revista bahia indústria - agosto/setembro/outubro 2012- ano xix nº 222
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ISSN 1679-2645
Federação daS INdúStrIaS do eStado da BahIa SIStema FIeB aNo XVIII Nº 222 ago/Set/out 2012
Bahia
Sistema FIEB reconhece experiências bem sucedidas no Prêmio de Desempenho Ambiental 2012
Economia sustEntávEl
2 Bahia Indústria
PROCURE A UNIDADE DO SESI MAIS PRÓXIMA OU ACESSE O S ITE : WWW.FIEB.ORG.BR/SESI
E S C O L H A U M A M O D A L I D A D E E P A R T I C I P E .
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VÔLEI
TÊNIS DE MESA
XADREZ
VÔLEI DE PRAIA
NATAÇÃO
TÊNIS
Sustentabilidade e comprometimento ambientalA questão ambiental há muito deixou de ser mera coadjuvante na
rotina e prática das empresas industriais para se tornar atividade-
-fim, quando não faz parte de todo o processo produtivo visando a
economia de recursos naturais e/ou o gerenciamento dos resíduos.
Para enfrentar estes problemas, as indústrias colocam em prática
ações de gerenciamento ambiental e de responsabilidade social
com o propósito de transformar rotinas ou gerar valores, visando
um comportamento mais conservacionista de seus colaboradores.
O Sistema FIEB, atento a esta necessidade de repensar a equa-
ção entre prática produtiva e redução das emissões de resíduos
tóxicos, implantou o Prêmio de Desempenho Ambiental, que este
ano completou 10 anos.
Na edição de 2012, quatro iniciativas de grandes empresas fo-
ram premiadas dentro do tema Economia Verde – Braskem, Deten,
Veracel e Coelba – e uma pequena empresa – a Salve Terra –, que
produz usando material reciclado. Os prêmios foram entregues no
dia 16 de agosto e mostraram que existe espaço para a produção de
bens e serviços ambientais de baixo impacto. Da mesma forma, as
iniciativas premiadas demonstram uma preocupação em semear
a conscientização ambiental, seja no ambiente corporativo ou nas
comunidades nas quais estão inseridas, por meio de iniciativas
pedagógicas ou lúdicas, prova de que há vários caminhos a serem
percorridos.
A temática ambiental, longe de ser algo distante e alheio à rea-
lidade da indústria, passou a fazer parte das rotinas corporativas
e preocupação primordial em um cenário onde a competitividade
passa também pela conquista de padrões internacionais de ge-
renciamento das emissões e pela disseminação de uma cultura
empresarial que preza pela responsabilidade de suas ações e um
comprometimento com a sustentabilidade.
Durante a Rio +20, realizada em junho deste ano, no Rio de Ja-
neiro, a indústria assumiu uma postura protagonista em relação
aos destinos do setor em relação à questão ambiental. O Sistema
FIEB caminha alinhado com as diretrizes da indústria nacional ao
assumir seu papel de estimular seus associados a se compromete-
rem na adoção de práticas socioambientais saudáveis por meio de
ações como o Prêmio de Desempenho Ambiental, que convida as
empresas industriais baianas a desenvolverem tecnologias limpas
e a adotarem posturas ambientalmente responsáveis.
EDitoRial
O Sistema FIEB caminha alinhado com as diretrizes da indústria nacional ao assumir seu papel de estimular seus associados a se comprometerem na adoção de práticas socioambientais responsáveis
Ampliar a produção, gerando menor
impacto ambiental, graças a um
monitoramento minucioso dos
processos e emissões, tem sido a
tônica do setor industrial
4 Bahia Indústria
SindicatoS filiadoS à fiEBSindicato da indúStria do açúcar e do Álcool no eStado da Bahia, sindacucarba@fieb.org.br / Sindicato da indúStria de Fiação
e tecelagem no eStado da Bahia, sindfiacaoba@fieb.org.br / Sindicato da indúStria do taBaco no eStado da Bahia, sinditabaco@fieb.org.br / Sindicato da indúStria do curtimento de couroS e PeleS no eStado da Bahia,sindicouroba@fieb.org.br / Sindicato da
indúStria do VeStuÁrio de SalVador, lauro de FreitaS, SimõeS Filho, candeiaS, camaçari, diaS d’ÁVila e Santo amaro, sindvest@fieb.org.br / Sindicato daS indúStriaS grÁFicaS do eStado da Bahia, sigeb@terra.com.br / Sindicato da indúStria de extração de
ÓleoS VegetaiS e animaiS e de ProdutoS de cacau e BalaS no eStado da Bahia, sindioleosba@fieb.org.br / Sindicato da indúStria da
cerVeja e de BeBidaS em geral no eStado da Bahia, sindcerbe@bol.com.br / Sindicato daS indúStriaS do PaPel, celuloSe, PaPelão,
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triaS do trigo, milho, mandioca e de maSSaS alimentíciaS e de BiScoitoS no eStado da Bahia, sindtrigoba@fieb.org.br / Sindicato
da indúStria de mineração de calcÁrio, cal e geSSo do eStado da Bahia, sindicalba@fieb.org.br / Sindicato da indúStria da conS-
trução do eStado da Bahia, secretaria@sinduscon-ba.com.br / Sindicato da indúStria de calçadoS, SeuS comPonenteS e arteFatoS
no eStado da Bahia, sindcalcadosba@fieb.org.br / Sindicato daS indúStriaS metalúrgicaS, mecânicaS e de material elétrico do
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Sindicato daS indúStriaS de SaBõeS, detergenteS e ProdutoS de limPeza em geral e VelaS do eStado da Bahia, sindisaboesba@fieb.org.br / Sindicato daS indúStriaS de SerrariaS, carPintariaS, tanoariaS e marcenariaS de SalVador, SimõeS Filho, lauro
de FreitaS, camaçari, diaS d’ÁVila, Sto. antônio de jeSuS, Feira de Santana e Valença, sindiscamba@fieb.org.br / Sindicato daS
indúStriaS de FiBraS VegetaiS no eStado da Bahia, sindifibrasba@fieb.org.br / Sindicato da indúStria de PaniFicação e conFeitaria
da cidade do SalVador, sindpanssa@uol.com.br / Sindicato da indúStria de ProdutoS QuímicoS, PetroQuímicoS e reSinaS Sintéti-
caS do eStado da Bahia, sinpeq@coficpolo.com.br / Sindicato da indúStria de material PlÁStico do eStado da Bahia, sindiplasba@sindiplasba.org.br / Sindicato da indúStria de ProdutoS de cimento no eStado da Bahia, sinprocimba@fieb.org.br / Sindicato da
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coS Para FinS induStriaiS e de ProdutoS FarmacêuticoS do eStado da Bahia, adm@quimbahia.com.br / Sindicato da indúStria de
mÁrmoreS, granitoS e SimilareS do eStado da Bahia, simagranba@fieb.org.br / Sindicato da indúStria alimentar de congeladoS,
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e deriVadoS do eStado da Bahia, sincarba@fieb.org.br / Sindicato da indúStria do VeStuÁrio da região de Feira de Santana, sind-vestfeira@fbter.org.br / Sindicato da indúStria do moBiliÁrio do eStado da Bahia, moveba@fieb.org.br / Sindicato da indúStria
de reFrigeração, aQuecimento e tratamento de ar do eStado da Bahia, sindratar@gmail.com.br / Sindicato daS indúStriaS de
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to daS indúStriaS de aParelhoS elétricoS, eletrônicoS, comPutadoreS, inFormÁtica e SimilareS doS municíPioS de ilhéuS e
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sistema fieb nas mídias sociais
IEL Bahia premia
empresas por
desenvolverem
boas iniciativas
de estágio.
Melhores práticas
Presidentes da
CNI e de 19
federações
conheceram o
SENAI Cimatec.
institutos de inovação
O presidente do Sistema FIEB, José de
Freitas Mascarenhas, lançou o Programa
de Interiorização em Feira de Santana,
em 21 de agosto, para ampliar a oferta de
serviços oferecidos ao setor industrial.
sisteMa FieB aMplia sua presença no interior
Gestores do Serviço Social da Indústria
da Bahia (SESI Bahia) estão realizando
seminários para repensar os serviços
oferecidos à comunidade e preparar a
instituição para os desafios do futuro.
sesi planeja ações para repensar o Futuro
Prêmio destaca
boas iniciativas
desenvolvidas
pela indústria
baiana para
reduzir o impacto
ambiental
deseMpenho aMBiental
sumáRio agO/SEt/Out 2012
14
unidade da deten
química, no Polo
de camaçari
Foto: joão Alvarez
24
16
6 10
6 Bahia Indústria
Projetando o amanhãSESI realiza planejamento estratégico para repensar seu modelo de gestão para os próximos 15 anos em um país que sofrerá profundas transformações
por patrícia moreira Fotos João alvarez
a sociedade se transforma
a passos largos e o SESI
quer estar afinado para
acompanhar estas trans-
formações no campo da educação
e da qualidade de vida, sem perder
de vista a sua visão e fundamen-
tos. É por esta razão que está em
curso, desde março, o programa
de Planejamento Estratégico do
SESI, que projeta ações para a ins-
tituição para os próximos 15 anos.
De 31 de julho a 2 de agosto, o
programa realizou o primeiro se-
minário, quando a equipe de con-
sultores da Fundação Politécnica
da Universidade Federal da Bahia
(Ufba), sob a coordenação do pro-
fessor e ex-reitor Naomar Almeida,
que auxilia o SESI neste trabalho,
apresentou o primeiro diagnósti-
co para a equipe de gestores. Foi
o primeiro de um total de quatro
encontros, que acontecem até no-
vembro. “Ainda tem um percurso
a se percorrer e entendo que é um
momento importantíssimo que
pode fazer com que a gente altere
a velocidade da roda ou até altere
a roda”, observou o superinten-
dente do SESI, Wagner Fernandes.
Os primeiros diagnósticos si-
nalizam para a necessidade de se
implantar um centro de pesquisa
do SESI e de firmar parcerias pa-
ra dar mais capilaridade aos ser-
viços prestados pela instituição.
“Já identificamos que não temos
braços nem recursos para atender
todas as indústrias com serviços
próprios, vamos precisar de alia-
dos”, explica o superintendente,
adiantando algumas ideias que já
começam a despontar dos primei-
ros diagnósticos técnicos.
No seminário, que reuniu co-
mo palestrantes o professor José
Pastore, que falou sobre Educação
Básica como fator de competitivi-
dade para a indústria e a coorde-
nadora do Instituto Ayrton Senna,
Inês Kisil Miskalo (ver entrevista),
que falou sobre a experiência do
Instituto com um modelo de resul-
tados em escala, os consultores da
Ufba apresentaram um amplo es-
tudo sobre o panorama industrial,
as perspectivas de mudanças de
paradigmas em termos de gestão, considerações em
relação à educação e qualidade de vida.
Além destas colaborações, o coordenador do Nú-
cleo Estratégico do SENAI, Luís Breda, falou do pro-
cesso de planejamento adotado pela instituição. A
ideia foi mostrar como o SENAI vem trabalhando, já
que a proposta é que cada vez mais as duas unidades
trabalhem aliadas, em modelo de sistema, especial-
mente por conta da questão de qualificação e das de-
mandas comuns às duas casas.
CENÁRIOSO I Seminário de Planejamento Estratégico – SESI
15 anos funcionou como um encontro de aglutinação,
após um período de reflexão e troca de experiências,
iniciado em outubro de 2011. A julgar pelos cenários
apresentados pelo professor Rogério Quintella, que
traçou um panorama da evolução tecno-econômica
da humanidade e abordou as mudanças de paradig-
ma que marcaram esta evolução, as lideranças do
SESI têm pela frente grandes desafios.
