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IMF 20 anos: uma História nos mercados financeiros
2|janeiro de 2017 IMF – INFORMAÇÃO DE MERCADOS FINANCEIROS
ÍNDICE
Análise – Tema Global ....................................................................................................................................... 3
Informações IMF – Alguns momentos importantes .......................................................................................... 4
Mercado Monetário .......................................................................................................................................... 9
Mercado de Obrigações e de Taxa Fixa ........................................................................................................... 10
Ciclo Económico ............................................................................................................................................... 11
Dados para Orçamentação .............................................................................................................................. 14
Commodities .................................................................................................................................................... 16
Energia ................................................................................................................................................................ 16
Metais ................................................................................................................................................................. 17
Agrícolas .............................................................................................................................................................. 20
Análise de Mercados........................................................................................................................................ 23
A IMF ................................................................................................................................................................ 30
IMF – Informação de Mercados Financeiros, SA
www.imf.pt
m.imf.pt (cotações para smartphone – gratuito)
“Este documento destina-se a uso privado e a sua reprodução total ou parcial carece de autorização prévia da IMF. Este documento foi produzido com base em
informações de fontes credíveis, mas a IMF não garante que essas informações estejam completas nem que sejam totalmente exatas. As opiniões expressas
neste documento podem ser alteradas sem aviso e não pretendem constituir nenhum aconselhamento.”
IMF 20 anos: uma História nos mercados financeiros
IMF – INFORMAÇÃO DE MERCADOS FINANCEIROS janeiro de 2017| 3
Análise – Tema Global
IMF 20 anos: uma História nos mercados financeiros
A IMF completou 20 anos de atividade no ano que agora terminou. Estamos há já 20 anos a observar os
mercados financeiros sempre com o mesmo propósito: entender o que se passa, detetar as tendências em
curso e projetar o futuro com o objetivo de ajudar os nossos clientes a lidar com a volatilidade dos merca-
dos. Este foi, para nós, um momento de olhar para trás e tomar consciência do que de mais importante
aconteceu e mudou nos últimos 20 anos. Hoje, temos a certeza que vivemos duas décadas extremamente
interessantes do ponto de vista dos mercados e da economia internacional. Neste relatório, propomos uma
pequena viagem pelos últimos 20 anos, agradecendo a todos os que nos têm acompanhado ao longo des-
tes anos, sobretudo aos clientes da IMF que são e serão sempre a razão de ser da nossa atividade.
IMF 20 anos A IMF surgiu em 1996 com o objetivo de dotar as em-
presas de competências num domínio até então rela-
tivamente pouco explorado: como lidar com o risco
cambial, de variação das taxas de juro e dos preços
das matérias-primas. Desde meados dos anos 80, al-
gumas das maiores empresas exportadoras nacionais
começaram a preocupar-se mais a sério com o tema e,
em resposta, as salas de mercados dos bancos cresce-
ram e viraram-se para as empresas. Em meados da
década de 90 havia algumas consultoras a tentar tra-
balhar os mercados financeiros, mas a IMF foi a pri-
meira empresa nacional a cobrir também o segmento
de matérias-primas (commodities).
Aquilo que norteava a IMF naquela altura continua a
fazer sentido: compreender o modelo de negócio da
empresa, definir o risco, quantificar a exposição, defi-
nir políticas e estratégias de abordagem ao problema
e tentar compreender as tendências em vigor para
que as empresas possam tomar boas decisões de co-
bertura. Mas há, naturalmente, grandes diferenças.
Uma delas diz respeito à informação no mercado
cambial, que sempre foi uma das marcas que distin-
guiu a IMF ao longo do tempo. Há 20 anos, a IMF era
um provedor primário de informação para a maioria
das empresas. Os três relatórios por dia eram envia-
dos por fax - um processo que demorava horas. A
internet era incipiente e era difícil às empresas terem
sequer acesso às cotações das moedas, quanto mais a
notícias e comentários.
A IMF foi pioneira, tendo em 1997 um dos primeiros
sítios portugueses com informação sobre câmbios
atualizada online, com intervalos de meia em meia
hora. Hoje, a IMF é sobretudo agregadora de informa-
ção para que os leitores possam, em poucos minutos,
ficar ao corrente do que mais importante se passa nos
mercados que lhes dizem respeito. No entanto, em
relação às commodities, a IMF continua a ser a princi-
pal provedora de informação em português. Há in-
formação disponível sobre as várias matérias-primas,
mas quase sempre em inglês, fragmentada e muitas
vezes enviesada pelos seus autores, ligados nomea-
damente a equipas de gestão de investimento ou a
fornecedores.
Ao longo do tempo pudemos contar com a lealdade
dos clientes, sendo que do nosso lado tentamos sem-
pre honrar o compromisso de sermos cada vez mais
conhecedores, rigorosos e polivalentes. A notoriedade
da empresa tem vindo a crescer, fruto da rede de in-
terlocutores e da presença em vários meios de comu-
nicação social. A IMF nunca abdicou da independência
das suas informações e análises e nisso reside, cre-
mos, o nosso principal valor.
Hoje, continuamos a acreditar que “se necessita de
informação e aconselhamento independente em eco-
nomia e mercados financeiros, vale a pena falar con-
nosco”.
Venham os próximos 20!
IMF 20 anos: uma História nos mercados financeiros
4|janeiro de 2017 IMF – INFORMAÇÃO DE MERCADOS FINANCEIROS
Informações IMF – Alguns momentos importantes
12 de agosto de 1996: Primeira Informação IMF
4 de janeiro de 1999: Nascimento do euro
27 de outubro de 2008: Crise financeira
24 de junho de 2016: “Brexit”
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20 anos de acontecimentos
Ao longo destes anos já estivemos certos e errados, já
nos assustámos e nos surpreendemos. Mas também já
mantivemos a calma quando à nossa volta o ruído era
muito, o alvoroço transbordava nos mercados e as
decisões corriam o risco de serem tomadas mais com
a emoção do que com objetividade. Desde 1996, pas-
sámos por muitas situações de grande volatilidade nos
mercados, o que nos tem conferido alguma experiên-
cia. Os mercados e a economia conseguem sempre ser
diferentes e por isso vale a pena fazer um apanhado
de alguns dos momentos mais importantes dos últi-
mos 20 anos. Claro que se poderiam escolher outros!
Julho de 1997 – Crise Asiática: Foi um período em que
algumas das principais economias asiáticas entraram
num colapso financeiro, que alastrou por toda a regi-
ão e contaminou a economia mundial. Na base desta
crise estiveram o excesso de endividamento de países
e empresas e, sobretudo, a rigidez de alguns sistemas
de câmbio fixos ou intervencionados. Várias moedas
asiáticas desvalorizaram entre 35% e 80%. Em 27 de
outubro de 1997 o Dow Jones caiu 7.2% e as negocia-
ções foram suspensas.
Agosto de 1998 - Crise na Rússia: Boris Yeltsin era o
presidente de uma Rússia ainda em definição após a
desagregação da URSS. A primeira guerra da Cheché-
nia teve custos importantes e a economia estava em
dificuldades. Os efeitos da crise asiática um ano antes
e a redução na procura de petróleo exauriram ainda
mais as reservas em moeda estrangeira num país com
déficits orçamentais crónicos. O rublo tinha uma pari-
dade para o dólar, que foi abandonada e a Rússia en-
trou em incumprimento na sua dívida. Politicamente,
esta crise ditou o afastamento de Yeltsin.
1 de janeiro de 1999 – Criação do euro: Na verdade, o
projeto da União Monetária foi idealizado nos anos 70
do século XX e a denominação “euro” foi escolhida em
1995. O euro enquanto moeda surge em 1999 a subs-
tituir o ECU e só entrou em circulação monetária em
2002. Para a IMF foi um momento muito importante
porque, até então, as moedas que passaram a fazer
parte do euro eram algumas das principais divisas
relacionadas com a atividade das empresas e necessá-
rio acompanhá-las por induzirem risco cambial. No
entanto, o impacto imediato foi mais fraco do que
temíamos porque o risco continuava a estar concen-
trado noutras divisas: dólar, libra, iene, franco suíço e
nórdicas.
Ano 2000 – bug do milénio: Temia-se o caos informá-
tico e, por inerência, em todo o mundo financeiro
devido à possibilidade de os sistemas interpretarem o
ano 2000 como 1900. Gastaram-se milhares de mi-
lhões de dólares e de horas na preparação e… nada
aconteceu.
Fevereiro/março de 2000 – o fim da bolha dot.com:
Foi uma bolha especulativa criada no final da década
de 1990, caracterizada por uma forte alta das ações
das novas empresas de tecnologia da informação e
comunicação baseadas na internet. Foram calculadas
projeções irrealistas em torno do crescimento das
receitas do online, atraindo capital e formando uma
bolha. O índice Nasdaq perdeu 78% de 2000 a 2002 e
só recuperou os valores de 2000 em julho de 2015.
11 de setembro de 2001: A data dispensa apresenta-
ções porque se tratou, provavelmente, do aconteci-
mento mais importante deste século até agora. Surgiu
uma nova ameaça terrorista, a Al Qaeda e uma suces-
são de eventos levou a uma intervenção militar no
Iraque em 2003, da qual ainda hoje se sentem efeitos.
O mundo, que desanuviava até ao 11 de setembro,
voltou a ver nuvens mais negras no horizonte – um
processo que ainda decorre.
Do ponto de vista de mercado foi um evento interes-
sante: os bancos centrais agiram de forma coordena-
da, cortando taxas de juro, fornecendo liquidez, mas
assegurando também que não haveria falta de moeda
estrangeira através de acordos mútuos.
IMF 20 anos: uma História nos mercados financeiros
6|janeiro de 2017 IMF – INFORMAÇÃO DE MERCADOS FINANCEIROS
Foi, no mercado cambial, um período de tréguas, re-
gistando-se muito menos volatilidade do que se pode-
ria imaginar perante o que sucedeu. As bolsas norte-
americanas estiveram fechadas durante vários dias e,
quando reabriram, retomaram a tendência de queda
que já desenvolviam desde 2000 e que se prolongou
até 2002.
Outubro de 2001 – Escândalo da Enron: Uma enorme
fraude contabilística arrastou o gigante da energia e a
Arhur Andersen para o abismo e levou à criação de
novas e apertadas regras de auditoria. O Sarbanes–
Oxley Act, em 2002, marca até hoje o início de um
processo de complexificação e intensificação regulató-
ria em todos os setores e países.
