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RELAÇÃO ENTRE NOMEAÇÃO AUTOMÁTICA RÁPIDA E COMPREENSÃO
LEITORA EM ESCOLARES DO 6º AO 9º ANO
RELATIONSHIP BETWEEN QUICK AUTOMATIC APPOINTMENT AND READING
UNDERSTANDING IN SCHOOLS FROM 6TH TO 9TH YEAR
RESUMO
Objetivos: caracterizar o desempenho de escolares entre o 6º e 9º ano em tarefas
de nomeação automática rápida e avaliar sua relação com a compreensão leitora.
Métodos: estudo descritivo, transversal e quantitativo. Foram avaliados 74
escolares de escola pública do nordeste brasileiro, entre o 6º e 9º ano do ensino
fundamental, sem queixas de dificuldades de aprendizagem. A amostra foi dividida
em grupos, seguindo a escolaridade: G1 – 6º ano; G2 – 7º ano; G3 – 8º ano; G4 – 9º
ano. Para a avaliação das habilidades mencionadas, utilizou-se os testes de
Nomeação Automática Rápida (14) e Avaliação da Compreensão Leitora de Textos
Expositivos (15), aplicados de forma individual e coletiva, respectivamente. Os dados
foram analisados por meio de estatística descritiva e inferencial, utilizando o teste
não-paramétrico Mann-Whitney. Resultados: os maiores tempos de nomeação
foram para as categorias de objetos e cores, não havendo melhora do desempenho
de acordo com o avanço da idade. Em relação à compreensão leitora, houve altas
taxas de não compreensão: 35,3% do G1, 50% do G2, 81,8% do G3 e 50% do G4.
Não foi encontrada relação entre compreensão leitora e os subtestes de dígitos,
letras, objetos e cores. Conclusão: estudantes de escola pública entre o 6º e 9º ano
do ensino fundamental possuem tempos aumentados de nomeação automática
rápida e dificuldades em compreensão leitora, não sendo encontrada relação
significativamente estatística entre estas duas variáveis. Este trabalho contribuiu
fornecendo dados relevantes para futuras pesquisas no Nordeste quanto à
8
identificação do perfil em tarefas para escolares em idades avançadas.
Descritores: Compreensão de leitura, fonoaudiologia, leitura, desempenho
acadêmico.
ABSTRACT
Purpose: to characterize the performance of children between sixth and nineth
grade on rapid automatized naming tasks and it is relation to reading
comprehension. Methods: descriptive, transversal and quantitative study. 74
northeastern public school students were assessed (44 female and 30 male),
between sixth and nineth grade, without complaints of learning difficults. The sample
was divided into groups, according to scholarity: G1 – 6th grade; G2 – 7th grade; G3
– 8th grade; G4 – 9th grade. The following teste were used to assess the sample:
Rapid Automatized Naming (14), Reading Comprehension of Expositive Tests
(15),
applied individual and colectively, respectively. The data was analyzed by means of
descriptive and inferential statistics, using non-parametric test Mann-Whitney.
Results: the higher naming times were to objects and colors categories, without
improvement with the advence of age. In relation to reading comprehension, there
were high rates of non-comprehension : G1 – 35,3% ; G2 – 50% ; G3 – 81,8% ; G4 –
50%. Was not found relation between reading comprehension and the subtests of
digits (p=0,229), letters (p=0,114), objects (p=0,713) and colors
(p=0,845). Conclusion: public school students between sixth and nineth grade have
higher rapid automatized naming times and difficulties on reading comprehension,
and those two variables do not have a statistical significance relationship. This
research contributes providing relevant data to future researchs on Northeast
regarding identification of the profile of children with advanced age on those tasks of
9
rapid automatized naming and reading comprehension.
Keywords: Comprehension, Speech, Language and Hearing Sciences, Reading,
Academic Performance.
