tributos, simples nacional e microempreendedor … · tos gerais da legislação tributária na...
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Setembro/2014
TRIBUTAÇÃODO PESCADO
NO NORDESTEBRASILEIRO
TRIBUTOS, SIMPLES NACIONAL EMICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL
NA CADEIA PRODUTIVA DAPESCA E AQUICULTURA
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tributação do pescado no nordeste brasileiro
Foto: MPA
TRIBUTAÇÃODO PESCADO
NO NORDESTEBRASILEIRO
TRIBUTOS, SIMPLES NACIONAL EMICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL
NA CADEIA PRODUTIVA DAPESCA E AQUICULTURA
Setembro/2014
TRIBUTAÇÃO DO PESCADO NO NORDESTE BRASILEIRO
1ª edição
Brasília – DF
Sebrae
2014
tributação do pescado no nordeste brasileiro
© 2014. Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – SebraeTodos os direitos reservados. A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação dos direitos autorais (Lei nº 9.610/1998).
Informações e contatosSebrae – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas EmpresasSGAS 604/605 . Conjunto A . Brasília–DF . CEP: 70.200.904Telefone: (61) 3348.7100www.sebrae.com.br Presidente do Conselho Deliberativo Nacional Roberto Simões
Diretor-Presidente Luiz Eduardo Pereira Barretto Filho
Diretor-Técnico Carlos Alberto dos Santos
Diretor de Administração e Finanças José Claudio dos Santos
Gerente da Unidade de Agronegócios Enio Queijada de Souza
Gerente Adjunta da Unidade de Agronegócios Fátima da Costa Lamar
Projeto Estruturante AquiNordeste Coordenadora Nacional Newman Costa
Equipe Técnica
Coordenadores Regionais (Sebrae/UF) Jucieux de Lucena Palmeira (PB) Maria Lúcia Alves (SE)
Gestores Estaduais (Sebrae/UF) Liza Myrella Cavalcante Melo Bádue (AL)Manoel Affonso Mello Ramalho Azevedo (AL)Fábio Alves da Silva (BA)Nancy Nascimento Santos (BA)Francisco Carlos de Almeida Paulino (CE) Giovanna Maria Figueiredo e Silva (MA)Paula Waldira Bastos Ferreira (MA)Jucieux de Lucena Palmeira (PB)João Pinheiro Júnior (PI)Marcelo de Oliveira Medeiros (RN)Renato Augusto Gouveia de Carvalho (RN)Maria Lúcia Alves (SE)
Elaboração de ConteúdoAbraão Oliveira Neto / Ambiente Natural Consultoria e Assessoria Financeira Ambiental e Cultural Ltda.
EdiçãoAbnor Gondim / Plano Mídia Comunicação & Consultoria
FotosThiago Trombeta e Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) Projeto Gráfico e Diagramação Bruno Vieira / Bruno Eustáquio
Revisão Eliana Silva
Edição EletrônicaPlano Mídia / Maven
Versão Novembro 2014
Tributação do Pescado no Nordeste Brasileiro. Sebrae. Brasília, 2014, 1ª edição.P: 48; IL.; Collor. ISBN
Projeto Estruturante AquiNordeste. Aquicultura no Nordeste. Tributos, Simples Nacional e Micro-empreendedor Individual na Cadeia Produtiva da Pesca e Aquicultura.
tributação do pescado no nordeste brasileiro tributação do pescado no nordeste brasileiro
Em busca da certeza da melhor opção tributária ............................................................6
Tributos são parte do dia a dia das empresas .................................................................8
Mas o que é um tributo? .................................................................................................9
Tributos Federais .............................................................................................................11
Impostos sobre Produtos Industrializados (IPI) ....................................................11
Imposto sobre a Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ) ............................................11
Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) ......................12
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) .............................................12
Programa de Integração Social (PIS) e o Programa de Formação do
Patrimônio do Servidor Público (Pasep) ...............................................................12
Tributos Estaduais ...........................................................................................................14
Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS) ....................................................................................................................14
Tributos Municipais .........................................................................................................16
ISS (Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza) ...........................................16
Modalidades de Regime Tributário ................................................................................16
Principais Códigos CNAEs para a Pesca e Aquicultura .........................................17
Simples Nacional ....................................................................................................21
Microempreendedor Individual (MEI) ..................................................................28
Lucro Presumido ....................................................................................................31
Lucro Real ..............................................................................................................36
Desoneração da Folha de Pagamento .............................................................................38
Anexos .............................................................................................................................40
Agradecimentos ...............................................................................................................43
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tributação do pescado no nordeste brasileiro
EM buscA dA cErtEzA dA MElhor oPção tributáriA
A cadeia produtiva da pesca e aquicul-tura envolve uma série de processos que vão muito além da mera compra e venda de produtos. A transformação dos insu-mos, os processos de beneficiamento e as diversas dimensões do negócio, desde pescadores artesanais e pequenos aqui-cultores familiares até os grandes empre-endimentos, envolvem uma variedade de arranjos produtivos possíveis e com eles uma série de variações nos aspectos rela-cionados à tributação.
A questão tributária, tão complexa no Brasil, é crucial para os resultados dos pro-dutores e das empresas e pode represen-tar ganhos de eficiência financeira ou a ex-tinção das empresas. É fundamental que o empreendedor compreenda as diferenças e vantagens sobre as alternativas de tribu-tação. Uma avaliação bem feita dos tribu-tos federais, estaduais e municipais pode aumentar o lucro da empresa ou fazer com que o empresário pague mais em impostos do que o realmente necessário.
Foto: www.freeimages.com
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tributação do pescado no nordeste brasileiro tributação do pescado no nordeste brasileiro
Nesse sentido, este trabalho tem o objetivo de expor aspec-tos gerais da legislação tributária na cadeia produtiva do pesca-do no Nordeste do Brasil.
Vale salientar que esta publicação é um trabalho meramen-te informativo e que os serviços especializados de contabilidade devem ser sempre consultados para as decisões empresariais. Para ter certeza da melhor opção tributária, consulte um con-tador, pois será necessário analisar em detalhes a atividade da empresa, o faturamento, a projeção de vendas e o lucro planeja-do, as despesas, os custos operacionais e a estrutura societária, dentre outras informações.
Não queremos aqui apresentar um quadro detalhado de todas as nuances tributárias, mas direcionar nossa atenção às peculiaridades da legislação que possam vir a ter impacto nas operações comerciais e de serviços das microempresas e empre-sas de pequeno porte envolvidas na atividade de pesca e aqui-cultura no Nordeste brasileiro, público-alvo do Sebrae.
O entendimento dessas peculiaridades terá impacto signi-ficativo nas estratégias comerciais do setor e pode alterar com-pletamente os rumos de cada negócio. A compreensão anteci-pada dessas possibilidades pode facilitar e acelerar o processo de tomada de decisão pelos empresários.
Boa leitura!
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tributação do pescado no nordeste brasileiro
Não há um regime benéfico para todas as empresas. As melhores opções são sempre definidas caso a caso.
tributos são PArtE do
diA A diA dAs EMPrEsAs
O planejamento tributário deve fazer parte do cotidiano da empresa, pois o conjunto de decisões nessa área será determi-nante no sucesso de um negócio. Uma decisão errada pode in-viabilizar um negócio.
Apesar de assustar muitos empreendedores, o planejamen-to tributário não pode ser deixado de lado, é preciso pensar com antecedência, fazer simulações, preparar e buscar profissionais especializados. Antes de abrir uma empresa, as simulações para o enquadramento tributário devem ser feitas no plano de negó-cios. A escolha da forma de tributação envolve questões estraté-gicas como as expectativas de faturamento, a definição do ramo de atuação, um estudo detalhado das despesas, além de outras informações.
Mas não termina por aí. A cada ano a empresa deve planejar o futuro tributário e comparar novamente os sistemas disponí-veis, já que após definido o regime tributário este será irreversí-vel durante todo o ano-calendário. Não há um regime benéfico para todas as empresas, as melhores opções são sempre defini-das caso a caso.
No segmento da pesca e aquicultura, a pessoa física pode ser Microempreendedor Individual, que passamos a chamar agora de MEI, optante do Simples Nacional ou ainda enquadrar-se em Lucro Presumido ou Lucro Real.
