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Haydée SvabOrientador: Leonardo Avritzer
Espaço Digital e Participação Real
PRODEP / FAFICH / UFMG
Co-orientadora: Rayza Sarmento
Mecanismos derepresentação
Mecanismos departicipaçãoDEMOCRACIA
Participação social como intensificadora da democracia
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Mecanismos derepresentação
Mecanismos departicipaçãoT I C
Internet
O quanto as pessoas da sociedade civil conhecem ereconhecem mecanismos de participação por meios digitais?
Como é o impacto desses mecanismo para o governo?
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Mecanismos de representação política
● método de formação de governo (Schumpeter, 2010)
● restrição do conceito de soberania como origem do elitismo democrático
● perda de adesão popular às instituições representativas a partir da terceira onda democrática (Avritzer; Santos, 2003)
● enfraquecimento da identidade partidária, mediadores entre cidadãos(ãs) e governo (Veiga, 2007; Dalton, 2002)
● crise da representação [eleitoral] (Avritzer, 2007):- não abarca a totalidade das relações entre atores sociais e Estado (Urbinati, 2006)
- não reflete a pluralidade de discursos existentes (Dryzek, 2000)
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Mecanismos de participação política
● Participação comunitária (Carvalho, 1995; Pateman 1992)
● Participação popular (Carvalho, 1995; Pereira, 1999)
● Participação social (Pateman, 1992)
“será somente praticando o governo popular em pequena escala que o povo terá alguma possibilidade de aprender a exercitá-lo em maior escala” (Pateman, 1992, p.58)
● Exemplos internacionais: conselhos de bairro em Chicago (Fung, 2003); Reformas na Índia (Isaac e Heller, 2003); Cidade Digital (Lemos, 2004; Castells, 2001; Guerreiro, 2006); “constituinte” na Islândia (Bani, 2012; Landemore, 2014)
● Exemplos nacionais: Orçamento Participativo de Porto Alegre (Santos, 1998; Marquetti, 2003; Baiocchi, 2003); Conselhos de Saúde (Decretos 8.659/1911 e 34.347/1954; Leis 378/1937 e 9.131/1995)
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● audiências públicas
● conferências
● conselhos
● referendo, iniciativa popular, plebiscito
● marchas e manifestações
● orçamento participativo
● meios digitais de participação
Gabinete Digital(estado do Rio Grande do Sul)
Participa.br(governo federal)
Mecanismos de Participação Social
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● não foi desenvolvida como produto de mercado
● nasceu da união entre contracultura e academia (Castells, 2001)
● inteligência distribuída nas pontas (Lessig, 2001)
● internauta é emissor e receptor (Cardon, 2012)
Internet
● “espaço de comunicação aberto pela interconexão mundial dos computadores e das memórias dos computadores”(Lévy, 2010)
● fenômeno da desterritorialização (Johnson, 2002; Barlow, 1996)
● Construção simbólica(Castells, 2005)
Ciberespaço
● sistema de nós interligados, estrutura aberta, dinâmica e sem centro (Castells, 2005)
● governança horizontal, cultura de troca e de inovação coletivas dentro de um contexto global (Benkler, 2006)
● Aproxima semelhantes(Cardon, 2012)
Rede
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Internet enquanto espaço público legítimo
● Prerrogativa da liberdade de expressão (Habermas, 1991)● Diálogo que permite pluralidades (Arendt, 2005)● Visibilidade (Cardon, 2012)
● Potência de gerar maior participação?
● Melhor convivência com diversidade de vocalizações
● Alcance imediato e com baixo custo para indivíduos e organizações hierarquizadas
● Mais acesso a informações e serviços públicos
● Experiências empíricas mostram haver impacto no governo e na sociedade civil que partem de mobilizações online.
● Possibilidade de criar novas assimetrias
● Possibilidade de fortalecer atitudes e regimes antidemocráticos
● Persistência dos tradicionais obstáculos ao exercício da democracia participativa
● Fragmentação do debate e dificuldade de produção de decisões coletivas.
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● Análise de arquivos dos portais Gabinete Digital e Participa.br
● Entrevista com gestores dos portais Gabinete Digital e Participa.br
● Survey piloto, presencial com representantes da sociedade civil
● Survey online com representantes da sociedade civil
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Estudos de Caso
● Caracterização dos portais a partir de análise de arquivos
● Compreensão da visão dos gestores (governo) em relação às ferramentas digitais de participação
● Indicações sobre a compreensão de membros da sociedade civil sobre as ferramentas digitais de participação
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● Survey piloto, presencial (31 repostas válidas):- feito presencialmente na Arena da Participação Social em Brasília;- não contava com Gabinete Digital entre as alternativas da escala Likert;- nível de significância não atingido para o tamanho da amostra não permitiu análise de correspondência múltipla.