10
INTRODUÇÃO
O acesso fonológico ao léxico mental é uma habilidade do processamento
fonológico que consiste na busca de uma palavra, mediada pela informação sonora
(1). Pesquisas a relacionam diretamente à fluência de leitura, pois ambas consistem
no processamento e nomeação seriada de estímulos visuais (2). Dessa forma, a
automaticidade também apresenta papel importante no processamento da leitura (3).
Por outro lado, a fluência em leitura é indicada como um dos preditores da
compreensão leitora (4), composta por três habilidades: precisão, definida como a
decodificação e reconhecimento preciso de palavras; automaticidade, que se refere
ao processamento automático de informações; e prosódia, ou seja, a leitura com
ritmo e entonação adequados (5). Déficits nesse processo, como na decodificação,
por exemplo, produzem consequências negativas na compreensão textual (6).
Com isso, é possível a relação entre o acesso fonológico ao léxico mental e a
compreensão leitora (7), visto que a velocidade de detecção de símbolos visuais
ocorre de forma semelhante nas duas tarefas (8).
Essas habilidades sofrem influência de fatores socioeconômicos e culturais,
como práticas educativas escolares, suporte familiar e acesso a ambientes ricos em
leitura. Devido a isso, estudantes de escola pública apresentam menor desempenho
em tarefas de nomeação automática rápida (RAN) (9) e de compreensão (10).
O RAN consiste na medida da velocidade de nomeação rápida de estímulos
visuais contínuos, geralmente compostos por letras, cores, objetos e dígitos (11), e é
utilizado na avaliação do acesso fonológico ao léxico mental. Esse teste é relevante,
pois as rotas neurais utilizadas na nomeação rápida são semelhantes àquelas
requisitadas para a leitura, principalmente na relação entre processamento de
sequenciação e motor, sendo um grande preditor de dificuldades nesse processo(12).
11
Entretanto, no Brasil, os dados normativos quanto ao desempenho de
escolares em nomeação automática rápida são limitados e focados entre o primeiro
e quarto ano do ensino fundamental (13,14). Esse fato torna-se uma barreira durante a
avaliação de crianças e adolescentes de idade e escolaridade mais avançadas.
Assim, o objetivo deste estudo é descrever e caracterizar o desempenho de
escolares entre o 6º e 9º anos em tarefas de Nomeação Automática Rápida e avaliar
sua relação com a compreensão leitora.
METODOLOGIA
Trata-se de um estudo descritivo, de caráter transversal e quantitativo. A
pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética, parecer número 933.967. Além disso,
contou com a anuência da escola e assinatura do Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido (TCLE) por parte de todos os responsáveis pelos estudantes e o Termo
de Assentimento, assinado pelos estudantes.
Participaram da pesquisa 74 escolares de ambos os sexos, entre 11 e 15
anos de idade, estudantes do 6º ao 9º ano do ensino fundamental, regularmente
matriculados em escola pública de uma cidade de região metropolitana da região
Nordeste. A escolha dos participantes para a pesquisa se deu por duas etapas:
primeiro, os professores indicavam quais os estudantes que não tinham dificuldades
de aprendizagem; em seguida, os estudantes indicados foram reunidos e a pesquisa
foi explicada, permanecendo na sala somente os que a aceitaram. Foram excluídos
escolares com diagnósticos neurológicos, alterações sensoriais não corrigidas e
aqueles cujos professores indicaram apresentar dificuldades de aprendizagem ou
transtornos previamente diagnosticados. A amostra foi dividida nos seguintes
subgrupos:
1) Grupo 1 (G1): 17 estudantes do 6º ano do ensino fundamental;
12
2) Grupo 2 (G2): 16 estudantes do 7º ano do ensino fundamental;
3) Grupo 3 (G3): 11 estudantes do 8º ano do ensino fundamental;
4) Grupo 4 (G4): 30 estudantes do 9º ano do ensino fundamental.