Janeiro de 2002 – Entrada em circulação do euro: A
moeda europeia chegou finalmente aos bolsos e às
tabelas de preços das economias da zona euro. O pro-
jeto da União Económica e Monetária (UEM) tangibili-
zou-se finalmente, modificando de forma decisiva a
forma de fazer negócio. No mercado cambial, o euro
tinha começado mal, desvalorizando dos quase $1.18
para $0.8250 em outubro de 2000. O arranque em
alta do euro ocorre, de forma mais clara, precisamen-
te em 2002, com o mercado finalmente a acreditar
que o projeto ia mesmo ser concretizado de forma
mais plena (ainda hoje falta muito para que a UEM
seja plena e sustentável). O arranque iniciado em
2002 haveria de apenas terminar em meados de 2008,
com o Eur/Usd a tocar nos $1.60.
11 de março de 2004 - Atentados de Madrid: O terror
do 11 de setembro chegava à Europa, mesmo ao lado
de Portugal e poucos meses antes do Euro 2004. As
bolsas caíram por aqueles dias, mas a reação não se
comparou com a do 11 de setembro. As Euribor caí-
ram abaixo dos 2%, mas recuperaram logo a seguir. A
reação do mercado mostrava que os ataques terroris-
tas eram a nova normalidade. Um ano de depois, um
ataque semelhante acontecia em Londres e o merca-
do também mostrou uma “boa” reação. O bull market
das ações permaneceu intacto até 2008.
De julho de 2007 a 2009 – Crise do subprime, crise
financeira e recessão global: A maior crise económica
e financeira global desde a Grande Recessão iniciada
em 1929 teve como origem, ou, melhor dizendo, co-
mo gota de água, o rebentar da bolha imobiliária nos
EUA. Ainda hoje se sentem os efeitos desta crise.
Portugal, por exemplo, ainda não recuperou o nível de
produto real antes da crise. As quedas do PIB em 2009
foram inéditas para tempos de paz na Europa e a res-
posta dos governos e bancos centrais foi de tentar
estimular as economias à custa de muita dívida e ex-
pansão monetária. Em muitos casos, o nível de endi-
vidamento dos países subiu para níveis pouco reco-
mendáveis ou mesmo incomportáveis.
No caso da expansão monetária, as atuais taxas de
juro negativas na zona euro, Japão e Suíça são ainda
uma consequência da crise do subprime, uma situação
da qual continua a não ser fácil sair. O bull market das
ações foi brutalmente interrompido. O Dow Jones caiu
desde os 14 115 pontos em outubro de 2007 para os
6550 pontos na primavera de 2009 (queda de mais de
50%). Devido a um fenómeno de repatriação e aver-
são ao risco, o dólar subiu “a pique” entre julho e ou-
tubro de 2008 – de Eur/Usd $1.60 a $1.2350 em três
meses. Esta crise provocou uma revolução no sistema
bancário internacional. Várias seguradoras e bancos
despareceram ou foram fundidos. A regulação intensi-
ficou-se e diminuiu o trading proprietário, retirando
muita liquidez aos mercados. Nove anos depois, o
mundo ainda não recuperou da crise do subprime.
2010 a 2012 – Crise da dívida soberana na zona euro:
Grécia, Irlanda e Portugal foram as faces mais visíveis,
e por motivos diferentes, de uma crise que colocou
pela primeira vez em causa a existência da zona euro.
Os três países tiveram de ser intervencionados pelo
FMI, BCE e Eurogrupo sob pena de terem de inter-
romper totalmente pagamentos. A Grécia acabou,
mais tarde, por ter de proceder a um haircut da dívida
pública. Foi por muito pouco, talvez por dias, que Es-
panha não foi também intervencionada, ainda que
tenha efetuado um resgate circunscrito ao sistema
bancário.
IMF 20 anos: uma História nos mercados financeiros
IMF – INFORMAÇÃO DE MERCADOS FINANCEIROS janeiro de 2017| 7
A crise acabaria apenas por ser suavizada, porque não
está resolvida, com a intervenção do BCE e a progres-
siva monetização da dívida. Gradualmente, o BCE cor-
tou taxas de juro até 0%, com a “verdadeira” taxa de
referência a situar-se nos -0.4%, e tem comprado ati-
vos a um tal ritmo que, em 2017 o balanço do BCE,
deverá ultrapassar o da FED.
A União Económica e Monetária continua em risco
porque não há uma uniformidade em termo de níveis
de dívida pública e défices orçamentais entre os diver-
sos países e não há vontade política de proceder à
mutualização da dívida.
Politicamente, há cada vez mais vozes críticas ao euro,
pelo que o prognóstico é muito reservado. O Eur/Usd
estabeleceu um mínimo de ciclo em julho de 2012
quando Draghi disse que “será feito o que for preciso
para salvar o euro”. Para já o BCE ainda está em con-
trolo da situação.
6 de Abril de 2011 – Portugal pede assistência finan-
ceira: este é mais um tema sobre o qual não é neces-
sário fazer uma descrição, pois está bem presente na
memória de todos. Foi um período de stress financei-
ro extremo para muitas instituições e, naturalmente,
um desafio para qualquer agente económico nacional.
É, infelizmente, uma matéria que não se encontra
ainda resolvida e que a médio prazo poderá ter um
novo capítulo.
De 2010 à atualidade: – Vários eventos com impacto
elevado nos mercados ou nas tendências em curso:
Primavera Árabe; Tsunami no Japão e Fukushima;
Guerra na Síria; Escândalo da Libor; Invasão da Cri-
meia e parte leste da Ucrânia; “Segunda-feira negra
na China”; Escândalo da Volkswagen; Os ataques de
Paris, Nice e Berlim.
23 de junho de 2016 – Referendo Brexit: embora as
sondagens dessem a entender um equilíbrio entre a
permanência e a saída do Reino Unido, o Brexit teve
um impacto muito relevante nos mercados. A libra
caiu 8% do dia seguinte, um processo que continuou
até ao “flash crash” de 7 de outubro. Desde o dia do
referendo até ao “flash crash” a libra caiu mais de
20%. Foi mais um exemplo de que pode valer a pena
cobrir posições mesmo quando o consenso aponta
num sentido completamente diferente.
8 de novembro de 2016 - Eleição de Donald Trump
como 45º Presidente dos EUA: Ninguém esperava
verdadeiramente, mas o dia 24 de junho já nos tinha
alertado de como as previsões e as apostas podem
falhar nas eleições. Ficou demonstrado que Trump é
um vendedor incrível e que as forças do “esta-
blishment” e os media – cuja campanha foi profunda-
mente enviesada – sofrem uma pesada derrota. Desde
as Primárias que Trump posicionou o seu discurso de
acordo com o objetivo imediato, mudando de posi-
ções com rapidez e facilidade. Por isso, não é nada
certo que Trump implemente ou tente implementar
os pontos mais políticos do seu programa eleitoral. A
acompanhar.
20 anos na banca e imprensa
Uma outra forma de olhar para estes 20 anos é obser-
var o ecossistema financeiro nacional. Optamos por
não falar dos concorrentes diretos que tivemos. Hoje,
infelizmente, não resta nenhum em Portugal, mas é
evidente que nos deparamos com concorrência em
todas as nossas atividades, mas que não surge de em-
presas com as nossas características.
O que propomos é apenas olhar para uma lista, que
poderá não estar completa: a dos bancos ou marcas
de bancos que existiram ou tiveram atividade em Por-
tugal desde 1996 e que já não estão, pelo menos dire-
tamente, entre nós. Os clientes da IMF trabalharam
com todas estas instituições. Esta é a lista de institui-
ções bancárias de que nos conseguimos recordar:
Banco Português do Atlântico/Atlântico; Nova Rede;
Banif; Barclays; Banco Borges & Irmão; Banco Espírito
Santo; Banco Pinto & Sotto Mayor; Banco Português
de Negócios; Banco Universo; Banco Mello; União de
Bancos Portugueses; Banco Totta & Açores; Finibanco;
Banco de Fomento Exterior; Banco Fonsecas & Bur-
nay; Banco Nacional Ultramarino; Banco Nacional de
IMF 20 anos: uma História nos mercados financeiros
8|janeiro de 2017 IMF – INFORMAÇÃO DE MERCADOS FINANCEIROS
Crédito; Banco Comércio e Indústria; Companhia de
Investimentos e Serviços Financeiros (CISF); Interban-
co; Banco Internacional de Crédito; Banco Privado
Português; Crédito Predial Português; Banco Alves
Ribeiro; Credit Lyonnais; Banco Nacional de Crédito
Imobiliário. Impressionante.
Ao nível da imprensa escrita, naturalmente há que
destacar os títulos ligados a economia e mercados que
já deixaram de ser publicados, nomeadamente o Diá-
rio Económico e Semanário Económico. O único canal
temático da área, o ETV, também foi recentemente
encerrado, sendo possível que possa regressar de
outra forma.
Os próximos 20 anos
Olhando para os próximos 20 anos, o que esperar? Há
duas formas de olhar para o tema. O primeiro é um
caminho que não queremos seguir: perspetivas fratu-
rantes e algo sensacionalistas de eventos ou mudan-
ças que podem acontecer, mas que são altamente
especulativas. Portanto, as nossas previsões assentam
sobretudo nas tendências em curso e algumas tecno-
logias emergentes.
Pensamos que o futuro nos trará a intensificação dos
processos de digitalização, virtualização e tecnologias
de customização como a impressão 3D. A um nível
mais estrutural, as tendências vigentes da regulação,
omnipresença do Estado e tentativa de controlo serão
crescentes. A necessidade de cobrança de impostos e
tentativa de equilibrar os sistemas de segurança social
estará na base desse tema “Estado forte, controlador
e presente”.
Pensamos que irá travar-se em breve, uma luta entre
“Privado” e “Público”, como em tantas outras ocasi-
ões da História. A presença crescente do Estado pode-
rá levar a uma resposta mais descentralizada, supor-
tada pela tecnologia e por novas formas de organiza-
ção social e económica. Os recentes resultados eleito-
rais já mostram que há o potencial disruptivo das es-
colhas antissistema. Nesse domínio, a tecnologia
blockchain poderá contribuir para o desenvolvimento
de novos sistemas de pagamento e certificação que
podem colocar em causa terrenos dominados pelos
Estados, tais como a emissão de moeda e controlo
monetário, autenticação, contratação, arquivos digi-
tais entre outros. Pensamos que poderá ser, além da
crescente uberização das economias, uma das grandes
revoluções dos próximos anos. Ao nível financeiro e
dos mercados, é difícil que o futuro não passe pela
Fintech e por uma maior importância do yuan chinês
no contexto internacional.
