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COLÉGIO ESTADUAL DEPUTADO VESPERTINO FERREIRA PIMPÃO –
EFEM
R. Dom Manoel da Silveira D'Elboux, 1005 – Fone: (41) 36431639Cep.: 83.707-210 – Thomaz Coelho – Araucária – Paraná
e-mail: vespertinopimpao@gmail.com
Projeto Político-Pedagógico
Araucária – Paraná
2010
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COLÉGIO ESTADUAL DEPUTADO VESPERTINO FERREIRA PIMPÃO –
EFEM
R. Dom Manoel da Silveira D'Elboux, 1005 – Fone: (41) 36431639Cep.: 83.707-210 – Thomaz Coelho – Araucária – Paraná
e-mail: vespertinopimpao@gmail.com
Projeto Político-Pedagógico
A Proposta do Projeto Político-Pedagógico vem atender a Deliberação do Conselho Nacional da Educação e Secretaria de Estado da Educação do Paraná.
Araucária – Paraná
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SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO 06
1. INTRODUÇÃO 071.1 Identificação 081.2 Aspectos Históricos do Colégio 081.3 Espaço Físico 10 1.4 Oferta de Cursos e Turmas 11 1.5 Caracterização da Comunidade 12 1.6 Professores, funcionários, pedagogas e diretor 13
2. OBJETIVOS GERAIS 142.1 Objetivos Específicos 14
3. PRINCÍPIOS FILOSÓFICOS DO TRABALHO ESCOLAR 15
4. PRINCÍPIOS NORTEADORES DA EDUCAÇÃO 16
5. DESCRIÇÃO DA REALIDADE ATUAL DO MUNICÍPIO 18
6. CONCEPÇÕES QUE NORTEARÃO AS PRÁTICAS ESCOLARES 18 6.1 Sociedade 19 6.2 Homem 19 6.3 Educação/Escola 20 6.4 Ciência e Tecnologia 21 6.5 Tecnologia no Desenvolvimento Escolar.....................................................226.6 Cultura e Multiculturalismo 23 6.7 Ensino – Aprendizagem 24 6.8 Concepção de Avaliação 24 6.8.1 Avaliação no Contexto Escolar 26 6.8.2 Metodologia 27 6.8.3 Critérios 28
7. PRINCÍPIOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA 28 8. CRITÉRIOS DE ORGANIZAÇÃO INTERNA DA ESCOLA 29
9. OPERACIONALIZAÇÃO DA GESTÃO E PRÁTICAS PEDAGÓGICAS 34 9.1 Gestão Democrática na Escola 34 9.2 Papel específico de cada segmento escolar 34 9.2.1 O papel do diretor 34 9.2.2 O papel do professor pedagogo 35 9.2.3 O papel do professor 36 9.2.4 O papel do aluno 36
10. O PAPEL DAS INSTÂNCIAS COLEGIADAS 37 10.1 APMF 37
3
10.2 Conselho Escolar 37
11. CRITÉRIOS DE ORGANIZAÇÃO INTERNA NA ESCOLA 38 11.1 Critérios da organização para utilização do espaço educativo 38 11.2 Critérios para elaboração do calendário escolar e horários letivos 39 11.3 Critérios para organização de turmas e distribuição por professor em razão de especificidade 39
12. FORMAÇÃO CONTINUADA PARA PROFESSORES 40 12.1 Critérios para a participação 41
13. AVALIAÇÃO DA PROPOSTA PEDAGÓGICA 42
14. OBSERVAÇÕES FINAIS 42
15. PLANOS DE AÇÃO 4 315.1 Plano de Gestão / 2009-2011 4 315.2 Plano de Ação da Equipe Pedagógica 4 6
15. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 50 16. DIRETRIZES CURRICULARES ESTADUAL 51 ANEXOS 196 Proposta Pedagógica Curricular – Ensino Médio87Matriz Curricular 2006 206
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SOMOS PESCADORES DOMINGUEIROS
ESPERANDO O PEIXE.
SOMOS AGRICULTORES, ESPERANDO A COLHEITA,
PORQUE QUEREMOS MUITO, PORQUE CONHECEMOS AS SEMENTES,
A TERRA OS VENTOS, A CHUVA,
PORQUE AVALIAMOS AS CIRCUNSTÂNCIAS E
PORQUE “TRABALHAMOS SERIAMENTE “.
CELSO VASCONCELOS
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APRESENTAÇÃO
Este documento procura refletir o trabalho realizado na Escola Estadual
Deputado Vespertino Ferreira Pimpão, já que o mesmo é fruto das discussões e
reflexões do coletivo de profissionais da educação.
As transformações são visíveis e ocorrem rapidamente nos campos: tecnológico,
social, político, econômico e outros. Com a escola não é diferente em virtude da mesma
estar inserida neste processo. Cabe a nós buscarmos com responsabilidade e
dinamismo o nosso papel enquanto coadjuvantes neste processo de transformação da
Sociedade, otimizando o exercício de uma cidadania responsável.
Procurando refletir a prática da escola e visando uma sociedade mais justa, onde
todos tenham acesso ao conhecimento e dele possam se apropriar, montou-se este
documento, que não está pronto e acabado, por ser um processo contínuo e depende
do comprometimento de todos os professores de nossa escola para que se dê
continuidade a este trabalho.
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1. INTRODUÇÃO
Pensar coletivamente a construção do Projeto Político Pedagógico da Escola
Pública pressupõe a superação das relações de poder instauradas na organização do
trabalho escolar em favor da construção de práticas democráticas que contribuem para
uma educação de caráter transformador.
No Projeto Político Pedagógico a práxis é vista como ponto de partida para a
produção de novos conhecimentos. A teoria isolada da prática não gera transformações
não produz realidades inovadoras, porque ela se concretiza por meio da prática que a
consubstancia. Teoria e prática são elementos distintos, porém inseparáveis na
construção do projeto.
Os princípios norteadores deste PPP são: igualdade - enquanto acesso e
permanência; qualidade-política, técnica e formal; gestão democrática; liberdade-
autonomia e valorização. Assim a luta da escola é para a descentralização em busca de
autonomia e qualidade.
A proposta curricular que aqui está sistematizada é fruto das discussões
realizadas pelos Profissionais da Educação que refletem a prática dos educadores da
escola, visando sempre à melhoria do ensino no sentido de responder as necessidades
sociais e históricas da sociedade atual.
O trabalho com o currículo deve ser de forma crítica sem fragmentar o
conhecimento, rompendo com a lógica conservadora. Propondo a multi, pluri, inter e
transdisciplinaridade; através da concepção do materialismo histórico-dialético e da
tendência progressista histórico-crítica.
Portanto o currículo não é um instrumento neutro e não pode ser separado do
contexto social, uma vez que é historicamente situado e culturalmente determinado.
Uma educação de qualidade pressupõe, além do estabelecimento de conteúdos
significativos e da definição de metodologias adequadas, formas de avaliação que
contribuam para aprimorar a aprendizagem, que qualifiquem e forneçam subsídios para
o PPP. Pois a avaliação é um ato dinâmico, é um meio e não um fim e deve estar
coerente com uma proposta de educação baseada na igualdade e na democratização
do saber. Portanto deve ser diagnóstica, formativa, processual, inclusiva, integradora,
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emancipatória, libertadora, cumulativa, permanente e mediadora.
A presente proposta busca a formação de cidadãos críticos, criativos e que
visem à transformação social. Trabalhar com a educação para a cidadania, ou seja,
formar indivíduos conscientes dos seus direitos e deveres e que devem lutar para
conquistar os mesmos. Traduz em seu interior os objetivos expressos na LDB,
Diretrizes Curriculares Estaduais e estão organizados por disciplinas, cada qual com
seus objetivos,conteúdos estruturantes, metodologia e avaliação.
1.1 IDENTIFICAÇÃO
COLÉGIO ESTADUAL DEPUTADO VESPERTINO FERREIRA PIMPÃO – ENSINO
FUNDAMENTAL E MÉDIO – 0407
Rua Dom Manuel da Silveira D`Elboux, 1005.
Thomaz Coelho
Fone/Fax: (41) 3643-1639
E-mail: vespertinopimpao@gmail.com
CEP.: 83.707.220
ARAUCÁRIA – PARANÁ
1.2 ASPECTOS HISTÓRICOS DO COLÉGIO
Esta unidade de ensino iniciou suas atividades educacionais há duas
décadas, com apenas cinco salas de aula e de 1967 á 1968 foi denominada de Escola
Isolada Jardim Alvorada.
Após algumas melhorias nas suas instalações no ano de 1969, recebeu o
nome de Escola José do Patrocínio e passou então a contar, com uma diretoria
indicada para o cargo.
Atendendo inicialmente da 1ª a 4ª séries, em 1978 considerando os elevados
serviços prestados á comunidade paranaense nas funções que exerceu de Prefeito,
Delegado, Cartorário e Líder, resolveu-se homenagear o Deputado Vespertino Ferreira
Pimpão, através do decreto nº 2042/78, denominando-se assim a referida Escola:
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Escola Deputado Vespertino Ferreira Pimpão. Foi inaugurada oficialmente no dia 22 de
outubro de 1978, com cinco salas de aula e as dependências administrativas. A
demanda aumentou, a Vila começa a ficar mais conhecida, em função das empresas
que se instalaram em sua redondeza. Esta comunidade sempre enfrentou um grave
problema de locomoção, conta com uma única rua principal que faz contato com a
Avenida. Suas ruas não são asfaltadas e estes três quilômetros que separam a Escola
da Avenida são considerados de difícil acesso.
O Bairro Parque Tomaz Coelho está localizado a doze quilômetros do Centro
de Araucária.
Em razão de solicitações dos pais e pela distância em relação a outras
escolas, obtiveram através da resolução 104/82 em 04/01/83 a autorização de
funcionamento de 5ª á 8ª séries do primeiro grau. Designou-se então o nome de Escola
Estadual Vespertino Ferreira Pimpão.
Em 1995, foi criada a extensão da Escola do Bairro Jardim Alvorada,
localizada na Rua Aleixo Trawziski, nº 14 e iniciou-se de 1ª á 4ª série no período da
manhã e tarde. Ficou denominada de Escola Municipal Jardim Alvorada.
Com o projeto de municipalização em 1993, a Prefeitura Municipal de
Araucária passa a ser responsável pela manutenção de Pré à 4ª série.
A comunidade escolar sempre se empenhou em conseguir professores
principalmente do período noturno, e este mesmo empenho se deu na revindicação do
funcionamento do segundo grau.
Após autorização do funcionamento em 1993, foi implantado gradativamente
o segundo grau, preparação para o trabalho – Educação Geral, sendo agora
reconhecido como Colégio Estadual Deputado Vespertino Ferreira Pimpão.
Atualmente nesta Escola temos a seguinte realidade educativa: Pré a 4ª série
manhã e tarde com a denominação de Escola Municipalizada Thomaz Coelho; 5ª a 8ª
séries no período da tarde e Ensino Médio no período noturno com nome de Colégio
Estadual Deputado Vespertino Ferreira Pimpão.
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RESUMO:
Resolução nº 2042/78 de 20 de outubro de 1978 – Escola Deputado
Vespertino Ferreira Pimpão.
Autorização de funcionamento do Estabelecimento – Resolução 104/82 de 04
de janeiro de 1983.
Reconhecimento do Estabelecimento – Resolução 2200/85 de 20 de maio de
1985.
Reconhecimento do Curso de 5ª a 8ª série – Resolução 2200/85 de 20 de
maio de 1985.
1.3 ESPAÇO FÍSICO
O Colégio Estadual Deputado Vespertino Ferreira Pimpão, está construído
em um terreno com área de 8.437m2 (oito mil quatrocentos e trinta e sete metros
quadrados).
Tendo uma área construída de 925,91 m2, compreendendo seis salas de
aula de 50,41m2 de área de 25,20m2, uma sala de aula de 67,37m2, secretaria de
19,54m2, cozinha de 31,56m2, com despensa de 10,01m2, banheiros para professores
de 6,44m2, banheiros para alunos com 5,54m2 e laboratório de informática de 62m2 e
laboratório de ciências, física e biologia de 75m2, pátio coberto de 110,76m2, quadra de
esportes com 653,20m2 para vôlei, futebol, basquete, handebol, e quadra de areia de
967,5m2 para vôlei, futebol, caçador.
O laboratório de informática possui 12 computadores
O laboratório de ciências possui 05 bancadas com saídas de água, estufa e
demais materiais e equipamentos para o seu funcionamento.
CONDIÇÕES FÍSICAS
6 salas de aula que dão para os corredores internos
1 sala de informática e sala dos professores
10
1 sala de secretaria
1 banheiro feminino, com 4 vasos sanitários
1 banheiro masculino, com 4 vasos sanitários, 1 mictório
2 banheiros para funcionários, com 1 vaso cada e 1 pia
1 depósito
1 cozinha
1 pátio interno
1 pátio externo
1 cancha
1 estacionamento
1.4 OFERTA DE CURSOS E TURMAS
O Colégio Estadual Deputado Vespertino Ferreira Pimpão oferta o Ensino fundamental
e médio Regular, no período vespertino e noturno, atualmente com funcionamento de
(10) turmas assim distribuídas por séries:
Tarde Número de turmas Número de alunos5ª Série 2 606ª Série 1 377ª Série 2 428ª Série 2 49
Noite Número de turmas Número de alunos1º Ano 1 332º Ano 1 383º Ano 1 19
Horário de funcionamento:
Tarde das 13h00 min. às 17h25 min.
Noite das 18h30 min. às 22h25 min.
O estabelecimento tem como entidade mantenedora o Estado do Paraná. No
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Colégio Estadual Deputado Vespertino Ferreira Pimpão possui além das 06 salas de
aula, uma sala de laboratório de informática, uma secretaria, sala dos professores,
banheiro feminino e masculino, banheiro para funcionários, pátio externo, cancha poli
esportiva, e uma cozinha.
O ensino fundamental está organizado em séries, sendo a progressão conforme
sistema de avaliação previsto no Regimento Escolar, cumpridas as exigências da carga
horária e dias letivos da LDB. O ensino é gratuito, gradativo e sistematizado em série.
A organização das turmas nas séries de aprendizagem segue os seguintes
critérios para composição:
A equipe escolar é composta por: 1 diretor, 2 pedagoga, 1 secretária, 2 técnicos
administrativos, 2 agente de apoio, 1 merendeira 21 professores.
1.5. CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE
A comunidade é bastante heterogênea, com um poder aquisitivo de nível médio,
sendo a renda familiar de 1 a 3 salários mínimos advinda de ocupações variadas, com
predominância da classe operária, possuindo um mercado de trabalho para as
indústrias já instaladas, ao comércio e a imediações da Cidade Industrial. As famílias
são compostas de formas diversas, sendo que em grande parte são agrupamentos de
pessoas com um bom nível de entendimento e convivência possibilitando a
sobrevivência, sendo que é comum observarmos um dos responsáveis pela criança
desempregado. Em relação à escolaridade, maioria tem ensino fundamental
incompleto. No levantamento de dados, verificou-se que a população tem pais
trabalhadores assalariados, operários, aposentados ou autônomos, com renda 82%
entre um a três salários mínimos, 15% entre três a cinco e 3% com renda mais de cinco
salários mínimos. Grande parte das famílias está adquirindo seu próprio imóvel através
de financiamento, é comum o pagamento de aluguel. As famílias em média compõem-
se de 4 a 5 pessoas residindo em moradias em processo de construção. (ver anexos)
Quanto à naturalidade, observou-se que 90% dos pais não nasceram em
Araucária e a faixa etária está 50% entre 35 – 45 anos, 34% acima de 46 anos.
Constatou-se também que 38% dos alunos moram nas imediações: Jardim
12
Alvorada.
Os lotes são pequenos e 90% são proprietários, os demais moram em casa
alugada. Quanto a escolaridade dos pais 78% estudaram o 1º grau e 11% concluiu o 2º
grau e os demais são analfabetos.
Os alunos que freqüentam o período noturno, na sua maioria trabalham.
Esta comunidade não participa ativamente da Associação de moradores, nem
das reuniões da escola.
A Religião Católica é a predominante.
1.6 PROFESSORES, FUNCIONÁRIOS, DIREÇÃO E PEDAGOGAS
Nome Função Formação
Período de
atuaçãoAdelina Lukaski Secretária Administração Tarde e noiteAdenilson do Nascimento Professor Matemática Tarde e noiteAlessandra Silveira Bastos Professora Espanhol NoiteAna Claudia de Medeiros da Silva Professora Matemática TardeAndielita Vieira Cirino Agente de Apoio Ensino Médio Tarde e noiteAndressa Gracieth Ventura Professora Português TardeAurea Teixeira da Silva Professora Sociologia NoiteCássia Helena Ferreira Alvim Professora Educação Física Tarde e noiteCleber Campos Ferreira Professor Geografia TardeDanieli Strugala Professora História TardeElias Lourenço Diretor História Tarde e noiteElizabete Aparecida da Silva Professora Arte Tarde e noiteGlorinha Besciak Professora História NoiteJosé Valdecir Horning Professor Ciências Tarde Juliana Martins Kurovski Professora Física NoiteKelly Lopes Gonzales Polly Professora Português Tarde e noiteLindacir Popovicz Pedagoga Pedagogia NoiteMadalena Porto Bosa Professora Matemática NoiteMarcelo Ozogowski Professor Química NoiteMarcio Henrique Dainez Professor Ciências Tarde e noiteMargarete Farias Pedagoga Pedagogia TardeMaria de Matos Prado Agente de Apoio Ens. Fund. Tarde e noiteMaria Estela Leichinacoski Agente de Apoio Ensino Médio Tarde e noiteMirian Elaine Longo Professora Geografia Tarde e noitePedro Rogério T. Raimundo Professor Filosofia NoiteRegina Scherreier Professora História Tarde
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Rosane Bueno Fernandes Padilha Agente Execução Administração Tarde e noiteSolange Aparecida Martini Agente Execução Administração Tarde e noiteStella Maris de Queiroz Bello Professora Inglês Tarde e noite
2. OBJETIVOS GERAIS
A proposta política pedagógica aqui organizada esta fundamentada em todo o
seu desenvolvimento nos seguintes documentos:
• Lei de Diretrizes e Bases da Educação (9394/96)
• Diretrizes Curriculares Nacionais – para Educação Infantil e Ensino Fundamental.
• Deliberações do Conselho Estadual de Educação: nºs 014/99 –007/99 – 005/98 –
016/99 e 003/99
• Outros
O objetivo Geral da Educação Básica, citado no artigo 22 da LDB: “Tem por
finalidades desenvolver o educando, assegurando-lhes a formação comum
indispensável para o exercício da cidadania e fornecendo-lhes meios para progredir no
trabalho e em estudos posteriores” reflete e serve de pressuposto inicial para toda a
discussão realizada sobre os objetivos e finalidades da Educação, segundo o coletivo
desta escola. As conclusões que chegamos é que se faz necessário educar para uma
sociedade justa, igualitária onde as oportunidades sejam para todos, garantindo assim,
a acessibilidade aos conhecimentos produzidos pela humanidade, vinculado pelos
conteúdos das disciplinas escolares, conscientizando e preparando para uma
transformação social emancipatória, abolindo as barreiras segregativas entre indivíduos
assim incentivando-os a obterem progresso.
2.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Fazer um levantamento das concepções teóricas progressistas de mundo,
sociedade, homem, cultura, educação, ciência, tecnologia, currículo, avaliação,
gestão e aprendizagem, discutir em reuniões para definir os rumos da escola;
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• Registrar todos os dados no projeto para que sirva para nortear a práxis
pedagógica da escola.
3. PRINCÍPIOS FILOSÓFICOS DO TRABALHO ESCOLAR
A autonomia da escola é uma questão importante para o delineamento de sua
identidade. “A autonomia não é um valor absoluto, fechado em si mesmo, mas um valor
que se determina numa relação de interação social.... A autonomia não é, afinal, uma
política, mas a substância de uma nova organização do trabalho pedagógico na escola.
Essa supõe a possibilidade de singularidade e variação entre as instituições escolares.”
(Veiga – 1998, p15)
O projeto político pedagógico construído pela própria comunidade escolar é o
definidor de critérios para a organização curricular e a seleção de conteúdos, embora o
Estado legitimamente constituído assuma o papel de formulador de políticas
integrativas, principalmente com o intento de preservar a unidade nacional respaldado
na legislação que estabelece as prescrições mais amplas, em termos dos
fundamentos/princípios e orientações.
Portanto de acordo com a LDB os princípios e fins da educação nacional são:
Art. 2º. A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de
liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno
desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho.
Bem como no art.22 da LDB:
“A educação básica tem por finalidades desenvolver o educando, assegurar a
formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para
progredir no trabalho e em estudos posteriores”
E no artigo 32 da LDB:
“O ensino fundamental com duração mínima de oito anos, obrigatório e gratuito
na escola pública, terá por objetivo a formação básica do cidadão, mediante”:
I - O desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o
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pleno domínio da leitura, da escrita e do calculo;
II – A compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da
tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;
III – O desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a
aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores;
IV - O fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade
humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.”
Além dos princípios e finalidades observados em lei, após discussão em grupo
percebe-se a necessidade de acrescentar:
- a interação entre a comunidade escolar;
- o incentivo ao aluno;
- o desenvolvimento da criatividade;
- a valorização da diversidade;
- a educação inclusiva
- a garantia da educação pública de qualidade para todos, enquanto distribuição
igualitária dos conhecimentos disponíveis, ao mesmo tempo em assegura a sua
viabilidade através da gestão democrática.
Segundo Veiga, para que a escola possa exercer suas incumbências definidas
pela legislação, ela deverá ser estatal quanto ao funcionamento, democrática quanto a
gestão e pública quanto a destinação. O grande desafio da escola está em garantir um
padrão de qualidade técnica e política para todos e que não apenas respeite a
diversidade local, social e cultural, mas entenda que o aluno e sujeito concreto, real,
histórico e ético do processo educativo.
4. PRINCÍPIOS NORTEADORES DA EDUCAÇÃO
A Constituição Federal rege alguns princípios essenciais para a educação brasileira como mostra a seguir:
Art. 206 - O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
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II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;
III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
V - valorização dos profissionais do ensino, garantidos, na forma da lei, planos de carreira para o magistério público, com piso salarial profissional e ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos;
VI - gestão democrática do ensino público, na forma da lei;
VII - garantia de padrão de qualidade.
Para a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), a educação não é uma
mera transmissão de conhecimentos e informações. A educação abrange vários modos
de formação do ser humano: o trabalho, as manifestações culturais, o aprendizado na
escola e na faculdade, entre outros. (art. 1.º, caput).
Um dos princípios que também norteiam o Projeto Político-Pedagógico é o Art. 3.º da LDB que diz:
Art. 3.º O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I – igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II – liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber;
III – pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas;
IV – respeito á liberdade e apreço à tolerância;
I – coexistência de Instituições públicas e privadas de ensino;
VI – gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
VIII – gestão democrática do ensino público, na forma desta lei e da legislação dos sistemas de ensino;
IX – garantia de padrão de qualidade;
X – valorização da experiência extra-escolar;
XI – vinculação entre educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.
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5. DESCRIÇÃO DA REALIDADE ATUAL DO MUNICÍPIO
Topônimo – De origem geográfica, constituiu-se em referência à enorme
reserva de mata nativa existente no tempo da povoação do Município. Esta mata,
composta de espécimes denominados Araucárias Brasilienses; ou Pinheiro do Paraná,
é comum nas zonas mais frias.
Dependência genealógica – Araucária emancipou-se em 11/02/1990 de São
José dos Pinhais, que se desmembrou em 16/06/1852 de Curitiba, que originou-se em
29/03/1693 de Paranaguá, criada em 29/07/1648 por Carta Régia.
Denominação dos Habitantes – Araucarienses.
População – 117.964 Habitantes (dados IBGE 2009).
Distritos – Sede Guajuvira.
Limites – Balsa Nova, Campo Largo, Contenda, Curitiba, Fazenda Rio
Grande e Mandirituba.
Comarca - Araucária.
Altitude – 897 metros.
Coordenadas – 25°35’36’’ latitude Sul, 49°24’27’’ longitude W – GR
Extensão Territorial – 466.096 km2
Distância da Capital – 27 km
Centro Industrial – CIAR I, CIAR II e CIAR III.
Clima – Subtropical úmido mesotérmico, de verões frescos e como
ocorrência de geadas severas e freqüentes, não apresentando estação seca. A média
das temperaturas mais quentes é inferior a 22°C, e a dos meses mais frios é inferior a
18°C.
Padroeira – Nossa Senhora dos Remédios – 30 de outubro.
Data da Comemoração Municipal – 11 de fevereiro.
6. CONCEPÇÕES QUE NORTEARÃO AS PRÁTICAS ESCOLARES
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O marco conceitual do Projeto Político Pedagógico busca expressar as concepções
que o nortearão: de sociedade, homem, educação/escola, cultura/multiculturalismo,
ciência, tecnologia, ensino/aprendizagem e avaliação. Os conceitos aqui expressos
definem as visões do coletivo da escola, definidos em reuniões e pesquisados nas
teorias contemporâneas e progressistas, relativas aos pressupostos.
6.1 SOCIEDADE
Deseja-se uma sociedade mais justa e igualitária, na qual todos os cidadãos sejam
respeitados. A construção da cidadania envolve um processo ideológico de formação
de consciência pessoal e social e de reconhecimento desse processo em termos de
direitos e deveres. A realização se faz através de lutas contra as discriminações, da
abolição de barreiras segregativas entre indivíduos e contra as opressões e os
tratamentos desiguais, ou seja, pela extensão das mesmas condições de acesso às
políticas públicas e pela participação de todos nas tomadas de decisões.
Segundo Saviani, o entendimento do modo como funciona a sociedade não pode se
limitar às aparências. É necessário compreender as leis que regem o desenvolvimento
da sociedade. Obviamente que não se trata aqui de leis naturais, mas sim de leis
históricas, ou seja, de leis que se constituem historicamente.
6.2 HOMEM
Considerando o homem um ser social ele atua e interfere na sociedade, se encontra
com o outro nas relações familiares, comunitárias, produtivas e também na organização
política, garantindo assim sua participação ativa e criativa nas diversas esferas da
sociedade.
Para que o mundo e a sociedade melhorem, precisamos de homens conscientes de
seu poder de decisão e ação no mundo, que se percebam enquanto sujeitos e objetos,
inseridos numa cultura e sociedade das quais herda valores e problemas, mas que
pode e deve ser transformada por força de vontade e trabalho material e imaterial.
19
No trabalho educativo o fazer e o pensar entrelaçam-se dialeticamente e é nesta
dimensão que está posto a formação do homem. Considerando o homem um ser social
ele atua e interfere na sociedade, se encontra com o outro nas relações familiares,
comunitárias, produtivas e também na organização política, garantindo assim sua
participação ativa e criativa nas diversas esferas da sociedade.
6.3 EDUCAÇÃO/ESCOLA
A educação é uma prática social, uma atividade específica dos homens situando-os
dentro da história – ela não muda o mundo, mas o mundo pode ser mudado pela sua
ação na sociedade e nas relações de trabalho. O trabalho é uma atividade que está “na
base de todas as relações humanas, condicionando e determinando a vida. É (...) uma
atividade humana intencional que envolve forma de organização, objetivando a
produção dos bens necessários à vida”. (Andery, 1998, p.13).
O homem para produzir artefatos para atender as suas necessidades ao longo da
história da humanidade, cria também o mundo das idéias, da cultura, das artes e dos
valores. Cria, portanto, objetos materiais e não materiais. A educação está entre as
criações não materiais da qual se utiliza para transmitir o acervo de conhecimentos
acumulados.
Tanto Saviani como Paulo Freire em várias de suas obras nos apresenta a
educação como imprescindível à emancipação humana. Vigotsky vai mais longe
designando a educação fator de humanização, segundo ele, só pode designar-se
humano aquele que participa e compreende a vida de seu tempo.
A escola não é, apenas aquilo que a lei lhe impões. Ela é muito mais o produto das
práticas diárias de seus professores, alunos, funcionários e pais e das relações que
estabelece com o todo social. É por isso que acreditamos que importa muito mais, para
o nosso trabalho, aquilo que queremos e podemos construir nas nossas escolas.
A escola é um lugar de produção de cultura, de conhecimento, e como tal ela
interfere decisivamente na história cultural da sociedade. Ora, isso é completamente
diferente das posições dos que entendem a escola como uma instituição sem força,
reduzida à tarefa de transmissão de um conhecimento produzido fora dela.
20
Concordamos com Antonio Nóvoa, quando afirma que não é mais possível ignorar o
trabalho interno de produção de uma cultura escolar, que estará sempre se
relacionando como conjunto das culturas em conflito numa dada sociedade. A escola
possui especificidades que, para ele, não podem ser olhadas apenas pelo prisma das
determinações do mundo exterior.
A escola tem certa liberdade de manobra na organização de sua prática pedagógica
e, ao mesmo tempo, tem um movimento de intervenção cultural na sociedade.
Obviamente, há interesses conflituosos no campo da educação escolar que geram
práticas políticas opostas em seu interior e nas suas relações com a totalidade social.
São conflitos de interesses econômicos, sociais e culturais. No entanto, faz-se
necessário uma escola que assuma sua tarefa política de participar da construção
histórica de uma sociedade igualitária, justa, solidária e fraterna, sem dominação de
classe, de gênero, de raça ou de etnia.
6.4 CIÊNCIA E TECNOLOGIA
A ciência e tecnologia fazem parte hoje de nossas vidas, porém precisamos saber
para onde navegamos e onde queremos chegar. Os conhecimentos e instrumentos
produzidos pelo conhecimento humano devem estar direcionados para melhoria de
qualidade de vida planeta para a construção de uma sociedade mais justa.
A escola tem a função social de garantir o acesso aos saberes científicos
produzidos pela humanidade. A ciência merece lugar destacado no ensino como meio
de cognição e enquanto objeto de conhecimento dos estudantes, permite-lhes o
conhecimento da realidade, o que é indispensável para que não apenas conheçam e
saibam interpretar o mundo em que vivem, mas com isto saibam nele atuar e
transformá-lo. Para Grispun, é importante lembrar que:
“Somos educadores que procuram caminhar na estrada solidária do conhecimento, da afeição. Busco, como bandeirante, encontrar não nas grandes vias, mas nos pequenos atalhos, as grandes pedras preciosas da construção de um novo tempo marcado pelo avanço da ciência e da tecnologia, dos novos interesses do homem, com seus desejos, emoções e paixões. (Grispun, 1994, p.27)”.
21
6.5 TECNOLOGIA NO DESENVOLVIMENTO ESCOLAR
A escola está inserida em um contexto complexo de relações. Promover mudanças
na escola, a partir da introdução das tecnologias, depende de uma série de fatores, que
ultrapassam a pura aquisição de equipamentos ou a capacitação dos professores. É
preciso que toda a comunidade (gestores, pais) acredite que é necessária a mudança,
participe na sua implementação, conheça todo o potencial que as tecnologias podem
trazer para a melhoria da qualidade da aprendizagem dos alunos.
Transformar a escola em um espaço de aprender a aprender passou a ser um dos
grandes desafios para a educação desse novo século. Para isso, urge repensar nos
modelos pedagógicos até então utilizados e acreditar em novos métodos com a
integração das várias tecnologias. O foco centra-se, porém, mais na formação dos
alunos diante das necessidades da sociedade atual do que na própria tecnologia. Isso
porque tecnologia sozinha não garante a aprendizagem e não opera mudanças na
educação.
A integração entre tecnologias, linguagens e representações tem papel
preponderante na formação de pessoas melhor qualificadas para o convívio e a
atuação na sociedade, conscientes de seus compromissos para com as transformações
de seu contexto, a valorização humana e a expressão da criatividade.
O ponto de partida deste processo é o organizador da atividade escolar: o professor.
O processo de incorporação das tecnologias no trabalho do professor deve ser
efetivado em fases. Inicialmente, o professor necessita ter contato com as tecnologias
de uma forma voltada fortemente para o seu cotidiano. Este é um pré-requisito para que
o processo de incorporação das tecnologias se dê efetivamente, caso contrário, o
processo será artificial e superficial, onde o professor se limitará a apenas alguns
recursos para desenvolver algumas habilidades ou reforçar conteúdos.
22
Nenhuma intervenção pedagógica harmonizada com a modernidade e os processos
de mudanças que estão implícitos será eficaz sem a colaboração consciente do
professor e sua participação na promoção da emancipação social.
O professor deverá firmar um novo compromisso com a pesquisa, com a elaboração
própria, com o desenvolvimento da crítica e da criatividade, superando a cópia, o mero
ensino e a mera aprendizagem.
Podemos começar por formas de utilização das novas tecnologias mais simples e ir
assumindo atividades mais complexas. Experimentar, avaliar e experimentar
novamente é a chave para a inovação e a mudança desejadas e necessárias.
Caminhamos para uma flexibilização forte de cursos, tempos, espaços,
gerenciamento, interação, metodologias, tecnologias, avaliação. Isso nos obriga a
experimentar pessoal e institucionalmente a integração de tecnologias audiovisuais,
telemáticas (Internet) e impressas.
Vivemos uma época de grandes desafios no ensino focado na aprendizagem. Vale
a pena pesquisar novos caminhos de integração do humano e do tecnológico; do
sensorial, emocional, racional e do ético; do presencial e do virtual; de integração da
escola, do trabalho e da vida.
Em nosso colégio, utilizamos algumas tecnologias como: DVD, televisão, aparelho
de som, retroprojetor, computador, livros diversos, apostilas, lousa, giz, cartazes, entre
outras, sempre buscando acompanhar as tendências e disponibilidades de recursos
que estão ao nosso alcance. A direção, equipe pedagógica e professores estão abertos
as novas tecnologias que serão disponibilizadas aos mesmos, utilizando-as da melhor
maneira possível, introduzindo-as através das diversas disciplinas e em projetos que
serão desenvolvidos no decorrer dos anos.
6.6 CULTURA E MULTICULTURALISMO
A cultura é resultado de toda a produção humana e segundo Saviani, “para
sobreviver o homem necessita extrair da natureza, ativa e intencionalmente, os meios
de sua subsistência. Ao fazer isso ele inicia o processo de transformação da natureza,
criando um mundo humano, o mundo da cultura”. (1992, p.19).
23
Estar consciente da pluralidade cultural é reconhecer, respeitar e ter um “outro
olhar” sobre as diferenças, valorizando-as sejam eles étnicos ou culturais. No entanto
nas discussões sobre multiculturalismo percebemos a importância de estar enfocando
um tema tão complexo e essencial, por estarmos inseridos numa sociedade capitalista,
na qual a grande maioria fica de fora das decisões sócio-econômica e política.
Nesta perspectiva, torna-se necessário empreender um esforço coletivo para vencer
as barreiras e entraves que inviabilizam a construção de uma escola pública que
eduque de fato para o exercício pleno da cidadania e seja instrumento de
transformação social. Respeitando a diversidade cultural e valorizando a cultura popular
e erudita cabe a escola aproveitar essa diversidade existente, para fazer dela um
espaço motivador, aberto e democrático.
6.7 ENSINO-APRENDIZAGEM
As Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná estão apoiadas na Psicologia Social
de Vigostsky, no Sócio-Interacionismo e na Pedagogia Histórico-Crítica. Conforme
estas concepções o conhecimento é mediado pelo social.
O ensino é o processo através do qual o saber é sistematizado e transmitido ao
aluno, realiza a mediação do saber difuso, parcial, desarticulado do educando e o saber
científico.
A aprendizagem é o processo de organização do conhecimento pelo aluno e a
incorporação/assimilação de conhecimentos à sua prática social.
O ensino não é apenas uma atividade técnica e profissional. Na medida em que
deve favorecer o desenvolvimento social e ético dos alunos, pressupõe também uma
ação moral. A função do professor não se restringe a aplicar seus conhecimentos para
promover as aprendizagens de seus alunos, ou a cumprir as normas estabelecidas pela
administração educativa correspondente, ele deve ser capaz de compreender a
situação de seus alunos e de ajudá-los a obter progressos. Para isso, o professor
precisa pôr em prática seus conhecimentos, assim como sua capacidade de se
relacionar e sua sensibilidade para os outros.
24
6.8 CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO
Avaliar, vocábulo de origem no latim, a-valer que significa “dar valor a”.
No dicionário Aurélio, avaliar quer dizer determinar a valia ou o valor de; apreciar ou
estimar o merecimento de, determinar a valia ou o valor; o preço, o merecimento,
calcular, estimar, fazer a apreciação, ajuizar.
O próprio significado do vocábulo nos faz compreender que a avaliação se faz
presente em incontáveis aspectos da existência humana.
Porém, a avaliação escolar, restringe-se a aspectos da educação formal com a
aprendizagem.
A avaliação está intimamente ligada ao modelo da prática educativa que exercemos
e ao modelo de sociedade ao qual esta prática serve. Analisando as raízes históricas
da avaliação evidencia-se isso. O sistema social vigente prima pela exclusão, que é
manifestada em conseqüência das desigualdades sociais tão evidentes.
Consequentemente muitas vezes ainda realizamos uma prática seletiva de
avaliação, comprometida com o modelo de sociedade que temos, compatível com o
senso comum.
Tyler (1979) que foi quem cunhou a expressão “avaliação da aprendizagem”defende
a idéia de que a avaliação deve subsidiar um modo eficiente de fazer o ensino.
Luckesi (2003) define a avaliação da aprendizagem como um ato amoroso,
acolhedor, integrativo, inclusivo. Para ele, a avaliação tem por base acolher uma
situação, para só então, ajuizar sua qualidade visando dar-lhe suporte de mudança, se
for necessário. Ao acolher algo, reconhece-se como é ou seja: se faz um diagnóstico. O
ato diagnóstico visa aquilatar situações, coisas, atos, tomada de decisões para que se
obtenha sucesso no que se pretende.
Portanto: diagnosticar, incluir o educando no curso de aprendizagem satisfatória e
integrar as suas experiências de vida são os objetivos da avaliação.
