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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ
ELISÂNGELA ALVES PEREIRA
ANÁLISE DO SETOR LOGÍSTICO E PROPOSTA DE MELHORIAS PARA A
EMPRESA SOFERRO DISTRIBUIDORA DE FERRO E AÇO LTDA
Biguaçu
2009
ELISANGELA ALVES PEREIRA
ANÁLISE DO SETOR LOGÍSTICO E PROPOSTA DE MELHORIAS PARA A
EMPRESA SOFERRO DISTRIBUIDORA DE FERRO E AÇO LTDA
Trabalho de Conclusão de Estágio apresentado ao Curso de Administração do Centro de Educação da UNIVALI – Biguaçu, como requisito para obtenção do Título de Bacharel em Administração. Professor(a) Orientador(a): Rosalbo Ferreira
Biguaçu
2009
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ELISANGELA ALVES PEREIRA
ANÁLISE DO SETOR LOGÍSTICO E PROPOSTA DE MELHORIAS PARA A EMPRESA SOFERRO DISTRIBUIDORA DE FERRO E AÇO LTDA
Este Trabalho de Conclusão de Estágio foi considerado adequado para a obtenção do
título de Bacharel em Administração e aprovado pelo Curso de Administração, da
Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Educação de Biguaçu.
ÁREA DE LOGÍSTICA
Biguaçu, 23 de novembro de 2009.
Banca Examinadora:
Prof(a) Dr. Rosalbo Ferreira UNIVALI – Campus Biguaçu
Professor Orientador
Prof (a) Dr. Jairo César Ramos Vieira UNIVALI – Campus Biguaçu
Membro
Prof (a) MSc. João Carlos D. Carneiro
UNIVALI – Campus Biguaçu
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Dedico este Trabalho de Conclusão de Estágio ao grande mestre e amigo,
meu pai, que sempre me ensinou que estudar é o melhor caminho para uma vida
digna e repleta de descobertas e que me proporcionou subsídios para facilitar o
meu dia a dia como estudante e profissional. A minha querida mãe pelo apoio e
compreensão. À meu marido que caminhou junto nesta jornada, me dando forças
nos momentos de luta e cansaço. À minhas irmãs pela amizade, carinho e
momentos de alegrias compartilhados e aos queridos amigos de longas datas que
compartilham cada conquista ao meu lado!
5
Agradeço primeiramente a Deus que permitiu que eu acreditasse que um
dia esse sonho seria concretizado. Ao orientador Rosalbo Ferreira, pela atenção,
compreensão, pontualidade e competência. Aos amigos de turma pela amizade e
companheirismo demonstrados durante todo o curso. Ao meu tio Jean pelo apoio
e confiança. À Soferro Distribuidora de Ferro e Aço Ltda, que permitiu elaborar o
trabalho na empresa e os colegas de trabalho que muito contribuíram para essa
pesquisa. À Universidade do Vale do Itajaí pela dedicação e empenho. E a todos
àqueles que contribuíram de alguma maneira para prosseguir nessa caminhada.
6
RESUMO
“Não é o mais forte que sobrevive, nem
mesmo o mais inteligente, mas o que melhor
se adapta ás mudanças”.
(Charles Darwin)
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RESUMO
PEREIRA, Elisângela Alves Pereira. Análise do setor logístico e proposta de melhorias para a empresa Soferro Distribuidora de Ferro e Aço Ltda. 2009 93f. Trabalho de Conclusão de Estágio (Graduação em Administração) - Universidade do Vale do Itajaí, Biguaçu, 2009.
O presente estudo foi realizado na Empresa Soferro Distribuidora de Ferro e Aço Ltda, consiste em analisar o setor logístico e propor melhorias para a empresa. Os métodos utilizados foram à pesquisa quantitativa e qualitativa de caráter descritivo. O embasamento teórico abordou temas como distribuição física, cadeia de suprimentos, arranjo físico, transportes, armazenagem e estoque. Na aplicação prática do trabalho, foram realizadas entrevistas com colaboradores a respeito da percepção sobre o sistema logístico e em seguida os dados foram analisados por meio de gráficos e tabelas. Com o resultado foi possível detectar pontos fortes e fracos da organização e propor ações de melhorias para que a empresa melhore a efetividades dos seus serviços. Palavras-chave: Logística, armazenagem, distribuição física e transportes.
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ABSTRACT
PEREIRA, Elisângela Alves Pereira. Análise do setor logístico e proposta de melhorias para a empresa Soferro Distribuidora de Ferro e Aço Ltda. 2009 93f. Trabalho de Conclusão de Estágio (Graduação em Administração) - Universidade do Vale do Itajaí, Biguaçu, 2009.
This study was conducted in Soferro Empresa Distribuidora Iron and Steel Ltd., is to consider the logistics sector and propose improvements to the company. The methods used were the quantitative and qualitative and descriptive. The theoretical addressed topics such as physical distribution, supply chain, physical layout, transport, storage and stock. In the practical application of work, interviews with employees about the perception of the logistics system and then the data were analyzed using graphs and tables. The result was possible to detect strengths and weaknesses of the organization and propose actions for improvement for the company to improve the effectiveness of their services.
Keywords: Logistics, warehousing, physical distribution and transport.
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LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Sexo dos colaboradores pesquisados.............................................61
Tabela 2 – Idade dos colaboradores.................................................................62
Tabela 3 – Tempo de serviço na empresa........................................................63
Tabela 4 – Setor que trabalha na empresa.......................................................63
Tabela 5 – Escolaridade dos colaboradores......................................................64
Tabela 6 – Materiais utilizados para a realização das atividades......................66
Tabela 7 – Equipamentos para manuseio.........................................................66
Tabela 8 – Posto de trabalho.............................................................................67
Tabela 9 – Fluxo do processo produtivo............................................................68
Tabela 10 – Estocagem dos materiais...............................................................69
Tabela 11 – Espaço físico..................................................................................70
Tabela 12 – Quantidade de veículos.................................................................71
Tabela 13 – Alocação da carga.........................................................................72
Tabela 14 – Rotulagem dos materiais...............................................................73
Tabela 15 – Roteirização...................................................................................74
Tabela 16 – Entregas dentro do prazo..............................................................75
Tabela 17 – Logística da empresa.....................................................................76
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LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 – Sexo dos colaboradores pesquisados............................................61
Gráfico 2- Idade dos colaboradores...................................................................62
Gráfico 3 – Tempo de serviço na empresa........................................................63
Gráfico 4 – Setor que trabalha...........................................................................64
Gráfico 5 – Escolaridade dos colaboradores.....................................................65
Gráfico 6 – Materiais utilizados para a realização das atividades.....................66
Gráfico 7 – Equipamentos para manuseio.........................................................67
Gráfico 8 – Posto de trabalho............................................................................68
Gráfico 9 – Fluxo do processo produtivo...........................................................69
Gráfico 10 – Estocagem dos materiais..............................................................70
Gráfico 11 – Espaço físico.................................................................................71
Gráfico 12 – Quantidade de veículos.................................................................72
Gráfico 13 – Alocação da carga.........................................................................73
Gráfico 14 – Rotulagem dos materiais...............................................................74
Gráfico 15 – Roteirização..................................................................................75
Gráfico 16 – Entregas dentro do prazo..............................................................76
Gráfico 17 – Logística da empresa....................................................................77
11
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 – Elementos básicos da logística........................................................21
Figura 2 – Logística de serviço ao cliente.........................................................24
Figura 3 – Cadeia de abastecimento integrada................................................24
Figura 4 – Portfólio da empresa........................................................................50
Figura 5 – Organograma...................................................................................51
Figura 6 – Cálculo de pedido de mercadoria....................................................52
Figura 7 – Armazenamento de cantoneiras......................................................54
Figura 8 – Estoque de produtos longos............................................................55
Figura 9 – Estoque de produtos longos............................................................56
Figura 10 – Estoque de pregos e eletrodos de solda.......................................56
Figura 11 – Estoque de material dobrado.........................................................57
Figura 12 – Estoque de Telas...........................................................................58
Figura 13 – Estoque de Telas...........................................................................58
Quadro 1 – Relatório de conferência de descarga............................................53
Quadro 2 – Roteiro de entrega..........................................................................60
12
LISTA DE ABREVIATURAS OU SIGLAS
P: pedido
PV: previsão de vendas
VR: vendas realizadas
ES: estoque de segurança
EPI’s: equipamentos de proteção individual
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SUMÁRIO
RESUMO ................................................................................................................6
ABSTRACT.............................................................................................................8
LISTA DE ILUSTRAÇÕES .....................................................................................9
LISTA DE TABELAS OU GRÁFICOS..................................................................10
LISTA DE ABREVIATURAS OU SIGLAS............................................................12
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................15
1.1 OBJETIVOS....................................................................................................16
1.1.1 Objetivo geral .............................................................................................16
1.1.2 Objetivos específicos ................................................................................16
1.2 JUSTIFICATIVA ..............................................................................................16
1.3 APRESENTAÇÃO GERAL DO TRABALHO...................................................17
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA..........................................................................18
2.1 LOGÍSTICA.....................................................................................................18
2.1.1 Origem da logística....................................................................................18
2.1.2 Evolução da logística.................................................................................18
2.1.3 O papel da logística ...................................................................................20
2.2 A CADEIA DE SUPRIMENTOS ......................................................................23
2.2.1 Conceitos....................................................................................................23
2.2.2 A importância da cadeia de suprimentos ................................................25
2.2.3 Os elementos da cadeia de suprimentos.................................................25
2.3 ARMAZENAGEM E ESTOCAGEM.................................................................27
2.3.1 Conceito de Armazenagem .......................................................................27
2.3.1.1 Objetivos e vantagens da armazenagem ..............................................27
2.3.1.2 Arranjo Físico ..........................................................................................29
2.3.1.3 Manuseio..................................................................................................31
2.3.2 Estoque.......................................................................................................32
2.4 DISTRIBUIÇÃO...............................................................................................34
14
2.5 ESTRATÉGIAS LOGÍSTICAS.........................................................................37
2.6 TRANSPORTE................................................................................................38
2.6.1Modais de transporte ..................................................................................39
2.6.1.2 Ferroviário ...............................................................................................40
2.6.1.3 Rodoviário ...............................................................................................41
2.6.1.4 Aéreo ........................................................................................................42
2.6.1.5 Aquaviário ou Hidroviário ......................................................................43
2.6.1.6 Dutoviário ................................................................................................43
3 PROCEDIMENTO METODOLÓGICO ...............................................................45
4 RESULTADOS DO ESTUDO.............................................................................48
4.1 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO......................................................48
4.1.2 Organograma.............................................Erro! Indicador não definido.51
4.2 PROCESSO LOGÍSTICO DA EMPRESA.......................................................52
4.3 ANÁLISE DA ENTREVISTA............................................................................61
4.3.1 Perfil dos colaboradores ...........................................................................61
4.3.2 Itens relacionados ao setor logístico .......................................................65
4.4 PRINCIPAIS CONSTATAÇÕES DA PESQUISA............................................78
4.4.1 Pontos fortes do processo logístico ........................................................78
4.4.2 Pontos fracos do processo logístico .......................................................79
4.5 PROPOSTAS DE MELHORIAS......................................................................81
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...............................................................................85
REFERÊNCIAS ....................................................................................................87
APÊNDICES..........................................................................................................89
15
1 INTRODUÇÃO
Atualmente as empresas têm se deparado com clientes mais exigentes e
melhor informados sobre os produtos que compram. O mercado atual é composto
por consumidores que buscam por produtos que atendam melhor às suas
necessidades, a um preço adequado, de excelente qualidade e no tempo
esperado. Por isso, as organizações têm buscado a modernização dos seus
meios de transporte desenvolvendo novas tecnologias de comunicação e
evoluindo suas técnicas de fabricação. Por sua vez, buscam se diferenciar
competitivamente unindo velocidade, qualidade, pontualidade, a fim de manter e
superar as expectativas de seus consumidores.
A logística atual não se trata somente de um processo de entrega de
produtos, é algo mais complexo, que precisa acontecer com exatidão e
competência para alcançar os reais objetivos da organização, que são qualidade,
preço competitivo e pontualidade. Ela deve abranger toda a movimentação de
materiais interna e externa á empresa incluindo chegada de matéria-prima,
estoques, produção e distribuição até o momento em que o produto chega ao
consumidor final.
Fundada em 1992, a empresa Soferro Distribuidora de Ferro e Aço Ltda,
atua exclusivamente no fornecimento de aço para a construção civil,
comercializando produtos para indústrias e serralheiras. O presente estudo tem
como objetivo analisar o setor logístico da empresa, descrever o processo
logístico no intuito de identificar os pontos fortes e fracos da organização para
propor melhorias e sugestões.
Dessa forma, coloca-se a seguinte pergunta de pesquisa: quais melhorias
podem ser sugeridas no sistema logístico da Soferro Distribuidora de Ferro e Aço
Ltda e quais os pontos fortes e fracos da organização?
16
1.1 OBJETIVOS
Os objetivos do presente trabalho destacam-se a seguir:
1.1.1 Objetivo geral
Analisar o setor logístico, apresentando propostas de melhorias para a
empresa Soferro Distribuidora de Ferro e Aço Ltda.
1.1.2 Objetivos específicos
Considerando o objetivo geral apresentado acima, definem-se os seguintes
objetivos específicos:
• Descrever o processo logístico da empresa;
• Avaliar os pontos fortes e fracos da organização;
• Avaliar o leaiute do armazém e a alocação dos materiais;
• Apresentar propostas de melhorias para o setor logístico..
1.2 JUSTIFICATIVA
Disponibilizar produtos e serviços na hora certa, no local adequado e pelo
melhor preço é o objetivo que as organizações buscam nos dias de hoje. Dessa
forma, para atender o mercado de maneira rápida e segura a logística auxilia no
desempenho dessas atividades.
A iniciativa de apresentar um trabalho no setor logístico da Empresa
Soferro Distribuidora de Ferro e Aço Ltda, deu-se pela curiosidade e interesse
despertado pela acadêmica, devido à grandiosidade e riqueza de detalhes que o
setor apresenta. Por outro lado, o trabalho realizado servirá para aperfeiçoar os
procedimentos realizados atualmente e sugerir melhorias no que for necessário.
Quanto à viabilidade e o acesso às informações, a acadêmica poderá obter
o que for necessário, pois possui vínculo empregatício com a organização. Além
disso, os acadêmicos da Univali serão beneficiados, pois serão abordados vários
tópicos da logística que poderão auxiliar nos trabalhos posteriores.
17
1.3 APRESENTAÇÃO GERAL DO TRABALHO
O presente estudo constitui-se de uma breve introdução contextualizando o
tema em estudo e apresentando a descrição da situação problema, objetivos que
se pretendem alcançar e a justificativa.
