4 FÁCIL ACESSO AÉREO E RODOVIÁRIO4 REALIZADA NA MAIOR REGIÃO PRODUTORA E EXPORTA- DORA DE CARNE DE AVES E SUÍNOS BRASILEIRA
4 STANDS NO PAVILHÃO DE EXPOSIÇÕES4 PATRICÍNIO DA FEIRA4 PATROCÍNIO DOS SEMINÁRIOS4 PRÊMIO CATEGORIA PROFISSIONAL INOVAÇÕES E PESQUISA4 SALAS PARA PALESTRAS COMERCIAIS4 GRANJA MODELO
Organização, informações e reservas:Organização do Seminárioe Prêmio Jovem Pesquisador e Profissional:
Saiba mais:
Em sua ultima edição em 2013, a AveSui movimen-
tou 400 milhões em negócios e atraiu um publico de
17,8 mil visitantes e foi eleita mais uma vez, por
expositores e visitantes como o grande ponto de
encontro do setor em toda America Latina.
Manual de Identidade Visual
Você vê p r imei ro aqu i
13 a 15 de Maio de 2014 • Florianópolis • SC • Brasil
Av. Antonio Gazzola 1001, 8º andar • Itu • SP • BrasilFone.: (11) 2118.3133 / (11) 4013.1277 E-mail: [email protected] • Site: www.avesui.comR E F E R Ê N C I A E I N O V A Ç Ã O
Além de ser um evento completo, a AveSui é uma vitrine de
negócios que está em constante evolução e traz para seu
público-alvo todas as novidades, oportunidades de novas
parcerias, investimentos, pesquisas, discussões de mercado
e atualização técnica e científica para profissionais do setor.
O MAIOR PONTO DE ENCONTRO DO SETOR AVÍCOLA E SUINÍCOLA DA AMÉRICA LATINA! VEJA ALGUMAS VANTAGENS EXCLUSIVAS PARA
QUEM EXPÕE NA AVESUI:
SUA EMPRESA TEM INÚMERAS POSSIBILIDADESPARA FICAR EM EVIDÊNCIA NA AVESUI:
v Feira de Negóciosv Painel Conjuntural de Mercadov Seminários Técnicos em Aves e Suínos: Nutrição e Ambiênciav Workshop de Controladores e Sensores em Galpões v Trabalhos Científicosv Granja Modelo com as Últimas Inovações Tecnológicasv Pavilhões Internacionaisv III Painel de Biomassa e Bioenergiav III Painel de Reciclagem Animal v Prêmio Jovem Pesquisador e Profissionalv Palestras traduzidas para Português e Espanhol
4 GARANTIA DE PÚBLICO E BONS NEGÓCIOS4 2 MERCADOS EM UM SÓ LUGAR4 GRANDE DESTAQUE PARA SUA MARCA4 INFRA-ESTRUTURA - HOTÉIS E SERVIÇOS4 FÁCIL ACESSO AÉREO E RODOVIÁRIO4 REALIZADA NA MAIOR REGIÃO PRODUTORA E EXPORTA- DORA DE CARNE DE AVES E SUÍNOS BRASILEIRA
4 STANDS NO PAVILHÃO DE EXPOSIÇÕES4 PATRICÍNIO DA FEIRA4 PATROCÍNIO DOS SEMINÁRIOS4 PRÊMIO CATEGORIA PROFISSIONAL INOVAÇÕES E PESQUISA4 SALAS PARA PALESTRAS COMERCIAIS4 GRANJA MODELO
Organização, informações e reservas:Organização do Seminárioe Prêmio Jovem Pesquisador e Profissional:
Saiba mais:
Em sua ultima edição em 2013, a AveSui movimen-
tou 400 milhões em negócios e atraiu um publico de
17,8 mil visitantes e foi eleita mais uma vez, por
expositores e visitantes como o grande ponto de
encontro do setor em toda America Latina.
Manual de Identidade Visual
Diretoria
Presidente:Domingos MartinsVice-presidente:Alfredo KaeferSecretário: Claudemir Bongiorno Tesoureiro:João Roberto Welter Diretores efetivos: Roberto Kaefer e Guilherme dos SantosDiretores suplentes:Sidnei Bottazzari, Ciliomar Tortola, Ademar Rissi, Dilvo Grolli, Roberto Pecoits e Valter PitolConselheiros fiscais efetivos:Paulo Cesar Cordeiro, Célio Martins Filho e Pedro Henrique de Oliveira Conselheiros fiscais suplentes:Evaldo Ulinski, Paulo Karakida e Marcos BatistaDelegados representantes efetivos:Domingos Martins e Osvaldo Ferreira JuniorDelegados representantes suplentes:Claudio de Oliveira e Rogério Gonçalves
Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná
Av. Cândido de Abreu, 140 - Salas 303/304 Curitiba/PR - CEP: 80.530-901Tel.: 41 3224-8737 | sindiavipar.com.br [email protected]
Ed. nº 38 - Jan/Fev 2014
As matérias desta publicação podem ser reproduzidas, desde que citadas as fontes.
O setor avícola do Paraná entra em 2014 com confiança. Mesmo com as difi-
culdades enfrentadas no começo de 2013, o fechamento do ano foi amplamente posi-
tivo. Alcançamos US$ 2,18 bilhões de faturamento somente com as exportações de
carne de frango e ainda conquistamos a liderança desse critério, que já era nossa em
relação ao volume exportado.
Comemoramos juntos todos esses resultados no retorno do Jantar do Galo,
cujos melhores momentos estão reportados na matéria Noite de gala, que começa na
página 12. Com todas essas boas notícias, não é pretensioso afirmar que a avicultura
do Paraná define os caminhos que a avicultura do Brasil segue.
Aliás, quem diz isso é o presidente da União Brasileira de Avicultura (Ubabef),
Francisco Turra, na matéria Um bom ano, a partir da página 24, em que você vai encon-
trar balanço sobre o ano que passou para a avicultura paranaense, além da opinião
daqueles que fazem acontecer neste nosso magnífico mercado.
Já na seção de entrevistas, o secretário de Política Agrícola do Mapa, Neri
Geller, responde às cobranças do setor por mais velocidade nas decisões do ministério,
algo essencial para promover o crescimento do agronegócio brasileiro. Confira a entre-
vista completa nas páginas 16 e 17.
E se tudo correr nos conformes, espero
que 2014 consolide o nosso retorno ao cresci-
mento. Para isso contamos com o apoio e o trabalho
conjunto de todos vocês. Porque é a nossa união
que vai fazer com que o Paraná continue sendo o
maior estado produtor e exportador de carne de
frango do Brasil e uma referência mundial.
Uma excelente leitura e um ótimo ano a
todos nós.Se você tem alguma sugestão, crítica, dúvida ou deseja anunciar na revista Avicultura do Paraná, escreva para nós:[email protected].
Que ano!
Fale conosco
Domingos MartinsPresidente do Sindiavipar
Editorial
Expediente
Produção:
Centro de Comunicação
centrodecomunicacao.com.br
Jornalista responsável:
Guilherme Vieira (MTB-PR: 1794)
Editora-chefe:
Cecilia Gibson (MTB-PR: 6472)
Colaboração:
Allan Oliveira, Bruna Becegatto,
Bruna Robassa, Camila da Luz,
Giórgia Gschwendtner, Mariana
Macedo.
Design e diagramação:
Cleber Brito
Marketing:
Mônica Fukuoka
Impressão:
Maxi Gráfica
selo SFC
Foto
: Si
nd
iavi
par
Espaço Sindiavipar.............................06
Radar...................................................08
Canal aberto.........................................08
Ciência................................................... 09
Agenda..................................................10
Observatório........................................10
Jantar do Galo.......................................12
Capacitação..........................................15
Entrevista..............................................16
Insumos.................................................18
Fiep........................................................20
Mercado exterior.................................22
Capa..................................... 24
Ubabef...................................................32
Gastronomia........................34
Associados............................................36
Sustentabilidade.................38
Notas e registros.................................40
Mito ou verdade?.................42
Sindiavipar...........................................44
Bem-estar.............................................46
Receita...................................................48
MADAloSSoNova seção da revista Avicultura do
Paraná conta a história de estabele-
cimentos gastronômicos que têm na
carne de frango sua principal receita.
Nesta edição conversamos com Flora
Madalosso Bertolli, dona de um dos
maiores restaurantes do mundo.
HorMônIoA crença de que o frango brasileiro é
produzido com hormônio ainda é forte
entre a população, mesmo com os
esforços em prestar esclarecimentos
sobre o assunto. Reportagem investiga
a origem dessa história e mostra por
quê continua a se perpetuar.
34 Gastronomia
42 Mito ou verdade?
rEToMADAIndústria paranaense fecha 2013 com
saldo positivo, recupera sua força e
mostra os caminhos que a avicultura
nacional deverá seguir este ano. Para
o setor do Paraná, a expectativa é
de crescer até três vezes mais que a
média nacional em 2014.
24 Capa
CIênCIA Prazo para a entrega do Plano de
Logística Reversa acaba no final de
fevereiro. A revista Avicultura do Paraná
conversou com líderes da Federação
das Indústrias e do Sindiavipar para
saber como está o andamento do pro-
jeto de sustentabilidade.
38 Sustentabilidade
SeçõesFo
to:
Fiep
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Foto
: A
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Foto
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sso
6 | sindiavipar.com.br
Espaço Sindiavipar
noVEMbro
boas expectativas Nos últimos dois meses do ano o Sindiavipar participou de uma série de ações que fecharam muito bem o ano de 2013 para a
avicultura paranaense. Em novembro, as diversas reuniões e encontros com membros do setor puderam fortalecer ainda mais os laços
entre as instituições que trabalham para a avicultura. No final do mês houve também o Jantar do Galo na Aercol, em Cafelândia, para
marcar a confraternização de final de ano.
Já em dezembro os eventos para discutir diversos aspectos do setor avícola também foram marcados com muito otimismo e
expectativas para 2014. Na mídia, o Sindiavipar se destacou nos dois meses. Confira o trabalho do Sindiavipar no fim de 2013:
05/11: Foi realizada uma reunião no auditório da Secretaria da
Agricultura e Abastecimento do Paraná (Seab), no dia 5, promovida pelo Co-
mitê Estadual de Sanidade Avícola (Coesa), para debater os seguintes pon-
tos: a certidão de registro, resolução 82/2011, instrução normativa 10/2013,
o abate de aves positivas e, por fim, a resolução 231/2012. Estiveram pre-
sentes: Inácio Afonso Kroetz e Hernani Melanda, ambos da Agência de Defe-
sa Agropecuária do Paraná (Adapar), Humberto Cury, da Brasil Foods (BRF) e
associados.
28/11: Um encontro na Fe-
deração das Indústrias do Estado do
Paraná (Fiep), ocorrido no dia 28, le-
vou representantes das empresas JBS,
BRF e das instituições Associação Bra-
sileira de Reciclagem Animal (Abra)
Organização das Cooperativas do Es-
tado do Paraná (Ocepar), Fiep, Adapar
e Sindiavipar a debater sobre o valor
econômico de resíduos e subprodutos
da indústria animal.
08/11: O diretor
executivo do Sindiavipar,
Icaro Fiechter, concedeu en-
trevista à T V Educat iva do
Estado do Paraná no dia 8 . A
par t icipação foi gravada no
estúdio da emissora. O pro-
grama exibiu matér ias que
demonstravam o crescimen-
to da indústr ia avícola do Pa-
raná, pr incipalmente das ex-
por tações de carne de frango
paranaense. Os resultados
foram comentados por Fie-
chter, que enalteceu o traba-
lho de todos os associados.
11/11: José Ribas, da JBS, Marcio Polazzo e Paulo Rossato,
da Brasil Foods (BRF) e Icaro Fiechter, do Sindiavipar, estiveram no
dia 11 em reunião da Conseaves na Federação da Agricultura do Es-
tado do Paraná (Faep). O motivo do encontro foi referente a ações
de integração entre empresas e integrados.
18/11: As negociações da Convenção Coletiva de Trabalho,
para a data base de novembro, foram tratadas no auditório da Seab
no dia 18. Estiveram presentes: Domingos Martins, presidente do
Sindiavipar, e associados, Ernani Garcia Ferreira da Federação dos
Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação do Estado do Paraná
(FTIA) e associados.
7sindiavipar.com.br |
Espaço Sindiavipar
DEzEMbro
02/12: Associados do Sindiavipar, repre-
sentantes de laboratório do Ministério da Agri-
cultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Adapar
e Paraná Metrologia estiveram reunidos no dia 2
para a validação dos laboratórios quanto às análi-
ses referentes à sanidade animal.
10/12: No dia 10, após o patamar histórico do abate de outubro, o diretor executivo do Sindiavipar, Icaro Fie-
chter concedeu entrevista à Rede Massa de Curitiba (PR). Mais uma vez, o executivo ressaltou a importância do grande
trabalho desempenhado pela força da indústria avícola do Paraná na consolidação de tais conquistas.
17/12: No dia 17 foi a vez das negociações
na Secretaria Regional do Trabalho, para a data base
de novembro da Fetropar pela Convenção Coletiva de
Trabalho. Participantes: integrantes da Federação dos
Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado
do Paraná (Fetropar), sindicatos representativos das
indústrias e Icaro Fietcher (Sindiavipar).
29/11: Depois de muito trabalho, o dia 29 foi marcado pela comemoração. Nessa data realizou-se o Jantar do
Galo 2013, promovido pelo Sindiavipar com patrocínio da Cooperativa Agroindustrial Consolata (Copacol) e apoio da
Ourofino Agronegócio. O evento contou com cerca de 200 participantes entre industriais, produtores, autoridades e
jornalistas.
Apesar da proximidade do final de ano, o Sindiaviparcontinuou em ritmo forte de trabalho - reunião CCT
03/12: As negocia-
ções da Convenção Coletiva
de Trabalho, para a data base
de novembro, continuaram a
ser tratadas no auditório da
Seab no dia 3. Estiveram pre-
sentes: Domingos Martins,
presidente do Sindiavipar, e
associados, Ernani Garcia Fer-
reira da Federação dos Tra-
balhadores nas Indústrias de
Alimentação do Estado do Pa-
raná (FTIA) e associados.