Para delimitar este trabalho, vamos considerar o seguinte cenário:
•Delimitação geográfica: Nordeste;•Público-alvo: Microempreendedor Individual, Microempresa, Empresa de Pequeno Porte e de-mais interessados;•Objetivo: explicitar aspectos gerais relaciona-dos à questão tributária da pesca e aquicultura.
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tributação do pescado no nordeste brasileiro tributação do pescado no nordeste brasileiro
tributo é toda cobrança em
dinheiro, paga pelo cidadão por
obrigatoriedade da lei, para atender às
atividades-fim do Estado, isto é, realizar
o bem comum.
MAs o quE é uM tributo?
Entende-se como tributo toda prestação pecuniária compulsó-ria em moeda, criada por lei e cobrada mediante atividade adminis-trativa (art. 3º do Código Tributário Nacional (CTN). Ou seja, tributo é toda cobrança em dinheiro, paga pelo cidadão por obrigatoriedade da lei, para atender às atividades-fim do Estado, isto é, realizar o bem comum.
Existem três tipos de tributos na legislação brasileira: as ta-xas, as contribuições de melhoria e os impostos.
Taxa é um tributo vinculado à atuação do Estado. É pago por um serviço que já utilizamos ou está à nossa disposição e que gera despesas para o Poder Público.
Exemplos: Iluminação pública, coleta de lixo, do corpo de bombeiro, ou até mesmo a taxa que se paga para emitir certidões e carteira de identidade.
As contribuições são tributos que se caracterizam como in-tervenção do Estado no domínio econômico privado, com vistas a atender uma particular situação de interesse social ou das ca-tegorias econômicas.
Exemplo: a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), que se destina ao financiamen-to da seguridade social.
O imposto é uma cobrança em dinheiro, arrecadada por União, estados, Distrito Federal e municípios, para atender às necessidades públicas, sem obrigatoriedade de retribuição di-reta àquele que paga. O destino legal do dinheiro arrecadado está vinculado a uma atividade estatal diretamente relacionada ao contribuinte.
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tributação do pescado no nordeste brasileiro
Exemplos: Imposto de Renda (IR), Imposto so-bre Operações relativas à Circulação de Merca-dorias e Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunica-ção (ICMS), Imposto sobre Produtos Industria-lizados (IPI).
É o mais comum dos tributos, o imposto é cobrado sobre as operações de venda, fabricação e sobre a própria renda. São caracterizados pelo caráter econômico, que demonstra que um indivíduo pode contribuir.
Quando se fala em tributos, é importante observar: o fato gera-dor (ou o fato motivador da cobrança), quem é obrigado, sua base de cálculo, a alíquota e o período de apuração.
Como exemplo, a título de simples entendimento, citamos o Im-posto de Renda Pessoa Física: Tabela 1. PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS TRIBUTáRIAS do IMposto de RendA pessoA FIsICA (IRpF)
Fato Gerador: Renda, seu salário
Base de cálculo: A renda bruta mensal
Alíquota: De isento a 27,5%. Quanto maior seu salário, maior o imposto.
Período de Apuração: Anual
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tributação do pescado no nordeste brasileiro tributação do pescado no nordeste brasileiro
tributos FEdErAis
Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI)O IPI é um tributo que tem como fato gerador a produção industrial e a importação de bens. Sua base de cálculo é o valor total da operação, sendo a alíquota variável de acordo com o grau de necessidade do produto, ou seja, quanto mais supérfluo, mais alta a alíquota. Legislação base: Decreto nº 7.212, de 15 de junho de 2010
Imposto sobre a Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ)Todas as empresas brasileiras são contribuintes e, portanto, estão sujeitos ao pagamento do IRPJ. Elas devem apurar o imposto com base no lucro, que pode ser real, presumido ou arbitrado. A alíquota é de 15% sobre o lucro apurado.Legislação base: Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995
Foto: www.freeimages.com
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tributação do pescado no nordeste brasileiro
Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins)A Cofins é uma contribuição para o financiamento da Previdência Social, Assistência Social e Saúde Pública. Ela incide sobre o faturamento mensal e a totalidade das receitas e pode ser cobrada de duas formas: em regime cumulativo para as empresas optantes pelo lucro presumido, onde a contribuição é cobrada mensalmente; ou em regime não cumulativo, para as empresas de lucro real. em geral, a alíquota da Cofins é de 3% no regime cumulativo e 7,6% no não cumulativo.Legislação base: Lei Complementar nº 70, de 30 de dezembro de 1991. A Cofins, atualmente, é regida pela Lei nº 9.718, de 27 de novembro de 1998, com as alterações subsequentes.
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL)A CSLL é uma contribuição mensal que incide diretamente sobre o lucro líquido e ela também é destinada ao financiamento da Seguridade Social. Sua base de cálculo é o valor do lucro líquido antes do Imposto de Renda e, em geral, sua alíquota é de 9%, embora a base de cálculo do lucro presumido seja variável de acordo com a atividade econômica envolvida. Mais à frente, essas variações serão mais bem detalhadas. Legislação base: Lei nº 7.689, de 15 de dezembro de 1988.
Programa de Integração Social (PIS) e o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep)o pIs e o pasep são contribuições sociais para o financiamento do seguro-desemprego, de abono, do seguro desemprego do pescador artesanal (seguro defeso) e de entidades de apoio ao trabalhador. O PIS é destinado aos funcionários de empresas privadas e administrado pela Caixa Econômica Federal. Já o Pasep é administrado pelo Banco do Brasil e atende aos servidores públicos. A alíquota é de 0,65% sobre a receita bruta.
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tributação do pescado no nordeste brasileiro tributação do pescado no nordeste brasileiro
Fato Gerador: Base cálculo: Alíquota: Período de Apuração
IPIProdução Industrial
Valor total da operação
envolvida
Variável de acordo com Tabela de Incidência do
Imposto sobre Produtos Industrializados (TIPI).
Todos os produtos oriundos da aquicultura têm alíquota zero de IPI.
Trimestral
IRPJLucro Real ou
PresumidoLucro 15%
COFINS Receita Receita 3% Mensal
CSLL Lucro líquido Lucro líquido 9% Mensal
PIS/PASEP Receita Receita 0,65%. Mensal
Tabela 2. RESUMO DOS PRINCIPAIS IMPOSTOS FEDERAIS
Foto: thiago trombeta
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tributação do pescado no nordeste brasileiro
tributos EstAduAisImposto sobre Operações relativas à Cir-culação de Mercadorias e Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS)
O ICMS é cobrado sobre a movimen-tação de mercadorias e sobre a prestação de serviços de transporte interestadual, intermunicipal e de comunicação. Em ge-ral, sua alíquota é de 17%. Esse é, sem dúvi-da, o mais complexo de todos os tributos, uma vez que cada estado brasileiro tem a liberdade de alterá-lo conforme as suas prioridades econômicas e de desenvolvi-mento. A todo momento, os estados alte-ram as alíquotas do ICMS dos produtos e serviços, o que exige uma observação de-talhada para cada circunstância, seja ela por categoria de produto, classificação da atividade econômica ou acordos interes-taduais. Aqui, vamos detalhar alguns as-pectos desse tributo, mas recomendamos que uma observação mais minuciosa des-se imposto deve ser realizada no planeja-mento tributário de cada empresa. Para tanto, é aconselhável o acompanhamen-to constante de especialistas em contabi-lidade e consultas à Secretaria de Fazenda de cada estado.
Foto: www.4freephotos.com
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tributação do pescado no nordeste brasileiro tributação do pescado no nordeste brasileiro
tributação no pescado no nordeste brasileiro | 11
Exemplo 1: Uma peixaria atacadista do estado de Pernambuco vende R$ 10.000,00 em pescado congelado ao um supermercadista paraibano, que o revende a R$ 17.000,00.Supondo que a alíquota de ICMS cobrado pelo estado de Pernambuco para a movimentação de pescado congelado seja de 12% e que a do estado da Paraíba seja de 17%, no momento da saída do pescado de Pernambuco, o atacadista deverá pagar R$ 1.200,00 (12% de R$ 10.000,00) de ICMS. Por sua vez, o supermercado paraibano, quando da venda do pescado ao consumidor fi nal deveria pagar R$ 2.890,00 (17% de R$ 17.000), todavia, como o atacadista pernambucano já pagou R$ 1.200,00 de ICMS, o supermercadista paraibano será creditado deste valor no momento do pagamento de seu imposto, desembolsando apenas R$ 1.690,00 referente à venda deste pescado. Legislação base: Lei Complementar nº 87, de 13 de setembro de 1996 (a chamada “Lei Kandir”).
Processo não cumulativo
ex.1
venda - R$ 10.000,00peixaria atacadista supermercado
R$ 1.200,00 ICMS (12%)crédito ICMS R$ 1.200,00 ICMS
R$ 1.690,00 ICMS
revenda - R$ 17.000,00
R$ 2.890,00 ICMS (17%)( já pago pela peixaria atacadista )
Uma das situações que causam complexidade para a aná-lise tributária do ICMS, além das diferentes alíquotas, é o seu caráter de não cumulatividade. Ou seja, a cada movimentação de mercadorias ou prestação de serviços, entre empresas, será compensado do ICMS devido o valor pago na operação anterior. Haverá crédito tributário do ICMS quando da venda do produto pela empresa seguinte. Exemplo 1: Uma peixaria atacadista do estado de Pernambuco (veja ima-gem abaixo) vende R$ 10.000,00 em pescado congelado ao um supermercadista paraibano, que o revende a R$ 17.000,00.Supondo que a alíquota de ICMS cobrado pelo estado de Per-nambuco para a movimentação de pescado congelado seja de 12% e que a do estado da Paraíba seja de 17%, no momento da saída do pescado de Pernambuco, o atacadista deverá pagar R$ 1.200,00 (12% de R$ 10.000,00) de ICMS. Por sua vez, o super-mercado paraibano, quando da venda do pescado ao consumi-dor final deveria pagar R$ 2.890,00 (17% de R$ 17.000). Todavia, como o atacadista pernambucano já pagou R$ 1.200,00 de ICMS, o supermercadista paraibano será creditado desse valor no mo-mento do pagamento de seu imposto, desembolsando apenas R$ 1.690,00 referente à venda desse pescado. Legislação base: Lei Complementar nº 87, de 13 de setembro de 1996 (a chamada “Lei Kandir”).
PROCESSO NÃO CUMULATIVO
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tributação do pescado no nordeste brasileiro
tributos MuNiciPAis
Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS)O ISS incide sobre as empresas prestadoras de serviços, é
o caso de consultorias e empresas técnicas especializadas, é de competência dos municípios e do Distrito Federal. O ISS tem alíquota mínima de 2% e máxima de 5% e variará de município para município.
Legislação base: Lei Complementar nº. 116, de 31 de julho de 2003.
ModAlidAdEs dE rEgiME tributário
A natureza da atividade econômica exercida é fator deter-minante para a definição do regime de tributação.
O Código Nacional de Atividade Econômica (CNAE) é o ins-trumento de identificação dessas atividades econômicas por to-dos os segmentos produtivos do Brasil. É a partir dele que são definidos os possíveis regimes para as empresas brasileiras.
A tabela com todos os Códigos CNAE pode ser acessada pelo link: http://www.cnae.ibge.gov.br/estrutura.asp?TabelaBus-ca=CNAE_200@CNAE%202.0
Há três modalidades de regime tributário:•Simples Nacional – limite máximo de fa-turamento de R$ 3,6 milhões por ano, in-cluindo o Microempreendedor Individual (MEI), cujo limite é R$ 60 mil por ano.•Lucro Presumido – limite máximo de fa-tuamento de R$ 78 milhões por ano.•Lucro Real – sem limite de faturamento anual.
A natureza da atividade econômica exercida é fator determinante para a definição do regime de tributação.
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tributação do pescado no nordeste brasileiro tributação do pescado no nordeste brasileiro
O CNAE é organizado em cinco níveis: seção, divisão, grupo, classe e subclasse, um sistema representado por um código al-fabético.
Abaixo especificamos algumas das principais atividades econômicas da aquicultura e pesca no Brasil:
Tabela 3. PRINCIPAIS CNAEs PARA A PESCA E AqUICUlTURA
Fábrica de Ração
Hierarquia Fato Gerador:
Seção: C INDÚSTRIAS DE TRANSFORMAÇÃO
Divisão: 10 FABRICAÇÃO DE PRODUTOS ALIMENTÍCIOS
Grupo: 106MOAGEM, FABRICAÇÃO DE PRODUTOS AMILÁCEOS E DE
ALIMENTOS PARA ANIMAIS
Classe: 1066-0 FABRICAÇÃO DE ALIMENTOS PARA ANIMAIS
Subclasse: 1066-0/00 FABRICAÇÃO DE ALIMENTOS PARA ANIMAIS
Aquicultor de Água Doce
Hierarquia Fato Gerador:
Seção: AAGRICULTURA, PECUÁRIA, PRODUÇÃO FLORESTAL, PESCA E
AQUICULTURA
Divisão: 03 PESCA E AQUICULTURA
Grupo: 032 AQUICULTURA
Classe: 0322-1 AQUICULTURA EM ÁGUA DOCE
Subclasse: 0322-1/01 CRIAÇÃO DE PEIXES EM ÁGUA DOCE
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tributação do pescado no nordeste brasileiro
Pescador Artesanal Costeiro
Hierarquia Fato Gerador:
Seção: AAGRICULTURA, PECUÁRIA, PRODUÇÃO FLORESTAL, PESCA E
AQUICULTURA
Divisão: 03 PESCA E AQUICULTURA
Grupo: 031 PESCA
Classe: 0311-6 PESCA EM ÁGUA SALGADA
Subclasse: 0311-6/01 PESCA DE PEIXES EM ÁGUA SALGADA
Peixaria
Hierarquia Fato Gerador:
Seção: GCOMÉRCIO; REPARAÇÃO DE VEÍCULOS AUTOMOTORES E
MOTOCICLETAS
Divisão: 47 COMÉRCIO VAREJISTA
Grupo: 472COMÉRCIO VAREJISTA DE PRODUTOS ALIMENTÍCIOS, BEBIDAS E
FUMO
Classe: 4722-9COMÉRCIO VAREJISTA DE CARNES E PESCADOS - AÇOUGUES E
PEIXARIAS
Subclasse: 4722-9 PEIXARIA
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tributação do pescado no nordeste brasileiro tributação do pescado no nordeste brasileiro
Unidade de Beneficiamento de Pescado
Hierarquia Fato Gerador:
Seção: C INDÚSTRIAS DE TRANSFORMAÇÃO
Divisão: 10 FABRICAÇÃO DE PRODUTOS ALIMENTÍCIOS
Grupo: 102PRESERVAÇÃO DO PESCADO E FABRICAÇÃO DE PRODUTOS DO
PESCADO
Classe: 1020-1PRESERVAÇÃO DO PESCADO E FABRICAÇÃO DE PRODUTOS DO
PESCADO
Subclasse: 1020-1/01 PRESERVAÇÃO DE PEIXES, CRUSTÁCEOS E MOLUSCOS
Distribuidora de Pescado
Hierarquia Fato Gerador:
Seção: GCOMÉRCIO; REPARAÇÃO DE VEÍCULOS AUTOMOTORES E
MOTOCICLETAS
Divisão: 46COMÉRCIO POR ATACADO, EXCETO VEÍCULOS AUTOMOTORES E
MOTOCICLETAS
Grupo: 463COMÉRCIO ATACADISTA ESPECIALIZADO EM PRODUTOS
ALIMENTÍCIOS, BEBIDAS E FUMO
Classe: 4634-6COMÉRCIO ATACADISTA DE CARNES, PRODUTOS DA CARNE E
PESCADO
Subclasse: 4634-6/03 COMÉRCIO ATACADISTA DE PESCADOS E FRUTOS DO MAR
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tributação do pescado no nordeste brasileiro
Hierarquia
Seção: GCOMÉRCIO; REPARAÇÃO DE VEÍCULOS AUTOMOTORES E
MOTOCICLETAS
Divisão: 47 COMÉRCIO VAREJISTA
Grupo: 471 COMÉRCIO VAREJISTA NÃO-ESPECIALIZADO
Classe: 4711-3COMÉRCIO VAREJISTA DE MERCADORIAS EM GERAL, COM
PREDOMINÂNCIA DE PRODUTOS ALIMENTÍCIOS – HIPERMERCADOS E SUPERMERCADOS
Subclasse: 4711-3/02 COMÉRCIO VAREJISTA DE MERCADORIAS EM GERAL, COM PREDOMINÂNCIA DE PRODUTOS ALIMENTÍCIOS - SUPERMERCADOS
Supermercado
Foto: thiago trombeta
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tributação do pescado no nordeste brasileiro tributação do pescado no nordeste brasileiro
siMPlEs NAcioNAlO Simples Nacional é um regime de arrecadação diferencia-
do e simplificado para cálculo e recolhimento de impostos e con-tribuições aplicável às:
• Microempresas – empresas com receita bruta anual igual ou inferior a R$ 360.000,00; e
• Empresas de Pequeno Porte –- empresas com recei-ta bruta anual superior a R$ 360.000,00 e igual ou inferior a R$ 3.600.000,00.