O segundo capítulo trata da fundamentação teórica que correlaciona os
objetivos deste estudo com o embasamento teórico da logística que envolve a
definição da logística e sua evolução, cadeia de suprimentos, armazenagem,
estoque, distribuição, estratégias logísticas, transporte e roteirização.
O terceiro capítulo, o presente estudo destaca os procedimentos
metodológicos utilizados.
No quarto capítulo, encontram-se a caracterização da empresa, a
interpretação e análise dos dados, proposta de melhorias e todos os dados
coletados necessários para a pesquisa.
No capítulo cinco, é composto pelas considerações finais.
18
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Esse capítulo tem por objetivo mostrar a síntese de alguns autores e seus
conceitos teóricos relacionados ao tema proposto.
O presente trabalho apresentará a história e a evolução da logística, assim
como sua importância nas organizações, à cadeia de suprimentos e seus
elementos, estocagem e armazenagem, logística de distribuição e suas
estratégias.
2.1 LOGÍSTICA
2.1.1 Origem da logística
“A idéia de movimento remonta aos tempos pré-históricos. A invenção da
roda nasceu seguramente da necessidade de levar e trazer coisas com um
esforço menor” (BERTAGLIA, 2006, p. 276).
2.1.2 Evolução da logística
O desenvolvimento histórico da logística segundo Ballou (1993, p. 29),
desmembrou-se em três eras: antes de 1950, 1950-1970, e após 1970.
Na sua origem, segundo Novaes (2004, p. 32), o conceito de logística
estava ligado ás operações militares, os generais ao decidir avançar suas tropas
seguindo uma estratégia militar, precisavam ter, sob suas ordens uma equipe que
providenciasse o deslocamento, na hora certa, de munição, equipamentos e
socorros médicos para o campo de batalha.
A atividade logística militar na Segunda Guerra Mundial segundo Ballou
(1993, p. 29), foi o início para muitos dos conceitos logísticos utilizados
atualmente. O exemplo militar somente influenciou as atividades logísticas das
empresas alguns anos depois.
Christopher (1997, p. 01), também relembra que a logística teve um papel
preponderante na Segunda Guerra Mundial e que as guerras tem sido ganhas e
perdidas através do poder e da capacidade da logística.
19
Ballou (1993, p. 28), ressalta que até cerca de 1950, o transporte estava
sob a gerência da produção, os estoques eram de responsabilidade de marketing,
finanças ou produção, o processamento de pedidos era controlado por finanças
ou vendas, resultando em um conflito de objetivos e de responsabilidades para as
atividades logísticas.
Por outro lado Ching (2007, p. 21) enfatiza que na década de 50, a
empresa dividia as atividades-chave da logística em várias áreas da empresa. O
transporte estava sob o comando da gerência de produção; os estoques eram
responsabilidade de marketing, finanças ou produção e o processamento de
pedidos controlado por finanças. Com isso acabava causando conflitos de
objetivos e responsabilidades para as atividades logísticas.
“O período entre o início dos anos 50 até a década de 60 representa a
época de decolagem para a teoria e a prática da logística. A distribuição física era
muitas vezes subestimada e colocada de lado como algo de pouca importância”.
(BALLOU, 1993, p. 29).
Segundo Ballou (1993, p. 35) na década de 70 foram os anos de
crescimento, a logística entrou em estado de semimaturidade. Nessa época os
princípios básicos estavam estabelecidos e algumas empresas estavam
começando a colher os benefícios do seu uso. As empresas pareciam estar mais
preocupadas com a geração de lucros do que com o controle de custos.
Em contrapartida, Novaes (2004, p. 40) destaca que a evolução da
logística dividiu-se em quatro fases: atuação segmentada, integração rígida,
integração flexível e integração estratégica.
Na primeira fase, Novaes (2004, p. 41) destaca que as empresas
procuravam formar lotes econômicos para transportar seus produtos, dando
menor importância aos estoques. Essa fase foi chamada de atuação segmentada.
A segunda fase da logística, segundo Novaes (2004, p. 44), caracterizou-
se como uma busca inicial de racionalização integrada da cadeia de suprimento e
a terceira fase foi caracterizada pela integração dinâmica e flexível entre os
agentes da cadeia de suprimento.
Na quarta fase, também chamada de integração flexível, segundo Novaes
(2004, p. 47), ocorre um salto qualitativo da maior importância, as empresas da
cadeia de suprimento passam a tratar a questão logística de forma estratégica,
20
como geradores de custo, passando a buscar soluções novas, usando a logística
para ganhar competitividade e para induzir novos negócios.
Sobre a evolução da logística, Cristopher (1997, p. 01) destaca que
enquanto os generais e marechais dos tempos remotos compreenderam o papel
crítico da logística, somente num passado recente é que as organizações
empresariais reconheceram o impacto vital que o gerenciamento logístico pode
ter na obtenção da vantagem competitiva.
Bowersox e Closs (2001, p. 19) observam que a logística é singular nunca
pára, está ocorrendo em todo mundo, 24 horas por dia, sete dias por semana,
durante 52 semanas por ano. Sabe-se que são poucas as áreas de operação que
envolve a complexidade ou abrangem o escopo geográfico característicos da
logística.
Por outro lado, Novaes (2004, p. 37), destaca que a moderna logística tem
como importância incorporar prazos previamente acertados e cumpridos
integralmente ao longo de toda a cadeia de suprimento; integração efetiva e
sistêmica entre todos os setores da empresa, com fornecedores e clientes; busca
da otimização envolvendo a racionalização dos processos, redução de custos e a
satisfação do cliente mantendo nível de serviço preestabelecido e adequado.
Contudo, sabe-se que a logística evoluiu muito desde a Segunda Guerra
Mundial, sendo hoje considerada um dos elementos primordiais da vantagem
competitiva das empresas.
2.1.3 O papel da logística
Segundo Novaes (2004, p. 35), a logística agrega valor de lugar, de tempo,
de qualidade e de informação à cadeia produtiva, além de agregar os quatro tipos
de valores positivos para o consumidor final, a logística moderna procura também
eliminar do processo tudo que não tenha valor para o cliente, ou seja, tudo que
acarrete somente custos e perda de tempo.
Novaes (2004, p. 35) ainda enfatiza que a logística é o processo de
planejar, implementar e controlar de maneira eficiente o fluxo e o armazenamento
de produtos, bem como os serviços e informações associados, cobrindo desde o
21
ponto de origem até o ponto de consumo, com o objetivo de atender os requisitos
do consumidor.
Devido á complexidade dos problemas logísticos, Novaes (2004, p.35)
evidencia que todo o sistema logístico e a sua natureza dinâmica precisa ser
constantemente avaliada, monitorada e controlada, a figura abaixo demonstra a
afirmação do autor.
Figura 1 - Elementos básicos da logística Fonte: Adaptado Novaes (2004).
Por outro lado, Kobayashi (2000, p.30), enfatiza que a logística não é
somente uma função empresarial independente, que faz parte um mundo isolado,
é uma disciplina científica que ensina como organizar a cadeia logística. Ainda
assim Kobayshi (2000, p. 30) evidencia que a logística é um conjunto de
atividades que acompanha cada fase do ciclo da empresa, do abastecimento da
matéria-prima, do produto ou serviço até o cliente final e á assistência pós-venda.
Corroborando com essa afirmação, Bowersox e Closs (2001, p. 20),
enfatizam que a logística envolve a integração de informações, transporte,
estoque, armazenamento, manuseio de materiais e embalagem. Essas áreas
envolvem todo o trabalho logístico e oferecem ampla variedade de tarefas
estimulantes.
Processo de planejar, operar, controlar
Fluxo e Armazenagem Matéria-prima Produtos em processo Produtos acabados Informações Dinheiro
Satisfazendo as necessidades e
preferências dos clientes
do ponto de origem
ao ponto de destino
de forma econômica, eficiente e efetiva
22
Bowersox e Closs (2001, p. 23) ainda observam e destacam que “a
logística existe para satisfazer ás necessidades do cliente, facilitando as
operações relevantes de produção e marketing”.
Em linha distinta, o pensamento de Dornier etal. (2000, p.29) afirmam que
a logística é a gestão de fluxos entre marketing e produção e que a abordagem da
estrutura organizacional separa as atividades de uma empresa em um número
limitado de divisões organizacionais.
Em outra perspectiva, Ching (2007, p. 25), destaca que o papel da logística
exerce a função de responder por toda a movimentação de materiais, dentro do
ambiente interno e externo da empresa até a entrega do produto final ao cliente.
Com isso, Ching (2007, p. 25), divide as atividades da logística dentro da
organização em primárias e secundárias.
- Atividades primárias: transporte, gestão de estoques e processamento de
pedidos. Essas são essenciais para o cumprimento da função logística,
contribuem com o maior montante do custo total da logística.
- Atividades secundárias: armazenagem, manuseio de materiais,
embalagem de proteção, programação de produtos e manutenção de informação.
Essas atividades exercem a função de apoio as atividades primárias na obtenção
dos níveis de bens e serviços requisitados pelos clientes.
Na mesma perspectiva, Christopher (1997, p. 01) destaca que a logística é
o processo de implantação de sistemas e de coordenação do apoio para
assegurar que os objetivos ao cliente sejam atingidos.
Christopher (1997, p. 10), destaca ainda que “a logística deve ser vista
como a ligação entre o mercado e a atividade operacional da empresa. O raio de
ação da logística estende-se sobre toda a organização, do gerenciamento de
matérias-primas até a entrega do produto final”.
Portanto, segundo Ballou (1993, p. 17) a logística estuda como a
administração pode prover melhor nível de rentabilidade nos serviços de
distribuição aos clientes e consumidores, através de planejamento, organização e
controle efetivos para as atividades de movimentação e armazenagem que visam
facilitar o fluxo de produtos.
23
2.2 A CADEIA DE SUPRIMENTOS
2.2.1 Conceitos
A cadeia de suprimento se estende desde o fornecedor da matéria-prima
destinada á fabricação de um determinado produto, até o consumidor final
passando pela manufatura, centros de distribuição, atacadistas e varejistas.
(NOVAES, 2004, p. 190).
Na mesma concepção, a cadeia de suprimentos “é a gestão de atividades
que transformam as matérias-primas em produtos intermediários e produtos
finais, e que entregam esses produtos finais aos clientes”. (DORNIER et al, 2000,
p. 269)
Além disso, Dornier et al (2000, p. 269) ainda enfatiza que “as atividades
da cadeia de suprimentos envolvem compras, manufatura, logística, distribuição,
transporte até o marketing”
Segundo Bertaglia (2009, p. 05), a cadeia de abastecimento corresponde
ao conjunto de processos requeridos para obter materiais, disponibilizando os
produtos para o lugar (onde) e para a data (quando) que os clientes e
consumidores desejarem. O auto ainda destaca que a cadeia logística, está mais
limitada á obtenção e movimentação de materiais e á distribuição física de
produtos.
Por diversas razões, a cadeia de abastecimento tem sofrido alterações
radicais nos últimos anos. Desse modo Bertaglia (2009, p.12) enfatiza que:
Na era industrial, o processo se restringia a produzir e empurrar o produto para o mercado. Com a globalização, em que a concorrência aumentou em razão do maior número de ofertas de produtos, aliada á maior disponibilidade de informação, consumidores e distribuidores passaram a exigir mais na hora da compra. Fatores como preço e qualidade são questionados. Com exceção de alguns casos, o fator fidelidade á marca não têm se mantido com a mesma força que se manteve na era industrial.
Para entender melhor a cadeia de abastecimento integrada, Bertaglia
(2009, p. 01) demonstra na figura abaixo:
24
Figura 2 - Cadeia de Abastecimento Integrada Fonte: Adaptado Bertaglia (2009)
Contudo, Ballou (2001, p. 77), enfatiza a figura do triângulo que exemplifica
o sistema logístico, ou seja, na perspectiva da logística, serviço ao cliente é o
resultado de todas as atividades logísticas ou do processo da cadeia de
suprimento.
Estratégia de Estoque Estratégia de Transporte - Previsão; - Fundamentos de transporte; - Fundamentos da estocagem; - Decisões de transporte; - Decisões de estoque; - Decisões de programação de compras e suprimentos; - Decisões de estocagem.
Estratégia de localização - Decisões de localização; - O processo de planejamento da rede.
Figura 3 - Logística de serviço ao cliente Fonte: Adaptado Ballou (2001)
Objetivos do serviço ao cliente
- O produto - Serviços logísticos - Sistemas de informação
Conceitos e Definições
Elementos Principais
Entendendo a Cadeia de
abastecimento integrada
Importância
Alinhamento Estratégico
25
2.2.2 A importância da cadeia de suprimentos
“Uma boa administração da cadeia de abastecimento pode representar,
para a organização, uma vantagem competitiva em termos de serviço, redução de
custo e velocidade de resposta ás necessidades do mercado” (BERTAGLIA,
2003, p. 9)
Nesse sentido, Bertaglia (2003, p. 3), destaca que “antes de melhorar a
cadeia de abastecimento, o profissional da área precisa entender como a
empresa está organizada e como se comporta o processo de abastecimento”. O
autor ainda enfatiza que é necessário o profissional da área entender sobre como
movimentar, manusear e armazenar os produtos e como essas informações são
usadas e como fluem no processo.
“O foco da organização é a obtenção do lucro e a gestão correta da cadeia
de abastecimento, que podem trazer a vantagem competitiva arduamente
perseguida pelas organizações nos dias de hoje”. (BERTAGLIA, 2009, p. 12).
2.2.3 Os elementos da cadeia de suprimentos
Bertaglia (2003, p. 26), destaca que os elementos da cadeia de
abastecimento podem ser divididos em planejamento, compras, produção e
distribuição.
Com relação ao planejamento Bertaglia (2003, p. 26), afirma que as
organizações devem ter um processo de planejamento integrado e com visão do
todo, que o planejamento deve ir além das fronteiras da organização estendendo-
se aos clientes e fornecedores.
O conceito de comprar, segundo Bertaglia (2003, p. 27), pode ser definido
com a finalidade de obter materiais, componentes, acessórios ou serviços. È o
processo de aquisição que também inclui a seleção dos fornecedores, os
contratos de negociação e as decisões que envolvem compras locais ou centrais.
Produzir refere-se ao elemento cujo processo fundamental é composto por
operações que convertem um conjunto de matérias em um produto acabado ou
semi-acabado (BERTAGLIA, 2003, p. 28). A produção segundo Bertaglia (2003,
p. 28) pode ser dividida em produção para atender níveis de estoque, para
26
atender um pedido específico, montagem, projetos sob medida e combinação de
sistemas de produção.