Bahia Indústria 7
naomar
Almeida
coordena
equipe que
ajuda a pensar
o sesi do
futuro
o sesi está repensando seu pro-
grama de educação e qualidade de
vida e a senhora trouxe para o úl-
timo encontro do Planejamento es-
tratégico sesi 15 anos a experiên-
cia de 18 anos do instituto Ayrton
senna, que mensagem o instituto
trouxe para os gestores do sesi?
inês Kisil miskalo – O instituto se
caracteriza por desenhar soluções
para o país. Quando começou es-
te trabalho, a ideia era recuperar
o fluxo escolar de crianças que
estavam atrasadas na escola por
meio do programa Acelera Brasil.
Depois, percebemos que era im-
portante formar os educadores, os
profissionais, então, fomos crian-
do para evitar chegar no Acelera
Brasil. A criança que não está alfa-
betizada, mais cedo ou mais tarde
vai ficar com distorção, então, nós
começamos a investir em outras
ações que pudesse ajudar o país,
os estados, os municípios a evitar
aquela situação. Hoje a gente tra-
balha mais na gestão do processo
educacional no sentido de que se
você adotar práticas gestoras, vo-
cê terá uma eficiência maior na
educação. O instituto tem mostra-
do para as redes e para as pessoas
que é importante avaliar, usar a
“Pensar em escala é umaopção paraotimizarrecursos”Inês Kisil Miskalo, coordenadora
da área de educação formal do
Instituto Ayrton Senna, falou sobre
as experiências bem-sucedidas da
entidade na área de educação
No cenário traçado para o Bra-
sil em 2027, ano para o qual está
sendo pensado o novo formato do
SESI, a realidade será bem dife-
rente da atual. Segundo Quintella,
o país deixará de ser um país de
analfabetos, terá um padrão eu-
ropeu de renda per capita e dois
terços de sua população na clas-
se C. No campo da produção e da
gestão, ele aponta que os padrões
mundiais estarão fortemente re-
lacionados à sustentabilidade de
gestão de processos.
Do ponto de vista laboral, Na-
omar Almeida sinaliza mudanças
ainda mais profundas. “Em 2027,
o perfil do trabalhador na indús-
tria será muito diferente do que
é agora, mais especializado para
atuar numa estrutura muito mais
flexível. Vai desaparecer a figu-
ra do industriário que orientou o
modo como o sistema “S” da in-
dústria se estruturou. Trata-se de
um paradigma tecno-econômico
totalmente distinto, de forma que
se as instituições não se anteci-
parem estarão funcionando em
dissonância com a realidade que
a cerca”, explica Naomar Almeida.
Em relação ao SESI, ele explicou
que o encontro é uma primeira fa-
se de diagnóstico interno. “O foco
que a instituição tem utilizado com
trabalhador/indústria e empresa/
empresário não permite esta mu-
dança de escala que precisa ser fei-
ta. Algumas possibilidades estão
abertas e são oportunidades para o
SESI pensar como vai-se organizar
daqui a 15 anos”, acrescentou.
8 Bahia Indústria
avaliação como um diagnóstico, trabalhar de forma
planejada, estabelecer metas, avaliar o processo e fa-
zer as correções necessárias.
em que aspecto o instituto Ayrton senna pode cola-
borar com a experiência do sesi?
iKm – A solicitação foi para que a gente pensasse na
questão de escala, ou seja, como equacionar neces-
sidades com recursos. E a escala é uma solução para
se otimizar recursos. Fazer um trabalho para poucos,
não é o que o país precisa pois custa mais caro. Pen-
sar escala, que é o que o SESI está atualmente fazen-
do, é pensar ações em educação, em modelos, que
possam ser replicáveis e o instituto foi convidado,
porque nossa escala é sempre pensar em ações para
o país e nunca para um único local. Aí é que houve
esse casamento entre o planejamento estratégico do
SESI com o que o instituto pode contribuir.
quais são os grandes desafios que a educação brasi-
leira ainda tem pela frente?
iKm – A gente fala muito da falta de qualidade, só que
a falta de qualidade é consequência da falta de ações
ou de um processo onde a educação nunca foi olhada
com a devida atenção. Pensar educação para muitos
é pensar de forma organizada, planejada, sistemati-
zada, e a educação no país fica muito à deriva das
pessoas que estão lá na frente e não exatamente como
uma política educacional. Acho que falta para o país
um projeto de nação, onde as ações não vão morrer
como ações, vão ter que existir como políticas públi-
cas educacionais para todos e não para poucos.
no brasil, nós ouvimos falar de um projeto de nação
desde que se decretou a independência. será que
ainda vamos ouvir falar por muito tempo da necessi-
dade de um projeto de nação?
iKm – Espero que não. Eu acho que a gente já cami-
nhou bastante. A educação, agora, é um assunto que
está dominando muito as conversas populares, não
é uma coisa só de educador. A gente tem muita gente
pensando e querendo fazer a educação. O que a gen-
te não pode é ficar fazendo uma discussão teórica da
educação, precisa sair da teoria e por o pé no chão.
Como é que aquelas teorias educacionais, aquelas
discussões metodológicas acontecem de fato na esco-
la e garantem que a criança aprenda. Elas precisam
ter gestão e isso não é uma cultura da educação do
país, fazer o gerenciamento. Se a gente conseguir im-
plantar isso, fazer os educadores se comprometerem
com o resultado, com um pacto nacional de compro-
misso com a criança, a gente vai sair do discurso e
fazer com que as coisas se desloquem. Só que não vai
poder ser muito demorado; às vezes as coisas andam
muito devagar.
na sua palestra, a sra. fala da dificuldade de traba-
lhar com os governos. como transformar isso?
iKm – Quando a gente trabalha com governos, a gente
tem que trabalhar não como projeto de uma gestão,
daquele secretário, daquele governo, mas do estado,
do município, e fazer com que as pessoas se sintam
também donas do projeto. Essa mobilização social é
que vai fazer com que a educação mude e deixe de
ter ações isoladas e passe a ser uma ação em forma
de política pública. A educação tem dado certo onde
a sociedade se empenha mais e cobra a solução do
poder público. [bi]
inês miskalo
defende que
o foco deve
estar na gestão
pedagógica
circuito
Bahia Indústria 9
ministra diz que o ViraVida é modelo“O principal programa que o Brasil tem de construção
de oportunidades para meninos e meninas em
situação de exploração sexual não é organizado pelo
governo brasileiro, é organizado pelo SESI.” A
afirmação é da ministra de Direitos Humanos, Maria
do Rosário, em referência ao projeto ViraVida. Para
ela, é um exemplo de boa prática para o governo
federal no enfrentamento da exploração sexual de
adolescentes e jovens. “Queremos que o ViraVida
inspire iniciativas do governo para que possamos
estender o projeto com a tecnologia que ele produziu”,
destacou. A ministra quer desenvolver um plano de
ação de proteção a crianças e adolescentes com foco
no Mundial de 2014.
“se a culpa é Minha, eu coloco eM queM eu quiser.”
homer simpson, personagem de sitcom americana, “autor” da frase que se presta ao ambiente corporativo.
por cleBer Borges
burocracia afeta 90% das indústriasNove em cada dez indústrias
brasileiras são prejudicadas pelo
excesso de burocracia, com
elevação de custos, desvio de
recursos das atividades produtivas
e menos investimentos. As
informações são da Sondagem
Especial Burocracia, feita pela
Confederação Nacional da
Indústria. A pesquisa ouviu
2.388 industriais: 1.835 do setor
de transformação, 116 do
extrativo e 437 da construção.
Para 85% dos empresários, o
número excessivo de obrigações
legais é o que mais atrapalha. Em
segundo lugar (56%), vem a
complexidade das obrigações
legais e, em terceiro (41%), a alta
frequência das mudanças. A
burocracia também prejudica a
obtenção de licenças e alvarás.
cozinha brasil em moçambique
A experiência do programa de educação alimentar Cozinha
Brasil, desenvolvido pelo SESI, será aproveitada no treinamento
de merendeiras em Moçambique, conforme acordo de
cooperação técnica que o governo brasileiro está formalizando
com aquele país. Técnicos do SESI, da Agência Brasileira de
Cooperação (ABC), ligada ao Ministério das Relações Exteriores,
e do Programa Mundial de Alimentação da ONU discutirão as
bases do acordo para implantar o programa em Moçambique,
um dos países mais pobres do mundo. O Cozinha Brasil, que
orienta famílias sobre como evitar desperdícios e obter
alimentação saudável, se adequa ao programa de alimentação
escolar, observou o técnico da ABC, Armando Cardoso.
uma vitória do empresariadoO secretário da Fazenda do
Estado, Luiz Alberto Petitinga,
retirou o caráter de urgência do
Projeto de Lei nº 19.825/2012, que
tramitava na Assembleia
Legislativa, atendendo à demanda
do Fórum Empresarial da Bahia. O
projeto institui o arrolamento de
bens e direitos de grandes
devedores para assegurar o
patrimônio necessário ao
pagamento de crédito tributário. O
Estado passaria a ter o poder de
arrolar o bem de um devedor,
mesmo que a ação ainda
tramitasse na esfera
administrativa. O projeto define o
valor de R$ 500 mil a partir do
qual o devedor será passível do
arrolamento. A legislação federal
estabelece um limite quatro vezes
maior, de R$ 2 milhões.
10 Bahia Indústria
Fortalecer a representativida-
de e ampliar a presença do
Sistema FIEB e de seus ser-
viços na região que detém o
quarto maior PIB (Produto Interno
Bruto) do estado estão entre as ra-
zões que levaram o Sistema FIEB
a implantar seu Programa de In-
teriorização na região de Feira de
Santana. Esta foi a terceira região
do estado a receber o programa,
que já fincou bases no oeste da
Bahia, em 15 de abril de 2011, e na
região sul, em 1º de dezembro de
2011. Além das unidades do SENAI
e do SESI, já existentes na região,
Feira de Santana passará a contar
agora com uma representação do
por patrícia moreiraFotos João alvarez
da unidade do SENAI Feira e de R$ 15 milhões na im-
plantação de uma unidade da escola de Educação
Básica articulada com Educação Profissional (Ebep),
que vai reunir sob uma mesma proposta pedagógica
o ensino convencional e tecnológico, fruto de uma
afinada parceria entre SESI e SENAI.
Com mais de 550 mil habitantes e um PIB da ordem
de US$ 6,4 bilhões, Feira de Santana é um dos muni-
Programa de Interiorização vai melhorar
o atendimento e a oferta de serviços na região
FIEB amplia presença em Feira
Centro das Indústrias do Estado
da Bahia (CIEB), que será condu-
zida localmente por João Batista
Ferreira, que foi apresentado du-
rante o lançamento do programa.
Seu papel será o de atuar como ar-
ticulador das demandas da região
com a Federação das Indústrias,
que trabalhará em parceria com o
Centro das Indústrias de Feira de
Santana (CIFS), presidido por An-
dré Régis.
Na prática, o programa lançado
no dia 21 de agosto pelo presidente
do Sistema FIEB, José de Freitas
Mascarenhas, traduz-se, no curto
e médio prazos, por investimentos
de R$ 6 milhões na requalificação
Bahia Indústria 11
cípios que mais crescem no estado. Sua economia é
caracterizada pelo setor de serviços, especialmente o
comércio, mas o setor industrial participa com 24%
do PIB do município. As perspectivas para a região
são otimistas: entre 2002 e 2009, a economia local
cresceu à taxa média anual de 7,2%, superior ao cres-
cimento médio da economia baiana. Parte da expli-
cação para o crescimento feirense está na atração de
empresas industriais de porte, como a planta da Nes-
tlé e a fábrica da Belgo Bekaert, além da ampliação
da Pirelli Pneus.