8 | sindiavipar.com.br
radar
A força da categoriaAlém de ter sido um grande su-
cesso, o Jantar do Galo 2013 mostrou
também duas coisas: a força e a união
de nossa indústria. Foi um belíssimo mo-
mento onde todos puderam confraterni-
zar. É por isso que a intenção do Sindia-
vipar é garantir a realização anual dessa
festa, com o objetivo de fortalecer ainda
mais a cadeia avícola do Paraná.
Outro programa que o Sindi-
cato já está planejando é o III Workshop
Sindiavipar. O encontro será uma forma
de difundir o acesso ao conhecimento e
a capacitação dos profissionais do nosso
setor. No momento, estamos abertos a su-
gestões para temas de palestras, oficinas
e nomes de conferencistas.
Por fim, vale lembrar que a data
limite para entrega do Plano Nacional de
Resíduos Sólidos (PNRS) está próxima. Se
a sua empresa ainda têm dúvidas quanto
ao processo, o sindicato está à disposição
para a ajuda que for necessária.
Aproveito para reforçar que o
Sindiavipar também está sempre aberto
para qualquer solicitação e demanda de
seus associados. Isso porque um sindi-
cato existe para representar a força de
uma categoria. E se tem uma coisa que a
indústria avícola paranaense demonstrou
em 2013, é que está mais forte e unida do
que nunca.
Icaro FIechterDiretor executivo do [email protected]
Canal aberto
O Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado
do Paraná (Sindiavipar) agora está no Facebook. Desde outubro a
página está ativa com diversas informações como a divulgação das
ações da entidade e das empresas avícolas do Paraná, notícias do se-
tor avícola, além de deliciosas dicas de receitas para fazer com frango.
A página no Facebook é mais um canal de comunicação do
Sindiavipar que busca fortalecer ainda os vínculos da avicultura do
Paraná e aumentar o diálogo entre os associados, que agora podem
ficar informados também por meio da rede social.
Acesse já e curta nossa página para ficar por dentro de todas
as informações de interesse dos associados, estudantes, pesquisado-
res, economistas e jornalistas do setor. O endereço é facebook.com/
sindiavipar.
Sindiavipar na rede
ErrataAo contrário do que foi publicado na matéria “Tempos Modernos”, da edição n° 37, a avicultura brasileira produzia cerca
de 1 milhão de toneladas de carne de frango por ano ao final da década de 1970.
PROMOÇÃO AGROSTOCK
Sindiavipar na rede
A influenza aviária (IA) é uma do-
ença viral que infecta praticamente todas
as espécies de aves. A doença pode lesar
o trato respiratório, entérico, reprodutivo e
nervoso das aves domésticas, aquáticas e
silvestres, sendo que as duas últimas são as
principais disseminadoras.
Ela é causada por um Orthomyxo-
virus, que são diferenciados pela composição
das proteínas do núcleo e da matriz do vírus,
tipo A, B e C. Nas aves, todos os casos são do
tipo A, já que os tipos B e C são encontrados
apenas em humanos. Apesar do vírus da IA não
resistir muito tempo às ações físicas do am-
biente, exceto em regiões frias, ele se difunde
rapidamente entre os lotes.
Existem dois patótipos do vírus da
influenza aviária, um de alta patogenicida-
de e outro de baixa patogenicidade, sendo
que amostras do primeiro tipo podem cau-
sar mortalidade de praticamente 100% das
aves comerciais.
Muitos surtos iniciam com infec-
ção por vírus de baixa patogenicidade, e por
passagens sucessivas em aves tornam-se
de alta patogenicidade. Contudo, nos dois
casos a gravidade ou severidade da doença
pode variar de acordo com a espécie aviária
acometida, sexo, idade, infecções secundá-
rias e fatores ambientais.
Os sinais clínicos variam conforme
o local de maior ação do vírus e podem estar
relacionados com o trato respiratório, enté-
rico, reprodutivo ou nervoso. Vírus de bai-
xa patogenicidade pode infectar aves sem
causar sinais clínicos, mas de modo geral os
sintomas são: tosse, espirro, seios nasais in-
flamados, depressão e diarreia.
No caso das aves em produção,
acontece a diminuição da postura e o au-
mento de ovos deformados, de casca fina e
sem pigmentação.
Os principais sinais clínicos induzi-
dos por uma amostra de alta patogenicidade
são: intensa depressão, súbito aumento de
mortalidade, crista, barbelas e pés com edema
e cianose, hemorragias subcutâneas nas patas,
coxas, barbela, crista e sinais nervosos.
A mortalidade nos casos de baixa
patogenicidade geralmente acontece ape-
nas quando há relação com infecções secun-
dárias, enquanto nos casos de alta patogeni-
cidade muitos sinais não são percebidos, só
chamando a atenção quando há mortalida-
de súbita e elevada.
Como o histórico e os sinais clínicos
causados por amostras de baixa patogenici-
dade são comuns a outras doenças, o diag-
nóstico correto pode ser obtido por meio de
isolamento do vírus ou detecção pela prova
de PCR. Sorologia pelos testes de AGP e ELI-
SA também pode ser uma boa opção para
confirmar a doença.
O vírus de influenza aviária geral-
mente é isolado do pulmão, de suabes de clo-
aca, seios nasais e de traqueia. Também pode
ser isolado em ovos embrionários. Quando
o vírus é altamente patogênico as lesões são
muito típicas, portanto se torna mais fácil reali-
zar um diagnóstico presuntivo.
Não há tratamento eficaz contra a
doença, no entanto é possível amenizar as per-
das com boas práticas de manejo e biossegu-
rança. O tratamento de infecções secundárias,
principalmente do trato respiratório, também
pode ajudar a diminuir as perdas. Para prevenir
a influenza aviária é necessário biossegurança
e quarentena.
Influenza aviáriaSurtos em perus e galinhas causam grande impacto econômico
Fonte: Manual de Doenças de Aves, Alberto back
Ciência
9
10 | sindiavipar.com.br
Quer divulgar seu evento aqui? Entre em contato conosco pelo e-mail
[email protected] ou ligue (41) 3224-8737.
Data: 18 a 20 de junho de 2014local: Havana (Cuba)realização: Fedavicac e SocpaE-mail: [email protected] Informações: (53) 7 271 0758Site: aviculturacuba.com
XXIII Congresso Centro-Americanoe do Caribe de Avicultura
Agenda
Data: 25 a 27 de março de 2014 local: Curitiba (PR) realização: G5 PromotradeE-mail: [email protected] Informações: (41) 3669-8412Site: tecnofoodbrazil.com.br
Tecno Food brazil – Feira Internacional de Proteína Animal
Data: 3 a 7 de fevereiro de 2014 local: Cascavel (PR) realização: CoopavelE-mail: [email protected] Informações: (45) 3225-6885Site: showrural.com.br
Show rural Coopavel 2014
Data: 13 a 15 de maio de 2014 local: Florianópolis (SC) realização: GessulliE-mail: [email protected] Informações: (11) 2118-3133Site: avesui.com
AveSui 2014 As altas de preços do coração e da asa de frango ganharam força
em dezembro, impulsionadas pela demanda aquecida. No período de fim
de ano o consumo desses cortes aumenta. Para o frango inteiro, as cota-
ções também ficam em alta por conta da maior procura de início de mês.
Ao mesmo tempo, colaboradores do Cepea comentam que a concorrência
com outras aves pode limitar os aumentos de preços.
Na parcial de dezembro (até o dia 12), o coração resfriado acu-
mula forte valorização de 17,7%, com o quilo negociado na média de
R$ 11,93 na quinta-feira, 12. Para o coração congelado, a elevação é de
13,2% no período,
para R$ 11,37/kg
na quinta. Quanto à
asa, a valorização foi
mais intensa para o
produto congelado,
de 9,1% na parcial
do mês, com o qui-
lo passando para a
média de R$ 6,33.
O preço da asa res-
friada, por sua vez,
subiu 5,7%, para R$
6,60/kg.
Os presidentes da União Brasileira de Avicultura (Ubabef),
Francisco Turra, da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras
de Carne (Abiec), Antônio Camardelli e da Associação Brasileira da In-
dústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Rui Vargas,
reuniram-se em dezembro na sede da Ubabef, em São Paulo (SP), para
debater propostas para estratégias de ações conjuntas entre as três as-
sociações durante a Copa do Mundo Fifa Brasil 2014.
O objetivo é buscar sinergias para aumentar a abrangência da
promoção do consumo e exportação de carne de aves, suínos e bovi-
nos junto aos milhares de estrangeiros que visitarão o país no próximo
ano. “Temos mercados comuns e ações semelhantes que podem ser
ampliadas se unirmos forças. Nesse sentido, a Copa é uma oportuni-
dade única para os nossos setores conquistarem novos clientes e con-
sumidores pelo mundo, com a divulgação dos diferenciais de nossas
carnes, como o sabor e a qualidade”, destaca Turra.
Preparação para a Copa
Coração e asa em alta
11sindiavipar.com.br |
observatório
A Ucrânia vai impor novas exigências de higiene e normas de comercialização para a carne de frango em julho de 2014,
não em 2016 como foi proposto anteriormente, de acordo com informações da imprensa local. As novas normas vão abranger os
produtos nacionais e importados.
De acordo com as autoridades locais, para carcaças de aves que são congeladas com o método do ar, o conteúdo de umidade
não deve exceder 1,5%. Para aves que são refrigeradas com spray de resfriamento, a umidade não deve exceder 3,3%, e para res-
friamento por imersão em água, não mais do que 5,1%.
O Brasil exportou 1.511 toneladas de carne de frango à Ucrânia em 2012, ante 104 toneladas no ano anterior. As exportações
de janeiro a outubro deste ano naquele país somaram 1.282 toneladas, uma pequena fração diante dos 3,22 milhões de toneladas em
exportações de carne de frango totais do Brasil ao lon-
go dos primeiros dez meses, de acordo com a Ubabef.
A Ucrânia garante que as novas exigências
estão em conformidade com as disposições do seu
Regulamento (EC) nº 543/2008, de 16 de junho de
2008. Em agosto, após debates com produtores do-
mésticos de aves e organizações de consumidores, o
Ministério da Saúde da Ucrânia aprovou e publicou os
“Requisitos de Higiene para Carne de Frango e Alguns
Indicadores de Qualidade”, que se assemelham aos do
regulamento.
Padrão ucraniano
São Paulo recebe no dia 15 de maio o
workshop “Oportunidades do Mercado Halal”,
único evento no Brasil destinado exclusiva-
mente ao tema. Organizado pela AgroQualità, o
workshop será no hotel The Capital e conta com
palestras, um painel e uma rodada de negócios.
O evento tem como objetivos apre-
sentar às empresas de alimentos as formas
de acesso ao mercado Halal, oportunizar o
encontro entre os agentes das cadeias produ-
tivas de carnes com o mercado comprador de
alimentos, aproximar os interlocutores desse
mercado com o mercado fornecedor e eluci-
dar o modo de obtenção das matérias-primas
para o mercado Halal.
As inscrições, no valor de R$330,00
reais, podem ser feitas até o dia 5 de maio de
2014 pelo site eventioz.com.br/e/workshop-
-oportunidades-do-mercado-halal.
Fone para contato: (51) 8162-3901
Mercado Halal
12 | sindiavipar.com.br
O ano de 2013 marcou as re-
tomadas do crescimento da avicultu-
ra paranaense e a do Jantar do Galo.
Promovido pelo Sindicato das Indús-
trias de Produtos Avícolas do Estado
do Paraná (Sindiavipar), com patro-
cínio da Cooperativa Agroindustrial
Consolata (Copacol), e apoio da Ou-
rofino Agronegócio, a noite de gala
reuniu cerca de 200 participantes em
Cafelândia, no interior do estado, ci-
dade sede da Copacol.
Entre os convidados, estive-
ram industriais, produtores, autori-
dades e jornalistas que prestigiaram
a um grande evento organizado para
celebrar as conquistas de toda a in-
dústria avícola do Paraná.
Para o presidente do Sindia-
vipar, Domingos Martins, o Jantar do
Galo 2013 foi como um presente de
final de ano entregue às indústrias
que tanto batalharam para assustar o
fantasma da crise de 2012: “Na ver-
dade, nós somos mais que uma indús-
tria. Somos uma família que valoriza
noite de galaRetorno do Jantar do Galo marca o bommomento do setor
SaUDaÇÃoO presidente do
Sindiavipar, Domingos Martins, discursou sobre
os bons resultados de 2013, a união do setor
e saudou a presença de todos os convidados
Jantar do Galo
a união e a superação. Esses foram os
segredos que nos levaram a superar
as dificuldades enfrentadas no come-
ço do ano passado: o trabalho e a par-
ceria”, enfatiza. Foram homenagea-
dos na noite: o governador do Paraná,
Carlos Alberto Richa; o secretário es-
tadual da Agricultura
e do Abastecimento
(Seab-PR), Norberto
Anacleto Ortigara,
represent ado
no evento
por Eduar-
do Bublitz;
o diretor
pres idente
da Agência
de Defe-
sa Agropecuária do Paraná (Adapar),
Inácio Afonso Kroetz; o presidente da
Copacol, eleito empresário do ano,
Valter Pitol; os ex-presidentes do
Sindiavipar, Paulo Muniz e Roberto
Pecoits; e o atual presidente do Sin-
diavipar, Domingos Martins.
A festa contou ainda com a
apresentação acústica da Orquestra
Paranaense de Viola Caipira da Fa-
culdade Assiz Gurgacz (FAG), de Cas-
cavel, que regida por Ricardo Den-
chuski embalou o evento e animou
os participantes com composições
próprias e clássicas das rodas de vio-
la do País.
Para Mônica Fukuoka, do mar-
keting do Sindiavipar e responsável
pela organização do evento, o sucesso
da festa pôde ser medido pela felici-
dade com que todos os convidados se
expressavam: “Alguns dos convidados
vinham até mesmo agradecer ao Sin-
diavipar pela realização do evento.
O Jantar do Galo foi organizado com
muito carinho, cuidado e trabalho, e
no final foi um sucesso”, pontua.
Setor comemora o retornoda festa
Entre a alegria de muitos
sorrisos, uma opinião era unânime
na festa: o Jantar do Galo precisava
mesmo retornar. Os presentes apro-
veitaram o momento para relaxar, re-
ver velhos companheiros e conversar
sobre os planos para 2014. O presi-
dente da Copacol, Valter Pitol, afirma
que foi uma honra poder recepcionar
a volta do Jantar do Galo e espera que
o evento continue a ser realizado da-
qui para frente.