A distribuição é um processo associado ao movimento de material de um
ponto de produção ou armazenagem até o cliente. Modelos de distribuição são
discutidos a fim de obter-se vantagem competitiva. (BERTAGLIA, 2003, p. 30).
Em contrapartida, Novaes (2004, p. 189, 190 e 191), enfatiza que os
elementos da cadeia de suprimentos envolvem: suprimentos de manufatura,
distribuição física, varejo, consumo e transporte.
Já Dornier et al. (2000, p. 369), destacam que os elementos ou atividades
da cadeia de suprimento envolvem compras, manufatura, logística, distribuição e
transporte até o marketing.
Porém, sabe-se que a cadeia de suprimentos funcione de maneira eficaz, a
informação é o principal elemento desse processo.
“O fluxo físico de informações está tornando-se uma ferramenta de gestão
logística cada vez mais importante. Conseqüentemente, tornou-se um fator crítico
de sucesso na estratégia logística”. (DORNIER et al. 2000, p. 583 a 584)
Segundo Bertaglia (2009, p. 09), o fluxo de informação está intimamente
ligado ao movimento físico de produtos e materiais. Envolve o processamento de
pedidos, estimativa de vendas, planejamento de produção, compras e aquisições,
capacidades, armazenagem e manuseio.
Nesse sentido, Bowersox e Class (2001, p.176) destacam que os sistemas
de informações logísticos são a interligação das atividades logísticas para criar
um processo integrado. Além disso, a tecnologia de informação está evoluindo em
velocidade e capacidade de armazenamento, gerando reduções significativas de
custo e espaço físico.
Na mesma linha, Novaes (2004, p. 157) diz que para operar um sistema de
distribuição é necessário dispor de informações variadas, por exemplo, cadastro
de clientes, composto pela razão social, endereço, coordenadas geográficas e
software de roteirização e demais elementos considerados importantes para a
operação logística.
Segundo Browerson e Closs (2001, p. 176):
Desde seu surgimento, a logística concentrou-se no fluxo eficiente de bens ao longo do canal de distribuição. O fluxo de
27
informações foi muitas vezes deixado de lado, pois não era visto como importante para os clientes. Além disso, a velocidade de troca e de transferência de informações era limitada pela velocidade dos procedimentos que utilizavam papel.
Para completar Bowersox e Closs (2001, p. 06 e 07), fundamentam que a
eficiência pode ser aprimorada por meio do compartilhamento de informação e do
planejamento conjunto. Isso envolve clientes, distribuição física, apoio a
manufatura, suprimento, fluxo de estoque e fornecedores.
2.3 ARMAZENAGEM E ESTOCAGEM
2.3.1 Conceito de Armazenagem
“Armazenar é o ato de guardar ou recolher a um armazém, em determinada
localização, um certo item, por um período de tempo, garantindo a manutenção
de suas características essenciais (FERREIRA, 1994, p. 28)”.
A armazenagem pode ser conceituada como um conjunto de atividades
relacionadas á função de abastecimento. Isso requer meios, métodos e técnicas
adequadas, bem como instalações apropriadas, e que tem como propósito o
recebimento, a estocagem e a distribuição dos materiais (CASTIGLIONI, 2008, p.
23)
2.3.1.1 Objetivos e vantagens da armazenagem
Na mesma perspectiva, Alvarenga e Novaes (1994, p. 183) enfatizam que
o objetivo da armazenagem de produtos é o de guardar a mercadoria por um
certo tempo. Ou seja, a mercadoria deve ser mantida no depósito por um certo
período de tempo até que seja requisitada para consumo próprio ou para a
comercialização.
Ferreira (1994, p.29), enfatiza que a armazenagem é constituída por cinco
fases:
- Recebimento: quando a mercadoria chega, ela é examinada e conferida,
observando se a quantidade está de acordo com a nota fiscal;
28
- Perícia: é a vistoria ou o exame técnico, ou seja, se o material recebido
está de acordo com as características técnicas desejadas;
- Estocagem: a arrumação dos itens em uma certa área definida, de forma
organizada, para que se obtenha o maior aproveitamento do espaço disponível e
dentro dos parâmetros que permitam uma rápida e segura movimentação, quando
necessário;
- Guarda: diz respeito à capacidade de manter o material longe de danos
físicos, extravios ou furtos;
- Conservação: é a capacidade de manter asseguradas aos itens suas
características básicas e essenciais de desempenho durante todas as fases entre
a produção e o consumo do item.
Em outra perspectiva, Bowersox e Closs (2001, p. 332) destacam que as
principais vantagens da armazenagem são: o controle, a flexibilidade, o custo e
outras vantagens intangíveis.
Segundo Viana (2009, p. 308), as instalações do armazém devem
proporcionar a movimentação rápida e fácil de suprimentos desde o recebimento
até a expedição. Desse modo, Viana (2009, p. 308 á 309) enfatiza que alguns
cuidados são essenciais:
• Determinação do local: em recinto coberto ou não;
• Definição adequada do leiaute;
• Definição de uma política de preservação, com embalagens
plenamente convenientes aos materiais;
• Ordem, arrumação e limpeza, de forma constante;
• Segurança patrimonial, contra furtos, incêndio e etc.
Ao se otimizar o armazém, Viana (2009, p. 309) destaca que a empresa
obterá:
• Máxima utilização do espaço;
• Efetiva utilização dos recursos disponíveis (mão-de-obra e
equipamentos);
• Pronto acesso a todos os itens (seletividade);
• Máxima proteção aos itens estocados;
• Boa organização;
29
• Satisfação das necessidades dos clientes.
Além das principais vantagens da armazenagem, existem as opções de
armazenagem, neste contexto Bowersox e Closs (2007, p. 332), apontam as
alternativas de armazém, destaque para os depósitos próprios, depósitos públicos
e depósitos contratados.
De forma mais abrangente os depósitos próprios é operado pela empresa
proprietária da mercadoria, as instalações podem ser próprias ou alugadas. As
principais vantagens são o controle, a flexibilidade, o custo e outras vantagens
intangíveis (Bowersox e Closs, 2007, p. 333).
Já os depósitos públicos, segundo Bowersox e Closs (2007, p. 332), são
operados como um negócio independente, oferecendo serviços variados, como
de armazenagem, manuseio e transporte, mediante o pagamento de uma taxa
fixa ou variável. Do ponto de vista financeiro, os depósitos públicos podem
também ter um custo variável mais baixo do que os depósitos próprios.
Para completar, os depósitos contratados segundo Bowersox e Closs
(2007, p.334), combinam as melhores características da armazenagem pública e
da armazenagem própria. Os depósitos contratados podem proporcionar
vantagens de especialização, flexibilidade e economias de escala.
2.3.1.2 Arranjo Físico
O significado de layout, segundo Viana (2009, p. 309), pode ser explicado
por meio de palavras como desenho, plano, esquema, ou seja, é o modo pelo
qual ao se inserirem figuras e gravuras surge uma planta, é uma maquete no
papel.
“O layout influi desde a seleção ou adequação do local, assim como no
projeto de construção, modificação ou ampliação, distribuição e localização dos
componentes e estações de trabalho e movimentação de materiais, máquinas e
operários” (VIANA, 2009, p. 309).
Viana (2009, p.309 á 310), destaca que a realização de uma operação
eficiente de armazenagem depende da existência de um bom layout. Dessa
30
forma, pode-se determinar os modelos de fluxo de material, os locais de áreas
obstruídas, a eficiência da mão-de-obra e a segurança do pessoal e do armazém.
Os objetivos do layout de uma armazém devem ser (VIANA, 2009, p. 310):
• Assegurar a segurança máxima do espaço;
• Propiciar a mais eficiente movimentação de materiais;
• Propiciar a estocagem mais econômica, em relação às despesas de
equipamento, espaço, danos de material de mão-de-obra do
armazém;
• Fazer do armazém um modelo de boa organização.
Para projetar um layout de um armazém, Viana (2009, p. 310) destaca
cinco passos fundamentais:
1) Definir a localização de todos os obstáculos;
2) Localizar as áreas de recebimento e expedição;
3) Localizar ás áreas primárias, secundárias, de separação de pedidos e de
estocagem;
4) Definir o sistema de localização de estoque;
5) Avaliar as alternativas de layout do armazém.
“No depósito, os principais aspectos do layout a serem verificados são os
seguintes” (VIANA, 2009, p. 310 a 311):
- Itens de estoque: as mercadorias de maior saída deverão ser armazenadas
nas imediações da saída ou expedição, a fim de facilitar o manuseio, destaque
também para os itens de grande peso e volume.
- Corredores: dentro do depósito os corredores deverão facilitar o acesso ás
mercadorias em estoque. Quanto maior a quantidade de corredores maior será a
facilidade de acesso. Armazenamento com prateleiras requer um corredor para
cada duas filas de prateleiras. Com relação à largura dos corredores é
determinada pelo equipamento de manuseio e movimentação dos materiais. Já a
31
localização dos corredores é determinada em função das portas de acesso e da
arrumação das mercadorias. Entre as mercadorias e as paredes do edifício
devem existir passagens mínimas d 60 cm, para acesso ás instalações de
combate a incêndio.
- Portas de acesso: as portas de acesso ao depósito devem permitir a passagem
dos equipamentos de manuseio e movimentação de materiais. Tanto a altura
como a largura devem ser devidamente dimensionadas. O local de expedição ou
de embarque de mercadorias deve ser projetado para facilitar as operações de
manuseio, carga e descarga. Próximo ao local de expedição ou de embarque e
desembarque deve haver um espaço de armazenagem temporária para se
colocar separadamente as mercadorias, conforme o tipo. O acostamento para
veículos deve considerar a quantidade diária de embarques e desembarques,
bem como o tempo de carga e descarga de caminhões.
- Prateleiras e estruturas: quando existir prateleiras estruturas no depósito, a
altura máxima deverá considerar o peso dos materiais. O topo das pilhas de
mercadorias deve se distanciar um metro das luminárias do teto ou dos sprinklers
(equipamentos fixos de combate a incêndio) de teto. Com relação as mercadorias
leves devem permanecer mais pesadas devem ser armazenadas nas barras
inferiores da estrutura.
2.3.1.3 Manuseio
Toda e qualquer movimentação dos produtos dentro do armazém é
destacada por Bowersow e Closs (2007, p. 349), como manuseio interno. Após o
recebimento dos materiais, é necessária sua transferência interna para colocá-los
em locais ideais de armazenagem ou para a separação de pedidos.
“Após os pedidos serem recebidos, os produtos solicitados são
acumulados e transportados para a área de expedição. Existem dois tipos de
manuseio dentro do depósito: transferência e separação” (BOWERSOX e
CLOSS, 2007, p. 349).
32
Bowersox e Closs (2007, p. 350), destacam que existem, pelo menos,
duas, ás vezes três, transferências em depósitos tradicionais. Primeiro, as
mercadorias são levadas para dentro do depósito e colocadas no local estipulado.
O transporte, nesse caso, é feito por empilhadeiras, quando são usados paletes
ou slip sheet, ou por outros meios de tração mecânica. Uma segunda
movimentação interna pode ser necessária antes da atividade de separação de
pedidos, dependendo dos procedimentos operacionais de cada depósito. Assim,
os produtos são transferidos para a área de separação á medida que são
processados os pedidos. Por fim, a transferência final, os produtos solicitados
pelos clientes são levados diretamente do depósito para a plataforma de carga.
Já a separação dos produtos, segundo Bowersox e Closs (2007, p. 350), é
uma função básica de armazenagem. Esse processo de separação agrupa
materiais, peças e produtos em função dos pedidos de clientes. A área de
separação, geralmente é localizada em um ponto do depósito que minimiza as
distâncias que serão percorridas. Por fim, vale ressaltar que os processos de
separação são normalmente coordenados por sistemas de controle
informatizados.
2.3.2 Estoque
O controle ou gestão de estoques engloba todas as atividades,
procedimentos e técnicas que permitem garantir a qualidade correta, no tempo
certo, de cada item ao longo da cadeia produtiva, tanto dentro como fora das
organizações (CASTIGLIONI, 2008, p. 17).
Desse modo, Castiglioni (2008, p. 19) ainda enfatiza que o controle de
estoques é importante para todo e qualquer tipo de empresa e significa investir
dinheiro, portanto deve ser racionalmente dimensionado.
Em contrapartida, Ching (2007, p. 32), destaca que o controle de estoque
exerce influência muito grande na rentabilidade da empresa. Os estoques
absorvem capital que poderia estar sendo investido de outras maneiras, desviam
fundos de outros usos potenciais e tem o mesmo custo de capital que qualquer
outro projeto de investimento da empresa. Aumentar a rotatividade do estoque
libera ativo e economiza o custo de manutenção do inventário.
33
Por outro lado, Bowersox e Closs (2001, p. 255) destacam que o controle
de estoques é um procedimento rotineiro necessário ao cumprimento de uma
política de estoques. Para implantar as políticas desejadas de gerenciamento de
estoques, torna-se necessário desenvolver procedimentos de controle, que
definam a freqüência segundo a qual os níveis de estoques são examinados e
comparados com parâmetros de ressuprimento, ou seja, quando e quanto pedir.
Alvarenga e Novaes (1994, p. 183) destacam que o estoque máximo
provável dos produtos a serem armazenados devem ser quantificados de forma a
se ter uma idéia razoavelmente precisa dos níveis que podem ser atingidos para
cada tipo de mercadoria. Em seguida, é necessário estimar o espaço necessário
para armazenar cada grupo. O espaço é medido tanto em termos de área de piso
necessária, como também em volume.
“O gerenciamento de estoques é o processo integrado pelo qual são
obedecidas as políticas da empresa e da cadeia de valor com relação aos
estoques” (BOWERSOX e CLOSS, 2001, p. 254).
Corroborando com esta afirmação, Bertaglia (2006, p. 314) destaca que o
gerenciamento de estoque é um ramo da administração que está relacionado com
o planejamento e o controle de estoques de materiais ou de produtos que serão
utilizados na produção ou comercialização de bens ou serviços. São
características importantes neste processo, o momento certo da compra, a
quantidade ideal a ser comprada, os melhores preços, os níveis de segurança, e
a qualidade do bem ou serviço.
Os procedimentos de controle permanente de estoque são executados
diariamente, a fim de verificar a necessidade de ressuprimento. É um tipo de
procedimento que exige controle preciso das quantidades de todos os produtos.
Sua adoção eficaz exige o uso de sistemas informatizados. (BOWERSOX e
CLOSS, 2001, p. 255).