O lançamento do Programa de Interiorização da
FIEB reuniu empresários e lideranças do setor produ-
tivo da região, vice-presidentes e diretores da FIEB,
além de superintendentes. Durante a permanência
em Feira de Santana, o presidente José Mascarenhas
esteve em contato com os empresários e industriais
feirenses e ouviu as principais demandas do seg-
Presidente
visitou fábrica
de pneus da
tyres, antes da
solenidade com
empresários
mento e se comprometeu a continuar atuando como
interlocutor para tentar atendê-las. Ele visitou, pela
manhã, o Centro Industrial do Subaé e constatou
as condições infraestruturais. Ele defendeu que o
estado faça a sua parte para assegurar o bom fun-
cionamento do distrito industrial, lembrando que a
situação se repete em outras regiões. “A situação é
a mesma em Aratu, em Ilhéus. O industrial tem que
contribuir com impostos, mas o estado tem que asse-
gurar a infraestrutura.”
CADEIA AUTOMOTIVAO presidente da FIEB, que também visitou pela
manhã a fábrica de pneus sólidos Standard Tyres,
sediada no CIS, maior fabricante de pneus especiais
da América Latina, citou a empresa como exemplo
pela excelência dos serviços. A Tyres é uma empresa
100% nacional que exporta para vários países. Para
José Mascarenhas, este é um referencial a ser segui-
do: “Quem puder exportar, exporte, não somente por-
que é um mercado que não tem limites, mas porque é
também um caminho para se buscar a excelência na
produção”, destacou.
Entre as áreas que vão merecer especial atenção por
parte da FIEB está o apoio à indústria de pneus, plás-
tico e automotiva, conforme destacou o presidente. A
ideia é fortalecer a cadeia automotiva na Bahia. “Que-
remos baianizar a produção de automóveis”, frisou
Mascarenhas. Para que isso aconteça, a FIEB estará
auxiliando as empresas interessadas em se qualificar
para ingressar nesta cadeia por meio das atividades
desenvolvidas pelo IEL, que atua na capacitação e
qualificação de fornecedores para grandes indústrias
do setor e apoio à inovação, além da intermediação de
estágio/formação de talentos; e pelo SENAI e SESI.
O SESI Feira atendeu, de janeiro a julho deste
ano, 343 empresas, nas áreas de Segurança e Saúde
do Trabalhador, Lazer, Educação e Responsabilida-
de Social, beneficiando um total de 57.775 trabalha-
dores. Com uma área superior a 16 mil m², o SENAI
Feira, por sua vez, possui 24 laboratórios, 11 salas de
aula e matricula mais de 1.200 alunos/ano em cursos
de Aprendizagem Industrial e de Qualificação Profis-
sional, básica e gratuita, preferencialmente em áreas
transversais (como usinagem, logística, automação,
manutenção mecânica e tecnologia da informação).
Com a requalificação da unidade, a capacidade será
ampliada. O projeto de ampliação deverá ser concluí-
do este ano, com início de obra previsto para 2013. [bi]
12 Bahia Indústria
ABIC/DIVuLGAçãO
melhorar a
qualidade do
café nacional
e investir na
inovação foram
temas tratados
na reunião
da Abic
rumos e perspectivasO Sindileite realizou, dias
28, 29 e 30 de setembro, o 3º
Encontro das Indústrias Baia-
nas do Setor de Leite e Deri-
vados, no Hotel Catussaba,
em Stella Maris. O objetivo foi
discutir os rumos e perspecti-
vas do setor, abordando temas
como sustentabilidade, trata-
mento dos resíduos líquidos
industriais, desafios e opor-
tunidades de mercado, design
e inovação. No encerramento
do evento, Paulo Cintra, que
foi reconduzido à presidência
por mais um mandato, tomou
posse para o exercício 2012-
2015, juntamente com a nova
diretoria. O sindicato comemo-
rou o aumento do número de
associados de 67 para 108 nos
últimos três anos.
convenção coletivaAs empresas que desejarem
obter mais informações e co-
nhecer a Convenção Coletiva de
Trabalho (CCT) 2012/2013, assi-
nada entre o Sindicato das In-
dústrias de Fibras Vegetais no
Estado da Bahia (Sindifibras) e
o Sindicato dos Trabalhadores
na Indústria de Fiação, Tecela-
gem e Similares do Estado da
Bahia (Sinditextil), já podem
acessar o documento no site do
sindicato (www.sindifibrasba.
com.br). A convenção tem vi-
gência até 30 de abril de 2013.
eleição no sindicalSérgio Pedreira foi recondu-
zido à presidência do Sindica-
to da Indústria de Mineração,
Calcário, Cal e Gesso (Sindical-
-BA), no dia 20 de setembro. A
posse será dia 6 de novembro.
Menos rigor na concessão de crédito para os pequenos e médios pro-
dutores e políticas de fomento à inovação foram temas discutidos du-
rante a Reunião Regional Bahia da Associação Brasileira da Indústria
de Café (Abic), dia 30 de agosto, na sede da Federação das Indústrias
da Bahia. O evento foi uma oportunidade para se discutir demandas e
alternativas para o aumento da competitividade do segmento. De acordo
com o presidente da ABIC, Américo Sato, as condições de competitivida-
de mudaram com a desoneração do PIS/COFINS, criando novos desafios
para o setor. Na Bahia, o setor enfrenta um fator a mais, que é a estia-
gem. De acordo com o presidente do Sincafé, Antônio Almeida, houve
uma redução da produção, encarecendo o preço do café local. Durante
o evento, o SENAI apresentou seus serviços de apoio à inovação. O setor
volta a se reunir durante o 20º Encontro Nacional das Indústrias de Café
(Encafé), o maior evento do setor no Brasil, no Iberostar Bahia, de 28 de
novembro a 2 de dezembro. Mas informações www.abic.com.br.
Abic quer mais crédito para o café
sindicatos
sindibrita promove palestras técnicasO Sindicato da Indústria de Mineração de Pedra Britada do Estado
da Bahia (Sindibrita) realizou, na FIEB, duas palestras técnicas sobre
o uso de agregados em revestimentos asfálticos e as mudanças nas leis
ambientais do estado. “A evolução do conhecimento faz com que os em-
presários acompanhem as mudanças, se atualizem quanto às novidades
nesta área e melhorem os produtos e a forma de atuar”, disse o presiden-
te do Sindibrita Fernando Jorge Carneiro.
Bahia Indústria 13
a Federação das Indústrias do
Estado da Bahia (FIEB) in-
gressou no Supremo Tribu-
nal Federal (STF), na qualidade de
amicus curiae, nas Ações Diretas
de Inconstitucionalidade (Adin)
movidas pelo governo de São Pau-
lo, que tenta derrubar a política de
incentivos fiscais oferecida pela
Bahia.
A FIEB representa o interesse
da indústria, um dos principais
segmentos atingidos, caso a Corte
Federal reconheça a inconstitu-
cionalidade da política de incen-
tivos com base na desoneração
do ICMS, praticada pelo estado
da Bahia há mais de dez anos. Na
opinião do presidente da FIEB, Jo-
sé de Freitas Mascarenhas, o ques-
tionamento pode criar um clima
de insegurança jurídica, a partir
do momento em que muitas indús-
trias beneficiam-se destes incenti-
vos fiscais.
As ações, que foram impetra-
das no dia 10 de agosto, atingem
não apenas a Bahia, mas também
os estados do Amazonas, Santa
Catarina, Mato Grosso do Sul e Rio
de Janeiro. Em relação à Bahia,
estão sendo questionados a Lei
7.980/01 e o Decreto 8.205/02, que
instituem o Programa de Desen-
volvimento Industrial (Desenvol-
ve) e estabelecem possibilidades
de crédito presumido de ICMS e
de tratamento diferenciado. O go-
FIEB defende a política de incentivos fiscais da BahiaFederação ingressou como amicus curiae nas ações de inconstitucionalidade movidas pelo Governo de São Paulo contra legislação estadual
murilo xavier
explica que
a bahia pode
ser bastante
afetada pela
medida
verno de São Paulo alega que a
concessão de crédito presumido
e o diferimento do recolhimento
do ICMS contrariam as normas do
Conselho de Política Fazendária
(Confaz), que prevê aprovação por
unanimidade para validar políti-
cas de incentivos fiscais, confor-
me previsto na Lei Complementar
24, de 1975.
Murilo Xavier, diretor e coor-
denador do Conselho de Assuntos
Fiscais e Tributários da FIEB ex-
plica que a Lei 7.980/01 e o Decreto
8.205/02 foram de grande impor-
tância para ampliar e diversificar
a matriz industrial do estado.
O instrumento de amicus
curiae ("amigo da corte") é a in-
tervenção assistencial em proces-
sos de controle de constituciona-
lidade por entidades representati-
vas para se manifestar nos autos
sobre questão de direito pertinen-
te à controvérsia constitucional.
Não são partes dos processos;
atuam apenas como interessados
na causa. [bi]
14 Bahia Indústria
por carol mendonçaFotos João alvarez
O SENAI projeta realizar investimentos de
R$ 1,2 bilhão na construção de pelo menos
43 institutos de tecnologia e 23 institutos
de inovação em todo o país, nos próximos
cinco anos. Considerado a mais avançada unidade do
SENAI no país, o Centro Integrado de Manufatura e
Tecnologia (SENAI Cimatec), que se destaca pelo mo-
delo de integração entre formação profissional, ofer-
ta de serviços tecnológicos e realização de pesquisa
aplicada, foi escolhido para sediar o encontro, que
reuniu 19 presidentes de federações de indústrias, no
dia 6 de agosto, em Salvador.
O encontro dos presidentes contou com a presença
do presidente da Confederação Nacional da Indústria
(CNI), Robson Braga de Andrade, que reconheceu a
excelência do trabalho desenvolvido na unidade do
SENAI Bahia. “Não conhecia de perto o Cimatec; a
gente fica empolgado com o trabalho que se faz aqui,
é o sonho que a gente persegue para a indústria na-
cional”, declarou o presidente da CNI, ao final de
uma visita guiada aos laboratórios, salas de aula e
núcleos de pesquisa da unidade.
O presidente da Federação das Indústrias do Cea-
rá, Roberto Macêdo, declarou que estava aguardan-
do a visita ao Cimatec antes de pensar em implantar
qualquer projeto de centro tecnológico no seu esta-
do. “Conhecer o modelo de funcionamento do Cima-
tec foi fundamental”, explicou. Os representantes
FIEB recebeu presidente da CNI e de 19 federaçõesEncontro discutiu a implantação de institutos de tecnologia e inovação nas unidades do SENAI Bahia
Presidentes
de federações
de indústrias
vieram à bahia
conhecer o
cimatec
foram recebidos pelo presidente da Federação das
Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), José de Frei-
tas Mascarenhas, que ressaltou o compromisso que
esta iniciativa representa. “Este é um programa de
extrema importância para o Brasil, que está atrasa-
do em inovação, e agora nossa responsabilidade é
enorme, pois o governo federal nos deu a confiança
e escolheu o SENAI para desenvolvê-lo”, afirmou o
presidente da FIEB.
INVESTIMENTOSDo montante de R$ 1,2 bilhão de investimento des-
tinado ao sistema SENAI, a Bahia receberá R$ 200 mi-
lhões, sendo R$ 120 milhões do SENAI nacional e R$
80 milhões de investimentos próprios, que serão apli-
cados no Cimatec e em sete institutos de tecnologia e
inovação. Isso tornará possível a implantação de du-
as novas unidades no oeste da Bahia (Barreiras e em
Luís Eduardo Magalhães); uma no sul, entre Ilhéus e
Itabuna; uma no sudoeste; além de uma nova unidade
em Juazeiro e da ampliação da agência de Camaçari.