“Para nós, da Copacol, é uma
satisfação receber nossos grandes
amigos nesta retomada do Jantar do
Galo para, acima de tudo, confraterni-
zar e trocar informações. E a coopera-
tiva se sente gratificada por oferecer
essa oportunidade, por poder rece-
ber todos os amigos companheiros da
avicultura. Que venham mais janta-
res”, celebra.
Para o homenageado e diretor
presidente da Adapar, Inácio Afonso
Kroetz, “o Jantar do Galo é importan-
14 | sindiavipar.com.br
te para a indústria e é um sinal que o
setor trabalha unido e comemora de
forma unida. Nesse momento, a avi-
cultura paranaense está passando por
um bom momento. Tomara que con-
tinue assim e, principalmente, que o
associativismo esteja cada vez mais
presente e mais forte. É tudo isso que
o governo do Paraná quer e o Brasil
deseja”, reitera.
Já o diretor representante da
Belafoods, Hélio Schorr, destaca não
apenas a importância, como também
a necessidade de que eventos como
o Jantar do Galo continuem a ser
promovidos pela indústria: “O Jantar
do Galo 2013 é uma maravilha. Uma
excelente oportunidade para reen-
contrar velhos amigos. Eu estou ex-
tremamente feliz, porque comecei
minha carreira há mais de 20 anos,
exatamente aqui, na Copacol. Estou
encontrando velhos e novos amigos.
A avicultura do Paraná, com essa ca-
pacidade de crescimento, só pode nos
deixar muito feliz. Espero que tenha-
mos mais destes”, comemora.
O gerente do departamento
avícola da C. Vale, Reni Girardi, lem-
bra que o que importa mesmo é a
união geral em prol da consolidação
da indústria do Paraná: “Foi uma honra
receber o convite pelo Sindiavipar. A
gente entende que apesar de nós to-
dos termos uma relação de concorrên-
cia, é muito melhor estarmos sempre
unidos para a atividade”, reforça.
o jantar vai voltar
Com o sucesso do Jantar do
Galo 2013, o presidente do Sindia-
vipar, Domingos Martins, antecipa
à revista Avicultura do Paraná que
a festa vai voltar em 2014. “Tenho
certeza que este ano vamos crescer
ainda mais do que no ano passado. E
é claro que teremos um novo Jantar
do Galo para comemorar isso nova-
mente”, festeja.
15sindiavipar.com.br |
PatrocínioAtravés de diferentes pa-
cotes, você pode patrocinar o III
Workshop Sindiavipar. Além de aju-
dar a disseminar conhecimento para
o setor, o programa disponibiliza
diversos benefícios como convites,
anúncios na revista Avicultura do Pa-
raná, espaço para banner no evento,
destaque no material impresso de
divulgação, entre outros. Para mais
informações, entre em contato pelo
pelo fone (41) 3324-8737 ou e-mail
Capacitação
O Sindicato das Indústrias de
Produtos Avícolas do Estado do Pa-
raná (Sindiavipar) começa 2014 com
a produção a pleno vapor. Isso por-
que a instituição já está planejando
os eventos direcionados à indústria
avícola paranaense. E nesta progra-
mação destaca-se o III Workshop Sin-
diavipar.
Em sua terceira edição, o
evento pretende dar continuidade à
capacitação e à promoção do desen-
volvimento do setor avícola, através
de palestras sobre o mercado, sanida-
de, bem-estar e nutrição animal.
“A nossa avicultura conquis-
tou a vanguarda do conhecimento
técnico, e o Workshop Sindiavipar é
a forma de continuarmos semeando
os resultados futuros na busca por
novos procedimentos”, explica o di-
retor executivo do Sindiavipar, Icaro
Fiechter.
O sindicato está aberto a su-
gestões dos associados para nomes de
conferencistas e temas de palestras.
Você pode enviar sua sugestão pelo e-
-mail [email protected].
O evento ocorre em agosto,
em Foz do Iguaçu (PR).
III Workshop SindiaviparSindiavipar recebe sugestões para programação da 3ª edição do evento
www.cap-pr.com.br
Serviços Prestados:
•Gestão de estoques, inventários (WMS);
•Paletização de mercadorias;
•Movimentação de cargas
paletizadas e estivadas;
•Estufagem de containers;
•Cross Docking;
•Separação (Picking) de
mercadorias para distribuição;
•Etiquetagem;
•Logística reversa;
•Congelamento;
•Reforço de frio;
•SIF local;
•Disponibilidade de salas para escritório;
•Pátio com tomadas.
Matriz Filial
CAP CURITIBA
BR 277, Km 66, N° 18.100
Borda do Campo - São José dos
Pinhais –PR
CEP: 83075-000
Fone/Fax: (41) 2104-8444
CAP PARANAGUÁ
Rua: Tertuliana da Cruz dos
Santos, S/N
Pq São João – Paranaguá – PR
CEP: 83212-060
Fone/Fax: (41) 3425-5776
16 | sindiavipar.com.br
A cobrança por mais agilidade
nas ações do Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento (Mapa) tem
sido uma das principais reinvindica-
ções do agronegócio brasileiro. Nesta
entrevista exclusiva à revista Avicul-
tura do Paraná, o secretário de Política
Agrícola do Mapa, Neri Geller, faz um
balanço sobre os esforços do governo
para promover o crescimento do setor
e também sobre como o órgão federal
tem se organizado para atender às co-
branças dos industriais e produtores.
Geller comenta ainda sobre o poten-
cial do Brasil para tornar-se o maior
produtor de alimentos do mundo, algo
que em sua análise não restam dúvi-
das: o país será a maior garantia de
segurança alimentar do planeta em um
futuro próximo.
Avicultura do Paraná - Poderia comentar algumas das medi-das que o governo brasileiro tem executado para promover o agronegócio nacional?
neri Geller - O Plano Safra
2013/14, que garante a aplicação de
R$ 136 bilhões no setor agropecuá-
rio, apenas como iniciativa do gover-
no, é um dos principais mecanismos
para manter a produção crescente no
país, ao longo dos últimos anos. Para
2013/14 estima-se uma colheita de
safra de 195 milhões de toneladas, o
que além de ser um recorde, garante
também grandes excedentes para ex-
portação. Assim, o país além de ter seu
abastecimento totalmente garantido,
contribui também para a segurança
alimentar de todo o mundo. No Plano
Safra estão ainda garantidos R$ 4,6
bilhões para apoio à comercialização e
garantia de preços para os produtores.
Por fim, o aumento de 75% dos recur-
sos para o seguro agrícola, que atingiu
R$ 700 milhões do Tesouro Nacional
para subsídio ao prêmio.
A cobrança de mais velocidade nas decisões do Mapa é prati-camente uma unanimidade do setor. Como isso pode ser aten-dido? As eleições dificultarão a comunicação?
O Mapa vem agindo de forma
tempestiva para atender aos pleitos
do agronegócio. Na verdade, o maior
problema do setor hoje se encontra
na logística, notadamente no trans-
porte e operações portuárias que não
são afetos ao Ministério da Agricultu-
ra. Porém, o governo federal, por meio
do Programa de Aceleração do Cresci-
mento (PAC), da nova legislação portu-
ária e do programa de concessões de
rodovias, tem enfrentado os proble-
mas de logística que acreditamos que
estarão solucionados a médio prazo.
Como o senhor analisa as ten-dências globais de produção para os próximos quatro anos?
A demanda por alimentos no
mundo, principalmente nos países po-
pulosos da Ásia (China, Índia, Indonésia
e Paquistão, entre outros) tem sido um
grande estímulo para o aumento global
da produção. O problema é que as áreas
disponíveis para o rápido aumento da
produção mundial são escassas e, fe-
lizmente para o Brasil, principalmente
no Centro-Oeste, essa realidade tem
impulsionado níveis recordes de produ-
ção. Este é definitivamente o momento
em que o Brasil está se tornando uma
potência exportadora agrícola. Nossos
excedentes são expressivos e as expor-
tações nos últimos 12 meses já ultra-
passaram US$ 102 bilhões. O Brasil hoje
está entre os primeiros exportadores
de carnes de frango, suíno, bovino, com
também de soja, milho, café, açúcar, la-
ranja, entre outros.
o mercado chinês tem acenado favoravelmente à maior impor-tação da soja brasileira. Quais as perspectivas apresentadas pela China para a importação de produtos brasileiros em 2014?
São as melhores possíveis. A
o Mapa vem agindo de forma tempestiva para atender aos pleitos do
agronegócio
Girando as engrenagensSecretário de Política Agrícola do Mapa fala sobre as ações do governo para promover o agronegócio brasileiro
Entrevista
China tornou-se o maior importador
mundial de soja e hoje é o maior mer-
cado brasileiro também. De janeiro à
outubro, das 42 milhões de toneladas
de soja exportadas pelo Brasil, 32 mi-
lhões de toneladas foram para China.
Estivemos recentemente na China para
concretizar a abertura do mercado de
milho para os produtores brasileiros.
O Brasil, que recentemente assinou um
protocolo fitossanitário para exporta-
ção de milho para a China, está agora
aberto ao país, e a China seguramente
em futuro próximo será um dos maio-
res destinos das nossas exportações
de milho.
Como o senhor avalia o desem-penho da avicultura nacional? Estão previstas novas medidas para esse segmento?
O desempenho da avicultura
nacional tem sido excepcional. O Bra-
sil hoje é o maior exportador de carne
avícola, sendo essa também a princi-
pal carne consumida pelos brasileiros.
O avanço tecnológico do setor e a sua
gestão produziram um conjunto de
empresas que estão entre as maiores
do mundo. Evidentemente que tudo
isso foi facilitado pela enorme dispo-
nibilidade dos dois principais insumos
desta indústria, o milho e a soja. Todas
as medidas do governo citadas ante-
riormente, que favorecem a produção
e o escoamento de milho e soja, na
verdade estão também favorecendo o
setor da avicultura. Para a avicultura,
diretamente, há as linhas de custeio. E
as dos programas de investimentos do
Plano Safra 2013/14 estão disponíveis
para o setor. Dentro dos programas de
investimentos, é importante mencio-
nar a criação do programa ‘Inovagro’,
voltado para a modernização tecno-
lógica, particularmente na avicultura
e suinocultura. O programa conta com
R$ 1 bilhão e taxas de juros de 3,5%
ao ano, equalizadas pelo Tesouro Na-
cional, o que denota o esforço do go-
verno federal para a modernização da
avicultura no Brasil.
Qual a importância estratégica do brasil como um grande pro-dutor de alimentos mundial? Há um planejamento em longo prazo do governo para consoli-dar essa posição?
O Brasil, além de ser hoje um
grande exportador de alimentos para a
crescente população mundial, tem um
potencial absolutamente reconhecido
de dobrar sua área de plantio no médio
e longo prazo. Portanto não resta dúvi-
da que em um futuro próximo o Brasil
será a maior garantia de segurança ali-
mentar para o planeta.
17sindiavipar.com.br |
Entrevista
18 | sindiavipar.com.br
Insumos
Celeiro do mundoAmérica do Sul intensifica produção de grãos e amplia participação no mercado global
Seremos 9,6 bilhões de habitan-
tes na Terra até 2050, de acordo com o le-
vantamento realizado pela Organização
para a Cooperação e o Desenvolvimento
Econômico (OCDE) e a Organização das
Nações Unidas para Alimentação e Agri-
cultura (FAO). Para acompanhar a demanda
mundial por alimentos, considerando o rit-
mo em que a população global cresce, será
necessária uma expansão de 6% da oferta.
Na mesma proporção, os investimentos na
produção e distribuição terão que ser cinco
vezes maiores, partindo dos atuais U$$ 7,9
bilhões para U$$ 44 bilhões.
Nesse cenário, uma das regiões
que vêm se destacando pelo potencial pro-
dutivo apresentado é a América do Sul. En-
quanto Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai
e Bolívia conseguiram expandir a produção
de soja de 38,4 milhões de toneladas em
1995/96 para 164,9 milhões de toneladas
na projeção 2013/14, os Estados Unidos
(EUA), ampliaram a safra em apenas 29,4
milhões de toneladas. Com isso, a partici-
pação sul-americana saltou de 31% para
58% no total mundial.
O coordenador de Agronegócio
do jornal Gazeta do Povo, Giovani Ferreira,
acredita que dificilmente os EUA consegui-
rão competir no panorama que está se de-
senhando. “O agronegócio hoje, no mundo,
é o que traciona a economia e, para o cres-
cimento sustentável, é preciso haver mer-
cado, infraestrutura e logística. Na América
do Sul, essas condições se apresentam e é
por isso que passamos a ser considerado o
celeiro da produção de grãos mundial. Atu-
almente, nem mesmo os norte-americanos
conseguem bater essa marca”, analisa Fer-
reira. O jornal é responsável pelo projeto
Expedição Safra, também coordenado por
Ferreira, que consiste em um levantamento
técnico-jornalístico da produção de grãos
da América do Sul à América do Norte, e
que atualmente está em sua 8ª edição.
Vantagens A expansão do potencial agrope-
cuário sul-americano se explica pela diver-
sidade e disponibilidade de recursos natu-
rais para cultivo na região, superiores aos
apresentados pelos demais continentes.
Dos 144 milhões de hectares que devem
ser expandidos para produção por todo o
mundo, 70 milhões de hectares estão aqui,
segundo a FAO.
Além disso, essas áreas que estão
disponíveis não exigem a derrubada de flo-
restas nem representam perda para a pecu-
ária. No futuro temos condições de atingir
um potencial de 70% em comparação com
as demais regiões produtoras.
Em vista das circunstâncias, é
crescente o investimento em tecnologia
e infraestrutura, que no ponto de vista
de Ferreira são imprescindíveis para co-
locar a região definitivamente no topo do
mundo. “A intensa expansão do volume
de produção verificada nas últimas safras
acende a luz vermelha da infraestrutura e
nos remetem à reflexão sobre como deli-
nearemos os próximos passos para seguir
em um crescimento constante, porém su-
portável”, ressalta.
brasilNessa reconfiguração da lideran-
ça produtiva do agronegócio mundial, o
18 | sindiavipar.com.br
Insumos
Brasil estima um potencial de 200 milhões
de toneladas de grãos para esta safra. A ex-
pectativa foi apontada pelo levantamento
da Expedição Safra, que acompanha as po-
tencialidades do plantio à colheita de grãos
desde 2006/07. Nesse período de análises,
o projeto verificou crescimento perto de 70
milhões de toneladas na produção nacional
de grãos, passando de 131,75 milhões de
toneladas até atingir potencial para essa
safra, o que representa um crescimento de
mais de 50% nos últimos oito anos.