● Survey online (292 respostas válidas):- acessível somente a quem tem internet, podendo gerar viés;- a análise de correspondência é uma técnica exploratória que não implica nem capacidade preditiva nem relação causa e efeito.
● surveys aplicados somente a pessoas da sociedade civil organizadas
Lim
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Considerações Metodológicas
● programa de análise estatística STATA 11.1● sistema operacional de núcleo Linux● survey online feito via serviço gratuito web Qualtrics● análise de frequência de palavras foi feito por nuvem de palavras, via
serviço gratuito web Wordle● resultado da etapa piloto foi input para a etapa onlineO
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Gabinete Digital – características gerais
● É um “conjunto de mecanismos para a participação que visa estabelecer um diálogo entre governo e sociedade”, que tem por objetivo “incorporar novas ferramentas de participação, oferecendo diferentes oportunidades ao cidadão de influenciar a gestão pública e exercer maior controle social sobre o Estado”.
● criado em maio/2011, vinculado ao executivo estadual do Rio Grande do Sul
● parte do Sistema Estadual da Participação Popular e Cidadã do Estado do Rio Grande do Sul
● Tecnologia: Wordpress, código licenciado em Afero GPL, conteúdo licenciado em Creative Commons 3.0, repositório utilizado GitHub
● Organização: Equipe Procergs (3) e Equipe Palácio Piratini (11)
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Gabinete Digital – características específicas
Ferramentas de participação digital:
● Governo Escutaaudiência pública transmitida em tempo real
● Governador Perguntagovernador propõe uma pergunta ampla para ouvir opinião popular
● Governador Respondegovernador responde à pergunta mais votada, feita por cidadãos(ãs)(ferramenta remodelada)
● Agenda Colaborativadespacho do governador, uma dia por mês, era feito em uma cidade do interior do Estado e a população poderia interferir na agenda desse dia (ferramenta descontinuada)
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Gabinete Digital – visão governo
● Entrevistados (entre 02 e 13 de junho de 2014):Vinícius Wu (coordenador geral)Luiz Carlos Damasceno Júnior (coordenador executivo)Uirá Porã Carmo Maia (articulador de políticas digitais)Guilherme Guerra (programador antigo)
● Surgimento:inicialmente no Gabinete do Governador do Rio Grande do Sul, depois segue para a Secretaria-Geral de Governo do Estado
● Concepção e implementação (stakeholders principais):governador (Tarso Genro)secretário de governo (Vinícius Wu)PROCERGSFundação Getúlio Vargas
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Gabinete Digital – visão governo
● Motivação:(i) contexto da primavera árabe;(ii) reunião de blogueiros e tuiteiros no contexto de campanha;(iii) a disposição do governador quando eleito;(iv) criar um canal para incidir sobre a tomada de decisão política não apenas nas eleições e sem necessidade de associações.
● Expectativas iniciais: participação efetiva da população e reconhecimento da legitimidade do canal.
● Impacto para dentro do governo:(i) expectativa de mudança de cultura do serviço público;(ii) utilização bem-sucedida de TICs no diálogo com sociedade civil;(iii) aperfeiçoamento da gestão pública;(iv) ressignificação da estrutura de participação já consolidada no RS para paradigmas da sociedade em rede.
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Gabinete Digital – visão governo
● Impacto externo e adesão da população:
(i) conta com cadastro de mais de 10mil usuários;(ii) maior adesão das pessoas na faixa etária de 16 a 29 anos, maioria de mulheres (Damasceno);(iii) público jovem, de pessoas interessadas pelas áreas de tecnologia e política (Maia):
“na consulta em que mais de 255 mil pessoas votaram diretamente, houve acompanha-mento do Banco Mundial - daqueles que declararam só terem participado da consulta por ser online, a maior parte eram jovens e a maior parte tinha participado dos protestos de junho de 2013”
(iv) Agenda Colaborativa - descontinuada por pouca adesão popular(v) Governador Responde – descontinuado por muita adesão do “público alvo errado” e retomada como “Diálogos da Copa”
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Gabinete Digital – visão governo
● Gestão: horizontal e com atuação em três fases:(i) captar e entender uma demanda da sociedade;(ii) montar uma plataforma em que as pessoas possam opinar e dar sugestões;(iii) acompanhar e garantir que haja alguma implementação no devido órgão.