Todos os escolares foram avaliados de forma individual e em grupo, em sala
previamente escolhida, nos dias indicados pelos professores e pelo diretor. Foram
utilizados os seguintes instrumentos, na ordem apresentada:
a) Avaliação da Compreensão Leitora de Textos Expositivos (15): aplicado em
grupo, consiste na apresentação de um texto, de acordo com a escolaridade.
Em seguida, são aplicadas perguntas acerca do conteúdo, sem apoio do texto.
Objetiva avaliar o nível de compreensão leitora, classificando-o da seguinte
forma, de acordo com os critérios de análise das respostas escritas: com uma
compreensão leitora adequada das ideias gerais do texto ou com uma
compreensão leitora inadequada das ideias gerais do texto. Foram utilizados
os textos: “Proteção aos pandas gigantes” para o 6º ano, “Paleolítico e
Neolítico” para o 7º ano, contendo cinco perguntas; “Os Mamíferos” para o 8º
ano, contendo sete perguntas; e a “Culinária Pré-histórica” para o 9º ano,
contendo oito perguntas. Para a leitura silenciosa do texto e a compreensão
textual, foram disponibilizados 20 minutos. Após esse tempo, o texto foi
retirado sem a possibilidade de releitura posterior, foram entregues as
perguntas e o escolar tinha 30 minutos para responder. Nessa pesquisa, foi
utilizada somente a leitura silenciosa e as respostas eram elaboradas de forma
escrita.
b) Nomeação Automática Rápida – RAN (14): aplicado individualmente, com
apresentação de estímulos visuais ordenados de forma horizontal e lidos pelo
sujeito da esquerda para a direita. Objetiva avaliar o acesso fonológico ao
13
léxico mental, por meio da nomeação rápida de 4 grupos de símbolos visuais:
figuras de objetos, de cores, de letras e de dígitos. O teste consiste em 5 linhas
e 10 colunas para cada grupo de símbolos, sendo 5 tipos de objetos que se
repetem em ordens diferentes (cadeira, livro, cachorro, mão e estrela), 5 letras
(a, d, o, s, p), 5 números (2, 6, 9, 4 e 7) e 5 cores (amarelo, preto, verde,
vermelho e azul). Seu resultado é expresso em uma medida de tempo
(segundos), calculado com auxílio de um cronômetro. Além disso, são
observadas questões qualitativas, como substituições, registradas na folha de
resposta.
Foi realizada estatística descritiva e inferencial, por meio do teste não
paramétrico Mann-Whitney. Para a tabulação e análise dos dados, foi utilizado o
software IBM® SPSS Statistics versão 23.
RESULTADOS
A amostra foi composta por 74 escolares, dos quais 59,5% (n=44) eram do
sexo feminino e 40,5% (n=30) do sexo masculino. A média de idade foi de 14,2, com
desvio-padrão de 1,988.
Em relação ao desempenho dos escolares na tarefa de Nomeação
Automática Rápida, os maiores tempos de nomeação foram para as categorias de
Objetos e Cores. Observou-se que não houve melhora no desempenho de acordo
com o avanço da idade. Os dados descritivos quanto ao desempenho dos escolares
encontram-se na tabela 1.
O desempenho em compreensão leitora está descrito na tabela 2. Foram
observadas altas taxas de não compreensão textual, em especial em escolares do
8º ano.
Não foi observada relação estatisticamente significativa entre a compreensão
14
leitora e os subtestes de dígitos (p=0,22), letras (p=0,11), objetos (p=0,713) e cores
(p=0,84). Para essa análise, a amostra não foi subdividida em grupos e está descrita
na tabela 3.
DISCUSSÃO
Visto que na literatura nacional não são descritos estudos sobre nomeação
seriada rápida abrangendo crianças que apresentam escolaridade entre o 6º e o 9º
anos do ensino fundamental, destaca-se a importância deste trabalho. Além disso,
pretendeu-se relacionar os resultados da nomeação automática rápida com o
desempenho em compreensão leitora.