O potencial produtivo estimado
para a temporada 2013/14 vem respaldado
pelo registro no país de uma área recorde
cultivada: 54,8 milhões de hectares. “Nos
últimos cinco anos a produção nacional am-
pliou em 60 milhões de toneladas de grãos
a safra. Estamos crescendo em ritmo expo-
nencial para atender a demanda mundial,
os desafios para isso envolvem a logística
e o escoamento dessa produção”, avalia o
coordenador da Expedição.
O plantio cresceu em todas as re-
giões do país. Com isso, o Brasil ganha con-
dições de ultrapassar o atual líder mundial
na produção de soja, os EUA. A vantagem
tende a ser de 2 milhões de toneladas na
colheita e de mais de 4 milhões de tonela-
das nas exportações.
Fatia Global Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai produzem e exportam parcela significativa de grãos do mon-
tante mundial. Abaixo as expectativas para safra 2013/14.
Produção (em milhões de toneladas)
Soja Milho Total155,9 103,3 259,2
Exportação (em milhões de toneladas)
Soja Milho Total63,7 38,25 101,95
Fonte: Expedição Safra
20 | sindiavipar.com.br
Fiep
Empresas e sindi-
catos empresariais que queiram
desenvolver políticas e ações de responsabi-
lidade social no trabalho, com o objetivo de
adquirir certificação na norma SA8000, po-
dem procurar a consultoria do Sesi no Paraná.
A intenção da Social Accountability
- SA8000 é oferecer às empresas um padrão
de atuação, baseado em normas internacio-
nais de Direitos Humanos e leis trabalhistas
nacionais, evidenciando sua preocupação
com a sociedade, para que possam consoli-
dar uma estratégia de desenvolvimento sus-
tentado, obtendo assim licença para operar.
Este modelo de gestão - que apresenta uma
abordagem responsável em questões sociais
e éticas, com vantagens competitivas e a con-
fiança do mercado - prevê também o envolvi-
mento dos próprios colaboradores na audito-
ria dos direitos, ajudando na sua manutenção
e propondo melhorias.
Maria Carolina Leal, analista do Sesi,
responsável por essa consultoria, esclarece
que a SA8000 é orientada por nove requi-
sitos que tratam das relações de trabalho.
“Esses requisitos se aplicam universalmente,
independentemente do porte da empresa,
localização geográfica ou do setor industrial.
Cabe ao Sesi prestar sua consultoria, direcio-
nando estratégias e recursos na busca des-
ses resultados”, conclui.
Confira alguns aspetos dos nove requisitos da SA8000:
1) Trabalho Infantil: a empresa não
deve envolver-se ou apoiar o trabalho infantil.
2) Trabalho Forçado ou compulsó-
rio: os trabalhadores não podem ser obriga-
dos a entregar seus documentos de identida-
de ou pagar “depósitos” como uma condição
de emprego.
3) Saúde e Segurança: As empresas
devem cumprir as normas básicas para um
ambiente de trabalho seguro e saudável e
devem tomar medidas eficazes para prevenir
acidentes.
4) Liberdade de Associação: Prote-
ge os direitos dos funcionários para formar
e aderir a sindicatos e de negociar coletiva-
mente, sem medo de represálias.
5) Discriminação: a em-
presa não deve envolver ou apoiar a
discriminação com base em raça, origem,
classe social, nascimento, religião, deficiên-
cia, gênero, orientação sexual, associação a
sindicato ou afiliação política.
6) Práticas Disciplinares: a empresa
deve tratar todo o pessoal com dignidade e
respeito.
7) Horário de Trabalho: a empresa
deve estar em conformidade com as leis apli-
cáveis e com os padrões da indústria.
8) Compensação: Os salários pagos
devem cumprir todos os requisitos mínimos
legais e proporcionar um rendimento sufi-
ciente para as necessidades básicas.
9) Gestão: Estabelece procedimen-
tos para implementação da gestão eficaz e
análise da conformidade com a SA8000, da
designação de pessoal responsável para ma-
nutenção de registros, abordando as preocu-
pações e tomada de ações corretivas. Esta-
belece também que a empresa deve manter
registros apropriados de comprometimento
com a reponsabilidade social de fornecedo-
res e subcontratados.
Certificação socialCertificado demonstra que empresa assegura os direitosde seus funcionários
Agora suas avesmetem o bico noque é bom paraos seus resultados.
A tecnologia Ourofino acaba de chegar à avicultura. O aditivo melhorador de desempenho
Enragold, à base de enramicina, atua na manutenção da microbiota intestinal, possibilitando
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22 | sindiavipar.com.br
Com os bons resultados conquis-
tados em 2013, o Paraná tornou-se res-
ponsável por quase 30% de toda a expor-
tação da carne de frango brasileira para o
mundo, aproximadamente 3% a mais em
relação a 2010. O estado atingiu a marca
de 1,14 milhão de toneladas da proteína
animal destinadas ao mercado exterior,
abrangendo mais de 130 países.
Para o presidente do Sindicato
das Indústrias de Produtos Avícolas do
Estado do Paraná (Sindiavipar), Domingos
Martins, os números fortalecem o argu-
mento de que o Paraná produz a melhor
carne de frango do mundo.
“A qualidade da carne de frango
produzida no Paraná é inquestionável.
Por dedicarmos especial atenção à quali-
dade, à sanidade, às normas de abate hu-
manitário e, principalmente, ao sabor de
nosso produto, conseguimos atender aos
mercados mais exigentes”, afirma.
Na lista de principais merca-
dos atendidos pelo Paraná estão países
do Oriente Médio (como Arábia Saudita,
Emirados Árabes, Kuwait e Egito), Japão,
China, Hong Kong, Venezuela, Holanda,
África do Sul e Egito, que concentram cer-
ca de 70% do volume das vendas parana-
enses para o mercado externo.
Entretanto, nos outros 30% es-
tão destinos bastante exóticos como Be-
nin, na região ocidental da África, Ilhas
Feroe, nação do Reino da Dinamarca, e
Seychelles, no Oceano Índico Ocidental,
até países conhecidos pela sua riqueza
como Mônaco, Estados Unidos e Austrália.
ranking Com quase um quarto do total,
a Arábia Saudita continua liderando o
ranking dos principais mercados consu-
midores da avicultura paranaense tanto
no faturamento quanto no volume, ten-
do ficado em segundo lugar apenas em
2007, quando perdeu o posto para o Ja-
pão, que fechou 2013 na quarta coloca-
ção. Já a Alemanha, que caiu da 8ª para
10ª posição em 2011, continua a figurar
no mesmo patamar.
No quesito maior valor agregado,
entre os dez maiores compradores, a Ho-
landa permanece na liderança. Em 2013,
o preço médio da tonelada de carne de
frango foi comercializada por US$ 2.886
ao país. Em seguida aparecem a Alema-
nha e o Japão, com um preço médio de
US$ 2.744 e US$ 2.497, respectivamente.
Por último, entre os dez prin-
cipais países, está a África do Sul, com o
menor preço médio, apenas US$ 604 por
tonelada – mais de quatro vezes menos
que a Holanda. Essa diferença se deve ao
embarque ao país europeu de produtos
com maior valor agregado, como cortes
específicos e carne desossada.
novos mercados O ano de 2013 marcou também
a forte união da cadeia produtiva pela
busca de novos mercados para a expor-
tação da carne de frango produzida no
Fonte: Sindiavipar/Secex
Mercado exterior
Made in ParanáEstado continua batendo recordes nas exportações de carne de frango
23sindiavipar.com.br |
Paraná. Por meio de palestras e seminá-
rios promovidos pela Agência de Defesa
Agropecuária do Paraná (Adapar), os prin-
cipais representantes da indústria avícola
paranaense encontraram-se ao longo dos
últimos dozes meses para debater pro-
postas que objetivaram qualificar o pro-
duto paranaense a qualquer mercado que
possa ser acessado.
As reuniões também incitaram
cobranças ao Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento (Mapa), reivin-
dicações que são unânimes no setor pela
melhoria das medidas tomadas pelo go-
verno em prol do setor avícola.
“A prospecção de novos com-
pradores para a carne de frango do Para-
ná é importante para que nosso mercado
continue crescendo. Estamos dando a
cara lá fora e mostrando a nossa incrível
capacidade de transformar a nossa soja e
milho na melhor proteína animal do mun-
do”, ressalta Martins.
EstabilidadeNos últimos cinco anos, além da
abertura do mercado chinês, houve pou-
ca alteração no ranking dos principais
destinos da carne de frango paranaense.
Na lista dos dez mais figuraram, entre
2008 e 2013: Arábia Saudita, Hong Kong,
Japão, Venezuela, Holanda, Emirados Ára-
bes, Kuwait, Alemanha, África do Sul, Egi-
to e mais recentemente a China.
“Graças ao bom relacionamento
e ao atendimento às especificações dos
mercados externos, o Paraná desfruta de
uma relativa estabilidade nas relações
comerciais com essas nações. Por conta
disso e da versatilidade da carne de fran-
go, felizmente, não somos tão afetados
pelos solavancos do cenário internacio-
nal como, por exemplo, no caso do em-
bargo russo” comenta Martins.
Fonte: Sindiavipar/Secex
10 principais mercados consumidores da avicultura paranaense - 2013
Exportação Participação
nº País US$ % kg %
1 Arábia Saudita 561.442.703 23,41% 288.774.115 25,25%
2 Emirados Arabes 189.961.029 6,59% 90.918.119 7,95%
3 Hong Kong 167.504.868 5,91% 115.572.259 10,10%
4 Japão 162.514.079 8,58% 65.057.515 5,69%
5 China 145.545.497 8,77% 60.728.276 5,31%
6 Holanda 118.121.710 6,67% 40.926.027 3,58%
7 Kuwait 84.411.591 2,96% 40.790.900 3,57%
8 Egito 70.476.342 3,87% 37.441.120 3,27%
9 África do Sul 45.693.619 2,32% 75.588.098 6,61%
10 Alemanha 26.396.883 1,32% 9.618.024 0,84%
Total 1.572.068.321 70,40% 825.414.453 72,17%
Total Acumulado Paraná 2.186.170.627 100% 1.143.751.923 100%
Mercado exterior
24 | sindiavipar.com.br
Um bom anoParaná cresce 7% e lidera faturamento
nas exportações de frango em 2013
Capa
Foto
: Agr
ost
ock
24 | sindiavipar.com.br
25sindiavipar.com.br |
Capa
Depois da tempestade, vem a
bonança. O ditado popular aplica-se
perfeitamente para descrever o ano
de 2013 para a avicultura do Paraná.
Após passar por grandes dificuldades
a partir do 2º semestre de 2012, numa
decorrência direta da quebra da safra
de insumos norte-americana, o setor
conseguiu se recuperar e sair ainda
mais forte frente aos desafios enfren-
tados. O Paraná, que desde 2000 é o
maior produtor brasileiro de carne
de frango, e já havia consolidado em
2012 a liderança em volume nas ex-
portações, teve ainda nova conquista
em 2013: o primeiro lugar também em
faturamento.
Para o presidente do Sindica-
to das Indústrias de Produtos Avíco-
las do Estado do Paraná (Sindiavipar),
Domingos Martins, “são muitos moti-
vos para comemorar. Vimos de perto
a recuperação da força de nossa in-
dústria, que produz cada vez mais e
melhor”, afirma.
O ligeiro déficit registrado
nas exportações de carne de frango
em 2012 foi espantado com um fecha-
mento de 2013 mais do que favorável:
a indústria avícola consolida não ape-
nas um saldo positivo como também
um recorde. De acordo com os dados
da Secretaria de Comércio Exterior
(Secex), vinculada ao Ministério do De-
senvolvimento, Indústria e Comércio
Exterior (MDIC), o setor ultrapassou a
marca de US$ 2,18 bilhões faturados
ao longo do ano contra US$ 2,04 bi-
lhões em 2012. Em volume, foram con-
tabilizadas 1,14 milhão de toneladas.
Os números representam um
crescimento de 6,87% de faturamen-
to ante ao mesmo período do ano an-
terior. Os resultados são superiores à
média nacional, que foi de 2,7% de
crescimento com o faturamento, e
também dos outros principais esta-
dos produtores como Santa Catarina
(queda de 1,4%) e Rio Grande do Sul
(0,6%).
Com relação ao abate, os da-
dos contabilizados pelo Sindiavipar
Valter Pitol – presidente Copacol
Foi um bom ano para to-
das as empresas do setor avícola.
Um ano que nos permitiu superar
os desafios e as dificuldades de
2012. Todo o ano de 2013, sem dú-
vida nenhuma, foi excelente para
a avicultura e melhor ainda de re-
sultados que, esperamos, continue
agora neste 2014.
Inácio Afonso Kroetz – diretor-presidente Adapar
O Brasil é o grande celei-
ro do mundo na condição de pro-
dução de alimentos e a avicultu-
ra participa disso como um todo.
Acredito que, agora em 2014, o
setor vai retomar com todo o vi-
gor aqueles resultados conquista-
dos antes de tempos difíceis. Te-
remos mais e melhores mercados,
porque o frango é uma proteína
animal apreciadíssima em todo o
mundo. Também porque a capa-
cidade de produção do Paraná é
extraordinária, digna de aplausos.
Acredito também na elevação das
remunerações. Outros pontos são
que os insumos serão abundantes,
porém a mão de obra continuará
sendo escassa porque o cresci-
mento do setor será maior que a
oferta de trabalhadores. Mas isso
nada mais é do que os novos de-
safios que deverão ser superados
pela avicultura. Porque só tem
desafios quem cresce e faz. E a
avicultura do Paraná está fazendo
acontecer.