Bahia Indústria 15
Também estão sendo projetadas
uma unidade para atender ao Polo
Naval e uma outra, ainda em estu-
do, para o extremo sul do estado.
Parte do Programa SENAI de
Apoio à Competitividade da In-
dústria, os institutos de inova-
ção e tecnologia vão atender às
demandas do setor industrial,
oferecendo serviços tecnológicos
de alto valor agregado e desen-
volvendo pesquisa aplicada de
produtos e processos em áreas de
conhecimentos transversais. “Os
centros vão atuar em rede com as
empresas, universidades e outros
institutos tecnológicos, criando
zonas de inovação e incentivando
a retenção de talentos na indús-
tria”, disse o diretor nacional do
SENAI, Rafael Lucchesi. [bi]
16 Bahia Indústria
heque Verde, Se eu Fosse uma Flores-
ta, Lixo ou Luxo. Estes são os títulos
de três dos quatro projetos vencedo-
res da 10ª edição do Prêmio de De-
sempenho Ambiental, que elegeu co-
mo tema deste ano Economia Verde.
Despertar a sensibilidade e promover
a conscientização de quem vive no entorno das fá-
bricas ou simplesmente consome os produtos que
a indústria produz está por traz deste conceito, que
ampliou o leque de possibilidades e abriu caminho
para novas iniciativas.
O princípio não sugere grandes revoluções. Ba-
seia-se no conceito de que nada se perde, tudo se
recicla, mas agrega a certeza de que um pouco de
criatividade pode ajudar – e muito – a superar certos
desafios. A Salve Terra, por exemplo, vencedora na
categoria pequena empresa, utiliza materiais reciclá-
veis na confecção de seus produtos.
A Deten destina parte dos seus resíduos para en-
volver seus colaboradores em um trabalho de respon-
sabilidade social e de conscientização ambiental,
que se reverte em doação de recursos para institui-
ções sociais. A Veracel apostou na reprodução do am-
biente da Mata Atlântica para despertar o sentimento
de preservação das florestas ao trazê-la para mais
perto das pessoas. E a Coelba não hesitou em colocar
suas fichas no seu maior projeto de geração de ener-
gia solar, o Projeto Pituaçu Solar, que foi destacado
com uma Menção Honrosa.
Com enfoque mais tradicional, a Braskem apre-
sentou um amplo programa de gerenciamento de
emissões atmosféricas com resultados animadores e
com benefícios extensivos à sua cadeia de fornecedo-
res. Embora batizado com um nome mais técnico, o
Projeto Gestão de Emissões Atmosféricas na Unidade
de Insumos Básicos da Bahia também prevê ações de
reciclagem e reaproveitamento de materiais já utili-
por patrícia moreiraFotos João alvarez
10ª edição do Prêmio de Desempenho Ambiental destacou-se por premiar iniciativas voltadas para a educação e a redução do impacto ambiental
márcia e
Guilherme
menezes estão
por trás do
projeto que
resultou na
salve terra
Economia
vErdE, fonte rENOvávEl
Bahia Indústria 17
salvE tERRaLixo ou luxo
A Salve Terra é uma pequena empresa
e concorreu com um projeto que consiste
em transformar material reciclável em
roupas, bijuterias, objetos de decoração e
embalagens, dando um novo significado
a materiais que, após o primeiro uso, se-
riam devolvidos ao lixo. Assim, garrafas
PET são transformadas em bijuterias, vi-
ram embalagens para presentes ou trans-
formam-se em flores. A empresa também
tem ações de conscientização ambiental
e atua desenvolvendo oficinas de recicla-
gem em comunidades de baixa renda.
18 Bahia Indústria
zados, gerando grandes benefí-
cios ao meio ambiente.
O prêmio foi entregue no dia
16 de agosto, em solenidade rea-
lizada na sede da Federação das
Indústrias do Estado da Bahia.
Para Irundi Edelweiss, presidente
do Conselho de Meio Ambiente da
FIEB, responsável pela promo-
ção do Prêmio de Desempenho
Ambiental, os ganhos vão além
da simples premiação. “Além
do papel tradicional da missão
desse evento, que é difundir os
Julgadora do Prêmio FIEB, Arlin-
da Coelho, a agenda de desenvol-
vimento sustentável da indústria
baiana apresenta grandes desa-
fios e numerosas oportunidades.
“O Prêmio FIEB é uma dessas
oportunidades de assumir a li-
derança na mobilização do setor
produtivo, visando demonstrar
os avanços alcançados pela in-
dústria baiana na área de susten-
tabilidade econômica/ambiental/
social”, destacou, ressaltando que
a escolha do tema economia verde
teve por objetivo estar em sintonia
com aquilo que a ONU define co-
mo uma economia “que resulta em
melhoria do bem-estar das pesso-
as, promovendo a equidade social
e reduzindo significativamente os
riscos ambientais, bem como a es-
cassez dos recursos naturais”.
FATOR DE COMpETITIVIDADECoordenador de Estudos de
Regulação do Instituto de Pesqui-
sa Econômica Aplicada (Ipea) no
Rio de Janeiro, Ronaldo Seroa da
Motta, que foi um dos palestran-
tes na solenidade de entrega do
prêmio, destaca que a indústria
do século 21 precisa produzir de
forma responsável e, mais que is-
so, ser protagonista na condução
das ações de preservação e cons-
cientização ambiental, seja na sua
postura interna quanto externa-
mente, adotando práticas e formas
de gestão dos recursos naturais
sustentáveis. “Não há dúvida que
o setor empresarial está muito ati-
vo numa agenda ambiental. A sua
participação, por exemplo, na Rio
+ 20, foi forte e protagonista. Hoje
é uma questão de competitivida-
de e reputação”, explica Ronaldo
Seroa da Motta, que é doutor em
Economia pela University College
London.
cuidados com o meio ambiente e
reconhecer e premiar as empresas
que se destacaram com projetos
específicos, este ano destacaria
a preocupação com a questão da
nova lei de resíduos sólidos com
reflexos no papel da indústria na
logística reversa de seus produ-
tos, isto é, uma preocupação por
gerar produtos quer possam ser
reciclados e reaproveitados.”
Para a gerente de Desenvol-
vimento Sustentável do Sistema
FIEB e presidente da Comissão
DEtEnCheque Verde
A Deten concorreu com uma iniciativa que direciona parte dos
resíduos destinados à reciclagem – a sucata metálica e o óleo lubri-
ficante – para um programa social gerido pelos trabalhadores da fá-
brica, o Cheque Verde. A renda apurada com a venda dos resíduos
é revertida para até quatro entidades sociais a cada ano. Em 2012,
o projeto conseguiu R$ 16 mil, que foi rateado entre quatro institui-
ções. A ideia de concorrer com o projeto teve por objetivo disseminar
a ideia que se reverte em benefício para as equipes envolvidas que
envolvem numa atividade de cunho social, com impacto sobre as co-
munidades que encontram-se no entorno da fábrica.
Angel
Fernandez,
Ana serra
e carlos
Pessoa,
da deten
química s.A.
Bahia Indústria 19
Na avaliação de Seroa, a realização de premiações
como a que a FIEB realiza e que este ano completou
uma década deve ser estimulada, pois gera bene-
fícios para as empresas e para a sociedade. O espe-
cialista observa que a questão ambiental pode repre-
sentar oportunidades: “Há um espaço produtivo para
a produção de bens e serviços ambientais de baixa
escala. O prêmio da FIEB mostra isto com seus pre-
miados”, avalia.
Mas para quem promove ações de sustentabili-
dade, os ganhos são vivenciados na prática. A con-
sultora interna de Proteção Ambiental, Segurança e
Qualidade da Deten e membro do comitê do projeto
desde 1998, Ana Serra, explica que o principal méri-
to da iniciativa é firmar um pilar de sustentabilidade
que envolve o trabalhador e o torna mais comprome-
tido. “O trabalhador tem orgulho da empresa na qual
trabalha, por isso a gente pede que ele participe do
projeto e indique as instituições que serão beneficia-
das”, revela.
Ana Serra explica que o objetivo de partidipar do
Prêmio FIEB foi também divulgar o projeto para ou-
tras empresas. “Porque é muito fácil para elas ade-
rirem. Se uma Braskem ou uma Dow resolver doar
comunidade
visita a
exposição
no núcleo
Florestal da
Veracel, em
eunápolis
vERacElSe eu Fosse uma Floresta
A Veracel Celulose concorreu com a expo-
sição itinerante Se eu Fosse uma Floresta, que
reproduz o ambiente da Mata Atlântica, inspira-
da no tema escolhido pela ONU (Organismo das
Nações Unidas) para 2011, Ano Internacional da
Floresta. A mostra, que percorre a cada seis me-
ses unidades da Veracel, fica montada durante
dois anos, aberta à visitação pública, tendo im-
pacto sobre os dez municípios do extremo-sul
na conscientização sobre a importância de se
preservar a floresta nativa. Atualmente a expo-
sição está montada no Núcleo Florestal da Vera-
cel em Eunápolis, onde ficará até abril do pró-
ximo ano. A equipe trabalha com a consultoria
da Árvore da Vida, de Minas Gerais. A proposta
é uma exposição interativa e que promova sen-
sações nos visitantes, despertando sua consci-
ência ambiental. Ela já recebeu 2.700 visitantes
e graças à participação da comunidade e cola-
boradores envolvidos foi possível minimizar os
impactos socioambientais, gerando mudança
de valores e de comportamento nos visitantes e
na comunidade. Fazem parte da ação resgatar o
sentimento de pertencimento e de preservação.
A mostra apresenta réplicas de animais da Mata
Atlântica e espécies da floresta.
ERNANDES ALCâNTARA /DIVuLGAçãO
20 Bahia Indústria
CASES PREMIADOS
catEGoRia GRanDE E mÉDia EmPREsa
»Produção Mais Limpa
»Braskem S/A
»Projeto Gestão de Emissões
Atmosféricas na Unidade de
Insumos Básicos
Responsável pelo projeto:
Sérgio Hortélio, engenheiro de
meio ambiente
menção honrosa: coelba
»Projeto Pituaçu Solar - Geração
de energia fotovoltaica em
estádio de futebol.
Responsável pelo projeto:
Ana Christiná Romano
Mascarenhas, assessora de
eficiência energética
»Projetos Cooperativos de Responsabilidade Socioambiental
»Deten Química S/A
»Projeto Cheque Verde
Responsável pelo projeto:
Carlos Luís Pellegrini Pessoa,
coordenador de proteção
ambiental, segurança e
qualidade
»Educação Ambiental
»Veracel Celulose S.A.
»Exposição Itinerante de
Educação Ambiental Temática
Se eu Fosse uma Floresta
Responsável pelo projeto:
Virgínia Londe de Camargo e
Lígia Gallozzi Mendes,
especialista ambiental e
especialista em educação
ambiental e RPPN
catEGoRia micRo E PEQuEna EmPREsa
»Salve Terra
»Projeto Lixo ou Luxo –
Modalidade Educação
Ambiental
Responsável pelo projeto:
Guilherme Menezes, diretor
parte do que reciclam, isso pode se reverter em be-
nefício para muito mais pessoas”, acredita Ana, que
contabiliza 48 instituições já atendidas pelo projeto
da Deten, que utiliza os recursos obtidos com a reci-
clagem de óleo lubrificante e sucata.
EMOçãO E INTERAçãONo caso da experiência da Veracel, a grande con-
quista é poder despertar certas emoções nas pessoas.