Foi observada diferença nas velocidades de nomeação de diferentes
categorias semânticas, em que letras e dígitos foram nomeados com maior rapidez
do que os objetos e cores. Apesar de a aprendizagem acerca de letras e dígitos
ocorrer mais tardiamente no desenvolvimento, a nomeação é mais rápida e
consistente (16), pois a nomeação de cores e objetos demanda processos
atencionais e perceptuais mais complexos (14). Isso é notado em estudos prévios
com crianças menores (17, 18, 19) e, ao que parece, se mantém ao longo dos anos
escolares e vida adulta (20).
As médias de tempo despendido na nomeação das categorias semânticas
são altas, quando comparadas a alunos do 4º ano do ensino fundamental (13).
Entretanto, a hipótese inicial seria de que crianças entre o 6º e 9º anos
apresentariam melhor desempenho que crianças do 4º ano devido a variáveis
desenvolvimentais. Esse dado pode indicar dificuldades no processo de
aprendizagem dos escolares desta amostra.
A melhora do desempenho com o avanço da idade não ocorreu de maneira
uniforme na amostra estudada. Esses resultados anteriormente citados (13,14), nos
15
quais o tempo de nomeação rápida diminuiu de acordo com o aumento da faixa
etária, relacionando-se ao desenvolvimento de habilidades de acesso lexical e
discriminação visual. Já foi descrito que o aumento do tempo de realização das
tarefas do RAN obtido por crianças de escola pública pode ser reflexo das
oportunidades de acesso a estímulos, principalmente referentes à leitura, no
ambiente familiar e escolar (21).
Alunos com nível socioeconômico e cultural mais baixo costumeiramente têm
tempo maior para nomeação rápida, por usufruírem de um ambiente menos
estimulante em casa e de um sistema de ensino, em geral, com condições
precárias, não expondo consideravelmente os estudantes a esses estímulos
visuais(22,9).
De acordo com o PISA (23), os níveis de leitura do Rio Grande do Norte
encontram-se na posição 21 entre os estados brasileiros. A grande dificuldade de
leitura dos escolares potiguares pode justificar o não avanço na habilidade do
acesso fonológico ao léxico mental, visto que o desempenho nos subtestes do RAN
está relacionado ao nível de leitura (24, 25).
Houve alta taxa de dificuldade em compreensão leitora, em especial no 7º, 8º
e 9º anos. Esses dados refletem resultados previamente obtidos no exame do
Program for International Student Assessment – PISA (23), nos quais o Brasil se
encontra na 57ª posição no desempenho em leitura para o 5º ano do ensino
fundamental, apontando falhas quanto ao sistema educacional e métodos utilizados
para a alfabetização no Brasil.
Crianças de baixa condição socioeconômica apresentam menores
competências em compreensão leitora (26). Isso pode ser justificado pelo fato de que
esses indivíduos têm acesso limitado a ambientes estimuladores e materiais de
16
leitura variados (27). Embora não tenha sido medida a classificação socioeconômica
dos escolares deste estudo, o bairro onde está localizada a escola é
predominantemente composta por famílias de baixa renda.
De fato, pesquisas com crianças de diferentes condições socioeconômicas
evidenciam que o ambiente doméstico é um fator a ser considerado durante o
desenvolvimento das habilidades preditoras em leitura, como a consciência
fonológica e o vocabulário (28), que, apesar de não terem sido avaliadas neste
estudo, têm relação intrínseca com o desenvolvimento da leitura, assim como a
nomeação automática rápida (29,30). Indivíduos de baixa condição socioeconômica
apresentam menor sucesso acadêmico (31).
Por fim, não foi encontrada relação entre o desempenho nos testes de
nomeação automática rápida e de compreensão leitora. Essa relação ocorreu
apenas no 2º ano do ensino fundamental, mas não no 3º e 4º anos (32). Dessa forma,
a contribuição do acesso fonológico ao léxico mental e à compreensão leitora
ocorreria de forma indireta, visto que a nomeação automática rápida prediz a
automaticidade em leitura, que por sua vez permite a compreensão.