Expectativas 2014
26 | sindiavipar.com.br
apresentam o mesmo cenário de cres-
cimento: em 2013 foram abatidas 1,46
bilhão de aves, alta de 4,27% ante ao
mesmo período do ano anterior (1,40
bilhão de aves). Algo que, segundo
Martins, só foi possível graças à união
de toda a cadeia produtiva.
“O ano de 2013 foi uma ver-
dadeira demonstração do empenho e
parceria da indústria avícola em prol
de consolidar o Paraná cada vez mais
como o principal estado produtor e ex-
portador de carne de frango do Brasil.
Juntos, vencemos” comemora Martins.
Para o presidente da União
Brasileira de Avicultura (Ubabef),
Francisco Turra, os bons resultados co-
lhidos pelo estado servem de norte às
indústrias produtoras de todo o país.
“Como maior produtor e exportador,
o Paraná ajuda a definir os caminhos
que a avicultura nacional deverá se-
guir. Assim foi no segundo semestre
de 2012 e no primeiro semestre de
2013, quando a cautela foi a palavra
de ordem das empresas e a avicultura
nacional conseguiu encontrar um mo-
mento de demanda mais ajustada em
relação ao mercado. A avicultura do
Paraná é pujante e fundamental para o
saldo positivo da balança comercial do
agronegócio brasileiro e, consequen-
temente, do próprio Brasil”, destaca.
2014: crescimento e cautelaCom o crescimento reesta-
belecido, o setor aguarda para 2014
um crescimento sustentável, que seja
mantido também para os anos seguin-
tes. De acordo com o presidente do
Sindiavipar, este ano deverá apresen-
tar grandes similaridades com o fecha-
mento do ano passado: “Acredito que
repetiremos a tônica do segundo se-
mestre de 2013. Nós iremos despontar
com crescimento. Eu vejo 2014 como
um ano promissor. Digo tranquilamen-
te que vamos crescer muito, o triplo
do PIB nacional”, reitera. Para efeito
comparativo, de acordo com as proje-
ções do Banco Central, o Produto Inter-
no Bruto (PIB) brasileiro deverá fechar
com alta de cerca de 2,4% em 2013.
O que possibilita expectativas
tão otimistas, de acordo com Martins, é
o trabalho que a indústria tem realizado
na conquista de novos mercados, exi-
bindo a competência paranaense para
produzir e gerenciar negócios. “A Uba-
Capa
roberto Kaefer – presidente Globoaves
Felizmente podemos di-
zer que foi um ano bem melhor que
2012. Agora, é importante ressaltar
que precisamos pensar 2014 com
bastante seriedade, para que haja
um equilíbrio entre alojamento, pro-
dução e comercialização. Isso é o que
vai nos permitir ter um ano tão bom
quanto o ano passado.
Adroaldo Paludo – diretor administrativo e financeiro Pluma Agrovícola
Podemos dizer que encerra-
mos 2013 como um ano muito bom em
contrapartida a 2012, que foi um dos
piores anos da história da avicultura
brasileira. É certo que ainda estamos
um pouco apreensivos e 2014 levanta
na gente um pouco de preocupação,
porque dependemos ainda de algu-
mas definições com relação à matéria-
prima e também sobre o volume de
matrizes alojadas, que está um pouco
além do mercado brasileiro.
Marcos batista – presidente Frango Sabor Caipira
A expectativa para 2014
é muito boa. Nós tivemos o ano de
2012, que infelizmente não foi um
ano muito bom para a avicultura bra-
sileira, mas já em 2013 assistimos a
uma recuperação fantástica do se-
tor. Acredito que a avicultura, e em
especial a avicultura paranaense,
deverá caminhar a passos largos nos
próximos anos, seja este que acabou
de começar, 2015 e os próximos que
virão.
eu vejo 2014 como um ano promissor.
Digo tranquilamente que vamos crescer
muito, o triplodo PIB nacional
Domingos Martins
27sindiavipar.com.br |
bef tem liderado a iniciativa de mostrar
a cara do Brasil lá fora, para que todos
saibam da nossa capacidade de cres-
cer”, destaca Martins.
Oficialmente, a Ubabef estima
um crescimento entre 3% e 4% no vo-
lume total da produção nacional de car-
ne de frango para este ano em relação
ao resultado de 2013. Sobre as expor-
tações, espera-se para o próximo ano
um crescimento entre 2% e 2,5% sobre
os volumes embarcados de 2013.
“O crescimento da produção
deverá se descolar das exportações,
diante da possibilidade de um aqueci-
mento do mercado interno com os gran-
des eventos internacionais. A expecta-
tiva é que políticas de governo voltadas
para o abastecimento interno durante a
Copa favoreçam o consumo de produtos
avícolas dentro do Brasil, recuperando
níveis de produção equivalentes ao de
2012. Devemos ter um crescimento
constante, seguro, mas sem otimismo
excessivo”, pontua Francisco Turra.
novos mercadosAtualmente, a carne de fran-
go paranaense é comercializada para
mais de 130 países em todo o mundo,
além do estado responder por 30%
das exportações nacionais. Entretanto,
o setor tem se mobilizado para buscar
novos clientes. O presidente do Sin-
diavipar afirma que o trabalho de pros-
pecção de novos mercados deve im-
pulsionar e consolidar cada vez mais
o Paraná como uma referência avícola
para o país e o mundo.
“O Paraná tem hoje a avicul-
tura mais avançada do país. Temos
aqui tecnologias de ponta, coopera-
tivas bem instituídas e novas empre-
sas chegando, que devem acrescentar
ainda mais oportunidades de avanços
para o setor”, conta. Segundo Martins,
a avicultura paranaense tem plenas
condições de fechar este ano nova-
mente com sua expansão e consolida-
ção da liderança.
referência para o mundo A boa situação pela qual pas-
sa a avicultura do Paraná também con-
solida a importância do estado ser o
maior produtor e exportador de uma
nação que é exemplo mundial. Em um
momento que se discute a tão impor-
tante necessidade de aumentar a pro-
dução de alimentos para um mundo
que não para de crescer – seremos 9,6
bilhões de pessoas até 2050, segun-
Capa
rubens zago – presidente Tecno Foods brasil
Temos uma expectativa
muito grande para o ano de 2014.
A Tecno Foods, inclusive, está
vindo para o Paraná confiante no
bom momento do setor. O evento
ocorrerá entre os dias 25 e 27 de
março de 2014, no Expotrade Con-
vention Center em Curitiba (PR). A
programação envolve 24 horas de
demonstrações e 36 horas de co-
nhecimento, e a nossa intenção é
transformar o estado em um íco-
ne nacional de feiras de proteína
animal.
Hélio Schorr – diretor representante belafoods
Costumo dizer aos quatro
cantos que temos a melhor avicul-
tura do planeta. Não apenas por-
que temos a melhor tecnologia e
a melhor estrutura, mas também
porque temos as melhores pesso-
as para lidar com esse segmento.
O trabalhador brasileiro é fantás-
tico e o avicultor brasileiro melhor
ainda. Quem conhece as indústrias
avícolas de outros países sabe que
nenhuma se compara à nossa. Por
isso, digo que o ano de 2013 foi
um ano de recuperação em rela-
ção a um ano muito ruim, que foi
2012. As empresas voltaram a se
capitalizar e a se organizar. A ex-
pectativa para 2014 é muito boa,
fantástica mesmo. Espera-se que
enfim tenhamos um ano tranquilo,
com muito trabalho e mais recu-
peração. O mundo precisa da avi-
cultura paranaense e brasileira.
o Paraná ajuda a definir os caminhos
que a avicultura nacional deverá seguir
Francisco Turra
28 | sindiavipar.com.br
LIDeraNÇa Paraná se consolidou como o principal estado produtor e exportador de carne de frango do País
Capa
28 | sindiavipar.com.br
do a Organização das Nações Unidas
(ONU) – em paralelo com a redução
dos impactos ambientais, o setor aví-
cola brasileiro tem sido uma referên-
cia global. Nenhum outro país produz
tanto, tão bem e de forma tão susten-
tável quanto o Brasil.
“Todos esses fatores repre-
sentam a consolidação de um tra-
balho de longo prazo da avicultura
paranaense com investimentos em
tecnologia, bem-estar animal, sus-
tentabilidade e sanidade”, finaliza
Domingos Martins.
luciano César Guimarães – gerente comercial Avenorte/Frangos Guibon
Foi um ano positivo. Houve
um crescimento em termos de preços,
comparado a 2012, em que sofremos
uma crise muito grande. Um momento
de crise é sempre um grande aprendi-
zado, então acredito que 2013 serviu
de lição. Evoluímos. E agora retoma-
mos uma base muito boa para pensar
um 2014 ainda melhor.
Hudson Silveira – CEo da Unifrango
O ano de 2013 foi um ano
de recuperação, em que empreen-
demos um trabalho muito forte para
nos recuperarmos: as empresas sa-
íram machucadas de 2012. Agora
temos uma expectativa de preços
maiores. Isso é muito bom e traz uma
energia muito positiva para este
2014, que, acredito, será tão bom ou
melhor que 2013.
Fonte: Sindiavipar/Secex
Fonte: Sindiavipar
Exportação de carne de frango
brasil Paraná
US$ kg US$ kg
2013 7.915.622.870 3.876.423.679 2.186.170.627 1.143.751.923
2012 7.704.189.807 3.920.174.730 2.045.499.157 1.126.284.171
2011 8.254.465.103 3.945.861.152 2.068.690.688 1.044.670.138
2010 6.810.027.767 3.824.729.802 1.695.137.917 1.001.533.474
2009 5.776.320.291 3.626.514.156 1.472.629.420 954.653.281
Abate Frango e Peru ( cab/ano )
Frango Variação Peru Variação
2013 1.463.490.290 4,27 9.874.612 -1,05
2012 1.403.522.683 0,85 9.979.332 5,02
2011 1.391.662.550 4,72 9.501.878 -21,63
2010 1.328.956.258 5,66 12.124.161 -14,22
2009 1.257.755.311 2,92 14.133.392 -11,19
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Alguns dos nossos espositores:
32 | sindiavipar.com.br
existe a perspectiva de um aquecimento do mercado interno diante dos grandes eventos esportivos
internacionais que o Brasil irá sediar nos
próximos anos
Depois de enfrentar em 2012 a
maior crise de sua história, com o impacto
da disparada dos preços de seus principais
insumos, o milho e a soja, a avicultura bra-
sileira deve encerrar 2013 com aumento
de 4% na receita das exportações de car-
ne de frango. O volume exportado deve
ser o equivalente ao registrado em 2012,
com 3,9 milhões de toneladas - nesse caso,
sem perder a posição de maior exportador
mundial e sem diminuir sua participação no
mercado internacional.
O Oriente Médio continua sendo
o principal destino das exportações brasi-
leiras. Ásia, África e União Europeia, nesta
ordem, completam os primeiros lugares no
ranking.
No caso das exportações aví-
colas em geral – e que incluem também
ovos, perus, patos, marrecos, material ge-
nético e ovos férteis – o fechamento de
2013 também terá crescimento na receita
cambial e pequena redução nos volumes
embarcados.
Este ano, um alinhamento entre
oferta e demanda, tanto no mercado inter-
no quanto no mercado internacional, deve-
rá levar a uma queda de 3% na produção
de carne de frango, que ficaria em 12,3 mi-
lhões de toneladas.
Para 2014 as projeções da União
Brasileira de Avicultura (Ubabef) são mais
otimistas, e apontam para um crescimento
de 4% na produção e de 2% a 2,5% nas ex-
portações.
O otimismo, no caso das exporta-
ções, está diretamente ligado a três pers-
pectivas: o aumento de plantas habilitadas
para vendas à China, um de nossos princi-
pais mercados; a recuperação das vendas
para a Venezuela, a partir de mecanismos
de garantia de pagamento; e com o ingres-
so de um novo mercado, o Paquistão.
Mas também existe a perspectiva
de um aquecimento do mercado interno
diante dos grandes eventos esportivos in-
ternacionais que o Brasil irá sediar nos pró-
ximos anos. O consumo de produtos avíco-
las está sendo favorecido, e fez com que a
produção retomasse os níveis de 2012. Um
crescimento constante, seguro, mas sem
otimismo excessivo.
É preciso atenção para alguns
pontos quando se fala em aumento da pro-
dução e da exportação da avicultura bra-
sileira. A começar para a competitividade.
Em 2002 o custo de produção por quilo de
frango vivo era de US$ 0,40 no Brasil, US$
0,70 nos Estados Unidos e US$ 1,00 na Tai-
lândia, dois de nossos principais concorren-
tes. Hoje, respectivamente, essa relação é
de US$ 1,15 contra US$ 1,20 nos EUA e US$
1,30 na avicultura tailandesa.
É preciso também investir cada
vez mais em biosseguridade, já que o au-
mento e a concentração da produção ten-
dem a aumentar os riscos sanitários. Da
mesma forma, sem ciência e tecnologia não
será possível atender convenientemente a
um aumento de demanda.
Existem, como podemos ver, gran-
des oportunidades para a avicultura brasi-
leira aumentar a venda de seus produtos no
mercado internacional, ampliando a oferta
de emprego e de renda em nosso país.
Mas também existem importan-
tes desafios que teremos de superar de
forma a assegurar essas perspectivas posi-
tivas para aquele que é um dos motores do
agronegócio brasileiro.
Avicultura brasileira
Ubabef
Superação da crise e perspectivas de crescimento
34 | sindiavipar.com.br
Gastronomia
Todo domingo era dia de ma-
carrão, polenta ao molho de frango
e radicchio na casa de dona Flora Ma-
dalosso Bertolli, proprietária e chefe
de cozinha do restaurante que leva o
sobrenome de sua família. “A tradição
do frango na Itália era assim: sempre
no domingo a nonna matava o frango,
ensopava e fazia com polenta. Depois
servia no almoço junto com os outros
pratos”. Foi assim que a avó de dona
Flora ensinou para a neta, depois de
trocar a Itália pelo Brasil, os segredos
gastronômicos trazidos na bagagem. E
que viriam a se transformar na receita
do sucesso do Madalosso, tradicional
restaurante da capital paranaense fun-
dado por ela junto com seus familiares.
A iniciativa de abrir um esta-
belecimento gastronômico partiu do
marido, Ademar Bertolli, que conven-
ceu o sogro a comprar em sociedade
um pequeno restaurante localizado no
bairro de Santa Felicidade, em Curitiba
(PR), chamado Flórida. Já no início dona
Flora cuidava da cozinha, enquanto
Bertolli trabalhava como garçom.