Sua principal característica é a apuração e recolhimento dos impostos e contribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, em um regime único de arrecadação. Suas alíquotas são diferenciadas conforme suas atividades eco-nômicas, sejam elas comércio, indústria ou serviços. Nele estão unificados os seguintes impostos e contribuições:
Foto: receita Federal
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tributação do pescado no nordeste brasileiro
• Imposto sobre a Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ); • Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI);• Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL); • Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social
– Cofins;• Contribuição para o PIS/Pasep;• Contribuição Patronal Previdenciária (CPP) para a Seguri-
dade Social;• Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mer-
cadorias e Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS);
• Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS).
No Simples Na-cional, o contribuin-te pessoa jurídica recolhe mensalmen-te seus tributos, por meio de apenas um documento fiscal – o Documento de Arre-cadação do Simples Nacional (DAS).
O empresário que deseja optar por essa modalidade
deve ir ao Portal do Simples Nacional na internet: http://www8.receita.fazenda.gov.br/SimplesNacional/.
Para empresas em atividade, o empresário só pode optar pelo Simples no mês de janeiro. No caso de uma empresa nova, a opção pode ser feita no momento de sua abertura.
A nova Lei Complementar nº 147, de 7 de agosto de 2014, ampliou o acesso a novas categorias de serviços ao Simples Na-cional, dentre elas, podemos destacar para o setor de pesca e aquicultura os serviços de médicos veterinários, representação comercial e demais atividades de intermediação de negócios, e
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simples nacional
O Simples Nacional é um regime de arrecadação diferenciado e simplificado para cálculo e recolhimento de impostos e contribuições aplicável às:
• Microempresas - empresas com receita bruta anual igual ou inferior a R$ 360.000,00;e• Empresas de Pequeno Porte - empresas com receita bruta anual superior a R$
360.000,00 e igual ou inferior a R$ 3.600.000,00.
Sua principal característica é a apuração e recolhimento dos impostos e contribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, em um regime único de arrecadação. Suas alíquotas são diferenciadas conforme suas atividades econômicas, sejam elas comércio, indústria ou serviços. Nele estão unificados os seguintes impostos e contribuições:
• Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica - IRPJ; • Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI;• Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL; • Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – COFINS;• Contribuição para o PIS/Pasep;• Contribuição Patronal Previdenciária - CPP para a Seguridade Social;• Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Sobre Prestações
de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS; • Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISS.
No Simples Nacional, o contribuinte pessoa jurídica recolhe mensalmente seus tributos, por meio de apenas um documento fiscal – o Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS).
O empresário que deseja optar por essa modalidade deve ir ao Portal do Simples Nacional na internet - http://www8.receita.fazenda.gov.br/SimplesNacional/. Para empresas em atividade, o
empresário só pode optar pelo Simples no mês de janeiro. No caso de uma empresa nova, a opção pode ser feita no momento de sua abertura.
A nova Lei Complementar nº 147, de 7 de agosto de 2014, ampliou o acesso a novas categorias de serviços ao Simples Nacional, dentre elas, podemos destacar para o setor de pesca e aquicultura os serviços de médicos veterinários, representação comercial e demais atividades de intermediação de negócios, e os serviços de engenharia, topografia e agronomia, todavia suas alíquotas são diferenciadas, conforme coluna “Serviços 2014” da tabela 4, constante à página 19.
DAS
IRPF
IPI
CSLL
COFINS
PIS/Pasep
CPP
ICMS
ISS
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tributação do pescado no nordeste brasileiro tributação do pescado no nordeste brasileiro
os serviços de engenharia, topografia e agronomia, todavia suas alíquotas são diferenciadas, conforme coluna “Serviços 2014” da Tabela 4, na página 27.
VantagensA unificação dos impostos é a principal vantagem do Sim-
ples Nacional. Essa simplificação do processo tributário reduz consideravelmente os custos contábeis das empresas, facilitan-do todo o processo de apuração e pagamento da tributação.
Além dessa vantagem, a empresa optante pelo Simples Na-cional tem a prerrogativa de tramitação dos processos de aber-tura, registro e alterações com uso de comunicação digital.
Nas licitações, as micro e pequenas empresas têm ainda prioridade na venda de seus produtos e serviços nos casos de empate. Considera-se empate quando suas propostas de preço são iguais ou até 10% superiores à proposta mais bem classifica-da. Já na modalidade de pregão, o intervalo será de até 5% supe-rior ao melhor preço.
As microempresas e empresas de pequeno porte que pre-tendam exportar seus produtos terão também procedimentos simplificados para habilitação, licenciamento, despacho adua-neiro e câmbio.
Do ponto de vista das obrigações trabalhistas, diversas ano-tações de registro de seus empregados são dispensadas. Toda-via, permanecem obrigatórios:
• Anotações na Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS);
• Arquivamento dos documentos comprobatórios de cum-primento das obrigações trabalhistas e previdenciárias;
• Apresentação da Guia de Recolhimento do Fundo de Ga-rantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social (GFIP);
• Apresentação das Relações Anuais de Empregados e da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
Nas licitações, as micro e pequenas
empresas têm ainda prioridade na venda
de seus produtos e serviços nos casos de
empate.
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tributação do pescado no nordeste brasileiro
As micro e pequenas empresas têm ainda linhas de crédito específicas nos bancos comerciais públicos, a exemplo da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil. Além disso, a Secre-taria da Micro e Pequena Empresa da Presidência da República (SMPE) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Em-presas (Sebrae) fazem parcerias e ações para disseminar o tra-tamento diferenciado e favorecido ao segmento.
Não poderão ser enquadradas no Simples Nacional as mi-croempresas e empresas de pequeno porte que:
• do capital participe outra pessoa jurídica; • seja filial, sucursal, agência ou representação, no País, de
pessoa jurídica com sede no exterior; • do capital participe pessoa física que seja inscrita como
empresário ou seja sócia de outra empresa já optante pelo Sim-ples Nacional, desde que a receita bruta global ultrapasse o limi-te da receita bruta anual permitida;
• o titular ou sócio participe com mais de 10% do capital de outra empresa;
• o sócio ou titular seja administrador ou equiparado de outra pessoa jurídica com fins lucrativos;
• seja constituída sob a forma de cooperativas, salvo as de consumo;
• seja constituída sob a forma de sociedade por ações.
DesvantagensApesar das inúmeras vantagens, o Simples Nacional cria um
empecilho ao comércio entre as empresas beneficiárias do sis-tema e as empresas tributadas segundo o lucro presumido ou real. Isso acontece por conta do caráter de não-cumulatividade do ICMS, que faz com que as empresas subsequentes nas ope-rações comerciais sejam creditadas pelo montante já pago do imposto por seu fornecedor.
As empresas optantes pelo Simples Nacional – Comércio, com os tributos embutidos nas suas alíquotas unificadas, pagam entre 1,25 e 3,95% do valor total de venda de suas mercadorias referente ao ICMS. Essa variação vai depender da receita bruta anual dos últimos 12 meses, conforme Tabela 4, na página 27.
Apesar das inúmeras vantagens, o simples Nacional cria um empecilho ao comércio entre as empresas beneficiárias do sistema e as empresas tributadas segundo o lucro presumido ou real.
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Enquanto isso as empresas do lucro presumido ou real pagam alíquota “cheia” de ICMS, em geral 12%. Assim um fornecedor de pescado optante pelo Simples deixa pouco crédito de ICMS para uma empresa do varejo, por exemplo, participante de outro re-gime tributário. A empresa de varejo então é obrigada a pagar mais imposto, conforme explicitado no exemplo seguinte:
Além desse aspecto, para as empresas cujos custos e despe-sas representam cerca de 70% do faturamento bruto, o Simples Nacional torna-se uma opção inviável, o que reforça a importân-cia de análise realizada por especialistas contábeis que possam escolher um regime mais apropriado e, com isso, contribuir para a economia da empresa.