“Nosso propósito é fazer com que elas se coloquem
no lugar da floresta. Toda a exposição é montada de
forma interativa, com réplicas de animais, caixas
para experiências táteis e sensoriais e algumas pro-
vocações que levam as pessoas a refletirem”, explica
a bióloga Virgínia Londe de Camargos, especialista
ambiental da Veracel e que coordena o Programa de
Educação Ambiental.
O projeto Se eu Fosse uma Floresta começou em
coElbaPituaçu Solar
O Projeto Pituaçu Solar visa estimular o uso
de fontes de energia renováveis, em especial a
energia solar, além de estimular o mercado na
produção de novas tecnologias. O projeto consis-
te na implantação do sistema fotovoltaico insta-
lado no Estádio Governador Roberto Santos, res-
peitando as características de uso e estrutura do
local. A usina fotovoltaica possibilita a geração
de crédito de energia ativa, injetando 272MWh/
ano na rede, o que poderá abastecer 301 casas
populares com energia pelo período de um ano.
2011 e percorreu quatro unidades
da Veracel no extremo-sul do esta-
do. Ela é desmontada a cada dois
anos para dar espaço a um novo
tema. Este último foi escolhido em
função de o ano de 2011 ter sido
escolhido pela ONU como Ano In-
ternacional da Floresta. A mostra
foi montada no dia 21 de setembro
no Núcleo Florestal da Veracel, em
Eunápolis, e permanecerá em car-
taz até março de 2013. Desde que
foi aberta, a exposição recebeu
mais de 2.700 pessoas.
Mas quem levou mesmo um
susto por ter sido escolhido como
vencedor na categoria Pequena
Empresa deste ano foi Guilherme
Menezes, proprietário da Salve Ter-
ra. “Foi um susto porque com um
ano e meio de loja não imaginava.
O mais importante é que isso nos
motiva a continuar este trabalho
e, a partir do Prêmio de Desempe-
Projeto que utiliza a energia
solar em Pituaçu recebeu
menção honrosa
MANu DIAS / SECOM
Bahia Indústria 21
nho Ambiental, recebemos contatos para futuras par-
cerias”, conta Menezes. Ele, que é técnico ambiental,
explica que a ideia de criar uma loja que produzisse a
partir de materiais reciclados surgiu de uma conversa
em família. Daí, ele chamou a mãe, Márcia Maria Me-
nezes, que é artista plástica, para assumir a parte de
criação e hoje ele já estuda colocar em prática alguns
projetos de educação ambiental e de geração de renda
envolvendo comunidades de baixa renda.
MONITORAMENTOPrincipal premiada pelo trabalho no desempenho
e controle das emissões atmosféricas industriais, a
Braskem venceu a 10ª edição do prêmio na categoria
Produção Mais Limpa com uma iniciativa que redu-
ziu em 62% a emissão de COV (composto orgânico
volátil) desde 2002; em 22%, na média, a emissão de
GEE (gases de efeito estufa), desde 2005; em 25%, o
volume de NOx (número de oxidação) de poluentes
convencionais liberados na atmosfera, desde 2002; e
em 48%, as emissões fugitivas.
De acordo com Sérgio Hortélio, coordenador técnico
de meio ambiente da Braskem, o Projeto de Gestão de
Emissões Atmosféricas insere-se na meta que a empre-
sa traçou para 2020 e que prevê alcançar o padrão das
melhores empresas do mundo em relação ao controle
de emissão de gases que provocam o efeito estufa, que
é de 600 kg por tonelada de produto. “Montamos um
modelo de gestão que monitora vários indicadores e
programas. Cada unidade e fornecedores externos dão
a sua contribuição”, explica Sérgio Hortélio.
Para o coordenador do programa, a conquista do
Prêmio FIEB de Desempenho Ambiental é uma sina-
lização de que as equipes estão trabalhando no cami-
nho certo, revela Hortélio, que lembra a conquista do
BenchMais Ambiental Brasileiro com uma parte do
projeto vencedor da FIEB. [bi]
bRasKEmPrograma de Gestão de Emissões Atmosféricas da Unidade de Insumos Básicos
A Braskem concorreu com o Programa de Gestão de Emissões Atmosféricas na Unidade de Insumos
Básicos, que busca a redução de perdas de recursos naturais, produtos e energia. O projeto tem ainda por
objetivo minimizar os efeitos do impacto ambiental da indústria química, contribuindo para a transfor-
mação e evolução do segmento com vista à liderança global da química sustentável. O projeto prevê a re-
alização de verificações diárias, decenais e mensais, com as respectivas análises críticas de identificação
de desvios e ações de correção. O programa é analisado e submetido ao fomento contínuo das ações. O
trabalho de monitoramento envolve toda a planta da Braskem e seus fornecedores.
unidade da
braskem em
camaçari
22 Bahia Indústria
marcelo zenni, da
Kimberly-clark,
apresentou o cronograma
das obras da unidade
Com a perspectiva de produ-
zir, a partir de 2013, ácido
acrílico, acrilato de butila
e polímeros superabsorventes, o
projeto do Polo Acrílico de Cama-
çari, liderado pela Basf, estimula-
rá a atração de pelo menos outras
seis indústrias, entre elas, a Kim-
berly-Clark e a Braskem.
Mas a contratação de empresas
e trabalhadores baianos na cons-
trução e operação do Polo Acrí-
lico já é uma realidade, tanto na
construção das plantas como na
operação das fábricas oferecendo
oportunidades para fornecedores
de bens e serviços (matérias-pri-
mas, transporte, jardinagem, por
exemplo) e mão de obra (opera-
dores de logística, engenheiros,
função administrativa, estágio,
entre outros).
O cenário de oportunidades foi
apresentado pelos diretores du-
rante o Seminário Oportunidades
do Polo Acrílico da Bahia, realiza-
do no dia 1º de agosto, na sede da
Federação das Indústrias do Esta-
do da Bahia (FIEB).
“A engenharia é nossa, mas
a construção da planta indus-
trial já está sendo realizada com
100% de empresas e mão de obra
da Bahia”, garantiu o gerente de
planta Kimberly-Clark, Marcelo
Zenni, durante a apresentação do
cronograma de obras da unidade.
O diretor de operações do pro-
Polo Acrílico abre novas oportunidadesRepresentantes da Basf e da Kimberly-Clark garantem que a perspectiva é trabalhar com fornecedores baianos e 90% de mão de obra local
jeto do Complexo Acrílico da Basf,
Holger Herbst, também falou do
interesse do grupo em trabalhar
com fornecedores baianos e 90%
de mão de obra local. “Até por
questões de logística, segurança e
custos”, explicou o executivo.
Entusiasmados com as possi-
bilidades de negócio, dezenas de
empresários baianos presentes ao
evento propuseram a realização
de uma rodada de negócios – in-
termediada pelo Instituto Euvaldo
Lodi (IEL) regional – para que as
multinacionais conheçam os pro-
dutos e serviços oferecidos pelos
fornecedores do estado.
De acordo com o vice-presiden-
te da FIEB, Reinaldo Sampaio, o
Polo Acrílico coloca a Bahia nu-
ma posição de vanguarda das
indústrias de transformação e de
base. “A implantação do empre-
endimento e seus desdobramen-
tos podem contribuir para alterar
a matriz industrial do estado”,
avaliou.
O superintendente de Desen-
volvimento Econômico da Secre-
taria de Indústria Comércio e Mi-
neração (Sicm), Paulo Guimarães,
enfatizou que a atuação do gover-
no estadual está focada no aden-
samento de cadeias produtivas.
“Nosso objetivo é que as empre-
sas baianas possam fornecer para
mais de uma cadeia, atendendo a
outros mercados”, disse. [bi]
Representantes do Banco do Brasil, Caixa Econô-
mica Federal, Desenbahia e Banco do Nordeste par-
ticiparam do seminário O Momento Financeiro das
Micro e Pequenas Empresas – Oportunidades e De-
safios, dia 18 de agosto, no auditório da FIEB, quando
apresentaram as linhas de crédito e deram orienta-
ção com atendimento individual aos empresários.
“É fundamental que os empresários saibam de que
forma obter esses aportes de capital que se tornam
imperiosos para a sobrevivência e o crescimento no
mercado”, afirmou o coordenador do Conselho da
Micro e Pequena Empresa Industrial da FIEB, Carlos
Henrique Gantois.
Os empresários também participaram de um de-
bate sobre o cenário econômico atual, as ameaças e
oportunidades para as MPE. De acordo com o supe-
rintendente do Sebrae Bahia, Edival Passos, o mar-
co legal brasileiro para o setor criou um ambiente
favorável. No entanto, para ele, é preciso avançar
no acesso ao crédito, baixando ainda mais os juros e
desburocratizando as relações entre os empresários e
as instituições financeiras.
Também participaram do evento o superintendente
de Comércio e Serviços da Secretária Estadual de In-
dústria e Comércio, Advan Furtado, que recomendou
como ferramenta de consulta e apoio disponível na in-
ternet, o Guia Prático para acesso ao Crédito Bancário
(www.forumregionalmpe.ba.gov.br/publicacoes).
Bahia Indústria 23
conselhos
esclarecimento da sefaz
Em razão de denúncias
feitas por contribuintes, que
teriam sido abordados, por
meio de telefonemas, para
tratar de julgamentos de
processos administrativos
fiscais, o Conselho
de Assuntos Fiscais e
Tributários da FIEB informa
que a Secretaria da Fazenda
do Estado da Bahia (Sefaz)
divulgou comunicado
esclarecendo que seus
servidores não efetuam
ligações telefônicas com
esta finalidade e que o
contato com os contribuintes
é realizado pessoalmente,
pelos Correios (com aviso de
recebimento) ou por edital
publicado no Diário Oficial
do Estado.
A Sefaz/BA informou
ainda que os julgamentos
do Conselho da Fazenda
(Consef) são realizados
em sessões públicas,
por órgãos colegiados,
contando, na 2ª Instância,
com a participação paritária
de representantes dos
contribuintes e com a
assessoria da Procuradoria
Geral do Estado (PGE).
Esclareceu, por fim, que
o acesso aos processos é
facultado às partes, em
qualquer estágio, e que a
consulta à tramitação e
os acórdãos já publicados
estão disponíveis em seu
site www.sefaz.ba.gov.
br, no canal: Legislação e
Contencioso/Julgamentos/
Jurisprudência (Acórdãos).
Oportunidade de crédito para as MPE
encontro reuniu
representantes da Fieb
e de entidades como o
sebrae no auditório da Fieb
0607nov
comitê de Petróleo e Gásroad show e rodada de negócios sobre navipeças (para embarcações e plataformas offshore)Manhã e tarde
Local: FIEB – auditório e
salas de reunião
Realização FIEB e ONIP
04dez
1º seminário “reservatórios não convencionais: oportunidades em shale Gas e shale oil nas bacias do recôncavo e tucano sul”Manhã e tarde
Local: FIEB – auditório
Realização FIEB, MME,
ANP, Governo do Estado
da Bahia, IBP e
Petrobras
a g e n d a
24 Bahia Indústria
Melhores Práticas de Estágio 2012 Vencedores do prêmio promovido pelo Instituto Euvaldo Lodi são reconhecidos pelos exemplos de formação profissional produtiva
por carolina mendonça Fotos João alvarez
a Lacerta Consultoria Pro-
jetos e Assessoria Am-
biental, a Braskem, a
Cromex e a Escola Kenne-
dy foram as grandes vencedoras
da 9ª edição do Prêmio Melhores
Práticas de Estágio, promovido
pelo Instituto Euvaldo Lodi (IEL)
regional e pelo Fórum de Estágio
da Bahia. A premiação foi realiza-
da no dia 18 de julho, na sede da
Federação das Indústrias do Esta-
do da Bahia (FIEB).