Na concepção de Luckesi (2003) avaliar um aluno com dificuldades é criar a base
do modo de como incluí-lo dentro do círculo da aprendizagem; o diagnóstico permite a
decisão de direcionar ou redirecionar aquilo ou aquele que está precisando de ajuda.
25
Assim, realizado o diagnóstico tomar-se-ão as decisões mais adequadas no que se
refere a assimilação dos conteúdos e também do processo de constituição de si mesmo
do sujeito em questão, uma vez que a avaliação tem também como objetivo auxiliar o
educando em seu desenvolvimento pessoal.
Reforça-se assim o pensamento de Luckesi (2003) de que a avaliação é uma das
múltiplas oportunidades de aprender, de auxiliar e aprofundar a aprendizagem.
Esta concepção de avaliação não é, a que temos e aplicamos na totalidade mas, a
que vislumbramos. O trabalho coletivo de construção do Projeto Político Pedagógico de
nossa escola, revelou as concepções de avaliação dos profissionais da educação.
A avaliação deve valorizar o conhecimento do aluno, o seu crescimento no dia a dia,
o que ele consegue fazer e não prender-se somente nas dificuldades do aluno
(diagnóstico, acolhimento, tomada de decisões, crescimento do sujeito).
Complementam e reforçam os professores que ela deve ser diagnóstica, contínua,
qualitativa de forma a demonstrar as várias potencialidades dos alunos. O professor
precisa estar sempre atento aos problemas detectados e a partir daí, tomar novas
medidas pedagógicas.
As opiniões, em vários pontos, são consonantes à dos teóricos que fundamentam a
concepção de avaliação que preconizamos em nosso projeto. Considerando a
complexidade do ato de avaliar, há ainda muitas questões desafiantes a serem
analisadas e viabilizadas para que a mudança necessária no processo avaliativo ocorra
definitivamente.
6.8.1 AVALIAÇÃO NO CONTEXTO ESCOLAR
Pretende-se adotar uma avaliação dentro das disposições orientadas como regras
comuns ao Ensino Fundamental e Médio, previstas na LDB 9.394/96 Art. 24, Inciso V, e
Deliberação n. º 007/99, sendo contínua, cumulativa e diagnóstica, com prevalência dos
aspectos qualitativos sobre os quantitativos.
Avaliar no contexto escolar ultrapassa a apreciação do desempenho dos alunos, que
deve ser analisado de modo relacionado com o desempenho do professor e as
26
condições da escola. Conforme as normas gerais para a avaliação contida na Del. N. º
007/99 aprovada em 09/04/99 a qual delibera o seguinte texto do cap. 1:
Art. 1.º - A avaliação deve ser entendida como um dos aspectos do ensino pelo qual o
professor estuda e interpreta os dados da aprendizagem e de seu próprio trabalho, com
as finalidades de acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos,
bem como diagnosticar seus resultados e atribuir-lhes valor.
Na tendência da avaliação no contexto escolar, a preocupação centra-se mais na
forma como o aluno aprende, sem descuidar da qualidade do que ele aprende. A
avaliação deve ser contínua, formativa, na perspectiva do desenvolvimento integral do
aluno, com objetivo de detectar e prevenir os problemas identificados, como de
aprendizagem dos alunos antes que eles se agravem, possibilitando a retomada quanto
ao processo avaliativo para identificação das necessidades educacionais, promovendo
a participação efetiva do professor nesse processo.
A aprendizagem se dá, numa construção pessoal do sujeito que aprende,
influenciada tanto pelas características pessoais quanto pelo contexto social que se cria
na sala de aula. Com tal abrangência, a avaliação no contexto escolar possibilita a
identificação das dificuldades, dos sucessos e fracassos, apoiando encaminhamentos e
tomadas de decisões sobre ações necessárias, sejam de natureza pedagógica,
administrativa ou estrutural.
Esta avaliação configura-se como uma prática de investigação do processo
educacional e como meio de transformação da realidade escolar partindo da
observação, da análise, da reflexão crítica sobre a realidade/contexto, pelos autores
envolvidos no processo de avaliação, onde se estabelecem as necessidades,
prioridades e as propostas de ação para os processos de ensino e da aprendizagem
envolvendo, comprometendo e co-responsabilizando a todos na construção de uma
educação transformadora, cidadã e responsável socialmente.
Se a avaliação contribuir para o desenvolvimento das capacidades dos alunos,
pode-se dizer que ela se converte em uma ferramenta pedagógica, em um elemento
que melhora a aprendizagem do aluno e a qualidade do ensino.
6.8.2 METODOLOGIA
27
Conforme decisão coletiva dos professores e fundamentação pertinente ao assunto,
será avaliado o desenvolvimento da aprendizagem. Levando em conta a participação,
assiduidade, produtividade e responsabilidade do aluno. A avaliação utilizará os
seguintes instrumentos: Provas Objetivas e Dissertativas, Seminários, Trabalhos em
Grupo, Pesquisas, Trabalhos Individuais ou em Grupos, Observações, Auto-Avaliação,
Participação em Projetos e Atividades que façam parte do Plano de Ação Anual da
Escola.
6.8.3 CRITÉRIOS
Definida como tarefa principal da escola a transmissão/assimilação do
conhecimento científico sistematizado, historicamente acumulado, decidiu-se
coletivamente que a nota será atribuída avaliando-se o conhecimento adquirido,
podendo ser contínua ou pontual, à critério de cada professor, conforme as
especificidades de sua disciplina, levando em conta que deve-se preponderar os
aspectos qualitativos sobre os quantitativos e os de capacidade crítica, de síntese e de
elaboração pessoal sobre a memorização, considerando a interdisciplinaridade e
multidisciplinaridade dos conteúdos e sua contextualização (Del. 007/99 – aprovada em
09/04/99).
7. PRINCÍPIOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA
A participação do cidadão e o exercício de sua cidadania no campo educacional e,
mais especialmente, na gestão da escola, estão ligados a um processo mais amplo de
extensão da cidadania social à cidadania educacional. A cultura democrática cria-se
com a prática democrática. Os princípios e as regras dessa prática, embora ligados à
natureza universal dos valores democráticos, têm uma especificidade intrínseca à
natureza da escola e ao projeto pedagógico de cada escola, a qual não é democrática
só por sua prática administrativa, ela torna-se democrática por toda sua ação
pedagógica essencialmente educativa.
28
A escola precisa ser concebida não mais como organização burocrática, mas como
instância de articulação de projetos pedagógicos partilhados pela direção, professores,
alunos e comunidade, onde todos os envolvidos são considerados cidadãos e atores
participantes de um processo coletivo de fazer educação.
Participação significa a intervenção dos profissionais da educação e dos demais
seguimentos que fazem parte do contexto escolar. Há dois sentidos de participação
articulados entre si. No primeiro sentido, a participação é ingrediente dos próprios
objetivos da escola e da educação. A escola é lugar de aprender conhecimentos,
desenvolver capacidades intelectuais, sociais, afetivas, ética, estéticas. Mas é também
lugar de formação de competências para a participação na vida social, econômica e
cultural. No segundo sentido, por meio de canais de participação da comunidade, a
escola deixa de ser uma redoma, um lugar fechado e separado da realidade, para
conquistar o status de uma comunidade educativa que interage com a sociedade civil.
Vivendo a prática da participação nos órgãos deliberativos da escola, os pais, os
professores, os alunos, vão aprendendo a sentir-se responsáveis pelas decisões que
afetam num âmbito mais amplo da sociedade.
Alguns princípios básicos da organização e gestão democrática:
• Autonomia das escolas e da comunidade;
• Relação orgânica entre a direção e a participação dos membros da equipe escolar;
• Envolvimento da comunidade no processo escolar;
• Planejamento das tarefas;
• A formação continuada para o desenvolvimento pessoal e profissional dos
integrantes da comunidade escolar;
• O processo de tomada de decisões deve basear-se em informações concretas,
analisando cada problema em seus múltiplos aspectos e na ampla democratização das
informações;
• Avaliação compartilhada;
• Relações humanas produtivas e criativas na busca de objetivos comuns.
8. CRITÉRIOS DE ORGANIZAÇÃO INTERNA DA ESCOLA
29
Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nº 9394/96, em seu artigo
13, os docentes devem incumbir-se de ministrar os dias letivos e horas-aula
estabelecidos, além de participar integralmente dos períodos dedicados ao
planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento profissional e, sobre a hora-atividade.
O artigo 67 diz que “Os sistemas de ensino promoverão a valorização dos profissionais
da educação, assegurando-lhes, inclusive nos termos dos estudos, planejamento e
avaliação, incluído na carga de trabalho”. A organização da hora-atividade será
conforme as possibilidades do estabelecimento de ensino, visando o trabalho coletivo
dos professores favorecendo a dinâmica interdisciplinar. A organização do trabalho
docente na escola e, em especial as ações que nortearão a hora-atividade, devem
nessa perspectiva, aproveitar esse tempo e espaço para estabelecer as propostas,
conteúdos, estratégias de planejamento, de reuniões pedagógicas, de correção de
tarefas dos alunos, de estudos e reflexões sobre os saberes curriculares e de ações,
projetos e propostas metodológicas, de troca de experiências, de atendimento de
alunos, pais e outros assuntos educacionais ao interesse dos professores.
Processos de avaliação, apoio pedagógico, classificação e progressão.
Entendendo a educação como um direito, não cabe à escola, avaliar para
classificar, excluir ou sentenciar, aprovar ou reprovar. Nessa perspectiva, as questões
referentes à avaliação são assim explicitadas:
A avaliação tem que iniciar sobre aspectos globais do processo, inserido tanto as
questões ligadas ao processo ensino/aprendizagem como as que se referem à
intervenção do professor, ao projeto curricular da escola, à organização do trabalho
escolar, à função socializadora e cultural, à formação das identidades, dos valores, da
ética, etc., enfim, a sua Proposta Pedagógica. Assim, não mais procede pensar que o
único avaliado é o aluno e seu desempenho cognitivo.
Avalia-se para identificar os problemas e avanços e redimensionar a ação educativa.
Com a avaliação, iremos diagnosticar os avanços e entraves em suas múltiplas
dimensões, além de detectar suas causas e as ações mais adequadas para seu
redimensionamento e continuidade. A avaliação, portanto, é um processo formativo e
30
contínuo.
Os agentes da avaliação são aqueles que são sujeitos do processo ou parceiros do
mesmo.
Entendemos que a ação avaliativa é contínua e não circunstancial reveladora de
todo o processo e não apenas de seu produto. Dentro desse processo de avaliação
formativa, podemos identificar três momentos chaves: o inicial, o contínuo e o final.
Cada um desses momentos possui uma especificidade, sendo que o momento inicial
tem uma função diagnóstica, o contínuo, a de acompanhar o processo e o final, de
identificar avanços alcançados e aspectos a serem trabalhados em outro momento,
constituindo-se, assim, em um momento inicial de uma fase do processo.
Devemos romper a lógica da avaliação somativa, onde o aluno precisa ter um
número X de pontos para passar para o próximo ano. Dessa forma, não podemos
pensar na prova como o único instrumento de avaliação. Outros mais precisam ser
construídos, sempre a partir de critérios não mais ligados ao número de pontos
alcançados e sim aos objetivos definidos.
Assim, algumas formas devem ser implementadas. É importante salientar que os
instrumentos de avaliação, por mais variados que sejam, devem ser a expressão de
uma relação pedagógica baseada no diálogo e na busca coletiva de soluções.
Dessa forma, o processo de avaliação deixa de ser instrumento de sanção,
passando a ser um instrumento de construção de um processo educativo.
O Conselho de Classe é um órgão colegiado de natureza consultiva e deliberativa
em assuntos didáticos - pedagógico, tendo por objetivo, avaliar o processo ensino-
aprendizagem na relação professor/aluno e os procedimentos adequados a cada caso.
O Conselho de Classe tem por finalidade:
a) estudar e interpretar os dados da aprendizagem na sua relação com o trabalho do
professor na direção do processo ensino-aprendizagem, proposto pelo Plano Curricular;
b) acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos, bem como
diagnosticar seus resultados e atribuir-lhes valor;
c) analisar os resultados da aprendizagem em relação aos conteúdos, ao
encaminhamento metodológico e ao processo de avaliação;
31
d) utilizar procedimentos que assegurem o uso dos critérios definidos para avaliação,
tendo em vista os conteúdos essenciais, evitando a comparação dos alunos entre si.
O Conselho de Classe é constituído pelo(a) diretor(a) e/ou diretor(a) auxiliar, pela
equipe pedagógica, por todos os docentes e os alunos representantes que atuam numa
mesma turma e/ou série.
São atribuições do Conselho de Classe:
I – analisar as informações sobre os conteúdos curriculares, encaminhamentos
metodológicos e práticas avaliativas que se referem ao processo ensino e
aprendizagem;
II - propor procedimentos e formas diferenciadas de ensino e de estudos para a
melhoria do processo ensino e aprendizagem;
III - estabelecer mecanismos de recuperação de estudos, concomitantes ao processo
de aprendizagem, que atendam às reais necessidades dos alunos, em consonância
com a Proposta Pedagógica Curricular da escola;
IV – acompanhar o processo de avaliação de cada turma, devendo debater e analisar
os dados qualitativos e quantitativos do processo ensino e aprendizagem;
V – atuar com co-responsabilidade na decisão sobre a possibilidade de avanço do
aluno para série/etapa subsequente ou retenção, após a apuração dos resultados
finais, levando-se em consideração o desenvolvimento integral do aluno;
VI – analisar pedidos de revisão de resultados finais recebidos pela secretarai do
estabelecimento, no prazo de até 72 (setenta e duas) horas úteis após sua divulgação
em edital.
As atribuições aqui definidas foram retiradas do Regimento Escolar desta escola.
O Conselho de Classe é um espaço privilegiado de discussão coletiva e reflexão da
prática educativa.
A recuperação de estudos é parte integrante do processo de aprendizagem no
seu desenvolvimento contínuo, acontecendo concomitante e/ou paralelamente ao
período letivo, proporcionando ao período letivo, proporcionando ao aluno condições
que lhe possibilitem a melhoria do aproveitamento escolar e avanços no processo de
aprendizagem.
O processo de recuperação acontecerá concomitantemente ao processo de
32
aprendizagem e/ou paralelamente, sempre que se fizer necessário, de acordo com as
diretrizes da Secretaria Estadual de Educação e os resultados serão incorporados no
registro do rendimento escolar.
O convívio escolar refere-se a todas as relações e situações vividas na escola,
dentro e fora da sala de aula, em que estão envolvidos direta ou indiretamente todos os
sujeitos da comunidade escolar;
A busca de coerência entre o que se pretende ensinar aos alunos e o que se faz na
escola (o que se oferece a eles) é também fundamental;
Não se terá sucesso no ensino de auto-cuidado e higiene uma escola suja e
abandonada. Nem se poderá esperar uma mudança de atitudes em relação ao
desperdício (importante questão ambiental) se não se realizarem na escola práticas que
se pautem por esse valor. Trata-se, portanto, de oferecer aos alunos a perspectiva de
que tais atitudes são viáveis, exeqüíveis, e, ao mesmo tempo, criar possibilidades
concretas de experienciá-las.
É certo que muitas medidas estão fora do alcance dos educadores, mas há muitas
delas que são possíveis e, quando for o caso, reivindicação aos responsáveis em torno
da solução de problemas é um importante ensinamento das atitudes de auto-estima,
co-responsabilidades e participação.
O trabalho com os temas sociais se concretizará nas diversas decisões tomadas
pela comunidade escolar, o que aponta a necessidade de envolvimento de todos no
processo de definição das propostas e das prioridades a serem eleitas para o seu
desenvolvimento. O fundamental é que todos possam refletir sobre os objetivos a
serem alcançados, de forma que se definam princípios comuns em torno do trabalho a
ser desenvolvido. Cada um – alunos, professores, funcionários e pais – terá sua função
nesse trabalho, tentando aproximar a teoria e a prática. Para isso, é importante que as
instâncias colegiadas responsáveis pela escola criem condições, que a direção da
escola facilite o trabalho em equipe dos professores e promova situações favoráveis à
comunicação, ao debate e à reflexão entre os membros da comunidade escolar.
Nesta escola as informações atualizadas têm circulado democraticamente o que
tem ajudado a manter uma convivência produtiva e solidária.
A comunidade escolar sempre é consultada e seus anseios e expectativas são
33
analisadas, discutidas e acatadas ou não de acordo com cada situação.
Na sua relação de convivência, a escola tem procurado trabalhar as diversidades
existentes, respeitando as diferentes manifestações culturais, incentivando os alunos a
expressar suas idéias, manifestar seus dons artísticos e a troca de experiências, nas
diferentes atividades desenvolvidas, sendo esta uma prática vivenciada.
Os alunos e a comunidade como participantes do o processo educacional auxiliam
nas decisões que a escola tem de tomar e tem ciência do processo de ensino-
aprendizagem e das formas de avaliação.
9. OPERACIONALIZAÇÃO DA GESTÃO E PRÁTICAS PEDAGÓGICAS
9.1 GESTÃO DEMOCRÁTICA NA ESCOLA
A escola pretende uma gestão que compreenda a profundidade dos problemas
postos pela prática pedagógica rompendo com a separação entre concepção e
execução, entre o pensar e o fazer entre a teoria e a prática, com a participação efetiva
de todos os segmentos e envolvidos no contexto escolar.
9.2 O PAPEL ESPECÍFICO DE ALGUNS SEGMENTO ESCOLAR
9.3 O PAPEL DO DIRETOR
A direção da escola, além de ser uma das funções do processo organizacional, é
um imperativo social e pedagógico. O significado do termo direção, tratando-se da
escola, difere de outros processos de direção, especialmente os empresariais. Ele vai
além daquele de mobilização das pessoas para a realização eficaz das atividades, pois
implica intencionalidade, definição de um rumo, uma tomada de posição frente a
objetivos sociais e políticos da escola, ao cumprir sua função social de mediação, influi
significativamente na formação da personalidade humana e, por essa razão, não é
possível estruturá-la sem levar em consideração objetivos políticos e pedagógicos.
A direção é o órgão que preside ao funcionamento dos serviços escolares, aos
trabalhos dos professores, as atividades dos alunos e as relações da comunidade
34
escolar com a vida exterior no sentido de garantir o alcance dos objetivos educacionais
dos estabelecimentos de ensino, definidos em seus projetos de implantação.
O diretor mantém a escola dentro das normas do sistema educacional, segue
portarias e instruções, é exigente com cumprimento de prazos. Valoriza a qualidade do
ensino, o projeto político pedagógico, a equipe pedagógica e cria oportunidades para a
capacitação docente. Preocupa-se com a gestão democrática e com a participação da
comunidade no contexto escolar.
Todas essas características são importantes ao desenvolvimento do trabalho da
direção, é necessário equilibrá-las, com a participação coletiva de todos os envolvidos
no processo educacional.
Algumas atribuições são fundamentais para o desenvolvimento do trabalho diretivo,
entre elas podemos citar: Incentivo às iniciativas inovadoras; Elaboração dos planos
diários e de longo prazo visando a melhoria da escola; Gerenciamento dos recursos
financeiros e humanos; Assegurar a participação da comunidade na escola; Identificar
as necessidades da escola e buscar soluções.
9.4 O PAPEL DO PROFESSOR PEDAGOGO
Cabe ao professor pedagogo o trabalho de articulação e planejamento das
atividades escolares, partindo da elaboração e execução do Projeto Político
Pedagógico, buscando juntamente com professores, alunos e comunidade as melhores
metodologias e encaminhamentos para que a escola seja de fato democrática,
supondo-se aqui a competência, na transmissão dos conhecimentos acumulados
historicamente pela sociedade.
Sabemos que para atingir seus objetivos e desenvolver suas atividades o professor
pedagogo estará adotando diversas metodologias e estratégias, baseando-se na
pesquisa participante, pesquisa-ação que visam a inserção junto à comunidade escolar
e ações que possam colaborar na mudança das problemáticas identificadas. O
professor pedagogo deverá partir da prática social de professores e alunos para junto a
eles e com eles, buscar soluções adequadas no conhecimento sistematizado e
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científico, utilizando-se das áreas de psicologia, sociologia, filosofia, didática, políticas
educacionais, levando em conta o conhecimento prévio e a cultura local.
9.5 O PAPEL DO PROFESSOR
Cada professor deve ter o compromisso de contribuir, com seus conhecimentos,
para a transformação estrutural da sociedade. Tal contribuição “... se consubstancia na
instrumentalização, isto é, nas ferramentas de caráter histórico, matemático, científico,
literário, etc., que o professor seja capaz de colocar de posse dos alunos” (Saviani,
1983, p.83). O professor partirá da prática social, buscando alterar qualitativamente a
prática de seus alunos, enquanto agentes de transformação social.
Para que o professor possa encaminhar os alunos para um senso crítico, antes ele
precisa ter essa criticidade. A apropriação da herança cultural da humanidade é o que
caracteriza um indivíduo humano. Mazzeu (1998) enfatiza que o processo de
humanização também está presente no próprio trabalho docente e na sua formação
profissional.
Conforme Facci (1998) o professor tem uma função mediadora que “é realizada a
partir de ações intencionais, conscientes, dirigidas para um fim específico de propiciar a
instrumentalização básica do aluno de modo que permita que este conheça, de forma
crítica, a realidade social e que, a partir deste conhecimento, haja a promoção do
desenvolvimento individual” (p.26).
9.6 O PAPEL DO ALUNO
A preparação do aluno inclui preocupar-se com o seu tornar-se pessoa, com o seu
aprender a viver juntos e aprender a viver com os outros. A formação crítica do aluno e
o desenvolvimento de uma autonomia na capacidade de discernir são elementos que
devem ser buscados permanentemente, devendo ser despertado para a curiosidade
36
intelectual. A ele deve ser possibilitado o acesso às metodologias científicas,
estimulando a sua aplicação.
O aluno deve buscar uma consciência social e política, porém não política partidária,
visando a melhoria da qualidade de ensino, à melhoria das relações interpessoais que
se travam na escola, à melhoria da organização do trabalho que se desenvolve na
escola, dentre outros fatores que só um estudante politizado pode reivindicar.
10 PAPEL DAS INSTÂNCIAS COLEGIADAS
10.1 APMF
A APMF, entidade jurídica de direito privado, é um órgão de representação de
pais e professores do estabelecimento de ensino. Não tem caráter político partidário,
religioso ou racial. Sem fins lucrativos, não sendo remunerados os seus dirigentes e
conselheiros.
Os objetivos são:
I - discutir e colaborar sobre as ações para a assistência ao Educando, o
aprimoramento do ensino, e para a integração família-escola-comunidade;
II - prestar assistência ao educando, assegurando-lhe condições de permanência na
escola;
III - representar os interesses da comunidade e dos pais de alunos junto à escola, tendo
em vista a captação de recursos financeiros;
IV - promover o entrosamento entre os pais, alunos, professores e membros da
comunidade, através de eventos sócio-educativo-cultural-desportivos;
V - contribuir para a melhoria e conservação do patrimônio do estabelecimento
escolar, dentro de critérios sempre visando melhores condições de aprendizagem;
VI - tomar medidas para a preservação do patrimônio escolar.
(REGIMENTO ESCOLAR)
Nesta escola o trabalho realizado pela APMF é de grande contribuição em todos
os assuntos e as ações desenvolvidas são realizadas em conjunto com toda a
comunidade escolar.
37
10.2 CONSELHO ESCOLAR
O Conselho Escolar é um órgão colegiado, representativo da Comunidade Escolar,
de natureza deliberativa, consultiva, avaliativa e fiscalizadora, sobre a organização e a
realização do trabalho pedagógico e administrativo da instituição escolar em
conformidade com as políticas e diretrizes educacionais da SEED, observando a
Constituição Federal, a LDB, o ECA, o Projeto Político Pedagógico e o Regimento do
Colégio, para o cumprimento da função social e específica do colégio. Podendo fazer
parte do Conselho a comunidade escolar, compreendida como o conjunto de
profissionais da educação atuantes na escola, alunos devidamente matriculados e
freqüentando regularmente, pais e/ou responsáveis pelos alunos, representantes de
segmentos organizados presentes na comunidade comprometidos com a educação.
O Conselho Escolar é concebido enquanto um instrumento de gestão colegiada e da
participação da comunidade escolar numa perspectiva de democratização da escola
pública, constituindo-se como órgão máximo de direção do Estabelecimento de Ensino.
Sua função deliberativa refere-se à tomada de decisões relativas às diretrizes e
linhas gerais das ações pedagógicas, administrativas e financeiras quanto ao
direcionamento das políticas públicas desenvolvidas no âmbito escolar.
A função consultiva refere-se à emissão de pareceres para dirimir dúvidas e tomar
decisões quanto às questões pedagógicas, administrativas e financeiras, no âmbito de
sua competência.
Sua função avaliativa refere-se ao acompanhamento sistemático das ações
educativas desenvolvidas pela unidade escolar, objetivando a identificação de
problemas e alternativas para melhoria de seu desempenho, garantindo o cumprimento
das normas da escola e a qualidade social da instituição escolar.
E por fim, a função fiscalizadora a qual se refere ao acompanhamento e fiscalização da
gestão pedagógica, administrativa e financeira da unidade escolar, garantindo a
legitimidade de suas ações.
11. CRITÉRIOS DE ORGANIZAÇÃO INTERNA DA ESCOLA
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11.1 CRITÉRIOS DE ORGANIZAÇÃO PARA A UTILIZAÇÃO DO ESPAÇO
EDUCATIVO
O Colégio Estadual Deputado Vespertino Ferreira Pimpão-EFEM, encontra dentre
outros problemas, a falta de espaço físico para desenvolver uma grande parte das
atividades afetando assim a qualidade do trabalho escolar, dentre os problemas
temos a dualidade administrativa com a Escola Municipalizada Thomaz Coelho.
Sabemos que a criatividade é absolutamente necessária, diante da realidade do
colégio, mas não é suficiente, mesmo assim tenta-se organizar o desenvolvimento de
algumas atividades, como por exemplo, aquelas que podem ser realizadas na quadra
como: gincanas, torneios, apresentações de danças, teatros, momentos cívicos. Mas
essas atividades só podem ser realizadas quando não esta chovendo ou o sol muito
forte, pois a quadra não é coberta. Em alguns casos quando não envolvem a
comunidade local, algumas dessas atividades acontecem no pátio da escola.
A organização dessas atividades obedece a um planejamento prévio, discutidas em
reunião com os professores, equipe pedagógica e direção, outras, são enviadas através
do NRE sugeridas ou direcionadas pela SEED para serem desenvolvidas pelas escolas
jurisdicionadas.
11.2 CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DO CALENDÁRIO ESCOLAR E HORÁRIOS
LETIVOS
A Secretaria de Estado da Educação faz o planejamento do calendário escolar de
acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei n. º 9394/96) e
atende a flexibilidade de cada Estado de acordo com os feriados federais e estaduais.
O calendário é elaborado pela SEED que repassa aos Núcleos Regionais de Ensino
para a consulta dos professores sobre os recessos e feriados municipais, sempre
respeitando os 200 dias letivos e as 800 horas/aulas que são obrigatórios. Após
discussão e aprovação, entra em vigor e as escolas não têm autonomia para definir
outros dias de recesso ou dispensas de aulas sem justificativa pedagógica.
39
11.3 CRITÉRIOS PARA ORGANIZAÇÃO DE TURMAS E DISTRIBUIÇÃO POR
PROFESSOR EM RAZÃO DE ESPECIFICIDADES
O critério para distribuição de aulas aos professores do estabelecimento de ensino,
segue as resoluções da SEED que regulamenta o processo na rede estadual de ensino,
estabelecendo normas e diretrizes para tal. Primeiramente são distribuídas as aulas aos
professores lotados no estabelecimento, seguindo uma lista previamente enviada pelo
NRE, onde se encontra a classificação do professor por tempo de serviço no
estabelecimento, de acordo com a disciplina de concurso.
As aulas remanescentes do estabelecimento são enviadas ao NRE e este faz a
distribuição seguindo critérios da resolução específica. Primeiramente são distribuídas
as aulas aos professores não lotados e ocupantes de cargo efetivo, as aulas que
restarem são distribuídas nas escolas, aos professores efetivos na forma de aulas
extraordinárias, as aulas remanescentes voltam ao NRE para a distribuição aos
professores contratados pelo regime CLT e outros contratos temporários especiais
(PSS).
Para a distribuição de aulas será considerada a carga horária disponível no
estabelecimento de ensino, gerada para o ano letivo, de acordo com o número de
turmas e modalidades de ensino, previstos em regulamentação específica e na matriz
curricular aprovada pelo NRE. A distribuição de aulas deverá ser acompanhada pela
chefia do Núcleo Regional de Ensino.
12. FORMAÇÃO CONTINUADA PARA PROFESSORES
A formação continuada é um direito de todos os profissionais que trabalham na
escola, pois possibilita a progressão funcional baseada na titulação,na qualificação, na
competência, propiciando o desenvolvimento profissional.
Um trabalho de construção/reconstrução/socialização do conhecimento requer
uma definição clara dos marcos conceituais da matéria a ser ensinada e a
compreensão de problemáticas e de postulados teóricos. Consciente de que a ciência
não se desenvolve de maneira neutra, terá o professor, melhores condições para fazer
40
opções epistemológicas sintonizadas com os fins educativos que lhe movem a atuação
pedagógica.
A prática de estudos já faz parte das atividades pedagógicas desenvolvidas no
decorrer do ano, momentos preciosos de reflexões críticas e trocas de experiências,
que muito auxiliam na prática da sala de aula. São reuniões pedagógicas realizadas
em alguns dias, sendo selecionados variados conteúdos para serem trabalhados,
segundo as especificações dos professores e em caso de necessidade recorreremos à
ajuda de especialistas para que sejam supridas as expectativas do grupo.
Além da prática de estudos são ofertados durante o ano:
• Encontros nas horas/atividade;
• Estudos pedagógicos (Semana Pedagógica);
• Diversos cursos ofertados pela SEED e outras entidades:
• Palestras;
• Reuniões, onde o corpo docente se reúne conforme a necessidade para o
estudo de novos projetos e aperfeiçoamento dos que apresentam resultados
positivos.
É importante investir na qualificação dos professores, capacitando-os para que
possam oferecer um ensino de qualidade. Devido a isto, a escola sempre apóia os
professores, para que participem de cursos oferecidos pela SEED ou outros segmentos
da sociedade. São estimulados também a se aperfeiçoarem através de cursos, em
nível de Pós-Graduação e Mestrado.
A formação continuada em serviço é uma necessidade e para tanto é preciso
que se garantam jornadas com tempo para estudo, leitura e discussão entre
professores, dando condições para que possam ter acesso às informações mais
atualizadas na área de educação.
Os professores devem ser profissionais capazes de conhecer os alunos, adequar
o ensino à aprendizagem, elaborando atividades que possibilitem a ação reflexiva do
aluno.
12.1 Critérios para a participação
41
Quando existe a oferta de 1 (uma) vaga para participação de cursos, congressos,
palestras e similares para capacitação dos professores, funcionários ou pedagogos, e
mais de uma pessoa tem interesse em participar, como 1ª opção de acordo com a
necessidade do profissional, depois a escola faz o sorteio entre os interessados e quem
já participou de um, no ano, cede a vez para outro profissional.
A formação continuada para professores será contemplada no plano de ação da
escola e/ou projetos específicos, dependendo da necessidade.
13. AVALIAÇÃO DA PROPOSTA PEDAGÓGICA
Acompanhar as atividades e avaliá-las leva-nos à reflexão, com base em dados
concretos sobre como a escola organiza-se para colocar em ação sua proposta
pedagógica. A avaliação do projeto pedagógico, numa visão crítica, parte da
necessidade de se conhecer a realidade escolar, busca explicar e compreender
criticamente as causas da existência de problemas, bem como suas relações, suas
mudanças e se esforça para propor ações alternativas (criação coletiva).
Acompanhar e avaliar o projeto pedagógico é avaliar os resultados da própria
organização do trabalho pedagógico.
A escola propõe duas formas de avaliação: durante o ano escolar de forma
contínua e sistemática e ao final do ano escolar, de forma sistemática e abrangente.
A avaliação será abrangente porque contemplará questões ligadas ao processo
ensino-aprendizagem, à organização do trabalho escolar, à função socializadora e
cultural, à formação dos valores, enfim, a Proposta Pedagógica da escola.
Para que seja realizada a avaliação, pretende-se criar os mecanismos na própria
escola, que possam abranger vários aspectos.
Nesse processo também será avaliado e acompanhado o material didático, o
currículo, o sistema de avaliação adotado pela escola, os recursos físicos, o
gerenciamento e a aplicação dos recursos financeiros, a metodologia, a atuação de
todos os envolvidos com a educação, enfim, toda a ação relevante da escola.
Para a avaliação serão utilizados instrumentos por escrito ou orais (relatórios,
questionários, pareceres, etc.) onde serão arrolados vários aspectos significativos.
42
Os resultados serão analisados e servirão de subsídios para reflexão e
reposicionamento, levando-se em conta o que deu certo, o que não deu e o que
necessita ser mudado e também servirão para a construção/reconstrução da Proposta
Pedagógica.
14. OBSERVAÇÕES FINAIS
A comunidade do Colégio Deputado Vespertino Ferreira Pimpão tem se
reunido e discutido em diversos momentos sobre a sua prática, sempre buscando
melhorias no processo ensino–aprendizagem. A partir destas discussões foi organizado
o Plano de Ação estabelecendo ações para 2006/2007.
Temos consciência de que atingi-las na sua totalidade não é um trabalho fácil,
mas num processo coletivo de estudo, debate e sistematização pautados numa gestão
democráticos, onde todos os envolvidos assumem um compromisso de
responsabilidade e participações poderão ser executadas com menor dificuldade.
Procuramos montar um Plano de ação, que seja possível de realizar e não algo
apenas para cumprir as ordens burocráticas e/ou ser guardado na gaveta sem função,
estabelecendo encaminhamentos buscando atingir como nosso objetivo maior o
seguinte conceito:
“A escola enquanto espaço democrático e de articulação assume um papel
revolucionário na medida em que consiga levar as massas trabalhadoras a se
apropriarem do saber historicamente acumulado e a desenvolverem a consciência
critica da realidade em que se encontram”.(ARROYO)
É preciso entender a Proposta Pedagógica da escola como uma reflexão de seu
cotidiano. Para tanto, ela precisa de um tempo razoável de reflexão e ação, para ter um
mínimo necessário à consolidação de sua proposta.
A construção/reconstrução da Proposta Pedagógica requer continuidade das
ações, instalação de mecanismos institucionais visando a participação de todos os
envolvidos com o processo educativo e instalação de um processo coletivo de
avaliação da proposta.
A comunidade escolar é indispensável para se ampliar as possibilidades e
43
apressar as mudanças que se fazem necessárias, dentro e fora da escola.
“... a escola, pelo peso da sociedade e também por influência da própria carga,
envereda pela opressão dos oprimidos; ela é no mesmo tempo um dos locais
onde o combate existe, onde ele pode, de forma privilegiada, evoluir de tal
maneira que os oprimidos adquiram lucidez e força”.
Snyders
15. PLANOS DE AÇÃO
15.1 PLANO DE GESTÃO 2009-2011
INTRODUÇÃO
O Plano de Ação é um instrumento para implementação da política educacional para
o estabelecimento de ensino e seu colegiado. Estabelece diretrizes, objetivos e metas
para a modalidade de ensino ofertada pelo estabelecimento. Constitui-se num
instrumento que define políticas específicas, diretrizes, prioridades, metas, prazos, e
estratégias de operacionalização.
Os objetivos deste Plano de Ação, indicará seu referencial maior, as
intencionalidades e finalidades e como o mesmo poderá contribuir para a transformação
do Colégio e da sociedade, sendo a democratização do acesso ao conhecimento
historicamente constituído, um elemento fundamental na construção de uma instituição
educacional democrática, justa e solidária.
OBJETIVOS GERAIS
- Continuar o trabalho de Gestão Democrática e participativa, incentivando a
descentralização do poder do diretor; a autonomia do corpo docente e do quadro
administrativo; a participação de alunos e comunidade na construção coletiva e na
44
definição dos objetivos do Colégio, bem como de suas estratégias de ações,
compromissos e competências, destacando-se ainda a garantia da representatividade
do Conselho Escolar, dos Representantes de Turma e da APMF, e a predisposição de
todos para construir um colégio comprometido com a transformação social.
- Identificar as necessidades e as prioridades do colégio quanto a formação continuada
de docente/discente, funcionários, conselheiros, membros de APMF e pais de alunos.
- Reorganizar e trabalhar de acordo com o Projeto Político Pedagógico do Colégio
dentro dos princípios democráticos e participativos, efetivando-se, através, do Conselho
Escolar, Conselho de Classe e APMF. Atendendo também as características e
necessidades específicas do colégio.
-Dar ênfase aos Projetos já existentes de combate a evasão escolar e a repetência,
com acompanhamento ao educando e aos educadores, e se necessário e possível, à
família.
- Instituir mecanismo de avaliação interna e externa para o colégio, com participação de
todos os envolvidos nesse processo, por meio de uma dinâmica democrática, legítima e
transparente, entendido que os resultados são produzidos historicamente.
AÇÕES
Como toda atividade humana que tem clareza de finalidades, para que nosso
colégio cumpra seu importante papel social, faz-se necessário um monitoramento
constante que fornecerá elementos que permitam a avaliação clara dos entraves e
progressos para o alcance das metas e objetivos propostos neste Plano de Ação-
Gestão 2009/2011. Este monitoramento ocorrerá para que constantemente se façam
ajustes necessários em função das mudanças constantes, características
contemporânea da nossa sociedade.
Apresentamos como plano de ação:
45
- Uma gestão democrática e participativa, incentivando a descentralização do poder, a
autonomia do corpo docente e do quadro administrativo, a participação de alunos e
comunidade na construção coletiva e na definição dos objetivos do Colégio Estadual
Deputado Vespertino Ferreira Pimpão;
- O enfoque da formação continuada do docente, funcionários, conselheiros, membros
da APMF e pais de alunos;
- Alicerçar o trabalho pedagógico do Colégio enquanto processo de construção
contínua;
- Dar a todos os membros do colégio a liberdade de aprender, ensinar, pesquisar, e
divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber;
- Exercer a reflexão coletiva para fornecer o diálogo, o respeito e a auto-estima;
- Construção de prática coletiva de avaliação contínua dos processos de organização
do trabalho pedagógico e da aprendizagem.