É importante ressaltar que o descontrole dos estoques traz sérias
conseqüências á empresa, como aumento dos custos e despesas financeiras,
ociosidade de recursos e redução da lucratividade (CASTIGLIONI, 2008, p. 19).
Desse modo, segundo Ching (2007, p. 32) a visão tradicional é de que os
produtos devem ser mantidos em estoques por diversas razões, seja para
34
acomodar variação nas demandas, seja para produzir lotes econômicos em
volumes superiores ao necessário, no entanto essa visão acarreta:
• Custos mais altos e manutenção de estoque;
• Falta de tempo na resposta ao mercado;
• Risco do inventário, tornar-se absoleto.
Nesse contexto, Bertaglia (2006, p. 315), observa que controles não
adequados podem levar a organização a possuir elevados estoques incorrendo
em altos valores de investimento. Por outro lado, a manutenção de estoques
insuficientes trará conseqüências drásticas á cadeia de abastecimento, afetando
recursos e serviços.
Cabe evidenciar-se, segundo Ballou (2001, p. 202) que uma empresa usa o
espaço de estocagem por quatros razões básicas: para reduzir custos de
transporte e de produção, para coordenar oferta e demanda, para auxiliar no
processo de produção e para ajudar no processo de marketing.
Portanto, segundo Bertaglia (2006, p. 320), a formação do estoque está
relacionada ao desequilíbrio existente entre a demanda e o fornecimento. Quando
o ritmo de fornecimento é maior que a demanda, o estoque aumenta. Quando o
ritmo da demanda supera o fornecimento, o estoque diminui, podendo faltar
material ou produto. Se a taxa de fornecimento fosse igual á taxa de demanda
não haveria a necessidade de formação de estoques. Isso confirma a
necessidade da existência de estoque para alguns segmentos de mercado e
categoria de produtos.
2.4 DISTRIBUIÇÃO
A distribuição física segundo Ballou (1993, p. 40) é o ramo da logística que
trata da movimentação, estocagem e processamento de pedidos dos produtos
finais da empresa. A distribuição física costuma ser a mais importante em termos
de custos para a maioria das empresas, pois aborve cerca de dois terços dos
custos logísticos.
35
É imprescindível que a distribuição física dos produtos em uma
organização aconteça com exatidão de forma a superar as expectativas dos
consumidores. Em muitas empresas a distribuição física dos produtos ainda é
bastante problemática comprometendo assim a qualidade dos serviços prestados.
Com clientes cada vez mais exigentes, as empresas precisam se reorganizar e se
readaptar a essa realidade, portanto a distribuição física deve acontecer com
muita agilidade e competência.
“É necessário, portanto, identificar como e por quem esses materiais e
produtos são movimentados e a eficiência com que são realizadas as
movimentações.” (BERTAGLIA, 2006, p. 06)
Nesse sentido, Bertaglia (2006, p. 06), ainda enfatiza que a distribuição
física tem impactos importantes não somente em custos, mas também na
qualidade dos serviços prestados, principalmente no cumprimento da entrega dos
produtos aos clientes.
A logística de distribuição, segundo Ching (2007, p. 90), envolve as
relações empresa-cliente-consumidor, sendo responsável pela distribuição física
do produto acabado até os pontos de venda ao consumidor e de assegurar que
os pedidos sejam pontualmente entregues, precisos e completos.
Ballou (1993, p. 40) ainda destaca que a distribuição física preocupa-se
principalmente com bens acabados ou semi-acabados.
Desde o instante em que a produção é finalizada até o momento no qual o comprador toma posse dela, as mercadorias são de responsabilidade da logística, que deve mantê-las no depósito da fábrica e transportá-las até depósitos locais ou diretamente ao cliente. O profissional de logística deve preocupar-se em garantir a disponibilidade dos produtos requeridos pelos clientes á medida que eles desejem e se isto pode ser feito a um custo razoável (Ballou, 1993, p. 40).
Em outra perspectiva, Kobayashi (2000, p. 73), define o sistema de
distribuição física com base nos conteúdos físicos, espaciais e temporais
presentes nos três elementos constituídos por “clientes e destinatários”, “produtos
e artigos comerciais” e “estabelecimentos e fornecedores”.
Kobayashi (2000, p. 72) destaca que além dos três elementos que definem
a distribuição física, a política dos diretores e o modo deles de pensar em relação
aos investimentos da empresa são determinantes.
36
A estrutura de distribuição física, segundo Kobayashi (2000, p. 74) é
formado por percursos logísticos, bases logísticas, meios logísticos e por um
sistema de gestão. Esses quatros fatores são interligados, se um deles sofre
mudanças é necessário modificar todos os outros.
Conforme, Kobayashi (2000, p. 74) destacou os percursos logísticos, estes
podem ser definidos também como canais logísticos, é de extrema importância
que as empresas entendam como reduzir esses canais, a fim de aumentar a
eficiência da entrega. Os percursos logísticos permitem chegar até os clientes e
destinatários das entregas.
Contudo, Kobayashi (2000, p. 75) enfatiza que as bases logísticas são
constituídas de terreno, edifícios, instalações e também das pessoas que
trabalham. Quando se procura centralizar essas bases, são reduzidas as
dimensões e o número de pessoas que trabalham. Desse modo, grande
quantidade de materiais concentrado somente em um lugar, também se consegue
reduzir os custos com transporte e entrega aos estabelecimentos até as bases
logísticas.
“O processo de distribuição física está associado á movimentação física de
materiais, normalmente de um fornecedor para um cliente. Esse processo envolve
atividades internas e externas, acompanhadas de documentos legais
(BERTAGLIA, 2006, p. 169)”.
Desse modo, Bertaglia (2006, p. 169) ainda destaca que essas atividades
podem ser divididas em funções como recebimento, armazenagem, controle de
estoques, administração de frotas e fretes, separação de produtos, cargas de
veículos, transportes, devoluções de materiais e produtos entre outras.
Em perspectiva abrangente “a vantagem competitiva de uma empresa
pode estar na forma de distribuir, na maneira com que faz o produto chegar
rapidamente à gôndola, na qualidade do seu transporte e na eficiência de entrega
de um material a um fabricante (BERTAGLIA, 2006, p. 170)”.
Nesse mesmo contexto, Bertaglia (2006, p. 170), conclui que a distribuição
física consiste em três elementos globais: recebimento, armazenagem e
expedição.
• Recebimento: a função de recebimento se inicia quando o veículo é aceito
para descarregar um produto ou material que está destinado ao armazém
37
ou centro de distribuição, em seguida o produto é contado, pesado, e o
resultado é comparado com o documento de transporte.
• Armazenagem: após o recebimento, os itens são armazenados em locais
específicos no centro de distribuição, em prateleiras, estantes, tanques,
estrados ou até mesmo acondicionados no solo.
• Expedição: por fim, a expedição ou despacho, corresponde ao processo de
separar os itens armazenados em um local e movimentado para outro, com
o objetivo de atender a demanda específica.
Contudo, Novaes (2004, p. 145) enfatiza que o objetivo geral da
distribuição física, como meta ideal, é o de levar os produtos certos, para os
lugares certos, no momento certo e com o nível de serviço desejado, pelo menor
custo possível.
2.5 ESTRATÉGIAS LOGÍSTICAS
“No âmbito das estratégias empresariais, é denominada logística a
atividade que serve para oferecer aos clientes artigos comerciais, produtos e
serviços com rapidez, a baixos custos e com satisfação (KOBAYASHI, 2000, p.
17).”
Kobayashi, (2000, p.16), enfatiza que não existem fórmulas constituídas
para estabelecer estratégias úteis para a sobrevivência das empresas. Elas
mudam de acordo com a condição do mercado e do setor de origem. No entanto,
é estrategicamente indispensável para as empresas responder às mudanças,
transformar-se e contribuir às satisfações do cliente.
“O sucesso de uma estratégia, em seu sentido estrito, depende do grau de
integração e reforço mútuo das diversas, ações e correções de rumo tomadas em
determinado horizonte de tempo (FLEURY, etal. 2003, p, 71).
Ballou (2001, p. 39), destaca que a estratégia logística tem três objetivos:
redução de custos, redução de capital e melhorias nos serviços. A redução de
custo é a estratégia dirigida para minimizar os custos variáveis associados á
movimentação e a estocagem. A redução do capital é a estratégia direcionada
para minimização do nível de investimento no sistema logístico. Por fim, as
38
melhorias nos serviços são estratégias que normalmente reconhecem que as
receitas dependem do nível do serviço logístico fornecido.
“O mercado das empresas vê os clientes que mudam o próprio estilo de
vida e têm exigências diferenciadas, sempre mais personalizadas. Os produtos
devem ser conforme não ás tendências dos vários segmentos, mas ao gosto de
cada indivíduo”. (KOBAYASHI, 2000, p. 11)
Ainda assim, Kobayashi (2000, p. 11), enfatiza que as empresas se
transformam, reorganizam-se os vários setores econômicos, com diminuição do
pessoal e com novas formas de organizações.
Desse modo, Kobayashi (2000, p. 12) destaca a logística, em tudo isso, em
muitos setores econômicos, é a atividade que pode criar a diferença com os
concorrentes e oferece uma vantagem competitiva. É na logística, portanto, que
devem ser efetuados os melhoramentos e as inovações que servem para
aumentar a própria competitividade. Enquanto se continua o empenho para
melhorar a qualidade, diminuir os custos, reduzir os tempos, aumentar a
segurança, deve-se procurar também outras estradas para enfrentar os desafios
da nossa época e incrementar o valor da própria empresa.
2.6 TRANSPORTE
A questão do transporte, segundo Bertaglia (2006, p. 278), aborda que a
logística corresponde à movimentação de bens e serviços de seus pontos de
origem aos pontos de uso ou consumo. Com isso, a atividade de transporte gera
os fluxos físicos desses bens ou serviços ao longo dos canais de distribuição, e é
responsável pelos movimentos de produtos utilizando modalidades de transporte
que ligam as unidades físicas de produção ou armazenagem até os pontos de
compra ou consumo.
“Uma empresa não se limita a somente um meio de transporte.
Normalmente, utilizam-se meios diferentes de acordo com os objetos a serem
entregues, e segundo a clientela”. (KOBAYASHI, 2000, p. 160)
Kobayashi (2000, p. 161), observa ainda que é preciso fazer uma
subdivisão detalhada dos artigos a serem transportados e, portanto, estudar os
meios a serem utilizados.
39
“No que se refere ao transporte e ás entregas, a escolha dos meios é
determinada também pelos roteiros que partem do estabelecimento e dos
fornecedores e chegam aos clientes” (KOBAYASHI, 2000, p. 161).
Bowersox e Closs (2007, p. 279), enfatizam que o principal objetivo do
transporte é movimentar produtos de um local de origem até um determinado
destino minimizando ao mesmo tempo os custos financeiros, temporais e
ambientais.
Os custos financeiros relacionados ao transporte, dizem respeito aos
gastos internos para manter uma frota própria ou gastos externos para a
contratação de terceiros. As despesas resultam do trabalho do motorista, dos
custos operacionais de veículos e de eventual apropriação de custos gerais e
administrativos. (BOWERSOX e CLOSS, 2007, p. 278)
O transporte ainda utiliza recursos temporais, segundo Bowersox e Closs
(2007, p. 279), isto é, tempo, já que o produto transportado torna-se inacessível
durante o transporte.
O transporte é geralmente o elemento mais importante nos custos
logísticos, pois absorve entre um e dois terços do total dos custos logísticos da
organização. (BALLOU, 2001, p. 119)
Segundo Bertaglia (2006, p. 278), dois são os parâmetros que influenciam
as atividades de transporte: distância e tempo. A distância corresponde ao trajeto
percorrido entre os pontos de produção e de consumo, e tempo refere-se ao
tempo necessário para se percorrer a distância e disponibilizar o produto para
consumo.
Portanto, segundo Viana (2009, p. 367), pode-se concluir que “o transporte,
faz parte da engrenagem do abastecimento e representa o fim da linha, ou seja, é
o setor em que o tempo torna-se mais curto entre a colocação de uma
encomenda, sua produção e seu uso”. Desse modo, é motivo pelo qual deve ser
efetuado no menor prazo possível e ao menor custo.
2.6.1 Modais de transporte
Fleury e etal (2003, p. 248), destacam cinco modais de transporte e
enfatizam que cada modal possui custos e características operacionais próprios,
40
que os tornam mais adequados para certos tipos de operações e produtos. Além
disso, deve ser considerada na escolha do modal a qualidade dos serviços
oferecidos, levando em consideração itens como velocidade, consistência,
capacidade, disponibilidade e freqüência.
Ballou (2001, p. 123), destaca que cada um dos cincos modais básicos de
transporte oferece seus serviços diretamente aos usuários. Isso contrasta com o
uso de um intermediário de transportes, assim como um agente de carga, que
vende serviços de transporte, mas geralmente possui pouca ou nenhuma
capacidade de movimentação.
“A análise de transportes abrange os problemas de roteirização e
programação e utilização de equipamentos de transporte, com o objetivo de obter
o melhor uso de veículos e motorista e atender ás necessidades de serviço ao
cliente” (BOWERSOX e CLOSS, 2007, p.478).
Por outro lado, Ballou (2001, p. 121), enfatiza que para auxiliar na escolha
do serviço de transporte, esse serviço poderá ser visto em termos de
características básicas: preço, tempo médio em trânsito, variabilidade do tempo
em trânsito e perdas e danos.
2.6.1.2 Ferroviário
Ballou (2001, p. 123) destaca que a ferrovia é um transportador de longo
curso e um movimentador lento de matéria-prima e de produtos manufaturados de
baixo valor e prefere mover embarques de carregamento completo. Além disso, o
serviço ferroviário existe de duas formas legais: transportador comum ou privado.
O transportador comum vende seus serviços de transporte a todos os
embarcadores e é regido pelas regulamentações econômicas e de segurança das
agências governamentais apropriadas. Por outro lado, os transportadores
privados são adquiridos pelo embarcador com o intuito de servir apenas ao
proprietário, com isso nenhuma regulamentação econômica é necessária.
“Na moderna economia de alta tecnologia, a indústria ferroviária não tem recebido inovação na mesma velocidade que outras formas de transporte, como a aviação e o transporte rodoviário, mesmo nos países mais desenvolvidos. Definido como um modo de transporte para grandes volumes, com um valor unitário
41
baixo, sem urgência de entrega e terminais fixos, não pode ser aplicado onde se requer coleta e entrega ponto a ponto devido á sua falta de flexibilidade” (BERTAGLIA, 2006, p. 284-285)”.
Bertaglia (2006, p. 285), enfatiza ainda que uma das vantagens do
transporte ferroviário é que seu custo é inferior ao do transporte rodoviário ou
aéreo, no entanto não apresenta muita flexibilidade de movimentação.