CONCLUSÃO
Conclui-se que escolares de escola pública deste estudo entre o 6º e 9º anos
do ensino fundamental demonstram dificuldades em testes de nomeação automática
rápida e compreensão leitora; não foram encontradas correlações entre essas duas
variáveis, indicando uma contribuição indireta da nomeação rápida para a
compreensão leitora nessa faixa de escolaridade.
Além disso, é observada a contribuição deste trabalho por meio da
caracterização de faixas etárias até então não incluídas nos estudos científicos
brasileiros. O conhecimento sobre o desempenho de estudantes de escolas públicas
17
do Nordeste, nas escolaridades pesquisadas, é necessário para o diagnóstico
diferencial dessa população.
No entanto, há limitações do estudo que podem auxiliar futuras pesquisas,
tais como o número de sujeitos participantes da pesquisa, uma vez que não
corresponde proporcionalmente à população da faixa etária estudada, não sendo
possível obter resultados mais esclarecedores. Por conseguinte, a avaliação da
compreensão leitora realizada em grupo impossibilitou a avaliação individual.
Finalmente, a expressão dessa habilidade se deu por meio da elaboração de um
texto escrito, o que pode ter sido dificultoso para alguns escolares.
18
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22
TABELAS:
Tabela 1 – Desempenho dos escolares nas provas de Nomeação Automática
Rápida, de acordo com a escolaridade.
Série Média Mínimo Máximo Desvio- padrão
Dígitos 6º ano 25,12 20 32 3,586
7º ano 27,50 18 38 5,574
8º ano 26,36 22 34 3,613
9º ano 23,57 17 32 4,477
Letras 6º ano 22,94 15 38 5,460
7º ano 24,25 20 31 2,955
8º ano 23,36 20 28 3,295
9º ano 21,20 15 32 4,759
Objetos 6º ano 39,24 31 50 6,399
7º ano 44,06 33 65 9,896
8º ano 39,64 34 44 3,264
9º ano 33,73 24 50 6,612
Cores 6º ano 40,65 27 56 7,826
7º ano 41,06 25 60 8,136
8º ano 42,00 29 70 10,936
9º ano 36,33 23 52 7,107
23
Tabela 2 – Desempenho dos escolares em compreensão leitora, de acordo com a
escolaridade.
Série n %
Compreendeu a 6º ano 11 64,7
ideia global 7º ano 8 50,0
8º ano 2 18,24
9º ano 15 50,0
Não compreendeu 6º ano 6 35,3
a ideia global 7º ano 8 50,0
8º ano 9 81,8
9º ano 15 50,0
24
Tabela 3 – Relação entre compreensão leitora e desempenho nas provas de
Nomeação Automática Rápida.
P
Dígitos 0,229
Letras 0,114
Objetos 0,713
Cores 0,845
25
ANEXO 1
NORMAS DA REVISTA CODAS
PREPARO DO MANUSCRITO
O texto deve ser formatado em Microsoft Word, RTF ou WordPerfect, em
papel tamanho ISO A4 (212x297mm), digitado em espaço duplo, fonte Arial tamanho
12, margem de 2,5cm de cada lado, justificado, com páginas numeradas em
algarismos arábicos; cada seção deve ser iniciada em uma nova página, na seguinte
sequência: título do artigo, em Português (ou Espanhol) e Inglês, resumo e
descritores, abstract e keywords, texto (de acordo com os itens necessários para a
seção para a qual o artigo foi enviado), referências, tabelas, quadros, figuras
(gráficos, fotografias e ilustrações) citados no texto e anexos, ou apêndices, com
suas respectivas legendas. Consulte a seção "Tipos de artigos" destas Instruções
para preparar seu artigo de acordo com o tipo e as extensões indicadas.
Tabelas, quadros, figuras, gráficos, fotografias e ilustrações devem estar
citados no texto e apresentados no manuscrito, após as referências e ser
apresentados também em anexo no sistema de submissão, tal como indicado acima.