15.2 PLANO DE AÇÃO DA EQUIPE PEDAGÓGICA
O Colégio Estadual Deputado Vespertino Ferreira Pimpão está situado em bairro
periférico – Thomaz Coelho – atendendo alunos de nível sócio econômico baixo,
proveniente também do Jardim Alvorada.
O colégio baseia-se na LDB 9.394/96, nas diretrizes emanadas pela SEED e
pelas teorias progressistas da educação, tendo como objetivo a transmissão/
assimilação da cultura e conhecimentos científicos historicamente acumulados.
[...] a escola diz respeito ao conhecimento elaborado e não ao conhecimento espontâneo; ao saber sistematizado e não fragmentado; a cultura erudita e não à cultura popular. [...] A escola existe, pois, para propiciar a aquisição dos instrumentos que possibilitam o acesso ao saber elaborado (ciência), bem como o próprio acesso aos rudimentos desse saber. As atividades da escola básica devem se organizar a partir dessa questão. [...] Daí que a primeira exigência para o acesso a esse tipo de saber é aprender a ler e a escrever. Além disso, é preciso também aprender a linguagem dos números, a linguagem da natureza e a linguagem da sociedade. (SAVIANI, 1995, p. 19-20, grifo nosso).
46
O estabelecimento oferece o Ensino Fundamental e o Ensino Médio, sua
finalidade, proposta na LDB: consolidar e aprofundar os conhecimentos adquiridos no
Ensino Fundamental, possibilitar o prosseguimento de estudos; preparar para o
trabalho e cidadania, para continuar aprendendo, ser capaz de adaptar-se, aprimorar o
educando como pessoa humana, incluindo a formação ética, desenvolvimento da
autonomia intelectual e pensamento crítico; compreensão dos fundamentos científico-
tecnológicos, e relação teoria prática no ensino de cada disciplina.
Partindo dos pressupostos teóricos e legais acima expostos de função da escola
passamos a relatar a função da equipe pedagógica neste contexto.
Apresentaremos os objetivos e atividades da equipe pedagógica por área de atuação:
ORIENTAÇÃO À FAMÍLIA:
1 Colaborar com a família no desenvolvimento e educação do aluno;
2 Contribuir para o processo de integração escola-família-comunidade, atuando de
forma que se consolide uma gestão democrática e participativa;
3 Desenvolver atitudes favoráveis à efetiva participação dos pais na tarefa
educativa e em relação ao estudo dos filhos;
4 Identificar possíveis influências do ambiente familiar que possam estar,
prejudicando o desempenho do aluno na escola.
COORDENAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO ESCOLAR:
a) Coordenar a elaboração coletiva e acompanhar a efetivação do Projeto Político
pedagógico e do Plano de Ação da escola;
1) Colaborar na análise dos indicadores de aproveitamento escolar, evasão,
repetência e absenteísmo;
• Desenvolver uma ação integrada com o corpo docente, visando a melhoria do
aproveitamento escolar por meio da adoção de metodologias adequadas e
desenvolvimento de hábitos de estudo;
47
1 Coordenar a construção coletiva e a efetivação da proposta curricular da escola,
a partir das políticas educacionais emanadas pela SEED/PR e Diretrizes
Nacionais do CNE;
• Orientar o processo de elaboração e efetivação dos planejamentos anuais e de
ensino junto ao coletivo de professores da escola;
1 Promover e coordenar reuniões pedagógicas e grupos de estudo de temas
relativos ao trabalho pedagógico e de intervenção na realidade escolar;
• Analisar os projetos de natureza pedagógica a serem implantados na escola;
• Atuar, junto ao coletivo de professores, na elaboração de projetos e/ou ações
que visem a recuperação de estudos, a partir das necessidades de
aprendizagem identificadas em sala de aula e/ou nos Conselhos de Classe
Bimestrais;
1 Organizar a realização dos conselhos de classe, de modo a garantir um
processo coletivo de reflexão-ação sobre o trabalho pedagógico, além de
coordenar a elaboração de propostas de intervenção na escola e sala de aula,
decorrentes desse processo;
1) Subsidiar o aprimoramento teórico-metodológico do coletivo de professores da
escola, promovendo estudos sistemáticos, trocas de experiência, debates,
oficinas entre outros;
Acompanhar o Livro Registro de Classe dos professores, bimestralmente, e
sempre que se fizer necessário, de modo a garantir a efetivação da proposta
pedagógica e planejamento anual, bem como registros de notas, recuperações,
freqüência e carga horária das diferentes disciplinas, fazendo anotações e
orientações;
5 Organizar e coordenar a hora-atividade do coletivo de professores, de maneira a
garantir que esse espaço-tempo seja de reflexão-ação sobre o processo
pedagógico e preparação para a sala de aula;
FORMAÇÃO ÉTICA E PARA CIDADANIA DO EDUCANDO:
48
Levar o aluno a vivenciar, analisar, discutir e desenvolver valores, atitudes e
comportamentos, fundamentados em princípios universais;
Desenvolver o respeito à dignidade e às liberdades fundamentais do homem;
Desenvolver a compreensão dos direitos e deveres, da pessoa humana, do
cidadão, da família do estado e demais grupos que compõem a cultura dos
alunos;
Despertar nos educandos a consciência da liberdade, o respeito pelas diferenças
individuais, o sentimento de responsabilidade e confiança e utilização de meios
pacíficos para solução dos problemas humanos;
Desenvolver nos alunos atitudes e comportamento de respeito no trato com
colegas e profissionais de educação na escola;
Desenvolver uma atuação integrada com professores para o desenvolvimento
dos valores éticos e sociais acima descritos;
Desenvolver nos alunos atitudes compatíveis com o respeito às normas gerais
de boa educação e conduta e com as regras do Regimento Escolar;
Desenvolver a dimensão espiritualista, sem proselitismo cultural ou religioso,
obedecendo a princípios gerais de respeito humano;
Evitar ocorrência de discriminação por motivo de convicções filosóficas,
religiosas ou qualquer preconceito de classe, cor ou questões de gênero, tanto
entre professores ou alunos;
Favorecer a integração dos alunos no ambiente escolar e entre os seus pares;
ENCAMINHAMENTOS RELACIONADOS À SAÚDE, FÍSICA E MENTAL DOS
ALUNOS:
Colaborar com a escola e a família no desenvolvimento de aspectos importantes
da educação tais como: afetivo, sexual, de higiene, saúde lazer.
Desenvolver a compreensão dos valores, das implicações e das
responsabilidades em relação à dimensão afetiva e sexual da personalidade do
aluno;
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Atuar preventiva e remediativamente, via encaminhamento, em relação a saúde
física e mental dos alunos;
Identificar, assistir e encaminhar tanto os alunos que apresentem excelente
desempenho como também os que apresentam necessidades especiais,
colaborando no processo de inclusão;
ORIENTAÇÃO VOCACIONAL:
Levar o aluno a reconhecer a importância da escolha profissional e a
necessidade de informações educacionais e profissionais;
Desenvolver atitudes de valorização do trabalho como meio de realização
pessoal e de fator de desenvolvimento social;
Preparar o aluno para participar do mundo do trabalho, por meio de uma
profissão adequada às suas potencialidades e aspirações;
Levar o aluno a reconhecer a necessidade de assumir o papel de agente de sua
escolha profissional;
Desenvolver no aluno a capacidade de relacionar suas características pessoais
às características das profissões;
Desenvolver o autoconhecimento do aluno por meio de técnicas de sondagem
de interesses, aptidões e valores, visando a escolha vocacional adequada.
METODOLOGIA:
Para atingir seus objetivos e desenvolver suas atividades a equipe pedagógica
estará adotando diversas metodologias e estratégias, baseando-se na pesquisa
participante, pesquisa-ação que visam a inserção junto à comunidade escolar e ações
que possam colaborar na mudança das problemáticas identificadas. Adotará uma
didática para uma Pedagogia Histórico Crítica, partindo da prática social inicial de
professores e alunos para que junto a eles e com eles, busque soluções adequadas no
conhecimento sistematizado e científico, utilizando-se das áreas de psicologia,
50
sociologia, filosofia, didática, políticas educacionais, levando em conta o conhecimento
prévio e a cultura local.
PROCEDIMENTOS:
Reuniões; Palestras; Entrevistas; Pesquisas teóricas ou Práticas; Orientação
Individual; Orientações Coletivas; Convocações aos pais ou responsáveis; Elaboração
e coordenação ou colaboração em projetos;
15. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASÍLIA, Lei de Diretrizes e Bases da Educação. N°9394, de 20 de
dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da Educação Nacional.
CURITIBA. Prefeitura Municipal de. Secretaria Municipal da Educação.
Diretrizes Curriculares – em discussão. Gestão 1997 – 2000.
CURITIBA. Prefeitura Municipal de. Secretaria Municipal da Educação. A
Escola Municipal e os ciclos de aprendizagem – Projeto de Implantação,
1999.
BRASÍLIA. Secretaria da Educação Fundamental. Parâmetros curriculares
nacionais. MEC/SEF, 1999.
PARANÁ. Conselho Estadual de Educação. Deliberação n° 014/99; Indicação
n° 004/99. De 08 de outubro de 1999. Dispõe sobre indicadores para a
elaboração da proposta pedagógica dos estabelecimentos de ensino da
Educação Básica em suas diferentes modalidades. Curitiba, 1999.
BELCHIOR, Maria Celina. O sucesso escolar, através da avaliação e da
recuperação. Novo Hamburgo-RS, editora, 1998.
PARANÁ, Parecer n° 487/99. Conselho de Educação do Paraná. Aprovação
do Projeto de Implantação dos Ciclos de aprendizagem na RME, 1999.
16. DIRETRIZES CURRICULARES ESTADUAIS
51
16.1 LÍNGUA PORTUGUESA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Pensar o ensino da Língua Portuguesa significa pensar numa realidade que
permeia todo o nosso cotidiano: a realidade da linguagem. Ela além de articular as
relações que estabelecemos com o mundo, também possibilita a visão construída
sobre o mesmo. É pela linguagem que nos constituímos enquanto sujeitos, é a
linguagem que, com o trabalho, caracteriza a nossa humanidade. A atividade mental,
própria do homem, é organizada pela linguagem. É ela que nos possibilita pensar nos
objetos e a operar com eles na sua ausência. Essa capacidade de abstração, que
também caracteriza o ser humano, só se tornou possível porque o homem, impelido
pela necessidade de se organizar socialmente, construiu a linguagem, um conjunto de
signos que são representação do real.
A disciplina da Língua Portuguesa/Literatura deve ser orientada por práticas de
oralidade, leitura e escrita vivenciando experiências com a língua em uso,
concretizadas em atividades de leitura,produção de textos e reflexões com e sobre a
língua,norteada por uma concepção teórica que vê a língua em permanente
constituição na interação entre sujeitos histórica socialmente situados. O objeto de
estudo da disciplina é a Língua e o conteúdo Estruturante da Língua Portuguesa e
Literatura é o discurso enquanto prática social(leitura,escrita e oralidade).
O trabalho pedagógico com a Língua Portuguesa/Literatura tem por objetivo a
proliferação do pensamento, o aprimoramento da expressão, da leitura crítica, bem
como da compreensão do fenômeno estético no âmbito da literatura, de maneira a
contribuir tanto na constituição da identidade dos sujeitos, quanto com a sua formação
para o efetivo exercício da cidadania.
OBJETIVOS GERAIS
As aulas de Língua Portuguesa devem propor situações de interlocução que fomentarão atividades de
produção e reflexão discursivas.
52
No que se refere às práticas de leitura, a interlocução deverá não só estimular, como fazer dialogar
leituras distintas suscitadas pelos textos apresentados.
Na abordagem dos conteúdos de todas as séries, o professor deve considerar;
• Os conhecimentos anteriores dos alunos em relação ao que se pretende
ensinar.
• Nível de aprofundamento possível de cada conteúdo, em função das
possibilidades de compreensão dos alunos nos diferentes momentos do seu
processo de aprendizagem.
• Ampliação do nível de complexidade dos diferentes conteúdos, conforme
autonomia lingüística adquirida pelos alunos na realização das práticas
discursivas.
CONTEÚDOS
5° série
- Análise do texto
- Estudo do vocabulário - Oralidade
- Produção de textos
- Gênero/recurso lingüístico:
1 Diálogo
2 Narração
3 Fala dos personagens
4 Teatro
5 Bilhete
6 Comparação
7 Poesia
8 Descrição
9 Fábula
10 Conto folclórico
11 Frase jornalística
- Estudos lingüísticos:
- Substantivo
53
- Sílaba
- Seqüência alfabética
- Verbo
- Emprego do ponto final
- Palavras oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas - Sujeito e predicado
- Emprego do "porque", "por que" e "por quê"
- Pronones pessoais do caso reto
- Predicado nominal
- Emprego da cedilha e do til
- Emprego das abreviaturas
- Predicado verbal
- Ditongo e hiato
- Acentuação gráfica
- Advérbio
- Separação de sílabas
- Preposições
- Emprego do artigo
- Uso da crase
- Numerais cardinais e ordinais
- Adjetivo
6ª Série:
- Leitura
- Análise do texto
- Estudo do vocabulário -
Oralidade
- Produção de textos
- Gênero, recurso lingüístico:
- Diálogo
- Narração
- Correspondência
54
- Código
- Posições do narrador -
Diário
- Fábula
- Poesia
- Discurso direto
- Descrição
- Coesão
- Estudos lingüísticos:
1 - Sujeito e predicado
2 - Divisão de sílabas: monossílabo, dissílabo, trissílabo, polissílabo
3 - Sílabas átona e tônica
4 - Predicado nominal e verbal
5 - Classificação das palavras quanto à sílaba tônica: oxítona, paroxítona e
6 proparoxítona
7 - Verbo transitivo direto e indireto
8 - Verbo intransitivo
9 - Complemento verbal
10 - Regras de acentuação
11 - Verbos de ligação
12 - Pontuação: exclamação e interrogação -
Substantivos
13 - Adjetivos
14 - Pronomes possessivos/demonstrativos -
Adjunto adnominal
15 - Emprego dos porquês
16 - Verbos: pessoa, número, tempo e modo
17 - Ditongo
18 - Hiato
19 - Discurso direto e indireto
55
20 - Objeto direto e indireto
21 - Preposições
22 - Crase
23 - Advérbio
24 - Adjunto adverbial
25 Trema
26 Voz ativa
27 Voz passiva
28 Siglas e abreviaturas
7ª série
GÊNEROS TEXTUAIS:
• Conto
• Crônica
• Narrativa de ficção
• Reportagem
• Texto informativo
• Sinopse e resenha
• Denotação e conotação
• Linguagem literária e não literária
• Linguagem e recursos expressivos
• Poesia – definição e estilos
• Poesia lírica e poesia narrativa
• Poema cinético
• Poema concreto
• Haicai
• Gramática
• Pronomes substantivos e pronomes adjetivos
• Pronomes pessoais retos e pronomes pessoais oblíquos
• Conjunções e interjeições
56
• Concordância verbal
• Ortografia
• Frase, oração e período.
• Tipos de predicado
• Classificação do sujeito
• Adjunto adverbial
• Complemento verbal e complemento nominal
• Aposto e vocativo
• Vozes verbais
8ª série
• Textos literários:
• Poesia / poema (linguagem poética, recursos expressivos, noções de versificação)
• Crônica
• Romance
• Texto teatral
• Linguagem conotativa / figura de linguagem:
• Metáfora
• Metonímia
• Anáfora
• Elipse
• Repetição
• Antítese
• Hipérbole
• Prosopopéia ou personificação
• Texto dissertativo – argumentativo
• Gramática
• Regência nominal e regência verbal
57
• Concordância nominal e concordância verbal
• Período simples e período composto
• Período composto por coordenação
• Período composto por subordinação
• Orações subordinadas (substantivas, adverbiais e adjetivas )
• Conjunções
• Pronomes relativos
• Colocação pronominal
• Homônimos e parônimos
• Ortografia
• Crase
ENSINO MÉDIO
1º Ano
A Prática da Oralidade – A Prática da Escrita – A Prática da Leitura – Literatura –
Análise Lingüística
• Leitura de diversas tipologias textuais;
• Leitura e interpretação de textos literários;
• Funções de Linguagem;
• Variação Linguística;
• Textos em prosa e textos em verso;
• Contextualização literária e a relação com a arte;
• Texto literário e não literário;
• Ortografia
• Narração;
• Dissertação;
• Literatura informativa;
• Estudo de textos jornalísticos;
• Estudo de crônicas e contos;
58
• Produção de texto literário e não literário;
• Trovadorismo;
• Humanismo;
• Classicismo;
• Variação linguística;
• Literatura de informação e jesuítica;
• Ortografia;
• Acentuação;
• Pontuação;
• Formação de palavras;
• Estrutura das palavras;
• Verbos;
• Barroco;
• Quinhentismo.
2º Ano
• Leitura e análise de textos literários: crônica, conto e romance.
• Língua portuguesa (língua padrão) concordância verbal e nominal;
• Classe das palavras;
• Acentuação;
• Pontuação;
• Antecedentes do Romantismo;
• Leitura e análise de texto não-literário: texto jornalístico;
• Período romântico;
• Reestruturação de textos;
• Vocabulários e significados;
• Funções de linguagem;
• Leitura de livros literários do período romântico;
59
• Palavras homônimas e parônimas;
• Crase (sinal indicativo);
• Preposições (tipos e sentidos);
• Sentenças simples e complexas;
• Linguagem figurada;
• Realismo;
• Naturalismo;
• Leitura de livros literários do período realista;
• Reestruturação de texto;
• Regência verbal e nominal;
• Realismo;
• Naturalismo;
• Parnasianismo;
• Simbolismo.
3º Ano
• A importância da literatura;
• Leitura e análise de textos narrativos, informativos e descritivos;
• Reestruturação de textos;
• Coesão e Coerência;
• Figuras de linguagem;
• Literatura brasileira e portuguesa;
• Movimentos modernistas e Pré-modernistas do Brasil;
• Movimento de vanguarda da Europa;
• Aposto e vocativo;
• Crases – uso da crase;
• Concordância verbal e nominal;
• Gêneros literários diversos: conto, novela, romance e crônica;
• Pré-modernismo;
60
• Verbo de ligação e verbo significativo;
• Regência verbal e regência nominal;
• Período modernista;
• Poemas contemporâneos;
• Verbos defectivos abundantes, anômalos, irregulares (particípios), tempos;
• Orações subordinadas adjetivas e reduzidas;
• Coesão e coerência.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Os objetivos só podem ser conquistados se os conteúdos tiverem um tratamento
didático específico, ou seja, se houver estreita relação entre o que, e como ensinar.
Mais ainda, quando a definição dos conteúdos for uma questão didática de estreita
relação direta com os objetivos colocados.
Assim, o critério de organização dos conteúdos de Língua Portuguesa em
termos de USO→REFLEXÃO→USO, de certa forma, define também o eixo didático, a
linha geral de tratamento dos conteúdos, ao caracterizar um movimento metodológico
de AÇÃO→REFLEXÃO→AÇÃO, em que se pretende que, progressivamente, a
reflexão se incorpore às atividades linguísticas do aluno de tal forma que ele tenha
capacidade de monitorá-las com eficácia, tornando-se um leitor crítico, que escreva
com criatividade e autonomia.
Quando se pretende que o aluno construa conhecimento, a questão não é
apenas qual informação deve ser oferecida, mas principalmente, que tipo de tratamento
deve ser dado à informação que se oferece. A questão é então de natureza didática.
Portanto a intervenção pedagógica do professor tem valores que estão sendo
repassados aos alunos no sentido de torná-los cidadãos plenos e éticos.
Em se tratando da área de Língua Portuguesa, o professor tem outro papel
fundamental: o de modelo. Além de ser aquele que ensina os conteúdos, é alguém que
ensina o valor que a língua tem demonstrando o valor que esta tem para si. Se for um
usuário de escrita de fato, se tem boa relação com a leitura, se gosta verdadeiramente
61
de escrever, funcionará como excelente modelo para seus alunos.
Isso é especialmente importante quando eles provêm de comunidades pouco
letradas onde não participam de atos de leitura e escrita junto com adultos experientes.
Nesse caso, muito provavelmente, a escola será a única referência. Reside nisto a
importância que a Escola adquire no desenvolvimento de habilidades de pensamento
para o aluno.
Os conteúdos de Língua Portuguesa foram distribuídos em três dimensões:
Oralidade
O professor deve ter claro que a forma como a criança fala na escola revela a
história, práticas culturais, experiências peculiares de seu grupo social e não a
incapacidade de falar corretamente. Então, se a criança já vem falando para a escola,
cabe a essa criar condições para que o aluno construa seu próprio discurso, sendo
capaz de expressar suas idéias com objetividade e fluência.
Para isso, precisamos transformar a sala de aula num espaço de discussão
constante, onde o aluno deverá escutar a voz do outro, adequando seu discurso a esse
interlocutor, buscando, sobretudo, a clareza na exposição das idéias e a consistência
argumentativa na defesa de seus pontos de vista.
Leitura
Sendo o texto o núcleo do nosso trabalho, quanto maior a sua diversidade em
sala de aula, melhor.
É importante perceber que os homens produzem seus discursos nas mais
diversas formas de registro, dirigidos a falantes diferentes com intenções igualmente
diversas. Trazer esse material para o aluno ler, analisar, discutir confrontar idéias
(encontrando pontos em comum e dissonâncias), desvendar intenções, é um trabalho
que certamente seduzira o aluno e instigará a elaboração de sua própria forma de falar
ou escrever sobre um determinado assunto.
Esse discurso não será puramente criado pelo aluno, mas será o resultado de
62
muitas leituras, discussões e reflexões, enfim, resultado do contraponto entre os mais
diferentes textos. Assim, acreditamos que o aluno terá o que dizer, de forma adequada,
no momento adequado, para um interlocutor determinado, e mais é mergulhando a
criança numa profunda variedade de textos, numa multidão das mais diferentes vozes
que poderemos suscitar o verdadeiro leitor: aquele que lê o dito e o não dito. Por fim, a
leitura de bons textos constitui a base para o domínio da norma-padrão e parâmetro da
criança para suas próprias produções.
Em nosso trabalho com a prática de leitura de textos, não podemos perder de
vista duas dimensões que devem estar sempre em equilíbrio: a leitura por prazer e a
leitura enquanto apoio para outras atividades. No primeiro caso, temos a leitura sem
cobranças, onde cada criança escolherá aquilo que deseja ler. O professor pode
interferir indicando leituras, apontando livros interessantes, estimular novos leitores
através de seu exemplo.
Outro aspecto do trabalho com a leitura é aquele destinado ao estudo do texto,
não a leitura para responder perguntas óbvias, e sim à leitura deve desafiar o aluno ao
responder as questões propostas. Para tanto, é importante que trabalhemos com
nossos alunos as condições de produção de texto, ou seja, o momento histórico,
intenção de produção e interlocutores. Também faremos a partir daí a análise
lingüística, onde explicitaremos a coesão interna do texto como pronomes, advérbios,
verbos, etc. Esperamos assim, conscientizar nosso aluno sobre alguns fatos da língua e
refletir com ele sobre a organização do texto escrito, percebendo-o como resultado de
opções temáticas e estruturais feitas pelo autor tendo em vista seu interlocutor.
Além do estudo, um texto pode servir de apoio para outras atividades, como a
produção de outros textos ou sua recriação em outras formas de linguagem como
pintura, desenho, a mímica, a música. Aqui estaremos, também, trabalhando com a
leitura, mas de outros signos, tais como: o gesto, as cores, os traços, etc.
Desta forma, esperamos que, ao trabalhar com o estudo de Língua Portuguesa,
estejamos apontando ao nosso aluno diferentes formas de ver e pensar o mundo em
que está inserido, e que ele possa superar os discursos repetidos sendo capaz de
pronunciar sua própria voz, concordando ou discordando, aplaudindo ou criticando
aquilo que lê.
63
Escrita
Na produção de textos, o aluno deve ter clareza de que escrevemos para alguém, sobre algo e
com um determinado propósito. Ou seja, escrevemos para que alguém leia e assim possamos
estabelecer uma forma de interação. Para isso é importante que tudo o que o aluno produza seja de
alguma forma veiculado na própria sala, em outras salas ou em murais da escola. É a certeza de um
interlocutor real que será o horizonte da criança em suas produções. Esta imagem é que determinará a
forma de registro, o tipo de linguagem enfim a totalidade do texto. Para isso, podemos criar, na sala,
situações diversas que propiciem o uso dos diferentes registros, explorando a disposição que os alunos
têm para imitar, parodiar, representar papéis, criar regras de jogos, formular hipóteses ou refutá-las,
inventar histórias e contar causos vividos em seu dia-a-dia.
Além disso, precisamos oportunizar não só a produção individual, mas também em duplas, em
equipes, textos coletivos da classe onde o professor é o escriba. E vale lembrar sempre: o texto veicula
algo de seu autor e, se não for lido, não cumpriu seus propósitos.
Reestruturação de textos
A reestruturação visa à melhoria da estrutura do texto escrito pelo aluno, não apenas quanto as
seus aspectos formais, mais também buscando contemplar informações e separar idéias com auxilio
da pontuação, elementos coesivos e organização de parágrafos. Esse trabalho pode ser realizado
individualmente ou coletivamente.
A reestruturação coletiva permite que todos possam perceber como um texto pode ter suas
idéias adequadamente apresentadas. Em outras palavras, não se trata de limitar-se aos aspectos
formais da língua, mas reestruturar o texto, organizando as frases misturadas ou encadeando as
justapostas através dos elementos coesivos.
O professor deve ter o bom senso e selecionar os problemas que mais interferem no
entendimento do texto, pois nem tudo poderá ser reestruturado sob o risco de se supervalorizarem os
problemas em detrimento do valor do texto enquanto forma de interlocução.
64
Outra forma de reestruturar o texto é através da correção individual mediada pelo professor, na
qual este procura conscientizar o aluno de seus erros para que ele seja capaz de resolver alguns
problemas formais de seu texto.
Através da reestruturação de textos, estaremos conscientizando o aluno da necessidade de
voltar ao texto, assumir o papel de seu revisor e perceber que o bom texto não nasce pronto, mas é
fruto do trabalho, do fazer e refazer, ler e reler, reescrever e ler, buscando sempre sua melhor forma.
Prática da oralidade:
Atividades sistemáticas de fala, escuta e reflexão sobre a língua que devem acontecer no interior de
atividades significativas.
Textos literários:
Canção e textos dramáticos.
Textos de imprensa:
Notícia, entrevista radiofônica e televisiva, debate e depoimento
Texto de divulgação científica: exposição, debate, relato de experiência científica.
Textos da ordem do relatar:
Histórias em família, experiências vividas, diários, testemunhos, autobiografia, notícia curta, etc.
Textos argumentativos:
exposição e debate.
Textos instrucionais ou prescritivos:
Instruções, regras em geral, receitas, normas.
Conteúdos decorrentes da produção oral em função da reflexão e do uso: a prática da análise
lingüística na oralidade
· Materialidade fônica dos textos poéticos
· Reconhecimento das diferentes possibilidades de uso da língua
· Recursos linguísticos próprios da oralidade
· As variedades linguísticas e a adequação da linguagem ao contexto de uso: diferentes registros,
grau de formalidade em relação à fala e à escrita.
· Aspectos formais e estruturais do texto
A utilização, pelo aluno, da linguagem oral, com eficácia, sabendo adequá-la a intenções e situações
comunicativas, conforme as instâncias de uso da linguagem, ou seja, para defender pontos de vista,
65
narrar, relatar expor, intervir, formular questões, etc., tendo em vista o atendimento à natureza da
informação ou do conteúdo veiculado e adequação ao nível de linguagem.
Prática da leitura
Textos literários: Canção, textos dramáticos, romance, crônica, conto, poema, contos de fada e fábula
Textos lúdicos: Adivinhas, parlendas, quadrinhas, cantigas
Textos de narrativa gráfico-visual: Histórias em quadrinho, tiras e cartum
Textos de imprensa: Notícia, entrevista, textos informativos e de opinião, classificados, anúncios,
folhetos, entre outros.
Textos midiáticos: textos publicitários, chats, e-mails, mensagens de telefone
Texto de divulgação científica: verbetes de dicionário e enciclopédia, relatos de experiência científica.
Textos da ordem do relatar: Histórias em família, experiências vividas, diários, testemunhos,
autobiografias, etc.
Textos da ordem da correspondência: Cartas familiares, correspondências comerciais, bilhetes,
convites
Textos argumentativos: Textos de opinião, editoriais
Textos instrucionais ou prescritivos
Instruções, regras em geral, receitas, normas, leis e estatutos.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇOES
Se nos decidimos pelo ensino de Língua Portuguesa, sustentado na teoria que
vê a língua como atividade humana que somente se realiza no meio social e na
interação verbal de seus falantes precisamos tomar como objeto de trabalho a
construção linguística que tenha significado no contexto social em que ocorre.
Reconhecendo o texto como construção significativa da língua em uso – ele é
direcionado da análise dos diversos discursos presentes na sociedade – e o aluno,
enunciador de uma voz que resulta dessa análise – a avaliação desse aluno deve ser
coerente com a opção tomada. O texto constitui, assim, o eixo de trabalho e somente
terá sentido centrar nele a avaliação.
Por outro lado, cabe ao professor fazer a reflexão constante do processo de
66
ensino, tendo como diretriz o como fazer para que o aluno chegue ao domínio dos
conteúdos. Nesse sentido, avaliar adquire uma dimensão mais abrangente. Não
somente o desempenho do aluno é objeto de reflexão, mas o processo envolvendo os
elementos que o realizam: o aluno, professor, conteúdo e amaneira como este último é
trabalhado e assimilado.
O domínio da língua oral e escrita em situações de uso efetivo e o uso da norma
padrão em situações formais constituem os conteúdos essenciais de Língua
Portuguesa. De que maneira o aluno se posiciona na oralidade, na leitura e na
produção escrita, o que é necessário para que uma caminhada qualitativamente
aconteça, assim como a certeza de onde quer chegar, tendo escolhido este
encaminhamento, são questões básicas e norteadoras do trabalho do professor. Da
mesma forma, também, do aluno exige-se que saiba aonde e a que quer chegar, ou
seja, o que a escola espera dele, não apenas realizando ambos a
transmissão/recepção de conhecimentos, mas tendo por meta a ampliação da maneira
de ver e dizer as coisas de forma adequada à diversidade de situações e interlocutores.
Conseguindo isso, o aluno poderá identificar analisar e manifestar-se por meio da
língua, na forma mais apropriada a cada situação.
É indispensável que o aluno perceba gradativamente as características de um
bom texto, em que a unidade temática e a estrutural dizem do assunto, fazendo o texto
fluir harmoniosamente. Cabe aqui fazer uma distinção básica entre texto oral e texto
escrito. A oralidade constitui-se como a atividade que permeia todo o ensino de língua.
Sabemos que é via linguagem que o indivíduo transita no grupo social e, na escola, isso
ocorre da mesma forma. Portanto, na aula de língua produzem-se continuamente textos
orais e escritos, cada qual possuídos de características próprias.
A avaliação deve ser “contínua e cumulativa, com prevalência dos aspectos
qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo de um período sobre os de
eventuais provas finais”, já que se “considera que os alunos possuem ritmos e
processos de aprendizagem diferentes e, por ser contínua e diagnóstica, aponta
dificuldades, possibilitando que a intervenção pedagógica aconteça a todo tempo”.
Conteúdos decorrentes da leitura em função da reflexão e do uso: a prática da análise
lingüística
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Organização do plano textual: conteúdo veiculado, possíveis interlocutores, assunto,
fonte, papéis sociais representados, intencionalidade e valor estético.
Diferentes vozes presentes no texto
Reconhecimento e importância dos elementos coesivos e marcadores de discurso para
a progressão textual, encadeamento das ideias e para a coerência do texto, incluindo o
estudo, a análise e a importância contextual de conteúdos gramaticais na organização
do texto:
A importância e função das conjunções no conjunto do texto e seus efeitos de
sentido.
Expressividade dos nomes e função referencial no texto (substantivos, adjetivos,
advérbios) e efeitos de sentido.
O uso do artigo como recurso referencial e expressivo em função da
intencionalidade do conteúdo textual
Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomada e
sequenciação do texto.
Valor sintático e estilístico dos tempos verbais em função dos propósitos do
texto, estilo composicional e natureza do genêro discursivo.
Relações semânticas que as preposições e os numerais estabelecem no texto.
A pontuação como recurso sintático e estilístico em função dos efeitos de
sentido, entonação e ritmo, intenção, significação e objetivos do texto.
O que observar na prática da leitura:
Os processos utilizados pelos alunos para a construção do sentido do texto de
forma colaborativa. Esses processos são: produção de inferências, coerência de
sentido, previsão, conhecimento prévio, leitura de mundo, intertextualidade, expressão
da subjetividade por meio do diálogo e da interação.
Compreensão do texto de maneira global e não fragmentada.
Utilização de diferentes modalidades de leitura adequadas a diferentes objetivos: ler
para revisar, obter uma informação, produzir outros textos, adquirir conhecimentos, etc.
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O entendimento do aluno sobre os elementos lingüísticos do texto como pistas,
marcas, indícios da enunciação.
Compreensão do aluno acerca do funcionamento dos elementos lingüísticos/
gramaticais presentes no texto.
O que observar na prática da escrita enquanto processo
Atendimento à natureza da informação ou do conteúdo veiculado;
Adequação ao nível de linguagem e/ou à norma padrão
Coerência com o tipo de situação em que o gênero se situa (pública, privada,
corriqueira, solene, etc)
Observância à relação entre os participantes (conhecidos, desconhecidos, nível social,
formação, etc.)
Atendimento aos objetivos do texto
Unidade temática
Clareza na exposição das ideias
Utilização dos recursos coesivos
Atualização do gênero - as características são percebidas no uso.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
• Introdução as Diretrizes Curriculares
• Diretrizes Curriculares da Educação Especial para Construção de Currículos
Inclusivos
• Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa
• Por uma Teoria Democrática de Avaliação
• SAGENTIM, Hermínio Geraldo Palavras. 1ª ed. São Paulo: IBEP, 2002.
(Coleção Língua Portuguesa: 5ª, 6ª, 7ª e 8ª séries).
● PROENÇA, Graça; HORTA, Regina. A palavra é português. Ática, 1997.
● Sarmento, Leila Lauar. Português-leitura produção e gramática. São Paulo:
69
Moderna, 2002.
● Fávero, Leonor L. Koch, Ingedore. Lingüística Textual. São Paulo: Cortez, 1988.
16.2 LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA (INGLÊS)
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
O ensino das línguas estrangeiras modernas começa a ser valorizado depois da
chegada da família real portuguesa ao Brasil, em 1808.
Em 1837, o Colégio Pedro II, primeiro em nível secundário no Brasil, apresentava
em seu currículo sete anos de francês, cinco de inglês e três de alemão.
Em 1916, com a publicação de Cours de Linguistic Génerele por Ferdinand
Saussure, inauguram-se os estudos da linguagem em caráter científico.
Em 1942, a Reforma Capanema atribui ao ensino secundário um caráter patriótico e as
línguas privilegiadas são o francês, o inglês e o espanhol, que é introduzido no lugar do
alemão.
Após a Segunda Guerra Mundial, a dependência econômica e cultural do Brasil
em relação aos Estados Unidos intensificou-se e com isso a necessidade de aprender
inglês tornou-se cada vez maior.
Como uma tentativa de rompimento com a hegemonia de um único idioma
ensinado nas escolas, criou-se em 1982, o Centro de Línguas Estrangeiras, no Colégio
Estadual do Paraná, que posteriormente, expandiu-se em todo o estado
Em 1996, a Lei das Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nº9394,
determinou a oferta obrigatória de pelo menos uma língua estrangeira moderna,
escolhida pela comunidade escolar, no Ensino Fundamental. Com relação ao Ensino
Médio, a Lei determina que seja incluída uma língua estrangeira moderna como
disciplina obrigatória, escolhida pela comunidade escolar, e uma segunda, em caráter
optativo, dependendo das disponibilidades da instituição.
Em 2005, foi criada a Lei nº11161, que decreta obrigatória a oferta de língua
espanhola nos estabelecimentos de Ensino Médio. A oferta é obrigatória para a escola,
70
mas de matrícula facultativa para o aluno, sendo que os estabelecimentos de ensino
têm 5 anos, a partir da data de sua publicação para implementá-la.
Objeto de Estudo/Ensino: a língua, entendida como prática social.
Concebida como discurso, repleta de sentidos a ela conferidos por nossas
culturas e nossas sociedades. Uma construção histórica e cultural em constante
transformação.
Um espaço de construções discursivas indissociável dos contextos em que
ocorrem.
Concebida como princípio social e dinâmico, não se limita a uma visão sistêmica
e estrutural do código lingüístico.
Heterogênea, ideológica e opaca.
Como vivemos dentro de um mundo globalizado a língua estrangeira, é um acesso
à comunicação e a mecanismos para uma prática lingüística de outras sociedades.
Possui grande valor educacional, posto que ofereça ao aluno meio para criticar e avaliar
discursos construídos em outro contexto social e pensar criticamente o meio social em
que vive.
Perceber a existência de outros idiomas além do seu, sem perder de vista os
valores locais, é de grande importância para o desenvolvimento cognitivo. Auxilia
também no reconhecimento de raízes gramaticais e históricas de sua língua, bem como
no processo de elevação da auto-estima oriunda do desenvolvimento sócio-cultural.
O aprendizado de outro idioma propicia uma introvisão da própria língua materna.
O ato de vivenciar as diferenças culturais e lingüísticas identifica as particularidades de
sua cultura, reconhecendo outras culturas humanas como válidas, criando o respeito e
que antes era enigmático, pelo que trazia muitas vezes, medo.