“Por outro lado, os conceitos logísticos de velocidade e atendimento colocam esse modo de transporte em situação difícil de competição, dada a falta de flexibilidade e o transporte de grandes tonelagens. É por isso que o uso do transporte modal se torna bastante interessante, uma vez que pode unir a flexibilidade do transporte rodoviário ao baixo custo do ferroviário. O escoamento dos produtos agrícolas e de outros necessita urgentemente de uma revisão logística, e o setor ferroviário poderia ser ótima opção para suportar essa demanda” (BERTAGLIA, 2006, p. 286).
“Considerando a globalização e a forte competição, o Brasil precisa
urgentemente preparar-se e investir em infra- estrutura ferroviária a fim de baixar
os custos de transporte e baratear os preços dos produtos tanto no comércio
interno, quanto no comércio externo” (BERTAGLIA, 2006, p. 286).
2.6.1.3 Rodoviário
Em outra perspectiva, Ballou (2001, p. 124) enfatiza que o ao contrário do
serviço ferroviário, o rodoviário é um serviço de transporte de produtos semi-
acabados e acabados. Além disso, o modal rodoviário movimenta fretes com
carregamentos de tamanhos médios menores que o ferroviário.
Ballou (2001, p. 124) ainda destaca que uma das vantagens inerentes do
modal rodoviário são os serviços porta a porta de modo que nenhum
carregamento ou descarregamento é exigido entre a origem e o destino, como
acontece nos modais ferroviário e aéreo.
Bertaglia (2006, p. 283), enfatiza que o transporte rodoviário é o mais
independente dos transportes, uma vez que possibilita movimentar uma grande
variedade de materiais para qualquer destino, devido á sua flexibilidade, sendo
utilizado para pequenas encomendas, e curtas, médias ou longas distâncias, por
42
meio de entregas ponto a ponto. O autor ainda destaca que a grande
desvantagem do transporte rodoviário é o custo do frete, o que faz com que
outros meios de transporte comecem a ser mais competitivos.
“A distribuição das cargas entre os diferentes modos de transporte não apresenta equilíbrio, concentrando-se no modo rodoviário e deixando o ferroviário em plano inferior. Contudo, para melhorar as condições das estradas, duplicá-las e pavimentá-las, é necessária a arrecadação de fundos, e para isso, criam-se os pedágios que encarecem ainda mais o produto final” (BERTAGLIA, 2006, p. 284)
No Brasil, as rodovias estão sendo privatizadas, com o objetivo de tornar o
meio de transporte mais competitivo, a fim de reduzir o consumo de combustível e
baixar os gastos com manutenção dos veículos, além de proporcionar maior
fluidez das cargas. Além disso, o estado das rodovias nacionais é muito precário,
o que provoca o encarecimento dos custos de transporte. (BERTAGLIA, 2006, p.
284).
2.6.1.4 Aéreo
O transporte aéreo, segundo Bertaglia (2006, p. 288) é uma modalidade
mais utilizada para produtos que têm um alto valor, como equipamentos
eletrônicos e máquina de precisão, devido ao alto custo nele envolvido. “Essa
modalidade apresenta características importantes como à segurança e agilidade”.
Ballou (2001, p. 124), destaca que o atrativo do transporte aéreo é a sua
velocidade imbatível entre origem e destino, especialmente em longas distâncias.
“A extensão média de frete é de 1.300 milhas, os jatos comerciais têm velocidade de cruzeiro de 545 e 585 milhas por hora, apesar de a velocidade média de aeronave a aeroporto ser um pouco menos que a velocidade de cruzeiro por causa dos tempos de taxiamento e de espera em cada aeroporto e o tempo necessário para decolar e aterissar” (BALLOU, 2001, p.124).
Contudo, Ballou (2001, p. 124), diz que a velocidade não é diretamente
comparável com a de outros modais, pois o tempo de coleta e entrega e do
43
manuseio terrestre não estão incluídos. No entanto, devido ao manuseio e á
movimentação de superfície do frete ser as porções mais lentas do tempo total de
entrega de porta a porta, o tempo de entrega poderá ser tão pequena que uma
operação rodoviária e ferroviária bem administrada pode coincidir com a escala
aérea.
“A confiabilidade e a disponibilidade do serviço aéreo podem ser classificadas como boas condições de operações normais. A variabilidade do tempo de entrega é pequena em termos absolutos, mesmo considerando que o serviço aéreo é bastante sensível a quebras mecânicas, condições meteorológicas e congestionamento de tráfego” (BALLOU, 2001, p.125).
“No Brasil, assim como nas demais modalidades de transporte, o
transporte aéreo precisa passar por modificações estruturais importantes para
que se torne mais competitivo. Os custos aeroportuários são altos e o nível de
serviços deve ser melhorado” (BERTAGLIA, 2006, p. 289)
2.6.1.5 Aquaviário ou Hidroviário
Ballou (2001, p. 125), comenta que o serviço de transporte aquaviário é
fornecido em todas as formas legais, e a maioria das mercadorias embarcadas
por este meio são desregulamentadas.
“Os custos de perdas e danos resultantes do transporte por água são considerados baixos em relação aos outros modais porque o dano em produtos a granel de baixo valor não preocupa muito e as perdas devido a demoras não são sérias, geralmente os compradores mantêm estoques grandes” (BALLOU, 2001, p. 126).
2.6.1.6 Dutoviário
Segundo, Bertaglia (2006, p. 287), o transporte dutoviário compreende a
movimentação de gases, líquidos, grãos e minérios por meio de tubulações. Com
isso, diferentes denominações são dadas a essa modalidade, conforme o material
44
que está sendo movimentado, como gasoduto, quando transporta gases e
oleoduto, quando transporta derivados de petróleo.
“O trabalho exigido para esse tipo de movimentação é bastante grande, uma vez que as linhas de tubos passam por vales, lagos, rios, montanhas e mesmo pelo oceano. Os testes são fundamentais antes do início da operação a fim de evitar vazamentos. É necessário monitorar permanentemente esses dutos durante a vida operacional das tubulações” (BERTAGLIA, 2006, p. 288)
Para completar, Ballou (2001, p. 126), destaca que as perdas e os danos
de produtos são pequenos porque líquidos e gases não estão sujeitos ao dano no
mesmo grau que os produtos manufaturados e o número de perigos que podem
recair sobre uma operação de dutovia é limitado.
45
3 PROCEDIMENTO METODOLÓGICO
A proposta de melhorias para o setor logístico que será apresentada para a
empresa Soferro Distribuidora de Ferro e Aço Ltda, servirá para aperfeiçoar os
procedimentos logísticos e verificar se existe algum procedimento incorreto no
andamento das atividades que já são executadas.
O projeto ocorrerá no período de março a novembro de 2009, na cidade de
Biguaçu, na empresa Soferro Distribuidora de Ferro e Aço, localizada na rua
Hipólito Henrique Pheleger no bairro Rio Caveiras.
A presente pesquisa caracterizou-se como descritivo de natureza
quantitativa e qualitativa. Roesh (1999, p. 132), destaca que o estudo de caráter
descritivo dentro da pesquisa quantitativa tem como propósito obter informações
sobre determinada população, ou seja, contar quantos ou em que proporção seus
membros tem certa opinião ou característica, ou com que frequencia certos
eventos estão associados entre si.
A pesquisa quantitativa, segundo Roesh (1999, p. 131) implica em medir
relações entre variáveis (associação causa-efeito) e utilizar o melhor meio
possível de controlar o delineamento da pesquisa para garantir uma boa
interpretação dos resultados.
Já a pesquisa qualitativa é descrita por Roesh (1999, p. 155) como
apropriada para a avaliação formativa, quando trata-se de melhorar a efetividade
de um programa ou plano.
Quanto ao objetivo do projeto o presente estudo utilizará a entrevista como
técnicas de coleta de dados, que segundo Roesch (1999, p. 143) “é um
instrumento que busca mensurar alguma coisa”.
Para a coleta de dados foram realizadas entrevistas com os colaboradores
de todas as áreas da empresa e abordados itens como estoque, armazenagem,
leiaute do armazém, equipamentos para manuseio dos materiais, roteirização,
espaço, estrutura física e serviços prestados no prazo. Além desses itens, a
entrevista também procurou identificar o perfil dos colaboradores com relação á
idade, sexo, tempo de empresa e o setor que trabalha.
Quanto ao procedimento será utilizada a pesquisa bibliográfica que
conforme Gil (1991, p. 46) destaca, são desenvolvidas a partir de material já
46
elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos. Para
fudamentar a pesquisa será realizada o levantamento da bibliografia através da
consulta de livros.
Segundo Gil (1991, p. 45), “a principal vantagem da pesquisa bibliográfica
reside no fato de permitir ao investigador a cobertura de uma gama de fenômenos
muito ampla do que aquela que poderia pesquisar diretamente”.
Além disso, a acadêmica utilizou a observação no estudo, que conforme Gil
(1991, p. 35), é fundamental para a construção de hipóteses, fornece os indícios
para a solução dos problemas propostos pela ciência. Todavia, essas hipóteses
têm pouca probabilidade de conduzir a um conhecimento suficientemente geral e
explicativo.
A população utilizada para o estudo deste trabalho foi composta pelos
colaboradores da empresa. Foram realizadas 19 entrevistas no período de
10/08/09 á 14/08/09. A variável que estipulou a amostra acabou sendo a
quantidade de colaboradores presentes no momento da aplicação. É importante
mencionar que alguns colaboradores não foram entrevistados, pois não estavam
presentes no momento da aplicação. A entrevista ocorreu no período pré-
determinado pela acadêmica e foi explicado a todos os colaboradores o objetivo
da pesquisa.
Com o objetivo de propor melhorias para o setor logístico da empresa
Soferro foi de grande importância a realização do pré-teste, pois a acadêmica
elaborou a entrevista com perguntas de forma mais clara e de fácil entendimento
para os pesquisados.
Gil (1991, p. 132) destaca que pré-testar cada instrumento antes de sua
utilização, com vista em: desenvolver os procedimentos de aplicação, testar o
vocabulário empregado nas questões, assegurar-se de que as questões ou as
observações a serem feitas, possibilitarão medir as variáveis que se pretende
medir.
A tabulação e análise dos dados foram realizadas com o auxílio do excel,
em seguida foram elaborados tabelas e gráficos com todo o material coletado. A
entrevista abordou, no primeiro momento o perfil dos pesquisados e em seguida
foram realizadas perguntas sobre questionamentos á respeito da logística atual
aplicada pela empresa.
47
Tendo em vista a importância dos processos logísticos e a cadeia de
abastecimento acontecer de maneira eficaz, foi detectada a necessidade de
propor melhorias para aperfeiçoar a logística aplicada pela organização.
48
4 RESULTADOS DO ESTUDO
Conforme objetivos específicos do presente estudo, neste capítulo serão
apresentados a descrição do processo logístico da empresa e a pesquisa
realizada junto aos colaboradores da Soferro, traduzido por meio de tabelas e
gráficos. Após analisados, possibilitarão uma avaliação da percepção dos
colaboradores com relação aos itens apresentados sobre a atual logística. Além
disso, a caracterização da organização e sua evolução e por fim, os pontos fortes
e fracos encontrados durante o estágio realizado na empresa e a proposta de
melhorias para o setor logístico.
4.1 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO
A empresa Soferro Distribuidora de Ferro e Aço Ltda foi fundada em 1992,
e está localizada no município de Biguaçu, na rua Hipólito Henrique Pheleger, no
2459 A, no Bairro Rio Caveiras. Sua principal atividade é o fornecimento de ferro
e aço para a construção civil. A empresa atende algumas regiões do estado de
Santa Catarina, que abrange a região metropolitana que envolve São José,
Palhoça, Biguaçu e Sul de Florianópolis até o Sul do estado catarinense.
A Soferro além de fornecer o ferro e aço para a construção civil, atende
também indústrias e serralherias. A empresa trabalha com a dobra de aços
longos e o cliente já compra o produto da maneira como precisa utilizar na obra.
Quando a empresa iniciou suas atividades em 1992, contava com três
colaboradores, o transporte era terceirizado e o mercado de abrangência era
somente a grande Florianópolis.
No ano de 1993 a empresa adquiriu um equipamento que agilizou e
aumentou a efetividade das atividades, um guindaste.
No ano de 1996, a Soferro abriu filial em Brusque, caracterizando um
significado crescimento da organização. Nessa época a empresa já contava com
seis colaboradores.
Em 1998, a empresa foi toda informatizada ganhando agilidade nas
atividades realizadas.
49
Em 1999, a empresa adquiriu um terreno para a filial de Brusque com
6.300m metros quadrados.
Em 2000, abertura da Andrade Ferro e Aço, empresa especializada
somente no segmento de corte e dobra do aço, no município de São José.
Em 2001, a empresa adquiriu dois caminhões, realizando assim, desde
então, suas próprias entregas.
Em 2004, foi adquirido um terreno para a matriz da empresa em Biguaçu,
com 4850 metros quadrados e construiu uma estrutura de 2086 metros
quadrados.
Em 2007, a empresa firma parceria com a Arcelor Mittal, maior siderúrgica
do mundo. Com isso, foi construída uma estrutura capaz de atender o novo
mercado de atuação da empresa. Foi adquirido duas pontes rolantes com
capacidade para 5 e 7 toneladas. Foram contratadas pessoas capacitadas e
atualmente a empresa conta com um quadro de 29 colaboradores, 22
colaboradores diretos e seis indiretos.
O quadro funcional da Soferro conta com um sócio-gerente que é o
proprietário da empresa, na área administrativa possui um supervisor
administrativo e duas auxiliares administrativos/financeiro, na recepção da
empresa possui um auxiliar administrativo e a empresa conta com uma
colaboradora para serviços gerais. Já na área comercial é composta por um
supervisor comercial e três auxiliares de vendas. Na área da logística possui um
supervisor, um auxiliar de faturamento, um encarregado do pátio, dois operadores
de ponte e quatro auxiliares de pátio. A empresa ainda conta com o apoio de seis
colaboradores indiretos que são os representantes e três motoristas.
Os produtos são classificados da seguinte forma: BBA’s (Belgo Bekaert),
Indústrias, Planos, Tubos e Construção civil.
A Soferro possui um estoque consistente e conta com a ISO 9002 que
garante e atesta o padrão de qualidade dos produtos. Abaixo o quadro
demonstrativo com os produtos que a empresa comercializa:
50
Figura 4. Portfólio da empresa Fonte: Dados primários Contudo, pode-se concluir que para a organização tornar-se um diferencial
competitivo no mercado, importante que seja delineado a missão, visão e valores
da organização.