Sintetizando o sentimento dos
que foram escolhidos pelos melho-
res programas de estágio na Bahia,
o diretor de Projetos da Lacerta,
Henrique Ribeiro, falou sobre a im-
portância do prêmio: “É uma gran-
de motivação para as empresas
aprimorarem seus programas de
estágio, visando ampliar o poten-
cial dos estudantes que integram
sua equipe e que, possivelmente,
serão seus futuros empregados”,
afirmou o representante da empre-
sa contemplada com o Troféu Eu-
valdo Lodi, destinado às que já fo-
ram premiadas nos anos anteriores
e atingiram pontuações mais altas.
Na categoria grande empre-
sa, a escolhida foi a Braskem, de
Camaçari. Já a média empresa
contemplada foi a Cromex, de Si-
mões Filho. E a Escola Kennedy,
do município de Eunápolis, foi a
vencedora entre as empresas de
pequeno porte. As finalistas de
cada categoria e os estagiários de
destaque nos projetos inscritos no
prêmio também foram anunciados
durante a solenidade.
O superintendente do IEL,
Armando Neto, ressaltou que o
principal objetivo do prêmio é,
por meio do reconhecimento das
melhores práticas, contribuir para
a mudança da cultura de estágio
dentro das empresas. “É uma ma-
neira de reforçar que a verdadeira
essência do estágio é o ato de edu-
car, de contribuir para a formação
profissional e cidadã de jovens,
que não podem ser vistos como
mão de obra barata”, disse.
INOVAçãODe acordo com o diretor geral
da Fundação de Amparo à Pesqui-
sa do Estado da Bahia (Fapesb),
Roberto Lopes, o prêmio é uma
ação que concorre para o esforço
de incorporar a inovação nos pro-
cessos produtivos. “O estágio abre
portas para a inserção de novas
tecnologias, ideias e mudanças
de atitude, mudando padrões de
Armando neto
destaca a
importância da
premiação
Bahia Indústria 25
comportamento e rompendo com
a inércia institucional”, pontuou.
Já o diretor do Serviço de Apoio
às Micro e Pequenas Empresas do
Estado da Bahia (Sebrae-BA), Lau-
ro Ramos, acredita que o estágio é
fundamental no caminho profis-
sional e a iniciativa da premiação
deve ser apoiada e ampliada, pois
“cria uma corrente do bem”, for-
mando líderes que irão conduzir
os destinos das empresas.
“O estágio de qualidade repre-
senta uma etapa indispensável
na vida profissional, pois esse
é o momento de os estudantes
adquirirem a experiência que o
mercado de trabalho exige. Para
as empresas, o estágio é a forma
mais eficiente de seleção dos co-
laboradores, pois podem avaliar
as competências desenvolvidas
e potenciais que buscam para a
organização”, afirma a gerente de
Estágio e Formação de Talentos do
IEL, Edneide Lima.
Criado em 2004 pelo IEL, em
parceria com o Fórum de Estágio
da Bahia, o prêmio tem como ob-
jetivos identificar as boas práticas
de estágio das empresas baianas
e auxiliar as organizações a de-
senvolver programas de estágio
cada vez melhores, já que todos
os inscritos passam pela avalia-
ção de uma comissão julgadora e
recebem um relatório que aponta
em que pontos a atividade pode
ser incrementada.
Em 2011, as empresas vencedo-
ras foram a Lacerta Consultoria,
Projetos e Assessoria Ambiental
Ltda (categoria Pequena Empre-
sa), Portugal Telecom Inovação
Brasil (Média) e Petrobras UO BA
(Grande). Já Yazaki Autoparts do
Brasil Ltda. recebeu o Troféu Eu-
valdo Lodi. [bi]
representantes
das quatro
empresas
vencedoras
da edição
do Prêmio
melhores
Práticas de
estágio 2012
PequenA emPresA
»escola Kennedy
estudante reconhecida
»Christiane Silva Ferreira, da
Universidade Norte do Paraná
(UNOPAR), pelo projeto Cidadãos
do Mundo
finalista
»Cooperativa Central de Crédito
da Bahia (Salvador)
médiA emPresA
»cromex s/A (Simões Filho)
estudante reconhecido
»Leonardo Correia de Oliveira, da
Escola Politécnica da Ufba, pelo
projeto Instalação de Sistema
de Ensaque para Carbonato
de Cálcio
finalistas
»Portugal Telecom Inovação
Brasil (Salvador)
»Deten Química S/A (Camaçari)
GrAnde emPresA
»braskem s/A (Camaçari)
estudante reconhecida
»Simara Vargas Magalhães, da
Ufba, pelo projeto Redução de
Perdas Físicas na área de
Transferência de Insumos Básicos
da Industrial de Energia e Serviços
da UNIB 1 BA.
finalista
»Yazaki Autoparts do Brasil Ltda.
(Feira de Santana)
troFéu euVAldo lodi
»lacerta consultoria Projetos e
Assessoria Ambiental ltda.
(Salvador)
estudante reconhecido
»André Kaufer Leite, da
Universidade Católica do Salvador
(Ucsal), pelo projeto
Genotoxicidade como Ferramenta
Inovadora no Monitoramento
Ambiental em Ecossistemas
Aquáticos: Teste de Micronúcleo e
Teste Allium cepa.
vencedores por categoria
26 Bahia Indústria
inDicaDoREs Números da Indústria
desempenho da Bahia supera o nacional Enquanto a taxa anualizada da produção física do estado cresceu 0,6%, em julho, a do Brasil registrou queda de 2,7%
São Paulo -5,6 -5,9 -4,1
Minas gerais 0,2 -0,9 -1,6
rio de janeiro -5,5 -8,2 -4,4
paraná -7,8 1,8 6,9
rio grande do sul -6,4 -2,9 -0,4
Bahia 3,0 3,2 0,6
santa catarina -0,2 -2,9 -4,1
amazonas -15,3 -7,7 -1,1
espírito santo -8,4 -9,9 -10,0
pará -4,6 1,7 1,5
goiás -12,4 6,0 7,5
pernambuco 3,3 4,1 4,0
ceará 2,5 -1,4 -4,5
Brasil -3,0 -3,9 -2,7
produção física por estado: indústria de transformação
Fonte IBge; elaboração Fieb/SdI
estAdos VARIAçãO (%)
jul12/ jAn-jul 12/ AGo11-jul12/ jul11 jAn-jul 11 AGo10-jul11
a taxa anualizada da pro-
dução física da indús-
tria de transformação
da Bahia cresceu 0,6%
em julho último, após manter-
-se estável em junho, registrando
trajetória de leve recuperação da
atividade produtiva industrial.
No mesmo período, a produção
brasileira apresentou queda de
2,7%. No ranking dos 13 estados
que participam da pesquisa sobre
a produção setorial do IBGE, além
da Bahia, quatro estados apresen-
taram desempenho positivo: Goi-
ás (7,5%), Paraná (6,9%), Pernam-
buco (4%) e Pará (12,5%).
Oito estados registraram resul-
tados negativos: Espírito Santo
(-10%), Ceará (-4,5%), Rio de Janei-
ro (-4,4%), São Paulo (-4,1%), San-
ta Catarina (-4,1%), Minas Gerais
(-1,6%), Rio Grande do Sul (-0,4%)
e Amazonas (-1,1%).
Na Bahia, dos oito segmentos
pesquisados, três apresentaram
desempenho negativo: Veículos
Automotores (-19,9%), Metalurgia
Básica (-11,6%) e Refino de Petró-
leo e Prod. de Álcool (-7,2%). Por
outro lado, apresentaram resulta-
dos positivos os segmentos Pro-
dutos Químicos/Petroquímicos
(7,5%), Borracha e Plástico (6,4%),
Alimentos e Bebidas (5,4%), Celu-
lose e Papel (3,2%) e Minerais não-
-metálicos (2,1%).
Na comparação de julho de
2012 com igual mês do ano ante-
rior, a produção física da indústria
de transformação baiana apre-
sentou crescimento de 3% (contra
uma queda de 3% na média Bra-
sil). Cinco dos oito segmentos da
Indústria de Transformação regis-
traram crescimento da atividade,
como segue: Refino de Petróleo e
Prod. de Álcool (18,8%, em função
do avanço na produção de óleo
diesel e outros óleos combustíveis,
gasolina automotiva e gás lique-
feito de petróleo), Celulose e Papel
(15,3%, com a expansão na produ-
ção de celulose), Borracha e Plás-
tico (8,8%, devido ao incremento
na produção de garrafões, garra-
fas e frascos de plástico), Minerais
não-Metálicos (6,1%, aumento na
produção de ladrilhos e placas de
cerâmica, massa de concreto e ci-
mentos “Portland”) e Alimentos e
Bebidas (3%, em função da maior
produção de cerveja, chope e man-
teiga, gordura e óleo de cacau).
Por outro lado, verificou-se
queda na produção em Metalurgia
Básica (-39,7%, explicada espe-
cialmente pela paralisação para
manutenção em importante em-
presa do segmento, provocando
a redução da fabricação de bar-
ra, perfil e vergalhões de cobre e
vergalhões de aços ao carbono),
Veículos Automotores (-35,3%,
devido à menor fabricação de au-
tomóveis) e Produtos Químicos/
Petroquímicos (-1,4%).
Tendo em conta o acumulado
dos primeiros sete meses des-
te ano, em comparação a igual
período de 2011, verifica-se um
crescimento de 3,2% na indústria
Bahia Indústria 27
de transformação baiana. Tal desempenho positivo
foi determinado pela alta dos seguintes segmentos:
Produtos Químicos/Petroquímicos (12,2%, ainda re-
fletindo a baixa base de comparação, por conta das
paralisações decorrentes do desligamento do setor
elétrico ocorrido na Região Nordeste do país em fe-
vereiro do ano passado; nessa atividade sobressaiu
a maior produção de etileno não-saturado, polieti-
leno de alta e baixa densidade, sulfato de amônio e
polietileno linear), Borracha e Plástico (9,2%, com a
maior fabricação de garrafões, garrafas e frascos de
plástico), Alimentos e Bebidas (4,3%, com a maior
fabricação de cervejas, chope, farinhas e “pellets”
da extração do óleo de soja, óleo de soja em bruto e
manteiga, gordura e óleo de cacau), Minerais não Me-
tálicos (3,8%) e Celulose e Papel (2,7%).
De modo geral, mantém-se a tendência negativa
dos segmentos produtores de commodities, influen-
ciados pela conjuntura internacional adversa com
a crise na Europa e a desaceleração dos Brics, que
seguem apresentando resultados inferiores aos de
segmentos mais voltados ao atendimento do merca-
do interno e produtores de bens finais. Ressalte-se
que a indústria de transformação baiana apresenta
resultado positivo no acumulado dos primeiros me-
ses deste ano devido, sobretudo, à base de compara-
ção deprimida, relacionada aos efeitos da interrup-
ção do fornecimento de energia elétrica em fevereiro
de 2011, que comprometeu importante parte da pro-
dução de empresas localizadas no Polo Industrial de
Camaçari. [bi]
Nota: Exclusive a indústria extrativa mineral (CNAE 10, 11, 13 e 14); base = 100 (média 2002)
90
100
95
110
120
130
140
105
115
125
135
DEZ
NO
V
OU
T
SET
AG
O
JUL
JUN
MA
I
AB
R
MA
R
FEV
JAN
BAHIA - PRODUÇÃO FÍSICA DAINDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO (2010 - 2012)
2011
2010
2012
28 Bahia Indústria
eVentos s/ desoner. c/ desoner.