● Divulgação:(i) meios/formas: boca a boca; banners; vans da participação com tablets; redes sociais na Internet (Facebook e Twitter) e patrocinada.(ii) articulação entre dimensão presencial e virtual.
● Formulação da Agenda:(i) depende da ferramenta;(ii) ferramentas que perduraram: governo define pautas (sem critério claro de como isso é feito).
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Gabinete Digital – visão governo
● Autonomia do Cidadão:moderação a posteriori, com resistências internas
● Sistematização das discussões:(i) depende da ferramenta;(ii) não há fluxos e/ou processos estruturados;(iii) caráter experimentalista.
● Relação com democracia:(i) crise da representação e da legitimidade da política partidária;(ii) portal pode experimentar novas formas de relação governo-cidadão;(iii) aderência à Política Nacional de Participação Social;
“é possível utilizar instrumentos digitais de participação e cidadania na administração pública para alargar, aprofundar e aperfeiçoar a nossa democracia” (Wu)
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Gabinete Digital – visão governo
● Pontos Positivos:
- mudança de cultura- mudança de linguagem- caráter público não estatal- aumento da porosidade do Estado- inovação- respaldo do chefe do executivo- proximidade do cidadão- código aberto- nova forma de pensar política e governo
● Pontos Negativos:
- dificuldade de mudança institucional- falta de institucionalidade- dificuldade de articulação com outros órgãos- falta de respaldo do conjunto do governo- dificuldade de tratar as demandas- não haver garantia de que o espaço de participação será permanente- falta de interesse da população- falta de equipe (técnica) e comunidade de desenvolvimento
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Gabinete Digital – visão governo
● Desafios:
- melhorar comunicação- ampliar participação- inspirar outros órgãos do governo- promover mudança cultural dentro do governo- abrir mais o governo à participação e intervenção da população- obter relevância e respaldo junto à população- massificar acessos- dispor de equipe técnica dedicada e bem dimensionada
● Próximos passos:
- estabelecer login cidadão- adotar ferramentas de participação e tecnologias desenvolvidas no âmbito do Gabinete Digital em outros órgãos e áreas do governo- fortalecer comunidade/equipe de desenvolvimento- fortalecer essa nova forma de fazer política.
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Participa.br – características gerais
● É uma “plataforma virtual interativa em software livre voltada à construção de um conjunto de ambientes que poderão ser utilizados por gestores e servidores para proporcionar novas formas de participação a serem apropriadas pela cidadania e à contextualização, organização e facilitação do acesso do cidadão às formas de incidir nas políticas públicas do governo brasileiro, objetivando servir como um repositório agregador do conhecimento sobre participação social disperso na rede.”
● criado em novembro de 2013, vinculado ao executivo federal
● parte da Política Nacional de Participação Social
● Tecnologia: Noosfero, código licenciado em Afero GPL V3 or later, recomenda-se conteúdo licenciado em Creative Commons, repositório utilizado GitLab
● Organização: 8 consultores (PNUD) e 2 servidores (SGPR/SNAS/DPS)
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Participa.br – características específicas
Ferramentas de participação digital:
● Fórum● Comentário por parágrafo - alguém pode colocar um texto para
consulta de forma a coletar sugestões e críticas ancoradas a trechos que define.
● Avaliação de propostas aos pares - permite criar conjuntos de testes utilizando o método de combinações de pares quando se deseja elencar prioridades ou saber quais situações são mais bem avaliadas ou desejadas.
● HUB - é um canal de comunicação concentrador que capta informações do Facebook e do Twitter a partir de uma certa temática definida.
● Trilhas de participação - podem englobar quaisquer das outras ferramentas ou mesmo apontar etapas que não envolvam nenhuma delas.