Exemplo 2: Podemos voltar ao primeiro exemplo apresentado onde uma peixaria atacadista do estado de Pernambu-co vende R$ 10.000,00 em pescado congelado a um su-permercadista paraibano, que o revende a R$ 17.000,00.
No exemplo anterior, no momento da saída do pescado do esta-do de Pernambuco, o atacadista deveria pagar R$ 1.200,00 (12% de R$ 10.000,00) de ICMS. O supermercado paraibano, quan-do da venda do pescado ao consumidor final, deveria pagar R$ 2.890,00 (17% de R$ 17.000,00).
Todavia, como o atacadista pernambucano teria pago R$ 1.200,00 de ICMS, o supermercadista paraibano seria creditado deste va-lor no momento do pagamento de seu imposto, desembolsando apenas R$ 1.690,00 referente à venda deste pescado.
Supondo agora que o atacadista pernambucano seja uma empre-sa optante pelo Simples Nacional com faturamento anual de R$ 3.500.000,00, o que o enquadra em alíquota unificada de 11,61%, sua empresa irá pagar R$ 1.161,00 (R$10.000,00 x 11,61%), dos quais R$ 395,00 (R$ 10.000,00 x 3,95%) serão referentes ao ICMS. Confira essa desvantagem na imagem a seguir.
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tributação do pescado no nordeste brasileiro
Na venda do pescado ao consumidor final por um va-lor total de R$ 17.000,00, o supermercadista paraibano terá como crédito do ICMS apenas R$ 395,00 e não mais os R$ 1.200,00 da situação anterior, e será obrigado a desem-bolsar R$ 2.495,00 (R$ 2.890,00 – R$ 395,00), 47% a mais de ICMS pelo fato de seu fornecedor estar no Simples Nacional.
Além desse aspecto, para as empresas cujos custos e despe-sas representam cerca de 70% do faturamento bruto, o Simples Nacional torna-se uma opção inviável, o que reforça a importân-cia de análise realizada por especialistas contábeis que possam escolher um regime mais apropriado e, com isso, contribuir para a economia da empresa.
Alíquotas
As alíquotas são variáveis de acordo com a receita bruta dos últimos 12 meses e com a atividade econômica exercida pela em-presa, seja ela comércio, serviço ou indústria, de acordo com a Tabela 4 a seguir:
tributação no pescado no nordeste brasileiro | 18
Venda - R$10.000,00 Revenda - R$17.000,00
Simples Nacional
Parcela ICMS -3,95%(R$ 395,00)
Valor do ICMS
peixaria atacadista supermercado
Faturamento anualR$ 3.500.000,00
alíquota 11,61 %
R$ 1.161,00
Crédito ICMSR$ 395,00
R$ 2.890,00 ICMS (17%)
R$ 2.495,00(R$ 2.890,00 - R$ 395,00)
47% a mais de ICMScrédito ICMS
Além desse aspecto, para as empresas cujos custos e despesas representam cerca de 70% do faturamento bruto, o Simples Nacional torna-se uma opção inviável, o que reforça a importância de análise realizada por especialistas contábeis que possam escolher um regime mais apropriado e, com isso, contribuir para a economia da empresa.
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tributação do pescado no nordeste brasileiro tributação do pescado no nordeste brasileiro
Receita Bruta em 12 meses (em R$) Comércio Serviços Serviços 2014 Indústria
Até 180.000,00 4,00% 4,50% 16,93% 4,50%
De 180.000,01 a 360.000,00 5,47% 6,54% 17,72% 5,97%
De 360.000,01 a 540.000,00 6,84% 7,70% 18,43% 5,97%
De 540.000,01 a 720.000,00 7,54% 8,49% 18,77% 8,04%
De 720.000,01 a 900.000,00 7,60% 8,97% 19,04% 8,10%
De 900.000,01 a 1.080.000,00 8,28% 9,78% 19,94% 8,78%
De 1.080.000,01 a 1.260.000,00 8,36% 10,26% 20,34% 8,86%
De 1.260.000,01 a 1.440.000,00 8,45% 10,76% 20,66% 8,95%
De 1.440.000,01 a 1.620.000,00 9,03% 11,51% 21,17% 9,53%
De 1.620.000,01 a 1.800.000,00 9,12% 12,00% 21,17% 9,62%
De 1.800.000,01 a 1.980.000,00 9,95% 12,80% 21,86% 10,45%
De 1.980.000,01 a 2.160.000,00 10,04% 12,80% 21,97% 10,54%
De 2.160.000,01 a 2.340.000,00 10,13% 13,70% 22,06% 10,63%
De 2.340.000,01 a 2.520.000,00 10,23% 14,15% 22,14% 10,73%
De 2.520.000,01 a 2.700.000,00 10,32% 14,60% 22,21% 10,82%
De 2.700.000,01 a 2.880.000,00 11,23% 15,05% 22,21% 11,73%
De 2.880.000,01 a 3.060.000,00 11,32% 15,50% 22,32% 11,82%
De 3.060.000,01 a 3.240.000,00 11,42% 15,95% 22,37% 11,92%
De 3.240.000,01 a 3.420.000,00 11,51% 16,40% 22,41% 12,01%
De 3.420.000,01 a 3.600.000,00 11,61% 16,85% 22,45% 12,11%
Tabela 4. qUADRO GERAl DAS AlÍqUOTAS DO SIMPlES NACIONAl PARA AS DIFERENTES ATIVIDADES ECONÔMICAS, INClUSIVE AS ADICIONAIS DE SERVIÇOS ACRESCENTADAS PElA lEI COMPlEMENTAR Nº 147/2014
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MicroEMPrEENdEdor iNdividuAl (MEi)
A criação do MEI é parte de uma política pública que tem por objetivo a formalização de trabalhadores por conta própria para promover inclusão produti-va, social e previdenciária. O MEI é uma modalidade de categoria empresarial in-serida no regime do Simples Nacional.
Essa categoria envolve os traba-lhadores autônomos ou que possuem pequenos negócios, com renda de até R$ 60.000,00 anuais, em um único esta-belecimento, que não participam de ou-tros negócios e que contam com apenas um funcionário.
O enquadramento no MEI permite ao trabalhador o registro de seu negócio no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídi-cas (CNPJ) e a emissão de nota fiscal. É a formalização do pequeno negócio.
O MEI tem isenção dos tributos fe-derais (Imposto de Renda, PIS, Cofins, IPI e CSLL) e realiza apenas o pagamento de uma taxa fixa mensal destinada à Previ-dência Social e ao ICMS ou ao ISS.
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tributação do pescado no nordeste brasileiro tributação do pescado no nordeste brasileiro
A formalização nessa modalidade, bem como seus reco-lhimentos de tributos, são feitos no Portal do Empreendedor (http://www.portaldoempreendedor.gov.br/mei).
Vantagens
Uma das principais vantagens do MEI é que sua contribui-ção à Previdência Social permite o acesso a benefícios como auxílio-maternidade, auxílio-doença e aposentadoria. O regis-tro do MEI no CNPJ permite também a emissão de notas fiscais e facilita a abertura de contas bancárias e pedidos de emprés-timos.
O processo de formalização elimina todos os custos rela-tivos à abertura, à inscrição, ao registro, ao funcionamento, ao alvará, à licença, ao cadastro, a taxas e a demais contribuições relativas aos órgãos de registro, de licenciamento, sindicais, de regulamentação, de anotação de responsabilidade técnica, de vistoria e de fiscalização do exercício de profissões regulamen-tadas. O agricultor familiar, definido conforme a Lei nº 11.326, de 24 de julho de 2006, e identificado pela Declaração de Ap-tidão ao Pronaf (DAP) física ou jurídica, bem como o MEI e o empreendedor de economia solidária ficam isentos de taxas e outros valores relativos à fiscalização da vigilância sanitária.
Desvantagem
O MEI poderá ter sua inscrição automaticamente cancelada após período de 12 meses consecutivos sem recolhimento ou de-clarações, independentemente de qualquer notificação, deven-do a informação ser publicada no Portal do Empreendedor.
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tributação do pescado no nordeste brasileiro
Taxas
O valor da taxa depende da classificação da atividade eco-nômica exercida pelo Microempreendedor Individual, conforme tabela acima.
O MEI tem como despesas legalmente estabelecidas, APE-NAS, o pagamento mensal de R$ 36,20 (INSS), acrescido de R$ 5,00 (Prestadores de Serviço) ou R$ 1,00 (Comércio e Indús-tria) por meio de carnê emitido através do Portal do Empreen-dedor. Ou R$ 6,00, se houver Serviço com Comércio e Indústria.
Também arcará com taxas estaduais/municipais que devem ser pagas dependendo do estado/município e da atividade exer-cida.
No site http://www.portaldoempreendedor.gov.br/mei-mi-croempreendedor-individual, o contribuinte deve acessar Simei-Serviços -> Cálculo e Declaração – PGMEI – Programa Gerador do Documento de Arrecadação (DAS) para o Microempreendedor Individual
Legislação
Lei Complementar nº 123, de 15 de dezembro 2006.Lei Complementar nº 128, de 19 de dezembro de 2008.Lei Complementar nº 147, de 7 de agosto de 2014.
Atividade Econômica Valor (R$ 36,20 de INSS para todos)
comércio, indústria e serviços R$ 42,2020 (INSS + R$ 1,00 + R$ 5,00)
comércio ou indústria R$ 37,20 (INSS + R$ 1,00)
serviços R$ 41,20 (INSS + R$ 5,00)
Tabela 5. VALOR DA TAxA MENSAL PARA O MEI POR ATIVIDADE ECONôMICA
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tributação do pescado no nordeste brasileiro tributação do pescado no nordeste brasileiro
lucro PrEsuMidoO Lucro Presumido é um regime de tributação simplificada
do Imposto sobre a Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ) e Contri-buição Social sobre o Lucro (CSLL) destinado a empresas com receita bruta anual de até R$ 78 milhões anuais, ou àquelas im-peditivas de adequação ao Simples Nacional.
Segundo esse regime tributário, a base de cálculo é obtida por meio de aplicação de percentual definido em lei sobre a re-ceita bruta, com a presunção de lucro da atividade. O governo define os lucros presumidos de acordo com a sua categoria de negócio, conforme descrito abaixo:
serviços: lucro presumido de 32%Comércio: lucro presumido de 16%Indústria: lucro presumido de 8%
Foto: www.freeimages.com
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tributação do pescado no nordeste brasileiro
A alíquota incidente sobre o lucro presumido nesse regime tributário é de 15%.
Em geral, o imposto com base nessa modalidade será determinado por períodos de apuração trimestrais, encerra-dos nos dias 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano-calendário.
Vale lembrar que caso a empresa explore mais de uma ati-vidade econômica, comércio e serviços, por exemplo, lhe será aplicado um percentual relativo a cada receita individual.
O lucro presumido exige que o empresário mantenha, por cinco anos:
• Livro Caixa, no qual deverá estar escriturado toda a movi-mentação financeira, inclusive bancária, ou escrituração contábil nos termos da legislação comercial;
• Livro Registro de Inventário, no qual deverão constar re-gistrados os estoques existentes no término do ano-calendário;
• Documentos e demais papéis que serviram de base para escrituração comercial e fiscal.
Além dos tributos de IRPJ e CSLL, a empresa enquadrada no lucro presumido terá que arcar com os impostos referentes ao:
• Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI);• Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social
(COFINS);• Contribuição para o PIS/Pasep;• Contribuição Patronal Previdenciária (CPP) para a Seguri-
dade Social;• Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mer-
cadorias e Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS);
• Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS).
segundo este regime tributário, a base de cálculo é obtida por meio de aplicação de percentual definido em lei sobre a receita bruta, com a presunção de lucro da atividade.
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tributação do pescado no nordeste brasileiro tributação do pescado no nordeste brasileiro
Exemplo 3: Supondo que a empresa varejista paraibana seja uma empresa com receita bruta anual de R$ 5.000.000,00, e sua atividade eco-nômica é o comércio de gêneros alimentícios, incluindo o pesca-do, ela teria como lucro presumido definido legalmente de 16%.
No momento da venda do pescado por R$ 17.000,00, o esta-do presume que sua margem de lucro é de 16%, ou R$ 2.720,00 (R$17.000,00 x 16%) e, ao final do trimestre, a empresa é obriga-da a desembolsar 15% de seu lucro presumido, ou seja, R$ 408,00 (R$ 2.720,00 x 15%) referente aos valores do Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ) e Contribuição Social sobre o Lucro (CSLL).
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Tabela 5. Exemplo dos Valores dos Impostos sobre operação de venda de R$ 17.000,00*sem direito a crédito.
Tributos Alíquota Valor do Imposto
IRPJ e CSLL 15% sobre Lucro R$ 408,00
COFINS 3%* R$ 500,00
PIS/Pasep 0,65* R$ 110,50
CPP
ICMS 17% R$ 2890,00
Crédito a Receber de ICMS - R395,00
Total a Pagar R$ 3.513,50
Exemplo 3: Supondo que a empresa varejista paraibana seja uma empresa com receita bruta anual de R$ 5.000.000,00, e sua atividade econômica é o comércio de gêneros alimentícios, incluindo o pescado, ela teria como lucro presumido defi nido legalmente de 16%.
No momento da venda do pescado por R$ 17.000,00, o Estado presume que sua margem de lucro é de 16%, ou R$ 2.720,00 (R$17.000,00 x 16%) e, ao fi nal do trimestre, a empresa é obrigada a desembolsar 15% de seu lucro presumido, ou seja, R$ 408,00 (R$ 2.720,00 x 15%) referente aos valores do Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ) e Contribuição Social sobre o Lucro (CSLL).
Ao fi nal do trimestre, o supermercado irá desembolsar R$ 3.513,50, considerando a compra de seu produto de um fornecedor optante pelo Simples, conforme o exemplo anterior.
Faturamento AnualR$ 3.500.000,00Simples NacionalAlíquota 11,61%
Venda - R$10.000,00 Revenda - R$17.000,00peixaria atacadista supermercado
Alíquota ICMS -3,95%
Lucro PresumidoR$ 17.000,00 (venda do pescado)
margem de lucro de 16%
(R$ 17.000,00 x 16%)
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Tributos Alíquota Valor do Imposto
IRPJ e CSLL 15% sobre Lucro R$ 408,00
Cofins 3%* R$ 500,00
PIS/Pasep 0,65* R$ 110,50
CPP
ICMS 17% R$ 2890,00
Crédito a Receber de ICMS – R$ 395,00
Total a Pagar R$ 3.513,50
Ao final do trimestre, o supermercado irá desembolsar R$ 3.513,50, considerando a compra de seu produto de um forne-cedor optante pelo Simples, conforme o exemplo anterior.
Vantagens
O regime do Lucro Presumido tem uma escrituração con-tábil bem mais simples que o Lucro Real, uma vez que a Receita Federal exige apenas o livro caixa e seus documentos correlatos. Praticamente é uma única planilha aplicada durante todo o exer-cício sem muitas variações.
A modalidade é vantajosa caso a empresa apresente mar-gens de lucro superiores às alíquotas definidas em sua base de cálculo.
Outra, já apresentada no exemplo 3, é a comercialização en-tre empresas do Lucro Presumido ou Real que geram crédito de ICMS em suas transações comerciais.
As alíquotas de PIS e Cofins são menores que as praticadas no Lucro Real, embora não permitam o crédito desses tributos.
Tabela 6. EXEMPlO DOS VAlORES DOS IMPOSTOS SOBRE OPERAÇÕES DE VENDA DE ATÉ R$ 17.000,00 *
*sem direito a crédito.
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Desvantagem
O regime tributário de Lucro Presumido não deve ser utiliza-do por empresas que apresentem constantes prejuízos, pois não permite a compensação de prejuízos fiscais.
As empresas também não têm os créditos do PIS e COFINS no sistema não cumulativo, sendo obrigado a operar com alíquo-tas constantes para estes tributos.
O Lucro Presumido exige uma organização contábil de alto valor pela contratação de mão de obra especializada para o acompanhamento constante da regularidade fiscal. Para tanto, a contratação de um escritório de contabilidade é indispensável.
Alíquotas
• IRPJ: 15%, mais 10% em relação à parcela da base de cálcu-lo que exceder R$ 60 mil no trimestre, sobre a base presumida de 8% ou 32% da receita bruta;
• CSLL: 9% sobre a base presumida de lucro de 12% (regra geral) ou 32% (serviços em geral) da receita bruta;
• PIS: 0,65% sobre receita bruta, sem direito a créditos;• Cofins: 3% sobre receita bruta, sem direito a créditos.
Legislação
Lei nº 12.814, de 16 de maio de 2013.Decreto nº 3.000, de 26 de março de 1999 (Regulamento do
Imposto de Renda – vide arts. 516 a 528).
o regime do lucro Presumido tem
uma escrituração contábil bem mais
simples que o lucro real, uma vez que a receita
Federal exige apenas o livro caixa e
seus documentos correlatos.
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lucro rEAl
A última opção de regime tributário é o Lucro Real, baseado no lucro apurado, a partir de todas as receitas, excluídos to-dos os custos e despesas da empresa. É o sistema mais justo de apuração, uma vez que a empresa somente paga os referidos tributos quando obtém lucro, sendo a me-lhor escolha quando se opera com prejuí-zo ou com margens de lucro muito baixas.
Esse regime tem duas modalidades: trimestral e anual. A trimestral é a mais usada.
Essa é a melhor opção para as empre-sas de baixa lucratividade, uma vez que os impostos pagos sobre o lucro (IRPJ e CSLL) serão calculados de acordo com o lucro real obtido. Em caso de prejuízos, não haverá tributação, já que não houve lucro.
Outra questão importante refere-se à contribuição para o PIS/Pasep e para a Cofins. A escolha entre Presumido e Real deve levar em conta essas contribuições, pois no Presumido o regime é cumulativo (alíquotas de 0,65% para o PIS e 3% para a
Foto: www.freeimages.com
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Cofins que incidem diretamente sobre a receita bruta), enquan-to que no Lucro Real o regime é não-cumulativo, no qual as alí-quotas são bem mais altas (1,65% para PIS e 7,6% para a Cofins). Mas há direito a deduções do valor a pagar por meio de créditos previstos na legislação.
Desvantagem
O Lucro Real apresenta como principais desvantagens um maior custo administrativo e burocrático, pela necessidade de controles e acompanhamentos fiscais e contábeis especiais. Além disso, o PIS e a Cofins possuem alíquotas mais altas, embo-ra permitam os créditos estipulados na legislação.
Outra desvantagem é que o lucro do trimestre anterior não pode ser compensado com o prejuízo fiscal de trimestres seguin-tes, ainda que dentro do mesmo ano calendário.
Alíquotas
IRPJ: 15%, com adicional de 10% sobre o que ultrapassar R$ 240 mil ao ano de lucro;
CSLL: 9% sobre o lucro PIS: 1,65% sobre o total das receitas; alguns créditos são ad-
mitidos; COFINS: 7,6% sobre o total das receitas; alguns créditos são
admitidos.
Legislação
Decreto nº 3.000, de 26 de março de 1999.
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dEsoNErAção dA FolhA dE PAgAMENto
Com a Lei nº 12.794, de 2 de abril de 2013, que regulamenta a desoneração da folha de pagamento de diversos segmentos industriais e produtos da aquicultura, a fórmula de recolhimento do INSS deixa de ser com base no percentual de 20% sobre a fo-lha de pagamento, passando a ser cobrada a alíquota de 1% sobre o faturamento.
Foto: www.freeimages.com
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ANExosTABELA DO SIMPLES NACIONALANEXO I (Vigência a partir de 01º.01.2012)Alíquotas e Partilha do Simples Nacional – Comércio
0,39% Alíquota IRPJ CSLL Cofins PIS/Pasep CPP ICMS
Até 180.000,00 4,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 2,75% 1,25%
De 180.000,01 a 360.000,00 5,47% 0,00% 0,00% 0,86% 0,00% 2,75% 1,86%
De 360.000,01 a 540.000,00 6,84% 0,27% 0,31% 0,95% 0,23% 2,75% 2,33%
De 540.000,01 a 720.000,00 7,54% 0,35% 0,35% 1,04% 0,25% 2,99% 2,56%
De 720.000,01 a 900.000,00 7,60% 0,35% 0,35% 1,05% 0,25% 3,02% 2,58%
De 900.000,01 a 1.080.000,00 8,28% 0,38% 0,38% 1,15% 0,27% 3,28% 2,82%
De 1.080.000,01 a 1.260.000,00 8,36% 0,39% 0,39% 1,16% 0,28% 3,30% 2,84%
De 1.260.000,01 a 1.440.000,00 8,45% 0,39% 0,39% 1,17% 0,28% 3,35% 2,87%
De 1.440.000,01 a 1.620.000,00 9,03% 0,42% 0,42% 1,25% 0,30% 3,57% 3,07%
De 1.620.000,01 a 1.800.000,00 9,12% 0,43% 0,43% 1,26% 0,30% 3,60% 3,10%
De 1.800.000,01 a 1.980.000,00 9,95% 0,46% 0,46% 1,38% 0,33% 3,94% 3,38%
De 1.980.000,01 a 2.160.000,00 10,04% 0,46% 0,46% 1,39% 0,33% 3,94% 3,41%
De 2.160.000,01 a 2.340.000,00 10,13% 0,47% 0,47% 1,40% 0,33% 4,01% 3,45%
De 2.340.000,01 a 2.520.000,00 10,23% 0,47% 0,47% 1,42% 0,34% 4,05% 3,48%
De 2.520.000,01 a 2.700.000,00 10,32% 0,48% 0,48% 1,43% 0,34% 4,08% 3,51%
De 2.700.000,01 a 2.880.000,00 11,23% 0,52% 0,52% 1,56% 0,37% 4,44% 3,82%
De 2.880.000,01 a 3.060.000,00 11,32% 0,52% 0,52% 1,57% 0,37% 4,49% 3,85%
De 3.060.000,01 a 3.240.000,00 11,42% 0,53% 0,53% 1,58% 0,38% 4,52% 3,88%
De 3.240.000,01 a 3.420.000,00 11,51% 0,53% 0,53% 1,60% 0,38% 4,56% 3,91%
De 3.420.000,01 a 3.600.000,00 11,61% 0,54% 0,54% 1,60% 0,38% 4,60% 3,95%
40
tributação do pescado no nordeste brasileiro
ANExosCNAEs Inclusos no MEI
Anexo XIII da Resolução CGSN (Comitê gestor do Simples Na-cional) nº 94, de 29 de novembro de 2011 (Alterado pela Resolução CGSN nº 104, de 12 de dezembro de 2012) (Vide art. 5º da Res. CGSN nº 104/2012).
(Alterado pela Resolução CGSN nº 111, de 11 de dezembro de 2013) (Vide art. 6º, I da Res. CGSN nº 111/2013) .
(arts. 91, inciso I, e 92, § 2º, incisoI).