A parte do manuscrito, em uma folha separada, apresente a página de identificação,
tal como indicado anteriormente. O manuscrito não deve conter dados de autoria –
estes dados devem ser apresentados somente na Página de Identificação.
TÍTULO, RESUMO E DESCRITORES
O manuscrito deve ser iniciado pelo título do artigo, em Português (ou
Espanhol) e Inglês, seguido do resumo, em Português (ou Espanhol) e Inglês, de
não mais que 250 palavras. Deverá ser estruturado de acordo com o tipo de artigo,
contendo resumidamente as principais partes do trabalho e ressaltando os dados
mais significativos.
26
Assim, para Artigos originais, a estrutura deve ser, em Português: objetivo,
método, resultados, conclusão; em Inglês: purpose, methods, results, conclusion.
Abaixo do resumo, especificar no mínimo cinco e no máximo dez
descritores/keywords que definam o assunto do trabalho. Os descritores deverão ser
baseados no DeCS (Descritores em Ciências da Saúde) publicado pela Bireme que
é uma tradução do MeSH (Medical Subject Headings) da National Library of
Medicine e disponível no endereço eletrônico: http://decs.bvs.br.
TEXTO
Deverá obedecer a estrutura exigida para cada tipo de trabalho. A citação dos
autores no texto deverá ser numérica e sequencial, utilizando algarismos arábicos
entre parênteses e sobrescritos, sem data e preferencialmente sem referência ao
nome dos autores, como no exemplo:
“... Qualquer desordem da fala associada tanto a uma lesão do sistema nervoso
quanto a uma disfunção dos processos sensório-motores subjacentes à fala, pode
ser classificada como uma desordem motora(11-13) ...”
Palavras ou expressões em Inglês que não possuam tradução oficial para o
Português devem ser escritas em itálico. Os numerais até dez devem ser escritos
por extenso. No texto deve estar indicado o local de inserção das tabelas, quadros,
figuras e anexos, da mesma forma que estes estiverem numerados,
sequencialmente. Todas as tabelas e quadros devem ser em preto e branco; as
figuras (gráficos, fotografias e ilustrações) podem ser coloridas. Tabelas, quadros e
figuras devem ser dispostos ao final do artigo, após as referências e ser
apresentados também em anexo no sistema de submissão, tal como indicado acima.
REFERÊNCIAS
Devem ser numeradas consecutivamente, na mesma ordem em que foram
27
citadas no texto, e identificadas com números arábicos. A apresentação deverá estar
baseada no formato denominado “Vancouver Style”, conforme exemplos abaixo, e
os títulos de Journal Indexed in Index Medicus, da National Library of Medicine e
disponibilizados no endereço: ftp://nlmpubs.nlm.nih.gov/online/journals/ljiweb.pdf.
Para todas as referências, citar todos os autores até seis. Acima de seis, citar
os seis primeiros, seguidos da expressão et al.
RECOMENDAÇÕES GERAIS:
Utilizar preferencialmente referências publicadas em revistas indexadas nos
últimos cinco anos.
Sempre que disponível devem ser utilizados os títulos dos artigos em sua
versão em inglês.
Devem ser evitadas as referências de teses, dissertações ou trabalhos
apresentados em congressos científicos.
ARTIGOS DE PERIÓDICOS
Shriberg LD, Flipsen PJ Jr, Thielke H, Kwiatkowski J, Kertoy MK, Katcher ML et al.
Risk for speech disorder associated with early recurrent otitis media with effusions:
two retrospective studies. J Speech Lang Hear Res. 2000;43(1):79-99.
Wertzner HF, Rosal CAR, Pagan LO. Ocorrência de otite média e infecções de vias
aéreas superiores em crianças com distúrbio fonológico. Rev Soc Bras Fonoaudiol.
2002;7(1):32-9.
LIVROS
Northern J, Downs M. Hearing in children. 3rd ed. Baltimore: Williams & Wilkins;
1983.