Em resumo, foram 20 anos muito interessantes para
se estar nos mercados. Temos consciência de que
estamos muito mais experientes, mas, claro, ainda
não vimos tudo. Pensamos estar bem preparados para
ajudar os nossos clientes a enfrentar os desafios que
surgirão no futuro. Contem connosco, com a nossa
experiência e a nossa vontade de observar e aprender.
IMF 20 anos: uma História nos mercados financeiros
IMF – INFORMAÇÃO DE MERCADOS FINANCEIROS janeiro de 2017| 9
Mercado Monetário O ano de 2016 acabou por passar com muita expecta-
tiva, mas sem grandes alterações no que a taxas de
referência nas principais moedas diz respeito.
Na zona euro e no Japão começou a ser evidente o
desconforto do sector financeiro com taxas de juro
negativas. Com cada vez mais analistas a questionar a
eficácia desta política, o BCE e o Banco do Japão opta-
ram por reforçar outros instrumentos de política mo-
netária, havendo a ideia de que o ciclo de descidas de
taxas terá terminado.
Nos EUA depois de uma expectativa inicial de mais 4
subidas ao longo deste ano, tivemos uma situação
parecida com a de 2015, onde apenas no último mês
do ano se procedeu a uma subida nas taxas de refe-
rência. O Reino Unido foi a exceção, com o resultado
inesperado do referendo a forçar o Banco de Inglater-
ra a baixar a taxa de referência, mas as tensões infla-
cionistas entretanto criadas pela forte desvalorização
da libra, deixam pouco espaço para que tal volte a
acontecer num futuro próximo.
Olhando para os FRA’s de 2017, percebe-se que o
mercado está a assumir que na Europa não haverá
qualquer mexida nas taxas de referência. Os preços
transacionados ao longo de todo o ano para a Euribor
nos prazos de 3 de 6 meses rondam os -0.30% e os
-0.20% respetivamente, basicamente o valor a que
estas referências negoceiam há já muitas semanas. Na
nossa opinião, apenas uma alteração radical nas pers-
petivas de inflação poderá levar a uma mudança de
cenário de taxas de referência, algo que não se prevê
que ocorra até 2018.
A incerteza decorrente de fatores externos, como a
saída do Reino Unido da UE e a política adotada pelo
novo presidente dos EUA, ou de fatores internos, co-
mo os resultados eleitorais na França e na Alemanha,
forçarão o BCE a adotar uma atitude muito prudente
no que se refere às taxas diretoras.
O ano de 2016 acabou por ser uma desilusão para
aqueles que há um ano previam uma viragem comple-
ta no ciclo de taxas baixas, com a expectativa de uma
subida mais acentuada das mesmas nos EUA. Para
2017 as opiniões voltam a apontar para uma acelera-
ção na subida de taxas neste país, desta vez suportada
pela expectativa de uma política inflacionista que será
promovida por Trump. Sabendo-se que parte da infla-
ção dos últimos tempos tem sido gerada por subida
de preços de matérias-primas, é difícil na nossa opini-
ão assumir desde já um aumento considerável desta
variável, sabendo-se que está por resolver um dos
grandes problemas que a nível global tem impedido o
avanço dos preços: um grande desfasamento entre a
capacidade instalada e a utilizada. (IMF)
IMF 20 anos: uma História nos mercados financeiros
10| janeiro de 2017 IMF – INFORMAÇÃO DE MERCADOS FINANCEIROS
Mercado de Obrigações e de Taxa Fixa Em 2016 as oscilações de rendimentos dos títulos de
dívida pública alemã não tiveram a mesma amplitude
do ano anterior. Na referência mais relevante dos 10
anos, as compras constantes do BCE foram levando os
yields de 0.60% para um mínimo histórico de -0.20%.
O aumento do volume de compras mensais de €60 mil
milhões para €80 mil milhões, ajudou a esta queda. Os
alemães estão com a situação orçamental cada vez
mais excedentária, pelo que a necessidade de emitir
dívida é cada vez menor, restringindo assim ainda
mais a oferta. Daqui se explica que os títulos até aos 5
anos paguem menos que a taxa de remuneração de
liquidez do BCE (-0.40%), mesmo depois de os 10 anos
terem subido para os 0.20% na sequência da forte
subida dos yields nos EUA decorrentes da vitória de
Trump.
A situação da Alemanha é particular, tendo-se regis-
tado um alargamento geral dos spreads. Os países
periféricos foram dos mais atingidos, destacando-se a
Itália que viu o custo da sua dívida a 10 anos disparar
de 1% para 2% devido à incerteza do referendo, mas
também alguns países do núcleo, como França, estão
agora a pagar 0.50% acima do pago pelos alemães.
Para 2017 são muitas as incertezas neste mercado.
A situação política em Itália, as eleições em França e
na Alemanha, e a evolução do custo da dívida nos
EUA, serão fatores que poderão trazer grande pertur-
bação ao mercado de dívida. As empresas europeias
têm beneficiado do facto de o BCE ter incluído nas
suas compras regulares, os títulos de emitentes de
risco baixo.
Tal forçou o mercado a assumir mais risco, baixando
os custos de emitentes com nome mais fraco. Para já
a recente queda dos preços dos títulos de dívida pú-
blica não tiveram impacto expressivo neste mercado,
mas tendo em conta a baixa liquidez do mesmo, o
risco de uma onda de liquidação é nesta fase elevado.
A vitória de Donald Trump fez desde logo disparar o
custo da dívida pública do país, uma vez que o seu
discurso de corte de impostos e de investimentos em
infraestruturas, sugere um aumento do défice do país
e uma maior necessidade de emissão de dívida. Os
rendimentos dos títulos deste país a 10 anos, dispara-
ram 0.50% num curto espaço de tempo para os 2.40%.
Em 2017 a grande questão que se coloca é saber até
que ponto as intenções retóricas de Trump se irão
concretizar. Outro aspeto relevante é saber em que
ponto irão ficar as relações comerciais com China e
Japão, sabendo-se que estes países são responsáveis
por grande parte das emissões dos EUA colocadas fora
do país. Assim, depois de um ano de 2016 relativa-
mente calmo nesta matéria, prevemos um ano de
2017 com muito mais volatilidade e incerteza. (IMF)
IMF 20 anos: uma História nos mercados financeiros
IMF – INFORMAÇÃO DE MERCADOS FINANCEIROS janeiro de 2017| 11
Ciclo Económico
País/Região nov-15 dez-15 jan-16 fev-16 mar-16 abr-16 mai-16 jun-16 jul -16 ago-16 set-16 out-16 nov-16
Mercados Desenvolvidos
Áustria 51.4 50.5 51.2 51.9 52.8 52 52 54.5 53.4 52.1 53.5 53.9 55.4
Canadá 48.6 47.5 49.2 49.4 51.5 52.2 52.1 51.8 51.9 51.1 50.3 51.1 51.5
Zona Euro 52.8 53.2 52.3 51.2 51.6 51.7 51.5 52.8 52 51.7 52.6 53.5 53.7
França 50.6 51.4 50 50.2 49.6 48 48.4 48.3 48.6 48.3 49.7 51.8 51.7
Alemanha 52.9 53.2 52.3 50.5 50.7 51.8 52.1 54.5 53.8 53.6 54.3 55 54.3
Grécia 48.1 50.2 50 48.4 49 49.7 48.4 50.4 48.7 50.4 49.2 48.6 48.3
Irlanda 53.3 54.2 54.3 52.9 54.9 52.6 51.5 53 50.2 51.7 51.3 52.1 53.7
Itália 54.9 55.6 53.2 52.2 53.5 53.9 52.4 53.5 51.2 49.8 51 50.9 52.2
Japão 52.6 52.6 52.3 50.1 49.1 48.2 47.7 48.1 49.3 49.5 50.4 51.4 51.3
Holanda 53.4 53.5 52.4 51.7 53.6 52.6 52.7 52 53.2 53.5 53.4 55.7 57
Coreia do Sul 49.1 50.7 49.5 48.7 49.5 50 50.1 50.5 50.1 48.6 47.6 48 48
Espanha 53.1 53 55.4 54.1 53.4 53.5 51.8 52.2 51 51 52.3 53.3 54.5
Taiwan 49.5 51.7 50.6 49.4 51.1 49.7 48.5 50.5 51 51.8 52.2 52.7 54.7
Reino Unido 52.4 51.7 52.7 50.8 51.1 49.8 50.6 52.4 48.2 53.3 55.4 54.2 53.4
Estados Unidos 48.4 48 48.2 49.5 51.8 50.8 51.3 53.2 52.6 49.4 51.5 51.9 53.2
Mercados Emergentes
Brasil 43.8 45.6 47.4 44.5 46 42.6 41.6 43.2 46 45.7 46 46.3 46.2
China 48.6 48.2 48.4 48 49.7 49.4 49.2 48.6 50.6 50 50.1 51.2 50.9
República Checa 54.2 55.6 56.9 55.5 54.3 53.6 53.3 51.8 49.3 50.1 52 53.3 52.2