Salário dos funcionários 5.000 5.000
INSS Patronal 1.000 0
custo c/ empregados 6.000 5.000
demonstração da folha
cenário AtuAl cenário(1) cenário(2) cenário(3)
Receita Bruta 10.000 10.000 10.101 9.090
Dedução INSS P. 0 100 101 90
Receita Líquida 10.000 9.900 10.000 9.000
CSP 6.000 5.000 5.000 5.000
lucro bruto 4.000 4.900 5.000 4.000
FoNte: Fernando matos/ deloite touche tohmatsu
dre
Especialista esclarece Plano Brasil MaiorFernando Matos, da Deloitte, alertou para o risco de perda de receita caso os benefícios da MP 563 sejam mal avaliados
O Plano Brasil Maior é benéfico para alguns seg-
mentos do mercado, mas também há riscos pa-
ra as empresas, que podem invalidar, perder ou
onerar seus custos se os processos não forem adequa-
damente cuidados. O alerta foi dado pelo consultor da
Deloite Touche Tohmatsu, Fernando Matos, que, junta-
mente com Nilson França e os gerentes Marcus Cruz e
André Rodrigues, também representantes da consulto-
ria, participaram, dia 12 de setembro, no auditório da
FIEB do seminário Os Impactos do Plano Brasil Maior
nos lucros e resultados das empresas.
O evento foi uma parceria da Deloitte com o Con-
selho de Assuntos Fiscais e Tributários (Caft) da FIEB
e teve por objetivo apresentar para empresários e téc-
nicos que atuam no setor tributário e fiscal as vanta-
gens, desvantagens e riscos que a MP 563/2012 ofere-
ce, de forma que a tirar proveito dos seus benefícios.
Matos citou como exemplo o caso do Reintegra. De
acordo com o especialista, se não forem observadas as
questões de importação própria e a que é praticada por
terceiros, a empresa vai receber 3% como vantagem
fiscal de desoneração da exportação e no momento de
um processo de fiscalização, quando a Receita Federal
somar todas as importações no custo do produto e re-
lacionar com a receita, se ultrapassar o limite de 40%,
a empresa terá que devolver todo o benefício.
Ele também citou como exemplo a proposta de de-
soneração da folha e alertou que as empresas têm que
estar atentas à fórmula adequada de fazer o cálculo
das proporções (veja quadro). “O plano é bom, embo-
ra não esteja claramente definido quem ganha e quem
perde”, destaca Matos. Na avaliação dele, organizar
a estrutura empresarial, selecionando pessoas para
dominar o conhecimento sobre o Plano Brasil Maior,
movimentar a estrutura para centralizar parte dessas
tarefas e contar com ajuda externa também são formas
de evitar riscos. “Sai mais barato uma ação preventiva
do que ser alvo de um auto de infração da Receita.”
empresa
precisa avaliar
benefícios,
alerta matos
Bahia Indústria 29
Serviços e tecnologia na Construir BahiaSistema FIEB levou seus serviços para a feira especializada em produtos e serviços para o segmento da construção civil
a necessidade de adotar solu-
ções inovadoras no geren-
ciamento dos canteiros de
obras e para o descarte correto dos
resíduos sólidos da obra foram te-
mas tratados na abertura da feira
Construir Bahia 2012, que aconte-
ceu de 13 a 15 de setembro, no Cen-
tro de Convenções, em Salvador.
Os temas foram tratados durante o
10º Seminário Tecnológico e 9º Se-
minário de Inovação na Constru-
ção Civil, realizado pelo SENAI,
em parceria com o Sindicato da
Indústria da Construção Civil (Sin-
duscon) e o Serviço de Apoio à Mi-
cro e Pequena Empresa (Sebrae).
A importância e o sucesso do
evento, que este ano completou
dez anos, foram ressaltados pelo
presidente do Sinduscon, Carlos
Alberto Vieira Lima: “Não pode-
mos ficar no estágio em que esta-
mos, com canteiros e processos de
construção que permanecem os
mesmos de 40 anos atrás e pagan-
do um preço elevado por isso.”
O Serviço Social da Indústria
(SESI) também realizou o IX Fó-
rum de Segurança e Saúde do
Trabalho, no dia 14 de setembro,
que abordou os resultados sociais
e financeiros do investimento nas
práticas de segurança e saúde do
trabalho (SST).
De acordo com o superinten-
dente do SESI-BA, José Wagner
Fernandes, o objetivo foi sensibi-
lizar para a importância das prá-
ticas de SST, mostrando o retorno
destes investimentos. “Os resulta-
dos são muito positivos. Uma pro-
va de que vale a pena investir. E
o SESI disponibiliza consultorias
e serviços para as empresas que
querem implantar estas práticas.”
O gerente administrativo finan-
ceiro da Odebrecht, Vitor Vascon-
celos, trouxe o case de sucesso do
serviço móvel de odontologia do
SESI-BA em uma obra de grande
porte da empresa, que, trouxe co-
mo resultados, além da redução de
doenças bucais e do absenteísmo
causado por dores e extrações den-
tárias, mais cuidados com higiene
pessoal entre os trabalhadores e
o hábito da prevenção. “Observa-
mos mudança de comportamento
e ainda reduzimos os custos.”
Durante a Construir Bahia,
o Sistema FIEB esteve presente
com um stand. Na ocasião, o SESI
apresentou alguns de seus tra-
balhos em inovação e pesquisa,
a exemplo do protótipo de telha
sustentável, da retroescavadeira,
da simulação de empilhadeira e
de guindaste. O SENAI levou para
o evento um simulador de equipa-
mentos móveis industriais (EMI) e
a unidade Escola Móvel de Cons-
trução Civil, que ficou aberta à vi-
sitação. Já o Instituto Euvaldo Lodi
(IEL) participou apresentando seu
portfólio de serviços. [bi]
sistema
Fieb levou a
unidade móvel
do senAi para
o evento
30 Bahia Indústria
reinaldo sampaio, vice-presidente da Fieb, e Guilherme monteiro barreto, da libra
libra terminais planeja investir no Porto de salvadorO executivo de Novos Negócios da Libra Terminais, empresa do Grupo Libra, anunciou,
durante encontro com o vice-presidente da Federação das Indústrias da Bahia (FIEB), Reinaldo
Sampaio, no início de agosto, a decisão da companhia em expandir seus negócios para o
Nordeste e, em especial, investir no Porto de Salvador, com vistas ao arrendamento do
terminal de contêineres. Em contato com a Companhia das Docas do Estado da Bahia
(Codeba), a empresa obteve retorno positivo, comprometendo-se a apresentar estudos de
viabilidade técnica. O Grupo Libra tem uma participação importante no segmento, com 27%
do mercado nacional de arrendamento de terminais de contêineres no Brasil e a FIEB vê com
bons olhos a perspectiva de ter uma empresa desse porte atuando no Porto de Salvador. De
acordo com Reinaldo Sampaio, é incompreensível que a Bahia tenha um único terminal de
contêiner para navios de maior dimensão e ainda assim, sem calado suficiente para
embarcações de grande porte. Isso estaria em descompasso com a realidade econômica da
Bahia e fez com que o estado perdesse a liderança para Pernambuco e Ceará. A preocupação
da FIEB agora é que a Codeba dê a devida agilidade à demanda da Libra.
painel
energia no mercado livreApesar de ser um
diferencial de economia
para as empresas, a
grande maioria
desconhece como
adquirir o insumo de
energia no mercado
livre. A constatação é da
consultora Alexandra
Susteras, gerente de
Estudos e Gestão de
Energia da Andrade e
Canellas, para quem o
potencial de crescimento
deste mercado é de 46%.
O tema foi tratado
durante encontro
ocorrido no dia 13 de
agosto, na sede da
Federação das
Indústrias da Bahia,
quando se discutiram as
oportunidades e riscos
de se recorrer ao
mercado livre.
Alexandra explica que
existem hoje mais de 10
mil consumidores
diferenciados, incluindo
indústrias, com gastos
mensais com energia
acima de R$ 100 mil,
que poderiam se
beneficiar com uma
redução de 25% em seus
custos com energia. A
iniciativa da realização
do evento foi das
entidades que
representam o setor e
insere-se na
programação do Ano do
Mercado Livre de
Energia.
espanha quer investir em parcerias na bahia“Estou impressionado com o desenvolvimento de Salvador e com o dinamismo econômico da
Bahia”, afirmou o embaixador da Espanha no Brasil, Manuel de la Câmara Hermoso, em visita
à FIEB. Na companhia do cônsul geral e do vice-cônsul da Espanha na Bahia,
respectivamente, Daniel Chamorro Garcia e Juan Manuel Caserza, o diplomata foi recebido
pelo 1º vice-presidente da FIEB, Victor Ventin, e pelo superintendente de Desenvolvimento
Industrial da Casa, João Marcelo Alves. O embaixador Manuel Hermoso fez questão de
conhecer as áreas prioritárias de desenvolvimento industrial no estado e sinalizou que a
Espanha tem interesse em projetos nas áreas ambiental e de infraestrutura. Ele adiantou o
desejo de viabilizar, ainda este ano, um encontro entre empresários espanhóis e baianos.
“Temos que explorar possibilidades de parcerias”, destacou.
Bahia Indústria 31
sesi acima da média na Prova brasilAs unidades Candeias e Retiro do SESI-BA tiveram pontuações
acima da média recomendada pelo Ministério da Educação na
Avaliação Nacional do Rendimento Escolar (Anresc), mais
conhecida como Prova Brasil. O exame testa conhecimentos
em matemática e língua portuguesa entre alunos dos 5º e 9º
anos do ensino fundamental da rede pública. Seus resultados
compõem a base para o cálculo do Índice de Desenvolvimento
da Educação Básica (Ideb), que deverá ser divulgado em
dezembro deste ano. Em português, os alunos do 9° ano do
SESI Retiro obtiveram a pontuação de 285,3; enquanto a
média recomendada pelo MEC é 275,0; e o resultado da rede
pública do estado ficou em 253,5. Já em matemática, os
estudantes da unidade Candeias do 5° ano receberam 238,4
na avaliação, superando a média recomendada pelo
ministério, que é de 225,0. Apenas os alunos do 9° ano das
duas escolas ficaram com médias abaixo da recomendada
(300,0) em matemática: Candeias 285,4 e Retiro 282,7. Porém,
as notas estão bem acima da média estadual (263, 7) e da
nacional (250,6). Esta foi a primeira vez que escolas do
SESI-BA passaram pela avaliação.
Força jovem: reciclagem e capacitação em manutenção de PcsPrêmio de inovaçãoA Engpiso, empresa do
segmento de pré-fabricados
de concreto, associada ao
Sinprocim-BA, concorre no
Prêmio Nacional de
Inovação, na categoria
Agentes Locais de Inovação,
na qual é avaliado o sistema
de gestão da inovação
dentro da empresa e como
ela organiza seus processos
para viabilizar ideias
inovadoras. A empresa teve
a assessoria do Instituto
Euvaldo Lodi Bahia no
processo de inscrição e
recebeu o apoio da
Superintendência de
Relações Institucionais
(SRI) da FIEB e do Conselho
da Micro e Pequena
Empresa Industrial da FIEB
(Compem), presidido por
Carlois Gantois.
estudantes do sesi retiro e candeias foram bem avaliados
Alunos do curso mostram equipamentos recuperados
pelos Laboratórios Leme, 26
jovens das comunidades de
Madeira e Pasto de Fora
foram capacitados no Curso
de Manutenção Básica de
Microcomputadores, cuja
formatura ocorreu no dia 10
de agosto. Eles aprenderam
a montar novos
equipamentos utilizando
peças de máquinas antigas,
e depois da instalação de
softwares livres, cada
jovem ficou com um
equipamento. Quatro
computadores foram
doados para a Associação
de Moradores de Madeira. O
curso, além de desenvolver
a metareciclagem
(reutilização de lixo
eletrônico), possibilita o
acesso da população local à
tecnologia.