CAPÍTULOS DE LIVROS
Rees N. An overview of pragmatics, or what is in the box? In: Irwin J. Pragmatics: the
28
role in language development. La Verne: Fox; 1982. p. 1-13.
CAPÍTULOS DE LIVROS (mesma autoria)
Russo IC. Intervenção fonoaudiológica na terceira idade. Rio de Janeiro: Revinter;
1999. Distúrbios da audição: a presbiacusia; p. 51-82.
DOCUMENTOS ELETRÔNICOS
ASHA: American Speech and Hearing Association [Internet]. Rockville: American
Speech-Language-Hearing Association; c1997-2008. Otitis media, hearing and
language development. [cited 2003 Aug 29]; [about 3 screens] Available from:
http://www.asha.org/consumers/brochures/otitis_media.htm
TABELAS
Apresentar as tabelas separadamente do texto, cada uma em uma página, ao
final do documento e apresentá-las também em anexo, no sistema de submissão. As
tabelas devem ser digitadas com espaço duplo e fonte Arial 8, numeradas
sequencialmente, em algarismos arábicos, na ordem em que foram citadas no texto.
Todas as tabelas deverão ter título reduzido, autoexplicativo, inserido acima da
tabela. Todas as colunas da tabela devem ser identificadas com um cabeçalho. No
rodapé da tabela deve constar legenda para abreviaturas e testes estatísticos
utilizados. O número de tabelas deve ser apenas o suficiente para a descrição dos
dados de maneira concisa, e não devem repetir informações apresentadas no corpo
do texto. Quanto à forma de apresentação, devem ter traçados horizontais
separando o cabeçalho, o corpo e a conclusão da tabela. Devem ser abertas
lateralmente. Serão aceitas, no máximo, cinco tabelas.
QUADROS
Devem seguir a mesma orientação da estrutura das tabelas, diferenciando
apenas na forma de apresentação, que podem ter traçado vertical e devem ser
29
fechados lateralmente. Serão aceitos no máximo dois quadros. Apresentar os
quadros separadamente do texto, cada uma em uma página, ao final do documento
e apresentá-los também em anexo, no sistema de submissão.
FIGURAS (GRÁFICOS, FOTOGRAFIAS E ILUSTRAÇÕES)
As figuras deverão ser encaminhadas separadamente do texto, ao final do
documento, numeradas sequencialmente, em algarismos arábicos, conforme a
ordem de aparecimento no texto. Todas as figuras devem ser apresentadas também
em anexo, no sistema de submissão Todas as figuras deverão ter qualidade gráfica
adequada (podem ser coloridas, preto e branco ou escala de cinza, sempre com
fundo branco), e apresentar título em legenda, digitado em fonte Arial 8. Para evitar
problemas que comprometam o padrão de publicação da CoDAS, o processo de
digitalização de imagens (“scan”) deverá obedecer aos seguintes parâmetros: para
gráficos ou esquemas usar 800 dpi/bitmap para traço; para ilustrações e fotos usar
300 dpi/RGB ou grayscale.
Em todos os casos, os arquivos deverão ter extensão .tif e/ou .jpg. Também serão
aceitos arquivos com extensão .xls (Excel), .eps, .wmf para ilustrações em curva
(gráficos, desenhos, esquemas). Se as figuras já tiverem sido publicadas em outro
local, deverão vir acompanhadas de autorização por escrito do autor/editor e
constando a fonte na legenda da ilustração. Serão aceitas, no máximo, cinco figuras.
LEGENDAS
Apresentar as legendas usando espaço duplo, acompanhando as respectivas
tabelas, quadros, figuras (gráficos, fotografias e ilustrações) e anexos.
ABREVIATURAS E SIGLAS
Devem ser precedidas do nome completo quando citadas pela primeira vez no texto.
As abreviaturas e siglas usadas em tabelas, quadros, figuras e anexos devem
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constar na legenda com seu nome por extenso. As mesmas não devem ser usadas
no título dos artigos e nem no resumo.
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