Índia 50.3 49.1 51.1 51.1 52.4 50.5 50.7 51.7 51.8 52.6 52.1 54.4 52.3
Indonésia 46.9 47.8 48.9 48.7 50.6 50.9 50.6 51.9 48.4 50.4 50.9 48.7 49.7
México 53 52.4 52.2 53.1 53.2 52.4 53.6 51.1 50.6 50.9 51.9 51.8 51.1
Polónia 52.1 52.1 50.9 52.8 53.8 51 52.1 51.8 50.3 51.5 52.2 50.2 51.9
Rússia 50.1 48.7 49.8 49.3 48.3 48 49.6 51.5 49.5 50.8 51.1 52.4 53.6
Turquia 50.9 52.2 50.9 50.3 49.2 48.9 49.4 47.4 47.6 47 48.3 49.8 48.848.3
Mundo 51 50.7 50.9 50 50.5 50.1 50 50.4 51 50.8 51 52 52.1
Fonte: Markit, Haitong
PMIs Indústria
Julho Agosto Setembro Outubro Julho Agosto Setembro Outubro Último mês
OCDE 99.7 99.8 99.8 99.8 0.01 0.02 0.04 0.04 -0.07
Zona Euro 100.2 100.2 100.3 100.3 -0.01 0.01 0.04 0.05 -0.12
5 Maiores economias
da Ásia1 99.4 99.5 99.7 99.8 0.11 0.12 0.14 0.17 0.56
G7 99.5 99.5 99.6 99.7 0.01 0.03 0.06 0.08 -0.17
Canadá 99.8 99.9 100.0 100.1 0.13 0.11 0.10 0.10 0.80
França 100.3 100.4 100.4 100.5 -0.01 0.03 0.06 0.08 0.09
Japão 99.6 99.6 99.7 99.7 -0.01 0.00 0.03 0.05 -0.38
Alemanha 99.9 99.9 100.0 100.2 0.06 0.08 0.11 0.11 0.25
Itália 100.3 100.2 100.2 100.1 -0.11 -0.09 -0.06 -0.04 -0.73
Reino Unido 99.4 99.5 99.6 99.8 0.07 0.12 0.14 0.14 -0.09
EUA 99.1 99.1 99.2 99.3 0.00 0.02 0.05 0.09 -0.27
Brasil 100.2 100.7 101.1 101.5 0.53 0.48 0.42 0.38 4.38
China 98.7 98.8 99.0 99.2 0.09 0.13 0.17 0.23 0.11
Índia 100.5 100.7 100.9 101.1 0.20 0.20 0.21 0.20 1.90
Rússia 99.9 100.1 100.3 100.6 0.30 0.25 0.21 0.25 2.09Fonte: OCDE, 8-Dez-2016
1. China, Índia, Indonésia, Japão e Coreia
Crescimento a ganhar impulso
Crescimento a ganhar impulso
Crescimento a ganhar impulso
Composite Leading Indicators
Outlook para o ciclo económico Rácio de tendência
(Média longo prazo = 100)Variação face ao úl timo mês (pontos)
Sinais de Crescimento a ganhar
impulso
Sinais de Crescimento a ganhar
impulsoSinais de Abrandamento do
crescimento
Sinais de Crescimento a ganhar
impulso
Crescimento estável
Sinais de Crescimento a ganhar
impulso
Crescimento a ganhar impulso
Crescimento estável
Crescimento estável
Variação
year-on-year
(pontos)
2016 2016
Sinais de Crescimento a ganhar
impulso
Crescimento a ganhar impulso
Crescimento estável
IMF 20 anos: uma História nos mercados financeiros
12| janeiro de 2017 IMF – INFORMAÇÃO DE MERCADOS FINANCEIROS
Estimativa
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Alemanha 3.7 0.7 0.6 1.6 1.5 1.7 1.7 1.7
Austrália 2.6 3.6 2.0 2.7 2.4 2.7 2.6 3.1
Áustria 3.0 0.7 0.1 0.8 0.8 1.5 1.5 1.3
Bélgica 1.8 0.1 -0.1 1.7 1.5 1.2 1.3 1.5
Brasil 3.9 1.9 3.0 0.1 -3.9 -3.4 0.0 1.2
Canadá 3.1 1.7 2.2 2.5 1.1 1.2 2.1 2.3
Chile 5.8 5.5 4.0 1.8 2.3 1.7 2.5 2.6
China 9.5 7.9 7.8 7.3 6.9 6.7 6.4 6.1
Coreia 3.7 2.3 2.9 3.3 2.6 2.7 2.6 3.0
Dinamarca 1.3 0.2 0.9 1.7 1.6 1.0 1.5 1.9
Eslovénia 0.6 -2.7 -1.1 3.1 2.3 2.0 2.4 2.3
Espanha -1.0 -2.9 -1.7 1.4 3.2 3.2 2.3 2.2
Estónia 7.5 4.3 1.6 2.7 1.5 1.1 2.4 2.9
Finlândia 2.6 -1.4 -0.8 -0.7 0.2 0.9 0.9 1.1
França 2.1 0.2 0.6 0.7 1.2 1.2 1.3 1.6
Grécia -9.2 -7.3 -3.2 0.4 -0.3 0.0 1.3 1.9
Hungria 1.7 -1.6 2.1 4.0 3.1 1.7 2.5 2.2
Irlanda -0.1 -1.1 1.1 8.5 26.3 4.3 3.2 2.3
Islândia 2.0 1.2 4.4 1.9 4.2 4.7 4.1 2.5
Itália 0.7 -2.9 -1.7 0.2 0.6 0.8 0.9 1.0
Japão -0.5 1.7 1.4 0.0 0.6 0.8 1.0 0.8
Luxemburgo 2.0 0.0 4.2 4.7 3.5 3.6 4.0 4.0
México 4.0 3.8 1.6 2.2 2.5 2.2 2.3 2.4
Noruega 1.0 2.7 1.0 1.9 1.6 0.7 0.5 1.4
Nova Zelândia 1.9 2.8 1.7 3.0 3.0 3.5 3.4 2.6
Países Baixos 1.7 -1.1 -0.1 1.4 2.0 2.0 2.0 1.9
Polónia 5.0 1.6 1.4 3.3 3.9 2.6 3.2 3.1
Portugal -1.8 -4.0 -1.1 0.9 1.6 1.2 1.2 1.3
Reino Unido 1.5 1.3 1.9 3.1 2.2 2.0 1.2 1.0
Rep. Checa 2.0 -0.8 -0.5 2.7 4.5 2.4 2.5 2.6
Rep. Eslovaca 2.8 1.7 1.5 2.6 3.8 3.6 3.4 3.8
Rússia 4.3 3.5 1.3 0.7 -3.7 -0.8 0.8 1.0
Suécia 2.7 0.0 1.2 2.7 3.9 3.3 2.7 2.2
Suíça 1.9 1.1 1.8 2.0 0.8 1.6 1.7 1.9
Turquia 8.8 2.1 4.2 3.0 4.0 2.9 3.3 3.8
EUA 1.6 2.2 1.7 2.4 2.6 1.5 2.3 3.0
Zona Euro 1.6 -0.9 -0.2 1.2 1.5 1.7 1.6 1.7
OCDE 1.9 1.3 1.3 1.9 2.1 1.7 2.0 2.3Fonte: OCDE, Novembro 2016
PIB(Variação % face ao ano anterior)
Projeções
IMF 20 anos: uma História nos mercados financeiros
IMF – INFORMAÇÃO DE MERCADOS FINANCEIROS janeiro de 2017| 13
Estimativa
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Alemanha 2.5 2.1 1.6 0.8 0.1 0.3 1.4 1.7
Austrália 3.4 1.7 2.5 2.5 1.5 1.3 1.8 2.1
Áustria 3.6 2.6 2.1 1.5 0.8 0.9 1.7 1.8
Bélgica 3.4 2.6 1.2 0.5 0.6 1.7 1.7 1.7
Brasil 6.6 5.4 6.2 6.3 9.0 9.0 6.0 5.0
Canadá 2.9 1.5 0.9 1.9 1.1 1.5 1.8 2.0
Chile 3.3 3.0 1.8 4.7 4.3 3.9 3.1 3.0
China 5.5 2.6 2.6 2.1 1.5 2.1 2.2 2.9
Coreia 4.0 2.2 1.3 1.3 0.7 0.9 1.5 1.8
Dinamarca 2.8 2.4 0.8 0.6 0.5 0.3 1.1 1.7
Eslovénia 2.1 2.8 1.9 0.4 -0.8 -0.2 0.8 1.2
Espanha 3.0 2.4 1.5 -0.2 -0.6 -0.3 1.5 1.3
Estónia 5.1 4.2 3.2 0.5 0.1 0.8 2.3 2.6
Finlândia 3.3 3.2 2.2 1.2 -0.2 0.3 0.8 0.8
França 2.3 2.2 1.0 0.6 0.1 0.3 1.2 1.2
Grécia 3.1 1.0 -0.9 -1.4 -1.1 0.1 1.1 1.4
Hungria 3.9 5.7 1.7 -0.2 -0.1 0.1 1.4 2.5
Índia 9.3 9.9 9.4 5.9 4.9 5.2 5.2 4.6
Irlanda 1.2 1.9 0.5 0.3 0.0 0.0 1.5 2.0
Islândia 4.0 5.2 3.9 2.0 1.6 1.7 2.9 3.8
Itália 2.9 3.3 1.2 0.2 0.1 -0.1 0.8 1.2
Japão -0.3 0.0 0.3 2.7 0.8 -0.3 0.3 1.0
Luxemburgo 3.7 2.9 1.7 0.7 0.1 -0.1 1.4 1.5
México 3.4 4.1 3.8 4.0 2.7 2.8 3.5 3.6
Noruega 1.3 0.7 2.1 2.0 2.2 3.6 2.4 1.9
Nova Zelândia 4.0 1.1 1.1 1.2 0.3 0.5 1.0 1.5
Países Baixos 2.5 2.8 2.6 0.3 0.2 0.0 1.0 1.5
Polónia 4.2 3.6 1.0 0.1 -0.9 -0.8 1.1 1.7
Portugal 3.6 2.8 0.4 -0.2 0.5 0.7 1.1 1.1
Reino Unido 4.5 2.8 2.6 1.5 0.1 0.6 2.4 2.9
Rep. Checa 1.9 3.3 1.4 0.4 0.3 0.6 1.8 2.2
Rep. Eslovaca 4.1 3.7 1.5 -0.1 -0.3 -0.5 0.8 1.4
Rússia 8.4 5.1 6.8 7.8 15.5 7.2 5.9 5.0
Suécia 3.0 0.9 0.0 -0.2 0.0 0.9 1.5 2.0
Suíça 0.2 -0.7 -0.2 0.0 -1.1 -0.4 0.3 0.5
Turquia 6.5 8.9 7.5 8.9 7.7 7.9 7.7 7.3
EUA 3.1 2.1 1.5 1.6 0.1 1.2 1.9 2.2
Zona Euro 2.7 2.5 1.3 0.4 0.0 0.2 1.2 1.4
Inflação(Variação % face ao ano anterior)
Projeção
Fonte: OCDE, Novembro 2016
IMF 20 anos: uma História nos mercados financeiros
14| janeiro de 2017 IMF – INFORMAÇÃO DE MERCADOS FINANCEIROS
Dados para Orçamentação
Portugal
2015 2016 2017 2018 2015 2016 2017 2018
FMI 1.50% 1.00% 1.10% 1.30% FMI 0.50% 0.70% 1.10% 1.60%
OCDE 1.50% 1.20% 1.20% 1.30% OCDE 0.50% 0.70% 1.10% 1.10%
Comissão Europeia 1.50% 0.90% 1.20% 1.40% Banco de Portugal 0.50% 0.80% 1.40% 1.50%
Banco de Portugal 1.60% 1.20% 1.40% 1.50% Comissão Europeia 0.50% 0.80% 1.40% 1.50%
OE 2017 1.50% 1.20% 1.50% - OE 2017 0.50% 0.80% 1.50% -
PE 1.50% 1.80% 1.80% 1.90% PE 0.50% 1.20% 1.60% 1.70%
PIB Inflação
Fonte: FMI - World Economic Outlook, outubro 2016; OCDE – Economic Outlook, novembro 2016; Banco de Portugal – Boletim Económico, dezembro 2016; Comissão Europeia - European Economic Forecast Autun 2016, novembro 2016; Orçamento de Estado 2017, outubro 2016; PE – Programa de Estabilidade, abril 2016
Outras Economias
2015 2016 2017 2018 2015 2016 2017 2018
Espanha 3.20% 3.20% 2.30% 2.20% Espanha -0.60% -0.30% 1.50% 1.30%
Alemanha 1.50% 1.70% 1.70% 1.70% Alemanha 0.10% 0.30% 1.40% 1.70%
Reino Unido 2.20% 2.00% 1.20% 1.00% Reino Unido 0.10% 0.60% 2.40% 2.90%
EUA 2.60% 1.50% 2.30% 3.00% EUA 0.10% 1.20% 1.90% 2.20%
China 6.90% 6.70% 6.40% 6.10% China 1.50% 2.10% 2.20% 2.90%
2015 2016 2017 2021 2015 2016 2017 2021
Espanha 3.20% 3.10% 2.20% 1.60% Espanha -0.50% -0.30% 1.00% 1.60%
Alemanha 1.50% 1.70% 1.40% 1.20% Alemanha 0.10% 0.40% 1.50% 2.00%
Reino Unido 2.20% 1.80% 1.10% 1.90% Reino Unido 0.10% 0.70% 2.50% 2.00%
EUA 2.60% 1.60% 2.20% 1.60% EUA 0.10% 1.20% 2.30% 2.30%