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Participa.br – visão governo
● Entrevistados(as): Ricardo Augusto Poppi Martins (coordenador de Novas Mídias); Graziele Machado (consultora de relacionamento com comunidades); Paulo Roberto Miranda Meirelles (consultor de ciênciada informação); Daniela Soares Feitosa (consultora de desenvolvimento para ambientes de interação); e Mariel Zasso(partícipe protagonista na COMIGRAR)
● Surgimento:(i) manifestações de junho de 2013(ii) ser um canal de participação e diálogo entre sociedade e governo
● Concepção e implementação (stakeholders principais):- servidores Ricardo Poppi, Ronald Costa e Pedro Pontual, diretor deParticipação Social da Secretaria Nacional de Articulação Social- Ministro Gilberto Carvalho- equipe do SERPRO
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Participa.br – visão governo
● Motivação:(i) governo tem dificuldade de dialogar na linguagem das redes;(ii) experimentação;(iii) envolvimento mais direto da população em decisões de forma que não se precise de um filtro da mídia ou de representantes [formais]
● Expectativas iniciais:(i) controlar a expectativa do usuário;(ii) gerar casos de sucesso para público interno e externo;(iii) vincular sempre governo e sociedade para incidir sobre políticas públicas e eventos de governo.
● Impacto para dentro do governo:(i) alta e rápida adesão de órgãos e gestores públicos predispostos(ii) baixa e/ou lenta adesão em relação à totalidade dos órgãos do governo federal
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Participa.br – visão governo
● Impacto externo e adesão da população:(i) Feitosa e Machado esperavam maior adesão à plataforma(ii) Meirelles e Martins talvez entendam que a adesão popular se dá por segmentos sociais
● Gestão:(i) descentralizada entre órgãos de governo(ii) almeja-se compartilhada entre sociedade civil e governo é o objetivo perseguido pela equipe
● Divulgação: Participação em eventos de governo ou da sociedade civil para qual o governo é convidado; utilização de perfis e/oupáginas em redes sociais (Facebook, Twitter e Instagram); Utilização de campanhas publicitárias e bases de contatos da SGPR em momentos específicos; Divulgação na página da SGPR na Internet; Hangouts e tuitaços.
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Participa.br – visão governo
● Formulação da Agenda:(i) agenda pré-definida: cada agenda (ou tema) pode dar origem a uma comunidade e havia intenção inicial de que qualquer pessoa pudesse propor uma comunidade, sendo que dentro de cada comunidade a proposição de discussões é bastante livre e espera-se que sejam ligadas ao tema central da comunidade(ii) combinação do interesse concomitante da sociedade civil e do governo é condição sine qua non para a existência da comunidade
● Autonomia do Cidadão:depende da ferramenta e existe uma sensação de ser bastante livre
● Sistematização das discussões:(i) depende da ferramenta(ii) na pairwise o resultado da consulta se auto-sistematiza(iii) na de comentários por parágrafo existem metodologia desenvolvida
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Participa.br – visão governo
● Relação com democracia:(i) portal para que as pessoas possam exercer seu direito à democracia;(ii) aderência à Política Nacional de Participação Social;
“é um laboratório de uma nova democracia que está surgindo, que está exigindo muito mais diálogo direto entre os tomadores decisões, entre os servidores, e a população, do ponto de vista da participação direta [. . . ] é um laboratório também de construção de mecanismos de participação, de forma conjunta, a partir da lógica do uso de plataformas livres.” (Martins)
● COMIGRAR(i) articulação entre dimensões presencial e virtual(ii) ferramentas disponibilizadas com caráter informativo e formativo(iii) possibilita o registro de seu histórico (público)(iv) tornou-se também um repositório de referência na temática(v) dificuldade de engajar atores da sociedade civil na plataforma, captados a partir da divulgação em outras redes sociais
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Participa.br – visão governo
● Pontos Positivos:
- plataforma livre, aberta- metodologia de participação baseada em redes e comunidades- mobilização de alguns órgãos de governo- casos de sucesso- oportunidade de pesquisa e aproximação do governo com a academia- empoderamento da população- ser online pode tornar a participação mais acessível
● Pontos Negativos:
-dificuldade de adesão de outros setores do governo- dificuldade de estabelecer processo de gestão compartilhada entre sociedade civil e governo- dificuldade de engajar e mobilizar desenvolvedores para contribuir tecnicamente- sistematização insuficiente dos resultados atingidos- precisa melhorar sua usabilidade- ainda não são públicos todos os passos da participação pelo portal- pouca adesão da população
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Participa.br – visão governo
● Desafios:- engajar e mobilizar grande número de pessoas nas consultas e no portal- superar a lógica da atual formação das comunidade caminhando para processo mais autorregulado- aprimorar a concepção da(s) metodologia(s) de participação- mudar a cultura política- qualificar a participação- legitimar internet como meio de participação- ser perene- consequências das discussões
● Próximos passos:- disseminar a plataforma enquanto metodologia e experiência de participação social no interior do governo- divulgar a plataforma para que seja apropriada pelo conjunto da sociedade- trazer esses espaços de participação (conferências, etc.) para dentro da plataforma- se consolidar como uma plataforma confiável e viável- gerar resultado (em políticas públicas) a partir das discussões na plataforma
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Espaço Digital e Participação Real
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Visão sociedade civil – etapa piloto● 31 questionários foram respondidos (16 mulheres e 15 homens)● Média etária de respondentes: 42,5 anos (desvio padrão de 13,04 anos)● Tempo de atuação médio em entidade: 10,7 anos (desvio padrão de 6,82
anos)● Respondentes de todos estados brasileiros e Distrito Federal: 5 da região
Centro-Oeste, 6 da Norte, 10 da Nordeste, 3 da Sul e 7 da Sudeste
Visão sociedade civil – etapa online● 180mil endereços eletrônicos da base de dados do Mapa das
Organizações da Sociedade Civil● 548 respostas, 292 registros válidos (142 mulheres e 150 homens)● Média etária de respondentes: 45,2 anos (desvio padrão de 11,68 anos)● Tempo de atuação médio em entidade: 10,8 anos (desvio padrão de 8,72
anos)● Respondentes de todos estados brasileiros e Distrito Federal: 11 da região
Centro-Oeste, 18 da Norte, 68 da Nordeste, 57 da Sul e 138 da Sudeste
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Espaço Digital e Participação Real
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Participa.br - visão sociedade civil
● Mapa perceptual do grau de proximidade versus conhecimentoabrangência nacional
Gabinete Digital- visão sociedade civil
● Mapa perceptual do grau de proximidade versus conhecimentoabrangência Estado do Rio Grande do Sul
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Espaço Digital e Participação Real
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Visão sociedade civil – Gabinete Digital e Participa.br
● Quem conhece ferramentas digitais de participação em nível federal, frequentemente conhece também em nível estadual e/ou municipal. O mesmo ocorre em relação ao uso das ferramentas: quem declara já ter utiliza em nível federal, frequentemente também o declara para os níveis estadual e municipal.
● As categorias da variáveis que indicam conhecimento de ferramentas digitais de participação (seja nível federal, seja nível estadual) apresentam associação com as categorias das variáveis relativas ao grau de conhecimento / envolvimento dos portais específicos analisados neste trabalho: Participa.br e Gabinete Digital.
● As categorias da variáveis específicas dos portais Participa.br e GabineteDigital apresentam associação entre si e com as categorias do Portal da Transparência, o mais consolidado entre os exemplos expostos ao respondente.
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Participa.br - visão sociedade civil
● Mapa perceptual que relaciona as categorias das variáveis “região”, “grau de conhecimento/ envolvimento com o Participa.br”, “se conhece algum instrumento ou ferramenta digital de participação do governo estadual” e “se conhece algum instrumento ou ferramenta digital de participação do governo federal”
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Gabinete Digital - visão sociedade civil
● Mapa perceptual que relaciona as categorias das variáveis “estado”, “grau de conhecimento/ envolvimento com o Gabinete Digital” e “se conhece algum instrumento ou ferramenta digital de participação do governo estadual”
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Visão sociedade civil
etapa piloto etapa online
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ReferênciasARENDT, H. A Condição Humana. 10 ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2005. 352 p.
AVRITZER, L. Sociedade Civil, Instituições Participativas e Representação: DaAutorização à Legitimidade da Ação. DADOS – Revista de Ciências Sociais, Rio deJaneiro, v. 50, n. 3, p. 443–464, 2007.
AVRITZER, L.; SANTOS, B. D. S. Para ampliar o cânone democrático. 2003. 1–30 p.
BAIOCCHI, G. Participation, Activism, and Politics: The Porto Alegre Experiment.In: FUNG, A.; OLIN, W. E. (Ed.). Deepening Democracy: Institutional Innovations inEmpowered Participatory Governance - The Real Utopias Project IV|. London: Verso, 2003.p. 45–76.
BANI, M. Crowdsourcing Democracy: the Case of Icelandic Social Constitutionalism.Politics and Policy in the Information Age, p. 1–20, 2012.
BARLOW, J. P. A Declaration of the Independence of Cyberspace. 1996.
BENKLER, Y. The Wealth of Networks: How Social Production Transforms Marketsand Freedom. SiSU, 2006. 398 p.
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ReferênciasBRASIL. Decreto n o 8.243, de 23 de maio de 2014. Institui a Política Nacional deParticipação Social - PNPS e o Sistema Nacional de Participação Social - SNPS, e dá outras providências. 2014. 3–9 p.
CARDON, D. A Democracia Internet: Promessas e Limites. 1 a . ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2012. 116 p.
CARVALHO, A. I. Conselhos de saúde no Brasil: participação cidadã e controle social. Rio de Janeiro: FASE/IBAM, 1995. 135 p.
CASTELLS, M. The Internet Galaxy: Reflections on the Internet, Business and Society. Oxford: Oxford University Press, 2001.
CASTELLS, M. A Sociedade em Rede: do Conhecimento à Política. In: CASTELLS, M.; CARDOSO, G. (Ed.). A Sociedade em Rede: Do Conhecimento à Acção Política. Lisboa: Imprensa Nacional - Casa da Moeda, 2005. p. 17–30.
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ReferênciasDRYZEK, J. Deliberative Democracy and Beyond. Oxford: Oxford University Press, 2000.
FÁVERO, L. P. et al. Análise de Dados: modelagem multivariada para tomada de decisões.Rio de Janeiro: Elsevier, 2009. 650 p.
FUNG, A. Deliberative Democracy, Chicago Style: Grass-roots Governance in Policing and Public Education. In: FUNG, A.; OLIN, W. E. (Ed.). Deepening Democracy: Institutional Innovations in Empowered Participatory Governance - The Real Utopias Project IV. London: Verso, 2003. p. 111–143.
GOMES, W. Participação Política online: Questões e Hipóteses de Trabalho. In: MAIA, R. C. M.; GOMES, W.; MARQUES, F. P. J. A. (Ed.). Internet e Participação Política no Brasil. 1 a . ed. Porto Alegre: Sulina, 2011. p. 19–46.
GUERREIRO, E. P. Cidade Digital: infoinclusão social e tecnologia em rede. 1 a . ed. SãoPaulo: Editora Senac, 2006. 351 p.
HABERMAS, J. The Structural Transformation of the Public Sphere: An Inquiry Into a Category of Bourgeois Society. Cambridge: MIT Press, 1991.
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ReferênciasHAGUETTE, T. M. F. Metodologias Qualitativas na Sociologia. 5 a . ed. Petrópolis: Vozes, 1997. 170 p.
ISAAC, T. T.; HELLER, P. Democracy and Development: Decentralized Planning in Kerala.In: FUNG, A.; OLIN, W. E. (Ed.). Deepening Democracy: Institutional Innovations in Empowered Participatory Governance - The Real Utopias Project IV. London: Verso, 2003. p. 77–110.
JOHNSON, S. Cultura da Interface: Como o Computador Transforma a Nossa Maneira de Criar e Comunicar. Rio de Janeiro: Zahar, 2002.
LANDEMORE, H. Inclusive Constitution-Making: The Iceland Experiment. Journal of Political Philosophy, p. 1–26, 2014.
LEMOS, A. Cibercidades: As Cidades na Cibercultura. Rio de Janeiro: E-Papers, 2004. 19–26 p.
LESSIG, L. The Future of Ideas–The fate of the commons in a connected world. New York: Random House, 2001. 368 p.
LÉVY, P. Cibercultura. 3 a . ed. São Paulo: Editora 34, 2010. 272 p.
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ReferênciasMAIA, R. C. M. Internet e Esfera Civil: Limites e Alcances da Participação Política. In: MAIA, R. C. M.; GOMES, W.; MARQUES, F. P. J. A. (Ed.). Internet e Participação Política no Brasil. 1 a . ed. Porto Alegre: Sulina, 2011. p. 47–94.
MALINI, F.; ANTOUN, H. A Internet e a Rua: Ciberativismo e Mobilização nas Redes Sociais. Porto Alegre: Sulina, 2013. 278 p.
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Haydée SvabOrientador: Leonardo Avritzer
Espaço Digital e Participação Real
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Co-orientadora: Rayza Sarmento
ReferênciasSAMPAIO, R. C. Quão Delibertaivas são as discussões na Rede? In: MAIA, R. C. M.; GOMES, W.; MARQUES, F. P. J. A. (Ed.). Internet e Participação Política no Brasil. 1. ed. Porto Alegre: Sulina, 2011. p. 197–230.
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Obrigada!
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