A língua estrangeira moderna adquiriu agora a configuração de disciplina tão
importante como qualquer outra do currículo, do ponto de vista da formação do
indivíduo. É parte indissolúvel do conjunto de conhecimentos essenciais que permitem
aos estudantes aproximar-se de várias culturas e conseqüentemente propicia sua
integração no mundo contemporâneo. Ela assume uma função intrínseca que durante
muito tempo esteve camuflada a de ser veículo fundamental na comunicação entre os
homens. Pelo seu caráter de sistema simbólico, como qualquer linguagem, ela funciona
71
como um meio para se ter acesso ao conhecimento de outras culturas e, portanto às
diferentes formas de pensar, criar, sentir, agir e de conhecer a realidade que o cerca, o
que propicia a cada indivíduo uma formação mais abrangente e, ao mesmo tempo mais
sólida.
Numa perspectiva interdisciplinar e relacionada com contextos reais, o processo de
ensino aprendizagem de LEM adquire nova configuração e requer a efetiva colocação
em prática de alguns princípios fundamentais que, via de regra ficaram apenas no papel
por serem considerados utópicos ou de difícil viabilização.
O ensino de LEM tem como princípio geral levar o aluno a comunicar-se de forma
adequada em diferentes ambientes e contextos, o que justifica a sua importância no
currículo escolar atual.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
Ensinar e aprender línguas é também ensinar e aprender percepções de mundo
e maneiras de construir sentidos, é formar subjetividades, independentemente do grau
de proficiência atingido. O ensino de língua estrangeira amplia as perspectivas de ver o
mundo, de avaliar os paradigmas já existentes e cria novas possibilidades de construir
sentidos do e no mundo.
A língua estrangeira será trabalhada de maneira a proporcionar: a inclusão social; o
desenvolvimento da consciência do papel das línguas na sociedade; o reconhecimento
da diversidade cultural e o processo de construção das identidades transformadoras.
•Perceber a existência de outros idiomas e culturas, reconhecendo a sua influência
no mundo atual, respeitando as diferenças, identificando e valorizando as
peculiaridades da sua própria cultura;
•Identificar palavras originárias de outros idiomas presentes no seu cotidiano;
•Utilizar a linguagem oral em situações comunicativas, percebendo diferenças
existentes na pronúncia e entonação de palavras e expressões do idioma em
estudo;
•Comparar elementos do idioma em estudo com sua língua materna, percebendo
similaridades e diferenças entre eles;
72
Participar ativamente das aulas de LEM, reconhecendo no idioma estrangeiro uma
fonte de informação e prazer, ampliando seus conhecimentos não só na língua em
estudo, mas nas demais áreas do conhecimento.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
A língua, entendida como interação , enquanto espaço de produção de sentidos,
marcada por relações contextuais de poder, terá como conteúdo estruturante o
discurso, enquanto prática social, efetivado por meio das práticas discursivas: prática
de leitura, prática de escrita, prática de oralidade.
5ª SÉRIE
2Alfabeto
3 Saudações.
4 Pronomes pessoais.
5Verbo TO BE afirmativo.
6Nacionalidade. Preposição FROM.
7Pronomes demonstrativos. Família.
8Pronome possessivo MY, YOUR.
9Verbo TO BE interrogativo.
10Pronome interrogativo WHAT, WHO. Cores. Conjunção AND.
11Verbo TO BE negativo.
12Preposição. Artigos A, IN, THE.
13Pronome interrogativo HOW. Números cardinais (1 a 20). Idade. Horas exatas.
14Adjetivos
15Pronomes demonstrativos
6ª SÉRIE
3Presente contínuo: afirmativo, negativo e interrogativo.
73
4Pronomes interrogativos WHEN, WHERE, WHAT, HOW, WHO.
5Numerais cardinais (até 100), ordinais (1º a 31º),
6horas, dias da semana, meses, signos, tempo, estações do ano.
7Verbo CAN.
8Preposições IN, ON, AT, endereços, lugares, partes da casa.
9Imperativo.
10Verbos, presente afirmativo simples LIKE, HAVE, PREFER, LOVE, HATE
7ª SÉRIE
4Verbos, presente simples, afirmativo, interrogativo, negativo, auxiliares: DO, DOES.
5Passado contínuo afirmativo, negativo e interrogativo.
6Pronomes interrogativos HOW MANY, HOW MUCH, WHY, BECAUSE.
7Pronomes possessivos. Partes do corpo.
8Adjetivos, descrição, física, características psicológicas, descrição de tempo.
9Preposição que indica lugar. Passado dos verbos regulares, pronúncia dos verbos
ED, ID, T. Verbos no afirmativo, interrogativo, negativo, auxiliar DID.
10Passado dos verbos irregulares, forma afirmativa, advérbio de tempo passado,
locuções adverbiais.
8ª SÉRIE
1Passado dos verbos irregulares, afirmativo, interrogativo, negativo, auxiliar DID.
5Grau dos adjetivos comparativos, igualdade, superioridade, inferioridade,
superlativos.
6Futuro dos verbos WILL, GOING TO.
7Presente perfeito, pronomes interrogativos HOW LONG, HOW OFTEN, SINCE,
FOR.
Os conteúdos por série para o Ensino Médio serão desdobrados a partir de
textos (verbais e não-verbais) de diferentes tipos, considerando seus elementos
lingüísticos-discursivos (fonético-fonológicos, léxico-semânticos e sintáticos),
74
manifestados nas práticas discursivas (leitura, escrita e oralidade). Portanto, os textos
escolhidos para o trabalho pedagógico definirão os conteúdos lingüísticos-discursivos,
bem como as práticas discursivas a serem trabalhadas.
ENSINO MÉDIO
1° Ano
• Pronomes pessoais;
• Verbo Ser (verbo to be);
• Presente Simples;
• Verbo Haver (there to be);
• Presente continuo;
• Passado simples;
• Passado continuo;
• Advérbios de tempo e frequência;
• Adjetivos (ordem da frase);
• Preposições;
• Imperativo;
• Artigo indefinido;
• Pronomes interrogativos;
• Expressões idiomáticas;
• Pronomes demostrativos;
• Numerais;
• Horas.
2º Ano
• Revisão dos tempos verbais (enfatizando o passado simples);
• Futuro (Will e going to)
• Pronomes possessivos, relativos e reflexivos;
• Advérbios de quantidade;
• Pronomes interrogativos;
75
• Condicionais (IF, would);
• Verbos modais;
• Comparativos;
• Presente perfeito;
• Vocabulary: tempo;
• Passado Perfeito;
• Expressões idiomáticas;
• Preposições (lugar e movimento).
3º Ano
• Artigo definido;
• Revisão do Presente Perfeito;
• Voz passiva;
• Perguntas diretas e indiretas;
• Cognatos;
• Falsos cognatos;
• Expressões idiomáticas;
• Preposições;
• Pronomes indefinidos;
• Adjetivos;
• Uso do infinitivo;
• Uso do gerúndio;
• Uso do much, little, many, few, a loto f, lats of, plent, a few, a little, very;
• Verbos seguidos de preposições;
• Pronomes relativos.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Envolver os alunos em atividades críticas e problematizadoras, que se concretizam
por meio da língua como prática social.
76
O texto, enquanto unidade de linguagem em uso, ou seja, uma unidade de
comunicação, escrita, oral ou visual, será o ponto de partida da aula de língua
estrangeira.
Ao interagir com textos provenientes de vários gêneros, o aluno perceberá que as
formas lingüísticas não são sempre idênticas, não assumem sempre o mesmo
significado, mas são flexíveis e variam dependendo do contexto e da situação em que a
prática social do uso da linguagem ocorre.
Possibilitar a análise e reflexão sobre os fenômenos Lingüísticos e culturais como
realizações discursivas, as quais se revelam na/pela história dos sujeitos que fazem
parte deste processo.
As reflexões discursivas e ideológicas dependem de uma interação primeira com o
texto. Isto não representa privilegiar a prática da leitura em detrimento às demais no
trabalho em sala de aula, visto que na interação com o texto, há uma simultânea
utilização de todas as práticas discursivas: leitura, escrita e oralidade.
Os conhecimentos lingüísticos serão trabalhados dependendo do grau de
conhecimento dos alunos e estarão voltados para a interação que tenha por finalidade o
uso efetivo da linguagem e não a memorização de conceitos. Serão selecionados a
partir dos erros resultantes das atividades e da dificuldade dos alunos.
Ao trabalhar com as diferentes culturas, é importante que o aluno, ao contrastar a
sua cultura com a do outro, perceba-se como sujeito histórico e socialmente constituído
e assim elabore a consciência da própria identidade.
Com relação à escrita não podemos esquecer que ela deve ser vista como uma
atividade sociointeracional, ou seja, significativa.
Os textos literários serão apresentados aos alunos de modo que provoquem
reflexão e façam com que os percebam como uma prática social de um determinado
contexto socio-cultural particular.
O ensino de língua estrangeira estará articulado com as demais disciplinas do
currículo, objetivando relacionar os vários conhecimentos. Isso não significa
obrigatoriamente, desenvolver projetos envolvendo inúmeras disciplinas, mas fazer com
que o aluno perceba que conteúdos de disciplinas distintas podem muitas vezes estar
relacionados entre si.
77
Valorizar a escola como um espaço social, responsável pela apropriação crítica e
histórica do conhecimento enquanto instrumento de compreensão da realidade social e
da atuação crítica e democrática para a transformação da realidade. A escolarização
tem o compromisso de prover aos alunos meios necessários para que não apenas
assimilem o saber enquanto resultado, mas apreendam o processo de sua produção,
bem como as tendências de sua transformação.
Conceber a aprendizagem de línguas estrangeiras de uma forma articulada, em
termos dos diferentes componentes da competência lingüística, implica
necessariamente, outorgar importância às questões culturais. A aprendizagem passa a
ser vista então, como fonte de ampliação dos horizontes culturais. Ao conhecer outra
cultura, outra forma de encarar a realidade, o aluno passa a refletir, mais sobre a sua
cultura, amplia a capacidade de analisar o entorno social com maior profundidade,
tendo melhores condições de estabelecer vínculos, semelhanças e contrastes entre sua
forma de ser, agir, pensar e sentir e a de outros povos, enriquecendo sua formação.
A tecnologia moderna propicia entrar em contato com os mais variados pontos do
mundo, assim como conhecer os fatos quase que no mesmo instante em que ocorrem.
A televisão e a internet são alguns exemplos de como os avanços tecnológicos nos
aproximam e nos integram no mundo. Entretanto, nem sempre os indivíduos usufruem
destes recursos. Isso se deve, muitas vezes, apenas a deficiências comunicativas: sem
conhecer uma língua estrangeira torna-se difícil utilizar os modernos equipamentos de
modo eficiente e produtivo.
O trabalho com língua estrangeira moderna deve partir do princípio de uma
abordagem comunicativa, com os temas contextualizados para que sejam significativos.
Assim aumenta-se ou se desperta o interesse, pelas as estruturas trabalhadas,
familiarizando o aluno com assunto tratado.
De acordo com as diretrizes, a língua deve ser apresentada na forma oral,
habilidade de aprender o que escuta e o que fala; posteriormente o trabalho com as
habilidades da leitura e escrita. O aluno precisa experienciar a língua antes de produzi-
la, pois a linguagem oral precede à escrita.
Através de atividades lúdicas e o estímulo da participação, o aprendizado dos
conteúdos se dá de forma agradável e divertida, reforçando o gosto e o interesse do
78
aluno por outro idioma. A língua deve ser usada em situações significativas, não como
uma prática descontextualizada.
O melhor método é aquele que educa, estabelece um diálogo aberto entre professor
e aluno, que permite o enriquecimento de ambas as partes no processo de
aprendizagem, sendo assim, instrumento de crescimento tanto para o aluno como para
o próprio professor.
Considerando que os alunos são iguais e não apresentam o mesmo ritmo de
aprendizagem, cabe ao professor o compromisso de atender às diferenças individuais
de seu grupo de alunos, adaptando o método segundo sua necessidade.
Às portas do novo milênio é imprescindível restituir as ensino médio o seu papel de
formador, nesse sentido ao ensinar língua estrangeira moderna deve ser levado em
conta o aluno e seu objetivo em aprender sua classe social e suas relações sociais,
oferecendo condições para que todos não só tenham acesso à língua estrangeira
moderna, mas o seu conhecimento que será exigido pelo mercado de trabalho.
Por isso, propõe – se um trabalho demorado com o “texto” para que, o aluno saiba
enfrentar uma situação de leitura com algum sucesso, sabendo reconhecer, por
exemplo, as informações essenciais de um artigo curto de jornal, de uma publicidade,
de uma página de instrução, de um produto importado, etc.
É fundamental que o aluno tenha diante de si diferentes textos, mesmo que o
professor utilize livros didáticos, é preciso ter um material paralelo recortado em jornais,
revistas, prospectos, etc. Esse trabalho com textos não deve ser encarado como
atividade complementar para enriquecer as aulas ou estimular os alunos, mas sim
como um trabalho prioritário, efetivo, de leitura e compreensão de textos autênticos. O
estudo de um texto deve responder a objetivos mais amplos do que o simples estudo
de palavras ou de expressões desconhecidas. Devem ser lidas e compreendidas na
sua totalidade significativa.
Devem-se propiciar ao aluno situações de comunicação oral e escrita, oferecendo-
lhe situações próximas da realidade, pois contextualizando os termos o aluno será
inserido em ações autênticas de comunicação.
79
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
A avaliação servirá, além de aferir a aprendizagem do aluno, para que o
professor repense a sua metodologia e planeje as suas aulas de acordo com as
necessidades de seus alunos. É através dela que é possível perceber quais são os
conhecimentos e as práticas que ainda não foram suficientemente trabalhadas.
A avaliação também contribui na organização do pensamento crítico. Pela efetivação
da análise do conjunto dos trabalhos realizados em sala, resultado da problematização
proposta pelo professor sob forma ou comparação “... dos parâmetros indicados pelos
conteúdos necessários de ensino evitando-se a comparação dos alunos entre si”. A
discussão deverá ser mediada pelo professor, que conduzirá os alunos para a crítica
em caráter construtivo, onde serão dadas sugestões aos trabalhos que ainda não
contemplam as exigências da problematização, para que o aluno perceba o resultado
do seu próprio trabalho em relação à proposta do professor.
Deve ter a função diagnóstica e não classificatória. Deve ser usada como subsídio
para revisão do processo ensino aprendizagem.
Este encaminhamento da avaliação será tanto mais conseqüente em favor do aluno,
quanto mais o processo venha a ser um mediador competente, valorizando as
experiências de sua prática social como ponto de partida de construção do
conhecimento e, privilegiando os conteúdos essenciais numa visão integrada do
currículo escolar.
Numa avaliação contínua, faz-se necessário que o professor crie uma forma de
registrar o acompanhamento do aluno no decorrer de sua aprendizagem de modo a
tomar decisões como prosseguir e/ou melhorar sua prática pedagógica, considerando a
aprendizagem como um processo de construção permanente de desenvolvimento do
aluno.
Neste entendimento, a avaliação é concebida como processo e não como medida, e
os erros, como hipótese levantadas pelo aluno, na tentativa de acertar.
As formas e instrumentos de avaliação, portanto, deverão ser diferenciadas e
elaboradas de modo a auxiliar as decisões do processo ensino aprendizagem e a
construir, no aluno a capacidade de autonomia, de reflexão e pensamento.
80
Portanto, numa avaliação será verificada a participação em grupo e individual do
aluno, o seu desembaraço e contribuições.
• Textos referindo-se a interdisciplinaridade de conteúdos com temas relacionados a
História, Cultura, Literatura, Ciências Naturais, Sociológicas, textos de revistas,
propagandas.
• Textos autênticos.
BIBLIOGRAFIA
PRESCHER, E; PASQUALE, E; AMOS, E. Inglês Graded english. São Paulo.
Ed.Moderna, 2003.
AUN, E. MORAES, M.C.P. SANSANOVICZ, N.B. Inglês para o ensino médio. São
Paulo: Saraiva 2003.
LIBERATO, W. Compact english book. São Paulo FDT, 1998.
SILVA, A.S. BERTOLIN, R. Essential English. Ibep.
GRANGER, C. ALMEIDA, M.R. POWER ENGLISH. Cotia, SP: Macmillan, 2005.
MARQUES, A. Inglês série novo Ensino Médio, SP: Atica, 2003.
MORINO,E.L FARIA,R.B. Start up,SP: Àtica,2004.
SILVA, A.S. & BERTOLIN, R Compact dynamic English, SP: IBEP.
16.3. GEOGRAFIA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
No Brasil, as primeiras manifestações da Geografia remetem ao século XIX, onde a
Geografia tinha como objetivo apenas a descrição física do território.
A Geografia Tradicional permaneceu vigente nas escolas públicas entre a década de
30 até início dos anos 80 e tinha como objetivo servir os interesses políticos da época.
Cabe aqui salientar que, durante a Ditadura Militar, a disciplina de Geografia e História
foram fundidas passando a se denominada de Estudos Sociais, o que tornava essa
disciplina meramente ilustrativa.
81
A partir dos anos 90, os objetivos e métodos usadas pela Geografia Tradicional
passaram a serem questionadas, abrindo espaço para a Geografia Critica que em seus
fundamentos teórico-metodológicos, deu novas interpretações ao quadro conceitual da
referência e objeto do estudo, valorizando os aspectos históricos é a análise dos
processos econômicos, sociais e políticos que constituem o espaço geográfico.
As transformações pelas quais tem passado a ciência geográfica nos últimos anos
abarcam dois pontos importantes que se complementam: a prática social no dia-a-dia,
vivenciada no espaço real, construído pela sociedade, e o enfoque teórico,
representado pela reflexão sobre a realidade e conseqüentemente sistematização da
Geografia como ciência, onde vem sofrendo mudanças com a finalidade de procurar
explicar a realidade contemporânea e propor contribuições para sua transformação.
A Geografia contemporânea não pode ser trabalhada de forma isolada, ois alia-se a
outros ramos do saber como a História, a Literatura, a Antropologia, a Sociologia, a
Biologia, as ciências Políticas e Econômicas. Este congreganismo com outras ciências
confere à Geografia atual o seu caráter interdisciplinar.
O papel da Geografia enquanto disciplina e dar suporte ao educando para que ele
possa compreender as questões sociais, econômicas, políticas, culturais e ambientais
que envolve a sociedade local e global. O conhecimento aplicado envolve o saber
localizar, observar, analisar e compreender a extensão do domínio dos fenômenos
naturais e culturais. Dessa forma o ensino da Geografia deve instrumentalizar o aluno
para que compreenda e identifique as principais características do espaço geográfico,
sua transformação e a de seus elementos em diferentes escalas, reconhecendo seu
lugar de vivência, entendendo-o como fração do espaço, do país onde vive e do mundo.
O ensino de Geografia exerce um papel fundamental no sentido de contribuir para a
continuidade da formação de cidadãs conscientes ao explicar as razões, mecanismos e
processos que configurem os diferentes espaços geográficos. Estes revelam a cultura,
a forma de viver, trabalhar e se locomover, vem como a relação com a natureza da
sociedade que os organiza. Portanto, a Geografia permite ao aluno compreender o
mundo, capacitando-o para o pleno exercício da cidadania, contribuindo para a
formação de uma sociedade mais humana e igualitária.
82
OBJETIVO GERAL E OBJETIVOS ESPECÍFICOS
•Compreensão do espaço geográfico enquanto produção da sociedade;
•Reconhecer semelhanças e diferenças entre os diversos grupos sociais e étnicos;
•Perceber-se como agente transformador do ambiente;
•Observar o desenvolvimento da sociedade, como processo da ocupação do espaço
físico e a relação humana com as paisagens;
•Utilizar a linguagem gráfica para obter informações e representar a especialidade dos
fenômenos geográficos;
•Desenvolver reflexão a respeito do mundo, a partir das experiências vivenciadas no
cotidiano;
•Conhecer o funcionamento da natureza em suas múltiplas relações, de modo que
compreendam o papel das sociedades na construção do território, da paisagem e do
lugar.
•Identificar e avaliar as ações dos homens em sociedade e suas consequências em
diferentes espaços e tempos, de modo que construam referenciais que possibilitem
uma participação propositiva e reativa nas questões sociambientais locais.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/ específicos
5ªSérie
Dimensão economica do espaço geográfico
2Agroindustria;
3Economia e desigualdade social;
4A identidade nacional e processo de globalização.
Dimensão política do espaço geográfico
16Globalização;
17Meio ambiente e desenvimento;
18Desigualdades nacionais.
83
Dimensão sociambiental do espaço geográfico
11Os movimentos da Terra e suas influências;
11Os movimentos sócioambientais;
8Preservação ambiental;
1As rochas e minerais
2Exploração petrolifera;
3Circulação e poluição atmosférica;
4Classificação, fenômenos atmosféricos e mudanças climáticas.
Dimensão demográfica e cultural do espaço geográfico
5Movientos sociais;
6Paisagem e sociedade;
11Meios de comunicação;
8Processo de urbanização;
-Exôdo rural e sua influência na configuração espacial urbana e rural;
9História da cultura afro-brasileira e africana.
6ª Série
Dimensão economica do espaço geográfico
10O setor de serviçõs e reorganização do espaço geográfico (comércio, turismo,energia
entre outros);
11Tipos de indústrias, agroindustrias e sua distribuição no espaço geográfico;
12Relações entre urbano e rural;
13Sistemas (rede) de produção industrial, econômica, política e sua especialidade;
14A globalizaçãoe seus efeitos geográficos.
Dimensão política do espaço geográfico
− Movimentos sociais;
− Formação espacial dos estados nacionais;
84
− Órgãos internacionais;
− Estado, nação e território.
Dimensão sócioambiental do espaço geográfico
− Ambiente urbano e rural e os impactos sócioambientais;
− Processo de desertificação;
− Classificação e especialização dos fenômenos atmosféricos e mudanças climáticas;
− Desigualdade social e problemas ambientais;
− Ocupação de áreas irregulares;
− Rios e bacias hidrográficas.
Dimensão demográfica e cultural do espaço geográfico
− Êxodo rural e sua influência na configuração urbana e rural;
− Urbanização e o surgimento de áreas carentes;
− Fatores e tipos de migrações internas e externas e suas inflências no espaço
geográfico;
− História das migrações mundiais;
− Estrutura etária;
− Movimentos sociais;
− Estudos dos gêneros;
− Formações e conflitos étnicos, religiosos e raciais.
7ª Série
Dimensão economica do espaço geográfico
− Acordos e blocos economicos;
− Economia e desigualdade social;
− As relações economicas, a dependência tecnológica e a desigualdade social do/no
espaço geográfico;
− Sistema de produção industrial;
85
− Tipos de indústrias, agroindústrias e sua distribuição no espaço geográfico;
− Sistemas de circulação de mercadorias, pessoas, capitais e informações;.
− A globalização e seus efeitos no espaço geográfico.
Dimensão política do espaço geográfico
− Formação dos estados nacionais;
− A Guerra Fria e suas influências na configuração dos sistemas políticos e do mapa
político do mundo;
− Organização do espaço geográfico a partir de políticas economicas, manifestações
culturais e sócioambientais;
− Organizações internacionais: ONU, OMC, FMI OTAN, Banco Mundial, entre outros,
e suas influências sua organização do espaço geográfico;
− Influências do neoliberalismo na produção e reorganização do espaço geográfico;
− Terrorismo, narcotráfico, prostituição, contrabando, biopirataria, etc;
− Movimentos sociais.
Dimensão sociambiental do espaço geográfico
− Classificação e especialização dos fenômenos atmosféricos e mudanças climáticas;
− Sistemas de energia: distribuição espacial, produção e degradação socioambiental;
− Rios e bacias hidrográficas;
− Escassez hidrica.
Dimensão demográfica e cultural do espaço geográfico
− Consumo, consumismo e cultura: as influências dos meios de comunicação nas
manifestações culturais e na organização social do espaço geográfico;
− Formação étnico-religiosa: distribuição e organização espacial e conflitos;
− História e cultura afro-brasileira e africana.
86
8ª Série
Dimensão economica do espaço geográfico
− Agroindustrias;
− Os setores da economia;
− Economistas e desigualdade social;
− Dependência econômica;
− Sistemas de circulação de mercadorias, pessoas, capitais e informações.
Dimensão política do espaço geográfico
− Blocos econômicos e sociais dos continentes;
− Desigualdades regionais;
− Órgãos internacionais;
− O extremo oriente: Japão e tigres asiáticos.
Dimensão sociambiental do espaço geográfico
− Movimentos sociambientais;
− Circulação e espacialização dos fenômenos atmosféricos e mudanças climáticas;
− Aquecimento global;
− Desigualdade social e problemas ambientais;
− Rios e bacias hidrográficas;
− Paisagens naturais dos continentes.
Dimensão demográfica e cultural do espaço geográfico
− A identidade nacional e processos de globalização;
− História das migrações sociais e suas influências sobre a formação cultural,
87
distribuição espacial e conflitos;
− História e cultura afro-brasileira e a cultura africana.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
O encaminhamento metodológico dos conteúdos deverá considerar os conteúdos
estruturantes da disciplina e seus temas específicos.
O ensino da geografia deverá desenvolver-se com base na analise e na crítica das
relações sócio-espaciais, contemplando as diversas escalas geográficas, partindo do
local para o global e vice-versa, focando os aspectos naturais, econômicos , sociais,
culturais e políticos.
Para desenvolver os temas especifícos, o orientador poderá fazer uso dos seguintes
recursos didáticos e tecnológicos:
− exposiçãso dos temas especificos;
− uso de recursos audivisuais (tv, vídeo, música, pen drive,etc);
− aula de campo;
− uso de recursos cartográficos (mapas, globo, atlas);
− leitura e interpretação de textos didáticos, jornalisticos, literários,etc;
− uso de charge e histórias em quadrinhos;
− confecção de gráficos, tabelas, cartazes informativos, maquetes, etc;
− confecção de instrumentos de localização (mapas, bússolas, birutas);
− exposição de seminários, debates, feiras;
− produção de relatórios;
− pesquisa em internet, bibliotecas, comunidade;
− visitas a planetários, parques ambientais, museus;
− aulas de laboratório.
AVALIAÇÃO
Por considerar que os alunos possuem diferentes ritmos de aprendizagem a forma
de avaliar deverá ser diagnóstica, contínua, acumulativa e processual. Através desse
88
processo avaliativo, o orientador poderá diagnósticar as dificuldades individuais e
coletivas e saná-las de forma que o objetivo da aprendizagem seja alcançado por
todos.
Como formas avaliativas, o orientador poderá utilizar diversas técnicas e
instrumentos, como por exemplo:
− produção de texto individual e coletivo;
− apresentação de seminários, debates;
− confecção de maquetes, mapas, cartazes;
− leitura e interpretação de textos;
− pesquisas e relatórios;
− leitura e interpretação de mapas, tabelas, gráficos.
“(...) a avaliação da aprendizagem escolar auxilia o educador na sua viagem comum
de crescimento, e a escola na sua responsabilidade social. Educador e educando,
aliados, contruem a aprendizagem,testemunhando-a à escola, e esta à sociedade”.
LUCKESI,Cipriano C.
REFERÊNCIA
LUCKESI, Cipriano C. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições.
São Paulo: Cortez, 1997. p. 175.
LACOSTE, Yves. A Geografia: isso serve, em primeiro lugar, para fazer a guerra.
Campinas: Papirus, 1988.
SANTOS, Milton. Da totalidade ao lugar. São Paulo: Edusp, 2005.
SANTOS, Miltin. A natureza do Espaço: técnica e tempo, razão e emoção. São
Paulo: Hucitec, 1996.
VESENTINI, J. W. Para uma geografia crítica na escola. São Paulo: Ática, 1992.
CORREA, R. L. Região e organização espacial. São Paulo, Ática, 1986.
Diretrizes Curriculares de Geografia – 2008.
89
FILMES
− Hotel Ruanda;
− Rock IV;
− A outra história america;
− Amistad
− Ilha das flores;
− A missão;
− Apocalipto;
ENSINO MÉDIO
1º Ano
• A geopolítica no mundo atual
• A multipolaridade econômica
• A supremacia norte-americana
• A política externa norte-americana
• A doutrina Bush
• A guerra e a ocupação do Iraque
• A inclusão da Rússia na OTAN
• Espaço produção e tecnologia
• O que é indústria
• A primeira revolução industrial
• A segunda revolução industrial e o imperialismo
• Tecnologia de processo
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Assim como as demais ciências humanas, o estudo da Geografia tem o
compromisso de formar cidadãos participantes dos movimentos dentro da sociedade e
90
do mundo em que vivemos.
Cabe ao professor fazer uma reflexão conjunta com seus alunos para que possa
buscar soluções de seus problemas do cotidiano dentro da sociedade.
A maior parte do acervo da disciplina de Geografia constitui o que se costuma
chamar de Geografia Tradicional Positivista.
No curso de um processo de ensino-aprendizagem bem conduzido, o centro das
atividades pode alternar-se ora o professor exerce diretamente s gerência do processo
(formulação de questões desafiadoras, coordenação dos debates, explicações) ora os
alunos operam com autonomia (estudo dirigido, trabalho em dupla e em equipe,
discussões coletivas).
O educando aprende a partir da sua individualidade, o professor não deve
polarizar em si toda relação pedagógica. Ao contrário, sempre que possível deve propor
ou estimular a participação ativa dos alunos, mediante a aplicação de variadas técnicas
ou estratégias disponíveis, seja do ensino individualizado, seja do ensino socializado.
É essencial que o aluno desenvolva o senso crítico, a partir dos
questionamentos, leitura (gráfico, mapas) compara, justificar, explicar, indispensáveis
para que esteja em contínua reconstrução do seu conhecimento. Freqüentemente é
aconselhável a produção individual, ou em pequenos grupos, de textos, mapas,
relatórios ou qualquer forma de trabalhar os conteúdos.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
A avaliação tem sido um dos assuntos mais debatidos entre os educadores.
Acompanhados de dúvidas e incertezas os debates sobre avaliação da
aprendizagem vem avançando à medida que muitos professores não acreditam mais
nas tradicionais formas de atribuir notas e classificar alunos. Entendemos que se trata
de um processo de ensino-aprendizagem e deve ter caráter diagnóstico e contínuo.
A avaliação não deve resumir-se aos modelos pré-determinados (provas), mas
sim de maneira contínua envolvendo diferentes momentos e estratégias em sala de
aula.
Avaliação tem o caráter investigativo e processual. Para o professor transforma-
91
se num recurso precioso de diagnóstico.
Para que a avaliação tenha um caráter diagnóstico e contínuo, é preciso tomar
alguns cuidados.
Acompanhar as atividades que os alunos realizam, analisando seus avanços e
dificuldades apresentadas.
A avaliação assim, tem de adequar-se a natureza da aprendizagem, levando em
conta não só os resultados das tarefas realizadas, mas sim o que ocorreu no processo
avaliativo.
Avaliações serão utilizadas de várias formas: pesquisas, provas, trabalho em
grupo, debates, participação de projetos em sala, atividades, exposições de trabalhos,
relatórios e vídeos.
A avaliação subsidia decisões a respeito da aprendizagem dos educandos, tendo
em vista garantir a qualidade do resultado que estamos construindo.
BIBLIOGRAFIA
Diretrizes Curriculares de Geografia;
Andrade, M.C. de Geografia ciência da sociedade. São Paulo: Atlas,1987;
Camargo, J.B. Geografia física, humana e econômica do
Paraná.3.ed.Maringá:Boaventura,1999.
16.4. MATEMÁTICA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
O homem, no processo de produção de sua existência, transforma a natureza e
a si mesmo, segundo suas necessidades, desenvolvendo, aprimorando e acumulando
conhecimentos. Neste sentido, o conhecimento matemático surge na prática social do
homem, que no processo de humanização criou necessidades de contagem,
construção de habitações, alimentação, comunicação, etc. Elaborando assim, as
primeiras noções de quantidade e forma.
No processo de organização do conhecimento matemático desenvolveram-se
92
métodos específicos de construção e reelaboração estabelecendo convenções, regras
de simbolizações e nomenclaturas relacionadas ao cálculo de quantidade e a medição
do espaço e do tempo.
A ciência Matemática tem sido tratada de modo a produzir nos professores uma
visão estritamente formal do conhecimento matemático, o que resulta na idéia de um
conhecimento “exato”, “abstrato”, “pronto e acabado”, desligado das relações sociais.
Buscando romper com essa forma de encarar o conhecimento, coloca-se como
pressuposto que a Matemática é construída pelos homens nas relações sociais
podendo ser discutida, analisada e problematizada.
Assim sendo, o ensino de matemática, na perspectiva da totalidade, passa pela
compreensão do processo histórico que permitiu ao homem produzir e elaborar esse
conhecimento. Segundo essa perspectiva, o ensino da matemática, organizado e
sistematizado juntamente com as demais áreas do conhecimento, exerce um
importante papel na formação da consciência do homem, sendo uma das condições
necessárias para que ele atue como sujeito da história.
“Letrar-se matematicamente significa aprender a utilizar com compreensão as
diferentes linguagens matemáticas (aritmética, algébrica, geométrica, gráfica,
probabilística, lógica e outras), estabelecendo relações entre as mesmas as quais
dependem e pressupõe um conjunto de interações, no qual se apresentam os
problemas relacionados ao mundo do trabalho, da ciência, da vida cotidiana e escolar.
(Diretrizes Curriculares)”.
A matemática possui uma linguagem simbólica e específica, diferenciando-se
das demais disciplinas. A apropriação desta linguagem possibilita ao aluno organizar o
seu pensamento em uma perspectiva prática- teórico - prático de compreensão da
realidade social.
Busca-se instigar o educando a “projetar, prever, abstrair, argumentar, analisar,
justificar, relacionar observações feitas com a representação adequada, sintetizar,
levantar e testar hipóteses, verificar e interpretar resultados”, favorecendo a
estruturação do pensamento, desenvolvendo e agilizando o raciocínio lógico.
No ensino da matemática, há que se considerar:
-a relação entre a observação da realidade e suas representações;
93
-a relação das representações com os princípios e conceitos matemáticos:
números e operações, espaço e forma, grandezas, medidas e tratamento da
informação, que surgiram com a própria ciência;
- a inter-relação entre os conceitos de números, medidas e a geometria.
O conceito de número é uma abstração quantitativa de determinadas
propriedades, existindo apenas nas suas relações com outros conceitos, como por
exemplo, entre as medidas que servem de padrão para a avaliação de outras
grandezas e a geometria que estuda as propriedades das formas (no bidimensional e
tridimensional).
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
Visa desenvolver a Educação Matemática enquanto campo de investigação e de
produção de conhecimento - natureza científica - e à melhoria da qualidade do ensino e
da aprendizagem da Matemática - natureza pragmática.
- Para Miguel e Miorim (2004, p. 70) “a finalidade da Educação Matemática é fazer com
que o estudante compreenda e se aproprie da própria Matemática concebida como um
conjunto de resultados, métodos, procedimentos, algoritmos, etc.”. Outra finalidade
apontada pelos autores “é fazer com que o estudante construa, por intermédio do
conhecimento matemático, valores e atitudes de natureza diversa, visando a formação
integral do ser humano e, particularmente, do cidadão, isto é, do homem público”.
• Ler e interpretar textos matemáticos;
• Ler, interpretar e utilizar representações matemáticas;
• Interpretar e criticar resultados dentro do contexto da situação;
• Selecionar, organizar e produzir informações relevantes, para interpretá-las e avaliá-
las criticamente;
• Desenvolver formas de raciocínio e processos;
• Identificar os conhecimentos matemáticos como meios para compreender e
transformar o mundo à sua volta;
• Fazer observações temáticas de aspectos quantitativos e qualitativos da realidade,
94
estabelecendo relações entre eles;
• Interagir com seus pares de forma cooperativa, trabalhando coletivamente na busca
de soluções para problemas propostos;
• Entender conceitos, procedimentos e estratégias matemáticas;
• Utilizar com confiança procedimentos de resolução de problemas;
• Produzir textos matemáticos.
CONTEÚDOS
5ª série
1 Revisão das operações fundamentais;
2 Potenciação e raiz quadrada de números naturais;
3 Múltiplos e divisores;
4 Frações;
5 Números decimais;
6 Dados, tabelas e gráficos de barra;
7 Formas planas e não-planas;
8 Ângulos
6ª série
1 Revisar potências e raiz quadrada e introdução aos números inteiros negativos;
2 O conjunto dos números inteiros;
3 Reta numérica inteira;
4 Módulo de um número inteiro;
5 Comparação de números inteiros;
6 As seis operações com os números inteiros e racionais;
7 Expressões numéricas com números inteiros e racionais;
8 Equações;
9 Equações equivalentes;
10 Resolvendo uma equação de 1º grau com uma incógnita;
11 Usando equações na resolução de problemas;
95
12 Inequações de 1º grau com uma incógnita;
13 Proporcionalidade;
14 Razão e porcentagem;
15 Propriedade fundamental das proporções;
16 Sólidos geométricos;
17 Áreas e volumes;
18 Medidas de massa e medidas de tempo;
19 Ângulos.
7ª série
1 Conjuntos numéricos;
2 Potenciação e notação científica;
3 Radiciação
4 Cálculo algébrico;
5 Produtos notáveis e fatoração;
6 Sistemas de equações;
7 Ângulos e polígonos;
8 Circunferência e círculo;
9 Sistema cartesiano;
10 Possibilidades e estatística.
8ª série
1 Potenciação e radiciação;
2 Equações 2º grau;
3 Porcentagem e juro;
4 Congruência e semelhança de figuras;
5 Relações métricas nos triângulos retângulos;
6 Círculo e cilindro;
7 Trigonometria no triângulo retângulo;
8 Funções;
9 Noções de probabilidade.
96
ENSINO MÉDIO
Números e Álgebra-Grandezas e Medidas-Geometrias-Funções-Tratamento da
Informação.
1º Ano
• Conjuntos (tipos), operação com conjuntos, união, interseção e diferença de
conjuntos, igualdade de conjuntos, conjunto complementar, reta real, intervalos
numéricos;
• Relações e funções, par ordenado, produto cartesiano, gráfico de uma função,
função de 1º grau, inequações do 1º grau, função quadrativa;
• Potenciação, função exponencial, logaritmos;
• Progressão aritmética, progressão geométrica.