China 6.90% 6.60% 6.20% 5.80% China 1.40% 2.10% 2.30% 3.00%
OC
DE
OC
DE
FM
I
FM
IPIB Inflação
Fonte: FMI - World Economic Outlook, outubro 2016, OCDE – Economic Outlook, novembro 2016
Taxas de Juro
Projeções de Mercado para indexantes (via FRA)
Euribor 3M Libor USD 3M Libor G BP 3M Libor JPY 3M Wibor PLN 3M Libor CAD 3M Cete MXN ( 28d)
Indexante em 27-dez-16 -0.32% 0.99% 0.38% -0.01% 1.63% 0.88% 6.14%
1-abr-17 -0.30% 1.09% 0.38% 0.01% 1.75% 0.91% 6.68%
1-jul-17 -0.28% 1.27% 0.45% 0.02% 1.77% 1.01% 7.15%
1-out-17 -0.26% 1.44% 0.49% -0.02% 1.78% 1.07% 7.25%
1-jan-18 -0.25% 1.61% 0.54% -0.02% 1.88% 1.16% 7.38%
Média -0.27% 1.35% 0.47% 0.00% 1.79% 1.04% 7.12%
BCE F ED BoE BoJ
Taxas Atuais 0.00% 0.50% 0.25% -0.10%
1º Trim. 2017 0.00% 0.75% 0.25% -0.10%
2º Trim. 2017 0.00% 0.75% 0.25% -0.10%
3º Trim. 2017 0.00% 1.00% 0.25% -0.10%
4º Trim. 2017 0.00% 1.25% 0.25% -0.10%
Previsões IMF para taxas de juro - Bancos Centrais
IMF 20 anos: uma História nos mercados financeiros
IMF – INFORMAÇÃO DE MERCADOS FINANCEIROS janeiro de 2017| 15
Previsões Cambiais Reuters
Spot (**) 1 Mês 3 Meses 6 Meses 1 Ano Spot (**) 1 Mês 3 Meses 6 Meses 1 Ano
USD 1,0397 1,0600 1,0500 1,0433 1,0500 CNY 6,9559 6,9000 6,9800 7,0200 7,1400
GBP* 0,8496 0,8601 0,8618 0,8644 0,8707 GBP 1,2233 1,2335 1,2200 1,2100 1,2200
JPY* 122,25 117,70 116,63 117,60 118,43 JPY 117,59 111,00 111,00 112,00 114,17
CHF 1,0710 1,0800 1,0800 1,0900 1,1000 CHF 1,0301 1,0100 1,0200 1,0300 1,0400
CAD* 1,4103 1,4331 1,4201 1,4189 1,4385 CAD 1,3562 1,3520 1,3525 1,3600 1,3700
AUD* 1,4480 1,4324 1,4286 1,4292 1,4583 AUD 0,7177 0,7400 0,7350 0,7300 0,7200
BRL* 3,4128 3,6040 3,5910 3,6098 3,6645 BRL 3,2825 3,4000 3,4200 3,4600 3,4900
PLN 4,3970 4,4000 4,4000 4,3350 4,2900 CLP 671,16 677,00 683,00 688,00 678,34
NOK 9,0758 9,050 9,000 8,908 8,800 MXN 20,71 20,73 21,00 20,83 20,77
SEK 9,565 9,750 9,625 9,500 9,250 PEN 3,3613 3,4300 3,4400 3,4700 3,5000* Previsões cruzadas entre EUR/USD e USD com respetiva moeda ** Câmbios spot em 28 de dezembro de 2016 Previsão Reuters de 01-12-2016
Previsões Câmbios vs Euro Previsões Câmbios vs Dólar
Previsões Commodities Reuters
Q42016 2017 2018 2017 2018
Brent 50.00 57.01 63.73 EUA's 5.39 5.70
Crude 48.50 55.23 60.63
Cobre Ouro
Alumínio Prata
Zinco Platina
Niquel Paladium
Estanho
Chumbo
2400.0
Emissões CO2Data Previ são
10971.5 nov-16
19515.0 nov-16
1984.5 nov-16
LME ($/ton)2017 Data Previ são
4867.5
Data Previ são
18.90 out-16
out-16
703.00 out-16
nov-16 1094.00 out-16
dez-16
dez-16
EnergiaData Previ são
nov-16
1650.0 nov-16
Metais Preciosos2017
1331.00 out-16
Eventos em 2017
IMF 20 anos: uma História nos mercados financeiros
16| janeiro de 2017 IMF – INFORMAÇÃO DE MERCADOS FINANCEIROS
Commodities
Energia
PETRÓLEO
A OPEP conseguiu chegar a um acor-
do para um corte de produção de
petróleo, o primeiro desde a crise
financeira. O cartel deverá reduzir a
sua produção total em cerca de 4,5%,
ou 1.2 milhões de barris por dia. Os
preços do brent e do crude reagiram
em alta, para cima da linha dos $50/barril, resultando
assim numa recuperação de quase 40% e mais de 30%
face aos valores de início do ano, para o brent e o
crude respetivamente. É de relembrar que o mercado
negociou abaixo dos $30/barril, em janeiro deste ano,
com as cotações a recuperarem cerca de 90% desde
então. A expectativa de um corte de produção de
petróleo, na tentativa de equilibrar o mercado global
tem sido o principal suporte das cotações, mas ainda
restam várias incertezas quanto à eficácia na redução
do excedente global, não só devido ao volume em
causa, mas também na possibilidade de alguns países
produtores não cumprirem com os cortes acordados.
Em 2017 o mercado irá então focar-se na implemen-
tação e no impacto que terá a primeira redução dos
níveis da produção desde 2008, num acordo que inclui
a Rússia e possivelmente outros produtores não-
membros da OPEP. No entanto, com os cortes a serem
efetuados tendo por base os níveis do final de 2016,
existe, portanto, a possibilidade de o mercado global
permanecer com um excesso de oferta. Adicionalmen-
te, o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, deverá
apostar na recuperação da economia interna, privile-
giando sectores como o do petróleo, perspetivando-se
o aumento da produção de shale oil.
GÁS NATURAL
O acordo entre os principais produ-
tores de petróleo beneficiou tam-
bém o mercado do gás natural,
numa altura em que um clima mais
frio chega tanto aos EUA como à
Europa, contribuindo para uma
subida mais acentuada das cota-
ções, depois de meses mais quente a terem reduzido
a procura por aquecimento. Adicionalmente, a vitória
do candidato republicano, com um discurso que apela
à cooperação e enfatiza a necessidade de estímulos à
economia interna, aponta para maiores níveis de pro-
cura de gás. Nos EUA o gás natural segue em torno
dos $3,50, enquanto há um ano atrás as negociações
mostravam-se abaixo dos $2,30, sendo que no merca-
do europeu apresenta contratos de futuros a negocia-
rem sensivelmente nos 17-19€/MWh para os vários
trimestres do próximo ano, ligeiramente acima dos
15-17€/MWh verificados há um ano atrás. Nas refe-
rências indexadas ao petróleo, o brent apresenta pre-
ços acima dos 20€/MWh para o ano de 2017, enquan-
to há um ano atrás as negociações rondavam os
22€/MWh. Relativamente ao mercado do GNL, os
preços asiáticos subiram para o valor mais elevado de
2016, para perto dos $7,50 MMBtu, impulsionados
pelo anúncio da OPEP (80% dos contratos de GNL na
Ásia estão associados aos preços do crude). Este preço
acima dos valores dos $6,00 MMBtu praticados na
Europa, deverá, por um lado, aumentar a procura pelo
produto europeu durante o próximo ano e, por outro
lado, levar a uma reexportação desse produto para os
mercados asiáticos.
IMF 20 anos: uma História nos mercados financeiros
IMF – INFORMAÇÃO DE MERCADOS FINANCEIROS janeiro de 2017| 17
ELETRICIDADE
Depois do preço médio do terceiro
trimestre ter ficado muito abaixo
do observado em 2015, temos ago-
ra um quarto trimestre onde se
observa desde já uma subida signi-
ficativa dos preços diários, mas que
estão basicamente em linha com o
que se observou em igual período de 2015. As cota-
ções diárias neste último mês oscilaram entre os 40-
60 Eur/MWh, com a média já bem acima dos 50
Eur/MWh. Na base desta subida está a alteração con-
siderável da composição da produção de eletricidade,
com as renováveis a representarem muito menos do
que o haviam feito ao longo do ano, algo que reflete
um nível mais baixo das barragens, uma redução do
vento e o menor número de horas de sol. A produção
de energias renováveis mostrou um peso significativo
em 2016, levando a um saldo exportador no mercado
da eletricidade. No entanto, ainda que de janeiro a
junho, cerca de 70% da eletricidade produzida tenha
provindo de fontes renováveis, durante a segunda
metade de 2016 o mercado sofreu um equilíbrio, com
a produção renovável a corresponder a cerca de 50%
da produção total. Neste final de ano, o clima mais
frio demorou a chegar, sendo que o novo ano deverá
iniciar-se com menores preços de eletricidade. Uma
menor produção através de fontes renováveis tornará
o mercado mais dependente dos preços do petróleo,
sendo que se aponta para uma recuperação dos
mesmos no próximo ano. O foco permanecerá então
nos níveis de produção de energia renovável e na evo-
lução do complexo da energia, acompanhando as
condições meteorológicas.