Segue missão, visão e valores da empresa:
- Missão: Atuar no ramo de aço, oferecendo produtos e serviços de
qualidade, buscando excelência e satisfação de clientes, colaboradores e
parceiros.
- Visão: Ser uma empresa de referência no mercado de aço, reconhecida
pela qualidade, preços coerentes e atendimento eficiente.
- Valores: Ética, transparência e comprometimento.
BBA Construção Civil Indústria Planos Tubos
ARAMES PARA SOLDA CA-25 BARRA SERRALHERIA PERFIL UDC TUBO PRETO
ALMA DE ELETRODO CA-50 PERFIL PERFIL ELETROSOLDADO
TUBOS INDUSTRIAIS BF
VARJÃO/BELGO FORTE CA-60 PERFIL IMPORTADO BOBINA FINA A FRIO TUBOS INDUSTRIAIS BQ
RODEIO/SERTANEJO FERROPRONTOCA50BARRA BCH LEVE <= 1.1/4" ROLOS CALHEIROS PERFIL TUBO OCO BQ
OVALADO Z700 BARRA TRANSF.BELGO CTN>1.1/4"e<=2.1/2" CHAPA GROSSA TUBO IMPORTADO
DISTANCIADOR RECOZIDO CTN PESADA > 2.1/2" BOBINA FINA QUENTE PERFIL TUBO OCO BF
MOTTO FERROPRONTOCA60BARRA BARRA QUADRADA BOBINA GROSSA PERFIL TUBO OCO BZ
BELGOFIX CA25/50 ROLO Barra Chata Esteira BOBINA ZINCADA TUBO IND. ZINCADO
GALVANIZADO k TELA SOLDADA BCH PESADA > 1.1/4" CHAPA FINA A FRIO
FRUTICULTURA TELA PARA TUBO BARRA CHATA MOLAS CHAPA FINA A QUENTE
GRAMPOS TELA GALVANIZADA CTN LEVE <= 1.1/4" CHAPA XADREZ ARAME NÃO REVESTIDO COLUNA BELGO B.RED.PESADA > 1"
CHAPA GROSSA A QUENT
ARAME REVESTIDO Display Prego Encart B.RED.LEVE <= 1" CHAPA ZINCADA
MIG CONVENCIONAL ESPAÇADOR DE TELA BARRA TREFILADA IND Rolo Fino Frio (RFF)
TELA FORTNET TRELIÇA
TELA HEXAGONAL ESTRIBO
TELA PRACTICA PREGOS
TELA HOBBY PREGO ENCARTELADO
Recozido K
51
4.1.2 Organograma
Figura 5. Organograma da empresa Fonte: Dados primários
52
P = PV – VR - ES
4.2 PROCESSO LOGÍSTICO DA EMPRESA
O processo logístico da empresa pode ser dividido em recebimento, vistoria
do material recebido, estocagem, armazenagem e distribuição.
• Recebimento
Por se tratar de uma distribuidora, a Soferro Distribuidora de Ferro e Aço
Ltda, solicita os produtos dos quais ela necessita para a siderúrgica Arcelor Mittal.
Por sua vez, a Arcelor utiliza alguns critérios para a liberação dos pedidos feitos
pela distribuidora. O critério analisado e utilizado pela Arcelor Mittal, segue
conforme cálculo abaixo:
Figura 6 - Cálculo de pedido de mercadoria Fonte: Dados primários P = Pedido
PV = Previsão de Vendas
VR = Vendas Realizadas
ES = Estoque de segurança
Após a aprovação dos pedidos, as mercadorias são direcionadas até a
empresa através de caminhões. Ao chegar ao pátio da empresa, o motorista
entrega a nota fiscal ao faturista e o caminhão se posiciona a balança rodoviária
que fica na parte externa para pesagem. O faturista descreve o peso do caminhão
no check list e entrega o mesmo ao responsável do pátio que encaminha ao
auxiliar de pátio para a verificação do peso junto à balança da ponte rolante. Esse
check list utilizado é apresentado no quadro a seguir:
53
RELATÓRIO PARA CONFERÊNCIA DE DESCARGA
N° NF: DATA: ORIGEM:
CHEGADA DO VEICULO LIBERAÇÃO DE ACESSO
DATA: HORA: DATA: HORA:
DADOS DO TRANSPORTE
PLACA (CARRETA): TRANSPORTADORA:
MOTORISTA: DOC ID:
PESAGEM DO VEICULO
INICIAL FINAL DIFERENÇA
PESO HORA PESO HORA PESO HORA
PESAGEM DE PRODUTO
NOTA FISCAL
COD PRODUTO DESCRIÇÃO PESO NF PESO BALANÇA
(kg) DIFEREN
ÇA (kg)
ANOTAÇÕES / DIVERGÊNCIAS
RESP. P/ CONF: Quadro 1 - Relatório de conferência de descarga. Fonte: Arquivo da empresa
DATA HORA LIB. DO VEICULO
54
Logo, após a conferência do peso do caminhão na balança com a nota
fiscal, o caminhão se direciona para dentro do armazém no local de
descarregamento que é o mesmo que o local de carregamento, nesse momento
dois colaboradores se posicionam para descarregar a carreta.
Dentro do pátio, através da ponte rolante onde há uma balança acoplada
(uma balança tem capacidade para 3.000 kg e a outra para 5.000) o material é
pesado feixe por feixe e em seguida encaminhado para a armazenagem no local
de cada produto. A figura 7 apresenta o colaborador armazenando o produto no
local específico.
Figura 7 - Armazenamento de cantoneiras Fonte: Dados primários
O auxiliar de pátio que possui o chek-list confere o peso com o físico e
anota o peso correto e também o valor da diferença.
Após o caminhão descarregado, esse chek-list retorna ao faturista com os
dados da pesagem da carreta e em seguida o caminhão é novamente pesado na
balança rodoviária para a verificação final.
• Armazenagem
As mercadorias são retiradas dos caminhões, através de uma ponte rolante
que fica instalada no pátio, para manuseio de materiais. Alguns produtos com o
55
auxílio da ponte rolante já são armazenados no local específico. Porém, alguns
quando não tem espaço são colocados em outros locais. Os produtos são
estocados conforme critérios adotados pelos colaboradores, por exemplo,
produtos semelhantes ficam próximos uns dos outros e assim sucessivamente.
Na linha de construção civil, que tem características de produtos longos e
pesados, foram projetados setores com espaço para estocagem e manuseio dos
mesmos. Percebe-se que os produtos possuem etiquetas com o peso e a
especificações técnicas do produto. As figuras 8 e 9, demonstram os produtos
longos armazenados no meio de colunas reforçadas (aço) que são chamados de
estocadores/paliteiro.
Figura 8 - Estoque de produtos longos Fonte: Dados primários
56
Figura 9 – Estoque de produtos longos Fonte: Dados primários
Nas outras linhas, que tem os produtos com características menores, foram
também organizados conforme a praticidade de manuseio. A figura 10, apresenta
o armazenamento de produtos menores.
Figura 10 – Estoque de pregos e eletrodos de solda Fonte: Dados primários
57
A dobra dos materiais longos são realizados dentro do armazém e
armazenados conforme figura 11 a seguir:
Figura 11 – Estoque de material dobrado Fonte: Dados primários
Alguns materiais ficam armazenados no pátio da empresa. Conforme
mostram as figuras 12 e 13, a seguir:
58
Figura 12 – Estoque de telas (pátio da empresa) Fonte: Dados primários
Figura 13 - Estoque de telas (pátio da empresa) Fonte: Dados primários
59
• Distribuição
No processo de distribuição ocorre a separação do material, pesagem,
acondicionamento dentro do transporte e a entrega dos produtos para o
consumidor.
Quando o cliente solicita um pedido para a empresa, o setor comercial gera
uma ordem de venda no sistema. A ordem de venda é analisada pelo setor
financeiro conforme as condições de pagamento. Se for compra à vista em
dinheiro, o financeiro autoriza a ordem de venda, se for compra a prazo é
necessário que o cliente envie toda a documentação para a análise de crédito. O
setor comercial informa ao cliente que o financeiro tem até 48 horas para realizar
a análise de crédito e assim que for aprovado é liberado para entrega do material.
Após a liberação da ordem de venda (pedido do cliente), o supervisor de
pátio entrega para os auxiliares de pátio a seqüência que deverá ser feita para
alocar o material dentro do caminhão. Em seguida é realizada a separação,
pesagem e conferência. Os materiais são pesados dentro do pátio através da
balança suspensa pela ponte rolante. Por fim, os materiais são alocados dentro
do transporte e o carregamento é feito conforme o itinerário de entrega.
A Soferro, dispõe de três caminhões com capacidade para 14 toneladas
duas pontes rolantes com capacidade para 5 e 7 toneladas, um porta palete, uma
máquina para dobra do aço e um guincho. Após os caminhões serem carregados
são pesados na balança rodoviária com capacidade máxima de 60 toneladas.
Para entregas fora da grande Florianópolis o mínimo exigido para compor a
carga no caminhão é de 10 toneladas. Para pedidos dentro da região da grande
Florianópolis, são exigidos no mínimo 400kg de material, para poder ser entregue.
É formada uma carga conforme rota estabelecida, ao chegar ao local de entrega o
cliente recebe a nota fiscal com a descrição dos produtos que estão sendo
entregues. O material entregue é acompanhado por uma etiqueta com as
especificações descritas: peso e as quantidades.
A empresa utiliza um sistema de entrega organizado conforme quadro a
seguir:
60
Quadro 2 – Roteiro de entrega Fonte: Fornecido pela empresa.
61
4.3 ANÁLISE DA ENTREVISTA
Conforme pesquisada realizada junto aos colaboradores da Soferro, por
meio de entrevistas, será apresentado o resultado da análise. Foram analisados
itens como estocagem, leiaute, armazenagem, roteirização, transportes e
equipamentos.
4.3.1 Perfil dos colaboradores
Tabela 1 - Sexo dos colaboradores pesquisados Sexo Absoluto Relativo %
masculino 15 79
feminino 4 21
Fonte - Dados Primários
Gráfico 1 - Sexo dos colaboradores pesquisados Fonte: Dados Primários
A tabela 1 e o gráfico 1, apresentam os resultados referentes ao sexo dos
colaboradores pesquisados. Dessa forma, foi possível verificar que 79% dos
colaboradores são do sexo masculino e 21% são do sexo feminino.
O resultado mostra que é comum que os homens sejam maioria no setor,
pois o fator relevante é o esforço físico.
62
Tabela 2 - Idade dos Colaboradores Pesquisados Idade Absoluto Relativo %
18 a 24 6 32
25 a 29 3 16
30 a 39 5 26
40 a 49 3 16
acima de 50 2 11
Fonte: Dados Primários
Gráfico 2 - Idade dos Colaboradores Pesquisados Fonte: Dados Primários
A tabela 2 e o gráfico 2 demonstram os resultados obtidos com relação à
idade dos colaboradores pesquisados. Dos 19 colaboradores pesquisados, 32%
possuem de 18 a 24 anos; 16% de 25 a 29 anos; 26% de 30 a 39 anos; 16% de
40 a 49 anos e 11% acima de 50 anos. Portanto, é possível verificar que os
colaboradores pertecem a uma faixa etária entre 18 e 24 anos.
Tabela 3 - Tempo de Serviço na Empresa Tempo de serviço na
empresa Absoluto Relativo %
0 a 1 ano 10 53
2 a 3 anos 6 32
4 a 7 anos 1 5
8 a 12 anos 1 5
13 a 17 anos 1 5
Fonte: Dados Primários
63
Gráfico 3 – Tempo de Serviço na Empresa Fonte: Dados Primários
A tabela 3 e o gráfico 3 apresentam os dados coletados relacionados ao
tempo que os colaboradores trabalham na empresa. Verificou-se que dos
colaboradores pesquisados, 53% trabalham de 0 a 1 ano na empresa; 32% de 2 a
3 anos; 5% de 4 a 7 anos; 5% de 8 a 12 anos e 5% trabalham há mais de 13 a 17
anos na empresa.
Portanto, verificou-se na pesquisa que dos colaboradores pesquisados, 5%
estão desde quando a empresa iniciou suas atividades que varia de 8 a 12 anos.
Com isso, conclui-se que os colaboradores que estão há mais tempo possui um
bom conhecimento da empresa em que trabalham. A pesquisa revelou ainda que
os colaboradores que estão á pouco tempo são maioria na empresa, destaque
para 53% dos entrevistados.
Tabela 4 – Setor que trabalha na empresa Setor que trabalha Absoluto Relativo %
Administrativo 3 16
Comercial 6 32
Logística 10 53
Fonte: Dados Primários
64
Gráfico 4 – Setor que trabalha na empresa Fonte: Dados Primários
A tabela 4 e o gráfico 4 apresentam os dados coletados referente ao setor
que os colaboradores trabalham na empresa. Verificou-se que dos colaboradores
pesquisados, 16% trabalham no setor administrativo; 32% trabalham no setor
comercial e 53% são do setor de logística da empresa.
Com isso, constatou-se que a maioria dos colaboradores é do setor logístico
da empresa que é o foco principal da pesquisa. Portanto, percebe-se que o fato
de os colaboradores do setor logístico ser a maioria na empresa, as contribuições
são significativas para a análise desse estudo.
Tabela 5 - Escolaridade dos Colaboradores Escolaridade Absoluto Relativo %
Ensino fundamental 6 32
Ensino médio 7 37
Superior incompleto/cursando 4 21
Superior completo
Pós-graduação 2 11
Fonte: Dados Primários
65
Gráfico 5 – Escolaridade dos Colaboradores Pesquisados Fonte: Dados Primários
A tabela 5 e o gráfico 5 apresentam os dados coletados relacionados a
escolaridade dos colaboradores. É relevante destacar que para cada setor a
empresa exige um tipo de escolaridade, porém os que trabalham no setor da
logística não é exigido escolaridade. Verificou-se que dos colaboradores
pesquisados, 37% tem o nível médio; 32% é ensino fundamental, importante
destacar que esse percentual corresponde aos colaboradores da logística pois
nesse setor não é exigido escolaridade mínima, 21% tem nível superior
incompleto ou cursando e 11% possuem pós-graduação.
Portanto, fica evidente que a maioria dos colaboradores pesquisados
possuem nível médio e que é uma minoria que está buscando formação superior.
4.3.2 Itens relacionados ao setor logístico
Após a apresentação dos dados relacionados ao perfil dos colaboradores
pesquisados, serão apresentados os resultados obtidos na pesquisa com relação
aos itens relacionados ao setor logístico da empresa.
