universidade federal rural da amazÔnia curso …
Post on 27-Jun-2022
2 Views
Preview:
TRANSCRIPT
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA
CURSO BACHARELADO EM BIOLOGIA
CAMPUS CAPITÃO POÇO- PA
O Metabolismo lipídico em oócitos e embriões pré-implantacionais e
sua relação com a produção in vitro de embriões bubalinos: revisão e
análise crítica
FRANCISCA NADINE LIMA DE MOURA
MÔNICA COUTINHO DE CARVALHO
CAPITÃO POÇO - PARÁ
2018
FRANCISCA NADINE LIMA E MOURA
MÔNICA COUTINHO DE CARVALHO
O Metabolismo lipídico em oócitos e embriões pré-implantacionais e
sua relação com a produção in vitro de embriões bubalinos: revisão e
análise crítica
CAPITÃO POÇO- PA
2018
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao
curso de Bacharelado em Ciências Biológicas, da
Universidade Federal Rural da Amazônia, como
requisito para obtenção do grau de Bacharel em
Ciências Biológicas.
Orientadora: Drª Priscila Di Paula Bessa Santana
Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP)
Ficha Catalográfica
__________________________________________________________________________________
M 929 Moura, Francisca Nadine Lima de
O metabolismo lipídico em oócitos e embriões pré-implantacionais e sua relação
com a produção in vitro de embriões bubalinos: revisão e análise crítica./ Francisca
Nadine Lima de Moura, Mônica Coutinho de Carvalho. - Capitão Poço, 2018.
59 f.
Orientadora Dra. Priscila Di Paula Bessa Santana
Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação - Bacharelado em Ciências Biológicas)
– Universidade Federal Rural da Amazônia, Capitão Poço, 2018.
1. Metabolismo lipídico - células somáticas - embriões - oócitos. 2. Bubalinos -
produção in vitro - embriões. 3. Reprodução animal - biotécnicas - bubalinos. I.
Santana, Priscila Di Paula Bessa, orient. II. Título.
CDD: 23 ed. 636.08245
________________________________________________________________________________
Bibliotecária-Documentalista: Sheyla Gabriela A. Ribeiro CRB-2/1372
FRANCISCA NADINELIMA DE MOURA MÔNICA COUTINHO DE CARVALHO
O Metabolismo lipídico em oócitos e embriões pré-implantacionais e sua relação
com a produção in vitro de embriões bubalinos: revisão e análise crítica
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Federal Rural da Amazônia, como parte das exigências do Curso de Bacharelado em Ciências Biológicas para obtenção de grau.
Capitão Poço-PA: 17/08/2018
Banca Examinadora:
Prof.ª Drª Priscila Di Paula Bessa Santana (Orientadora)
(Universidade federal Rural da Amazônia-UFRA)
Prof.ª Drª Francisca das Chagas Bezerra de Araújo (Membro)
(Universidade Federal Rural da Amazônia-UFRA)
Prof.ª. Drª Julianne Silva de Lima (Membro) (Universidade estadual do Pará- UEPA)
Prof.º Drº Davidson Clayton Azevedo Sodré (Suplente)
(Universidade Federal Rural da Amazônia- UFRA)
AGRADECIMENTOS
Primeiramente a Deus por nos conceder o dom da vida, e por podermos estar
concluindo uma etapa muito importante de nossa vida acadêmica e pessoal.
Aos nossos familiares em especial, por estarem sempre presentes, dando todo
apoio e incentivo, mesmo que de longe, e que da melhor forma e intenção possível nos
auxiliaram ao longo dos quatro anos de curso.
A Universidade Federal Rural da Amazônia que nos acolheu e que apesar das
muitas dificuldades ao longo do curso, nos proporcionou grandes aprendizados que
levaremos sempre conosco.
A professora Drª Priscila Santana por ter sido uma super orientadora nos
proporcionando experiências acadêmicas incríveis e por além da relação acadêmica com
ensinamentos e oportunidades maravilhosas ter se tornado uma grande parceira e uma
pessoa super querida por nós, somos muito gratas pelo apoio e atenção concedidos.
Dedico
A minha família pelo apoio e incentivo.
Dedico
A minha família, em especial a minha mãe.
RESUMO
Em bubalinos, a técnica de produção in vitro de embriões vem sendo aplicada e se
encontra em fase de crescimento, pois ainda apresenta as menores taxas de blastocistos
formados e também um menor sucesso da gestação se comparado a espécie bovina. Em
relação ao metabolismo energético em oócitos e embriões, sabe-se que a presença de
lipídios, em especial os triglicerídeos (TAGs), atuam como uma importante fonte de ATP,
por meio da oxidação de ácidos graxos através da via de beta-oxidação na mitocôndria.
Alguns estudos relatam que o excesso da suplementação do meio de cultivo com
determinados tipos de suplementos, pode afetar de modo negativo oócitos e embriões
pelo acúmulo excessivo de gotículas lipídicas, interferindo no desempenho e no processo
de criopreservação. Estudos recentes têm atentado para o possível uso de co-cultivo com
células-tronco mesenquimais e de reguladores metabólicos, como a L-carnitina, para
melhorar o desempenho e diminuir o excesso de gotículas lipídicas presentes em oócitos
e embriões, aumentando o potencial do processo da via de beta-oxidação e o
desenvolvimento embrionário. Aqui são revisados os aspectos básicos do metabolismo
lipídico em células somáticas, oócitos e embriões, e são discutidos como o metabolismo
lipídico pode ser regulado para melhorar a eficiência da PIVE em búfalos.
Palavras-chave: PIVE, Metabolismo lipídico, Oócito, Embrião.
SUMMARY
In buffaloes, the technique of PIVE is being applied and is in the growth phase, as it still
presents the lowest rates of blastocyst formed and also a lesser success of the gestation
compared to the bovine species. In relation to the energy metabolism in oocytes and
embryos, it is known that the presence of lipids, in particular the triglycerides (TAGs), act
as an important source of ATP, by means of oxidation of fatty acids via the beta-oxidation
pathway in the mitochondria. Some studies report that excess supplementation of the
cultivation medium with certain types of supplements may adversely affect oocytes and
embryos by excessive accumulation of lipid droplets, interfering in the performance and
process of Cryopreservation. Recent studies have attempted the possible use of co-
culture with mesenchymal stem cells and metabolic regulators, such as L-carnitine, to
improve performance and decrease the excess lipid droplets present in oocytes and
embryos, increasing the Potential of the process of the beta-oxidation pathway and the
embryonic development. Here are revised the basic aspects of lipid metabolism in somatic
cells, oocytes and embryos, and are discussed how lipid metabolism can be regulated to
improve the efficiency of PIVE in Buffalo.
Key words: PIVE, lipid metabolism, oocyte, embryo.
LISTA DE ABREVIEATURAS
µm Micrômetro acetil-CoA Acetil coenzima A ACC Acetil CoA carboxilase ACSL Acil CoA sintetase de cadeia longa ATP Adenosina Trifosfato ATGL Lipase de Triglicerídeos de Adipócitos BSA Albumina Sérica Bovina CIV Cultivo in vitro CCO Complexo Cumulus Oophorus CPT1 Carnitina palmitoil transferase 1 FAC Ácido graxo sintetase FIV Fertilização in vitro FSH Hormônio Folículo Estimulante GH Hormônio do Crescimento HSL Hormone Sensitive Lipase iPS Células-tronco Pluripotentes induzida IGH Fator de Crescimento do tipo Insulina 1 LH Hormônio Luteinizante LLP Lipase Lipoprotéica MAPK Proteína quinase ativada por mitógeno MIV Maturação in vitro MRNAs RNAs mensageiros MII Metáfase II mSOF Meio Fluido Sintético do Oviduto OPU Ovum Pick Up QM Quilomícron SBE Soro de Búfalo em Estro SFB Soro Fetal Bovino TAG Triglicerídeos
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.......................................................................................... 9
1.2 Objetivo.................................................................................................... 10
1.3 Justificativa.............................................................................................. 10
2. METODOLOGIA....................................................................................... 11
3. REVISÃO DE LITERATURA.................................................................... 11
3.1. Aspectos gerais do metabolismo lipídico............................................. 11
3.1.1. Metabolismo lipídico em adipócitos........................................................... 11
3.1.2. Metabolismo lipídico em oócitos e embriões pré-
implantacionais.......................................................................................... 14
3.1.3. Função e dinâmica de gotas lipídicas em oócitos e embriões pré-
implantacionais.......................................................................................... 16
3.1.4. A influência do meio de cultivo in vitro no metabolismo lipídico de oócitos e
embriões..................................................................................................... 18
3.1.5. Participação de lipídios na reprogramação celular.................................... 18 3.2. Produção in vitro de embriões (PIVE) em búfalos............................... 20
3.2.1. Limitações da pive em bubalinos.............................................................. 20
3.2.2. Aprimoramentos na PIVE em bubalinos................................................... 22
3.3. Como a regulação do metabolismo lipídico pode influenciar nas
limitações e aprimoramentos da PIVE em
bubalinos.................................................................................................. 25
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................ 27
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................... 28
9
1. INTRODUÇÃO
O desenvolvimento e a utilização das biotécnicas da reprodução animal, como a
produção in vitro de embriões (PIVE), surgem como eixo central para aumentar a
capacidade de multiplicação de material genético superior e promover o melhoramento
animal sendo que a PIVE se destaca pelo fato de ser cada vez mais difundida e utilizada
comercialmente em vários países (OHASHI et al., 2006).
O emprego das biotécnicas da reprodução na espécie bubalina representa um
anseio da cadeia produtiva, a fim de atender as necessidades de multiplicação de
material de alto potencial genético e, consequentemente, ganhos produtivos em curtos
intervalos de tempo. No entanto, nesta espécie, ainda são encontrados alguns “entraves
” reprodutivos que limitam a alta produtividade (KHAKI et al.,2014).
A bubalinocultura tem apresentado grandes vantagens em relação a produção
de carne, leite e principalmente em sua adaptação às variações climáticas e de manejo,
quando comparado a outros ruminantes domésticos. Sua importância econômica
também está relacionada a longevidade e eficiência na conversão alimentar
(LOURENÇO, 2006).