Inaugurado em 1963, o Mada-
losso cresceu aos poucos até atingir a
atual capacidade de 4.645 lugares, ca-
racterística que lhe rendeu o título de
maior restaurante das Américas no Gui-
ness Book, em 1995. Um número que
não fica muito atrás do atual recorde de
maior restaurante do mundo, perten-
cente ao Damascus Gate Restaurant, na
Síria, com 6.014 lugares, e estabelecido
somente em 2008.
Atualmente, o restaurante faz
parte do Complexo Madalosso, onde
estão localizados o Velho Madalosso,
no mesmo lugar do restaurante origi-
nal, o Novo Madalosso, e a Vila Mada-
losso, uma loja anexa que comercializa
o vinho e o suco de uva de fabricações
próprias servidos nos restaurantes.
Para dar conta de sua gigan-
tesca estrutura, o Madalosso emprega
75 pessoas na cozinha e 126 garçons
para atender a clientela. Em um mês
com bom movimento, o estabelecimen-
to chega a servir cerca de 56 toneladas
de carne de frango.
É por isso que dona Flora con-
ta que nessa saborosa história “o fran-
go sempre foi o prato principal da vida
dos irmãos Madalosso”, sendo até hoje
a base de todo o cardápio do restau-
rante. “Aquela asinha de frango que
servimos com alho por cima conquis-
ta a clientela. Além dos outros pratos,
como o nosso tradicional risoto, que
também é todo preparado à base de
frango”, detalha.
Outro segredo que explica o
sucesso do Madalosso é a constante
preocupação de dona Flora com a quali-
dade dos produtos. “Eu procuro sempre
os ingredientes de maior qualidade. A
asinha mesmo que eu costumo comprar
é mais gordinha, mais bonita. Pago mais
caro, mas entrego o melhor”, pontua.
Mãe de quatro filhos e hoje avó
de sete netos, dona Flora ainda exibe
uma disposição faminta por trabalho,
receita de sucessoCarne de frango sempre esteve presente na história do Madalosso, um dos maiores restaurantes do mundo
Gastronomia
mesmo com seus 74 anos. Prova disso
é que está diariamente na chefia da co-
zinha de seu restaurante, vigiando “se
estão caprichando nos pratos”, diz. O
expediente começa cedo: ela entra às
8 da manhã e não sai antes das 17 ho-
ras. “Sou viúva e todos os meus filhos
são casados. Então enquanto eu estiver
com saúde quero continuar trabalhan-
do aqui”, revela.
Dona Flora afirma que o res-
taurante chegou a acrescentar algumas
inovações em seu menu ao longo dos
últimos anos, mas sempre com a base
no almoço de domingo de sua nonna.
“Procuramos inovar o cardápio, mas so-
mente com pratos que sejam baseados
em fígado, frango e polenta”, explica.
Por seguir à risca a tradição italiana
desde o começo, o restaurante recebeu
La Stella di Identità Italiana em 2007,
honraria governamental destinada aos
melhores chefs e restaurantes italianos
fora da Itália.
ServiçoEspecialidade: Comida Italiana
Telefone: (41) 3372-2121
Site: www.madalosso.com.br
E-mail: [email protected]
Horário de funcionamento: Segunda a
sábado: 11h30 às 15h e 19h às 23h
Domingo: 11h30 às 15h30
Endereço: Av. Manoel Ribas, 5875, San-
ta Felicidade, Curitiba.
36 | sindiavipar.com.br
Para comemorar seus 50 anos,
a C. Vale contratou o cantor sertane-
jo Daniel para realizar não um, mas
três shows exclusivos aos associados
e colaboradores da cooperativa. Um
tom de grandiosidade e sucesso que
está presente em todos os números
da empresa.
Com sede em Palotina, no
oeste do Paraná, a cooperativa fechou
2013 com faturamento superior a R$
4 bilhões, um crescimento de mais de
25% em relação a 2012, além de ter
aumentado em cerca de 20% o rece-
bimento de produtos agrícolas. Hoje,
a companhia conta com mais de 14 mil
associados, emprega mais de 6 mil fun-
cionários nos estados do Paraná, Santa
Catarina, Mato Grosso e Mato Grosso do
Sul, e, na divisão de frangos, deve che-
gar ao número de abate de 400 mil aves
por dia ainda neste comecinho do ano.
Embora tenha completado
cinco décadas desde sua fundação,
foi somente a partir de 1995, com um
grande plano de modernização, que a
cooperativa passou a transformar-se
de grão em grão num dos maiores con-
glomerados do agronegócio brasileiro.
A estratégia tinha como foco principal a
agregação de valor à produção primária
e a profissionalização da gestão.
“Enxugamos o quadro de fun-
cionários, estabelecemos a política de
garantias para liberação de crédito para
insumos e acabamos com o paternalis-
mo, fazendo cada um pagar a sua conta.
Demos início ao processo de agroindus-
trialização, em 1997, com a implanta-
ção do complexo avícola apostando em
duas grandes inovações: a climatização
de aviários e o rateio do ICMS entre os
municípios envolvidos”, explica o pre-
sidente da C. Vale, Alfredo Lang.
As mudanças continuaram a ser
introduzidas ao longo dos anos 2000
com investimentos em indústrias para
processamento de amido modificado de
mandioca e com incentivos à produção
de leite e suínos. De acordo com Lang,
todas as evoluções vinham da percep-
ção de que apenas a compra e venda de
insumos geraria menos riquezas do que
a transformação de matéria-prima em
produtos com maior valor agregado.
“Nossa estratégia é aprovei-
tar a soja e o milho que os associados
produzem em grandes volumes e for-
mar cadeias produtivas. Fizemos isso
com frango, leite e suínos. Veja só o
caso do frango. Empregamos mais de
três mil pessoas de 26 municípios, ge-
ramos renda para muitos associados e
50 anos desucessoC. Vale comemora meio século como um dos maiores conglomerados do agronegócio brasileiro
Associados
reNDa Para Alfredo Lang, a diversificação de atividades é a verdadeira reforma agrária de que o Brasil precisa
37sindiavipar.com.br |
SUceSSo C. Vale é um dos maiores conglomerados do agronegócio brasileiro
A C. Vale nasceu em 7 de no-
vembro de 1963, com o nome de Co-
operativa Agrícola Mista de Palotina
Ltda (Campal), fundada por um grupo
de 24 produtores que objetivavam
resolver o problema da falta de local
para armazenar a produção e reduzir
as dificuldades que encontravam na
hora de escoar a safra, procurarem
crédito e a falta de assistência técni-
ca. Em 1969, aconteceu o início das
atividades da cooperativa com o re-
cebimento de trigo em armazém de
um moinho palotinense. No ano se-
guinte, a empresa viu ser construído
seu primeiro armazém.
O rápido crescimento da
produção levou a Campal a iniciar
a fase de estruturação física com a
construção de unidades para rece-
bimento de cereais no município de
Palotina. Com a divisão territorial da
região oeste entre as cooperativas,
a Campal expandiu-se para além das
fronteiras de Palotina, o que levou
os associados a modificar a razão
social da empresa, em 1974, para
Cooperativa Agrícola Mista Vale do
Piquiri Ltda (Coopervale). Em 1981,
a Coopervale passou a atuar no Mato
Grosso e, em 1984, no estado de
Santa Catarina.
No início dos anos 90, a
Coopervale montou um Plano de
Modernização ouvindo milhares de
associados, em trabalho coordena-
do por Alfredo Lang, que viria a as-
sumir a presidência da cooperativa
em 1995. Naquele ano, a Cooperva-
le começou a executar o plano para
tornar a empresa mais competitiva
e iniciar o processo de agregação
de valores aos produtos primários.
Era o início de uma nova era para a
cooperativa. A largada desta eta-
pa aconteceu em outubro de 1997,
quando foi inaugurado o complexo
avícola C.Vale.
Histórico
Associados
ainda distribuímos o ICMS conforme a
produção de frangos de cada municí-
pio envolvido no complexo avícola”,
pondera Lang.
Desenvolvimento O impacto de tamanho cresci-
mento foi sentido por toda a região de
Palotina. A cidade é considerada um
dos 20 municípios com maior efetivo
de galináceos, além de ser a 9ª cidade
do Paraná com o melhor Índice de De-
senvolvimento Humano – indicador da
Organização das Nações Unidas (ONU)
que considera os critérios de saúde,
educação e renda.
Segundo Lang, a C. Vale orgu-
lha-se de que suas atividades, o fran-
go, o leite, o suíno e também a mandio-
ca, proporcionem renda e criem novas
oportunidades de negócio, movimen-
tando o comércio e a indústria. “A ren-
da cresce e fica mais estável, tem uma
circulação de recursos mais equilibra-
da ao longo dos anos. A diversificação
de atividades é a verdadeira reforma
agrária de que o Brasil precisa”, reite-
ra o presidente da cooperativa.
38 | sindiavipar.com.br
O prazo para a entrega do plano
que adequa o setor industrial ao plano
de logística reversa da Secretaria de
Estado do Meio Ambiente (Sema) está
para acabar. A data limite é o final de
fevereiro agora. A boa notícia é que, de
acordo com a analista técnica de fomen-
to e desenvolvimento da Federação das
Indústrias do Estado do Paraná (Fiep-
-PR), Claudia Lacerda Martins, o índice
de adesão está melhorando.
“Embora ainda não tenhamos o
nível de adesão desejado, podemos con-
cluir que avançamos consideravelmente
em relação à situação inicial com a qual
nos deparamos quando do início da sen-
sibilização ao tema em 2012”, reitera.
Segundo Claudia, as empresas
que ainda não estão participando de-
verão integrar-se às reuniões de traba-
lho que são organizadas pelos sindi-
catos de representação com apoio da
Fiep-PR. “Já é perceptível o aumento
do conhecimento das empresas com
relação ao tema. Podemos, sim, dizer
que existe a oportunidade conjunta de
construção da logística reversa do se-
tor no estado”, afirma.
Após a data limite de feverei-
ro, a Fiep, sindicatos e indústrias darão
continuidade às ações necessárias para
a implementação do plano nas práticas
industriais, o que deverá tornar a Políti-
ca Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS)
enfim uma realidade.
Segundo o diretor executivo do
Sindicato das Indústrias de Produtos Aví-
colas do Estado do Paraná (Sindiavipar),
Icaro Fietcher, as empresas precisam fi-
car atentas para que o setor avícola dê
exemplo e cumpra com a meta imposta
pelos governos federal e estadual.
“O Sindiavipar tem trabalhado
ativamente junto às indústrias avícolas
do estado para garantir o progresso das
ações, mas cabe reiterar que somente
com a participação de todos será possí-
vel alcançar esse objetivo”, lembra.
no limite Plano de logística reversa deve ser entregue atéo final de fevereiro
Sustentabilidade
A necessidade da logística re-
versa teve início com a Política Nacional
de Resíduos Sólidos (PNRS), implantado
por meio da Lei Federal 12.305, aprova-
da pelo Congresso Nacional em 2010.
O Decreto 7.404/2013, que re-
gulamento o PNRS, determina em seu
artigo 13 que a logística reversa “é um
instrumento de desenvolvimento eco-
nômico e social caracterizado pelo con-
junto de ações, procedimentos e meios
destinados a viabilizar a coleta e a res-
tituição dos resíduos sólidos ao setor
empresarial, para reaproveitamento, em
seu ciclo ou em outros ciclos produtos,
ou outra destinação final ambiental-
mente adequada”.
Segundo a legislação, três ins-
trumentos podem ser utilizados para
sua implantação: regulamento, acordo
setorial e termo de compromisso – este
último foi o acertado entre o Sindiavipar
e a Sema.
Preocupações sustentáveis Além da imagem positiva que
deixa para as empresas, que estarão
aderindo a um trabalho limpo e sus-
tentável, o PNRS busca reduzir a perda
de materiais com potencial para serem
reciclados. Com isso, podem ser trans-
formados em matéria-prima para novos
produtos e fontes de renda para inúme-
ras pessoas e cooperativas que vivem e
trabalham na dependência desses ma-
teriais. O PNRS busca também evitar so-
brecargas de aterros e a contaminação
hídrica, contaminação de solo, poluição
visual, entre outras características que
esses materiais dispostos inadequada-
mente podem causar.
Para Claudia Lacerda Martins,
da Fiep-PR, “o plano reduz o impacto e
custos necessários ao tratamento dos
resíduos sólidos e promove o surgimen-
to e a geração de negócios relacionados
à economia verde. Também deve pro-
mover uma aumento da conscientiza-
ção dos consumidores quando à forma
adequada de descarte dos resíduos só-
lidos”, esclarece.
A opinião é compartilhada por
Icaro Fietcher, do Sindiavipar: “a obri-
gação de estruturar e implementar uma
cadeia de logística reversa não deve ser
encarada apenas como uma exigência da
lei, mas sim como uma maneira de uti-
lizarmos sustentavelmente os recursos
naturais de nosso planeta. Uma atitude
de consciência, portanto”, pontua.
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notas e registros
Realizada há 13 anos em Flo-
rianópolis (SC), a Feira da Indústria Lati-
no Americana de Aves e Suínos - AveSui
América Latina já tem data marcada para
2014, entre os dias 13 e 15 de maio. Pri-
mando pela comodidade e bem-estar
dos visitantes, expositores e congres-
sistas da feira, a Gessulli Agribusiness,
organizadora do evento, novamente fir-
ma parceria com seis hotéis da capital
catarinense: Cecomtur Executive Hotel,
Porto da Ilha Hotel, Mercure Florianó-
polis Convention , Mercure Florianópolis
Centro, Majestic Palace e Hotel Sofitel
Florianópolis.
Os visitantes, expositores e con-
gressistas poderão contar com tarifas es-
peciais de hospedagem no ato da reserva
e com serviço de “transfers ida/volta”
entre os hotéis conveniados e o Pavilhão
de Exposições CentroSul durante os dias
da feira. A organizadora avisa, no entan-
to, que apesar da grande rede hoteleira
em Florianópolis, as vagas se esgotam ra-
pidamente. Todas as informações sobre
os serviços e reservas podem ser encon-
tradas no site avesui.com/hospedagem.
AveSui 2014: hospedagem
Presente no mercado desde
2006, Vaxxitek HVT+IBD atingiu em
2013 um valor acumulado de 36 bi-
lhões de doses vendidas em todo o
mundo, o que representa um recorde
de vendas no mercado de biológicos
aviários. Vaxxitek HVT+IBD foi a pri-
meira vacina vetorizada contra Marek
e Gumboro lançada no Brasil, revo-
lucionando o mercado de biológicos
aviários com a possibilidade de imu-
nizar, simultaneamente, contra as duas
enfermidades com uma única dose no
incubatório.
Atualmente, é comercializa-
da em mais de 65 países nos quais há
constante fluxo de trabalhos relatando
melhoria nos índices zootécnicos em
lotes usuários, ganhos com redução na
condenação de carcaças no abatedou-
ro, além de promover uma imunidade
duradoura e eficaz inclusive em aves
de ciclo longo.
A ampla utilização de Vaxxi-
tek reforça o conceito de vacinação de
frangos no incubatório, prática cres-
cente devido à escassez de mão de
obra e progressiva empregabilidade do
processo de vacinação in ovo. Vaxxitek
mantém excelentes níveis de proteção
contra IBD e pode ser utilizada em asso-
ciação a outras vacinas. Para mais infor-
mações, consulte merial.com.br.
Vaxxitek HVT+IbD
41sindiavipar.com.br |
notas e registros
A unidade Feed da Quimtia
do Brasil, especializada em desen-
volver, produzir e distribuir linha de
produtos para a área de nutrição e
saúde animal, efetuou a contratação
do profissional Anderson Veiga.
Anderson tem ampla expe-
riência na área de produção de aves
e suínos e em uso de aditivos e veio
a agregar como gerente de Solutions
para a América Latina. Graduado em
medicina veterinária, tem mais de
20 anos de experiência no segmen-
to e atuou como gerente técnico e
sanidade na Globoaves, passando
pela área comercial em Santa Ca-
tarina. Também tem experiência
internacional tanto na área técnica
como administrativa, em Portugal
e Equador. Na América Latina atuou
como gerente de projetos e de saú-
de intestinal. “A qualidade e garan-
tia dos nossos produtos nos permite
abastecer diversos países da Améri-
ca Latina com a mais alta eficiência,
além do sustento representado por
mais de 35 anos de experiência no
mercado”, afirma Anderson.
A Quimtia trabalha com foco
na otimização das linhas de ingre-
dientes nutricionais, como os ami-
noácidos, minerais, vitaminas e pre-
mix para todas as espécies animais.
Assim como investe no desenvol-
vimento de novas tecnologias para
as soluções nutricionais, como enzi-
mas, ácidos orgânicos, adsorventes
de micotoxinas, premix especiais e
pigmentos naturais.
Como objetivo a Quimtia
quer ser reconhecida como referên-
cia em nutrição animal e fornecer as
melhores soluções nutricionais para
os clientes. Para mais informações
acesse quimtia.com
nova contratação
A Ourofino Agronegócio, maior
fabricante brasileira de soluções vete-
rinárias, entrega quinzenalmente 1400
dúzias de ovos para colaboradores e en-
tidades carentes da região de Cravinhos
(SP), onde está a sua sede, totalizando
33,6 mil unidades por mês. A iniciati-
va faz parte do projeto “Nossa Horta”,
mantido desde 2009 pela companhia,
que distribui semanalmente legumes,
frutas e verduras e beneficia mais de
1,2 mil famílias. A cada mês, são doa-
das aproximadamente 25 toneladas de
alimentos. “A intenção é contribuir para
a boa alimentação dos colaboradores,
promovendo saúde e bem-estar dentro
e fora da empresa”, afirma Carla Marçal,
diretora de RH da Ourofino.
A companhia desenvolve diver-
sos programas ao público interno, além
de política de valorização dos colabo-
radores. As iniciativas renderam em
2013 dois importantes prêmios. O guia
da revista Você S/A elegeu a empresa
como a melhor do setor farmacêutico
para trabalhar, enquanto ranking da re-
vista Época incluiu a Ourofino entre as
20 melhores em todo o Brasil. Para mais
informações acesse ourofino.com
Projeto “nossa Horta”
42 | sindiavipar.com.br
Mito ou verdade
A utilização de hormônios na
produção da carne de frango é um mito
- e também uma ação ilegal de acordo
com a legislação brasileira. Mas da mes-
ma forma que a brincadeira infantil do
telefone sem fio, a história continua a ser
espalhada por boa parte dos consumido-
res como se fosse verdadeira. Aliás, não
só pelos consumidores.
Em 2012, uma produção de
grande audiência da televisão nacional,
a novela Avenida Brasil, da TV Globo, di-
fundiu a informação equivocada na fala
de um seus personagens. Mais recente-
mente, no último mês de outubro, foi a
vez do programa Globo Repórter, da mes-
ma emissora, apresentar uma nutricio-
nista mencionando hormônio em aves.
De acordo com o chefe de Pes-
quisa e Desenvolvimento da Empresa
Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Em-
brapa) - Suínos e Aves, Gerson Scheuer-
mann, a exclusividade da desinformação
não é somente nossa, pois “o mito de que
o frango é criado com hormônios corre
no mundo todo”.
A crença é tão forte que mesmo
especialistas de outras áreas que não
são ligadas à pesquisa avícola também
reproduzem o mito. “É comum a veicu-
lação nos meios de comunicação, inclu-
sive através de profissionais da saúde
humana, de que algo prejudicial está
sendo utilizado de forma ilegal e clan-
destina na produção de aves”, constata
Scheuermann.
Para entender os motivos que
levam o mito ser ainda tão forte, faz-se
necessário um resgate do desenvolvi-
mento histórico da avicultura. Espe-
cialmente no Brasil, a atividade avícola
transformou-se completamente em um
curto período de tempo: em apenas 30
anos, saltou da condição de subsistência
para ser reconhecida como uma das mais
desenvolvidas e competitivas da econo-
mia global.
Scheuermann explica que essa
condição colaborou para manter a cren-
ça dos consumidores no mito do hormô-
nio. “Os frangos passaram a ser abati-
dos cada vez mais cedo. Então o pessoal
reparava a velocidade com que as aves
cresciam e imaginavam que havia algo
de anormal nesse processo”, esclarece
o pesquisador.
O fato é que o rápido cresci-
mento do frango é o efeito de décadas
de investimento em pesquisa cientí-
fica. Isso porque as aves consomem
uma dieta balanceada nos mínimos
detalhes entre aminoácidos, macro e
o mito do hormônioCrença de que frangos são criados com hormônios aindatem força na sociedade
42 | sindiavipar.com.br
43sindiavipar.com.br |
Mito ou verdade
micro-minerais e vitaminas, que satis-
fazem de forma eficaz todas as necessi-
dades energéticas do animal.
Além disso, para o especialista, a
evolução no campo da seleção genética
é responsável por 90% da eficiência do
ganho de peso. Esse desenvolvimento
resultou em aves que requerem aproxi-
madamente 1/3 do tempo e 1/3 do total
de alimento de uma ave desenvolvida na
década de 1950.
“Uma linhagem selecionada
apresenta melhoras de 320% para ga-
nho de peso, 20% para ganho alimentar,
e 60% para rendimento de peito em re-
lação à linhagem sem seleção. Portanto,
essa é a “substância mágica” responsá-
vel pelo fantástico desenvolvimento do
frango de corte”, reitera Scheuermann.
Para o presidente executivo da
União Brasileira de Avicultura (Ubabef),
Francisco Turra, “o frango brasileiro pas-
sou a se desenvolver mais rapidamente,
e com carne de melhor qualidade e sa-
bor, utilizando a combinação entre alta
tecnologia de ambiência, genética e
alimentação à base de milho e soja, em
um sistema integrado entre produtores e
frigoríficos. São diferenciais que nenhum
outro país reúne”, afirma.
Controle sanitário O Programa Nacional de Contro-
le de Resíduos e Contaminantes (PNCRC),
promovido anualmente pelo Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(Mapa), também corrobora essa informa-
ção. A fiscalização analisa a ocorrência de
resíduos nos produtos e, desde sua im-
plantação, nunca foi constatada qualquer
utilização de hormônios na produção da
carne de frango brasileira.
Somente no último levanta-
mento foram realizadas 3,7 mil análises
em aves voltadas tanto para o consumo
do mercado interno quanto para expor-
tação. Nenhuma apresentou resultado
positivo para substâncias de ação ana-
bolizante, assim como as demais análises
realizadas em anos anteriores.
O dado é confirmado por Lean-
dro Feijó, diretor substituto do Depar-
tamento de Inspeção e de Produtos de
Origem Animal do Mapa. “A comunidade
científica, assim como as autoridades
sanitárias do Brasil, tem plena ciência e
convicção científica quanto a não susten-
tação desta ‘verdade’ perpetuada e qua-
se entendida como verídica por muitos
consumidores”, reitera.
Além do levantamento promo-
vido pelo Mapa, o fato do Brasil ter se
tornado, a partir de 2004, o maior expor-
tador mundial do produto, representa
um atestado à qualidade e à sanidade da
carne brasileira. Para estar em mais de
150 países, como é atualmente, o frango
produzido pelo país precisa atender aos
mais rigorosos padrões de qualidade e
fiscalizações nacional e internacional.
Algumas das medidas tomadas
pela Ubabef para desfazer o mito do hor-
mônio têm sido ações direcionadas aos
consumidores, mídia e nutrólogos. “Mo-
bilizamo-nos há tempos para desfazer
essa forma desonesta de tentar afetar a
imagem de um produto de alta qualidade
e sanidade, obtido a partir de um proces-
so de produção de excelência”, finaliza
Francisco Turra.
1) 100% saudável e popular
O frango está presente na
mesa de 100% das famílias brasi-
leira e é consumido por 58% da po-
pulação, cerca de duas a três vezes
na semana. Isso porque se trata de
um alimento acessível à maioria e
rico em nutrientes, sendo uma re-
comendação saudável para qual-
quer dieta.
2) não utiliza hormônios exógenos
para ser produzido
A instrução n° 17, de 18 de
junho de 2004, do Ministério da
Agricultura, proíbe a administração,
por qualquer meio, na alimentação
e produção de aves, de qualquer
substância com efeitos tireostáti-
cos, androgênicos, estrogênicos ou
gestagênicos, bem como substân-
cias ß -agonistas, com a finalidade
de estimular o crescimento e a efi-
ciência alimentar.
3) não haveria razões para utiliza-
ção de hormônios exógenos
A literatura acadêmica de-
monstra que não existem vantagens
convincentes do uso de hormônios
exógenos no desempenho das aves
de produção. Ainda, dependendo da
substância, a utilização requereria
injeção individual ou por meio de
cateter implantado para possibili-
tar liberação em frequência pulsátil
que simula o processo natural. Ao
considerar que o Brasil cria mais
de 6 bilhões de frangos por ano, a
inviabilidade da prática é evidente.
Fontes: Ubabef e Embrapa
Suínos e Aves.
Verdades sobre a carne de frango brasileira
44 | sindiavipar.com.br
A avicultura paranaense tem mui-
tos motivos para comemorar 2013. O esta-
do viu de perto a recuperação da força de
sua indústria, que produz cada vez mais
e melhor. Prova disso é que o Paraná, que
desde 2000 é o maior produtor brasileiro
de carne de frango, e já havia consolidado
em 2012 a liderança em volume nas expor-
tações, agora, neste ano, conquistou tam-
bém o primeiro lugar em faturamento.
Alcançamos ainda um novo pa-
tamar histórico para o estado: mais de 131
milhões de cabeças abatidas durante o mês
de outubro. Resultados grandiosos que fo-
ram celebrados em um ano que despontou
com previsões pequenas, mas vencidas
com a receita que gostamos de repetir to-
dos os dias: muito trabalho.
Especificamente no caso do
Paraná, existe ainda outra característica
que me deixa bastante contente: a dis-
tribuição de renda no interior do estado.
Por aqui, a avicultura está melhorando
a realidade de muitas famílias. Isso por
dois motivos: primeiro, porque a criação
de frango praticamente dobrou no Paraná
nos últimos dez anos.
De acordo com dados nossos do
Sindicato das Indústrias de Produtos Avíco-
las do Estado do Paraná (Sindiavipar), a cria-
ção de frango saltou de 810 milhões de ca-
beças abatidas em 2003 para 1,4 bilhão de
cabeças atualmente. Ao mesmo tempo, na
última década, as exportações aumentaram
mais de 100% e passaram de 550 mil tone-
ladas para 1,12 milhão de toneladas. Segun-
do, porque a atividade avícola paranaense
baseia-se em pequenas propriedades, o que
movimenta o dinheiro por toda a caadeia, ao
invés de concentrar nas mãos de poucos.
Atualmente, a avicultura empre-
ga 660 mil pessoas, entre 60 mil empre-
gos diretos e outros 600 mil indiretos, o
que representa cerca de 6% da população
do Paraná. Números que impressionam e
aquecem a economia das nossas cidades.
Hoje as 43 indústrias avícolas paranaenses
estão localizadas em 29 municípios do total
de 399 no estado. Dos 32 municípios que
apresentam Índice de Desenvolvimento
Humano (IDH) – indicador das Organizações
das Nações Unidas (ONU) que considera os
critérios de saúde, educação e renda – su-
perior à média estadual, quinze têm avicul-
tura forte e figuram entre os maiores plan-
téis do Paraná.
De modo geral, todas essas con-
quistas refletem o bom momento produ-
tivo da avicultura brasileira: sem sombra
de dúvidas o Brasil produz hoje a melhor
carne de frango do mundo. A nossa in-
dústria, altamente tecnificada e moderna,
diferencia-se por uma grande capacidade
competitiva, que faz com que não haja
como cercarem a expansão nacional. Te-
mos um ambiente maravilhoso dentro do
conceito moderno de se produzir frango
com todos os critérios de abate humani-
tário e por isso conseguimos atender aos
mercados mais exigentes.
Em um momento que se discute a
tão importante necessidade de aumentar a
produção de alimentos para um mundo que
não para de crescer – seremos 9,6 bilhões
de pessoas até 2050, segundo a ONU – em
paralelo com a redução dos impactos am-
bientais, o setor avícola brasileiro tem sido
uma referência global.