Um computador velho pode
fazer muita diferença. É isso
o que mostra o Programa
Força Jovem, desenvolvido
pela Dow, em parceria com
o Serviço Social da
Indústria (SESI/BA), a
Universidade Federal da
Bahia (Ufba), por meio do
Programa Onda Digital, a
Secretaria de Educação e
Cultura de Candeias (Seduc)
e a Associação de Moradores
de Madeira, distrito de
Candeias, na Região
Metropolitana de Salvador.
A partir de equipamentos
doados pela Petrobras e
32 Bahia Indústria
iDEias
por Fernando m. machado
O asteróide 2004MN4 foi batizado
de Apofis, o deus egípcio da des-
truição, quando assustou o mundo
em 2004. Com aproximadamente
250 metros de diâmetro, passa-
rá entre a Terra e a Lua, a 18.600
milhas da superfície do planeta,
mais próximo que muitos satélites
de comunicação, na sexta-feira,
13 de abril de 2029. Calcula-se que
há 99% de probabilidade de que o
planeta fique incólume, mas se o
Apofis passar a 293 milhas adicio-
nais de distância, numa pequena
região espacial de 800 metros de
largura, haverá uma probabilida-
de significativa de impacto em 13
de abril de 2036. Nada que ver com
profecias Maias.
Os asteróides, cometas, as ex-
plosões solares, as supernovas,
as erupções de super-vulcões e
os câmbios climáticos, entre ou-
tras causas de extinção massiva
no passado, são importantes lem-
bretes de como a vida na Terra
é frágil. A evidência científica é
inexorável. Tudo neste universo,
incluindo todos os seres, é feito de
nada mais que poeira de estrelas.
E, por poético que seja, mais cedo
ou mais tarde, voltaremos a sê-lo.
A sempre presente possibilida-
de de grandes mudanças na vida
no planeta nos faz buscar sinais e
mecanismos de prevenção. Identi-
ficamos e monitoramos trajetórias
de asteróides, sua composição,
cometas e explosões solares, e de-
senvolvemos possíveis soluções
para evitar as correspondentes
catástrofes, quando possível. Ne-
nhuma delas se constitui em pe-
O Apofis e a inovação
quenas soluções incrementais ao
que já fazemos no dia a dia. Por-
que a vida empresarial seria dife-
rente? Mutatis mutandis, o contex-
to empresarial simula as alternân-
cias cíclicas do cosmos.
As atuais múltiplas crises nas
áreas econômica e social, ambien-
tal, de recursos naturais, seguran-
ça e governabilidade, somadas
a uma revolução tecnológica de
grande magnitude, são sinais cla-
ros de que a sobrevivência das em-
presas demanda realizar mudan-
ças radicais nos seus respectivos
negócios. Uma ruptura massiva
está a caminho, um verdadeiro
Apofis dos negócios, e as empre-
sas existentes no país terão que
decidir se serão vitimas ou prota-
gonistas desta ruptura.
Em junho, a empresa consultora
KPMG publicou o resultado de sua
pesquisa anual intitulada Pers-
pectivas da Manufatura Global:
Promovendo o Crescimento através
da Inovação. A pesquisa cobriu as
perspectivas de negócios de 241
executivos de alto nível da indús-
tria em todo mundo, a maior parte
deles dos EUA, Europa e Ásia. A
grande maioria das empresas con-
sultadas tem enfrentado a volatili-
dade de preços nos seus insumos,
riscos ao interior da cadeia produ-
tiva e uma demanda incerta.
A adoção, pelas mesmas, da re-
ceita tradicional para maximizar
vendas e lucros, de otimização de
custos e eficiência operacional, na
espera de melhores tempos, tem
sido a norma. Mas como a estag-
nação econômica já dura quatro
anos, estas empresas estão indo
além do corte de custos, adotan-
Setenta e cinco por cento dos executivos encontram-se otimistas quanto ao futuro dos seus negócios nos próximos 12 a 24 meses, com alto crescimento de margens, e 72% dos mesmos acreditam que a inovação transformacional será o grande fator de promoção deste crescimento
“do novas estratégias de expansão
de seus negócios via aumento de
competitividade pela inovação.
Setenta e cinco por cento dos
executivos encontram-se otimis-
tas quanto ao futuro dos seus
negócios nos próximos 12 a 24
meses, com alto crescimento de
margens, e 72% dos mesmos acre-
ditam que a inovação transfor-
macional será o grande fator de
promoção deste crescimento. Há
uma busca generalizada por no-
vas maneiras de inovar colabora-
tivamente a montante e a jusante
da cadeia produtiva.
Já não é segredo que o mundo
desenvolvido em crise tratará de
sair dela via aceleração dos inves-
timentos e das exportações. Como
o amplo protecionismo comercial
está fora de questão, como pode-
rão competir as empresas nacio-
nais com o assalto, pelas empre-
sas mencionadas acima, ao mer-
cado nacional, cujo consumo está
estimulado pelas nossas políticas
de resposta à crise econômica
global? Com mais eficiência ope-
Bahia Indústria 33
Fernando m. machado, presidente da Focototal Ltda.
racional lastreada em inovações
incrementais?
Uma recente newsletter na in-
ternet (Value Point) se intitulou
"Kodak se une ao cemitério das
empresas descerebradas". Em 19
de fevereiro passado, a revista
“The Economist” cobriu a queda
do gigante japonês da eletrônica,
NEC (Nippon Electric Company),
mencionando que: “Hoje em dia,
não há nada que a NEC produza
que outras firmas não estejam fa-
zendo também.” E sugere que ou-
tros gigantes como Sharp, Pana-
sonic, Toshiba e Hitachi estão na
mesma trajetória.
Todas essas empresas já fo-
ram, num momento, conhecidas
e admiradas pelas suas grandes
inovações de ruptura. Agora fra-
cassam precisamente por serem
vítimas do seu sucesso. Na medi-
da em que desenvolveram escala,
tornaram-se “de classe mundial”,
a excelência operacional passou a
ser considerada como crítica para
a manutenção do sucesso e as ino-
vações incrementais reinam com
exclusividade.
A prisão do sucesso as fez mu-
dar o foco mental, afetando seus
processos, critérios de decisão sis-
temas organizacionais e sensores
do contexto. O mais importante
passa a ser atingir as projeções
dos resultados numéricos espera-
dos por acionistas e pelo mercado.
Quando os problemas chegam, a
otimização de custos e a respos-
ta exclusiva. Tudo isso as induz a
uma verdadeira cegueira empre-
sarial e ao maior risco de todos, o
da irrelevância.
Se isso acontece com estas em-
presas de “classe mundial”, estão
as empresas brasileiras imunes? O
cérebro representa menos de 5%
do nosso corpo, mas se deixa de
funcionar, estamos oficialmente
mortos, e nossos órgãos podem
ser colhidos para serem reutili-
zados. O mesmo acontece com as
empresas. [bi]
"tudo neste universo é feito de nada mais que poeira de estrelas. e, mais cedo ou mais tarde, voltaremos a sê-lo"
NASA/DIVuLGAçãO
livros
leitura&entretenimento
liderança e sustentabilidadeA CEO da Damicos Consultoria e Negócios
e professora do MBA em Gestão da
Sustentabilidade e da Responsabilidade
Social da Unifacs, Maiza Neville, e a
psicóloga Regina Drumond, especializada
em Qualidade Total no Japão e Coreia, são
autoras deste guia sobre liderança e
sustentabilidade. O livro vem recheado de
exemplos práticos que ajudam a melhorar
a percepção sobre os temas abordados e
ajudam o leitor a refletir sobre a prática
adotada no dia a dia profissional.
jorge Amado 100 anosFotografias, objetos, folhetos de cordel, filmes e imagens,
enfim, um pouco da intimidade e também do que foi a vida
pública de e sobre Jorge Amado fazem parte da mostra que o
Museu de Arte Moderna da Bahia exibe como parte das
comemorações do centenário do escritor baiano. A mostra
Jorge Amado e Universal tem curadoria de William Nacked e
ocupa o térreo do casarão, a capela e a galeria 1 do MAM-
BA. Ela é dividida em módulos distintos, cada um deles
dedicado a um aspecto marcante na vida do autor, sem a
pretensão de retratar uma biografia, mas o universo e os
personagens de Jorge.
decisão nas corporaçõesCom textos de 16 pesquisadores do grupo
de pesquisa Núcleo Decide da Faculdade
de Economia, Administração e
Contabilidade da Universidade de São
Paulo (FEA-USP), o livro, que é um dos
finalistas do Prêmio Jabuti 2012, reúne as
teorias sobre tomada de decisões surgidas
nos últimos 50 anos, traduzidas em
interpretações voltadas para a aplicação
nas organizações. A obra é dividida em
quatro partes, que apresentam ao leitor
todas as dimensões do problema decisório.
liderança e sustentabilidade - dilemas, desafios e Propósitosmaiza Neville e regina C. drumond,Casa da Qualidade, 212 p.r$ 35
tomada de decisão nas organizações uma Visão multidisciplinarabraham Sin oih Yu (org.)editora Saraiva336 p.r$ 54
ALESSANDRA NOHVAIS/DIVuLGAçãO
CLAuDIO ROSSI /DIVuLGAçãO
criançada em cenaNo mês das crianças o Teatro SESI preparou uma
programação especial com dois espetáculos infantis no
fim de semana. Além de Sol, de Céu e de Lua (foto), que
continua sua temporada de sucesso, o grupo maranhense
MiraMundo se apresenta o primeiro fim de semana do mês
com o espetáculo Palita no Trapézio. A primeira
montagem é voltada para um público de até 1 ano, que é
convidado a sentar no palco (acompanhado de um adulto),
para vivenciar essa experiência artística, na maioria das
vezes, a primeira. O cenário tem as cores da arte de Joan
Miró, ao qual agregou-se a poesia de Manoel de Barros.
não PERca Teatro SESI, sáb. e dom., 16h30, 13 a 28.10, R$30 e R$15 (meia). Gratuito para Industriários e dependentes. Informações: (71) 3616-7060
não PERca MAM-BA, ter. a sex, 13 às 19h, sab, dom. e feriados, 14 às 19h, até 18/11. Gratuito. Av. Contorno, Solar do Unhão. Informações: (71) 3117-6143
exposição
teatro
34 Bahia Indústria
O Centro Internacional de Negócios ( CIN FIEB ) prepara as pequenas e médias indústrias baianas para
o mercado internacional. Promove o aumento da competitividade dessas empresas, prospecta
novos mercados, atrai investimentos externos e fomenta a cooperação
empresarial. empresarial.
COM O CENTRO INTERNACIONAL
DE NEGÓCIOS, AS INDÚSTRIAS BAIANAS
GANHAM O MUNDO.
Tel.: + 55 71 3343 -1327. Fax: +55 71 3343-1592cin-fieb@fieb.org.br / www.fieb.org.br/cin
Bahia Indústria 35
O Centro Internacional de Negócios ( CIN FIEB ) prepara as pequenas e médias indústrias baianas para
o mercado internacional. Promove o aumento da competitividade dessas empresas, prospecta
novos mercados, atrai investimentos externos e fomenta a cooperação
empresarial. empresarial.
COM O CENTRO INTERNACIONAL
DE NEGÓCIOS, AS INDÚSTRIAS BAIANAS
GANHAM O MUNDO.
Tel.: + 55 71 3343 -1327. Fax: +55 71 3343-1592cin-fieb@fieb.org.br / www.fieb.org.br/cin
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