Metais
O ano começou positivo no LME com os anunciados cortes de produção a perspetivarem um maior equilí-
brio entre oferta e procura. Foi, no entanto, após a eleição de Trump nos EUA que assistimos a subidas fora
do habitual nos metais industriais. A retórica de um crescimento económico suportado por grandes inves-
timentos em infraestruturas serviu de mote. Em 2017 há duas situações em particular a seguir: saber até
que ponto as expectativas de aumento de consumo se vão concretizar; e perceber se as subidas acentua-
das de preço nalguns metais não levarão a que parte dos cortes de produção recentes, sejam revertidos.
COBRE
Depois de passar grande parte do
segundo semestre de 2016 entre os
$4500-$5000, o cobre subiu cerca
de 30% desde 25 de outubro, to-
cando por algumas vezes os $6000
não vistos desde junho de 2015. Na
base desta subida esteve o forte
interesse comprador especulativo,
suportado por fundos chineses e por investidores que
acreditam num consumo acima do normal em 2017.
Os últimos dados estatísticos apontam para uma situ-
ação de excedentes de produção em 2016, que se
agravará em 2017 caso a procura não suba de forma
considerável. Os últimos dados de importação da Chi-
na sugerem uma redução significativa das mesmas. O
dólar em máximos de 14 anos contra um cabaz das
mais relevantes divisas torna menos acessíveis os me-
tais fora dos EUA. Os principais produtores globais
têm vindo a cortar os custos de produção.
Considerando este otimismo desenfreado de alguns
operadores, é difícil traçar um cenário negativo para
2017. Ainda assim, tendo em conta os atuais funda-
mentais e desconfiando de tanto otimismo no consu-
mo, acreditamos que dentro de pouco tempo teremos
o cobre novamente a oscilar entre os $4750-$5250.
IMF 20 anos: uma História nos mercados financeiros
18| janeiro de 2017 IMF – INFORMAÇÃO DE MERCADOS FINANCEIROS
NÍQUEL
O níquel não foi exceção e viu as
suas cotações no LME a subirem de
um mínimo de $7 500, em feverei-
ro, para valores perto dos $12 000,
que ainda assim apenas represen-
tam o valor mais alto desde julho
de 2015, ainda muito abaixo dos
valores médios da última década. Para além do tom
positivo dos restantes metais, o níquel continua a
beneficiar das restrições de exportações de minério
por parte da Indonésia e de um mercado em défice de
produção global, contrastando com os excedentes
verificados em 2015. Para 2017 há já sinais de que a
Indonésia pode ser um pouco mais flexível na autori-
zação de exportação de minério. É expectável que os
preços se mantenham acima dos $10 000, enquanto
não houver evidência de um regresso a uma situação
excedentária. No caso de subida para perto dos $15
000, espera-se uma queda no consumo, pois a estes
valores entram habitualmente produtos substitutos,
em especial por parte dos consumidores chineses.
ALUMÍNIO
O facto de o alumínio continuar
numa situação de elevados exce-
dentes de produção, tornou mais
difícil a subida deste metal quando
comparado com outras referências
no LME. Ainda assim, suportado
por interesse comprador especula-
tivo e por boas perspetivas de con-
sumo em 2017, o alumínio foi subindo gradualmente
ao longo de 2016, passando de um mínimo de $1 450,
para recentes testes aos $1 800. Os prémios no mer-
cado físico caíram abruptamente, mas há sinais de
alguma recuperação para o início de 2017. O grande
problema neste mercado continua a ser a China, com
os últimos dados a confirmarem a maior produção
mensal dos últimos 15 meses e um aumento anual das
exportações de 6.6%.
Se com preços baixos não se conseguiu que a China
cortasse consistentemente a produção, não será com
preços mais altos que irá acontecer. Apesar de expec-
tativas de crescente incorporação de alumínio em
bens duradouros, os elevados stocks e a ausência de
sinais de controlo da oferta, tornam complicada a
projeção de valores acima dos $2 000 em 2017. Caso o
recente interesse especulador em metais industriais
desapareça, o mais provável é que em 2017 o alumí-
nio negoceie maioritariamente entre os $1500-$1750.
ZINCO
Desde início de 2016 que o zinco
tem surgido como o metal que
mais interesse especulativo tem
gerado, situação que lhe permitiu
duplicar o preço desde os mínimos
atingidos no início do ano, a $1
460. Com o recente entusiasmo
por metais industriais por parte dos fundos de inves-
timento chineses, as cotações do zinco estão muito
perto de passar os $3 000, valor já não tocado desde
outubro de 2007. Mais uma vez é a expectativa de
forte interesse consumidor por parte da China e EUA
que estão por detrás destes últimos ganhos, que no
início estavam suportados por cortes significativos de
produção por parte da Glencore.
Para 2017 uma das grandes questões que se levanta é
saber até que ponto, com os preços ao dobro do valor
que estavam em 2015, os cortes de produção então
efetuados não serão revertidos. Com preços a estes
níveis e com o dólar em máximos contra muitas moe-
das, é difícil acreditar num cenário de crescimento
sustentado no consumo deste metal. No dia em que
os investidores decidirem tomar mais valias neste
metal, o mais provável é vermos os preços a regressa-
rem para um intervalo entre os $2000-$2400.
IMF 20 anos: uma História nos mercados financeiros
IMF – INFORMAÇÃO DE MERCADOS FINANCEIROS janeiro de 2017| 19
AÇO
Durante praticamente todo o ano
de 2016 assistiu-se a uma gradual
subida dos preços dos produtos de
aço, impulsionada essencialmente
pelo combate de Pequim ao exces-
so de capacidade do sector domés-
tico do aço e por uma recuperação
do sector imobiliário chinês. Adicionalmente, um
acentuado movimento de alta dos preços do carvão
acabou por resultar num aumento do interesse espe-
culativo em matérias-primas na China, que levou a um
forte movimento de subida dos preços do minério de
ferro e também do aço. Os índices de confiança do
sector industrial subiram para níveis não vistos há
muito tempo. Para o ano de 2017, o governo chinês
permanecerá focado no tema do excesso de capaci-
dade, sendo que 90 milhões de toneladas foram cor-
tadas nos últimos anos, mas com cortes adicionais
entre as 100 e as 150 milhões de toneladas ainda co-
mo necessários (até 2020). Depois de os preços terem
descido a valores impensáveis, surgem sinais quer de
ajuste da produção, quer de dificultação das importa-
ções, que apontam para a continuação de subida de
preços na China, que deverão estender-se para os
restantes mercados internacionais. Com base na ex-
pectativa de que os valores das importações continua-
rão a subir, em especial os chineses, tendo em conta
as recentes barreiras antidumping levantadas, muitos
produtores europeus deverão continuar a subir as
suas ofertas. No outro lado do Atlântico, aponta-se
para uma maior procura de matérias-primas, incluindo
o minério de ferro e aço, devido aos comentários do
recém-eleito presidente, Donald Trump, de que iria
focar-se no estímulo da economia interna, de onde
deverá resultar uma melhoria do sector industrial.
OURO
Expectativas reduzidas de subida de
taxas de juro nos EUA e muitas dúvi-
das sobre política global, levaram a
um forte interesse investidor em
ouro nos primeiros três meses do
ano, com o volume em ativos e deri-
vados relacionados com o metal a
atingirem máximos de mais de dois anos. Os preços que
iniciaram o ano, nos $1060/onça, havendo receios de
queda para baixo dos $1000/onça, foram subindo gra-
dualmente, atingindo o auge com a incerteza do Brexit
em finais de junho, nos $1375/onça. Desde então o
caminho tem sido para baixo, acelerando a queda des-
de a eleição de Trump nos EUA, estando nesta altura
perto dos $1150/onça. A subida forte do dólar, o oti-
mismo que se vive nos mercados acionistas, a
expectativa renovada de subidas de taxas de juro nos
EUA, e a saída de muito interesse especulativo, contri-
buem para esta situação.
Para 2017 muito irá depender de questões políticas,
sabendo-se que o ouro é dos produtos que mais tende
a beneficiar com instabilidade. Para além da entrada
definitiva em cena de Trump, está por definir a forma
como o Reino Unido sairá da UE, e terão lugar duas
importantes eleições nacionais em França e na Alema-
nha. Se não houver um fator externo que volte a moti-
var a procura por ativos de refúgio, e caso se concreti-
zem as subidas de taxas nos EUA, é possível que seja
em 2017 que se assista a um teste ao relevante nível
psicológico dos $1000/onça.
PRATA
A prata continua a acompanhar os
movimentos do ouro com maior vola-
tilidade. Na altura do Brexit os preços
deste metal dispararam até um máxi-
mo de $21.13/onça, uma subida de
50% face aos $14/onça a que negociavam no início do
ano. Desde então o mercado já recuou 23% para baixo
dos $17/onça. Parte deste recuo esteve associado à
queda de 14% do ouro, pressionado por subida de dó-
lar, otimismo no mercado de capitais e expectativa de
subida de taxas nos EUA. Os fundamentais da prata
também não ajudam. Apesar de o mercado dever regis-
tar um défice de produção pelo quarto ano consecutivo
em 2016. A procura de prata para a indústria deverá
IMF 20 anos: uma História nos mercados financeiros
20| janeiro de 2017 IMF – INFORMAÇÃO DE MERCADOS FINANCEIROS
cair 1% este ano e o consumo pela joalharia terá caído
8%, deixando o metal ao sabor dos interesses financei-
ros. Neste contexto as expectativas para 2017 também
não são brilhantes para a prata. Os produtores conse-
guiram ainda assim um preço médio 10% acima do con-
seguido em 2015, pelo que não se esperam grandes
contrações na oferta. A relação entre ouro e prata vol-
tou a subir para 72.50, um valor muito elevado que
sugere que numa recuperação de cotações de metais
preciosos volte a ser a prata o grande beneficiado.
Agrícolas
Mais um ano em que não houve problemas graves a nível mundial no que respeita aos principais produtos
agrícolas. Mesmo com a influência adversa do El Niño nalguns países, os problemas foram muito localiza-
dos. Muitos produtos registaram colheitas recordes, situação que levou a uma redução acentuada do preço
à medida que o risco de perdas ia reduzindo e que os sucessivos relatórios projetavam aumentos de pro-
dução e de stocks. Com o dólar em alta, a competitividade externa dos EUA diminuiu, tendo influência de-
cisiva nas cotações locais, que como é sabido são a base para a construção dos preços a nível global.