Atividades Permitidas ao MEI
OCUPAÇÃO CNAE DESCRIÇÃO SUBCLASSE CNAE ISS ICMS
BARQUEIRO (A) 5 n o v e 9 -8/99
OUTROS TRANSPORTES AQUAVIÁ-RIOS NÃO ESPECIFICADOS
ANTERIORMENTES S
BARRAQUEIRO (A) 4712-1/00
COMÉRCIO VAREJISTA DE MERCADO-RIAS EM GERAL, COM PREDOMINÂN-
CIA DE PRODUTOS ALIMENTÍCIOS – MINIMERCADOS, MERCEARIAS E
ARMAZÉNS
N S
CALAFETADOR (A) 4330-4/05APLICAÇÃO DE REVESTIMENTOS E DE
RESINAS EM INTERIORES E EXTERIORES
S N
CAPOTEIRO (A) 4520-0/08 SERVIÇOS DE CAPOTARIA S N
COMERCIANTE DE ARTIGOS DE CAÇA, PESCA E CAMPING 4763-6/04 COMÉRCIO VAREJISTA DE ARTIGOS
DE CAÇA, PESCA E CAMPING N S
COMERCIANTE DE MEDICAMENTOS VETERINÁRIOS 4771-7/04 COMÉRCIO VAREJISTA DE
MEDICAMENTOS VETERINÁRIOS N S
CRIADOR (A) DE PEIXES ORNAMENTAIS EM ÁGUA DOCE 0322-1/04 CRIAÇÃO DE PEIXES ORNAMENTAIS
EM ÁGUA DOCE N S
CRIADOR (A) DE PEIXES ORNAMENTAIS EM ÁGUA SALGADA 0321-3/04 CRIAÇÃO DE PEIXES ORNAMENTAIS
EM ÁGUA SALGADA E SALOBRA N S
CURTIDOR DE COURO 1510-6/00 CURTIMENTO E OUTRAS PREPARAÇÕES DE COURO N S
FABRICANTE DE ARTEFATOS PARA PESCA E ESPORTE 3230-2/00 FABRICAÇÃO DE ARTEFATOS PARA
PESCA E ESPORTE N S
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tributação do pescado no nordeste brasileiro tributação do pescado no nordeste brasileiro
OCUPAÇÃO CNAE DESCRIÇÃO SUBCLASSE CNAE ISS ICMS
FABRICANTE DE GELO COMUM 1 n o v e 9 -6/04 FABRICAÇÃO DE GELO COMUM N S
INSTALADOR (A) DE EQUIPAMENTOS PARA ORIENTAÇÃO À NAVEGAÇÃO
MARÍTIMA, FLUVIAL E LACUSTRE4329-1/02
INSTALAÇÃO DE EQUIPAMENTOS PARA ORIENTAÇÃO À NAVEGAÇÃO
MARÍTIMA, FLUVIAL E LACUSTRES N
INSTALADOR (A) DE ISOLANTES ACÚS-TICOS E DE VIBRAÇÃO 4329-1/05 TRATAMENTOS TÉRMICOS,
ACÚSTICOS OU DE VIBRAÇÃO S N
INSTALADOR (A) DE ISOLANTES TÉR-MICOS 4329-1/05 TRATAMENTOS TÉRMICOS,
ACÚSTICOS OU DE VIBRAÇÃO S N
INSTALADOR (A) DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS INDUSTRIAIS 3321-0/00 INSTALAÇÃO DE MÁQUINAS E
EQUIPAMENTOS INDUSTRIAIS S N
MERGULHADOR (A) (ESCAFANDRISTA) 7490-1/02 ESCAFANDRIA E MERGULHO S N
PEIXEIRO (A) 4722-9/02 PEIXARIA N S
REDEIRO (A) 1353-7/00 FABRICAÇÃO DE ARTEFATOS DE CORDOARIA N S
REPARADOR (A) DE BALANÇAS INDUSTRIAIS E COMERCIAIS 3314-7/10
MANUTENÇÃO E REPARAÇÃO DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS PARA
USO GERAL NÃO ESPECIFICADOS ANTERIORMENTE
S N
REPARADOR (A) DE CORDAS, VELAMES E LONAS 3319-8/00
MANUTENÇÃO E REPARAÇÃO DE EQUIPAMENTOS E PRODUTOS NÃO ESPECIFICADOS ANTERIORMENTE
S N
REPARADOR (A) DE EMBARCAÇÕES PARA ESPORTE E LAZER 3317-1/02
MANUTENÇÃO E REPARAÇÃO DE EMBARCAÇÕES PARA ESPORTE E
LAZERS N
REPARADOR (A) DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS PARA AGRICULTURA
E PECUÁRIA3314-7/11
MANUTENÇÃO E REPARAÇÃO DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS PARA
AGRICULTURA E PECUÁRIAS N
REPARADOR (A) DE MÁQUINAS, APARELHOS E EQUIPAMENTOS PARA
INSTALAÇÕES TÉRMICAS3314-7/06
MANUTENÇÃO E REPARAÇÃO DE MÁQUINAS, APARELHOS E
EQUIPAMENTOS PARA INSTALAÇÕES TÉRMICAS
S N
VENDEDOR (A) DE AVES VIVAS, COE-LHOS E OUTROS PEQUENOS ANIMAIS
PARA ALIMENTAÇÃO4724-5/00 COMÉRCIO VAREJISTA DE
HORTIFRUTIGRANJEIROS N S
42
tributação do pescado no nordeste brasileiro
agradecimentosSEBRAE ALAGOASConselho Deliberativo EstadualPresidenteálvaro Arthur Lopes de Almeida
Diretoria ExecutivaDiretor SuperintendenteMarcos Antonio da Rocha Vieira
Diretor-TécnicoRonaldo de Moraes e Silva
Diretor de Administração e FinançasJosé Roberval Cabral da Silva Gomes
Coordenação do Projeto EstruturanteAquiNordeste Vânia Brandão de Britto
Gestores EstaduaisManoel Affonso M. Ramalho de Azevedo Liza Myrella Cavalcante Melo Bádue
SEBRAE BAHIAConselho Deliberativo EstadualPresidenteJoão Martins da Silva Júnior
Diretoria ExecutivaDiretor SuperintendenteEdival Passos Souza
Diretor-TécnicoLauro Alberto Chaves Ramos
Diretor de Administração e FinançasLuiz Henrique Mendonça Barreto
Coordenação do Projeto EstruturanteAquiNordesteCélia Márcia Fernandes
Gestores EstaduaisNancy Nascimento Santos Fábio Alves da Silva
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tributação do pescado no nordeste brasileiro tributação do pescado no nordeste brasileiro
SEBRAE CEARáConselho Deliberativo EstadualPresidenteJoão Porto Guimarães
Diretoria ExecutivaDiretor SuperintendenteCarlos Antonio de Moraes Cruz
Diretor-TécnicoAlci Porto Gurgel Junior
Diretor de Administração e FinançasAirton Gonçalves Junior
Coordenação do Projeto EstruturanteAquiNordestePaulo Jorge Mendes Leitão
Gestor EstadualFrancisco Carlos de Almeida Paulino
SEBRAE MARANHÃOConselho Deliberativo EstadualPresidenteCláudio Donisete Azevedo
Diretoria ExecutivaDiretora SuperintendenteSimone Lucília A. Macieira
Diretor-TécnicoJosé de Ribamar da Silva Morais
Diretor Administrativo-FinanceiroRaimundo Nonato Corrêa
Coordenação do Projeto EstruturanteAquiNordeste e Gestora EstadualPaula Waldira Bastos Ferreira
44
tributação do pescado no nordeste brasileiro
SEBRAE PARAÍBAConselho Deliberativo EstadualPresidenteMário Antônio Pereira Borba
Diretoria ExecutivaDiretor SuperintendenteLuiz Alberto Gonçalves de Amorim
Diretor-TécnicoJoão Alberto Miranda Leite
Diretor de Administração e FinançasRicardo Jorge Castro Madruga
Coordenação do Projeto Estruturante AquiNordesteFranco Fred Cordeiro Tavares Gestor Estadual Jucieux de Lucena Palmeira
SEBRAE PIAUÍConselho Deliberativo EstadualPresidenteJosé Elias Tajra
Diretoria ExecutivaDiretor SuperintendenteUlysses Gonçalves Nunes Moraes
Diretor-TécnicoDelano Rodrigues Rocha
Diretor de Administração e Finanças emexercícioUlysses Gonçalves Nunes Moraes
Coordenação do Projeto EstruturanteAquiNordesteGeórgia Alcântara Costa de Pádua
Gestor EstadualJoão Pinheiro Junior
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tributação do pescado no nordeste brasileiro tributação do pescado no nordeste brasileiro
SEBRAE RIO GRANDE DO NORTEConselho Deliberativo EstadualPresidenteSílvio de Araújo Bezerra
Diretoria ExecutivaDiretor SuperintendenteJosé Ferreira de Melo Neto
Diretor-TécnicoJoão Hélio Costa da Cunha Cavalcanti Júnior
Diretor de OperaçõesLázaro Mangabeira de Góis Dantas
Coordenador do Projeto EstruturanteAquiNordesteJosé Ronil Rodrigues Fonseca
Gestores EstaduaisMarcelo de Oliveira MedeirosRenato Augusto Gouveia de Carvalho
SEBRAE SERGIPEConselho Deliberativo EstadualPresidenteAntônio Carlos Francisco Araújo
Diretoria ExecutivaDiretora SuperintendenteLauro Aurélio V. S. Vasconcelos
Diretor-TécnicoEmanoel Silveira Sobra
Diretor Administrativo FinanceiroMarcelo Farias Barreto
Coordenação do Projeto EstruturanteAquiNordesteÂngela Maria de Souza
Gestora EstadualMaria Lúcia Alves
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tributação do pescado no nordeste brasileiro
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tributação do pescado no nordeste brasileiro tributação do pescado no nordeste brasileiro
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