2º Ano
• Trigonometria;
• Triângulo retângulo;
• Sistema trigonométrico;
• Seno e Cosseno de um arco;
• Inequações trigonométricos;
• Tangente e secante de um arco;
• Recíprocos de senicos e tang;
• Equações e inequações trigonométricas e números reais;
• Transformações trigonométricas;
• Funções de senicos e tang;
• Resolução de triângulos;
• Matrizes, operações com matrizes;
• Determinantes;
• Sistema linear;
97
• Equação linear;
• Análise combinatória;
• Probabilidades.
3ºAno
• Geometria analítica;
• Álgebra;
• Equações de uma reta;
• Perpendiculares;
• Elipse, hipérbole e parábola;
• Circunferência;
• Geometria plana;
• Áreas e perímetros de figuras: retangulares, quadrangulares, paralelogramos,
triângulos, losangos, trapézios;
• Geometria espacial: poliedros, relação de Euler, prisma, pirâmide, cilindro, cone;
• Números complexos, polinômios, potências, matemática financeira.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A Educação Matemática é o campo de estudos que possibilita, ao professor de
Matemática, fundamentar-se teoricamente e metodologicamente para o exercício
docente. É uma área que engloba inúmeros saberes, na qual, apenas, o conhecimento
da Matemática e a experiência de magistério não garantem competência a qualquer
profissional que nela trabalhe.
A Educação Matemática é o estudo de todos os fatores que influem, direta ou
indiretamente, sobre todos os processos de ensino-aprendizagem em Matemática e a
atuação sobre estes fatores.
É importante que a Matemática desempenhe, equilibrada e indissociavelmente,
seu papel na formação de capacidades intelectuais, na estruturação do pensamento, na
agilização do raciocínio dedutivo do aluno, na sua aplicação a problemas, situações da
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vida cotidiana e atividades do mundo do trabalho e no apoio à construção de
conhecimentos em outras áreas curriculares.
O ensino da Matemática prestará sua contribuição à medida que forem
exploradas metodologias que priorizem a criação de estratégias, a comprovação, a
justificativa, a argumentação, o espírito crítico, e favoreçam a criatividade, o trabalho
coletivo, a iniciativa pessoal e a autonomia advinda do desenvolvimento da confiança
na própria capacidade de conhecer e enfrentar desafios.
É importante destacar que a Matemática deverá ser vista pelo aluno como um
conhecimento que pode favorecer o desenvolvimento do raciocínio, da capacidade
expressiva, da sensibilidade estética e da imaginação.
A presente proposta de ensino entende o conhecimento como uma atividade
teórico-prática concreta do homem que pretende contribuir para o resgate da relação
que existe entre teoria e prática, teoria que guia a ação e prática que é guiada pela
teoria.
Utilizando uma metodologia que explicite as contradições existentes tanto na
construção histórica do conhecimento quanto nas relações sociais (políticas,
econômicas e ideológicas), o professor possibilitará a aquisição crítica dos conteúdos
de modo a desvelar a realidade num processo de ação-reflexão-ação que abre
possibilidade para a intervenção do homem em busca de transformações sociais.
A definição dos conteúdos é considerada fator fundamental para que o
conhecimento matemático, anteriormente fragmentado, seja agora visto em sua
totalidade. Daí, a necessidade do desenvolvimento conjunto e articulado das questões
relativas aos números e a geometria, e o papel que as medidas desempenham ao
permitir uma maior aproximação entre a Matemática e a realidade.
No entanto, conhecer diversas possibilidades de trabalho em sala de aula é
fundamental para que o professor construa sua prática. Dentre elas, destacam-se
algumas:
a) O recurso à resolução de problemas é um caminho para o ensino de Matemática
que vem sendo discutido ao longo dos últimos anos.
Resolver um problema não se resume em compreender o que foi proposto e em
dar respostas aplicando procedimentos adequados.
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Aprender a dar uma resposta correta, que tenha sentido, pode ser suficiente para
que ela seja aceita e até seja convincente, mas não é garantia de apropriação do
conhecimento envolvido.
Além disso, é necessário desenvolver habilidades que permitam por à prova os
resultados, testar seus efeitos, cotes caminhos, para obter a solução. Nessa forma de
trabalho, o valor da resposta correta cede lugar ao valor do processo de resolução.
O fato de o aluno ser estimulado a questionar o problema, a transformar um dado
problema numa fonte de novos problemas, evidencia uma concepção de ensino e
aprendizagem não pela mera reprodução de conhecimentos, mas pela via de ação
refletida que constrói conhecimentos.
b) O recurso à História da Matemática:
A História da Matemática, mediante um processo de transposição didática e
juntamente com outros recursos didáticos e metodológicos, pode oferecer uma
importante contribuição ao processo de ensino e aprendizagem em Matemática.
Ao revelar a Matemática como uma criação humana, ao mostrar necessidades e
preocupações de diferentes culturas, em diferentes momentos históricos, ao
estabelecer comparações entre os conceitos e processos matemáticos do passado e do
presente, o professor tem a possibilidade de desenvolver atitudes e valores mais
favoráveis do aluno diante do conhecimento matemático.
Além disso, conceitos abordados em conexão com sua história constituem-se
veículos de informação cultural, sociológica e antropológica de grande valor formativo.
A História da matemática é, nesse sentido, um instrumento de resgate da própria
identidade cultural.
Em muitas situações, o recurso da História da Matemática pode esclarecer idéias
matemáticas que estão sendo construídas pelo aluno, especialmente para dar
respostas a alguns “porquês” e, desse modo, contribuir para a constituição de um olhar
mais crítico sobre os objetos de conhecimento.
c) O recurso às tecnologias da informação:
As técnicas, em suas diferentes formas e usos, constituem um dos principais
agentes de transformação da sociedade, pelas implicações que exercem no cotidiano
das pessoas.
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Estudiosos do tema mostram que escrita, leitura, visão, audição, criação e
aprendizagem são capturados por uma informática cada vez mais avançada. Nesse
cenário, insere-se mais um desafio para a escola, ou seja, o de como incorporar ao seu
trabalho, apoiando na oralidade e na escrita, novas formas de comunicar e conhecer.
Por outro lado, também é fato que o acesso a calculadoras, computadores e
outros elementos tecnológicos já é uma realidade para parte significativa da população.
d) O recurso aos jogos:
Além de ser um objeto sociocultural em que a Matemática está presente, o jogo é
uma atividade natural no desenvolvimento dos processos psicológicos básicos; supõe
um “fazer sem obrigação externa e imposta”, embora demande exigências, normas e
controle.
No jogo, mediante a articulação entre o conhecido e o imaginado, desenvolve-se
o auto-conhecimento – até onde se pode chegar – e o conhecimento dos outros – o que
se pode esperar e em que circunstâncias.
Por meio dos jogos os alunos não apenas vivenciam situações que se repetem,
mas aprendem a lidar com símbolos e a pensar por analogia (jogos simbólicos): os
significados das coisas passam a ser imaginados por elas. Ao criarem essas analogias,
tornam-se produtoras de linguagens, criadoras de convenções, capacitando-se para se
submeterem a regra e dar explicações.
Além disso, passam a compreender e a utilizar convenções e regras que serão
empregadas no processo de ensino e aprendizagem. Essa compreensão favorece sua
integração num mundo social bastante complexo e proporciona as primeiras
aproximações com futuras teorizações.
A participação em jogos de grupos também representa uma conquista cognitiva,
emocional, moral e social para o aluno e um estímulo para o desenvolvimento do seu
raciocínio lógico.
Um aspecto relevante nos jogos é o desafio genuíno que eles provocam no
aluno, que gera interesse e prazer. Por isso, é importante que os jogos façam parte da
cultura escolar, cabendo ao professor analisar e avaliar a potencialidade educativa dos
mesmos.
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CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Avaliar, tem um papel de mediação no processo de ensino e aprendizagem, ou
seja, ensino, aprendizagem e avaliação devem ser vistos como integrantes de um
mesmo processo.
A Avaliação deve ser uma orientação para o professor na condução da sua prática
docente e jamais um instrumento para reprovar ou reter alunos na construção de seus
esquemas de conhecimento teórico e prático.
A avaliação não pode contrariar o enfoque dado aos princípios básicos da disciplina.
Ao tratarmos a Matemática como uma ciência produzida nas relações do homem com o
homem e do homem com a natureza, devemos avaliar, considerando os caminhos
percorridos pelo aluno – tentativas de solução, critérios de escolha das tentativas -
resolução dos problemas que lhe são propostos.
Com esta postura, diagnosticar suas deficiências e procurar alargar seus
conhecimentos, o seu saber sobre o conteúdo em questão.
Muitas vezes, opta-se por se cobrarem coisas não fundamentais de matemática, como
fórmulas, nomes, “macetes”. Esquece-se, portanto, do que realmente conta para
compreender a matemática.
Busca-se uma nova metodologia de ensino da Matemática e por trás dessa
metodologia está uma concepção filosófica da Ciência Matemática, tornando
imprescindível que se mudem as práticas de avaliação.
Na nova sistemática de avaliação, alguns pontos devem ser destacados:
2) É importante destacar o processo de construção do conhecimento, sendo a
avaliação necessariamente diagnóstica.
3) Apenas descontar os erros torna a avaliação uma maneira de estabelecer um valor,
um número. Constatar e analisar os caminhos trilhados pelo aluno fará compreender
a visão que o mesmo tem do conhecimento, explorando fatos e ampliando a visão
do aluno.
Contudo, não se pode perder de vista, que há um conjunto de idéias fundamentais
apropriadas pelo aluno. E é esse conhecimento que irá nortear o critério final da
avaliação.
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A avaliação entendida como um dos aspectos do ensino-aprendizagem tem função
diagnóstica, pois instrumentaliza o professor no sentido de verificar quais os conteúdos
já dominados ou não pelos alunos, possibilitando a reorganização de sua prática
pedagógica. Mediante o não domínio dos conteúdos pelos alunos, é imprescindível a
interferência do professor no processo de aquisição destes, mostrando para o mesmo o
que ainda precisa dominar e retomar os conteúdos nas suas relações com outros
conteúdos, para que possa incorporá-los.
BIBLIOGRAFIA
Ponte, j.p.et al. Didática da Matemática. Lisboa: Ministério da Educação/Departamento
do Ensino Secundário, 1997.
Saviani, D.Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações. 2.ed.São
Paulo:Cortez,1991.
GIOVANNI,José Ruy,1937
A conquista da Matemática- Editora FTD- São Paulo -2002.
Paraná. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino de Primeiro Grau.
Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná.Curitiba: SEED.1990.
16.5. HISTÓRIA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DSICIPLINA
A história enquanto ciências nos possibilitar conhecer os vários segmentos das
sociedades ao longo do tempo, bem como nos mostra que o ensino da mesma não
pode ser estático.
Neste estudo das relações que os homens estabelecem entre si para ocupação
dos espaços através do tempo, com o objetivo de atender às suas necessidades, o
homem se humaniza, constrói-se enquanto ser histórico. Porque, ao se apropriar do
saber produzido pelos demais homens, ele pode ocupar e transformar o seu próprio
espaço e tempo.
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Ao se fazer o estudo das relações humanas, deve-se concebe-las em seu
espaço e tempo, que não são únicos e indivisíveis, mas multifacetados e eivados de
contradições. Não há um único espaço, mas uma justaposição de espaços, que estão
em constante relação, seja conflitante ou não, e que as modificações que se verificam
em um deles, desencadeiam um “continuum” de transformação nos demais. O mesmo
se dá com a categoria temporalidade; o tempo histórico que precede o atual exerce
sobre este uma pressão tal que define a sua fisionomia histórica, sem retirar-lhe as
características próprias. Assim, o rol de conteúdos a serem trabalhados insere-se numa
concepção de História enquanto síntese de dois processos, embora com ritmos
próprios, congruentes – a diacronia e a sincronia. Isto é, cada fenômeno, cada gesto
cultural, cada manifestação do homem em sociedade tem um ritmo próprio,
relativamente independente (diacronia) e ao mesmo tempo em relação com outras que
a acompanham (sincronia).
O homem não está fora do tempo, mas também não ocupa um espaço
imaginário. Ele está em um dado espaço, que não é simplesmente físico, mas antes
uma realidade histórica, determinada pelas relações que estabelece com o meio físico.
Essas relações, no entanto, que se caracterizam pelas formas de apropriação daquilo
que a natureza oferece. A fim de construir as respostas culturais às necessidades
básicas, que são históricas e comuns a todos os homens, não se constroem através da
ação humana individualizada, mas pelo trabalho coletivo.
Se o espaço é construído pelo trabalho humano, e este se dá na coletividade,
cabe à história estudar as formas com as quais a humanidade se objetivou na natureza
e organizou as relações de trabalho neste processo – relações de colaboração e
relações de exploração. Assim, o fenômeno histórico se apresenta como social e não
como fruto do sentimento da vaidade humana, como queria Bossuet, ou de que seria,
em última instância, o reflexo da evolução das idéias, como imaginaram os idealistas do
século XVIII.
Par simplificar, a história dos homens não é só uma permuta que se dá em
apenas duas dimensões (sincrônico/diacrônico), mas também em contato recíproco
com o plano que poderia ser chamado de “espacial” (espaço físico). Portanto, o jogo
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das mudanças e permanências no interior da realidade histórica ocorre em três
dimensões – espaço/sincronia/diacronia.
Não se deseja estudar o homem de jus naturalismo, que é fruto da razão
humana – o homem eterno, sempre igual no passado, no presente e no futuro. Também
não é o homem do historicismo. Um homem parte integrante de uma situação
estruturada, fechado em si mesmo. O que se deseja é estudar os homens se
construindo enquanto tal, através da sua produção, que não é apenas material. É
entender o homem numa inter-relação com o espaço através do tempo, onde o trabalho
não é apenas o meio através do qual as relações se definem, mas é expressão da
criatividade e da espiritualidade do próprio homem.
É preciso, também, compreender o objeto da História:
“Seu objeto – as sociedades no tempo – o homem, como ele faz a História, na medida
em que se faz a si próprio. Sociedades que não são harmoniosas, que vivem em ritmo
de conflitos, antagonismos, de luta”. Portanto, segundo Karnal, deve haver a
preocupação com o desenvolvimento do conhecimento histórico, como compreensão
do processo e dos sujeitos. Priorizando o exercício de problematização da realidade,
identificando as relações sociais nas diferentes coletividades, percebendo diferenças e
semelhanças, conflitos e contradições, igualdade e desigualdade, comparando
problemáticas atuais com outros tempos.
OBJETIVOS GERAIS
•Construir a identidade social e individual, localizando os momentos históricos em seu
processo de sucessão e simultaneidade.
•Identificar os diferentes acontecimentos construindo uma identidade das gerações
passadas.
•Estabelecer as transformações no processo histórico.
•Extrair informações atuais e dos demais tempos.
•Comparar e redimensionar o presente em processos contínuo e nas relações que
mantém com o passado.
•Identificar momentos de ruptura ou de irreversibilidade no processo histórico.
•Organizar enredos histórico-culturais para facilitar a compreensão dos fatos históricos
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no tempo, formulando questões do presente e do passado.
•Identificar o próprio grupo de convívio e as relações que estabelecem com outros
tempos e espaços.
•Reconhecer a realidade e os problemas que afetam, dando-lhes possíveis soluções,
organizando-se para reivindicar junto as autoridades constituídas, a solução para os
problemas.
•Utilizar métodos de pesquisa e de produção de texto de conteúdos históricos,
identificando registros escritos, sonoros e iconográficos.
•Valorizar o patrimônio sociocultural e respeitar a diversidade de cada povo ou grupo
social.
•Visualizar, compreender, os hábitos de cada grupo social, no contexto temporal.
•Aprender a respeitar e admirar as diferentes culturas, visualizando nelas suas
riquezas, fruto da evolução de seu povo.
CONTEÚDOS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ENSINO FUNDAMENTAL
RELAÇÕES DE TRABALHO , RELAÇÕES DE PODER E RALÇÕES CULTURAIS
Ênfase em contextos mais amplos, tendo como base a construção das noções de
tempo e temporalidade.
5ª SÉRIE
A produção do conhecimento histórico
− O que é história;
− Noções de temporalidade;
− Concepção de história;
− Fontes históricas;
− A historiografia;
A origem da vida as comunidades primitivas
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-Criacionismo e evolucionismo
Comunidades primitivas
-Os primeiros hominídeos
Das Comunidades primitivas aos primeiros Estados
As primeiras civilizações na América: (Maias, Incas e Astecas)
Ameríndios da América do Norte
Ameríndios do território brasileiro
Ameríndios do Paraná
Surgimentos das primeiras sociedades estatais: Egito , Mesopotâmia, Hebreus Persas,
e Fenícios (político, econômico,sociedade e cultura)
Mundo Clássico
-Grécia e Roma (democracia,cidadania,escravidão e colonização)
-Mito, magia e religião
Formação da sociedade brasileira e americana
-América portuguesa
-América espanhola
-América franco-inglesa
-Organização político-administrativa(Capitanias Hereditárias)
-Escravização indígena e africana
-Economia(pau-brasil,cana-de-açúcar e minérios)
Os reinos, as sociedades africanas e os contatos com a Europa
-Songai, Benin, Congo, Zimbabwe
6ª SÉRIE
Das Contestações a ordem Colonial ao Processo de Independência
do Brasil – Século XVII ao XIX
-Expansão e consolidação
As grandes navegações
Missões
Bandeiras
Invasões estrangeiras
107
Colonização do território paranaense
-Consolidação dos estados nacionais europeus
Absolutismo
Renascimento
Reforma e Contra- Reforma
Revolução Inglesa
-Movimentos de contestação
Quilombos
Revoltas Nativistas e Nacionalistas
Inconfidência Mineira
Conjuração Baiana
Revolta da Cachaça
Guerra dos Mascates
Invasões Napoleônicas na Península e o Processo de Independência do Brasil
Chegada da família real ao Brasil
Governo de D. Pedro I
Constituição de 1924
-Revoltas Regênciais
Sabinada
Balaiada
Cabanagem
Farropilha
Processo de Independência das Américas
Colônias espanholas
Haiti
7ª SÉRIE
5A construção da Nação;
19Emancipação política do Paraná (1853);
108
12A guerra do Paraguai ou a Guerra da Tríplice Aliança;
12O processo de abolição da escravidão;
9Os primeiros anos da República
8ª SÉRIE
2A semana de 22 e o repensar da nacionalidade
3A “Revolução” de 30 e o Período Vargas (1930 a 1945);
4Populismo no Brasil e na América;
5Construção do Paraná Moderno;
6O regime Militar no Paraná e no Brasil;
7Crise de 29;
12Ascensão dos regimes totalitários na Europa;
9Segunda Guerra Mundial;
10Independência das colônias afro-asiáticas;
15Guerra Fria.
METODOLOGIA
O Ensino de História dar-se a, por meio de leituras de textos, pesquisas em fontes
bibliográficas, através de trabalhos utilizando-se mapas, imagens, meios de
comunicação, confrontando-se dados, desenvolvendo atividades com diferentes fontes
de informações tais como: livros, revistas, jornais, filmes, fotografias, entre outros.
Promovendo estudos e reflexões que façam abordagens utilizando-se de elementos de
outros tempos confrontando assim passado e presente.
AVALIAÇÃO
Avaliação será feita através:
-da participação diária do aluno, no decorrer das aulas;
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-avaliações escritas
-trabalhos de pesquisas
-avaliações orais
Contudo avaliação deverá servir para ajudar a detectar as dificuldades de
aprendizagem e os desajustes no processo educativo.
Sendo assim a avaliação deve ser o mais abrangente possível considerando os
domínios: cognitivo, sócioafectivo e psico-motor, bem como os aspectos psicológicos,
sociológicos e fisiológicos, de forma a ajudar a construir a personalidade do aluno.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
1º ANO
- Relações de Trabalho
- Relações de Poder
- Relações Culturais
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
1° ANO
− TEORIA DA HISTÓRIA;− AS SOCIEDADES PRIMITIVAS;− ORIGEM DA PROPRIEDADE PRIVADA, DA FAMÍLIA E DO ESTADO;− O ANTIGO EGITO;− A CIVILIZAÇÃO DA MESOPOTÂMIA;− A CIVILIZAÇÃO DOS HEBREUS, FENÍCIOS E PERSAS;− SOCIEDADES DO ANTIGO ORIENTE ( CHINESES, ÌNDIAE, JAPÃO);− GRÉCIA, ATENAS E ESPARTA;− GUERRAS GRECO-PÉRSICAS.− A GRÉCIA ANTIGA – CONTRIBUIÇÕES CULTURAIS;− A GUERRA DOS PELOPONESO;− ALEXANDRE MAGNO;− O MUNDO ROMANO;− A CULTURA ROMANA;− O CRISTIANISMO;− A CRISE DO ESCRAVISAMO;
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− O COLONATO.− O FEUDALISMO E O PERÍODO MEDIEVAL;− A ECONOMIA MEDIEVAL;− A SOCIEDADE FEUDAL;− O TEOCENTRISMO CRISTÃO;− AS INVASÕES BÁRBARAS;− O IMPÉRIO ROMANO DO ORIENTE;− A EXPANSÃO ÁRABE;− AO REINOS GERMÂNICOS DA EUROPA FEUDAL.− A IGREJA: A MAIOR INSTITUIÇÃO FEUDAL;− O CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO;− O MOVIMENTO DAS CRUZADAS;− O RENASCIMENTO COMERCIAL E URBANO;− AS CORPORAÇÕES DE OFÍCIOS;− A FORMAÇAÕ DAS MONARQUIAS NACIONAIS;− A GRANDE CRISE DOS SÉCULOS XIV E XV;− A CULTURA MEDIEVAL.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
2º ANO
- Relações de Trabalho
- Relações de Poder
- Relações Culturais
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
2º ANO
− O ANTIGO REGIME EUROPEU;− O MERCANTILISMO;− A EXPANSÃO MARÍTIMA E A REVOLUÇÃO COMERCIAL( ANTECEDENTES);− A EXPANSÃO MARÍTIMA LUSA;− A EXPANSÃO MARÍTIMA ESPANHOLA;− A EXPANSÃO MARÍTIMA DE OUTROS PAÍSES EUROPEUS;− A REVOLUÇÃO COMERCIAL. 8- O RENASCIMENTO CULTURAL, ARTÍSTICO E CIENTÍFICO;
9- A REFORMA RELIGIOSA NA ALEMANHA E NA INGALTERRA; 10- A CONTRA-REFORMA CATÓLICA; 11- O ESTADO MODERNO - O ABSOLUTISMO; 12- TEÓRICOS DO ABSOLUTISMO; 13- O ABSOLUTISMO FRANCÊS; 14- A MONARQUIA ABSOLUTA NA INGLATERRA, E O ABSOLUTISMO NO RESTO DA EUROPA.− AS PRINCIPAIS CIVILIZAÇÕES PRÉ-COLOMBIANAS;
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− AS COLONIZAÇÕES PORTUGUESA-ESPANHOLA X COLONIZAÇÃO INGLESA;− OS FILÓSOFOS DO ILUMINISMO;− A INDEPENDÊNCIA DOS E.U.A.;− REVOLUÇÃO FRANCESA – PRICIPAIS CAUSAS;− AS ETAPAS DA REVOLUÇÃO;− O CONGRESO DE VIENA.− EVOLUÇÃ INDUSTRIAL;− O LIBERALISMO E AS NOVAS DOUTIRNAS SOCIAIS;− A EUROPA NO SÉCULO XIX;− A AMÉRICA NO SÉCULO XIX;− O IMPERIALISMO NO SÉCULO XIX.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
3º ANO
- Relações de Trabalho
- Relações de Poder
- Relações Culturais
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS3º ANO
− 1ª GUERRA MUNDIAL – A QUESTÃO BALCÂNICA;− A QUESTÃO ECONÔMICA;− O TRATADO DE VERSALHES;− A REVOLUÇÃO RUSSA – ANTECEDENTE;− A REVOLUÇÃO RUSSA – DESENVOLVIMENTO E CONSEQUÊNCIAS;− A CRISE DE 1929 E O PERÍODO ENTRE GUERRAS;− A CRISE DE 1929 NO BRASIL;− A REVOLUÇÃO DE 1930.− A ASCENSÃO DO FASCISMO;− A ASCENSÃO DO NAZISMO;− A 2ª GUERRA MUNDIAL;− A GUERRA FRIA – O PLANO MARSHAL E A DOUTRINA TRUMAM;− A GUERRA DA CORÉIA E DO VIETNÃ;− O FIM DA GUERRA FRIA;− O SOCIALISMO NA CHINA E EM CUBA;− AS LEIS TRABALHISTAS DE GETÚLIO. − A DESCOLONIZAÇÃO DA ÁFRICA;− A DESCOLONIZAÇÃO DA ÁSIA;− A QUESTÃO –ARABE - ISRAELENSE;− O CONFLITO IRÃ E IRAQUE;− A GUERRA DO GOLFO;− AMÉRICA LATINA E OS CONFLITOS SOCIAIS;
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− A DITADURA NO BRASIL.− A GLOBALIZAÇÃO CAPITALISTA;− O NEO - LIBERALISMO;− A ORDEM MONETÁRIA INTERNACIONAL;− ARTE E CULTURA NO SÉCULO XX;− ATUALIDADES;
CONTEÚDOS COMPLEMENTARES
- Grandes reinos africanos, as organizações culturais, políticas e sociais de Mali, do
Congo, do Zimbábue, do Egito, entre outros;
- Povos escravizados trazidos para o Brasil pelo tráfico negreiro e as conseqüências da
Diáspora Africana;
- Resistências do povo negro (Quilombos, Revolta dos Malês, Canudos, Revolta da
Chibata e todas as formas de negociação e conflito);
- Promulgação da Lei de Terras e do fim do tráfico negreiro (1850) e o impacto das
ideologias de branqueamento / embranquecimento sobre o processo de imigração
européia;
- Remanescentes de quilombos, sua cultura material e imaterial;
- Frente Negra Brasileira, no início dos anos 1930, criada em São Paulo;
- Significado da data 20 de novembro, repensando o 13 de maio;
- Lei:10.649/08 “História e Cultura Afro” e “Indígena”. Lei 13.381/01 “História do
Paraná” e Lei 9.795/99 “ Meio Ambiente”.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A metodologia do ensino de História parte da realidade social, privilegiando a
pesquisa, o diálogo e o resgate de memórias esquecidas/silenciadas, passando de uma
história-narração (descrição dos fatos de forma linear e harmoniosa sem considerar as
contradições ,os conflitos e as descontinuidades próprias do processo histórico) para
uma história-problema (em que os sujeitos se reconhecem como agentes do processo
histórico, percebendo relações entre acontecimentos da realidade e a História,
considerando simultaneidades, continuidades, descontinuidades, rupturas,
113
permanências. mudanças e transformações), propiciando o reconhecimento da ligação
indissolúvel e necessária entre o presente e o passado no conhecimento histórico. A
História possibilita ao aluno comparar o seu cotidiano com outros cotidianos vividos em
diferentes tempos e espaços, propiciando a construção gradativa do conceito de tempo
e do espaço.
O ensino de História deve oportunizar ao aluno a compreensão de que as
sociedades não são naturais, mas construídos pelos seres humanos, estando sempre
em transformação, pois decorrem da forma como as pessoas se organizam para
produzirem sua existência, relacionando-se com a natureza de diferentes maneiras.
A função do ensino de História desejável deve dar conta de superar os desafios
de desenvolver o senso crítico, rompendo com a valorização do saber enciclopédico,
socializando a produção da ciência histórica, passando da reprodução do conhecimento
à compreensão das formas de como este se produz, formando um homem político
capaz de compreender a estrutura do mundo da produção onde ele se insere e nela
interferir.
“Isto só é possível, na medida em que se considera aluno e professor como
sujeitos e produtores de seu próprio conhecimento. Isto é, o conhecimento não é um
dado pronto e acabado, mas uma constante relançará e construção, que se dá a partir
de necessidades e problemas colocados pelo cotidiano. A percepção da possibilidade
de elaboração do conhecimento deve se tornar o fio condutor de todo o trabalho
educativo, onde os professores e alunos, numa relação pedagógica, se colocam numa
interação constante de ensino-aprendizagem”.
Além das questões acima referidas, considera-se fundamental que haja por parte
dos agentes envolvidos na relação ensino-aprendizagem da história, uma inserção
crítica no presente. Isto é importante porque, a forma e a razão de nossa inserção,
provocam a diversidade de olhares sobre o passado. Têm-se condições de nos referir
ao nosso presente de forma menos passiva e mais crítica, teremos condições de nos
relacionar criticamente com o conhecimento histórico produzido e com os conteúdos da
história.
O encaminhamento metodológico do ensino de História desta proposta -
diferentemente do tratamento tradicional de círculos concêntricos nos quais se
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trabalham sucessivamente família, escola, bairro, município, cidade, estado, país e
mundo – está centrada no “eixo norteador” _ O TRABALHO, que dá sentido a dois
temas dele decorrentes, estudados na pré-escola e em todas as quatro séries do
ensino fundamental:
− NECESSIDADES HUMANAS – que são históricas e dizem respeito a todos os
homens;
− As noções de ESPAÇO/TEMPO, que dão significado ao estudo de História e
Geografia.
Os conteúdos foram dispostos de forma a possibilitar a aquisição, pelo aluno, de
que os homens se organizam e estabelecem um conjunto de relações de trabalho a fim
de se apropriarem da natureza e produzirem os bens materiais para satisfazerem as
suas necessidades, que são comuns. Assim, ao mesmo tempo em que o aluno estuda
as formas com as quais o homem trabalhou e trabalha o espaço físico, utilizando
determinados instrumentos de produção, também irá estudar os bens culturais que
foram e são produzidos através da sua relação com este espaço e com os outros
homens nos diferentes tempos e espaços.
As noções de tempo e espaço são de fundamental importância para a compreensão
dos conteúdos de História e Geografia. E elas só são adquiridas de forma gradual e
contínua. Para que os alunos possam desenvolver tais noções, durante as primeiras
séries do ensino fundamental, trabalhar-se-á com os três estágios de percepção:
espaço/temporal, espaço/tempo vivido, percebido e concebido.
Permeando as noções tempo/espaço, há as de transformações permanências e
diferenças/semelhanças. O tratamento a ser dado a elas deve ser o de permitir à
criança a compreensão de que relações de produção determinam a ocupação dos
espaços, bem como as formas de organizá-los e de que processos de transformações
de permanências, não são bons e nem maus, mas não realidade histórica.
O programa esta organizada de forma a garantir uma unidade de conteúdo em
todas as séries iniciais com aprofundamento gradativo dos conteúdos.
O registro das reflexões se dará através da análise de textos, desenvolvimento
de relatórios de pesquisas, sistematizações, elaborações de cartazes e outros,
decorrentes de atividades previstas pelo professor.
115
Para o desenvolvimento do raciocínio histórico, os conteúdos serão
problematizados. Diante de situações concretas serão colocadas como questões: O
que mudou? O que permaneceu? Que necessidades fizeram surgir? Para que e a
quem serve? Como? Onde? Quando?
Ao se utilizar situações-problemas, estarão sendo desenvolvidas as noções de:
tempo, espaço, transformação (semelhanças e diferenças, permanências e mudanças)
e produção das necessidades, em entrelaçar constante de tempo e espaços.
Podem ser privilegiadas as seguintes situações didáticas:
− Questionar os alunos sobre o que sabem, quais suas idéias, opiniões, dúvidas
e/ou hipóteses sobre o tema em debate e valorizar seus conhecimentos;
− Propor novos questionamentos, fornecer novas informações, estimular a troca
de informações, promoverem trabalhos interdisciplinares;
− Desenvolver atividades com diferentes fontes de informação (livros, jornais,
revistas, filmes, fotografias, objetos, etc.) e confrontar dados e abordagens;
− Trabalhar com documentos variados como sítios arqueológicos, edificações,
plantas urbanas, mapas, instrumentos de trabalho, objetos cerimônias e rituais,
adornos, meios de comunicação, vestimentas, textos, imagens e filmes;
− Ensinar procedimentos de pesquisa consulta em fontes bibliográficas,
organização das informações coletadas, como obter informações de
documentos, como proceder em visitas e estudos do meio e como organizar
resumos;
− Promover estudos e reflexões sobre a diversidade de modos de vida e de
costumes que convivem na mesma localidade;
− Promover estudos e reflexões sobre a presença na atualidade de elementos
materiais de outros tempos e incentivar reflexões sobre as relações entre
presente e passado, entre espaços locais, regionais, nacionais e mundiais;
− Debater questões do cotidiano e suas relações com contextos mais amplos;
− Propor estudos das relações e reflexões que destaquem diferenças,
semelhanças, transformações, permanências, continuidade e descontinuidades
históricas;
− Identificar diferentes propostas e posições defendidas por grupos e instituições
116
para solução de problemas sociais e econômicos;
− Solicitar resumos orais ou em forma de textos, imagens, gráficos, linhas do
tempo, propor a criação de brochuras, murais, exposições e estimular a
criatividade expressiva;
− Sistematizar, as observações, as discussões e as reflexões através da produção
de textos individuais e coletivos, desenhos, poesias, jornais, painéis e outros.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
A avaliação do ensino de História nesta Diretriz considera três aspectos
importantes: a apropriação de conceitos históricos e o aprendizado dos conteúdos
estruturantes e dos conteúdos específicos. Esses três aspectos são entendidos como
complementares e indissociáveis. Para tanto, o professor deve se utilizar de diferentes
atividades como: leitura, interpretação e análise de textos historiográficos, mapas e
documentos históricos; produção de narrativas históricas, pesquisas bibliográficas,
sistematização de conceitos históricos, apresentação de seminários, entre outras.
Tendo como referência os conteúdos de História que efetivamente foram tratados em
sala de aula e que são essenciais para o desenvolvimento da consciência histórica.
A questão da avaliação em História está inserida dentro de uma visão maior, de
um todo, com o que deve se preocupar toda a escola. Ela não pode ser encarada como
algo à parte, mas na relação com os fins a que uma dada educação se propõe.
É preciso, antes de tudo que a escola se pergunte sobre que homem deseja
formar, que tipo de sociedade almeja construir, que valores precisam preservar e quais
precisam superar.
A nossa escola após refletir optou na busca de uma sociedade mais justa e mais
solidária, visando uma educação para a transformação. Compreendeu-se, então,
avaliar requer partir daqueles conteúdos que realmente são lógicos aos fins que a
educação se propõe. Isto pressupõe que o aluno seja avaliado e se auto-avalie dentro
do processo de aquisição de conhecimento capaz de torná-lo um agente de
transformação da realidade.
Assim, o processo de avaliação deve priorizar os mecanismos que visem
117
observar no aluno a aquisição do conhecimento, a possibilidade de análise e de emitir
julgamentos, a percepção dos movimentos históricos e de como transformações dos
espaços se processam constantemente.
Finalmente, queremos destacar que mesmo de forma difusa e assistemática, o
aluno traz para a escola as suas vivências temporal-biológicas e sociais, que são
expressões de temporalidade de sua própria cultura. Ao avaliarmos é importante
levarmos em consideração estas experiências culturais, explicitá-las, sistematizá-las,
procurando levar o aluno à construção da temporalidade e à compreensão de que a
própria temporalidade é uma construção histórica.
Dentro dessa visão, a avaliação deverá ser realizada através de diferentes
atividades, como: leitura, interpretação e análise de textos historiográficos, mapas, e
documentos históricos, produção de conceitos históricos, apresentações de seminários,
filmes, entre outros.
INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
− AVALIAÇÃO DISCURSIVA;− AVALIAÇÃO ESCRITA;− AVALIAÇÃO EM GRUPO;− PRODUÇÃO DE TEXTOS;− RELATÓRIOS DAS AULAS;− TRABALHOS EM GRUPOS;− ASSIDUIDADE;− RESPONSABILIDADE, INTERESSE, PARTICIPAÇÃO E PRONTIDÃO.
BIBLIOGRAFIA
Diretrizes Curriculares de História para o Ensino Médio – Versão Preliminar –
Junho/2006 – Secretaria de Estado da Educação.
HORN, Geraldo Balduíno. O Ensino de História: teoria currículo e método. Curitiba: livro
de Areia, 2003.
SANTOS, José Luiz dos. O que é Cultura. São Paulo: Brasiliense, 2004.
Razão histórica-teoria da História: os fundamentos da ciência histórica. Brasília: UnB,
2001.
118
HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. 26ª ed. São Paulo: Companhia das
letras, 1995.
HOBSBAWM, Eric. Sobre História. São Paulo: Companhia das letras, 1998.
BURKE, Peter. A escrita da história: Novas perspectivas. São Paulo: UNESP, 1992.
FREYRE, Gilberto. Casa grande e senzada. Ed. [S.I.]: Global, 2003.
16.6 ARTE
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Desde o período colonial, o uso pedagógico da arte já era utilizado no trabalho de
catequização dos indígenas e, dentre os ensinamentos de artes e ofícios, estavam
incluídas a literatura, a música, o teatro, a dança, a pintura e as artes manuais.
Durante o período de 1500 a 1759, o aprendizado da arte ibérica da Alta Idade
Média e Renascentista influenciou a cultura brasileira. Essa influência também foi
manifestada na cultura popular paranaense, como por exemplo, na música caipira, em
sua forma de cantar e tocar a viola(guitarra espanhola) e no folclore, que permanece
com algumas variações.
No final do século XIX, a chegada dos imigrantes trouxe novas idéias e experiências
culturais, onde a arte passou a ser aplicada nos meios produtivos, demonstrando a sua
importância no desenvolvimento de uma sociedade que já se demonstrava a favor da
Arte tornar-se uma disciplina escolar.
Apesar de muitos apreciarem a idéia e realizarem movimentos para a inclusão da
Arte na educação, somente em 1971 é que foi promulgada a Lei Federal n.° 5692/71,
cujo artigo 7° determinava a obrigatoriedade do ensino de Arte nos currículos do Ensino
Fundamental(a partir da 5ª série) e do Ensino Médio, na época denominados de 1° e 2°
graus, respectivamente.