Ao considerarmos que foi a par-
tir da Revolução Industrial que novas tec-
nologias permitiram que se produzissem
mais alimentos por hectare, podemos
chamar o momento que vivemos de uma
Revolução Avícola nacional. Nenhum ou-
tro país produz tanto, tão bem e de for-
ma tão sustentável quanto nós. Por isso a
importância no fato do Paraná ser o maior
estado produtor e exportador de uma na-
ção que é exemplo mundial. Além de tam-
bém ser um motivo de orgulho para todos
nós, brasileiros e paranaenses.
E se 2013 foi um ano com muitos
motivos para comemorar, 2014 promete
ser ainda melhor. Vamos crescer muito
e perpetuarmos a araucária como o sím-
bolo mais representativo da produção de
carne de frango do Brasil. A qualidade do
frango brasileiro é imbatível. Dificilmen-
te alguém vai conseguir produzir igual.
Melhor, jamais.
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46 | sindiavipar.com.br
Os benefícios da aplicação de
altos padrões de bem-estar animal no
momento do pré-abate e abate geram
benefícios ao longo de toda a cadeia pro-
dutiva, iniciando-se pelo animal e se es-
tendendo até o granjeiro, a indústria e ao
consumidor. Segundo explica José Ro-
dolfo Panim Ciocca, gerente do Programa
de Abate Humanitário (Steps) da Socie-
dade Mundial de Proteção Animal (WSPA
Brasil), para os animais os benefícios são
significativos, como, por exemplo, a re-
dução do medo, da dor e do estresse cau-
sado nas etapas de apanha, transporte,
pendura e insensibilização, redução da
sede e fome (ajustando tempos de jejuns
adequados à espécie), entre outros.
Para os granjeiros, transporta-
dores e indústrias o grande benefício
está na redução de perdas na qualida-
de, o que também reduz os prejuízos
econômicos. “A adoção de padrões de
bem-estar proporciona a redução de he-
matomas, contusões e fraturas e redução
de defeitos na carne como, por exemplo,
a carne PSE, do inglês Pale, Soft and Ex-
sudative (Pálida, flácida e exsudativa),
melhorias no rendimento e redução em
contaminação”, explica Ciocca. Ainda de
acordo com ele, para finalizar, há um be-
nefício para o consumidor, pois é quem
terá acesso a um produto de melhor qua-
lidade.
Segundo Ciocca, o Brasil tem
evoluído muito nos últimos 10 anos no
tema de abate humanitário. Isso se deve
tanto pela publicação de uma legislação
específica (Instrução Normativa nº 3), a
qual obriga todos os frigoríficos a cumpri-
rem com padrões mínimos de bem-estar,
quanto ao comprometimento permanen-
te por parte do Ministério da Agricultu-
ra, Pecuária e Abastecimento (Mapa), na
adesão ao Programa Steps para capacitar
e atualizar os Fiscais Federais Agropecu-
ários no tema, e na criação da Comissão
Técnica de Bem-estar animal (CTBEA).
“No Paraná, por ser um grande produtor
e exportador, principalmente de frango
aos países europeus, tem se destacado
na aplicação de boas práticas de bem-es-
tar animal durante o pré-abate e abate,
com indústrias bastante comprometidas
com a causa”, destaca.
PreparoNa visão da WSPA, bem-estar
animal é um dever ético e moral, e, por-
tanto, deve-se mover o mundo para
protegê-los. “Porém, sabemos que o
atendimento aos padrões mínimos de
bem-estar dos animais não envolve ape-
nas a questão moral, mas também uma
questão legal, ambiental e econômica”,
diz Ciocca. Na opinião da instituição, a ca-
deia precisa sempre, independentemen-
te do tema, se atualizar e buscar métodos
de melhorias constantes. “Vemos que a
capacitação é a ferramenta fundamental
Conheça as vantagens da aplicação de métodos debem-estar na produção de aves
Abate de alto padrão
bem-estar
47sindiavipar.com.br |
para aqueles que buscam o atendimento
ao bem-estar e a redução de perdas. Por
esse motivo, nosso alicerce é a educação
por meio da capacitação e conscientiza-
ção”, destaca.
Para adequar o treinamento
realizado pela instituição à realidade e
necessidades de cada indústria, no dia
anterior ao início da capacitação, os su-
pervisores da WSPA realizam uma cole-
ta de dados sobre Pontos de Controle e
Pontos Críticos de Controle relacionados
a bem-estar animal, de acordo com a
espécie abatida. “Para isso são escolhi-
dos vídeos e fotos do manejo e das ins-
talações, além de um checklist próprio
desenvolvido com base em auditorias
nacionais e internacionais de bem-estar
animal. Após a realização do treinamen-
to, é gerado um relatório com os princi-
pais pontos críticos identificados, sendo
que os mesmos serão discutidos durante
as atividades teóricas e práticas”, relata.
De acordo com a entidade, a
aceitação dos treinamentos tem sido
muito ampla e positiva, o que mostra que
as indústrias estão buscando a melhoria
nas etapas de pré-abate e abate, pois
veem grandes benefícios no processo
como um todo. Em cinco anos de atua-
ção, o programa capacitou em torno de
seis mil técnicos, contemplando mais de
250 frigoríficos e cinco bilhões de ani-
mais beneficiados no Brasil e em alguns
países da América Latina.
DúvidasAs maiores dúvidas que surgem
durante os treinamentos são referentes
aos parâmetros elétricos para insensibi-
lização de aves, métodos alternativos de
insensibilização, tempo de jejum ideal
para cada espécie, eficiência da sangria
utilizando-se métodos que causam a
morte do animal durante a insensibili-
zação e adequação e/ou equivalência
das normas brasileiras com normas in-
ternacionais (principalmente Europeia).
Para Ciocca, o primeiro ponto
para que as indústrias não encontrem
dificuldades no cumprimento das nor-
mas exigidas seria desmistificar o con-
ceito de que bem-estar animal vai de
encontro com produtividade. Pesquisas
científicas comprovam que a aplicação
e atendimento de protocolos de bem-
-estar animal em toda a cadeia produti-
va geram benefícios significativos para
todos os envolvidos, animais e pessoas.
“Para que não haja dificuldades
ou paradigmas, deve haver um compro-
metimento e organização de todos os
envolvidos no processo, desde o opera-
dor que lida diretamente com o animal
até a diretoria”, orienta Ciocca. Segundo
ele, empresas e pessoas precisam com-
preender que para cumprir com altos ní-
veis de bem-estar, não é necessário alto
nível de tecnologia ou investimento, a
essência é a mudança de atitude frente
a um animal senciente, ou seja, capaz de
sentir emoções, medo, aflição, dor e se
interagir com o meio ao seu redor.
bem-estar
empresas e pessoas precisam compreender
que para cumprir com altos níveis de
bem-estar, a essência é a mudança de
atitude frente a um animal, capaz de
sentir emoções, medo, aflição e dor
48 | sindiavipar.com.br48 | sindiavipar.com.br
Frango ao molhode maracujá
• 1 kg de filé de peito de frango
• 2 dentes de alho
• 1 cebola pequena ralada (ou em purê)
• 2 colheres de sopa bem cheias de manteiga
• 1/2 xícara de chá de açúcar
• 1 xícara de polpa de maracujá sem
sementes ou 1/2 xícara de chá de suco
de maracujá diluído em 1/2 xícara de chá
de água
• Sal e pimenta-do-reino
InGrEDIEnTES
ReceitaReceita
1. Tempere os filés com o alho, o sal e a pimenta. Deixe por dez minutos. 2. Asse-os em forno moderado até que estejam dourados e cozidos. Pode-se, ainda, fritá-los em frigideira com um pouco de manteiga. 3. Coloque a manteiga em uma panela média e frite a cebola até ficar transparente. 4. Adicione o açúcar e deixe formar um caramelo claro, mexendo sempre. 5. Junte o suco de maracujá e tempere com o sal, mexendo sempre. Deixe evaporar por cinco minutos. 6. Coloque os filés em uma travessa e regue com o molho. Sirva bem quente, guarnecido de legumes na manteiga.
MoDo DE FAzEr
48 | sindiavipar.com.br
Tempo de preparo: 40min
Rendimento: 2 pessoas
Fonte: cybercook.terra.com.br
Frango Sabor Caipira
SIP 0003-A | SISBIIvaiporã - frangocaipiraivaipora.com.br
PArAnÁReferência em produção, exportação e sanidade avícola
Avícola Pato Branco Pato Branco - avicolapb.com.br
Granja RealPato Branco - granjareal.com.br
Marco AviculturaTamarana
Cooperaves - Coop. Regional de Avicultores
SIF 1860Paraíso do Norte
Abatedouro Coroaves
Agrícola Jandelle
Agroindustrial Parati
Agroindustrial Parati
Maringá - coroaves.com.br
Rolândia - bigfrango.com.br
Rondon - agroparati.com.br
SIF 2137
SIF 1215
SIF 3925
SIF 2010Umuarama - agroparati.com.br
Avícola Felipe
SIF 1880Paranavaí - misterfrango.com.br
Avenorte Avícola Cianorte
SIF 4232Cianorte - guibon.com.br
Avebom
SIF 2677Jaguapitã - avebom.com.br
Agrogen
SIF 3170Itapejara do Oeste - agrogen.com.br
Diplomata Industrial e Comercial
SIF 2539Capanema - diplomata.com
Frango DM
SIF 270Arapongas - frangoagosto.com.br
Frango Seva
SIF 2212Pato Branco - frangoseva.com.br
Frangos Pioneiro
SIF 1372Joaquim Távora - frangospioneiro.com.br
Gonçalves & Tortola
SIF 4166Maringá - frangoscancao.com.br
Jaguafrangos
SIF 2913Jaguapitã - jaguafrangos.com.br
Granjeiro Alimentos
SIF 4087Rolândia - frangogranjeiro.com.br
Coopavel Cooperativa Agroindustrial
SIF 3887Cascavel - coopavel.com.br
Seara Marfrig Group
SIF 530Lapa – seara.com.br
BRF - Brasil Foods S.A.
SIF 716Toledo - brf-br.com
Tyson do Brasil
SIF 2694C. Mourão - tyson.com.br
SIF 88
Unifrango AgroindustrialMaringá - unifrango.com
SIF 603
Unitá - Cooperativa CentralUbiratã - unitacentral.com.br
SIF 1876
Agroindustrial São JoséSanta Fé - agroindustrialsaojose.com.br
Avícola CarminattiSanto Antônio do Sudoeste - avicolacarminatti.com.br
Globoaves AgroavícolaCascavel - globoaves.com.br
Gralha Azul AvícolaFrancisco Beltrão - gaa.com.br
Granja Econômica Avícola Carambeí - granjaeconomica.com.br
Pluma AgroavícolaDois Vizinhos - plumaagroavicola.com.br
Seara Marfrig Group
SIF 2227Jacarezinho - seara.com.br
Kaefer Agroindustrial (Globoaves)
SIF 1672Cascavel - globoaves.com.br
BRF - Brasil Foods S.A.
SIF 1985Dois Vizinhos - brf-br.com
BRF - Brasil Foods S.A.
SIF 2518Francisco Beltrão - brf-br.com
BRF - Brasil Foods S.A.
SIF 8096Carambeí - brf-br.com
AbATEDoUroS
InCUbATÓrIoS
exportação geral
Habilitações:
exportação para UEexportação para ChinaAbate Halal
sindiavipar.com.br
SIF 7777Santo Inácio – brfrango.com.brBR Frango
C. Vale Cooperativa Agroindustrial
SIF 3300Palotina - cvale.com.br
SIF 664
Cocari Cooperativa AgroindustrialMandaguari - cocari.com.br
Coop. Agroindustrial Lar
SIF 4444Medianeira - lar.ind.br
Copacol Coop. Agroindustrial Consolata
SIF 516Cafelândia - copacol.com.br
Copagril - Coop. Agricola Mista Rondon
SIF 797Mal. Cândido Rondon - copagril.com.br
25, E DE MARÇO DE 201426 2714h Às 21h | EXPOTRADE CONVENTION CENTER | Curitiba - PR
Faça parte da TECNO FOOD BRAZIL 2014
e ajude a construir um ícone nacional e internacional
no ramo de Feiras de Proteína Animal.
24 HORAS DE FEIRA
36 HORAS DE CONHECIMENTO
SEMINÁRIO INTERNACIONAL / / CURSOS INTENSIVOS WORKSHOPS
A TFB 2014 em parceria com o Centro de Tecnologia de Carnes (CTC), uma das
unidades de pesquisa do Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL) irão promover a
EDUCAÇÃO e o CONHECIMENTO, nos dias 26 e 27 de março de 2014, através da
realização do Seminário Internacional de Ciência, Tecnologia e Inovações para a
Indústria de Carnes. Além disso, durante todo o evento, teremos CURSOS
INTENSIVOS e WORKSHOPS que irão ocorrer no PÁTIO DO
CONHECIMENTO DA TFB 2014 a fim de levar novas técnicas e tecnologias para as
indústrias do país, com o apoio das principais Instituições de Pesquisa, Associações e
Sindicatos do setor.
Centro de Tecnologia de Carnes
g5P R OMO T R A D E
Realização e Organização:
Apoio Institucional:
Mídia Oficial:Montadora Oficial:Agência de Turismo Oficial: Hotel Oficial: Cia Aérea Oficial:Cia Aérea Oficial:
facebook.com/tecnofoodbraziltecnofoodbrazil.com.br
ENTRE EM CONTATO COM NOSSA EQUIPE COMERCIAL E GARANTA SEU ESPAÇO:
(41) 3669.8412 | (11) 5505.2170 | (11) 99970.1584 | (11) 98224.4355 | (55) 9923.0372
CREDENCIAMENTO E INSCRIÇÕES
Para participar da TECNO FOOD BRAZIL 2014 basta se cadastrar -
gratuitamente - pelo site:
Inscrições e maiores informações para o SEMINÁRIO
INTERNACIONAL, deverão ser feitas pelo site: .
www.tecnofoodbrazil.com.br
www.ital.sp.gov.br
Feira Internacional de Prote�na Animal
Centro de Tecnologia de Carnes
Comitê Científico:
Associação Brasileira de Frigoríficos
Apoio Governamental:
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Indústria de Carnes. Além disso, durante todo o evento, teremos CURSOS
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