SOJA
A soja teve um primeiro semestre de
subidas acentuadas de preço, moti-
vadas por problemas de última hora
na colheita brasileira que levaram a
uma redução de 5% na produção do
país face às projeções, e de previ-
sões de um verão muito quente nos
EUA que poderia resultar em perdas de rendimento
nas culturas. Neste período assistimos a uma subida
de 40% no preço do grão de soja para perto dos
$12/bushel, e de 65% no valor da farinha que atingiu
os $452/ton, beneficiando de alguma fraqueza do
óleo de soja. O verão acabou por não provocar qual-
quer problema à colheita dos EUA, tendo-se registado
um novo recorde de produção de 118.7 milhões de
toneladas (MMT), um aumento de 12 MMT face ao
colhido em 2015. A subida dos preços da soja incenti-
vou brasileiros e argentinos a aumentarem a área de
soja, projetando-se uma subida de 8 MMT na produ-
ção conjunta destes dois países.
Caso não surjam problemas com o tempo na América
do Sul, a oferta global em 2017 aumentará 20 MMT
para 333 MMT. Mesmo considerando o aumento do
consumo mundial em 12 MMT projetado pelo USDA,
os stocks finais subirão 8 MMT para 81 MMT. Estas
notícias não foram suficientes para trazer os preços
aos mínimos do início do ano, uma vez que o apetite
comprador da China tem estado a níveis impressio-
nantes.
Entramos em 2017 com um cenário favorável à baixa
de preços, o qual poderá ser alterado se surgirem
problemas meteorológicos sérios na América do Sul
ou no arranque da nova campanha nos EUA. A subida
do dólar poderá ter implicações negativas nos volu-
mes importados, pelo que o crescente consumo proje-
tado poderá não se vir a verificar. Excluindo situações
meteorológicas imprevisíveis, prevemos preços do
grão de soja a oscilar pelos $9/bushel e de farinha
pelos $290/ton.
ÓLEOS VEGETAIS
O ano de 2016 iniciou com
negociações em torno dos 30
cents/lb, para o óleo de soja em
Chicago, sendo que ao longo do
ano assistiu-se a uma valorização
dos futuros em cerca de 25%, para
valores não muito distantes dos 40
cents/lb – máximos desde julho de 2014. Inicialmente
o mercado foi suportado por condições
meteorológicas adversas na Argentina, que colocaram
dúvidas quanto à qualidade da colheita de soja.
Posteriormente, ao longo do ano assistiu-se a um
declínio dos stocks do óleo norte-americano,
indicando uma forte procura. Adicionalmente o
mercado acompanhou a alta do petróleo. Movimento
semelhante ao dos futuros do óleo de soja, no
IMF 20 anos: uma História nos mercados financeiros
IMF – INFORMAÇÃO DE MERCADOS FINANCEIROS janeiro de 2017| 21
mercado dos futuros do óleo de palma, na Malásia, as
cotações a subirem dos 2.300 myr/ton para próximo
dos 3.300 myr/ton, representando uma valorização de
cerca de 40% para máximos de 4 anos. Assistiu-se a
um clima seco a restringir a oferta global – resultante
do fenómeno meteorológico El Niño -, resultando
numa quebra da produção global em 200 mil
toneladas em 2015/16. Mais concretamente na
Indonésia, a produção do óleo tropical deverá registar
a primeira descida da produção desde 1998.
Também na Malásia se verificou uma queda da
produção para mínimos de 9 anos. Os óleos vegetais
encontraram forte suporte no recente acordo da
OPEP que levará a uma entrada em 2017 em alta,
ajudados também por razoáveis níveis da procura face
a uma oferta em declínio. Adicionalmente, um forte
interesse especulativo na China deverá contribuir para
a alta dos preços, ainda que Pequim tenha erguido
barreiras à atividade para impedir uma escalada das
cotações.
MILHO
Depois da forte subida até um
máximo de €188/ton nas cotações
de futuros de milho europeus, os
preços têm vindo a recuar gradu-
almente até estabilizar neste últi-
mo trimestre entre os €158-
€168/ton. Esta queda não se ficou
de todo a dever à produção euro-
peia, que se ficou pelas 60.6 MMT, representando
uma queda anual de 6%. França foi o principal respon-
sável por esta descida, colhendo apenas 11.8 MMT,
menos 9.6% que em 2015, devido a tempo pouco
favorável no verão. Depois dos problemas com a se-
gunda safra do Brasil, que estiveram na base da subi-
da de preços do primeiro semestre, levantavam-se
dúvidas quanto à produção nos EUA. Tudo acabou por
ser quase perfeito naquele país, levando a que o IGC
estimasse uma colheita global considerável de 1042
MMT. Este elevado volume global arrastou para baixo
as cotações em Chicago, impedindo a subida nos pre-
ços europeus.
Para 2017 tudo vai depender mais uma vez do tempo,
uma vez que não haverá muitas alternativas mais ren-
táveis para os produtores. Os stocks começarão ele-
vados e o Brasil vai tentar produzir o máximo possível
na sua segunda campanha, tendo para tal começado a
sementeira de soja mais cedo de forma a poder rodar
os campos para milho na altura certa. Na ausência de
grandes novidades e admitindo que nem tudo correrá
bem a nível global, contamos com cotações na Europa
a oscilar maioritariamente entre os €160-€180/ton.
TRIGO
Foi um ano desastroso para os
produtores franceses de trigo, que
devido a problemas meteorológi-
cos viram a sua produção de trigo
cair uns impressionantes 30% face
ao recorde de 2015, tendo colhido
apenas 28.5 MMT. Nos outros
países europeus a situação foi
regular, mas as perdas de França resultaram numa
colheita conjunta de 137.9 MMT, uma queda de 9%
face a 2015. A Europa foi este ano a grande exceção,
pois a nível global houve muitos países com colheitas
excecionais, entre eles a Rússia. Nos últimos dados
apresentados pelo IGC, a produção global estava cal-
culada em 749 MMT, um novo recorde absoluto. Os
EUA também tiveram uma boa produção, que aliada à
fraca competitividade externa, resultou numa forte
queda das cotações em Chicago. Os futuros na Europa
caíram em setembro até aos €140/ton, mas, entretan-
to, recuperaram para o intervalo €160-€170/ton, não
conseguindo os franceses qualquer compensação em
preço pela quantidade perdida.
As primeiras indicações globais da colheita do hemis-
fério norte de 2016/17 são positivas, para além de
que a Austrália apresentou também uma boa produ-
ção. É expectável que em França a situação corra me-
lhor que no ano passado. Não surgindo qualquer sur-
presa muito negativa, e tendo em conta os stocks
finais da campanha passada, acreditamos que os pre-
ços do trigo na Europa passarão grande parte do pró-
ximo ano a oscilar entre os €155-€175/ton.
IMF 20 anos: uma História nos mercados financeiros
22| janeiro de 2017 IMF – INFORMAÇÃO DE MERCADOS FINANCEIROS
AÇÚCAR
As referências globais do açúcar
iniciaram o ano de 2016 em torno
dos 15 cents/lb e dos $400/ton,
nas praças de Nova Iorque e Lon-
dres, respetivamente, tendo
acompanhado as perdas do petró-
leo no início do ano, negociando
num mínimo do ano nos 12,50 cents/lb e abaixo dos
$370/ton, respetivamente. Contudo, condições mete-
orológicas adversas aliadas a estimativas de um défice
tanto para 2015/16 como para 2016/17, depois de
vários anos de excedente, levaram a um prolongado
movimento de alta. Em meados de outubro o merca-
do registou um pico máximo perto dos 24 cents/lb na
referência norte-americana e nos $620/ton em Lon-
dres, sendo estes os valores mais elevados desde me-
ados de 2012, representando uma valorização de cer-
ca de 50% face aos valores de início de ano e de mais
de 90% e quase 70% face aos mínimos do ano, respe-
tivamente. Porém, as projeções de défice têm sido
revistas em baixa, com a Organização Internacional de
Açúcar (ISO) a referir que a escassez do produto pode-
ria estar perto do fim, na medida em que vários países
aumentam a sua produção em resposta aos preços
mais elevados. Desde esta subida, o mercado recuou
mais de 15% para valores abaixo dos 20 cents/lb em
Nova Iorque e para os $520/ton em Londres, mas
ainda assim mais de 50% e 40% acima do mínimo des-
te ano, respetivamente, e quase 30% acima face aos
níveis verificados no início do ano. Como tal, para
2017 será necessário acompanhar a evolução dos
níveis da produção, de forma a avaliar o equilíbrio
entre a procura e a oferta. Com as revisões em baixa
do défice os preços deverão corrigir nos primeiros
meses do novo ano.
ALGODÃO
O algodão valorizou cerca de 15%,
este ano, sendo que em meados
de agosto se verificava um ganho
de mais de 20%, para perto dos 78
cents/lb – o valor mais elevado
desde o verão de 2014. No primei-
ro trimestre o mercado caiu dos 65 para os 55
cents/lb, essencialmente devido à expectativa de que
a China iniciasse o processo de leilão das suas massi-
vas reservas de algodão. No entanto, desde o mínimo
de março até aos recentes valores acima dos 70
cents/lb assistiu-se a uma subida de cerca de 30% dos
preços, num movimento que assentou essencialmente
em compras especulativas. Adicionalmente, surgem
receios face a quedas nos níveis de produção na Índia
e na China, devido a uma menor área de cultivo e
queda de chuvas intensas que condicionaram a produ-
tividade. Na Índia foi projetada uma quebra da área
de plantação para o valor mais reduzido em 7 anos
para a temporada 2016/17, na medida em que os
agricultores optam por outras culturas, potencialmen-
te levando a uma quebra tanto da produção como das
exportações. Também a escassez de chuvas na região
do Texas, EUA, continua a contribuir para o nervosis-
mo do mercado, sendo que as preocupações quanto à
qualidade das plantações de fibra têm-se refletido no
movimento de alta dos futuros. Assim, a produção
que em 2015 havia atingido 450 mil toneladas, ficou-
se este ano pelas 310 mil. No último relatório do
USDA, a projeção de stocks finais, quer nos EUA, quer
no resto do mundo foi revista em alta, colocando al-
guma pressão de baixa nas cotações para o novo ano
de 2017. Esta revisão foi assente em maiores níveis de
produção tanto nos EUA como na China e em outros
países como a Turquia e Costa do Marfim. Um merca-
do mais equilibrado no final de 2016 deverá lançar o
ano que agora inicia. (IMF)
IMF 20 anos: uma História nos mercados financeiros
IMF – INFORMAÇÃO DE MERCADOS FINANCEIROS janeiro de 2017| 23
Análise de Mercados
Euro/Dólar - (Eur/Usd) Variação 2016
-3.9%
Expetativa 6 meses
= O Eur/Usd recuou nos últimos meses e chega ao final de
2016 em zona de mínimos de 14 anos, em torno de
$1.0350. Contrariando a maioria das previsões, o dólar
valorizou com a vitória de Donald Trump nas eleições dos
EUA: o mercado perspetiva que as suas políticas resul-
tem em taxas de juro mais elevadas. Por outro lado, a
zona euro enfrenta alguns riscos políticos e o BCE man-
tém uma atuação acomodatícia.