66
Tabela 6 – Materiais utilizados para a realização das atividades diárias
Avaliação Absoluto Relativo %
é adequado 9 47
poderia ser melhorado 10 53
é inadequado
não atuo nessa área
Fonte - Dados Primários
Gráfico 6 – Materiais utilizados para a realização das atividades diárias Fonte: Dados Primários
Com relação aos materiais utilizados para a realização das atividades
diárias 47% dos pesquisados afirmaram que está adequado, porém 53%
destacaram que poderia ser melhorado. Percebe-se que a grande maioria
mencionou que poderia ser melhorado. Destaque para os EPI’s utilizados no
manuseio dos materiais da logística. Por se tratar de material pesado são
necessários que os EPI’s estejam de acordo com a realidade da empresa. Itens
como luvas podem ser melhorados e perneiras para alguns colaboradores que
realizam atividades de maior risco como a dobra do aço.
Tabela 7 – Equipamentos para manuseio Avaliação Absoluto Relativo %
é adequado 6 32
poderia ser melhorado 8 42
é inadequado 1 5
não atuo nessa área 4 21
Fonte: Dados Primários
67
Gráfico 7 – Equipamentos para manuseio Fonte: Dados Primários
A tabela 7 e o gráfico 7 apresentam a avaliação dos colaboradores
pesquisados com relação aos equipamentos disponíveis para manuseio de
materiais na logística da empresa. Dos colaboradores pesquisados, 32% avaliam
como adequado; 42% que poderia ser melhorado; 5% afirmam que são
inadequados e 21% não atua nessa área, portanto não sabem se são ou não
adequados.
É de suma importância que os equipamentos estejam em perfeito estado e
adequados para o manuseio, pois se trata de um material pesado e todo o
cuidado é imprescindível no processo. Vários equipamentos exercem influência
decisiva para a logística do setor. A maneira inadequada de manusear os
materiais prejudica o andamento e a eficiência do setor. Dessa forma, o setor
carece de determinados equipamentos para atender os clientes internos e
externos.
Tabela 8 – Posto de trabalho Avaliação Absoluto Relativo %
é adequado 16 84
poderia ser melhorado 3 16
é inadequado
não atuo nessa área
Fonte: Dados Primários
68
Gráfico 8 – Posto de trabalho Fonte: Dados Primários
A tabela 8 e o gráfico apresentam a avaliação dos colaboradores com
relação ao seu posto de trabalho. Dos pesquisados 16% julgam adequado para
realizar suas atividades diárias e 16% afirmaram que poderia ser melhorado.
Nessa análise pode-se concluir que mais da metade dos colaboradores estão
satisfeitos com o local que eles realizam as atividades diárias.
Tabela 9 – Fluxo do processo produtivo Avaliação Absoluto Relativo %
é adequado 14 74
poderia ser melhorado 1 5
é inadequado
não atuo nessa área 4 21
Fonte: Dados primários
69
Gráfico 9 – Fluxo do processo produtivo Fonte: Dados Primários
A tabela 9 e o gráfico 9 mostram a avaliação dos colaboradores
pesquisados quanto ao fluxo do processo produtivo. Dos colaboradores
pesquisados, 74% disseram que está adequado, 5% dizem que poderia ser
melhorado e 21% não atuam na área e não tem opinião sobre o assunto.
Percebe-se que a maioria dos colaboradores destacou que o processo está
adequado, e, portanto pela análise realizada pela acadêmica esse processo
acontece de maneira eficaz. Porém, quando esse processo inicia que é momento
quando os caminhões chegam das usinas, os colaboradores da logística param
de exercer as atividades que estão realizando. Isso pode acarretar um atraso nas
atividades que são realizadas normalmente.
Tabela 10 – Estocagem dos materiais Avaliação Absoluto Relativo %
é adequado 13 68
poderia ser melhorado 3 16
é inadequado
não atuo nessa área 3 16
Fonte : Dados Primários
70
Gráfico 10 – Estocagem dos materiais Fonte : Dados Primários
A tabela 10 e o gráfico 10 correspondem à análise dos colaboradores no
que se refere à estocagem dos materiais dentro do armazém. Dos pesquisados
68% afirmaram que está adequado, 16% dizem que poderia ser melhorado e 16%
não atua nessa área, portanto desconhecem o assunto.
Durante a pesquisa notou-se que a maneira como foi armazenado os
materiais foram de comum acordo entre a gerência e os colaboradores. A maneira
como eles estocam os materiais e a alocação deles no armazém funciona de
maneira eficaz para a realidade da empresa. Porém, a acadêmica percebeu que
alguns produtos estavam misturados e que não existem placas de sinalização dos
produtos nos corredores. Isso pode ocasionar demora na procura dos produtos
diminuindo a eficiência e a agilidade das atividades. Outra percepção foi quanto a
distância de alguns estocadores eles deveriam estar numa distância de no
mínimo 60 cm um do outro, para que o colaborador possa se locomover nesse
espaço sem problemas.
Tabela 11 – Espaço físico Avaliação Absoluto Relativo %
é adequado 6 32
poderia ser melhorado 10 53
é inadequado 1 5
não atuo nessa área 2 11
Fonte: Dados Primários
71
Gráfico 11 – Materiais utilizados para a realização das atividades diárias Fonte: Dados Primários
A tabela 11 e o gráfico 11 mostram a avaliação dos colaboradores quando
ao espaço físico utilizado para a armazenagem dos materiais e o estoque dos
produtos. Dos colaboradores pesquisados 32% afirmaram está adequado, 53%
poderia ser melhorado, 5% é inadequado e 11% não atua nessa área e
desconhecem o assunto.
Durante a pesquisa percebeu-se que o espaço físico utilizado para a
armazenagem está com sua capacidade máxima de uso.
Tabela 12 – Quantidade de veículos Avaliação Absoluto Relativo %
é adequado 11 58
poderia ser melhorado 6 32
é inadequado 1 5
não atuo nessa área 1 5
Fonte: Dados primários
72
Gráfico 12 – Quantidade de veículos Fonte: Dados Primários
A tabela 12 e o gráfico 12 apresentam a avaliação dos colaboradores
pesquisados com relação a quantidade de veículos de entrega que a empresa
possui. Dos 19 colaboradores pesquisados, 58% avaliam que está adequado;
32% que poderia ser melhorado, 5% afirmam que é inadequado e 5% não atua na
área e desconhece o assunto.
Dos que consideram que poderia ser melhorado, percebeu-se na pesquisa
que um caminhão menor com a carroceria de 7 metros e com capacidade para 5
toneladas, ajudaria nas entregas dos materiais menores.
Tabela 13 – Alocação da carga Avaliação Absoluto Relativo %
é adequado 14 74
poderia ser melhorado 4 21
é inadequado
não atuo nessa área 1 5
Fonte - Dados Primários
73
Gráfico 14 – Alocação da carga Fonte: Dados Primários
A tabela 14 e o gráfico 14 apresentam a avaliação dos colaboradores
pesquisados no que diz respeito ao acondicionamento da carga no interior dos
veículos. Verificou-se que 74% dos colaboradores dizem ser adequado; 21%
afirmam que poderia ser melhorado e 5% diz não atuo nessa área desconhece
totalmente o assunto.
Pode-se observar que as respostas obtidas a maioria diz estar adequado a
alocação da carga dentro dos veículos. Porém, um dos pontos observados é que
a empresa não possível guindauto nos caminhões, isso facilitaria na descarga
quando o material fosse entregue ao cliente.
Tabela 14 – Rotulagem dos materiais Avaliação Absoluto Relativo %
é adequado 14 74
poderia ser melhorado 4 21
é inadequado
não atuo nessa área 1 5
Fonte - Dados Primários
74
Gráfico14 – Rotulagem dos materiais Fonte: Dados Primários
A tabela 14 e o gráfico 14 representam a avaliação dos colaboradores
pesquisados com relação á rotulagem da carga expedida pela unidade. Dos 19
colaboradores pesquisados, 74% avaliam como está adequado; 21% afirmam que
pode melhorar e 5% não atuam na área, por isso desconhece. Nenhum dos
colaboradores considerou como inadequado.
Durante a análise realizada, percebeu-se que muitas das etiquetas
utilizadas na carga acabam saindo ou se perdendo no meio do trajeto. Importante
destacar que a rotulagem esteja apropriada para não haver problemas na hora da
entrega. Sabe-se, porém, que as especificações do produto e quantidades estão
detalhados na nota fiscal que o cliente recebe na hora da entrega.
Tabela 15 – Roteirização Avaliação Absoluto Relativo %
é adequado 11 58
poderia ser melhorado 6 32
é inadequado
não atuo nessa área 2 11
Fonte: Dados Primários
75
Gráfico 15 – Roteirização Fonte: Dados Primários
A tabela 15 e o gráfico 15 apresentam a avaliação dos colaboradores
pesquisados com relação a roteirização existentes no setor de logística. Dos
colaboradores pesquisados, 58% avaliam estar adequado; 32% poderia ser
melhorado e 11% não atuam na área desconhece o assunto. Nenhum dos
colaboradores considerou essa variável como inadequada ao processo.
O setor de logística utiliza um roteiro para as entregas e até o momento
atende a capacidade da empresa.
Tabela 16 – Entregas dentro do prazo Avaliação Absoluto Relativo %
é adequado 9 47
poderia ser melhorado 10 53
é inadequado
não atuo nessa área
Fonte: Dados Primários
76
Gráfico 16 – Entregas dentro do prazo Fonte: Dados Primários
A tabela 16 e o gráfico 16 apresentam a avaliação dos colaboradores
pesquisados com relação ao cumprimento das entregas dentro do prazo
prometido ao cliente. Dos colaboradores pesquisados, 47% avaliam como
adequado; 53% que poderia ser melhorado, nenhum dos colaboradores
considerou essa variável como inadequado ao processo e não atua nessa área.
Portanto, verificou-se que mais da metade dos colaboradores destacam
que poderia ser melhorado, ou seja, as entregas dentro do prazo são
fundamentais para assegurar a satisfação e fidelização do cliente.
Tabela 17 – Logística da empresa Avaliação Absoluto Relativo %
é adequado 8 42
poderia ser melhorado 11 58
é inadequado
não atuo nessa área
Fonte: Dados Primários
77
Gráfico 17 – Logística da empresa Fonte: Dados Primários
A tabela 17 e o gráfico 17 correspondem a avaliação dos colaboradores
quanto a atual logística da empresa. Dos colaboradores pesquisados 42%
avaliam que é adequado e 58% destacam que poderia ser melhorado.
78
4.4 PRINCIPAIS CONSTATAÇÕES DA PESQUISA
Neste tópico do trabalho, serão apresentados os pontos fortes e fracos
encontrados na pesquisa.
4.4.1 Pontos fortes do processo logístico
Foram encontrados vários pontos fortes dentro do setor e do processo
logístico da organização. Serão listados abaixo os pontos fortes encontrados na
pesquisa do presente trabalho:
• Relacionamento entre os colaboradores: percebeu-se também um bom
relacionamento interpessoal e um comprometimento com as tarefas
executadas.
• Mão-de-obra adequada: o quadro de colaboradores atualmente é qualificado
para as atividades que são executadas.
• Posto de trabalho adequado: conforme pesquisa realizada junto aos
colaboradores, percebeu-se uma satisfação e julgam estar adequado o local
onde são executadas as atividades diárias.
• Fluxo do processo produtivo: este item os colaboradores avaliam estar
adequado.
• Estocagem dos materiais: a pesquisa constatou que a maioria dos
colaboradores mostrou satisfação quanto à estocagem dos materiais dentro
do armazém. Para a realidade da empresa atualmente a localização dos
materiais estão apropriados.
• Quantidade de veículos de entrega: a pesquisa constatou satisfação quanto à
quantidade de veículos e no momento julgam estar adequada a quantidade de
veículos que a empresa possui.
• Alocação da carga dentro do veículo: este item obteve avaliação de estar
adequado e os colaboradores observam que os produtos dentro do caminhão
são alocados de maneira correta para a entrega ao cliente.
79
• Rotulagem dos materiais expedidos: os colaboradores constataram que as
informações contidas nos rótulos dos produtos são suficientes e que estão
adequados.
• Roteirização: durante a pesquisa percebeu-se que a roteirização que o setor
aplica está adequado para a realidade da empresa atualmente.
4.4.2 Pontos fracos do processo logístico
Os pontos fracos observados no decorrer do estágio foram:
• Concorrência: existem vários concorrentes fortes no mercado.
• Controle de custo do transporte: é realizado por uma pessoa do setor e não
são feitos controles precisos que possam garantir a eficiência e a veracidade
do cálculo.
• Setor financeiro: também não são elaborados controles precisos que
garantam a eficiência.
• Comunicação interna: percebeu-se uma fragilidade na comunicação interna
entre os setores e os indivíduos o qual a informação não transita de forma
completa e satisfatória, gerando por sua vez, conflitos e problemas.
• Qualificação profissional: a pesquisa demonstrou que é uma minoria que
busca formação superior e qualificação profissional.
• Materiais utilizados para a realização das atividades diárias: este item os
colaboradores destacaram que poderia ser melhorado, destaque para os
EPI’s utilizados no manuseio dos materiais na logística.
• Equipamentos para o manuseio: a maioria dos colaboradores destacou que
poderia ser melhorado, pois para determinados produtos não existem
equipamentos próprios para o manuseio.
• Espaço físico: durante a pesquisa percebeu-se que o espaço físico utilizado
para a armazenagem dos produtos está com sua capacidade máxima de uso.
• Rotulagem dos materiais: embora as informações contidas nos rótulos anexos
ás cargas para a entrega ao cliente estarem apropriadas, a acadêmica
percebe que muitas das etiquetas acabam saindo ou se perdendo no meio do
trajeto. Importante que as etiquetas cheguem ao cliente em perfeito estado
80
para garantir que o material que está sendo entregue é o que foi solicitado à
empresa.
• Entregas dentro do prazo: percebeu-se neste tópico que a maioria dos
colaboradores avaliou como poderia ser melhorado. Importante que as
entregas cheguem dentro do prazo ao cliente para assegurar a satisfação e
fidelização do cliente.
• Colaboradores desconhecem alguns procedimentos da empresa: durante a
pesquisa percebeu que alguns colaboradores responderam às perguntas
como não atuo nessa área, pois desconhecem o assunto. Esse dado é
relevante para a pesquisa, pois demonstra que vários colaboradores não
conhecem alguns dos procedimentos que a empresa aplica. Importante que
todos os colaboradores conheçam os procedimentos adotados pelos setores
para entender o processo como um todo, facilitando na tomada de decisão em
vários aspectos.