As diversas articulações políticas e educacionais tornaram o ensino da Arte mais
valorizado na rede estadual do Paraná, com o oferecimento de cursos de formação
continuada, simpósios, mini-cursos que estimulam novos interesses no professor
pesquisador, pois a realização do ensino de Artes (Ensino Fundamental) e Arte(Ensino
119
Médio) requer a compreensão e ressignificação destas, por meio de linguagens
diferenciadas, mas componentes dos currículos escolares que, para tal, necessitam ser
analisadas, estudadas e aprofundadas conforme a LDBEN n.° 9394/96.
A escola que propomos tem por finalidade permitir a apropriação pelo aluno do
conhecimento produzido e transformado historicamente pela humanidade e deverá
contemplar no seu trabalho pedagógico, o entendimento de que esse conhecimento é
constituído pelas relações que transformam a sociedade. Proporcionando ação/reflexão
sobre valores culturais.
Nessa perspectiva, é de fundamental importância o papel do ensino da Arte, porque
ao trabalhar com os elementos estéticos que organizam o conhecimento, promove a
compreensão pelo aluno da totalidade, do significado histórico-social expresso na
cultura artística de cada povo.
O ensino de Artes (EF) e Arte (EM) visa a compreensão da arte como forma de
trabalho criador, onde a ação transformadora passa fazer parte da análise crítica do
real que, dependendo do pensamento de cada época, modifica os modos de
compor(padrões estéticos).
Considerando um campo de conhecimento, sem estar reduzida a entretenimento e
terapia, o ensino da arte passou a ter, então, enfoque na expressividade,
espontaneísmo e criatividade, onde tanto os DCN quanto os PCN do Ensino
Fundamental e Médio, tomaram o conceito de estética sob os fundamentos da estética
da sensibilidade, da política da igualdade e da ética da identidade.
No Ensino Médio a Arte passou a compor a área de linguagens, códigos e suas
tecnologias juntamente com as disciplinas de Língua Portuguesa, Língua Estrangeira
Moderna e Educação Física, tornando-se assim necessário buscar novas formas de
conceituar a Arte:
6Arte como mímesis e representação
A função da arte na educação não se limita à criação de desenhos, pulverização de
tópicos de conteúdos, técnicas ou reproduções de obra de arte para o consumo passivo
dos alunos. Seu papel consiste em desvelar e aprofundar a compreensão do processo
de produção estética, permitindo assim conhecer a intenção que levou o homem a
120
produzir determinadas estruturas artísticas, lembrando-se que tudo aquilo que hoje foi
realizado na arte do passado deve ser aplicado à arte futura.
No campo das artes, a mímesis tem características diversas, atingindo objetivos
diferenciados no ajustamento de cada indivíduo na sociedade.
Arte como expressão
A expressividade sempre teve valor significativo na história da arte.
Ensinar Arte é garantir ao aluno a liberdade de expressão, imaginação e criação de
propostas artísticas pessoais e grupais. Por exemplo, um trabalho com teatro é
realizado com diversos tipos de expressão(vocal, gestual, corporal e facial), onde o
aluno pode utilizar a criatividade e a liberdade de expressão para interar-se com o meio
natural e sócio-cultural em que vive. Essa interação é fortalecida com o resgate de
informações que outros alunos, professores, artistas e especialistas trazem.
Arte como técnica (formalismo)
O formalismo na Arte supervaloriza a técnica e o fazer.
Entre os artistas que utilizaram tais características em suas obras, pode-se citar
Duchamp, Kandinsky, Malevith e Mondrian, entre outros.
A arte é um fazer pensado, concretizado, onde o produto resultante torna-se o
objeto artístico.
A escola deve proporcionar ao educando a busca constante de sua autonomia, em
como aprender, pesquisar, elaborar e concluir os conteúdos propostos pelo educador.
Os conteúdos devem ser ensinados obedecendo três eixos da experiência de
aprendizagem: do fazer, do apreciar e de contextualizar, integrando-os às diversas
linguagens artísticas(artes visuais, dança, música e teatro).
Tendo como objeto de estudo o relacionamento entre o conhecimento estético e o
conhecimento da produção artística, também serão estabelecidas relações com os
conteúdos e os saberes situados em diferentes situações de aprendizagem.
As práticas artísticas e estéticas em música, dança, teatro, artes visuais e
audiovisuais, além de possibilitarem articulações com as demais linguagens, podem
121
favorecer a formação da identidade de uma nova cidadania jovem que se educa na
escola, fecundando uma consciência de sociedade multicultural e onde ele confronte
seus valores, crenças e competências culturais no mundo em qual está inserido.
Fazer Arte é refletir sobre o seu próprio trabalho artístico e sobre o que é
produzido na história.
OBJETIVOS GERAIS
• Experimentar e explorar as possibilidades de cada linguagem artística;
• Ensinar o aluno a interpretar a realidade, expandindo a visão de mundo com um espírito mais crítico;
• Ampliar a possibilidade de fruição e expressão artística, ensinando ao aluno novas maneiras de ver e sentir o mundo;
• Ensinar ao aluno a história da arte e da cultura artística fundamentada nos aspectos relacionados com a sua vivência;
• Compreender e utilizar a arte como linguagem, mantendo uma atitude de busca pessoal e coletiva;
• Experimentar e conhecer materiais, instrumentos e procedimentos artísticos diversos da arte; artes visuais, dança, música e teatro;
• Construir uma relação de autoconfiança com a produção artística pessoal e conhecimento estético;
• Identificar, relacionar e compreender a arte como fato histórico contextualizado nas diversas culturas;
• Observar e organizar informações sobre as relações entre arte e a realidade, em contato com artistas, obras de arte e fontes de comunicação.
• Identificar, relacionar e compreender as diferentes funções da arte no trabalho e na produção dos artistas.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E ESPECÍFICOS
ENSINO FUNDAMENTAL
Conteúdos Estruturantes:
122
A disciplina de Artes no Ensino Fundamental divide-se em diferentes áreas: artes visuais, dança, música e teatro.
Os elementos básicos que compõem cada uma dessas áreas podem ser assim distribuídos:
•Artes Visuais
Imagens bidimensionais; conceitos básicos da geometria plana; composição; estudo das cores; arte indígena; composição; imagens visuais na publicidade; recursos básicos do desenho.
•Dança
Movimentos rítmicos; exploração corporal; a dança em diferentes culturas (danças folclóricas paranaenses e danças afro-brasileiras).
•Música
Representação de sons; qualidades que distinguem os sons (altura, duração, intensidade e timbre); formas musicais vocais e instrumentais; músicas folclóricas paranaenses; músicas afro-brasileiras.
•Teatro
Exploração de personagens; espaço cênico (elementos visuais e sonoros); elaboração de enredos.
Conteúdos Específicos:
5ª Série
Artes Visuais:
Arte pré-histórica (pintura, escultura e arquitetura); produção de imagens
bidimensionais (desenho, pintura); história da arte egípcia, cristã, barroca e rococó
(pintura, arquitetura e escultura); elementos básicos da geometria no espaço (ponto,
linha, superfície e volume); estudo da composição; exploração das cores (primárias,
secundárias e terciárias); arte brasileira: indígena (pintura corporal, adereços, cerâmica
123
e trançados); barroca; missão artística francesa (arquitetos e pintores); modernismo
(pintores).
Dança:
Processos criativos da dança em grupo (interação com a sociedade, danças
folclóricas); danças com ações de girar e gesticular (movimentos rítmicos com o corpo).
Música:
Características do som (graves e agudos); interpretações figurativas de sons (ritmo,
som e melodia); música folclórica brasileira; a música e a cor (relação entre acordes e
matizes).
Teatro:
Conhecendo o teatro (expressividade gestual e facial); criação de personagens
(figurino, maquiagem e adereços); espaço cênico (exploração de elementos visuais e
sonoros); ação corporal articulada ao espaço pessoal.
6ª Série
Artes visuais:
Relação da arte com mitos e lendas; história da arte (bizantina, românica e gótica);
imagens bi e tridimensionais (pinturas, esculturas e desenhos); estudo da composição
(ritmo, equilíbrio, movimento e unidade); percepção da cor (exploração da escala tonal);
estudo da relação figura-fundo (inversões de fundo); composição (relação entre
geometria e composição); história da arte (renascimento, impressionismo, pós-
impressionismo e expressionismo); modernismo no Brasil.
124
Dança:
A dança em diferentes culturas (cenários, figurinos e som); exploração do movimento
corporal em ritmos (saltar, encolher, girar e gesticular); a arte de movimentar o corpo
relacionando a proximidade e o afastamento.
Música:
Gêneros musicais (música folclórica, indígena e popular); sons graves e agudos
(exploração dos sons instrumentais e vocais); representação de sons (a pauta, a clave
e as notas musicais; distribuição de sons (ritmo, som e melodia); relação entre música e
cor.
Teatro:
Teatro clássico (tragédia, comédia e máscaras); criação de personagens (maquiagem e
acessórios para dramatização); montagem de peças teatrais (criação de pequenos
enredos); preparação do espaço cênico (decoração, iluminação e sonoplastia).
7ª Série
Artes visuais:
História da arte greco-romana e arte gótica; elementos básicos da arte no espaço
bidimensional (linha, cor, superfície e volume); estudo do Renascimento e da
perspectiva; arte no século XX (cubismo, fauvismo, abstracionismo, surrealismo, op art
e pop art); elementos básicos na indústria cultural (artes audio-visuais, cartazes e uso
das cores); classificação dos desenhos (técnicas, materiais e instrumentos); desenho a
carvão (tipos de manchas, material e técnicas).
125
Dança:
Possibilidades de movimento corporal em um ritmo (movimentos corporais influenciados
pelo hip hop e dança moderna); utilização do tempo e do espaço na movimentação
corporal.
Música:
Qualidades que distinguem os sons (altura, duração, intensidade e timbre);
improvisações musicais (combinação de vozes e instrumentos musicais); gêneros
musicais (música eletrônica, rap e rock); a relação das imagens com a música
instrumental.
Teatro:
Cinema de animação (artistas brasileiros); teatro: exploração do espaço cênico com
peças improvisadas; exploração de materiais como suporte na criação das peças
teatrais; apresentação de pequenos enredos (utilização de falas, gestos ou mímica).
8ª Série
Artes visuais:
Imagens bidimensionais (desenho, pintura e fotografia); imagens tridimensionais
(cerâmica, perspectiva e escultura); grafitismo (conceito, origem e artistas brasileiros);
imagens visuais na publicidade (computação gráfica, vídeo-arte, outdoor em cartaz,
ilustração de texto); recursos básicos do desenho em profundidade (intensidade da
sombra e sobreposição de formas); realismo (arquitetura, escultura e pintura).
126
Dança:
Expressão corporal gesticulada (movimentos expressivos individuais); exploração de
movimentos individuais e em grupo (saltos, giros, relações de proximidade e
afastamento); danças modernas e contemporâneas.
Música:
Elementos básicos da música (melodia, harmonia, acorde, ritmo, timbre, forma e
tessitura); formas musicais vocais (canção, cantiga e hino); formas musicais
instrumentais (sinfonia, concerto e marcha); gêneros musicais (música folclórica e
popular); formas de relação entre a música e as artes visuais.
Teatro:
Conhecendo o teatro (teatro do oprimido e teatro pobre); abordagem de textos
dramáticos; exploração do personagem (expressão corporal, gestual, vocal e facial);
organização do espaço cênico (iluminação e sonoplastia).
ENSINO MÉDIO
Conteúdos Estruturantes:
Elementos formais
Composição
Movimentos e períodos
Conteúdos Específicos:
127
1° ANO
Artes Visuais:
Comunicação simbólica e ornamental dos diferentes tipos de letras; a arte da ilustração
(ilustração didática, humorística, documental e histórica); a simbologia do desenho nas
artes visuais (brasões, bandeiras, sinais de trânsito, logotipos); os elementos das artes
plásticas (linha, ponto, cor, formas abstratas, formas geométricas, formas figurativas e
formas múltiplas); recursos expressivos na arte (cor, volume e luz); renascimento
(pintura e perspectiva); arte popular (folclore, pop art, arte em quadrinhos);
expressionismo (movimentos e pintores); arte moderna (grafitti, tatuagem, pircing e arte
digital).
Dança:
Gêneros da dança (dança na antiguidade, danças étnicas e dança moderna); dança
(ritmos e estilos).
Música:
Música (conceito e origem); elementos musicais (acorde, ritmo, timbre, forma e
tessitura); qualidades que distinguem os sons: altura, intensidade, duração e timbre;
gêneros musicais (música eletrônica, música popular brasileira e rock’n roll); música
folclórica brasileira; a relação da mitologia com imagens e sons.
Teatro:
Teatro (origem e manifestações); teatro de bonecos (marionetes, fantoches,
ventríloquos); gêneros teatrais (comédia, dramático); espaço cênico: exploração do
espaço na criação de pequenos enredos.
3° ANO
128
Artes Visuais:
A arte pré-histórica: arquitetura, escultura e pintura (Idade da Pedra, Paleolítico, Idade
Antiga); classificação dos desenhos (geométrico, convencional, técnico, projetivo, de
criação, abstrato, de observação); a arte no Brasil (arte dos índios brasileiros, o
movimento modernista e a semana da arte moderna e cinema de animação);
arquitetura moderna no Brasil (influências estrangeiras, principais arquitetos, obras
modernas e maquetes).
Dança:
História da dança (dança popular, dança africana, dança indígena); dança (exploração
de movimentos, proximidade e afastamento).
Música:
Influências étnicas na música folclórica paranaense; qualidades do som (altura,
intensidade, duração e timbre); classificação das músicas (instrumental, vocal e mista);
gêneros musicais (samba, mpb, eletrônica e aleatória); relação entre a música e a cor.
Teatro:
Teatro medieval e a religiosidade; teatro (espaço cênico, criação de enredos); teatro
clássico (tragédia, comédia); teatro de sombras; exploração de personagens: expressão
corporal, vocal, gestual e facial.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A práxis pedagógica em sala de aula proporcionará a apropriação dos
conhecimentos estéticos pelos alunos a partir do seu entendimento da crítica das
129
relações sociais humanas, visto que toda e qualquer produção estética se dá em
momento histórico-social determinado. O professor oferecerá ao aluno, na análise das
produções artísticas reelaboradas pelas transformações sociais, condições para que ele
possa compreender como essas produções foram organizadas e as características de
suas funções no contexto histórico-social no qual as obras foram produzidas. Nesta
perspectiva, o professor estará trabalhando constantemente com a exibição de vídeos e
imagens, possibilitando que o aluno possa conhecer, apreciar e interpretar as obras e a
realidade.
O conhecimento estético, o conhecimento artístico e o conhecimento
contextualizado são alguns campos conceituais que contribui para a organização do
pensamento crítico enquanto forma de compreender a produção artística. Na
intencionalidade vê-se a relação do homem, enquanto ser social, interferindo no seu
momento histórico, com suas produções artísticas que são produtos de determinações
sociais.
O professor organiza as categorias de práxis pedagógica, para envolver a
apreciação e apropriação dos objetos da natureza e da cultura em uma dimensão
estética.
Dentre as capacidades humanas, está a da representação do mundo através da
linguagem simbólica, visando a interferência, justamente neste mundo cultural para
desta forma, promover a interação social. Para isto é preciso que a sociedade,
reelaboradora das representações dos objetos concretos ou abstratos, seja capaz de
assimilar as novas significações destes objetos, decodificando-os e interpretando sua
mensagem.
O ensino de Arte contempla as linguagens artísticas: Música, Dança, Teatro e Artes
Visuais constituída por estruturas artísticas, organizadas a partir do trabalho com os
seus objetos de estudo.
Assim sendo, a Música tem como objeto de estudo o Som, que pode ser organizado
e estruturado por elementos caracterizadores, que são timbre, duração, intensidade,
densidade e altura.
A contribuição artística da cultura africana na formação da música popular brasileira
e as origens das músicas folclóricas paranaenses também serão analisadas e
130
apreciadas através de exposição de vídeos (músicas e danças) e complementados com
a construção de instrumentos musicais na utilização de materiais recicláveis.
Nas Artes Visuais, onde o objeto de estudo é a Forma, os elementos
caracterizadores são: linha, cor, textura, volume e plano. Dando ênfase nas imagens
bidimensionais e tridimensionais, o conhecimento da história da arte torna-se uma
necessidade na compreensão da origem das máscaras, esculturas, tecelagem, cestaria
e pintura corporal (arte indígena e afro-brasileira).
Além de buscar novos conhecimentos sobre a história de cada povo, o professor
deve procurar mostrar o relacionamento da arte do passado com a realidade atual de
cada aluno, trabalhando mais com exposição de vídeos e atividades individuais e
representativas como o desenho, pintura e escultura (materiais recicláveis).
No teatro, o objeto de estudo é a representação, seus elementos caracterizadores
são iluminação, composição (representação, cenografia), movimentos e períodos,
sonoplastia, personagem e enredo.
Considerando as diversas possibilidades expressivas (corporais, faciais, do
movimento, da voz e do gesto), o teatro deve ser visto como uma atividade que oferece
a identificação com outras realidades sócio-culturais.
Assim, ao buscar novos conhecimentos sobre aspectos da história e estética do
teatro (pesquisas bibliográficas, videoclips, instituições públicas), o professor deve
valorizar as formas teatrais regionais e nacionais, considerando todos os elementos
essenciais para a construção de uma peça teatral: atuante/papéis; atores/personagens;
estruturas dramaturgicas/peça; roteiro/enredo; cenário/locação.
Na dança, o objeto de estudo é o movimento, seus elementos caracterizadores são
tempo, espaço, fluência e força.
Investigando a história das danças afro-brasileiras e das danças regionais do
Paraná, serão realizados trabalhos com movimentos corporais individuais e em grupo
(danças e brincadeiras de roda).
A práxis pedagógica deverá fazer com que o aluno compreenda o processo pelo
qual o homem organizou no tempo e no espaço os elementos das linguagens artísticas.
Para compreender esta produção, é preciso então conhecer o homem que a produziu,
saber como era a sociedade na qual ele vivia e interagia, qual os avanços tecnológicos
131
realizados, a sua religiosidade, o que lhe representavam a ciência e a natureza, que
materiais ele usava para produzir arte.
O conjunto de conteúdos está articulado dentro do processo de ensino e
aprendizagem e explicitado por intermédio de ações em três eixos norteadores:
produzir, apreciar e contextualizar.
Os três eixos articulados na prática mantêm seus espaços próprios, onde os
conteúdos poderão ser trabalhados em qualquer ordem, conforme decisão do
professor. Seguindo critérios e ordenação adequados a cada série, o professor deve
intervir, orientando os educandos em seus trabalhos para a percepção, análise e
solução de questões artísticas e estéticas.
O educando ao apreciar obras de arte, busca desenvolver a surpresa, o mistério, o
humor, o divertimento, a incerteza, a curiosidade, a quantidade lúdica, o olhar crítico,
enfim a reflexão sobre o que existe e o que será construído pelas culturas.
O educador como mediador do conhecimento, realizará um trabalho de modo que o
educando receba informações sobre as diferentes formas de se produzir arte,
relacionando-as em diferentes contextos históricos.
A arte situa o fazer artístico dos alunos como fato humanizador, cultural e histórico,
respeitando o conhecimento que cada um teve anteriormente, assim, trabalhando com
os conhecimentos produzidos na comunidade e as manifestações artísticas
considerando a origem e o grupo social dos alunos, compreendendo conceitos e
princípios de modos distintos e progressivamente, deles apropriar, compreendendo
seus significados mais complexos.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Ainda hoje, perdura uma prática de avaliação educacional escolar que reforça e
realimenta a avaliação classificatória, um instrumento autoritário, que não permite a
compreensão pelo aluno da construção do conhecimento como fruto das
transformações no âmbito das relações sociais.
132
Portanto, essa avaliação classificatória não dá conta de uma concepção
pedagógica, que entende o Ensino da Arte como produto do trabalho criador do homem
nas suas relações sociais. Para que possamos transformar esse quadro, é
imprescindível uma mudança de concepção pedagógica do professor, que possibilite o
processo de apropriação, reelaboração do conhecimento, por parte do aluno. A
compreensão da concepção de avaliação por parte do professor implica na clareza da
articulação entre a avaliação, a metodologia, os conteúdos e a concepção do Ensino
expressos em critérios que permitam verificar o nível de apropriação do conhecimento
pelo aluno.
Desta maneira, a avaliação do ensino de Arte assume uma função diagnóstica,
contínua, permitindo ao professor não só verificar o domínio do conteúdo trabalhado
pelo aluno, como também possibilitar a reorganização da sua prática pedagógica,
viabilizando o avanço da produção artística desse aluno.
Tanto no caso da disciplina Artes (Ensino Fundamental) e Arte (Ensino Médio) a
avaliação será diagnóstica e contínua, tendo como base principal a observação e
alguns critérios básicos:
•Analisar a trajetória seguida pelo aluno ao longo do ano;
•Compreender a sua identificação com outras realidades sócioculturais;
•Considerar as diversas dinâmicas de apropriação de conhecimento.
Assim, a participação individual e em grupo, o respeito em relação à produção
artística própria e dos colegas e a assiduidade na entrega dos trabalhos também serão
considerados elementos básicos no processo de avaliação contínua de aprendizagem.
A avaliação também contribuirá na organização do pensamento crítico, pela
efetivação da análise em conjunto de trabalhos realizados em sala, onde a discussão
deverá ser mediada pelo professor, que conduzira os alunos para a crítica em caráter
construtivo. Serão dadas sugestões aos trabalhos que ainda não contemplam as
exigências da problematização, para que o aluno perceba o resultado do seu próprio
trabalho em relação à proposta do professor.
133
Ao avaliar, o professor precisa considerar a história do processo pessoal de cada
aluno e sua relação com as atividades desenvolvidas na escola, observando os
trabalhos e seus registros, assumindo um caráter dinâmico, contínuo e cooperativo.
A avaliação, portanto, será realizada durante a própria situação de aprendizagem,
quando o professor identifica como o aluno interage com os conteúdos e transforma
seus conhecimentos.
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BARBOSA, A. M. A imagem no ensino da arte. São Paulo: Perspectiva/Iochpe, 1991.
CUNHA, M. I da. O bom professor e sua prática. Campinas: Papirus, 1992.
FORQUIN, J. C. Escola e cultura: as bases epistemológicas do conhecimento escolar.
Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1993.
FUSARI, M. F. R.; FERRAZ, M. H. C. Metodologia do ensino de arte. São Paulo:
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GROSSI, C. Currículo, cultura e universidade. In: Anais do II Encontro Regional da
ABEM Sul e II Seminário de Educação Musical da Universidade do Estado de Santa
Catarina.
HENTSCHKE, L.; DEL BEM, L. (org.) Ensino de música: propostas para pensar e agir
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JAPIASSU, R. Metodologia do ensino de teatro. São Paulo: Papirus, 2001.
NISKIER, A. Educação brasileira: 500 anos de história, 1500-2000. São Paulo:
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PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA. Inserção dos conteúdos de história e cultura afro-
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134
16.7. CIÊNCIAS
APRESENTAÇÃO GERAL DISCIPLINA
O homem é o único animal que, intencionalmente, transforma a natureza e, ao
mesmo tempo, modifica a si próprio, humaniza-se. Este processo de inter-relação do
homem com a natureza e entre os homens, é contínuo já que as transformações
efetivadas acabam sempre gerando novas necessidades de transformação. O homem
pode degradar a natureza se não receber uma educação adequada de respewito ao
ambiente onde vive e do qual depende.
É neste processo que entendemos o homem modificando a natureza para
adaptá-la às suas necessidades, intencional e planejada,sem danificá-la. Diante disto
cabe indagarmos sobre o que caracteriza a existência humana. O ser humano é
essencialmente social, isto é, não vive isoladamente. Em todas as atividades humanas,
quaisquer que sejam suas necessidades, há interdependência dos seres humanos, que
são estabelecidas e organizadas visando à produção dos bens necessários à vida
humana. Esta organização tem como princípio as relações de trabalho.
Dentre as idéias que o homem produz, está o conhecimento referente ao mundo,
que pode ser explicitado de diferentes formas: teológico, filosófico, senso comum,
científico, expressando a concepção de mundo, de sociedade, de homem, de
educação, etc... Segundo os determinantes de cada momento histórico vivido.
O conhecimento a respeito do mundo natural (da Ciência da Natureza),
não sendo um processo autônomo e independente das relações econômicas e sociais,
deve ser compreendido nos limites de produção que explicita. No ensino de Ciências
Naturais,é preciso superar modelos que tratam o conhecimento científico como neutro
que lhe confere uma imagem positivista e acrílica da ciência, tendo o ser humano como
centro do universo e a crença de que a natureza está a seu dispor. Para tal superação,
é necessário compreender a relação dialética entre ação humana e natureza, que se dá
numa teia de inter-relações biofísicas e sociais, em que o conhecimento científico está
em constante desenvolvimento e construção, sendo influenciado diretamente por
questões sociais, ambientais, econômicas e culturais.
135
Isso evidencia a necessidade de se pensar a construção do conhecimento
científico a partir da historicidade. Desta forma, o ensino de Ciências deve propiciar ao
aluno a compreensão do ambiente em sua complexidade, do processo histórico onde
se dá a evolução e a elaboração dos conceitos científicos, uma vez que estes são
elaborados pelo homem a partir das necessidades concretas de existência.
Para que o ensino de ciência contribua para a compreensão da realidade é
preciso que:
• Seja explicitado o dinamismo das transformações da matéria e da energia,
visando demonstrar as possibilidades de domínio do homem sobre estas
transformações e da ação transformadora do homem sobre a natureza;
• Se explicite que as transformações dos fenômenos da natureza ocorrem no
tempo e espaço e que as transformações realizadas pelo homem ocorrem em
contextos históricos que determinam os vários efeitos sobre a vida;
• Possibilite ao aluno uma leitura e compreensão de totalidade, isto quer dizer
um trabalho que favoreça a apreensão do conteúdo mais amplo da sociedade
e que este possa levantar questionamento e discussões sobre a prática social
global;
• Levem a compreensão do corpo humano como um todo, que interage com o
ambiente e reflete sobre a história de vida. Deve-se sentir o corpo inserido na
natureza, evitando patologias, vivendo num equilíbrio harmônico.
O conteúdo das ciências da natureza deve estar fundamentado nas relações de
interdependência dos elementos que constituem o ecossistema e das interações entre
os ecossistemas.
O ensino de ciências tem como objetivo favorecer uma leitura mais clara do
dinamismo dos vários elementos dos sistemas: físicos, químicos e biológicos, tendo
como elemento direcionador à ação transformadora do homem que interfere na
natureza.
Um ecossistema se define pelas inter-relações exercidas entre os sistemas
físicos (água, atmosfera, solo), sistemas biológicos (organismos vivos), a influência do
sol e demais elementos do universo, e pela ação transformadora do homem.
O conhecimento da realidade é essencial, pois dessa forma o indivíduo participa
136
como cidadão, em uma sociedade cada vez mais tecnológica e informatizada.
O estudo de ciências deve estar em sintonia com as novas descobertas
científicas e com aquisições acrescentadas diariamente ao conhecimento humano.
O aprendizado precisa construir conhecimentos que tornem o grupo discente
capaz de perceber as transformações e as degradações da natureza; desenvolver o
senso crítico não aceitando a avassalação do planeta em buscas pecuniárias. É
necessário perceber que sem a preservação ambiental não haverá vida digna, perceber
que o futuro da geração depende intrinsecamente do comportamento humano. Que
suas atitudes concretas para com a natureza tenham início já dentro da sala de aula ou
no pátio, evitando acúmulo de entulhos jogados e desorganizados e desrespeito com a
comida, com vegetais, desperdício de água nas torneiras e manuseio não adequado
com materiais não recicláveis.
OBJETIVOS GERAIS
• Observar a natureza e compreendê-la como um todo dinâmico e nela ver o
homem inserido como um agente transformador e saneador.
• Utilizar a ciência que propicia novos conhecimentos para a atividade humana
e em busca do bem estar social.
• Usar a tecnologia para suprir necessidades estando atento sobre os riscos e
benefícios que podem trazer.
• Desenvolver os conceitos básicos de higiene pessoal, saúde, controle de
epidemias, preservação do meio ambiente, como bens individuais e coletivos.
• Levantar hipóteses, desenvolvendo o pensamento que possibilita ao aluno
analisar as diferentes soluções de um mesmo problema.
• Entender e saber utilizar a matéria e a energia, as transformações, as noções
de espaço e tempo. Buscar maneiras em que os diversos sistemas possam
ser empregados propiciando a vida em equilíbrio.
• Estabelecer analogias feitas através de observações, experimentações,
explicações, coleta de dados e pesquisas.
• Desenvolver o lado social, trabalhando em grupo, criticando e cooperando
137
para atingir o conhecimento coletivo.
• Fazer estimativas ao analisar um problema, prevendo acertos e erros no
processo da aquisição do conhecimento.
CONTEÚDOS
6º ano
• Astronomia: O Sol fonte de luz, calor e energia, sua composição química.
• O universo e a conquista do espaço, estações espaciais.
• Interação Sol – Terra – Lua;
• Radiações solares;
• O sol e saúde;
• Influências da lua;
• Proteção contra radiações;
• Nascimento e evolução do planeta terra;
• Os movimentos da terra, da lua, de toda a família solar;
• Organização da matéria do planeta;
• Hidrosfera;
• Origem da água;
• Ciclo da água;
• Distribuição da água no planeta;
• Atmosfera
• Formação da camada gasosa;
• Camadas atmosféricas;
• Fenômenos meteorológicos;
• Matéria e energia;
• Fluxo de energia;
• Ciclos da matéria;
• Solo no ecossistema;
• Componentes do solo;
138
• tipos de solo;
• solo e seres vivos;
• função do solo;
• fertilidade do solo;
• modificações do solo;
• conservação do solo;
• agricultura e pecuária;
• agrotóxicos;
• água no ecossistema;
• água e os seres vivos;
• água como fonte de energia;
• O meio ambiente aquático;
• Propriedades da água;
• Poluentes e contaminates;
• Saneamento da água;
• Água poluída de rios e mares;
• Derramamento de petróleo;
• Ar no ecossistema;
• Componentes do ar;
• Propriedades do ar;
• Pressão do ar;
• Ar e saúde;
• Poluentes;
• Contaminantes;
• Radioatividade.
7º ano
• Astronomia;
• O sol;
139
• Estrelas;
• Constelações;
• Buracos negros;
• Galáxias;
• Sistema solar;
• Distâncias no universo;
• Planetas;
• Satélites;
• Meteoros;
• Meteoritos;
• Conquista do espaço;
• Naves espaciais;
• Sondas espaciais;
• Meio ambiente;
• Interações com o meio;
• Relações com os seres vivos;
• Seres vivo e meio ambiente;
• Alterações do meio ambiente;
• Classificação dos seres vivos;
• Os seres mais simples: vírus, bactérias,protozoários e fungos;
• Saúde e saneamento básico;
• Ambiente aquático;
• Reino animal: vertebrados e invertebrados.
• Evolução da espécie humana.
• As plantas: raiz, caule e folhas,flores;
• Frutos e sementes;
• plantas transgênicas;
• disseminação da espécie.
8º Ano
140
• Noções de astronomia;
• Estrelas;
• Galáxia;
• Sistema solar;
• Planetas;
• Asteróides;
• Cometas;
• Meteoros;
• Meteoritos;
• A conquista do espaço;
• Satélites artificiais;
• Sondas artificiais;
• Sistema solar;
• Sol como fonte de luz e calor;
• Movimentos em torno do sol;
• Biosfera;
• Interdependências entre sol, água, seres vivos, solo, ar e homem;
• O corpo humano;
• Órgãos, sistemas e tecidos;
• funções de nutrição;
• saúde na alimentação;
• sistema respiratório;
• sistema cardiovascular;
• Excretas;
• Sistema epitelial;
• Estrutura corpórea;
• Órgãos dos sentidos;
• Sistema nervoso e endócrino
• Sistema genital e reprodução;
141
• Doenças sexualmente transmissíveis;
• A hereditariedade.
9º ano
• Noções de astronomia;
• Estrelas;
• Galáxia;
• Sistema solar;
• Planetas;
• Asteróides;
• Cometas;
• Meteoros;
• Meteoritos;
• A conquista do espaço;
• Satélites artificiais;
• Matéria e energia;
• Energia solar;
• Átomos e moléculas;
• Estados físicos da matéria;
• Os elementos químicos;
• Classificação periódica dos elementos;
• Ligações químicas;
• Substâncias e misturas;
• Funções químicas;
• Reações químicas;
• Movimento e aceleração;
• Força;
• Atração gravitacional;
• Trabalho e transformação de energia;
142
• As máquinas;
• O calor;
• Ondas e o som;
• Ondas e luz
• Espelhos e lentes
• Eletricidade e magnetismo
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Por mais diversos que sejam os ecossistemas da Terra (rios, florestas, campos,
mares, etc.), todos são formados por elementos vivos (Bióticos) e não vivos (Abióticos)
que interagem, trocando matérias e energia.
Os conteúdos de Ciências deverão possibilitar ao aluno o entendimento da
natureza e o entendimento da ação transformadora do homem sobre essa natureza.
Tais conteúdos não estão centrados tão somente nos conhecimentos científicos
fundamentais, mas também nas relações dos mesmos com outras formas de
conhecimento (popular, religiosos, etc.), o chamado senso comum.
Assim, articulando-se conhecimento de senso comum com conhecimento
científico, proporciona-se uma compreensão mais unitária do mundo, tanto no plano
objetivo quanto subjetivo do aluno. Evita-se, assim, a ruptura entre os universos do
conhecimento no dia a dia do aluno, além de criar uma postura mais crítica perante a
realidade.
A mediação do professor é fundamental no processo ensino-aprendizagem,
possibilitando ao aluno o acesso ao conhecimento sistematizado que, uma vez
integrado ao seu conhecimento anterior, é um instrumento cultural indispensável ao
melhor entendimento da realidade.
Esse entendimento se dará de forma diferenciada e gradativa, representada por
sínteses cada vez mais complexas que possibilitarão a ele atuar criticamente na
respectiva prática social. À medida que a experiência de vida do aluno é trabalhada no
processo pedagógico, os conteúdos de ensino vão-se incorporando naturalmente ao
seu cotidiano, tornando-lhe possível uma melhor compreensão da realidade.
143
Trabalhar, porém, com a realidade de cada aluno, integrar essa realidade no
contexto mais amplo do mundo físico e tecnológico, visando a sua superação, exige
múltiplos procedimentos de abordagem da mesma. É importante a ação pedagógica do
professor, de estimular a pesquisa da realidade, ajudar na sua problematização e
proporcionar recursos didáticos, que permitam ao aluno uma constante superação do
estágio de compreensão em que se encontra a respeito de cada assunto tratado.
Assim, o ensino de Ciências proporcionará ao aluno a compreensão da
realidade, partindo dos limites do seu cotidiano até a totalidade do ambiente terrestre.
Os eixos norteadores propostos devem oportunizar a apropriação do conteúdo
numa perspectiva de totalidade, ou seja, desenvolver o trabalho com os conceitos
fundamentais e suas inter-relações.
Os eixos propostos são os seguintes:
2) Noções de astronomia;
3) Transformação e interação da matéria e energia;
4) Saúde - melhoria da Qualidade de vida;
5) Biodiversidade
Os conteúdos devem possibilitar o descobrimento das relações dentro de um
mesmo eixo e com os demais eixos permitindo formar-se um encadeamento do
conteúdo, na perspectiva mais abrangente da realidade. Perspectiva esta entendida
aqui não apenas como um conjunto de relações de causa e efeito, relativas ao
entendimento dos fenômenos, das leis, e dos princípios, mas estabelecer uma abertura
para outras relações postas pelas necessidades contemporâneas.
O entendimento e a sistematização desse conhecimento constituem o propósito
da Ciência da natureza.
O Ensino de Ciências, nesta perspectiva, deve ser um meio para que os
professores e alunos compreendam criticamente as inter-relações, fenômenos e
objetos da Ciência. Isto deve ser concretizado a partir dos conteúdos apontados pelos
eixos que metodologicamente conduzem ao processo ensino aprendizagem.
Levando-se em conta esses aspectos e respeitando-se os limites da
escolaridade dos alunos, é necessário que, nas etapas iniciais, ele seja colocado em
144
contato direto com os objetivos, seres e fenômenos a serem estudados, considerando
seu nível de compreensão para trabalhar os conhecimentos abstratos. Assim, o
procedimento mais adequado deve ser a exploração direta do meio (na própria escola,
nas suas imediações, em locais mais distantes), proporcionando o desenvolvimento da
observação, da manipulação de materiais, da problematização, do reconhecimento das
causas de alguns fenômenos simples e suas interações. Os resultados desse trabalho
deverão ser registrados através de relatos, dramatizações, desenhos, textos escritos.
Nas etapas intermediárias, à medida que o aluno amplia seus potenciais de
conhecimento, torna-se imprescindível criar condições que favoreçam o entendimento
das interações menos imediatas entre os fenômenos e das relações entre Ciência,
Tecnologia, Sociedade e Ambiente. Assim, deve-se adotar procedimentos que
explorem o trabalho com experimentos, jogos, filmes, textos, fotografias permitindo a
apreensão do meio não vivido pelo aluno, mas percebido através de documentos
representativos dessa nova realidade.
No processo ensino-aprendizagem de Ciências, os experimentos propiciam uma
situação de investigação que deve ser garantida especialmente a partir do Ciclo II.
Entretanto não é suficiente fazer experiências ou usar o laboratório apenas para provar
leis ou teorias, pois essa prática reforça o caráter dogmático da Ciência, falseando o
seu real significado. Os experimentos devem se esgotar, necessitando-se de condições
controladas para o aprofundamento do assunto. Além disso, deve-se incentivar a
autonomia do aluno no processo de investigação, tanto na elaboração dos problemas,
na escolha dos procedimentos, como no estabelecimento das conclusões. As coletivas
dos experimentos, as discussões abertas de seus resultados e as conclusões
favorecem o desenvolvimento do pensamento crítico e divergente.
Entretanto, no encaminhamento metodológico geral, pode-se recorrer a variadas
técnicas, desde que não se esqueça de que cada uma é mais apropriada para se
atingir determinados objetivos. Porém o seu papel definitivo em cada situação de
aprendizagem será definido pela postura do professor ao utilizá-la, assim como ao
seqüenciá-la e hierarquizá-la no contexto das demais.
145
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
No momento em que se concebe a ciência numa visão histórica, não neutra e
não sendo apenas a única forma de entendimento da natureza, é preciso que se
alterem não só os critérios, mas também os instrumentos de avaliação dessa disciplina.
Numa perspectiva de totalidade e interação existente entre os fenômenos e leis
naturais, devemos considerar a relação conteúdo/forma de modo que o aluno tenha à
sua disposição conhecimentos que lhe proporcionem a compreensão da dinamicidade
do mundo que o cerca, e, sobretudo, que lhe assegure condições de estabelecer o
entendimento das contradições da sociedade, tornando o indivíduo capaz de atuar no
processo de transformação social.
Sendo assim, o professor deverá organizar os critérios e situações de avaliação
em que os alunos possam reavaliar os seus conhecimentos e avanços em direção ao
conhecimento científico.
É importante que o conhecimento construído seja entendido não como uma
coleção de fatos isolados, mas numa rede de idéias organizadas.
Entretanto, a avaliação numa concepção de dinamicidade e totalidade não se
desconsidera as conjecturas mais ou menos confusas feitas pelas crianças e que, com
certeza, posteriormente, passarão a hipóteses mais precisas. Assim, são as hipóteses
que focalizam e orientam a resolução, que indicam os parâmetros que teremos que
considerar, ou seja, os dados que devemos buscar. São as hipóteses levantadas no
corpo do conhecimento teórico que permitirão analisar os resultados, processo e
eventualmente recomeçar.
A avaliação, deste modo, assume um caráter dinâmico, contínuo e cooperativo,
que acompanha toda a prática pedagógica e requer a participação de todos os
envolvidos no processo educacional.
16.8.EDUCAÇÃO FÍSICA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
146
A Educação Física, enquanto área do conhecimento, tem como objeto de estudo
o corpo em movimento, como saber construído no interior das relações entre classes.
Por esse motivo, a Educação Física tem uma função social a cumprir no espaço
escolar. Esta função, segundo Saviani, é “a transmissão do saber sistematizado, legado
cultural da humanidade”.
O saber, historicamente acumulado sobre o corpo em movimento, que deve ser
transmitido e socializado pela escola, na perspectiva da Proposta sócio-interacionista,
dá-nos uma visão diferente daquela que foi, durante muitos anos, veiculada e que
atendeu ás necessidades hegemônicas da classe dominante.
Para entendermos o significado da importância do corpo em movimento, como
objeto de estudo da Educação Física, é necessário que explicitemos esse movimento
humano sob a ótica histórico-social.
Movimento humano é a expressão objetivada da consciência corporal, que é
formada pelo conjunto das relações que compõem uma determinada sociedade e dos
saberes sistematizado pela classe dominante, sobre esta consciência corporal. Cada
sociedade construiu um discurso sobre o corpo, tendo em vista a dominação, e nós
incorporamos esta concepção de corpo como senso comum.
Os saberes acumulados e sistematizados pela classe dominante contêm
elementos de sua ideologia que, ao se converterem em senso comum, penetram nas
massas. Portanto, nossa consciência de corpo é marcada pelo senso comum. Nós nos
movimentamos de acordo com a consciência de corpo que temos e, esta nossa
movimentação é cultural e histórica.
Nessa perspectiva, a Educação Física abordará elementos da Cultura Corporal.
Entendendo-os como acervo de conhecimentos, construídos nas relações sociais, dos
quais o ser humano se apropria de acordo com intencionalidades lúdica, estética,
artística, agonística, formativa e outras.
Aproveitamos a conceituação feita pelo Professor Lino Castellani fº., no sentido
de explicitar o que nós entendemos por consciência corporal; “é a compreensão a
respeito dos “signos tatuados” em nosso corpo pelos aspectos sócio-culturais, em
momentos históricos determinados.”
Entendemos por “signos Tatuados” as marcas que ficam expressas em nosso
147
corpo, através de nossa maneira de agir, de atuar, de nos movimentarmos. Como
exemplos citam: a gestualidade que caracteriza determinadas formas culturais; a
etiqueta que separa efetivamente as classes sociais; o feminismo e o machismo,
discriminações fortes colocadas na sociedade.
Nossa função como educadores, é tomar como ponto de partida a concepção do
corpo que a sociedade tem produzido historicamente, levando os alunos à apreensão
deste conhecimento ao se situarem na contemporaneidade e dialogar com o passado,
visando à consciência de seu próprio corpo, instrumentalizando-o então para que ele
tenha condições de intervir nos próximos “signos” a serem “tatuados” em seu corpo.
Deverá também ser levado em conta o tipo de sociedade onde este saber foi
produzido, a serviço de quem este saber está e, com esta análise, proporcionar uma
reflexão crítica para que o saber seja reelaborado e haja conseqüente reconstrução da
consciência e cultura corporal.
No contexto escolar, a Educação Física trabalhará elementos da Cultura
Corporal, dentre eles: Ginástica, Jogo, Dança Esporte, Luta, considerando a sua
significação social, a dinâmica histórica da sua produção e a complexidade dessas
práticas, determinadas pelas contradições sociais. A Educação Física, articulada às
demais áreas do conhecimento, oportunizará a análise crítica da relação entre a sua
prática e as questões sociais relevantes como a violência, o consumismo, o sexismo
(atitude discriminatória em relação ao sexo oposto, preconceito em relação as
características “adequadas” para tal situação e/ou caracterização de fragilidade e/ou
músculo para determinado sexo), a corpolatria (idealizar uma determinada estrutura
física como a melhor, a superior por suas características), a competitividade, o
conformismo, tendo por intenção promover a formação de conceitos mais amplos, tais
como corporalidade, cultura corporal, sociedade, trabalho, poder, lazer, transformação,
abordados nas dimensões cultural, ética, biológica, social, filosófica, política e
econômica.
Dessa forma, os conteúdos, considerados em seus aspectos conceitual,
procedimental e atitudinal, serão metodologicamente organizados pela escola,
possibilitando a vivenciação, a reflexão e a reelaboração, de modo a se constituírem em
conhecimento multidimensional.
148
A Educação Física tem por objeto próprio de estudo o corpo em movimento e
suas diferentes formas de manifestações. Este corpo em movimento não é entendido
como mera manifestação sinestésica, mas como um corpo humano em movimento;
este corpo, resultado de múltiplas determinações.
Como na pedagogia Histórico-Crítica, os conteúdos são produzidos a partir das
relações sociais e se sistematizam com autonomia em relação à escola, é preciso
transformar esse saber elaborado desta forma, em saber escolar.
Na Educação Física, antes de sistematizar o saber escolar, é necessário
conhecer os seus conteúdos produzidos a partir das relações sociais.
Ora, cada sociedade é o que é em função das relações que o homem estabelece
com a natureza através do trabalho, ou seja, das relações de produção.
O homem, atuando sobre a natureza, retira dela os elementos necessários a sua
sobrevivência, transformando-a para atender suas necessidades básicas.
Consequentemente surgem novas necessidades e, a partir das relações com o grupo
(relações sociais), emerge a cultura própria de cada sociedade.
Devemos partir da análise do corpo em movimento e das diversas expressões
corporais do homem em suas relações sociais, para a seleção de conteúdos
historicamente colocados.
O homem primitivo exercitou seu corpo como meio de garantir uma boa forma
física, objetivando atender as suas mais prementes necessidades: a construção de
bens materiais, de instrumentos que auxiliem na construção, na defesa e preservação
da própria espécie e na destreza para caça visando à sobrevivência.
Esta exercitação do corpo veio a se chamar Ginástica, a partir da Grécia Antiga,
quando o objetivo era preparar os homens fisicamente para a guerra.
O homem expressava-se também, através de uma linguagem corporal com
movimento rítmico, cadenciado, traduzindo emoções, fantasias, idéias e sentimentos.
Esta expressão é a Dança, considerada a mais antiga das artes criadas pelo homem.
Ela exprime a “alma” do povo, as características de sua formação étnica, seus hábitos,
a tradição de seus costumes, um ritmo próprio expresso no compasso de suas músicas.
149
OBJETIVOS GERAIS
• Relacionar a prática do esporte e lazer com a busca do bem estar e de uma vida
com mais qualidade, representado pelo aumento das atividades corporais na forma
de caminhadas, corridas, passeios, etc;
• Reconhecer-se como elemento integrante do ambiente adotando hábitos
saudáveis de higiene, alimentação e atividades corporais, relacionando-os com
efeitos sobre a própria saúde coletiva;
• Valorizar o relacionamento homem/natureza que se acentua cada vez mais em
virtude da necessidade de aproximação de ser humano aos espaços verdes,
sufocados pelo crescimento das cidades;
• Conhecer a diversidade de padrões de saúde, beleza e desempenho que existem
nos diferentes grupos sociais, compreendendo sua inserção dentro da cultura em
que são produzidos;
• Aprofundar-se no conhecimento do funcionamento do organismo;
• Ler e interpretar textos informativos, buscando informações para o seu
aprofundamento teórico;
• Conhecimentos de anatomia, fisiologia e biologia para aquisição de hábitos de
saúde;
• Compreender o funcionamento do organismo;
• Reconhecer e modificar as atividades corporais, respeitando os seus limites;
• Adotar uma postura autônoma, planejando as suas práticas corporais;
• Compreender o funcionamento do organismo, conscientizando-se da prevenção e
controle do excesso de peso;
• Refletir sobre a cultura estética corporal e o modismo;
• Compreender os estímulos e diferentes formas de movimentação;
• Conhecer e interpretar as diferentes técnicas de trabalho corporal;
• Distinguir e desfrutar os diferentes trabalhos corporais;
• Diferentes manifestações da cultura corporal;
• Participar de atividades em grupo, potencializando e canalizando as diferenças
150
individuais, enfatizando a cooperatividade;
• Perceber na convivência, formas de crescimento coletivo;
• Perceber e analisar as condições especiais de equipamentos e massificação que
envolve a apreciação dos esportes;
• Aprofundar-se no conhecimento dos limites e das possibilidades do próprio corpo,
fundamentando sua postura, de forma a poder com autonomia organizar suas
atividades culturais;
• Perceber o ritmo existente em seu próprio organismo;
• Aprofundar-se do conhecimento do esquema corporal, desenvolvendo a
expressividade e comunicação através da gestualidade;
• Diferentes manifestações da cultura corporal;
• Despertar a identidade cultural e social;
• Reconhecer na dança uma linguagem social, que permite a transmissão de
sentimentos, emoções da afetividade na religiosidade no trabalho, costumes,
hábitos, guerras, saúde, valores e etc.;
• Participar das atividades, ampliando as suas expressões espontâneas;
• Estabelecer uma melhor utilização dos conhecimentos adquiridos sobre a cultura
corporal, para um reaproveitamento em sua vida.
CONTEÚDOS
5ª a 8ª séries
Ginástica de solo:
• Rolamento para frente e para trás;
• Roda;
• Parada de mão sem ajuda;
• Parada de cabeça sem ajuda;
• Salto com rolamento.
Ginástica aeróbica (baixo impacto):
151
• Ritmo;
• Coordenação ampla;
• Análise sobre o modismo;
• Acessível a quem?
Dança:
• Ritmo;
• Dança em geral;
• Danças folclóricas;
• Danças populares;
• Consciência corporal;
• Relação histórico-social dos movimentos folclóricos;
• Análise crítica dos temas desenvolvidos.
Jogos dramáticos:
• Dramatização;
• Expressão corporal;
• Análise das relações sociais.
Jogos Recreativos:
• Xadrez;
• Dama;
• Tênis de mesa;
• Trilha;
• Dominó;
• Análise crítica e criação de novas regras.
Jogos pré-desportivos:
• Conhecimentos dos fundamentos básicos dos esportes;
152
• Compreensão de regras e normas de convivência social ;
• Análise crítica e criação de novas regras.
Esportes:
• Fundamentos teóricos e técnicos;
• Regras;
• Táticas;
• Análise crítica das regras;
• Sua origem e história;
• Para que servem;
• Modelo de sociedade que os produziram;
• Incorporação pela sociedade brasileira;
• Influência nos esportes dos diferentes modelos de sociedade;
• O esporte enquanto fenômeno cultural;
• O esporte na sociedade capitalista;
• Coordenação ampla.
Ensino Médio
Conteúdos Estruturantes
1 Esportes
2 Jogos
3 Ginástica
4 Lutas
5 Danças
Elementos Articuladores
2 A Desportivização
3 A mídia
4 A saúde
5 O corpo
153
6 A tática e a técnica
7 O lazer
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
O conteúdo concreto e significativo é aquele que faz parte da realidade social do
aluno, pois este conteúdo é construído historicamente a partir das relações sociais.
Além de se trabalhar na escola, com a criança, os elementos que compõem seu
meio social e cultural, são importantes instrumentos para que ela identifique o que
existe, o que foi transformado, como, porquê e quais determinantes que ocasionaram
as transformações. Esta reflexão e ação podem possibilitar elementos para que o aluno
se dê conta de estar em determinado tempo e espaço social, tomando consciência de
seu corpo e suas relações.
A Educação Física possui um saber cultural construído histórico-socialmente; é
preciso transformar este saber elaborado em saber escolar. “Essa transformação é o
processo através do qual selecionar-se-á no conjunto do saber sistematizado, os
elementos relevantes para o crescimento intelectual dos alunos, organizando esses
elementos numa forma, numa seqüência, tal qual possibilite a sua assimilação. Assim, a
questão central da pedagogia é o problema das formas, dos processos, dos métodos,
certamente não considerados em si mesmos, pois as formas só fazem sentido na
medida que viabilizam o domínio de determinados conteúdos”.(Saviani)
Embora a Educação Física tenha passado por várias tendências pedagógicas,
em momento algum houve uma pedagogia que exigisse uma análise histórico-social
dos conteúdos. Na pedagogia Histórico-crítica, Educação Física surge com ênfase no
seu método de ensino, pois é a forma que irá viabilizar o domínio destes conteúdos
histórico-social.
É nos pressupostos interacionistas (interação professor x aluno x aluno) que
vamos buscar os elementos de consolidação da aprendizagem, permitindo, através
desta interação, a “criação de zonas de desenvolvimento proximal” (Vygotsky) no aluno.
O aluno pode fazer mais cedo com ajuda, o que mais tarde ele faria sozinho.
O método de ensino proposto por Saviani possibilita a clareza do
154
encaminhamento metodológico.
Neste método, o ponto de partida é a prática social, que é comum a professor e
ao aluno (interação). È neste momento que o professor, através de uma atividade
proposta, com conteúdo específico a ser trabalhado, interagirá com eles de tal forma
que possam interiorizar a teoria através da prática.
A partir desta prática social, o professor levantará junto aos alunos, os principais
problemas detectados (problematização), tendo em vista a instrumentalização que ele
fará logo em seguida. Pois, no momento da instrumentalização é que se dará a
apropriação pelos alunos, dos instrumentos teóricos e práticos necessários ao
equacionamento dos problemas detectados na prática social.
Como tais instrumentos são produzidos socialmente e preservados
historicamente, a apropriação pelos alunos poderá ser direta ou indireta, quer dizer, o
professor poderá indicar meio através dos qual a transmissão venha a se efetivar. O
professor poderá pedir aos alunos que pesquisem em revistas, livros; poderá também
transmitir o conhecimento através do vídeo e outros meios que possibilitem a
assimilação dos conteúdos.
A catarse, quarto passo do método de ensino, segundo Saviani, deverá
acontecer com a efetiva incorporação dos instrumentos culturais, transformados agora
em elementos ativos de transformação social. É a expressão elaborada da nova forma
de entendimento da prática social a que se ascendeu. A catarse será verificada através
da nova prática social que será feita a seguir, com a construção feita pelos próprios
alunos, agora, com a capacidade de expressarem uma compreensão do conhecimento
transmitido.
É preciso que fique esclarecido que a prática social do ponto de partida, não é a mesma
do ponto de chegada, pois esta ultima se altera qualitativamente, uma vez que entre
uma e outra há a mediação da ação pedagógica.
Neste momento da prática social, como ponto de chegada, poderá ser feita uma
avaliação em termos qualitativos do nível de apreensão do conhecimento pelos alunos.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Proceder à avaliação da aprendizagem, clara e consciente é entendê-la como
155
um processo contínuo e sistemático de obter informações, de diagnosticar progressos,
capacidades dos alunos.
Assim será possível orientá-los para que superem suas dificuldades e para que
façam uma apreciação crítica do seu próprio trabalho.
Deve ser levado em conta o processo de aquisição dos conteúdos pelo aluno,
para que se tenha clareza das atividades necessária, bem como os procedimentos
fundamentais que possibilitarão esta aquisição, para que ocorra uma avaliação
coerente. È a partir deste enfoque que os conteúdos devem ser selecionados e
sistematizados.
A partir dos conteúdos, serão extraídos os critérios de avaliação norteados nos
objetivos estabelecidos para o desenvolvimento da aprendizagem.
É preciso também, a cada etapa da avaliação, diagnosticar as necessidades do
educando, consequentemente realimentando os conteúdos e encaminhando-os a uma
nova proposta de ação pedagógica.
BIBLIOGRAFIA
Educação física e aprendizagem social. Porto Alegre. Magister, 1992.
16.9. ENSINO RELIGIOSO
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A lei de Diretrizes e bases da Educação Nacional n 9475/97 ressalva a importância
de se assegurar o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil e veda formas de
proselitismo.”O ensino religioso de matrícula facultativa, é parte integrante formação
básica do cidadão e constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de
ensino fundamental, assegurando o respeito à diversidade cultural e religiosa do Brasil,
vedadas quaisquer formas de proselitismo”.Centrado na Antropologia religiosa, é uma
área de conhecimento, cujo objeto de estudo é o fenômeno religioso.
Fenômeno religioso é o conjunto de expressões de caráter pessoal e comunitário,
relacionado à busca do transcendente. Acontece no universo da cultura e é tanto
influenciado como a influencia.
156
“O ensino religioso tem o compromisso com a transformação social e histórica
diante da vida e do transcendente. Pretende a humanização por meio da socialização
do conhecimento religioso, promovendo o estabelecimento de novas relações do aluno
consigo mesmo, com os outros com a natureza e com o transcendente”.(Diretrizes
Curriculares)
Em nosso país, o Ensino Religioso, teve inicialmente um caráter catequético por
influência do trabalho dos jesuítas, perdurando a concepção evangelizadora , cuja
finalidade era a de fazer seguidores, até por volta da década de 70.
A partir da Lei n° 5.692/71, o enfoque do Ensino Religioso passou a centrar-se
no desenvolvimento da religiosidade do aluno. Nesse âmbito, a Educação
Religiosa teve como conteúdo os valores humanos voltados para uma vivência
ética, sem se ater a qualquer forma de doutrinação. A metodologia aplicada nessa
concepção objetivava um questionamento sobre a realidade do aluno, e as possíveis
mudanças de atitudes, o ver, o julgar, o agir e o celebrar, constituíam então os passos
metodológicos.
A Lei n° 9.475/97, a qual apresenta uma nova redação para o artigo 33 da
LDBEN/96, aponta novos avanços e perspectivas para o Ensino Religioso, ao ressalvar
a importância de se assegurar o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil e ao
vedar quaisquer formas de proselitismo. Essa intenção dá à Educação Religiosa uma
nova característica, centrada na antropologia religiosa, passando a constituir-se em
área de conhecimento, cujo objeto de estudo é o fenômeno religioso. Entende-se por
fenômeno religioso o conjunto de expressões, tanto de caráter pessoal como
comunitário, relacionado à busca do transcendente.
O fenômeno religioso acontece no universo de uma cultura, é influenciado por
ela e, conseqüentemente, também a influência.
Em toda cultura produzida com a tentativa de superação de limites humanos,
está presente o substrato religioso. O Ensino Religioso, numa dimensão antropológica e
como uma das áreas do conhecimento, favorece a compreensão das diferentes
expressões religiosa, possibilitando uma visão global de mundo e de pessoa.
Refletir e analisar a diversidade religiosa existente possibilita ao aluno
compreensão do papel das tradições religiosas na estruturação e manutenção das
157
diferentes culturas e manifestações socioculturais portanto:
• Aprender a conviver com diferentes tradições religiosas, vivenciando a própria
cultura e respeitando as diversas formas de expressão cultural, o educando está
também se abrindo para o conhecimento. Não se pode entender o que não se
conhece, o conceito de conhecimento do Ensino Religioso de acordo com as
teorias contemporâneas, aproxima-se cada vez mais a idéia de que conhecer é
construir significados (PCNs, Ensino Religioso, p.39).
O Ensino Religioso tem o compromisso com a transformação social e histórica
diante da vida e do transcendente. Pretende a humanização por meio da socialização
do conhecimento religioso, promovendo o estabelecimento de novas relações do aluno
consigo mesmo, com os outros, com a natureza e com o transcendente o conhecimento
religioso compreende o ser humano numa perspectiva própria, entrando em discussão
um elemento perene: a questão do sentido da existência, visto que nele o
Transcendente se manifesta (PCNs - Ensino Religioso. p.40).
A Educação Religiosa deve promover uma abertura ao diálogo inter-religioso, na
perspectiva dos valores universais comuns a todas as tradições religiosos, tendo por
base a alteridade (respeito ao outro) e o direito à liberdade de consciência e opção
religiosa. Deve ser entendida como um processo interativo entre educador e aluno, na
busca da realização destes como seres humanos, inseridos numa sociedade em que
devem ser reconhecidos e respeitados como cidadãos.
Não basta que o aluno conheça a sua realidade religiosa apenas, pois ele vive a
realidade plural, onde a diferença e a variedade configuram a realidade maior.
Compreender que os mitos pessoais ou coletivos se traduzem em ações e na
construção da própria história e que a linguagem religiosa, essencialmente simbólica,
proporciona ao indivíduo uma maior abrangência de consciência, de saber e, portanto,
oportuniza o manejo desse conteúdo nas relações.
O tratamento didático dos conteúdos do Ensino Religioso propõe o respeito à
pluralidade, o enfoque dado ao sagrado como meio de proteção e estabelecimento nas
relações do humano para com o humano, do humano com outras formas de vida, ou
seja, abrangendo a relação interespécies.
Assim a Educação religiosa propõe:
158
• Compreender as relações do homem com o transcendente.
• Abordar o conhecimento religioso com a fundamentação na experiência, na
pesquisa e na vivência coletiva, unindo, dessa forma, a experiência pessoal à
experiência social.
• Buscar o saber (informação sobre o fenômeno religioso), o viver (prática de
valores humanizadores), integrando a pessoa em suas duas dimensões: a
do ter e conhecer (horizontal) com a do ser (vertical) .
• Integrar as dimensões do ser humano: racional, intuitivo, poético, ético, estético,
místico, espiritual, transcendente e outras.
• Integrar ciência e consciência, ciência e ética, ciência e arte, ciência e tradição
de sabedoria.
• Proporcionar espaço para a interiorização, sensibilização e reflexão crítica da
realidade social, política, econômica e religiosa.
• Desenvolver a consciência crítica e também a criatividade e a religiosidade.
• Utilizar a linguagem formal e científica para aprofundar conhecimentos e a
linguagem simbólica para compreender categorias intuitivas, como os mitos, os
símbolos, os ritos e os arquétipos expressos pelos povos.
Dar à ciência e à tecnologia uma dimensão ética.
Educar para a paz, com base no respeito e reverência ao transcendente
presente em si e no outro.
A escola é um espaço privilegiado para construção de conhecimentos, expansão
da criatividade, vivência de valores éticos e educação para paz. O Ensino Religioso no
currículo escolar possibilita a promoção do respeito mútuo, a partir da valorização da
singularidade de cada pessoa e do diálogo inter-religioso, estabelecendo, assim, novas
relações de convivência com as diferenças.
OBJETIVOS
• Tratar a historicidade das três principais religiões do mundo, suas influências nas
sociedades humanas;
• Identificar o fenômeno religioso como parte estruturante da vida em sociedade;
159
• Compreender as demais religiões como parte integrante do fenômeno religioso,
identificando simbolismos, ritos, mitos e conexões com outra religiões.
CONTEÚDOS
5ª série• Ensino Religioso na Escola Pública
• Respeito a Diversidade Religiosa
• Lugares Sagrados
• Textos Orais e Escritos - Sagrados
• Organizações Religiosas
6ª Série
• Universo Simbólico Religioso
• Ritos
• Festas religiosas
• Vida e Morte
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A metodologia do Ensino Religioso deve ser dinâmica, flexível e adequada a
cada conteúdo ou tema a ser desenvolvido, de modo a favorecer o diálogo entre
diferentes crenças e o compromisso com a vida cidadã. O encaminhamento
metodológico deve contemplar:
• A harmonização – sugere-se a aula realizando uma breve atividade de
sensibilização para criar um clima favorável ao diálogo, possibilitando a vivência
da afetividade e da humanização. Sugere-se como exemplo: propor um
momento de cumprimentos, troca de abraços, formação do abraço grupal,
movimentação numa roda em ritmo de música clássica ou étnica, exercícios
corporais de alongamento e respiração, entre outros.
160
• A observação – orientar um momento de observação, visando à sensibilização
para o mistério e a leitura da linguagem mítico-simbólica. Sugere-se como
exemplo: organizar uma exposição de símbolos, livros sagrados, ilustrações e
fotos para serem analisados pelos alunos.
• A reflexão – propiciar espaço para o diálogo e a manifestação do pensamento a
partir da problematização sobre temas estudados, respeitando a liberdade de
opinião e promovendo a articulação ética do diálogo de modo a evitar juízos e
atitudes preconceituosas.
• A informação – buscar informações, visando subsidiar o processo de produção
do conhecimento, por meio de troca de experiência entre alunos, pesquisa de
dados na comunidade e consulta a fontes variadas de informações como: leitura
de textos, filmes e Internet.
• O compromisso de vida – estimular a participação coletiva nas atividades
desenvolvidas e propor a vivência de valores e atitudes que favoreçam o
convívio social e o exercício da cidadania.
O tratamento didático realiza-se em nível de análise e conhecimento,
considerando a pluralidade cultural e religiosa dos alunos, bem como o direito de
sua expressão religiosa.
A abordagem didática deve se dar em função da continuidade da
aprendizagem. Portanto deve ter como pressupostos:
• “A abordagem cultural religiosa dos educando, seus conhecimentos
anteriores.”
• A complexidade dos assuntos religiosos, principalmente devido à pluralidade.
• “A possibilidade de aprofundamento dos conteúdos”. (PCNs – Ensino
Religioso. P. 39).
O tratamento didático prevê ainda organização social das atividades,
organização do espaço e do tempo, seleção e critérios de uso de materiais e recursos.
Assim de acordo com as Diretrizes Curriculares o Ensino Religioso propõe:
• Compreender as relações do homem com o transcendente;
• Abordar o conhecimento religioso com fundamentação na experiência, na
pesquisa e na vivencia coletiva, unindo desta forma, a experiência pessoal a
161
social;
• Buscar o saber (informação sobre o fenômeno religioso), o viver (prática de
valores humanizadores), integrando a pessoa em suas dimensões: do ter,
conhecer, com do ser;
• Integrar as dimensões do ser humano: racional, intuitivo, poético, ético, estético,
místico, espiritual...;
• Integrar ciência e consciência, ciência e ética, ciência e arte, ciência e tradição;
• Proporcionar espaço para interiorização, sensibilização e reflexão critica da
realidade social, política, econômica e religiosa;
• Desenvolver a consciência crítica e também a criatividade religiosa;
• Utilizar a linguagem formal e científica para aprofundar conhecimentos e a
linguagem simbólica para compreender categorias intuitivas, como os mitos, os
símbolos, os ritos e os arquétipos expressos pelos povos;
• Dar a ciência e a tecnologia uma dimensão ética;
• Educar para a paz, com base no respeito e reverência ao transcendente
presente em si e no outro.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
A questão da avaliação em Ensino religioso está inserida dentro de uma visão
maior, de um todo, com o que deve se preocupar toda a escola. Ela não pode ser
encarada como algo à parte, mas na relação com os fins a que uma dada educação se
propõe.
É preciso, antes de tudo que a escola se pergunte sobre que homem deseja
formar, que tipo de sociedade almeja construir, que valores precisa preservar e quais
precisam superar.
A nossa escola após refletir optou na busca de uma sociedade mais justa e mais
solidária, visando uma educação para a transformação. Compreendeu-se, então,
avaliar requer partir daqueles conteúdos que realmente são lógicos aos fins que a
educação se propõe. Isto pressupõe que o aluno seja avaliado e se auto-avalie dentro
do processo de aquisição de conhecimento capaz de torná-lo um agente de
162
transformação da realidade.
Assim, o processo de avaliação deve priorizar os mecanismos que visem
observar no aluno a aquisição do conhecimento, a possibilidade de análise e de emitir
julgamentos, a percepção das culturas religiosas e do transcendente.
Finalmente, queremos destacar que mesmo de forma difusa e assistemática, o
aluno traz para a escola as suas vivências temporal-biológicas e sociais, que são
expressões de temporalidade de sua própria cultura. Ao avaliarmos é importante
levarmos em consideração estas experiências culturais, explicitá-las e sistematizá-las.
BIBLIOGRAFIA
OTTO, R.O Sagrado, Lisboa: Edições 70,1992.
MACEDO, Carmem Cinira. Imagem do eterno: religiões no Brasil. São Paulo: editora
Moderna Ltda., 1989.
16.10 FÍSICA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DSCIPLINA
O ensino da Física realiza-se, em geral, mediante a apresentação
descontextualizada de conceitos, leis e fórmulas, distanciada da vida do professor e do
aluno, portanto, desprovidos de significado. Muitos dos conceitos abordados no ensino
da Física, como força, movimento, velocidade e temperatura. Já tem um significado
para o aluno, pois são frutos de suas experiências diárias. Nem sempre o modelo que o
aluno traz para a sala de aula coincide com o científico.
O conhecimento da Física deve começar pela pergunta, pela existência de
problemas e pela curiosidade. Para que o aluno possa fazer perguntas, são
necessárias que o ponto de partida seja situações concretas da vida e do cotidiano,
pois o ensino da Física deve promover o livre diálogo entre as idéias científicas e as
idéias dos alunos.
OBJETIVOS GERAIS
163
A história da ciência tem mostrado que o desenvolvimento do conhecimento não
ocorre num espaço sociocultural vazio, mas é condicionado por fatores externos. O
ensino da Física, em particular, deve acompanhar o contexto do momento que vivemos.
No ensino médio, a Física contribui para a formação de uma cultura científica
efetiva permitindo ao indivíduo a interpretação de fatos, fenômenos, processos naturais
e sua relação com a natureza em transformação.
O Objetivo da Física, não é apenas transmitir conhecimentos, mas também
possibilitar a formação críticas, valorizando desde a abordagem de conteúdos
específicos até suas implicações históricas. Isso ocorre quando o aluno consegue
desenvolver suas próprias potencialidades e habilidades para exercer seu papel na
sociedade, compreender as etapas do método científico e estabelecer um diálogo com
temas do cotidiano que se articula com outras áreas do conhecimento.
Nesse sentido, os fenômenos físicos devem ser apresentados de modo prático e
vivencial, pois só assim, o ensino da Física terá um significado real, pois a
aprendizagem partirá de idéias e fenômenos que fazem parte do contexto do aluno.
CONTÉUDOS
Movimento – Termodinâmica - Eletromagnetismo
1° ano
• Grandezas Físicas;
• Sistema Internacional de unidades;
• Potencia de base 10;
• Deslocamento e caminho percorrido;
• Velocidade escala média;
• Velocidade instantânea;
• Movimento Uniforme;
• Função horária das posições;
• Gráficos do movimento uniforme;
164
• Posição em função do tempo;
• Velocidade em função do tempo;
• Aceleração;
• Aceleração instantânea;
• Tipos de movimento;
• Trabalho e aceleração;
• Funções horárias;
• Força de atrito;
• Plano inclinado;
• Trabalho de uma força;
• Potência e energia;
• Acoplamento;
• Palias e Rondomas;
• Trabalho de uma força peso;
• Potência;
• Rendimento;
• Princípio da conservação da Energia;
• Princípio da conservação da Energia mecânica;
• Conservação da quantidade de movimento;
• Equilíbrio de um ponto material;
• Equilíbrio de um corpo extenso;
• Momento resultante;
• Pressão;
• Densidade e massa;
• Teorema de Stevin;
• Teorema de Pascal;
• Empuxo.
2° Ano
165
• Termometria;
• Temperatura e Calor;
• Medidas de temperatura;
• Escalas termométricas;
• Equação termométrica;
• Relação entre as escalas;
• Dilatação térmica;
• Dilatação linear;
• Dilatação superficial;
• Dilatação volumétrica;
• Dilatação dos líquidos;
• Quantidade de calor;
• Valor sensível e calor específico;
• Trocas de calor;
• Mudanças de fase;
• Calor latente;
• Trabalho de um sistema;
• 1º Princípio da Termodinâmica;
• 2º Princípio da Termodinâmica;
• Ciclo de Carnot;
• Óptica Geométrica;
• Reflexão da luz;
• Espelhos esféricos;
• Refração da luz;
• Lentes esféricas;
• Ondas;
• Ondas periódicas;
• Ondas Estacionarias;
166
• Acústica;
• Ondas sonoras;
• Fenômenos sonoros.
3° Ano
• Eletrostática;
• Carga elétrica;
• Comente elétrica;
• Intensidade de corrente elétrica;
• Sentido da corrente elétrica;
• Tipos de corrente elétrica;
• Corrente continua;
• Corrente alternada;
• Efeitos da corrente elétrica;
• Efeito térmico e luminoso;
• Efeito magnético e efeito químico;
• Elementos de um circuito elétrico;
• Gerador elétrico;
• Receptor elétrico;
• Resistor elétrico;
• Dispositivos de manobra;
• Dispositivos de controle;
• Estudo dos resistores;
• Resistência elétrica;
• 1º lei de ohm;
• 2º lei de ohm;
• Associação dos Resistores;
• Força eletro matriz;
167
• Curva característica de um gerador;
• Lei de ohm Generalizada;
• Lei de Hirchoff;
• Lei das Malhas;
• Eletromagnetismo;
• Fenômenos magnéticos;
• Campo magnético;
• Inclusão magnética;
• Força magnética sobre cargas elétricas;
• Força magnética sobre um condutor retilíneo.
METODOLOGIA
A Física Necessita de metodologia específica para ser transmitido no ambiente
escolar, no entanto, quando os estudantes chegam à escola eles não estão vazios. A
composição de uma sala de aula mistura pessoas de idéias, não sendo possível moldá-
las como se fossem iguais. Dentro de um determinado conteúdo, seja qual for a
metodologia escolhida pelo professor, é importante que considere o que os alunos
conhecem, e esse é o ponto de partida para uma aprendizagem significativa.
AVALIAÇÃO
O processo de avaliação do aluno será contínuo, envolvendo a produção de
trabalhos individuais ou em grupo, elaboração de relatórios de atividades e experiências
vivenciadas em classe ou no laboratório, ou mesmo de provas testes que sintetizem um
determinado assunto. Será avaliado também a capacidade do aluno em resolver
situações-problema e suas atitudes em relação ao conhecimento físico
BIBLIOGRAFIA
168
Diretrizes curriculares de Física para o E.M-SEED.
Bonjorno, Clinton M.R- Física Fundamental – FTD.
Bonjorno, Regina A – Física Completa – FTD.
Programa Expansão, Melhoria e Inovação no Ensino Médio – Paraná/Seed.
16.11 QUÍMICA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
O ser humano na luta pela sobrevivência sempre teve a necessidade de conhecer e
entender e utilizar o mundo que o cerca. Os conhecimentos difundidos no ensino da
Química permitem a construção de uma visão de mundo mais articulada, contribuindo
para que o indivíduo desenvolva uma consciência de que o conhecimento científico da
Química significa compreender as transformações que ocorrem no mundo de forma
integrada.
Assim, o conhecimento químico não deve ser entendido como um conjunto de
conhecimento isolados, pronto e acabado, mas sim uma construção da mente humana,
em continua mudança. Dessa forma conhecimento deve ser traduzir em competências
e habilidades cognitivas são afetivas do aluno.
OBJETIVOS GERAIS
Construir o conhecimento básico da disciplina, fazendo com que os alunos
apropriem-se dos conteúdos e conceitos relevantes, saibam compreender a simbologia
e a linguagem usada nesta ciência, bem como aquelas que são utilizadas em outras
( como na física na matemática ), desenvolvam a capacidade de raciocínio e possam
resolver “pequenos “ problemas no cotidiano, que envolvam o conhecimento básico de
química.
169
CONTEÚDOS
Ensino Médio
1º Ano
• Introdução à química;
• Conceitos fundamentais: Matéria, Energia e Unidades de Medida;
• Classificação da Matéria: Substâncias, Misturas e Sistemas;
• Estados Físicos da Matéria;
• Processos de separação de Misturas;
• Teoria Atômica: Modelos Atômicos;
• Característica do Átomo;
• Os novos modelos atômicos, subníveis;
• Elementos Químicos;
• Tabela Periódica;
• Ligações Químicas: Iônica, Covalente, Metálica;
• Fórmulas Químicas;
• Funções Inorgânicas;
• Ácidos;
• Bases ou hidróxidos;
• Sais;
• Óxidos;
2º Ano
• Introdução ao estudo da Química;
• Revisão sobre a estrutura atômica e característica do átomo;
• Grandezas químicas: Massa atômica, massa molecular, mol, número de
avogrado;
• Soluções;
• Classificação;
170
• Determinação da concentração;
• Concentração comum, concentração em mols por litro, porcentagem em
massa;
• Termoquímica;
• Poder calórico dos alimentos;
• Nutrientes e nutrição;
• Processos exotérmicos e endotérmicos;
• Oxidorredução;
• Eletroquímica;
• Pilhas.
3º Ano
• Química Orgânica: Características Gerais;
• Classificação das Cadeias Carbônicas;
• Nomenclatura dos Compostos Orgânicos;
• Hidrocarbonetos – Introdução;
• Hidrocarbonetos: Nomenclatura, características e utilização;
• Alcoóis: Nomenclatura;
• Fenóis;
• Aldeídos;
• Cetonas;
• Ésteres Orgânicos;
• Éteres;
• Funções Orgânicas Nitrogenadas;
• Aminas;
• Amidas;
• Drogadição, visão da ciência e da sociedade;
• Reações de hidrocarbonetos;
• Reações de substituição;
• Reações de adição;
171
• Polímeros: sintéticos naturais.
METODOLOGIA
Os conteúdos de Química deverão possibilitar ao aluno o entendimento da
natureza as ações transformadoras do homem sobre essa natureza.
Os conteúdos estão também relacionados aos chamados senso comum do
individuo proporcionando-se uma compreensão mais unitária do mundo.
É importante que o processo de ensino aprendizagem, em Química, parta do
conhecimento prévio dos estudantes, onde se incluem as concepções alternativas
(idéias pré concebidas) ou concepções espontâneas a partir das quais será elaborado
um conceito científico.
Caberá ao professor o papel de mediador do processo ensino aprendizagem,
fazendo as intervenções quando se fizer necessário.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
- O Aluno será avaliado num processo continua de interação entre o entender e saber
fazer.
-Tarefas em sala de aula, tarefa para casa.
-A maneira de avaliar deve ser diversificada seja por retorno escrito, oral ou visual nas
qual o aluno saiba interpretar, produzir, discutir, relacionar, refletir, analisar, justificar.
BIBLIOGRAFIA
-Baird, C. Química Ambiental 2° ed. Porto Alegre: Bookmam, 2002.
-Brady, J.e Humiston, G.E. Química geral. LTC 1981.
-Hall, Nina. Neoquimica. A química moderna e suas aplicações. Porto alegre:
Bookmam, 2004.
-Russel, J.B. Química geral. São Paulo: MC graw hill 1981
-Sardelha, A.; Falcone, M. Química: serie Brasil. São Paulo: Ática, 2004.
-Sardelha, A.; Mateus, E. Dicionário Escolar de Química. 3° ed. São Paulo:
172
Ática, 1992.
16.12 BIOLOGIA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
O interesse e o fenômeno dos seres humanos pelo mundo vivo é muito antigo.
Desde a Mesopotânea, ou talvez até antes disso, o ser humano tem se lançado em
uma constante busca com o objetivo de desvendar os mistérios associados ao
fenômeno vida.
A disciplina de Biologia tem por finalidade o estudo da vida, e deve ser
apresentado ao aluno envolvendo temas atuais e do seu cotidiano que o estimule no
processo de aprendizagem.
A proposta pedagógica de um currículo nacional de biologia definida pela grade
curricular exige a adequação dos livros didáticos.
O currículo determina que se priorizem os conhecimentos e as competências
gerais, visto que estes elementos se tornam o alicerce para a transformação do ser
humano durante sua caminhada pelo processo ensino – aprendizagem.
O conhecimento biológico abrange os conteúdos estruturantes Organização dos
Seres Vivos, Mecanismos Biológicos, Biodiversidade e Biotecnologia (Manipulação
Genética) e são essenciais para o convívio e interação do aluno, bem como na
execução de tarefas coletivas.
O aluno aprende a desenvolver, através do conhecimento biológico,
pensamentos críticos sobre a aplicação da tecnologia no ramo das ciências biológicas.
Entretanto relacionar a biologia ao desenvolvimento da biotecnologia e a
compreensão de conceitos científicos e sociais põe em discussão a manipulação do
material genético, alterando a concepção do fenômeno vida.
Esta discussão envolvendo debates, inserção da comunidade, entrevista com
profissionais, visitas às instituições de pesquisa, levantamentos junto a comunidade e
execução de experiências simples com elaboração de projetos, leva a sociabilidade do
aluno.
173
O incentivo a novas ferramentas educacionais como a internet com indicação
para pesquisas em sites e bibliotecas, estimula a aprendizagem do aluno.
Os conteúdos trabalhados no projeto como agenda 21 envolve o corpo humano,
seres vivos e meio ambiente ( ecologia e ecossistema ) já que estes são considerados
temas do cotidiano. Conceitos da cultura afro pode ser estudada envolvendo o
conhecimento da genética e da evolução.
Considerando como etapa final da educação básica, o Ensino Médio deve tratar
os assuntos de modo contextualizados e interdisciplinares com o aproveitamento de
temas sócios econômicos e educação sexual.
A adoção de uma abordagem concisa exige a aplicação de textos
complementares que estimularão os alunos e os tornarão participativos.
A Biologia procura contribuir para o desenvolvimento de uma mentalidade de
respeito pela vida e, consequentemente para uma interação cada vez maior com a
natureza. Nesse processo estaremos cada vez mais capacitados para usufruir do
ambiente sem destruí-lo ou degradá-lo.
OBJETIVOS
* Permitir a compreensão e valorização dos seres vivos e o meio ambiente através
da aproximação dos conteúdos trabalhados pelo professor às ações práticas da
vida cotidiana vivenciado pelo aluno;
* Formar sujeitos críticos, reflexível e atuante através do conhecimento biológico e
ações metodológicas perminitindo ao aluno maior facilidade e prazer em
participar das discussões de temas propostos nesta área de conhecimento;
* Proporcionar aos alunos uma visão mais realista e inteligível da ciência,
ensinando – os a pensar e a agir.
CONTÉUDOS
Organização dos Seres Vivos – Mecanismos Biológicos- Biodiversidade-
174
Implicações dos Avanços Biológicos no Fenômeno VIDA
1º Ano
7Histórico da Biologia (definições de termos e conceitos biológicos, aspectos positivo e
negativo da ciência);
8Origem da vida (discussão sobre a hipótese científica e religiosa);
9Formação de compostos químicos (esclarecimento do que são os compostos
químicos; como são formados e como formam outras substancias como: proteínas,
vitaminas, açucares, ácidos nucleicos, água);
10Citologia: organização das células, função das estruturas celulares;
11Metabolismo Celular: respiração, fotossíntese e fermentação. Como estas reações
químicas funcionam e como elas atuam em grande escala. Enfatizar efeito estufa, a
fermentação em escala industrial, e a importância da fotossíntese para o equilíbrio
ambiental;
12Metabolismo Celular: divisão celular (meiose e mitose), a importância da divisão
celular para a manutenção da vida;
13Formação Embrionária: a transformação de uma célula até um embrião, discussão
do uso de embrião em laboratório;
14Histologia: formação dos tecidos, localização de cada um deles e função;
15Sexualidade: fecundação; período fértil feminino; menstruação; reprodução humana
aspectos sociais e psicológicos;
16Níveis de Organização: visão geral de uma célula até a formação de um
ecossistema;
17Ecossistema: ciclos biogeoquímicos do nitrogênio, água, oxigênio. Importância do
equilíbrio do ecossistema. Desequilíbrio ambiental: efeito estufa, inversão térmica,
desertificação e água. Atitudes que devemos ter para amenizar o desequilíbrio
ambiental.
2º Ano
175
•Regras da Nomenclatura: importância de ter regras para a nomenclatura; aspectos
históricos da nomenclatura;
•Classificação dos Seres Vivos: características que são utilizadas para a classificação;
importância da classificação e a dinâmica (constantemente modificada) da
classificação;
•Vírus: principais características; doenças; tratamento das viroses e vacinação
(resposta imunológica) e importância dos vírus;
•Reino Monera: características das bactérias; doenças, tratamento e atitudes
preventivas, importância das bactérias para o homem e para a manutenção do
ecossistema;
•Reino Protista: organismos que constituem o reino Protista; classificação das algas;
importância das algas para o ecossistema e para a indústria.
•Reino Fungi: características dos fungos microscópicos e macroscópicos; estudo dos
cogumelos e leveduras;
•Reino Plantae: classificação dos vegetais (criptógamos e fanerógamos); estudo das
características dos vegetais e da importância dos vegetais para o ecossistema e
biomas brasileiros.
•Reino Animallia: estudo dos animais invertebrados (poríferos, cnidários,
anelídeos,vermes platelmintos, asquelmintos e nematelmintos, artrópodes e
equinodermos) ; a importância dos invertebrados para o ambiente; doenças
(verminoses) que podem causar no homem. Estudo dos animais vertebrados como
peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos.
3° Ano
20Divisão Celular: meiose e mitose; onde ocorrem e suas características;
21Melhoramento genético e transgênico;
22Introdução a genética;
23Doenças contagiosas; doenças genéticas; doenças hereditárias;
24Contaminação radiativa;
25Interação do ambiente com o gene;
176
26Primeira lei de Mendel;
27Segunda lei de Mendel;
28Co-dominância dos genes;
29Heredrogramas;
Avaliações genéticas (funções de médicos geneticistas; escolha de características; debates);
31Tipagem Sanguínea e fator RH;
32Características ligadas aos cromossomos sexuais;
33Gêmeos idênticos e não idênticos;
34Determinação do sexo do embrião;
35Síndromes;
36Biotecnologia (retomada do conteúdo);
37Evolução do Homem;
38Ecologia: desequilíbrio ambiental; fluxo de energia
METODOLOGIA
A aula dialogada, a leitura, a escrita, a experimentação, as analogias, entre
tantos outros, devem ser utilizados no sentido de possibilitarem a participação dos
alunos, favorecendo a expressão de seus pensamentos, suas percepções,
significações, interpretações, uma vez que aprender envolve a produção/criação de
novos significados.
O uso de diferentes materiais como vídeo, microscopia, informática,
transparências, fotos, materiais diversos para produção artística (canetinhas, giz de
cera, jornais, revistas) e as atividades experimentais (saída em campo) são recursos
utilizados com frequências nas aulas de Biologia e requer uma problematização em
torno da questão demostracão-interpretacão.
Entretanto é preciso permitir a participação do aluno e não apenas tê-lo como
observador passivo. Discussão-reflexão sobre teoria e a prática é importante para que o
professor perceba as dificuldades de seus alunos.
AVALIACAO
177
As avaliações são continuas, permanente e o professor deve ser corresponsável
pelos resultados obtidos pelo aluno com o objetivo de superar a habitual limitação e a
rememoração receptiva de conteúdos conceituais.
O professor deve introduzir formas de avaliação da prática como instrumento de
melhoria de ensino e usar como instrumento reflexivo um conjunto de ações
pedagógicas pensadas e realizadas ao longo do ano letivo.
O professor e aluno devem se tornar observadores dos avanços e dificuldades a
fim de superar os obstáculos.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, M. J. P.M. Discursos da ciência e da escola: ideologia e leituras
possíveis. Campinas: Mercado de Letras, 2004.
ANDERY, M.A. [et al] Para compreender a ciências. São Paulo: Educ,1988.
APPLE, M.W. Ideologia e currículo. Porto Alegre: Artmed,2006
CARVALHO, A.M.P. [et. al] Formação de professores de ciências: tendências
e inovações.Sao Paulo: Cortez,2001.
SEED. Diretrizes Curriculares Da Rede Pública De Educação Básica Do
Estado Do Paraná. Paraná: 2008.
16.13 FILOSOFIA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Ao longo dos últimos dois milênios, no ocidente, a filosofia não apresentou
unicamente desejo de pronunciar respostas, mas a qualidade e profundidade dos
questionamentos, discursos, reflexões e os conceitos da origem e composição do
universo. Dessa forma, propor a disciplina de filosofia no ensino médio paranaense,
mediante a orientação das Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná, não está
178
direcionada ao encontro de soluções para as questões filosóficas do passado ou
contemporâneas, embora, entrar em contato com a linguagem filosófica com seus
conceitos e problemáticas, questões filosóficas inerentes à arte, ciência, mito, teoria do
conhecimento, política, ética, e pensadores da filosofia sejam temáticas centrais da
disciplina.
Outro ponto pertinente, ao ensino da filosofia, se reporta à história da educação
no Brasil, que desde seu início no período jesuíta não apresenta uma linearidade, no
que se refere, à obrigatoriedade da oferta desta disciplina na grade curricular da
educação básica, devido ao fato, do sistema educacional estar ligado, diretamente, com
o sistema político e seu momento histórico. Esta descontinuidade do ensino da filosofia
produziu rupturas no contato dos jovens brasileiros com o mundo da filosofia, o que
representou um elemento a menos na formação crítica, humana e voltada para o
exercício da cidadania.
Por fim, para reparar as “rupturas do passado”, possibilitar aos educandos
brasileiros um contato com os temas da filosofia voltada para formação de cidadãos
críticos, o M.E.C( Ministério da Educação e Cultura), por meio do CNB/CEB( Conselho
Nacional de Educação) aprovaram a Resolução nº 04 de agosto de 2006 e Parecer nº
38/2006 que tornou o ensino da Filosofia e Sociologia obrigatório no ensino médio. No
Estado do Paraná, a Resolução do M.E.C e do CNB/CEB foram fortalecidas pela Lei
Estadual nº 15.228 de julho de 2006 que torna obrigatório o ensino de Filosofia e
Sociologia na matriz curricular.
OBJETIVO GERAL
O intento geral desta Proposta Pedagógica Curricular de Filosofia é fomentar o
Inciso III do § 1º do Artigo 36 da LDB 9.394/96 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação
de 1996), determinando que o educando ao final do ensino médio deve demonstrar o
“domínio dos conhecimentos de Filosofia e de Sociologia necessários ao exercício da
cidadania”.
Ainda, objetivar a inserção desta disciplina é propiciar ao educando uma
formação com mais elementos interpretativos da cultura e sua diversidade,
179
problemáticas históricas e sociais do passado ou contemporâneas. Uma vez que o
ensino da filosofia deve integrar-se e somar a outras disciplinas, propicia-se ao
educando um pleno desenvolvimento de suas potencialidades, para formação de
indivíduos de espírito livre capazes de reflexões não ligadas a ideologias de
propaganda, fanatismo e intolerância. Portanto, o conhecimento filosófico do ensino
médio deve produzir, no educando ao final da etapa da educação básica, uma
sensibilização direcionada para o pensamento independente.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Ministrar os conteúdos estruturantes da Diretriz Curricular do Estado do Paraná
(D.C.E.) da disciplina de filosofia: Mito, Teoria do Conhecimento, Ética, Filosofia
Política, Filosofia da Ciência, Estética. E ministrar conteúdos específicos a partir de
cada conteúdo estruturante da disciplina.
Propiciar, ao educando do ensino médio, o contato e a problematização dos
temas e questões inerentes a temática filosófica exposta.
Apresentar a importância da lógica para a construção da linguagem de um
autêntico discurso da filosofia. Enfatizando as diferentes características do senso-
comum e do discurso filosófico.
Sensibilizar os educandos com as questões filosóficas a fim de produzir
interpretações dos conceitos que permeiam a realidade.
Instigar a investigação filosófica acerca da composição e origem do Universo,
assim como os elementos que o formam, juntamente com suas relações.
Demonstrar a influência dos pensadores da filosofia na formação do pensamento
ocidental do passado, na atualidade e nos diversos campos do conhecimento.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Através das quatro fases necessárias para as aulas de filosofia – expostas na
Diretriz Curricular do Estado – sensibilização, problematização, investigação,
interpretação de conceitos, a metodologia das aulas será por meio de: aulas
180
expositivas, debates, pesquisa extra-classe, dinâmicas de temas específicos e aulas
interativas com a TV/Pendrive. Os educandos após explicações dos conteúdos
produzirão textos interpretativos e trabalhos individuais com cunho avaliativo.
Por meio de explicações utilizando o quadro negro, o professor fornecerá aos
educandos problematizações sobre os temas: O que é mito?; relação mito e filosofia; o
que é filosofia?; atualidade do mito; formas de conhecimento; problema da verdade;
conhecimento e lógica; ética e moral; liberdade; autonomia do sujeito; política e
ideologia; liberdade e igualdade política; história da ciência; ciência e suas
contribuições; filosofia da arte e suas categorias.
O professor utilizará os debates em grupos com a finalidade de sensibilizar os
educandos em relação: o que é mito?, senso-comum e filosofia; o que é filosofia?;
possibilidades do conhecimento; a questão do método; ética e violência; pluralidade
ética; necessidade das normas; esfera pública e privada; relação entre comunidade e
poder; cidadania formal e participativa; limites da ciência; ciência e ética; o que é feio;
belo; sublime; cômico e trágico; estética e sociedade.
Alguns temas serão trabalhados em forma de pesquisas, fora da sala de aula,
com a finalidade de investigação: saber mítico; mitos e ritos africanos; filosofia africana;
mitos indígenas; racionalismo e empirismo; história da lógica; pesquisas científicas com
animais; ética e meio ambiente; O que é público e privado; ciência e ideologia; o gosto
pela arte.
Como um recurso didático extra, o professor desenvolverá em sala dinâmicas
para a interpretação de conceitos: Em teoria do conhecimento - dinâmica da pedra brita
(O Principio da Identidade e a Questão do Ser - ambos em Parmênides). Em Conceitos
de Filosofia - dinâmica do homem morto no milharal com um palito na mão( Diferença
entre Senso-comum e Discurso Racional). Em estética - dinâmica do boneco de
lixo(Conceitos do belo e feio).
Apoio em aulas expositivas e debates, apresentações de imagens da Grécia
antiga e dos filósofos, ritos africanos, textos filosóficos de vestibular, problemas
ambientais, diversidade cultural, ideologias e suas imagens.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
181
O processo avaliativo dos educandos é um momento de extrema complexidade.
Nas atividades em sala de aula, a avaliação deve ser condizente com as
particularidades de cada: escola, turma e aluno respeitando os valores sociais, culturais
da realidade dos educandos. Sendo assim, o método avaliativo deve se configurar
mediante a características próprias, situacionais dos educandos e não somente pela
subjetividade do professor, além de ser contínuo, não-excludente e não “engessado” a
mecanismos anacrônicos, para possibilitar o pleno desenvolvimento das
potencialidades de cada aluno.
Os alunos produzirão individualmente textos, trabalhos e explanações orais onde
demonstrem entendimento parcial dos temas. Serão avaliados pela potencialidade da
sua compreensão e não pela apreensão total dos conteúdos estruturantes ou
específicos. Através da potencialidade da apreensão dos conteúdos, o professor
suscitará aos alunos a investigação a partir dos conteúdos trabalhados em sala, onde
cada aluno buscará apreensão desejada sobre cada conteúdo que lhe despertar
interesse complementando, assim, o conhecimento adquirido em sala.
O sistema avaliativo detalhado se encontra nesta proposta pedagógica curricular
no campo: sistema de avaliação do planejamento anual da disciplina.
CONTEÚDOS DA DISCIPLINA
2º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
− Mito e Filosofia (A consciência mítica, O mito entre os primitivos, Mito e religião, O
mito hoje, A concepção mítica, A concepção filosófica);
− Teoria do Conhecimento (A verdade, Os modos de conhecer, Intuição, Dogmatismo,
Racionalismo, Empirismo, Criticismo, Filosofia pré–socrática, Os sofistas, Sócrates,
Platão, Aristóteles, Kant, Fenomenologia, Razão);
− Ética (Valores, Moral, Senso comum, Caráter social e pessoal da moral);
182
− Filosofia Política (O poder, Democracia, A sociedade tribal, A política normativa,
Estado e Igreja, Maquiavel, Hobees, Rosseau, Hegel, Socialismo, Marxismo,
Anarquismo, Totalitarismo);
− Filosofia da Ciência (O que é ciência, O senso comum, O conhecimento científico,
Ciência e poder, O método científico);
− Estética, Etimologia: (O belo e o feio, A recepção estética).
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
− Mito e Filosofia;
− Teoria do conhecimento;
− Ética;
− Filosofia política;
− Filosofia da ciência;
− Estética.
Conceito e significado da Filosofia:
• Para que serve? Qual sua origem? Como nasceu?
• A Filosofia e a ciência;
• Exigências da reflexão filosófica;
• Um modelo de reflexão filosófica;
• Essência da Filosofia;
• Filosofia na escola;
• Os três princípios básicos da Filosofia;
Para que Filosofia?
• As evidências do cotidiano;
• A atitude filosófica;
• A atitude crítica;
• Atitude filosófica: indagar;
• A reflexão filosófica;
• Filosofia: um pensamento sistemático;
183
• Em busca de uma definição da Filosofia;
• Inútil? Útil?
A Filosofia:
• A origem da Filosofia;
• A palavra Filosofia;
• A Filosofia é grega;
• O legado da Filosofia Grega para o Ocidente Europeu.
O nascimento da Filosofia:
• O que perguntavam os primeiros filósofos;
• Mito e Filosofia;
• Condições históricas para o surgimento da Filosofia;
• Principais características da Filosofia nascente.
Campos de investigação da Filosofia:
• Os períodos da Filosofia Grega.
Principais períodos da história da Filosofia:
• A Filosofia na história;
• Os principais períodos da Filosofia.
Aspectos da Filosofia contemporânea:
• As questões discutidas pela Filosofia contemporânea;
• Temas, disciplinas e campos filosóficos.
A razão:
• Os vários sentidos da palavra razão;
• Os princípios racionais;
• A atividade racional e suas modalidades;
184
• A razão na Filosofia contemporânea;
• A razão histórica;
• Razão e sociedade;
• Razão e descontinuidade temporal;
• Por que ainda falamos em razão?
A verdade:
− Ignorância e verdade;
− A verdade como um valor;
− Ignorância, incerteza e insegurança;
− Dificuldades para a busca da verdade;
− As concepções da verdade;
− Grego, Latim e Hebraico;
− Diferentes teorias sobre a verdade;
− As exigências fundamentais da verdade.
O conhecimento:
• O conhecimento e os primeiros filósofos;
• Os filósofos modernos e a teoria do conhecimento;
• Bacon e Descartes;
• Locke;
• A consciência: o eu, a pessoa, o cidadão e o sujeito.
A linguagem:
• A importância da linguagem;
• A força da linguagem;
• A origem da linguagem.
O pensamento:
• A inteligência;
185
• Inteligência e linguagem;
• Inteligência e pensamento.
CONTEÚDOS COMPLEMENTARES
− Cidadania, Ideologia, Alienação, Inclusão Social, Drogas, Aborto, Eutanásia, Ter e
ser.
3º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
• Mito e filosofia (A consciência mítica, O mito entre os primitivos, Mito e religião, O
mito hoje, A concepção mítica, A concepção filosófica);
• Teoria do conhecimento (A verdade, Os modos de conhecer, Intuição, Dogmatismo,
Racionalismo, Empirismo, Criticismo, Filosofia pré–socrática, Os sofistas, Sócrates,
Platão, Aristóteles, Kant, Fenomenologia , Razão);
• Ética (Valores, Moral, Senso comum, Caráter social e Pessoal da moral);
• Filosofia Política (O poder, Democracia, A sociedade tribal, A política normativa,
Estado e Igreja, Maquiavel, Hobees, Rosseau, Hegel, Socialismo, Marxismo,
Anarquismo, Totalitarismo);
• Filosofia da ciência (O que é ciência, O senso comum, O conhecimento científico,
Ciência e poder, O método científico);
• Estética, Etimologia: (O belo e o feio, A recepção estética).
CONTEUDOS ESPECIFICOS
Mito e Filosofia:
− Teoria do conhecimento;
− Ética;
186
− Filosofia política;
− Filosofia da ciência;
− Estética.
Conceito e significado da Filosofia:
• Para que serve?
• Qual sua origem?
• Como nasceu?
• A Filosofia e a ciência;
• Exigências da reflexão filosófica;
• Um modelo de reflexão filosófica;
• Essência da Filosofia;
• Filosofia e Filosofia da Educação;
• Axiologia – Estudo dos valores.
A lógica:
• O nascimento da lógica;
• O aparecimento da lógica: Heráclito e Parmênides;
• O aparecimento da lógica: Platão e Aristóteles.
Elementos da lógica:
• Principais características da lógica;
• A proposição;
• O silogismo;
• A lógica matemática;
• Linguagem e metalinguagem.
A metafísica:
• As indagações metafísicas;
• A pergunta pelo que é;
187
• Características da metafísica em seus períodos.
As ciências:
• A atitude científica;
• O senso comum;
• Características do senso comum;
• As três principais concepções de ciência.
O ideal científico e a razão instrumental:
• O ideal científico;
• A ciência desinteressada e o utilitarismo;
• A ideologia cientificista;
• A razão instrumental;
• O problema do uso das ciências.
A cultura:
• Natureza humana e a ética;
• Cultura e antropologia.
A existência da ética:
• Senso moral e consciência moral;
• Juízo de fato e de valor;
• Ética e violência;
• Os constituintes do campo ético.
A moral:
• Ética ou Filosofia moral;
• O cristianismo;
• Natureza humana e o dever;
• Cultura e dever.
188
A ciência e o sagrado:
• O sagrado;
• A religião;
• A religião como narrativa da origem;
• Ritos;
• Imanência e transcendência;
• Transcendência e hierarquia;
• Críticas a religião;
• Conciliação entre Filosofia e religião.
O universo das artes:
• Unidade do eterno e do novo;
• Arte e técnica;
• Arte e religião;
• Arte e Filosofia;
• Arte e sociedade;
• Indústria e cultura e cultura de massa;
• Os meios de comunicação;
• Cinema e televisão.
A política e a liberdade:
• A liberdade de manifestação;
• A liberdade como problema;
• A política contra a servidão voluntária;
• A perspectiva Marxista.
CONTEÚDOS COMPLEMENTARES
189
− Cidadania, Ideologia, Alienação, Inclusão Social, Drogas, Aborto, Eutanásia, Ter e
ser.
REFERÊNCIAS
BRASIL, Orientações curriculares do ensino médio. Brasília, MEC/SEB, 2008.
PARANÁ, Secretaria de Estado de Educação. Diretrizes Curriculares de Filosofia
para a Educação Básica. Curitiba, 2006.
MARCONDES, Danilo. Textos básicos de Filosofia: dos pré-socráticos a
Wittgenstein 5 ed. Rio de Janeiro. Ed. Zahar, 2007.
DELEUZE, G; GUATARI, F. O que é filosofia? 2 ed. Rio de Janeiro: Ed.34, 1992.
CHAUÍ, MARILENA. Convite à filosofia. São Paulo: Ed. Ática, 2004
SANTOS, T. M. Manual de filosofia. 12 ed. São Paulo. Cia. Editora Nacional,1961
CORDI, C; SANTOS, A.F.; BÓRIO, E; AVELINO, A.C; VOLPE, N.V; LAPORTE,
A.M; ARAUJO, S.M; SHLESENER, A.H. Para filosofar. São Paulo. Ed. Scipicione,
1996
NICOLA, UBALDO. Antologia ilustrada e filosofia: das origens à idade moderna.
São Paulo. Ed. Globo, 2008.
SAFRANSKI, R. Nietszche: biografia de uma tragédia. São Paulo. Ed. Geração,
2001.
PARANÁ, Secretaria de Estado de Educação. Filosofia ensino médio. Curitiba:
SEED-Pr, 2006.
16.13 SOCIOLOGIA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A compreensão científica dos fatos sociais, é o objetivo primordial do estudo da
disciplina de sociologia. Neste sentido, a partir de uma determinada realidade, o estudo
190
sociológico buscará analisar o ser humano como indivíduo e ser social, sem
desconsiderar a multiplicidade de relações e inter-relações sociais que acontecem.
Visando oferecer meios para a compreensão social, o sociólogo em sala de aula,
deverá estimular permanentemente o conhecimento crítico, real e libertador, tanto
teórico quanto prático. Não significa apresentar aos estudantes uma realidade social
nova e inteiramente desconhecida, a partir da história e suas transformações, bem
como na qualidade de sujeito ativo dos grupos integrantes das instituições e dos
movimentos sociais.
A Sociologia, tem o papel de fiscalizar os problemas que moldem a realidade,
questionando-os e buscando, em diferentes sentidos e de diversas formas, respostas
múltiplas para a construção de caminhos viáveis para a convivência coletiva e a
construção da justiça econômica, uma vez que o conhecimento sociológico, contribui
para que o estudante desenvolva a sua autonomia de forma a ser capaz de confrontar
diferentes interpretações e construir sua própria visão de mundo.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
• Possibilitar o entendimento das ciências sociais, que pesquisam e estudam o
comportamento social humano e suas várias formas de organização.
• Desenvolver a formação da cidadania numa perspectiva sociológica e ética.
• Relacionar os agrupamentos sociais com a estratificação e a mobilidade social.
• Articular o saber histórico escolar de acordo com os princípios da disciplina,
reelaborando, assim, a herança social que o indivíduo adquire de seu grupo.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
• O processo de socialização e as Instituições sociais.
• Cultura e indústria cultural.
191
• Trabalho, produção e classes sociais.
• Poder, política e ideologia.
• Direitos, cidadania e movimentos sociais.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
“O processo de socialização e as Instituições sociais”
• Contexto histórico do surgimento da Sociologia.
• História das ciências sociais.
• O ser humano e as relações sociais e o produto social.
• Os principais teóricos que contribuíram para a constituição da sociologia como
ciência:
“A. Comte. E. Durkheim. K. Marx e M. Weber”
• Conceito de Sociologia.
• Conceito de Instituição Social.
• As principais Instituições sociais: Família, A Igreja, A Escola e o Estado.
“Cultura e Indústria Cultural”
• Identidade cultural.
• Cultura ou culturas: uma contribuição Antropológica.
• Meios de Comunicação de massa.
• Ecologistas e novas concepções sobre a conservação.
“Trabalho, Produção e Classes Sociais”
• Visão geral sobre o processo de produção
• Trabalho.
• Matéria prima.
• Recursos naturais e a ecologia.
• Trabalho e meio de produção.
• Relações de produção.
192
• Modo de produção.
“Poder, Política e Ideologia”
• Diferentes formas de poder.
• Estado e Poder.
• Ideologias e dominação.
• A Questão Democrática.
“Direitos, Cidadania e Movimentos Sociais”
• Conceitos de cidadania.
• Os Direitos Humanos e a cidadania.
• Comunidade, cidadania e minorias.
• Estudo contemporâneo de comunidades e sociedades.
• Aspectos jurídicos, sociológicos e éticos da cidadania.
• Ações educativas de combate ao racismo e as discriminações.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A Sociologia tem contribuído para a ampliação do conhecimento do homem, sobre
sua própria condição de vida, e, fundamentalmente para a análise das sociedades,
alargando um saber especializado, em teoria e pesquisa, que esclareçam muitos dos
problemas da vida social.
O tratamento dos conteúdos pertinentes à Sociologia, fundamenta-se e sustenta-se
em teorias originárias de diferentes tradições sociológicas.
É importante ter bem claro, que a história da Sociologia como disciplina acadêmica
e escolar, não está desvinculada dos fundamentos teóricos, cada um a seu modo,
elegem conteúdos temáticos, problemáticos, metodológicos que estão gerados na
realidade contemporânea.
Na sociologia, a pesquisa deve estar presente, ou seja, ela é um componente
importante na relação dos alunos com o meio em que vivem e com a ciência que estão
193
aprendendo. Ela serve como mais um instrumento para o desenvolvimento da
compreensão e explicação dos fenômenos sociais. Também é importante orientar
como se faz uma pesquisa bibliográfica. Mostrar que antes de fazê-la é necessário
definir objetivos, onde e como buscar esse referencial, bem como a diferença entre as
diversas fontes.
Outras práticas são importantes como leituras e análises de textos sociológicos, que
ajudarão os alunos a se familiarizarem com a linguagem específica dessa ciência. Por
isso, é necessário que os professores contextualizem e analisem com eles, o que foi
escrito, mostrando que a produção científica não é verdade absoluta, mas apenas uma
perspectiva de análise de determinada situação ou questão.
O conhecimento, as concepções são de importância central na construção do
pensamento sociológico, especialmente no contexto escolar, possibilitando ao
professor, refletir e orientar criticamente sua ação pedagógica, como também
possibilitará ao aluno ter acesso ao conhecimento elaborado de forma rigorosa,
complexa e crítica da realidade social na qual está inserido.
A sociedade brasileira com suas desigualdades sociais, econômicas, políticas e
culturais permite questionar muito a Sociologia clássica e moderna. O pensamento
sociológico na escola é consolidado a partir da articulação de experiências e
conhecimentos apreendidos como totalidades complexas, procurando dar um
tratamento teórico aos problemas, como as desigualdades sociais e econômicas, a
exclusão, as conflituosas relações sociedade-natureza, a negação da diversidade
cultural, de gênero e étnico-racial. Trata-se de reconstruir o conhecimento que o aluno
já dispõe num nível de compreensão, da capacidade de intervenção e transformação
dessa prática social.
AVALIAÇÃO DA DISCIPLINA
O processo de avaliação, deve ser realizado em todas as atividades relacionadas à
disciplina, necessitando de um tratamento metódico e sistemático. Deve ser pensado e
elaborado de forma transparente e coletiva. Também a mudança na forma de olhar
194
para os problemas sociais, assim como iniciativa e autonomia para tomar atitudes
diferenciadas e criativas, que rompam com a acomodação e o senso comum.
As formas de avaliação em Sociologia, devem acompanhar as próprias práticas de
ensino e de aprendizagem da disciplina, desde que tenha clareza dos objetivos que se
pretende atingir.
Caberá ao professor, levar em consideração às diversidades e os ritmos de
aprendizagem de cada educando, uma vez que a avaliação deve ser vista como um
processo educativo que promova a aprendizagem e o desenvolvimento integral do
aluno, auxiliando-o a refletir e analisar sua prática no cotidiano.
BIBLIOGRAFIA
AZEVEDO R. Princípios de Sociologia: pequena introdução ao estudo da sociologia
geral. São Paulo: Duas Cidades, 1973.
BOSI, E. Cultura de massa e cultura popular. Petrópolis: Vozes, 1981.
CHAUÍ, M. O que é ideologia. São Paulo: Brasiliense, 1997.
DIRETRIZES CURRICULARES DE SOCIOLOGIA PARA O ENSINO MÉDIO. Versão
Preliminar – Julho / 2006. Secretaria de Estado da Educação.
PRADO JUNIOR, Caio. História econômica do Brasil. São Paulo: Brasiliense, 1973.
OLIVEIRA, P. S. Introdução à Sociologia. São Paulo: Ática, 2001.
PARANÁ. Inserção dos conteúdos de história e cultura afro-brasileira nos
currículos escolares. Curitiba, 2005.
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50
60
70
águ
aen
can
ad
a
ba
nhe
iro
de
ntro
de
casa
ba
nhe
iro
fora
de
casa
rede
de
esg
oto
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rgia
elé
tric
a
tele
fon
e
n a su a cas a te m :
Série1
TEMPO CASA-ESCOLA
01020304050
filh os qu elevam a té 1 5m inutos pa ra
ch egar à
fi lhos quelevam até 30
m inu tos
filh os qu e a té60 m inu to s
Série1
Série2
SEU FILHO VEM A ESCOLA
201
0
10
20
30
40
50
60
1 2
filhos que vem áescola a pé
filhos que vem áescola de ônibus
ESCOLARIDADE
0
5
10
15
20
25
30
35
40
1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 0 11 1 2 13 14
gra u d e es tud o do s q ue mo ram e msu a c as a
sé r ie em qu e c ad a qu al es tu da
TRABALHAM
202
número de p essoas q ue trab alham em cada ca sa
05
101520253035
1 2 3 4 5 6 7 8 9
desem
pregados
núme ro de pessoas quetra balham em cada casa
MORAM EM CASA
CASA
0
5
1 0
1 5
2 0
2 5
3 0
3 5
4 0
4 5
pró pr ia a lu ga da c ed id a inv as ão o utros
MELHORAR NA ESCOLA
203
PRECISA M ELH OR AR NA ESCO LA
0
0 ,5
11 ,5
22 ,5
33 ,5
4
4 ,5
UN IFORM
E
OR GAN IZ
AÇÃ O
ENS INO
R IGID
IDEZ
ATEN ÇÃ O
SE GURANÇA
ME RE NDA
QUADRA
FALT AS PROF .
Sé rie1
GOSTAMOS
GOS T AM OS N A E S C OLA
00,5
11,5
22,5
33,5
MEREN DA
COMUNIC
AÇÃO
INFOR MÁTIC
A
UNIFORME
Série1
PESQUISA DOS ALUNOS
204
AM AM O S NO P R OFE S S O R
02468
101214
BON
DAD
EC
ARIN
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PAC
IÊN
CIA
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L IC
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DAD
E
Série1
D E T ES T AM OS NO PR O FE SS OR
0
5
10
15
20
25
ARRO
GÂ
NC
IAC
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AAU
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MU
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OU
TRO
S
Sé r ie 1
PESQUISA PROFESSORES E FUNCIONÁRIOS
205
FOR M AÇ ÃO
0123456789
10
MAGIS
TÉRIO
ENS . MÉDIO
GRAD UAÇÃOPÓ
S
MESTRADO
OUTROS
S érie1
VEM PARA A ESCOLA
0
1
2
34
5
67
8
A PÉ TRA NSP. PÚBL ICO TRA NSP. PA RTICUL A R
S ér ie1
TEMPO GASTO NO PERCURSO
0
1
2
3
4
5
6
1 5 MIN 1 6-3 0 3 1-6 0 MA IS DE 6 0
S ér ie1
206
RESIDE
0
1
2
3
4
5
6
RES IDE E TRA B A LHA NO
MES MO B A IRRO
RES IDE NUM B A IRRO E
TRA B A LHA EM O UTRO
RES IDE EM OUTRO
MUNICÍPIO
S ér ie1
C U R S OS
01234567
ALFABETIZAÇ ÃO
MATEMÁT ICA
L ÍNGU A P
ORTUGUESA
HISTÓRIA
GEOGRAFIA
C IÊN CIA
S
ENSINO D
A ARTE
ED. FÍS
ICA
INFO
RMÁT ICA
OU TR OS
Série1
207
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