Sendo assim, se faz necessário compreender o metabolismo reprodutivo em
búfalos para ajudar no desenvolvimento efetivo das biotecnologias reprodutivas, como a
produção in vitro de embriões (PIVE). Esta tecnologia apresenta algumas limitações
como a baixa qualidade de oócitos e embriões produzidos, havendo a necessidade de se
desenvolver um protocolo de acordo com as condições biológicas específicas que a
espécie apresenta.
Um aspecto metabólico relacionado a PIVE que vem sendo bastante estudado, é
o acúmulo de lipídeos no citoplasma de células gaméticas, como oócitos e embriões. E
um possível aprimoramento da técnica está relacionado ao uso da L-carnitina, um
regulador metabólico, com capacidade de transferir ácidos graxos livres de cadeia longa
do citosol para mitocôndrias, onde serão oxidados promovendo a geração de adenosina
10
trifosfato (ATP). (KNITLOVA et al. 2017; SPRICIGO et al., 2017; HELDHOELKER et al.
2017).
Esta revisão de literatura propõe a análise crítica e comparativa do metabolismo
lipídico em oócitos, embriões e células somáticas do tecido adiposo. Em seguida,
mostraremos (1) os aspectos gerais do metabolismo lipídico (2) diferenças no
metabolismo lipídico de oócitos e embriões (3) formas de regular o metabolismo lipídico
em oócitos e embriões (4) as limitações e aprimoramentos da PIVE em bubalinos e (5)
por fim, possíveis impactos de regular o metabolismo lipídico em oócitos e embriões de
búfalos. Desta forma, pretendemos abordar a importância de esclarecer o aspecto
metabólico de oócitos e embriões bubalinos para melhorar a PIVE nesta espécie.
1.2 Objetivo
Revisar de forma crítica os aspectos moleculares do metabolismo lipídico em
oócitos, embriões e células somáticas, e desse modo discutir a importância do
metabolismo lipídico para a PIVE em búfalos.
1.3 Justificativa
A PIVE é uma biotécnica reprodutiva que vem sendo utilizada em bubalinos, esta
biotécnica tem apresentado algumas limitações para sua produção em escala comercial,
devidos aos baixos resultados alcançados com as taxas de blastocistos 16,7 %
(GASPARRINI, 2002). Apesar da eficiência da PIVE ter aumentado nos últimos anos em
búfalos, a taxa de clivagem ainda é baixa quando comparada a de outras espécies
domésticas (GASPARRINI, 2008).
Em bubalinos, a elevada concentração de lipídeos presentes no citoplasma dos
oócitos e embriões pode representar um fator limitante ao sucesso da PIVE
(GASPARRINI et al., 2002).
11
Deste modo entender como funciona o metabolismo lipídico em oócitos e
embriões bubalinos produzidos in vitro é importante para compreender como de fato
moléculas lipídicas atuam nos estágios do desenvolvimento pré-implantacional
embrionário.
Esta revisão buscou mostrar como o metabolismo lipídico é um fator de
importância durante a realização da PIVE, compreender como este metabolismo funciona
e é regulado pode ser essencial para aumentar as taxas de sucesso.
2. METODOLOGIA
O presente trabalho foi realizado por meio de uma pesquisa descritiva com leitura
exploratória e seletiva, a partir de uma revisão bibliográfica. Foram utilizados livros,
artigos científicos e sites de pesquisa, com o objetivo de compreender e discutir a relação
do metabolismo lipídico em oócitos e embriões e a produção in vitro de embriões.
3. REVISÃO DE LITERATURA
3.1 Aspectos gerais do metabolismo lipídico
3.1.1 Metabolismo lipídico em adipócitos
O principal reservatório energético de qualquer organismo é o tecido adiposo, ele
apresenta os únicos tipos celulares especializados no armazenamento de lipídios em
forma de triacilglicerol ou triglicerídeos (TAG). Os adipócitos apresentam enzimas e
proteínas necessárias para a síntese de ácidos graxos (lipogênese) e para estocar
triacilglicerol em momentos onde a oferta é abundante e também para mobilizá-los pela
processo de lipólise (AHIMA et al. 2000; FONSECA-ALANIZ et al. 2006).
Segundo GUYTON & HALL (2002, p.730) as células do tecido adiposo, os
adipócitos, apresentam alta capacidade de armazenamento de TAGs, em torno de até
80 a 95% do seu volume. Quando a ingestão de substratos energéticos é maior que o
gasto energético, triglicerídeos são armazenados (lipogênese), ao passo que em
12
períodos de jejum, a energia é liberada sob a forma de ácidos graxos (lipólise) (VIEIRA
et al., 2005). A lipogênese e lipólise são ilustradas na Figura 1.
Figura 1 - Processo de Lipogênese e Lipólise respectivamente em adipócitos maduros.
A lipogênese ocorre com o aumento de insulina no sangue, que ativa a Lipase Lipoprotéica
(LPL) que degrada os triglicerídeos dos quilomícrons (QM) e das lipoproteínas de aixa densidade
(VLDL) à ácidos graxos, que logo após entram no adipócito e são esterificados pelo glicerol-3-
fosfato formando os triglicerideos que serão armazenados na gotícula lipídica. Na lipólise os
triglicerídeos armazenados sofrem hidrólise pela Lipase Sensível a Hormônio (HSL) que serão
mobilizados para produzir ácidos graxos livres e glicerol. Fonte: BADIMON et al (2015) Adaptada.
Os triglicerídeos são formados por três cadeias de ácidos graxos esterificados em
uma molécula de glicerol (GUYTON; HALL,2002). No organismo, os triglicerídeos
provenientes da dieta, são absorvidos pelas células da mucosa intestinal em forma de
partículas lipoprotéicas, chamadas de quilomícrons (JUNQUEIRA; CARNEIRO,2008). Os
quilomícrons são um agregado de lipoproteínas, formadas de triglicerídeos, fosfolipídios,
colesterol e proteínas (AIRES, 1999), que atuam no transporte de lipídios oriundos da
dieta para o tecido adiposo (TORTORA; GRABOWSKI, 2006).
13
Nos adipócitos, os quilomícrons passam por hidrólise pela ação da lipase
lipoprotéica (LLP), liberando ácido graxo e glicerol, podendo ser incorporados as células
adiposas recombinando-se e formando novos triglicerídeos, sendo estes armazenados
(JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2008).
Os ácidos graxos são requeridos como fonte energética por grande parte das
células do corpo, com exceção das células neurais do cérebro (GUYTON,1988). A
molécula de glicerol, portanto, é oxidada em alguns tecidos, como o fígado, onde a parte
que vai para ele para ser metabolizada é posteriormente transformado em energia ou
ainda podendo ser destinada a formação de novos TAGs (KRUMMEL, 1998).
A lipólise ocorre com a necessidade de suprimento energético pelo corpo, onde
os lipídios armazenados são transferidos para os tecidos na forma de ácidos graxos
livres, que são liberados dos adipócitos no processo de lise. Os ácidos graxos se ligam a
albumina do plasma sanguíneo para o transporte (KRUMMEL, 1998). O glicerol liberado,
pode ser convertido em gliceraldeido-3-fosfato que pode ser transformado em glicose ou
ainda entrar no Ciclo de Krebs (TORTORA; GRABOWSKI, 2006). Os ácidos graxos são
catabolizados tanto nos adipócitos quanto nas células musculares para produzir ATP
(TORTORA, GRABOWSKI, 2006).
Os ácidos graxos são degradados e oxidados no interior das mitocôndrias, onde
por meio da via de beta-oxidação, formam a acetil coenzima A (acetil- CoA), são essas
moléculas que passam pelo processo de oxidação liberando grande quantidade de
energia, ou seja, moléculas de ATP (GUYTON, HALL, 2002). Fatores hormonais também
atuam no processo de equilíbrio entre depósito e mobilização de lipídios na célula adiposa
(GENESER, 2003).
As Acil CoA Sintetases de Cadeia Longa (ACSLS) pertencem a uma família de
enzimas que ativam os ácidos graxos de cadeia longa, gerando acil-CoA, um substrato
essencial para a síntese de vários tipos de lipídios, incluindo TAGs (YAO H et al., 2008;
Y FUJIMOTO et al., 2007). As ELOVLS de 1 a 7 são responsáveis pelo alongamento de
ácidos graxos de cadeia muita longa saturada, monoinsaturada e poliinsaturada (LUA,
Y.A et al., 2009; WANG et al., 2006).
14
A lipólise de TAG intracelular dentro de gotículas lipídicas é catalisado por lipases
intracelular incluindo a Hormone-Sensitive Lipase (HSL) e por Lipase de Triglicerídeos
de Adipócitos (ATGL) (HIXENBAUGH et al. 1989, LOBO et al., 2009).
Os ácidos graxos podem ser provenientes da quebra da gota lipídica por lipases
ou de biossíntese celular (DEL COLLADO, 2013).Segundo DOWNS e colaboradores
(2009), o acetil-CoA é convertido em malonil-CoA pela enzima acetil-CoA carboxilase
(ACC) que, por sua vez, será convertido em ácido graxo pelas enzimas ácido graxo
sintetase (FAC) e em caso de requerimento energético, o ácido graxo é metabolizado a
acil-CoA graxo, que será transportado até o interior da mitocôndria mediante carnitina e
o receptor celular chamado carnitina palmitoil transferase 1 (CPT1).
Entender o mecanismo base de lipídios em células adiposas é o primeiro passo
para compreender como essas moléculas atuam no metabolismo energético do
organismo como um todo, sendo este conhecimento, a base para o bom entendimento
ou até mesmo por favorecer especulações de como lipídios atuam no metabolismo
energético de oócitos e embriões durante os eventos reprodutivos e embriológicos.
3.1.2 Metabolismo lipídico em oócitos e embriões pré-implantacionais
Sabemos que os ácidos graxos são utilizados como fonte de energia durante a
maturação oocitária e desenvolvimento embrionário inicial (FERGUSON et al., 2006) até
o estágio de 8 a 16 células, que em bovinos corresponde a ativação do genoma do próprio
embrião e início da síntese de transcritos (LIM et al., 1999).
Grande parte dos lipídios intracelulares em oócitos e embriões bovinos são TAGs,
correspondendo a 50% da massa lipídica total em embriões produzidos in vivo. No
entanto essa proporção pode chegar a 88% da massa de lipídios em embriões produzidos
in vitro (PEREIRA et al., 2008).
Atualmente, acredita-se que os ácidos graxos poliinsaturados atuem regulando o
momento da retomada da maturação nuclear do oócito e a expansão das células do
cumulus, eventos críticos para o desenvolvimento oocitário e fertilização (MAREI et al.,
2010). Na espécie bovina, o hormônio do crescimento (GH), causa aumento no
metabolismo de lipídios e de glicogênio nos blastocistos (KOLLE et al., 2001).
15
Os ácidos graxos poliinsaturados, compreendem cerca de 20% do total, sendo o
ácido linolênico o mais abundante deles (SANTOS et al., 2008b). Esse acúmulo lipídico
intracitoplasmático funciona como um reservatório energético para o desenvolvimento
embrionário inicial (KIM et al, 2001; ZERON et al, 2001; STURMEY et al., 2009).
Em humanos, transcritos envolvidos na via de beta-oxidação, como a sintetase de
Acil-CoA, Desidrogenases Acil-CoA e Enoil-CoA Hidratase, tem sido detectado em
oócitos e nas células do cumulus (MONTJEAN et al., 2012). A beta-oxidação é uma
reação necessária para a retomada da meiose e da maturação nuclear em oócito bovino
e suíno (PACZKOWSKI et al., 2013).
O metabolismo lipídico é induzido no complexo cumulus oócito durante a
maturação e este beneficia o potencial desenvolvimento de oócitos. Sabe-se que a
lipólise e a beta-oxidação no interior do complexo cumulus oophorus (CCO) apresentam
influência significativa no desenvolvimento embrionário (DUNNING et al., 2014), sendo
portanto, de grande relevância saber quais os genes reguladores essenciais na
competência do oócito e do desenvolvimento pré-implantacional, se fazendo necessário
mais estudos para elucidar o perfil completo dos genes reguladores do metabolismo
(DUNNING et al. 2014). No entanto, ainda há muito a desvendar sobre como é regulado
o metabolismo de triglicerídeos, a lipólise de ácidos graxos e a beta-oxidação em células
do cumulus e oócitos (DUNNING et al., 2014).
Sabemos que lipídios estão presentes em oócitos e embriões, em grande parte,
na forma de TAGs, o qual é transportado para dentro da mitocôndria na forma de ácidos
graxos, molécula utilizada na via de beta-oxidação para geração de ATP para atender a
demanda energética celular em eventos importantes, que vão desde a competência do
oócito com a maturação oocitária envolvendo importantes transformações nucleares,
citoplasmáticas e moleculares até o estágio de blastocisto.
Como de fato funciona o metabolismo de lipídios em oócitos e embriões bovinos
e bubalinos em especial, ainda é algo a ser desvendado, mas o pouco que se sabe a
respeito, é que lipídios associadas a co-fatores, enzimas e proteínas, oferecem suporte
energético para eventos celulares, e que a ausência destes, acarreta em menores taxas
de competência oocitária e blastocistos gerados.
16
3.1.3 Função e dinâmica de gotas lipídicas em oócitos e embriões pré-implantacionais
Os triglicerídeos são a principal classe de lipídios encontrados no citoplasma das
células de mamíferos, e são armazenados em forma de gotículas lipídicas (FERGUSON
et al., 1999; MCKEEGAN et al., 2011). Para o início do desenvolvimento embrionário,
essas gotículas parecem funcionar como fonte de energia para oócitos e embriões
(STURMEY et al., 2009; FERGUSON et al.,2006).
A gota lipídica ilustrada na Figura 2, é composta por núcleo hidrofóbico de lipídios
neutros, ou seja, lipídios que são armazenados, como triacilgliceróis e ésteres, circulado
por uma parte anfipática formada por uma monocamada de fosfolipídios, colesterol e
proteínas (BROWN, 2001 e MARTIN et al., 2006). Quando formada, a gota lipídica pode
ter um diâmetro que varia de 0,1 µm nas células dos fungos, até 200 µm nos adipócitos
(WALTHER E FARESE, 2009).
Figura 2 - Morfologia da gota lipídica: núcleo composto por lipídeos neutros, envolvidos por uma
monocamada de fosfolipídios, colesterol e proteínas
Fonte: OLOFSSON et al, (2009).
17
As gotas lipídicas são organelas dinâmicas, podendo aumentar de tamanho
realizando o transporte de lipídios neutros até o interior da gota. A fusão entre duas gotas
lipídicas é independente da biossíntese da TAGs, sendo que 15% das gotas de qualquer
célula sofrem esse processo em um determinado momento (OLOFSSON et al., 2009).
Gotas lipídicas, mitocôndrias e o retículo endoplasmático parecem formar uma
tríade de trabalho no momento do fornecimento de energia para a célula. (DEL
COLLADO, 2013). As mitocôndrias e as gotículas lipídicas estão intimamente
relacionadas e são consideradas de grande importância pelo fato de serem responsáveis
pelo suporte energético de qualquer célula (DUNNING et al., 2014).
Durante a maturação do oócito, a atividade e organização das gotas lipídicas e
das mitocôndrias são particularmente relevantes, visto que a fosforilação oxidativa é a
principal via para fornecer ATP para as atividades celulares (WANG; SUN, 2007).
Oócitos das espécies suína, bovina e ovina acumulam alto conteúdo lipídico no
citoplasma (MCKEEGAN E STURMEY, 2012). Os lipídios endógenos são suficientes
para suportar o requerimento metabólico durante a maturação, fertilização e
desenvolvimento embrionário (STURMEY et al., 2009). Porém se desconhece o período
exato em que ocorre a acumulação de lipídios em oócitos (MCKEEGAN E STURMEY,
2012).
De acordo com Sudano et al (2016), em bovinos, as gotículas de lipídios no
citoplasma de oócitos e embriões se apresentaram homogeneamente distribuídas, e o
conteúdo lipídico aumentou no estádio de mórula em comparação com outros estágios,
seguido por uma diluição no estágio de blastocisto. A quantidade citoplasmática de
gotículas lipídicas aumentada no estádio de mórula concomitantemente ao aumento de
Acil CoA Sintetases de Cadeia Longa (ACSLS3), levou a supor que existe uma
acumulação e combinação de gordura com a ativação do genoma, na fase de 8 a 16
células (SIRARD M.A, 2012).
Dessa forma, as gotas lipídicas parecem ser fontes essenciais de energia para o
desenvolvimento de oócitos e embriões, sendo essencial no metabolismo lipídico durante
a fase de maturação até o desenvolvimento embrionário.
18
3.1.4 Influência do meio de cultivo in vitro no metabolismo lipídico de oócitos e embriões
Os meios de cultivo utilizados na PIVE podem influenciar a quantidade de lipídios
presentes em oócitos e embriões, particularmente pela adição de Soro fetal bovino (SFB)
(STURMEY et al., 2009). Durante a maturação in vitro (MIV) ocorre a absorção de lipídios
proveniente do SFB em oócitos de bovinos (KIM et al., 2001).
Em bubalinos, a elevada concentração de lipídios no citoplasma dos oócitos e
embriões representam um fator limitante (GASPARRINI et al., 2002), pois acredita-se que
o SFB esteja intimamente relacionado ao processo de acúmulo lipídico e promova o
excesso de gotas lipídicas citoplasmáticas, fato relacionado à diminuição da
criotolerância dos embriões (ABE et al., 1999; RIZOS et al., 2003).
Por outro lado, a suplementação com soro fetal bovino, apresenta efeitos
favoráveis durante a maturação de oócitos em bubalinos, uma vez que este composto
possui fatores de crescimento que possuem importante papel na regulação da maturação
do oócito, além de impedir a diminuição da fluidez da zona pelúcida (MAHMOUD;
NAWITO, 2003).
Porém, sabe-se que o uso de suplementos como o SFB aos meios de cultivo em
altas concentrações, podem levar a efeitos negativos na eficiência da criopreservação de
embriões, devido ao alto conteúdo lipídico que estes passam a acumular, prejudicando a
membrana do oócito e embrião. Por outro lado, de acordo com alguns relatos sobre o
uso da L-carnitina aos meios de cultivo, o excesso de lipídios em oócitos e embriões
diminuiu devido a indução da atividade de beta-oxidação que esta molécula promove.
Ainda não é possível fazer a total substituição do SFB na PIVE, tendo em vista
que ele é um dos principais suplementos e que necessita de estudos para essas
adaptações. A Utilização da L-carnitina pode ser uma grande descoberta para solucionar
o acúmulo de lipídeos em oócitos e embriões bubalinos.
3.1.5 Participação de lipídios na reprogramação celular
Estudos recentes têm demostrado que os lipídios exercem papel essencial em diversos
mecanismos celulares, atuando como precursores de uma série de mensageiros
secundários gerados durante as vias de transdução (DIVECHA; IRVINI, 1995;
19
BIEBERICH, WANG, 2011). Componentes lipídicos e lipoproteicos afetam vários
aspectos no comportamento celular durante sua sobrevivência e diferenciação, podendo
atuar por diferentes mecanismos, como, ativação de receptores de membrana, que
ativam fatores regulatórios citoplasmáticos que estimulam ou bloqueiam sinais
específicos de vias de transdução (CHAWLA, 2001; RAWSON, 2003; STULING, 2003).
Em relação ao metabolismo energético em células pluripotentes, este depende
quase que exclusivamente da glicólise como sua principal fonte de produção de ATP,
com aumento no fluxo glicolítico e diminuição nas fases de respiração celular, que
envolvem a produção de ATP a partir de mitocôndrias. (PANOPOULOS et al., 2012;
FOLMES, PARK, TERZIC, 2013).
O metabolismo em células pluripotentes é essencial, pois a glicólise favorece a
proliferação e auto renovação celular, enquanto a diferenciação celular necessita de
maior eficiência do metabolismo oxidativo mitocondrial (HOM et al.,2011;
AGATHOCLEUS et al., 2012; FOLMES et al.,2012).