81
4.5 PROPOSTAS DE MELHORIAS
Neste tópico serão apresentadas algumas propostas de melhorias para o
setor logístico da empresa Soferro.
Conforme objetivo específico do presente estudo, itens como
armazenagem, equipamentos de manuseio e de proteção individual e entrega
dentro do prazo, serão abordados neste tópico, apresentando sugestões de
melhorias, além de outros itens que a acadêmica julga necessário que sejam
mencionados com o objetivo de melhorar a eficiência da organização.
Com relação à logística aplicada atualmente na empresa serão listados
abaixo itens que servirão para auxiliar na melhoria das atividades realizadas.
• Armazenagem
No que se refere à armazenagem dos produtos, importante que as
mercadorias de maior rotatividade estejam estocadas o mais perto possível do
ponto de uso. Já as mercadorias de menor rotatividade sugere-se que sejam
armazenadas no espaço mais afastado do ponto de uso conforme a necessidade.
Mercadorias semelhantes e de forte correlação no que diz respeito ao tipo
devem ser estocadas próximas umas das outras.
Quanto às etiquetas de identificação é imprescindível que elas estejam
acondicionadas na posição frontal dos estocadores, com o objetivo de identificar
produto de cada baia.
Em relação aos corredores intermediários, o ideal é que se obtenha
larguras entre as estantes e paredes de no mínimo 60 cm para permitir uma
operação eficaz ao colaborador para que possa se locomover sem obstruções,
por sua vez otimizando o espaço.
Para algumas mercadorias de tamanhos menores como pregos e eletrodos
de solda, sugere-se que o armazenamento seja elaborado de maneira vertical
através de estantes.
82
• Equipamentos de manuseio
Quanto ao transporte a aquisição de um guindauto em um caminhão da
empresa facilitaria na descarga das mercadorias ao cliente, principalmente com
relação às chapas, telas e materiais em paletes.
Um veículo menor facilitaria no transporte dos materiais menores e nos
pedidos que os clientes solicitam com entregas urgentes. Também auxiliaria nas
entregas em locais de difícil acesso, onde os atuais caminhões não conseguem
entregar.
• Equipamentos de proteção individual (EPI’s)
Quanto aos equipamentos de proteção individual sugere-se a adoção da
utilização dos sapatos com biqueiras e solas de aço, pois possuem maior
durabilidade e segurança, evitando, por sua vez, lesões nos membros inferiores,
as quais podem ser provocadas por perfurações nos solados e por quedas de
produtos e materiais sob os mesmos.
Adotar a utilização de perneiras, equipamento de proteção dos joelhos aos
pés, para alguns dos colaboradores e principalmente àqueles que estão mais
expostos ao risco, por exemplo: os que trabalham na dobra do aço.
• Entregas dentro prazo
Para fidelização e manutenção dos clientes faz-se necessário que as
entregas sejam realizadas impreterivelmente dentro do prazo que o cliente
solicita. Porém, sabe-se que o não cumprimento dos mesmos origina-se de vários
fatores tais como:
- Promessa de prazo de entrega fora da capacidade logística,
- Venda fora do roteiro;
- Problemas com separação de produtos;
- Problemas com faturamento;
- Processos inadequados desde o pedido até a separação dos produtos;
- Problemas de acuracidade de estoque;
83
- Erro por falta e/ou inexistência de informações necessárias no momento do
pedido.
Devido a inúmeros fatores possíveis recomenda-se que se desenvolva um
estudo para identificar as possíveis causas do não cumprimento dos prazos, visto
que as causas podem ser nos diversos procedimentos existentes da empresa.
• Custo de transporte
Pode-se considerar como um dos custos mais importantes que compõem
os custos logísticos, pois a empresa pode tanto tê-los dentro de sua organização
como terceirizar a movimentação dos produtos ou mercadorias para o cliente.
Porém a empresa possui seu próprio meio de transporte e encontrar o valor
correto do seu custo com transporte contribui com o aumento da competitividade
no mercado.
Sugere-se que seja elaborado um levantamento de custo para que se
conheça o custo real da entrega e um controle eficaz do mesmo. Para esse
controle pode-se utilizar planilhas eletrônicas, buscando informações necessárias
para a elaboração do cálculo, tornando-se assim uma ferramenta gerencial
completa e essencial na tomada de decisão.
• Setor administrativo (financeiro)
No setor administrativo no que se refere à área financeira da organização,
é importante que reavalie o atual controle de despesas de modo que se obtenham
informações de despesas fixas e variáveis e que implante um controle de custos,
separando os fixos dos variáveis. Desta maneira, proporcionará informações
gerenciais para melhorar a tomada de decisão no que se refere às áreas
administrativo/comercial.
Essa implantação pode ser realizada através de planilhas eletrônicas sem
que seja dispendiosa para a empresa.
84
• Setor comercial (endereço eletrônico da empresa)
Quanto à página virtual da empresa é importante que se mantenha
atualizada a fim de ampliar os meios de comunicação entre a empresa e o cliente.
Com o intuito de aprimorar essa comunicação sugere-se que se
disponibilize no site da empresa a opção de cotação, aumentando os canais de
atendimento aos clientes.
• Comunicação entre os setores
A comunicação dentro de uma organização é geralmente concebida como
um ponto crítico. Por isso, é de extrema importância que se aprimore a
comunicação entre os setores desta organização. Com intuito de aumenta a
efetividade das atividades bem como amenizar os conflitos internos fazendo com
que todos trabalhem unidos em busca de um só objetivo.
Dessa forma, sugere-se que estipule processos como, por exemplo, toda e
qualquer informação seja registrada e comunicada através de email.
85
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente estudo se baseou na pesquisa junto aos colaboradores e a
percepção da acadêmica através da observação dos procedimentos realizados na
organização. O objetivo do trabalho foi analisar e propor melhorias no setor
logístico da Empresa Soferro Distribuidora de Ferro e Aço Ltda.
Este estudo foi possível devido à acadêmica possuir vínculo empregatício
com a empresa e acesso a qualquer informação necessária para a pesquisa. Para
o desenvolvimento do estudo foi necessária uma pesquisa de campo através de
entrevistas realizadas junto aos colaboradores da empresa. A entrevista abordou
aspectos relacionados aos equipamentos de manuseio e de proteção individual,
distribuição física, roteirização e armazenagem entre outros fatores considerados
importantes pela pesquisadora.
Percebeu-se, de um modo geral, que a empresa possui satisfação em
alguns aspectos pesquisados como fluxo do processo produtivo, rotulagem das
cargas expedidas, quantidade de veículos, posto de trabalho, estocagem dos
materiais, alocação da carga e roteirização. Os que não obtiveram uma boa
análise foram os materiais utilizados para a realização das atividades diárias,
equipamentos para manuseio das cargas, espaço físico, entregas dentro do prazo
e a logística de um modo geral, ou seja, esses aspectos poderiam ser
melhorados.
No decorrer do estudo, houve algumas limitações, principalmente quanto à
entrevista, pois nem todos os colaboradores estavam presentes no período da
aplicação.
Dentre os objetivos estabelecidos na pesquisa do presente estudo, pode-se
concluir que:
• A descrição do processo logístico da empresa, desde o momento do
recebimento da mercadoria até a entrega ao cliente, este objetivo
também foi alcançado;
• Avaliar os pontos fortes e fracos da organização, o presente estudo
conseguiu alcançar este objetivo;
86
• Avaliar o leiaute do armazém e a alocação dos materiais, este
objetivo foi alcançado.
• Apresentar propostas de melhorias para o setor logístico envolvendo
o armazém, equipamentos de manuseio e de proteção individual,
este objetivo foi concluído. Foi possível propor melhorias para este
objetivo e outros tópicos que a acadêmica julgou necessário para a
pesquisa.
Portanto, pode-se concluir que o presente trabalho foi de grande
importância para a empresa Soferro Distribuidora de Ferro e Aço Ltda, no setor
logístico, pois até o momento não havia sido aplicado nenhum tipo de pesquisa
quanto à opinião e percepção dos colaboradores a respeito da logística da
organização. Quanto à contribuição, no que se refere à análise e propostas de
melhorias, são de considerável valor tanto para a empresa quanto para a
acadêmica.
Para a acadêmica, o trabalho desenvolvido foi de grande valia, pois trouxe
experiência e proporcionou análise crítica quanto ao assunto abordado. Por outro
lado, contribui para a vida profissional, pois exigiu muita responsabilidade,
comprometimento e pontualidade.
87
REFERÊNCIAS
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BALLOU, Ronald H. Logística empresarial: transportes, administração de materiais e distribuição física. São Paulo: Atlas, 1993.
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______, Paulo Roberto. Logística e gerenciamento da cadeia de abastecimento. 2 ed. rev. e atual. São Paulo: Saraiva, 2009.
BOWERSOX, Donald J; CLOSS, David J. Logística empresarial: o processo de integração da cadeia de suprimento. São Paulo: Atlas, 2001.
CASTIGLIONI, José Antonio de Mattos. Logística operacional. São Paulo: Èrica, 2008.
CHRISTOPHER, Martin. Logística e gerenciamento da cadeia de suprimentos. São Paulo: Pioneira, 1997.
CHING, Hong Yuh. Gestão de estoques na cadeia de logística integrada. 3 ed. São Paulo: Atlas, 2007.
DIAS, Marco Aurélio P. Transportes e distribuição física. São Paulo: Atlas, 1987.
DORNIER, Philippe-Pierre, etal. Logística e operações globais. São Paulo: Atlas, 2000.
FACHIN, Odília. Fundamentos de metodologia. 4 ed. São Paulo: Saraiva, 2003.
FERREIRA, Paulo César Pegas. Técnicas de armazenagem. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1994.
FOSSATI, Kleber Figueiredo; FLEURY, Paulo Fernando; WANKE, Peter. Logística e gerenciamento da cadeia de suprimentos: planejamento do fluxo de produtos e dos recursos. São Paulo: Atlas, 2003.
88
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1991.
KOBAYASHI, Shun’ichi. Renovação da logística: como definir estratégias de distribuição física. 1 ed. São Paulo: Atlas, 2000.
NOVAES, Antônio Galvão. Logística e gerenciamento da cadeia de distribuição. 2.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.
ROESCH, Sylvia Maria Azevedo. Projetos de estágio e de pesquisa em administração: guias para estágios, trabalhos de conclusão, dissertações e estudos de casos. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1999.
VIANA, João José. Administração de materiais: um enfoque prático. 1 ed. São Paulo: Atlas, 2009.
89
APÊNDICES
APÊNDICE A – Roteiro de entrevista com colaboradores
90
PESQUISA COM COLABORADORES
PREZADO COLABORADOR
Esta entrevista refere-se a uma parte de minha pesquisa destinada à
elaboração do trabalho de conclusão de curso – TCE que será apresentado no
curso de Administração da Universidade do Vale do Itajaí – Univali.
O tema do trabalho tem como objetivo melhorar o andamento e aperfeiçoar
o fluxo de atividades do setor logístico da empresa.
Peço sua cooperação e veracidade nas respostas e informo também que
não precisa sua identificação para assim preservar os nomes dos entrevistados.
Desde já agradeço sua colaboração.
Um abraço,
Elisângela Alves Pereira
1. Perfil do Colaborador:
1. a) Sexo:
( ) masculino ( ) feminino
1. b) Qual a sua idade:
( ) 18 a 24 ( ) 25 a 29 ( ) 30 a 39 ( ) 40 a 49 ( ) acima de 50
1.c) Quanto tempo você trabalha na empresa?
( ) 0 a 1 ano ( ) 02 a 03 anos ( ) 04 a 07 anos ( ) 08 a 12 anos
( ) 13 a 17 anos
1. d) Qual o setor você trabalha?
( ) ADMINISTRATIVO ( ) COMERCIAL ( ) LOGÍSTICA
91
1. e) Qual a sua escolaridade?
( ) ensino fundamental ( ) nível médio ( ) superior incompleto/cursando
( ) superior completo ( ) pós-graduação
2. Com relação aos materiais utilizados para a realização das suas atividades
diárias, como você classificaria? Exemplo: EPI’s (Luvas, capacetes), itens como o
uniforme, computadores e materiais de expediente.
( ) é adequado
( ) poderia ser melhorado
( ) é inadequado
( ) não atuo nessa área
3. Como você classificaria os equipamentos utilizados para o manuseio
dos materiais no armazém?
( ) é adequado
( ) poderia ser melhorado
( ) é inadequado
( ) não atuo nessa área
4. O seu posto de trabalho é adequado para a realização das suas
atividades diárias?
( ) é adequado
( ) poderia ser melhorado
( ) é inadequado
( ) não atuo nessa área
5. Como você classificaria o fluxo do processo produtivo, desde o
momento que o material é recebido em nossa unidade até ser alocado nos
locais apropriados para armazenagem?
( ) é adequado
( ) poderia ser melhorado
( ) é inadequado
92
( ) não atuo nessa área
6. Com relação á estocagem de materiais, a organização deles no
armazém facilita na realização das suas atividades?
( ) é adequado
( ) poderia ser melhorado
( ) é inadequado
( ) não atuo nessa área
7. O espaço físico utilizado para armazenagem dos materiais é suficiente
para atender o estoque?
( ) é adequado
( ) poderia ser melhorado
( ) é inadequado
( ) não atuo nessa área
8. Para atender a demanda que a empresa possui você acha que a
quantidade de veículos de entrega é suficiente?
( ) é adequado
( ) poderia ser melhorado
( ) é inadequado
( ) não atuo nessa área
09. A carga no interior dos veículos é alocada corretamente no transporte?
( ) é adequado
( ) poderia ser melhorado
( ) é inadequado
( ) não atuo nessa área
10. As informações contidas na rotulagem dos materiais que são entregues
ao cliente estão apropriadas e suficientes?
( ) é adequado
( ) poderia ser melhorado
93
( ) é inadequado
( ) não atuo nessa área
11. A roteirização que a empresa aplica atualmente é suficiente para atender
o mercado?
( ) é adequado
( ) poderia ser melhorado
( ) é inadequado
( ) não atuo nessa área
12. Com relação aos pedidos entregues, o cliente costuma receber o
material dentro do prazo que ele solicitou à empresa?
( ) é adequado
( ) poderia ser melhorado
( ) é inadequado
( ) não atuo nessa área
13. Com relação á atual logística aplicada pela empresa, você acredita que:
( ) é adequado
( ) poderia ser melhorado
( ) é inadequado
( ) não atuo nessa área
14. Se você respondeu na pergunta 13 que é inadequado ou poderia ser
melhorado a atual logística da empresa, qual a sugestão daria?
Resposta:
15. Escreva abaixo, caso você tenha alguma sugestão para melhorias na
Logística da empresa:
Resposta: