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ANABOLIZANTES Prof. Ernesto Pedro da Silva Biólogo (UECE)

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ANABOLIZANTES

Prof. Ernesto Pedro da Silva

Biólogo (UECE)

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I. INTRODUÇÃO

• Os esteróides androgênicos anabólicos (EAA ou AAS - do inglês Anabolic Androgenic Steroids), também conhecidos simplesmente como anabolizantes, são uma classe de hormônios esteróides naturais e sintéticos que promovem o crescimento celular e a sua divisão, resultando no desenvolvimento de diversos tipos de tecidos, especialmente o muscular e ósseo.

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• Dinheiro, sucesso, carrões, mulheres bonitas... Tudo isso lembra bem as belas imagens que víamos na televisão associadas às propagandas de cigarro. Com os esteróides anabolizantes acontece o mesmo. Para iludir, principalmente os jovens ansiosos em adquirir os músculos poderosos, as propagandas, tipicamente americanas, vêm embutidas no rótulo da saúde, muitas vezes vinculados à imagem de artistas "fortões" e famosos. O alvo, são as academias de musculação onde estão, pela lógica, os adeptos à hipertrofia muscular.

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II. ÓLEO NO CORPO?

• O chamado Synthol (Potenay, ADE, Ganekyl, óleo mineral, Androgenol entre outros) é basicamente um óleo que causa uma inflamacão no músculo onde é aplicado. Mas não há nenhum processo anabólico envolvido, nenhum aumento de força ou energia. Quando se faz uso dessa prática o óleo que entra no músculo causa um grande estrago já que no momento em que entra em contato com as fibras musculares, estas são destruidas e o organismo tem como defesa cercar esse óleo com tecido conjuntivo.

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III. MECANISMO BIOQUÍMICO

• O aumento na massa muscular é predominantemente da musculatura esquelética e é causado por um aumento na síntese de proteínas musculares ou possivelmente uma diminuição na quebra de proteínas musculares.

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• Sem dúvida nenhuma os anabolizantes produzem o efeito desejado aos simpatizantes da hipertrofia muscular e força física. O esporte está cheio de casos de vitórias ilícitas ligadas a esses medicamentos. Infelizmente a gente só acaba sabendo dos males quando alguém muito famoso morre como foi o caso da velocista americana Florence Grift Joyner falecida com menos de 40 anos, fato incomum tratando-se de atleta, principalmente do sexo feminino que teve uma carreira meteórica nas pistas.

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IV. EFEITOS NÃO DESEJADOS

• Possível pressão sanguínea elevada • Níveis de colesterol – Alguns esteróides

podem causar um aumento nos níveis de LDL e diminuição nos de HDL.

• Acne– Devido à estimulação das glândulas sebáceas

• Conversão para DHT (Dihidrotestosterona). calvície precoce e câncer de próstata.

• Alteração da morfologia do ventrículo esquerdo

• Hepatotoxicidade• Crescimento excessivo da gengiva

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V. EFEITOS COLATERAIS NOS HOMENS

• Ginecomastia – Desenvolvimento das mamas nos homens. Geralmente isso ocorre devido a altos níveis de estrogênio circulante. Esses níveis também são resultado da taxa aumentada de conversão de testoterona em estrogênio via enzima aromatase.

• Função sexual reduzida e infertilidade • Atrofia testicular – Efeito colateral temporário

que é devido ao déficit nos níveis de testosterona natural que leva à inibição da espermatogênese.

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VI. EFEITOS COLATERAIS NAS MULHERES

• Pêlos do corpo crescem • Voz fica mais grave • Aumento do tamanho do clitóris

(hipertrofia clitoriana) • Diminuição temporária nos ciclos

menstruais • Crescimento excessivo das unhas dos

pés, causado por um distúrbio hormonal

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VII. EFEITOS COLATERAIS EM ADOLESCENTES

• Crescimento comprometido – O abuso de agentes pode prematuramente parar o crescimento do comprimento dos ossos

• Maturação óssea acelerada • Aumento na freqüência e duração das ereções • Desenvolvimento sexual precoce e desenvolvimento

extremo das características sexuais secundárias• Crescimento do falo (hipergonadismo ou megalofalia) • Aumento dos pêlos púbicos e do corpo • Ligeiro crescimento de barba

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VIII. NÚMEROS ALARMANTES

• Nas academias do Reino Unido 1667 pessoas responderam ao questionário.

• Entre os homens interrogados 9,1% usavam drogas anabolizantes contra 2,3% entre as mulheres.

• As doses chegaram a 34 vezes mais que as terapêuticas e apenas 28% eram atletas de competição. Há quem justifique que paradas temporárias não faz mal. Pois bem. O sistema de ciclos interrompidos foi utilizado por 88% dos usuários e mesmo assim 77% relataram efeitos colaterais do tipo atrofia dos testículos em 56% dos casos, ginecomastia (crescimento das mamas no homem) em 52%, dificuldade para dormir em 37%, hipertensão arterial em 36%, lesões tendinosas em 26%, sangramento nasal em 22% e resfriados freqüentes em 16%... É pouco? 

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IX. CONSELHO I

• A musculação bem orientada por profissionais sérios, que usam os métodos e ciclos de treinamentos inteligentes fundamentados na ciência, produz resultados impressionantes... e sem as malditas drogas. De qualquer forma cabe aos profissionais informar os "supostos" benefícios e principalmente os riscos.

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IX. CONSELHO II

• Influenciar ao uso dos anabolizantes é brincar com a vida das pessoas e por tabela destruir toda uma classe profissional e estabelecimentos cuja função social é zelar pelo estilo de vida saudável.

• O bom profissional vai prepará-lo, não para esse verão, mas para o próximo. Desconfie de pessoas oferecendo resultados rápidos. Normalmente se apresentam bem "maquiadas", bem falantes, parecendo gente de bem e bem sucedidas. Diga não às drogas... nas academias, nos clubes, condomínios ou qualquer praça esportiva.

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X. CONSELHO III

• Portanto, a você aluno interessado em obter um corpo bonito e saúde de verdade, procure uma academia e ou profissionais habilitados pelo Conselho Federal de Educação Física cujas propostas são sérias e, a longo prazo.

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