Em um estudo realizado por RATTO (2016) a respeito de lipídios envolvidos em
mecanismos de pluripotência em células-tronco pluripotentes induzidas (iPS) em
humanos, de modo geral, mostrou que a composição lipídica em células pluripotentes
são de extrema importância para a evolução do processo de reprogramação celular e da
manutenção da pluripotência.
Dessa forma, estudos têm evidenciado cada vez mais interações do metabolismo
lipídico e a biossíntese lipídica nos mecanismos de pluripotência (KNOBLOCH et al.,
2012). Com isso, conhecimentos a respeito da composição lipídica de células iPS e
células-tronco embrionárias podem fornecer indícios relevantes sobre como funcionam
as vias metabólicas e vias de transduções lipídicas em embriões pré-implantacionais
(FERREIRA et al., 2010).
Ao que parece existe uma certa similaridade em relação as vias utilizadas por
oócitos e embriões versus outros tipos celulares como por exemplo as iPS as quais se
beneficiam da geração de energia proveniente da via glicolítica, apresentando melhores
níveis de ATP gerados para coordenar os processos de crescimento celular,
reprogramação e desenvolvimento a partir da fosforilação oxidativa. Com isso, podemos
supor que a diferença entre oócitos e embriões versus células iPS, com relação ao
20
metabolismo lipídico, seja a provável presença de diferentes classes lipídicas utilizadas
no processo de obtenção de ATP.
3.2 Produção in vitro de embriões (PIVE) em búfalos
A PIVE é uma uma biotécnica que tem tido grandes avanços na área da
reprodução animal, com ampla aplicação em animais domésticos (DUSZEWSKA et. al
2012). De maneira geral, a primeira fase da PIVE é a obtenção de oócitos por aspiração
folicular guiada por ultrassonografia (do inglês, ovum pick up- OPU) ou por punção de
ovários obtidos de abatedouro frigorífico. Em seguida são realizadas a maturação in vitro
(MIV), fecundação in vitro (FIV) e o cultivo in vitro (CIV) (OBA et al., 2011).
Na espécie bubalina a PIVE se encontra em fase de aprimoramento, sendo vista
com um alto potencial de mercado na área. A seguir revisaremos algumas limitações
relacionadas a PIVE em bubalinos como a baixa taxa de blastocistos, qualidade e
quantidade de oócitos recuperados e os meios de cultivo utilizados, as quais tem
dificultado o uso desta técnica em larga escala comercial (NANDI et al., 2002; DROST,
2007; GASPARRINI, 2007). Assim como revisaremos algumas iniciativas para aprimorar
esta biotecnologia e superar as limitações anteriormente citadas.
3.2.1 Limitações da PIVE em bubalinos
O sucesso da PIVE está intimamente relacionado à qualidade do oócito e a
capacidade do meio de maturação em fornecer a ele as condições necessárias para seu
desenvolvimento (OBA et al., 2011). Dentre as principais limitações da técnica de PIVE
em bubalinos se destacam a quantidade e qualidade dos oócitos, seleção das doadoras
de oócitos, e os meios de cultivo de oócitos/embriões (OHASHI et al., 2017).
A fonte de obtenção dos oócitos em bubalinos é um fator capaz de influenciar na
aquisição da competência. Tendo em vista a origem do oócito, é possível analisar que
quando coletados de ovários de frigorífico os oócitos possuem menor capacidade de se
tornar um blastocisto do que quando coletados através da OPU (NEGLIA et al., 2003).
21
Em bubalinos, a colheitas de oócitos utilizando a técnica de OPU podem ser
realizadas de forma repetida sem efeitos locais (GUPTA et al., 2006), onde a taxa de
blastocistos produzidos provenientes de oócitos obtidos por OPU é alta em comparação
aos obtidos em abatedouro (NEGLIA et al. 2003; MANJUNATHA et al., 2008). Dessa
forma a técnica de OPU é aplicada com sucesso em búfalas em diferentes estágios
reprodutivos, e com o uso do hormônio folículo estimulante (FSH), o número de oócitos
aspirados é ainda maior (PROMDIREG et al., 2005).
De qualquer forma, a qualidade e a quantidade dos oócitos recuperados por
aspiração folicular guiada por ultrassom é muito variável. A taxa de clivagem dos oócitos
selecionados como viáveis para PIV é de aproximadamente 50%, mas apenas 10% se
desenvolvem até estágio de mórula ou blastocisto (MANIK et al., 2006).
A recuperação de oócitos e a produção de embriões são baixas em comparação
com o resultado para bovinos (GALLI e LAZZARI, 1996). De acordo com trabalhos
realizados por OHASHI et al, no período de 2001 a 2005, foi possível observar que em
Nelore foram obtidos 12,3 oócitos/doadora e em búfalas 5,1, com taxa de embrião de
1,14 e 0,18 embrião/doadora para a espécie zebuína e bubalina, respectivamente.
Verificando-se que a espécie zebuína produziu cerca de seis vezes mais embriões do
que a espécie bubalina, evidenciando o fato de que o menor número e a baixa qualidade
dos oócitos acarretaram consequentemente a um menor número de embriões por
doadora, fato que torna evidente que na espécie bubalina há uma maior dificuldade de
se produzir embrião pelo processo de PIVE, influenciando desta forma no custo da
prenhez (OHASHI et al., 2017).
A dificuldade de se produzir embrião pela PIVE deve-se também ao fato de a
competência dos oócitos bubalinos ser influenciada por fatores biológicos e ambientais,
como tamanho do folículo, diâmetro do oócito, presença ou ausência de corpo lúteo no
ovário e temperatura ambiente (LEAL et al., 2007, 2010; SIQUEIRA et al., 2009).
Comparando a maturação ocorrida dentro do ambiente folicular (in vivo) ou fora
dele (in vitro), conclui-se que apesar de possuírem taxas semelhantes de maturação e
clivagem, oócitos que completam a maturação in vitro refletem em menores taxas de
produção de mórulas e blastocistos do que quando maturados in vivo (SHARMA et al.,
2012), diferentemente do que ocorre em bovinos (MAKITA et al., 2016).
22
Na FIV, a qualidade inconsistente do sêmen bubalino levou a variabilidade de
resultados no passado (GALLI et al., 2010). O perfil do touro bubalino deve ser avaliado,
a fim de otimizar a concentração espermática requerida durante a FIV, maximizar as
taxas de fertilização e minimizar a taxa de polispermia (OBA et al., 2011).
O embrião bubalino apresenta algumas diferenças em relação ao embrião bovino,
como por exemplo, maior depósito de lipídios citoplasmáticos (BONI et al., 1992;
MONDADORI et al., 2010) e uma cinética de desenvolvimento mais acelerada,
permitindo que o embrião bubalino alcance o estágio de blastocisto aos 5,5 a 6 dias,
portanto, mais precoce que o embrião bovino, o qual chega ao mesmo estágio no
sétimo/oitavo dia(OHASHI et al., 2017).
Em uma meta análise realizada por Suresh et al (2009) analisando mais de 100
artigos publicados entre 1991 e 2008, observaram valores médios de taxa de blastocisto
ao redor de 20%, valores considerados baixos pelos autores, resultado dentro dos
parâmetros relatado no Brasil por Ferraz et al (2015), onde as taxas variaram de 9,6 a
19,5%.
Por outro lado, em um projeto desenvolvido por OHASHI et al (2017), até o
momento, observou-se taxa de blastocisto de 36,58 ± 18,1%, com grande variação de
resultado como pode ser observado pelo desvio padrão, sendo observada uma grande
variação individual nas doadoras e também entre touros utilizados como doadores de
sêmen, demonstrando a necessidade da seleção prévia da doadora e do touro para um
bom resultado no processo de PIVE(OHASHI et al., 2017 ).
Desta forma, podemos concluir que a principal limitação da PIV em bubalinos
deve-se a baixa quantidade e qualidade dos oócitos recuperados, devido à baixa
população folicular que algumas fêmeas bubalinas apresentam associado a fatores como
temperatura e o tempo prolongado da etapa de maturação, levando ao envelhecimento
do oócito e posteriormente a falhas no desenvolvimento embrionário.
3.2.2 Aprimoramentos na PIVE de bubalinos
A aplicação do hormônio somatotropina bovina tem sido aplicado em búfalas
visando a obtenção de maior número de oócitos e de melhor qualidade (competentes)
23
(SÁ FILHO et al., 2009). Entretanto Ferraz et al (2015), obtiveram melhora na quantidade
e na qualidade dos oócitos, mas paradoxalmente, obtiveram menor taxa de embrião
comparado ao grupo controle que não recebeu o hormônio.
Um passo determinante para melhorar a quantidade e qualidade do embrião
bubalino produzido in vitro foi a adição de substâncias com propriedades antioxidantes,
principalmente a cisteamina, que quando adicionada somente no meio de maturação ou
ao meio de maturação e de cultivo embrionário melhoraram a taxa de maturação oocitária
e a qualidade dos embriões produzidos (GASPARRINI et al., 2000; GASPARRINI et al.,
2003; ANAND et al., 2008). Outras substâncias como a taurina e a melatonina, que atuam
também como antioxidantes foram utilizadas nos meios de maturação e cultivo
embrionário melhorando as taxas de maturação e de embriões transferíveis em bubalino
(MANJUNATHA et al., 2009).
Foram realizados estudos sobre os efeitos da adição de compostos derivados de
thiol, e foi possível observar que o acréscimo de cisteamina e/ou cistina aos meios de
cultivo melhorou as taxas de maturação e de blastocistos. (GASPARRINI et al., 2002;
2006). Isso devido ao processo de estimulação da síntese de glutationa exercido pela
cisteamina (GASPARRINI et al., 2003) e ainda por proteger o material genético de danos
durante a MIV (MUKHERJEE et al., 2010).
SINGHAL et al. (2009) relataram taxa de 52,2% de blastocisto quando a maturação
oocitária foi realizada com Fator de Crescimento do Tipo Insulina 1 (IGF) e cisteamina
comparado a uma taxa de 7,7% quando foi realizada com Fator de Crescimento
epidérmico (EGF) e beta-mercaptoetanol. Evidenciando que diferentes fatores de
crescimento e substâncias antioxidantes podem afetar significativamente as taxas de
desenvolvimento embrionário em búfalos.
Por isso, o desenvolvimento de meios de maturação associados à suplementação
com fatores de crescimento e antioxidantes, tem se tornado objeto de estudo de diversas
pesquisas (NANDI et al., 2002; PUROHIT et al., 2005; ANAND et al., 2008; SINGHAL et
al., 2009; ROCHA-FRIGONI et al., 2016).
Atualmente, está sendo testado em cultivo de embrião bubalino, meio
condicionado com células-tronco, com resultados promissores (BHARDWAj et al. 2016).
24
E segundo os autores essas células produzem fatores de crescimento que atuam no
metabolismo embrionário (OHASHI et al., 2017).
GASPARINI et al. (2008) demonstraram que a maioria dos oócitos bubalinos
concluem a maturação nuclear entre 21 e 24 h após o início da maturação in vitro. Porém
em um estudo realizado por SANTOS et al. (2002) onde foi feito a análise da maturação
nuclear com diferentes tratamentos, ou seja, diferentes meios de suplementação, foi
possível observar que em bubalinos, a adição de gonadotrofinas e estradiol ao meio de
cultivo, permitiu maior percentual de maturação nuclear, com valor máximo de MII (72%)
e baixo índice de degeneração obtido em 26 a 28 h de cultivo.
A temperatura ótima avaliada para MIV em bubalinos foi de 38,5º C
(RAVINDRANATHA et al. 2003). A presença do soro fetal bovino e gonadotrofinas como
hormônio folículo estimulante (FSH) e hormônio luteinizante (LH), demonstraram ser
essenciais para a maturação do oócito bubalino (CHAUAN et al. 1997; ABDON et al.
2001). Melhores resultados são alcançados com a utilização de oócitos provenientes de
folículos entre 4 a 8 mm, envolvidos por várias camadas de células do cumulus utilizando
meio Tissue Culture Medium (TCM- 199) suplementado com soro fetal bovino, FSH e
cisteamina (SURRESH et al., 2009).
Outro aprimoramento positivo na PIVE de bubalinos é que o sêmen congelado tem
sido bastante utilizado não interferindo nas taxas de fertilização (COMIZZOLI et al., 2003),
além disso o sêmen sexado do búfalo não tem apresentado diferenças em relação ao
desenvolvimento de blastocistos e nascimentos após a FIV (LU et al., 2007; LIANG et al.
2008).
O cultivo in vitro utilizando o meio Fluido Sintético do Oviduto modificado (mSOF)
suplementado com albumina sérica bovina (BSA) e aminoácidos, apresentou uma taxa
de sobrevivência e qualidade dos blastocistos congelados bem maior que em sistemas
de co-cultura que utilizam células do oviduto (GASPARRINI, 2002; PUROHIT et al.,
2005).
Dessa forma, de acordo com a literatura, os aprimoramentos da PIVE se destacam
pela seleção de búfalas com alto conteúdo folicular e touros com sêmen de qualidade,
sendo de grande relevância para o sucesso da PIV em bubalinos, além disso, esta técnica
vem mostrando resultados satisfatórios com a utilização de substâncias antioxidantes,
25
fatores de crescimento e gonadotrofinas acrescidos aos meios de maturação e cultivo in
vitro, sendo possível observar efeitos positivos em relação a capacidade de formar
blastocistos. Além disso, o uso de células-tronco vem se tornando alvo de grandes
estudos devido ao potencial de fornecer ao embrião um ambiente favorável com efeitos
positivos sobre o metabolismo de embriões.
3.3 Como a regulação do metabolismo lipídico pode influenciar nas limitações e
aprimoramentos da PIVE em bubalinos
Diversos estudos têm buscado a reduzir o acúmulo lipídico em oócitos e embriões
com o uso de reguladores do metabolismo lipídico no decorrer da PIVE. Estes
reguladores são capazes de influenciar a expressão de genes reguladores do
metabolismo de lipídios e assim melhorar a competência de desenvolvimento e qualidade
embrionária (GHANEM et al., 2014, SPRICIGO et al., 2017).
Nesse contexto, a L-carnitina, vem sendo bastante estudada na PIVE, pela sua
capacidade de transferir ácidos graxos livres de cadeia longa do citosol para
mitocôndrias, onde serão oxidados promovendo geração de ATP (KNITLOVA et al., 2017;
SPRICIGO et al., 2017; HELD-HOELKER et al. 2017).
O equilíbrio entre a quantidade de lipídeos nos oócitos e nos embriões é
importante visto que seu excesso prejudica o processo de criopreservação com influência
na membrana da célula e sua falta leva a um menor aporte de energia às células. Com
isso, é muito importante que novas estratégias envolvendo a otimização do processo de
beta-oxidação sejam desenvolvidas in vitro (DUNNING et al., 2014).
Em decorrência do SFB ser um composto rico em ácidos graxos e, sabendo da
capacidade destes de serem transportados até o citoplasma oocitário, seria esperado o
aumento de lipídios nos oócitos, podendo promover ação prejudicial (DEL COLLADO et
al., 2014). Tal fato pode ser prejudicial para embriões bubalinos, pois como demonstrado
em um estudo ultra estrutural, já existe uma abundância de grânulos citoplasmáticos
caracterizados por alto teor lipídico em oócitos desta espécie (BONI et al., 1992;
26
GASPARRINI, 2002). E é provável que oócitos e embriões de búfalos sejam mais
sensíveis ao estresse oxidativo, pelo aumento de espécies reativas de oxigênio devido
ao seu alto conteúdo lipídico (GASPARRINI et al., 2006).
Apesar de serem desconhecidos exatamente quais são os fatores que o SFB
possui e que permitem a obtenção de melhores taxas de desenvolvimento embrionário,
por não ser um componente totalmente definido em termos de composição, sabe-se que
o SFB é um meio constituído por albumina, ácidos graxos, aminoácidos, vitaminas e
fatores de crescimento. Tais compostos são responsáveis por melhorar a expansão das
células cumulus, o que parece ser necessário para que ocorra a adequada maturação,
tanto nuclear quanto citoplasmática com reflexos diretos no desenvolvimento embrionário
(ABE; HOSHI, 2003).
Em um estudo realizado em búfalos, com o intuito de avaliar os efeitos do SFB e
do soro de búfalo em estro (SBE) durante a MIV, foi verificado que a taxa de maturação
dos oócitos foi maior nos grupos onde se utilizou SFB. Isso pode estar relacionado ao
efeito de fatores de crescimento, nutrientes e antioxidantes presentes no SFB (PURI et
al., 2015).
Apesar de alguns estudos buscarem substituir o SFB nos meios usados na PIVE,
com o objetivo de se reduzir o acúmulo lipídico, recentemente têm surgido estratégias
que envolvem a otimização do processo de beta-oxidação, como o uso da L-carnitina,
por exemplo, nas etapas de MIV e CIV (FIGUEIRÓ, 2018).
Em diversas espécies, a utilização de L-carnitina nos meios de cultivo de folículos,
maturação oocitária e cultivo de desenvolvimento embrionário in vitro tem apresentado
efeito benéfico, como por exemplo, nas taxas de maturação nuclear (meiose II) dos
oócitos, taxas de fertilização, clivagem dos embriões, taxas de produção embrionária e
quantidade de células presentes na massa celular interna de blastocistos, além da
redução no conteúdo lipídico de embriões (DUNNING et al.,2010; SOMFAI et al., 2011;
SUTTON-MCDOWALL et al., 2012).
Em um estudo realizado por FIGUEIRÓ (2018) com o objetivo de avaliar os efeitos
da redução da concentração de SFB e/ou o uso da L-carnitina na MIV sobre o
desenvolvimento pré-implantacional e acúmulo lipídico nos embriões, foi observado que
é possível reduzir a concentração de SFB em até 5% nos meios de maturação in vitro
27
para produção de embriões em bubalinos e a suplementação do meio com L-carnitina na
concentração de 5mM não proporcionou aumento na produção embrionária (FIGUEIRÓ,
2018).
Dessa forma, acredita-se que mais pesquisas são necessárias para esclarecer os
reais mecanismos moleculares da L-carnitina no desenvolvimento embrionário de
bubalinos, além do estudo de outras concentrações desse agente no decorrer das
diferentes etapas da PIVE. (FIGUEIRÓ, 2018).
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Estudos sobre o metabolismo lipídico em oócitos e embriões são escassos.
Portanto, as possíveis diferenças e/ou semelhanças relacionadas ao metabolismo lipídico
nestas células, comparado as células somáticas, ainda é algo a ser esclarecido.
Com base em nossos achados sobre metabolismo de lipídios em células adiposas,
oócitos e embriões, podemos supor que o mecanismo metabólico em si é o mesmo.
Contudo o que pode distinguir de uma célula para outra é a questão da demanda
energética requerida de acordo com os eventos celulares, oocitários e embriológicos que
se encontram.
O metabolismo de lipídios não é o único mecanismo de obtenção energia para os
eventos embriológicos in vitro, porém apresenta grande importância devido as altas
quantidades de ATPs que são gerados pelo processo mitocondrial.
Em búfalos, o produto energético proveniente do metabolismo lipídico,
possivelmente auxilia como um suporte energético na maturação e no desenvolvimento
embrionário. E especulamos que o metabolismo lipídico possa ser regulado para
proporcionar melhor desempenho da PIVE em búfalos.
A regulação do metabolismo de lipídios durante a PIVE pode melhorar a eficiência
da técnica principalmente no sentido de criopreservação dos embriões obtidos da PIVE.
O uso de reguladores como a L- carnitina, vêm sendo bastante estudado por melhorar o
desempenho do metabolismo oxidativo mitocondrial quando moléculas lipídicas se
encontram em excesso em oócitos e embriões, o que é um fator negativo, no entanto
com a sua utilização, o conteúdo lipídico em excesso é reduzido devido a indução que
28
esse regulador desempenha para que o mecanismo de oxidação de ácidos graxos
ocorra, de modo a não interferir no processo de criotolerância de embriões.
A eficiência comprovada da L-carnitina como regulador na PIVE em bubalinos
ainda não está bem elucidada, porém de acordo com alguns achados podemos
hipoteticamente considerá-lo como um regulador metabólico promissor para uso na
produção in vitro de embriões bubalinos por assegurar a eficiência da criotolerância e
assim garantir a viabilidade e qualidade dos embriões criopreservados.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABDOON, A. S. et al. Influence of oocyte quality, culture media and gonadotropins on cleavage rate and development of in vitro fertilized buffalo embryos. Anim Reprod Sci, v.65, p.215-23, 2001. ABE, H.; HOSHI, H. Evaluation of bovine embryos produced in high performance serum-free media. J. Reprod. Dev. 49, 193–202. 2003 AGATHOCLEOUS, M. et al. Metabolic differentiation in the embryonic retina. Nature Cell Biology. V.14, n. 8, p. 859-859, 1 jul. 2012.
ALBERTS, B. et al. Fundamentos da biologia celular: uma introdução à biologia molecular da célula. Porto Alegre: Artmed; 2005. ANAND, T. et al. Cysteamine supplementation of in vitro maturation medium, in vitro culture medium or both media promotes in vitro development of buffalo (Bubalus bubalis) embryos. Reprod Fertil Dev, v.20, p.253-257, 2008. BADIMON. et al. Células madre mesenquimales derivadas de tejido adiposo y su potencial reparador em la enfermedad isquémica coronaria.2015 Acessado em 30 de julho de 2018. Disponível em: <www.revespcardiol.org/es/celulas-madre-mesenquimales-derivadas-tejido/articulo/90432498>. (Adaptado). BEGROW, R; VIEIRA, S.O; DE PAULA, V.B. Lipólise nos recursos terapêuticos em estética corporal, Santa Catarina, 2010.
BICKEL, P.E; TANSEY, J.T; WELTE, M.A. PAT Proteins, an ancient family of lipid droplet proteins that regulate cellular lipid stores. Biochimica et Bipphysica Acta, v.1791, p.419-440, 2009.
29
BIEBERICH, E; WANG, G. Bioactive Lipids in Stem Cells Diferentiation In: BIEBERICH, E. Embryonic Stem Cells- Diferentiation and Pluripotent Alternatives. [s.I] InTech, 2011, cap.2, p.33-54.
BONI, R. et al. Maturazione in vitro di oociti buffalini: indagineultrastrutturale. Acta Med Vet, v.38, p. 153-161, 1992.
BRACKETT, B.G., BOUSQUET, D., BOIC, M.L. et al. Normal development following in vitro fertilization in the cow. Biology of Reproduction, v.27, p.147-158, 1982.
BROWN, E. J; SCHREIBER, S. L. A signaling pathway to translational control. Cell, v.86, p.517-520, 1996. BROWN, D.A. Lipid droplets: proteins floating on a pool of fat. Current Biology, v.11, p.446-449, 2001.
CALDER, M. D. et al. Responsiveness of bovine cumulus-oocyte-complexes (COC) to porcine and recombinant human FSH, and the effect of COC quality on gonadotropin receptor and Cx43 marker gene mRNAs during maturation in vitro. Reprod Biol Endocrinol, v.1, p.14, 2003.
CETICA, P. et al. Atividade de enzimas-chave envolvidas em glicose e triglicéridos catabolismo durante a maturação do oócito bovino in vitro, Reprodução, vol. 124, n. 5, pp. 675-681. COLGAN, D. F. et al. Cell-cycle related regulation of poli-(A) polymerase by phosphorylation. Nature, v.384, p.282-285, 1996. COMIZZOLI, P. et al. Up-regulation of glucose metabolism during male pronucleus formation determines the early onset of the s phase in bovine zygotes. Biol Reprod, v.68, p.1934-1940, 2003. CHAUAN, M. S. et al. Replacement of serum and hormone additives with follicular fluid in the IVM medium: effects on maturation, fertilization and subsequent development of buffalo oocytes in vitro. Theriogenology, v.48, p.461-469, 1997. CHAUHAN, M. S. et al. In vitro maturation and fertilization, and subsequent development of buffalo embryos: effects of oocyte quality and type of serum. Reprod Fertil Dev, v.10, p.173-177, 1998.
CHAWALA, A. Nuclear Receptores and Lipids Physiology: Opening the X-Files. Science, v.294, n. 5548, p. 1866-1870, 30 nov.2001
CHOPRA, H; HANS, M. K; SHETTY, S. Stem cells-the hidden treasure: A strategic review. Dental research journal, v.10, n. 4, p. 421, 2013.
30
DAVIDSON, E. H. Gene activity in early development. New York: Academic Press, 1986. 642p.
DEL COLLADO, M. Metabolismo lipídico e estresse celular durante a maturação oocitária e o desenvolvimento embrionário in vivo e in vitro em bovinos. 2017.227f.Tese (Doutorado em ciências) - Universidade de São Paulo, Pirassununga, 2017.
DEL COLLADO, M. et al. Efeitos da redução ou substituição do soro fetal bovino por outros compostos na maturação in vitro de oócitos bovinos. Pesq. Vet. Bras. 34, 689-694, 2014. DI FRANCESCO, S. et al. The effect of season on oocyte quality and developmental competence in Italian Mediterranean buffaloes (Bubalus bubalis). Anim Reprod Sci, v.123, p.48-53, 2011.
DI FRANCESCO, S. et al. Ovum pick-up and in vitro embryo production (OPU-IVEP) in Mediterranean Italian buffalo performed in different seasons. Theriogenology, v. 77, p. 148-154, 2012.
DIVECHA, N.; IRVINE, R.F. Phospholipid signaling. Cell, v.80, n.2, p.269-278, jan.1995.
DOMINICI, M. et al. Minimal criteria for defining multipotent mesenchymal stromal cells. The International Society for Cellular Therapy Position Statement Cytotherapy, v.8, n.4, p.315-317, 2006.
DOWNS, S. M; MOSEY, J. L; AND KLINGER, J. Fatty acid oxidation and meiotic resumption in mouse oocytes. Molecular Reproduction and Development, v.76, p.844–853, 2009.
DUNNING, K. R.; RUSSELL, D. L.; ROBKER, R. L. Lipids and oocyte developmental competence: the role of fatty acids and beta-oxidation. Reproduction, v. 148: p 15-27. 2014. DUNNING, K. R. et al. Beta-oxidation is essential for mouse oocyte developmental competence and early embryo development. Biology and Reproduction, v. 83, p. 909-918, 2010. DUQUE, P; HIDALGO, C. O; GOMEZ, E. et al. Macromolecular source as dependent on osmotic pressure and water source: effects on bovine in vitro embryo development and quality. Reproduction Nutrition Development, v. 43, p. 487-496, 2003. DUSZEWSKA, A. M. et al. Obtaining farm animal embryos in vitro. Journal of Animal and Feed Sciences, Vol.21, p.217-233, 2012.
31
ECKERT, J. et al. Exogenous protein affects developmental competence and metabolic activity of bovine pre-implantation embryos in vitro. Reprod Fertil Dev, v.10, p.327-332, 1998. EISEN, M. B; SPELLMAN, P. T; BOTSTEIN, D. Cluster analysis and display of genome-wide expression pattern. PNAS, v. 95, p.14863-14868, 1998. EL-NABY, A. S. A. H. H. et al. Effect of Season of the year and Ovarian Structures on Oocytes Recovery Rate, Quality and Meiotic Competence in Egyptian Buffaloes. Global Veterinarian, v.10, n.4, p.408-412, 2013 FAN, H. Y; SUN, Q. Y. Involvement of MAPK cascade during oocyte maturation and fertilization in mammals. Biol Reprod, v.70, p.535-547, 2004. FERGUSON, E.M; LEESE, H.J. Tryglyceride content of bovine oocyte and early embryos. Journal of Reproduction and Fertility, v.116, p.373-378, 1999.
FERGUSON, E.M; LEESE, H.J.; A potencial role for triglyceride as an energy source during bovine oocyte maturation and early embryo development. Mol. Reprod. Dev., v.73, p.1195-1201, 2006. FERREIRA, C. R. et al. Single embryo and oocyte lipid fingerprinting by mass spectrometry. The Journal of Lipid Research, v.51, n.5, p.1218-1227, 1 maio 2010.
FERRAZ, M. L. et al. Paradoxical effects of bovine somatotropin treatment on the ovarian follicular population and in vitro embryo production of lactating buffalo donors submitted to ovum pick-up. Anim Reprod Sci, v.154, p.1-7, 2015.
FIGUEIRÓ, M. R. Redução de SFB e o uso da L-carnitina na maturação para melhoria da produção in vitro de embriões bubalinos.2018. 67f. Tese (Doutorado em Medicina Veterinária) - Faculdade de Ciências agrárias e Veterinária, Jaboticabal, São Paulo, 2018.
FOLMES, C. D. L; DZEJA, P. P; NELSON, T. J; TERZIC, A. Metabolic Plasticity in Stem Cell Homeostasis and Differentiation. Cells Stem Cell, v.11, n.5 p. 596-606, nov.2012.
FOLMES, C. D. L; PARK, S; TERZIC, A. Lipid metabolism greases the stem cell engine. Cell Metabolism, v. 17, n.2, p.153-155, fev. 2013.
FONSECA- ALANIZ, M. H. et al. Tecido Adiposo e Regulação Metabólica. Arq. Bras. Endocrinol. Metab, vol 50, nº 2, 2006. FULKA, J. R. J; FIRST, N. L; MOOR, R. M. Nuclear and cytoplasmic determinants involved in the regulation of mammalian oocyte maturation. Mol Hum Reprod, v.4, p.41-49, 1998. GALLI, C. et al. Bovine embryo technologies. Theriogenology, v.59, p.599-616, 2003.
32
GALLI, C. et al. Reproductive biotechnologies in buffaloes. In: International Buffalo Conference, New Delhi. Proceedings… New Delhi: ICAR, 2010. p.7-14, 2010 GALLI, C; LAZZARI, G. Practical aspects of IVM/IVF in cattle. Anim Reprod Sci, v.42, p.371-379, 1996. GASPARRINI, B. In vitro embryo production in buffalo species: state of art. Theriogenology, v.57, p.237-256, 2002. GASPARRINI, B. In vitro embryo production in buffalo: current situation and future perspectives. Ital J Anim Sci. Vol.6 (Suppl. 2), p.92-101, 2007. GASPARRINI, B. In vitro embryo production in buffalo: current situation and future perspectives. Italian Journal Animal Science, v.6 (Suppl. 2), p. 92-101, 2007. GASPARRINI, B. In vitro embryo Production in buffalo specie: state of the ART. 2002. Theriogenology, v. 57, p. 237-256, 2002.
GASPARRINI, B; BOCCIA, L; MARCHANDISE, J. et al. Enrichment of in vitro maturation medium for buffalo (Bubalus bubalis) oocyte with thiol compounds: effect of cysteine on glutathione synthesis and embryo development. Theriogenology, v.66, p.275–287, 2006. GAVIN, A. C; SCHORERET-SLATKINE S. Ribosomal S6kinase p90rsk and mRNA cap-binding protein eIF4E phosphorylation correlate with MAP kinase activation during meiotic reinitiation in mouse oocytes. Mol Reprod Dev, v.46, p.383-391, 1997. GENESER, F. Histologia. 3ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan AS. Cap.9, p.180-185, 2003.
GONÇALVES, P.B. D; FIGUEIREDO, J. R; FREITAS, V.J.F. Biotécnicas aplicadas à reprodução animal. 2ed.São Paulo: Roca, 2008.
GORDON, L.R. Laboratory production of cattle embryos [electronic resource]: I, Gordon. CABI, 2003
GOTTARDI, F. P; MINGOTI, G. Z. Maturação de oócitos bovinos e influência na aquisição da competência para o desenvolvimento do embrião. Rev Bras Reprod Anim, v.33, p.82-84, 2009. GUPTA, V. et al. Repeated ultrasound guided transvaginal oocyte retrieval from cyclic Murrah buffaloes. Anim Reprod Sci, v.91, p.89-96, 2006.
GUYTON, A. C; HALL, J. E. Tratado de fisiologia medica. 10.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan AS, 2002.
GUYTON, A. C. Fisiologia Humana. 6.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan SA, Cap. 10, p.325-429, 1988.
33
GRIFFITH, A. et al. Introdução à genética. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2006. HELD-HOELKER, E.; KLEIN, S. L.; RINGS, F. (2017). Cryosurvival of in vitro produced bovine embryos supplemented with L-Carnitine and concurrent reduction of fatty acids. Theriogenology 96, 145-152.
HOM, J. R. et al. The permeability Transition Pore Controle Cardiac Mitochondrial Maturation and Myocyte Differentiation. Developmental Cell, v. 21, n. 3, p.469-478, 2011.
JUNQUEIRA, L. C; CARNEIRO, J. HISTOLOGIA BÁSICA. 11ed. Rio de janeiro: Guanabara Koogan S A, Cap.6, p.124-128, 2008.
KERNER, J; HOPPEL, C. Generic disorders of carnitine metabolism and their nutritional management. Annual Review Nutrition, v. 18, p.179-206. 1998. KIM, J. Y. et al. Lipid and fatty acid analysis of fresh and frozen-thawed immature and in vitro matured bovine oocytes. Reproduction, v.122, p.131–138, 2001.
KIM, B. K. et al. Effects of spermatozoa during in vitro meiosis progression in the porcine germinal vesicle oocytes. Anim Reprod Sci, v.104, p.83-92, 2008.
KNITLOVA, D; HULINSKA, P; JESETA, M. Supplementation of L-carnitine during in vitro maturation improvesembryo development from less competent bovine oocytes. Theriogenology 102, 16-22, 2017.
KNOBLOCH, M. et al. Metabolic control of adult neural stem cell activity by Fasn-dependent lipogenesis. Nature. V. 493, n. 7431, p. 226-230, 2012.
KHAKI, A; BATAVANI, R; NAJAFI, G. et al. Effect of leptin on in vitro nuclear maturation and apoptosis of 21 buffalo (Bubalus bubalis) oocyte. International Journal of Fertility & Sterilility, v.8, p.43-50, 2014. KRISCHEK, C; MEINECKE, B. In vitro maturation of bovine oocytes requires polyadenylation of mRNAs coding proteins for chromatin condensation, spindle assembly, MPF and MAP kinase activation. Anim Reprod Sci, v. 73, p.129-140, 2002.
KRISHER, R. L; BAVISTER, B. D. Responses of oocytes and embryos to the culture environment. Theriogenology, v.49, p.103-114, 1998.
KRUMMEL, D. Lipídeos in: MAHAN, L. K.; ESCOTT-STUMP, S.; krausen: Alimentos, nutrição & dietoterapia.9. ed. São Paulo: Roca, Cap.4, p.49-61,1998.
LEÃO, B. C. S. Efeitos da suplementação lipídica sobre o desenvolvimento embrionário e criotolerância de embriões bovinos produzidos in vitro. 2012. 87 f. Dissertação (Mestrado em Medicina Veterinária). Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias- UNESP, Jaboticabal, São Paulo, 2012
34
LEAL, L. S. et al. Ovarian morphometric characterization and in vitro maturation of oocytes obtained from buffalo ovaries: partial results. Ital J Anim Sci, v.6, p.804-806, 2007.
LEAL, L. S. et al. Evaluation of recovery, quality and in vitro nuclear maturation of oocytes obtained from buffalo and bovine ovaries. Rev Vet, v.21, p.886-887, 2010.
LESK, A. M. Introdução à bioinformática. Porto Alegre: Artmed; 2008.
LEVESQUE, J. T.; SIRARD, M. A. Resumption of meiosis is initiated by the accumulation of cyclin B1 in bovine oocytes. Biol Reprod, v.55, p.1427-1436, 1996.
LIANG, X. W. et al. In vitro embryo production in buffalo using sexed sperm and oocytes from ovum pick up. Theriogenology, v.69, p.822-826, 2008.
LIM, J.M. et al. Development of in vitro-derived bovine embryos cultured in 5% de CO2 in air or in 5% O2, 5% de CO2 and 90% N2. Hum. Reprod., v.14, n.2, p.458-464, 1999.
LONERGAN, P. et al. Relative messenger RNA abundance in bovine oocytes collected in vitro or in vivo before and 20 hr after the pre-ovulatory luteinizing hormone surge. Mol Reprod Dev, v.66, p.297-305, 2003.
LOURENÇO, J. J. B; GARCIA, A. R. Produção animal no bioma Amazônico: atualidades e perspectivas. Revista Brasileira de Zootecnia, v. 35p. 63-83, 2006.
MAHMOUD, G. M; NAWITO, M. F. Cytogenetic evaluation of in vitro matured buffalo oocytes in different culture condition. Egyptian Journal Veterinary Science, v. 37, p. 105-116, 2003. MANJUNATHA, B. M. et al. In vitro embryo development and blastocist hatching rates following vitrification of river buffalo embryos produced from oocytes recovered from slaughterhouse ovaries or live animals by ovum pick-up. Anim Reprod Sci, v.104, p.419-426, 2008
MANJUNATHA, B. M. et al. Effect of Taurine and melatonin in the culture medium on buffalo In vitro Embryo development. Reprod. Dom. Anim, 44: 12-16, 2009.
MAPA. Brasil vai exportar material genético para Ruanda e Argentina. Disponível em: < http://www.agricultura.gov.br/noticias/brasil-vai-exportar-material-genetico-para-ruanda-e-argentina>. Acesso em: 18 jul. 2018.
MAREI, W.F.; WATHES, D.C.; FOULAD-NASHTA, A. A. Impact of linoleic acid on bovine oocyte maturation and embryo development. Reproduction Research, v.139, p. 979–988, 2010.
MARTIN, S.; PARTON, R.G. Lipid droplets: a unified view of a dynamic organelle. Nature Reviews Molecular Cell Biology, v.7, p.373-378, 2006.
MAKITA, M.; UEDA, M.; MIYANO, T. The fertilization ability and development competence of bovine oocytes grown in vitro. J Reprod Dev, v.62, p.379-384, 2016.
35
MCKEEGAN, P.L., STURMEY, R.G. The role of fatty acids in oocyte and early embryo development. Reproduction Fertility and Development, v.24, p.59-67, 2012.
MEIRELLES, F. V. et al. Genome activation and developmental block in bovine embryos. Anim Reprod Sci, v.82-83, p.13-20, 2004.
MELLO, R. R. C. et al. Produção in vitro (PIV) de embriões bovinos. In: Revista Brasileira de Reprodução Animal, Belo Horizonte, v.40, n.2, p.58-64, abr/jun. 2016.
MENDES, M. F. A.; BONATTO, D.; ALVES, R. Cliques consensuais em redes de co-expressão gênica em estudos de transcriptoma relacionados ao diabetes do tipo 2. 2011. 16 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciências Biológicas) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2011.
MONDADORI, R. G. et al. Ultrastructure of in vitro oocyte maturation in buffalo (Bubalus bubalis). Zygote, v.18, p.309-314, 2010.
MONDADORI, R. G. et al. Buffalo (Bubalus bubalis) Pre-Antral Follicle Population and Ultrastructural Characterization of Pre-Antral Follicle Oocyte. Reprod Dom Anim, v.45, p.33-37, 2010a.
MOSHKDANIAN, G. et al. Antioxidants rescue stressed embryos at a rate comparable with co-culturing of embryos with human umbilical cord mesenchymal cells. Journal of assisted reproduction and genetics, v. 28, n.4, p.343-349, 2011. ISSN 1058-0468.
MONTJEAN, D. et al. Carnitine content in the follicular fluid and expression of the enzymes involved in beta oxidation in oocytes and cumulus cells. Journal of Assisted Reproduction and Genetics, vol. 29, n. 11, pp. 1.221-1.225. MUMMERY, C. et al. stem cells: Scientific Facts and Fiction, Access Online via Elsevier, 2010. ISBN 012381536.
NANDI, S. et al. Production of buffalo embryos in vitro: premises and promises. Reprod Domest Anim, v.37, p.65-74, 2002. NASCIMENTO, H. S. Co-cultivo de embriões bovinos com células-tronco adulta derivado do tecido adiposo. 2014.81f. Dissertação (Mestrado em Biotecnologia) - Universidade Federal do Pará, Belém, 2018.
NEGLIA, G.; MARINO, M.; DI PALO, R. et al. A comparison of in vitro maturation in buffalo (Bubalus bubalis) and bovine oocytes using confocal microscopy. Theriogenology, v. 55, p.488, 2001.
NEGLIA, G. et al. Bovine and buffalo in vitro embryo production using oocytes derived from abattoir ovaries or collected by transvaginal follicle aspiration. Theriogenology, v.59, p. 23-30, 2003.
36
NIEMANN, H and C. WRENZYCKI. “Alterations of expression of developmentally important genes in preimplantation bovine embryos by in vitro culture conditions: implications for subsequent development”. Theriogenology, 2000.
OBA, E.; CAMARGOS, A. S. Produção in vitro de embriões bubalinos. Rev. Bras. Reprod. Anim., Belo Horizonte, Vol.35, n.2, p.80-87, 2011
OHASHI, O. M. et al. Produção in vitro de embrião (PIVE) na espécie bubalina. Rev. Bras.Reprod. Anim, Belo Horizonte, v.41, n.1, p.195-200, jan/mar. 2017.
OLOFSSON, S.O; BOSTRÖM, P; ANDERSSON, L. et al. Lipid droplets as dynamic organelles connecting storage andefflux of lipids. Biochimica et Biophysica Acta, v.1791, p.448-458, 2009.
PACZKOWSKI, H. et al. Comparative Importance of Fatty Acid Beta-Oxidation to Nuclear Maturation, Gene Expression, and Glucose Metabolism in Mouse, Bovine, and Porcine Cumulus Oocyte Complexes. Biology of Reproduction, vol. 88, no. 5, pp. 1-11, Mar 2013.
PANOPOULOS, A. D; YANES, O. et al. The metabolome of induced pluripotent stem cells reveals metabolic changes occurring in somatic cell reprogramming. Cell Research, v.22, n.1, p. 168-177, 8 jan. 2012. PEREIRA, E. C. M. Produção de oócitos e embriões bubalinos: efeitos da época do ano e da adição de óleo essencial de Lippia origanoides na maturação in vitro. Botucatu, 2015.
PEREIRA, R. M. et al. Biopsied and vitrified bovine embryos viability is improved by trans10, cis12 conjugated linoleic acid supplementation during in vitro embryo culture. Animal Reproduction Science, v.106, p.322-332, 2008.
PURI, G. et al. Effects of fetal bovine serum and estrus buffalo serum on maturation of buffalo (Bubalus bubalis) oocytes in vitro. Veterinary World, v. 8, p. 143-146, 2015.
PUROHIT, G. N.; BRADY, M. S.; SHARMA, S.S. Influence of epidermal growth factor and insulin-like growth factor 1 on nuclear maturation and fertilization of buffalo cumulus oocyte complexes in serum free media and their subsequent development in vitro. Anim Reprod Sci, v.87, p.229-239, 2005.
PUROHIT, G. N.; BRADY, M. S.; SHARMA, S.S. Influence of epidermal growth factor and insulin-like growth factor 1 on nuclear maturation and fertilization of buffalo cumulus oocyte complexes in serum free media and their subsequent development in vitro. Anim Reprod Sci, v.87, p.229-239, 2005.
PHONGNIMITR, T. et al. Effects of l-carnitine supplemented in maturation medium on the maturation rate of swamp buffalo oocytes. Buffalo Bulletin, v. 32, p. 613-616, 2013b.
37
PROMDIREG, A. et al. Ovum pick up in cycling and lactating postpartum swamp buffaloes. Reprod Domest Anim, v.40, p.145-149, 2005.
RAVINDRANATHA, B. M. et al. In vitro maturation and fertilization of buffalo oocytes: effects of storage of ovaries, IVM temperatures, storage of processed sperm and fertilization media. Reprod Domest Anim, v.38, p.21-26, 2003.
RAWSON, R. B. The SREBP pathway- insigthts from insigs and insects. Nature Reviews Molecular Cell Biology, v.4, n.8, p. 631-640, ago, 2003.
RIZOS, D.; GUTIERREZ-ADAN, A.; PEREZ-GARNELO, S. et al. Bovine embryo culture in the presence or absence of serum: implications for blastocyst development, cryotolerance and messenger RNA expression. Biology of Reproduction, v. 68, p. 236-243, 2003.
RODRIGUEZ, K. F.; FARIN, C. E. Gene transcription and regulation of oocyte maturation. Reprod Fertil Dev, v.16, p.55-67, 2004.
SÁ FILHO, M. F. et al. Effect of recombinant bovine somatotropin (bST) on follicular population and on in vitro buffalo embryo production. Anim Reprod Sci, v.113, p.51-59, 2009.
SAITO, K.; HIRAI, M. Y.; SAKAKIBARA, K. Y. Decoding genes with coexpression networks and metabolomics – majority report by precogs. Trends in Plant Science, v.13, n.1, p.36-43, 2008
SANTOS, J. E. P.; CERRI, R. L. A.; SARTORI, R. Nutritional management of the donor cow. Theriogenology, v.69, p.88-97, 2008b.
SINGHAL, S.; PRASAD, S.; SINGH, B.et al. Effect of including growth factors and antioxidants in maturation medium used for in vitro culture of buffalo oocytes recovered in vivo. Animal Reproduction Science, v.113, p. 44-50, 2009. SIRARD, M. A. Resumption of meiosis: mechanism involved in meiotic progression and its relation with developmental competence. Theriogenology, v.55, p.1241-1254, 2001.
SIQUEIRA, J. B.; LEAL, L. S.; OBA, E. Dinâmica folicular ovariana na espécie bubalina. Rev Bras Reprod Anim, v.33, p.138-148, 2009,
SOMFAI, T.; IMAI, K.; KANEDA, M. et al. The effect of ovary storage and in vitro maturation on mRNA levels in bovine oocytes; a possible impact of maternal ATP1A1 on blastocyst development in slaughterhouse-derived oocytes. Reprod Dev, v.57, p.723-730, 2011.
SUDANO, M. J.; RASCADO, T. D. S.; TATA, A. et al. Lipidome signatures in the development of early bovine embryos. Theriogenology, 2016.
38
SURRESH, K. P.; NANDI, S.; MONDAL, S. Factors affecting laboratory production of buffalo embryos: a meta-analysis. Theriogenology, v. 72, p. 978-85, 2009.
SUTTON-McDOWALL, M. L. et al. Utilization of endogenous fatty acid stores for energy production in bovine preimplantation embryos. Theriogenology. v.77, p.1632-41, 2012.
SHARMA, G. T. et al. Co-culture of buffalo (Bubalus bubalis) preantral follicles with antral follicles: a comparative study of developmental competence of oocytes derived from in vivo developed and in vitro cultured antral follicles. Zygote, v.21, p.286-294, 2012.
SPRICIGO, J. F. et al (2017). Assessment of the effect of adding L-carnitine and/or resveratrol to maturation medium before vitrification on in vitro-matured calf oocytes. Theriogenology, 47-57.
STOJKOVIC, M.; MACHADO, S. A.; STOJKOVIC, P. et al. Mitochondrial distribution and adenosine triphosphate content of bovine oocytes before and after in vitro maturation: correlation with morphological criteria and developmental capacity after in vitro fertilization and culture. Biol Reprod, v.64, p.904-909, 2001.
STULING, T. M. Immunomodulation by Polyunsatured fatty Acids: Mechanisms and Effects, International Archives of Allergy of Immunology, v. 132, n.4, p.310-321, 2003.
STURMEY, R. G. et al. Role of fatty acids in energy provision during oocyte maturation and early embryo development. Reprod Dom Anim, v.44, p.50–58, 2009.
TARAZONA, A. M.; RODRIGUES. et al. Mitochondrial activity, distribution and segregation in bovine oocytes and in embryos produced in vitro. Reprod Domest Anim, v.41, p.5-11, 2006.
THACH, R. E. Cap recap: the involvement of the eIF-4F in regulating gene expression. Cell, v.68, p.177-180, 1992.
TORTORA, G. J.; GRABOWSKI, S. R. Corpo humano: fundamentos de anatomia e fisiologia. 6.ed. Porto Alegre: Artmed, 2006
TREMBLAY, K.; VIGNEAULT, C.; MCGRAW, S.; SIRARD, M. A. Expression of cyclin B1 messenger RNA isoforms and initiation of cytoplasmic polyadenylation in the bovine oocyte. Biol Reprod, v.72, p.1037-1044, 2005.
TSAI, F.C; GARDNER, D.K. Nicotinamide, a component of complex culture media, inhibits mouse embryo development in vitro and reduces subsequent developmental potential after transfer. Fertility and sterility, v.61, n.2, p. 376-382,1994
VIEIRA, A. et al. Regulação do Peso Corporal. Trabalho acadêmico (graduação)- Universidade Federal do Estado de Santa Catarina. Florianópolis, 2005.
39
WALTHER, T.C; FARESE J.R.R.V. The life of lipid droplets. Biochimica et Biophysica Acta, v.1791, p.459-466, 2009.
WANG, Q.; SUN, Q.Y. Evaluation of oocyte quality: morphological, cellular and molecular predictors. Reproduction, Fertility and Development, v. 19, no. 1, p. 1–12, 2007.
WARRIACH, H. M.; CHOHAN, K. R. Thickness of cumulus cell layer is a significant factor in meiotic competence of buffalo oocytes. Vet Sci, v.5, p.247-251, 2004.
YOUSAF, M. R.; CHOHAN, K. R. Nuclear morphology, diameter and meiotic competence of buffalo oocytes relative to follicle size. Reproduction, Fertility and Development, n.15, p.223–229, 2003.
ZERON, Y. A.; OCHERETNY, O.; KEDAR, A. et al. A seasonal change in bovine fertility: relation to developmental competence of oocytes, membrane properties and fatty acid composition of follicles. Reproduction, v.121, p.447-454, 2001.
ZHU, Y, et al. Adipose-derived stem cell: a betler stem cell than BMSC. Cell Biochem Funct, v.26, p. 664-75, Aug 2008. ISSN 1099-0844 (Electronic).
top related