O Eur/Usd quebrou em baixa o intervalo de lateralização
entre $1.05 e $1.15, que prevalecia desde o início de
2015. O par procura ainda um “fundo”, sendo que a pa-
ridade já vai sendo discutida no mercado.
Weekly EUR= 1,35
1,275
1,399
1,204
1,05
1,15
1,082
1,05
1,08
1,11
1,14
1,17
1,2
1,23
1,26
1,29
1,32
s o n d j f m a m j j a s o n d j f m a m j j a s o n d j f
Q4 14 Q1 15 Q2 15 Q3 15 Q4 15 Q1 16 Q2 16 Q3 16 Q4 16
Dólar/Iene - (Usd/Jpy) Variação 2016
-2.2%
Expetativa 6 meses
Depois de recuar até mínimos desde 2013, o Usd/Jpy
recuperou nas últimas semanas. Para além da força do
dólar e da menor aversão ao risco, o movimento assen-
tou também na perspetiva de um alargamento do dife-
rencial de taxas de juro nos EUA e no Japão: o Banco do
Japão pretende conter uma subida dos yields das obriga-
ções japonesas, em torno dos 0% nos 10 anos.
O Usd/Jpy respeitou o suporte dos 100 ienes e desde aí
tem acumulado sinais de força. O par já regressou à ban-
da entre 116 e 126, que prevaleceu ao longo de 2015,
antevendo-se uma aproximação ao seu limite superior.
Weekly JPY=
105,5
100
126
116
95
75
80
85
90
95
100
105
110
115
120
125
Q4 Q1 Q2 Q3 Q4 Q1 Q2 Q3 Q4 Q1 Q2 Q3 Q4 Q1 Q2 Q3 Q4 Q1
2012 2013 2014 2015 2016
Euro/Iene - (Eur/Jpy) Variação 2016
-5.9%
Expetativa 6 meses
As perdas recentes do iene também se refletiram numa
recuperação do Eur/Jpy, desde mínimos de 2012. Apesar
disso, o iene apresenta ainda uma das melhores perfor-
mances entre as principais moedas em 2016. Os ganhos
foram, em parte, suportados pelo sentimento de maior
aversão ao risco que predominou nos mercados, no pri-
meiro semestre. Os estímulos monetários lançados pelo
Banco do Japão ficaram também aquém do esperado.
O Eur/Jpy formou uma “base” nos 110 ienes, testando já
a resistência entre 122 e 125. Uma quebra poderá tam-
bém sinalizar uma reversão à tendência de baixa.
Weekly EURJPY=
141
125
150
110
122
110
115
120
125
130
135
140
145
150
Q3 Q4 Q1 Q2 Q3 Q4 Q1 Q2 Q3 Q4 Q1 Q2 Q3 Q4 Q1
2013 2014 2015 2016
IMF 20 anos: uma História nos mercados financeiros
24| janeiro de 2017 IMF – INFORMAÇÃO DE MERCADOS FINANCEIROS
Euro/Libra - (Eur/Gbp) Variação 2016
+15.9%
Expetativa 6 meses
= O resultado do referendo no Reino Unido levou a libra a
recuar até mínimos desde 2009 face ao euro, atingidos já
em outubro. Contudo, o sentimento melhorou recente-
mente. A economia britânica tem mostrado maior resili-
ência do que se esperava, e o mercado mostra-se agora
mais confiante numa saída do Reino Unido da UE que
não implique a saída do mercado único.
A tendência de alta no Eur/Gbp ainda prevalece, ficando
apenas colocada em causa abaixo da trendline e das
£0.81. Contudo, no curto prazo o Eur/Gbp aparenta ter
formado um “topo” nas £0.93, tendo corrigido para ní-
veis mais “neutrais” entre £0.81 e £0.87, que poderão
por agora favorecer um período de consolidação.
Euro/Real - (Eur/Brl) Variação 2016
-20.6%
Expetativa 6 meses
= Após a valorização registada pelo real entre fevereiro e
julho, os últimos meses foram de consolidação no
Eur/Brl. A moeda brasileira encerrou 2016 com um dos
melhores desempenhos entre as “emergentes”. A che-
gada de Michel Temer à presidência melhorou o senti-
mento do mercado, e a economia brasileira deu tam-
bém, nos últimos meses, sinais de que pode ter chegado
a um ponto de inversão.
O Eur/Brl vai ameaçando o suporte dos 3.40 reais, aos
quais se junta também a trendline ascendente, a supor-
tar o par. Apenas a quebra em baixa desta zona poderá
colocar em causa a perspetiva de uma consolidação no
intervalo entre 3.40 e 3.80/90 reais.
Weekly EURBRL=R
3,4
2,9
3,15
3,9
4,5
4,8
3,8
2,6
2,8
3
3,2
3,4
3,6
3,8
4
4,2
4,4
4,6
4,8
Q2 Q3 Q4 Q1 Q2 Q3 Q4 Q1 Q2 Q3 Q4 Q1 Q2 Q3 Q4 Q1
2013 2014 2015 2016
Dólar/Kwanza - (Usd/Aoa) Variação 2016
+22.7%
Expetativa 6 meses
= Contrariando algumas expectativas, o Banco Central de
Angola preservou a taxa oficial do kwanza em torno dos
165 kwanzas por dólar, desde abril. No mercado paralelo
a taxa também corrigiu para níveis abaixo dos 500 kwan-
zas, depois de em junho ter ascendido aos 630 kwanzas.
O BNA considera que, face à estabilização da inflação,
não há motivos para uma nova desvalorização da moeda.
Assim, não se antevê para já uma variação significativa
face aos níveis atuais do Usd/Aoa. Em todo o caso, se a
conjuntura angolana se deteriorar, a tendência de desva-
lorização do kwanza poderá ser retomada.
IMF 20 anos: uma História nos mercados financeiros
IMF – INFORMAÇÃO DE MERCADOS FINANCEIROS janeiro de 2017| 25
Euro/Franco Suíço - (Eur/Chf) Variação 2016
-1.5%
Expetativa 6 meses
= A tendência de lateralização no Eur/Chf não se alterou
nos últimos meses, com o par a oscilar entre 1.07 e 1.10
francos. Apesar de eventos como o referendo no Reino
Unido e as eleições nos EUA terem gerado uma maior
procura pelo franco, o Banco Central continuou a intervir
no mercado para travar uma valorização da sua moeda.
Tecnicamente, não há sinais que apontem para que o
Eur/Chf se afaste significativamente dos níveis atuais. Em
todo o caso, há rumores de que o Banco Central da Suíça
poderá tolerar uma valorização modesta do franco. Nes-
se cenário, os 1.02 formam o suporte seguinte.
Weekly EURCHF=
1,2
0,86
1,11
1,02
1,07
1,1
0,88
0,92
0,96
1
1,04
1,08
1,12
1,16
1,2
j j a s o n d j f m a m j j a s o n d j f m a m j j a s o n d j f
Q3 14 Q4 14 Q1 15 Q2 15 Q3 15 Q4 15 Q1 16 Q2 16 Q3 16 Q4 16
Euro/Coroa Norueguesa - (Eur/Nok) Variação 2016
-5.4%
Expetativa 6 meses
A coroa norueguesa apresentou um dos melhores de-
sempenhos entre as principais moedas em 2016. A subi-
da dos preços do petróleo deu um importante contributo
para os ganhos obtidos no segundo semestre, juntamen-
te com a atuação do Banco Central: após um período
acomodatício, adotou uma postura mais “neutral”.
O “bull market” de longo prazo no Eur/Nok está de al-
guma forma ameaçado, e a confirmar-se a quebra em
baixa da trendline ascendente, o par assumirá um tom
mais “neutral” e começará a apontar às 8.55 coroas. No
curto e médio prazo a toada já é de baixa, sendo neutra-
lizada apenas com uma recuperação das 9.20 coroas.
Weekly EURNOK=
8,55
8,08
7,76
9,9
8,3
9,2
9,6
7,2
7,5
7,8
8,1
8,4
8,7
9
9,3
9,6
9,9
Q4 Q1 Q2 Q3 Q4 Q1 Q2 Q3 Q4 Q1 Q2 Q3 Q4 Q1 Q2 Q3 Q4 Q1
2012 2013 2014 2015 2016
Euro/Coroa Sueca - (Eur/Sek) Variação 2016
+4.6%
Expetativa 6 meses
Entre abril e novembro, o Eur/Sek subiu de forma quase
ininterrupta até máximos desde 2010, mas nas últimas
semanas sofreu uma queda significativa. O Banco Central
tem mantido a sua política monetária extremamente
acomodatícia, mas a recuperação da economia sueca
sugere que poderá haver uma inversão a esse nível nos
próximos meses.
A coroa sueca terá atingido níveis de “subavaliação” com
a subida do Eur/Sek acima das 10 coroas. Poderá ter sido
aí formado um “topo”, estando o par já a corrigir em
baixa. Confirmando a quebra das 9.60 coroas, o par as-
sume uma toada de maior neutralidade.
Weekly EURSEK=
9,4
8,75
8,255
9,05
9,7
9,6
10,08
9,1
9,2
9,3
9,4
9,5
9,6
9,7
9,8
9,9
10
10,1
a s o n d j f m a m j j a s o n d j f m a m j j a s o n d j f
Q3 14 Q4 14 Q1 15 Q2 15 Q3 15 Q4 15 Q1 16 Q2 16 Q3 16 Q4 16
IMF 20 anos: uma História nos mercados financeiros
26| janeiro de 2017 IMF – INFORMAÇÃO DE MERCADOS FINANCEIROS
Euro/Zloty - (Eur/Pln) Variação 2016
+3.4%
Expetativa 6 meses
= O zloty recuperou algum terreno em julho, num contexto
mais favorável à generalidade das moedas emergentes.
O sentimento voltou a inverter-se recentemente, após as
eleições nos EUA. Nas últimas semanas, o Eur/Pln avan-
çou novamente para níveis próximos de máximos desde
2011, com o desempenho da economia polaca abaixo do
esperado a penalizar também a sua moeda.
O Eur/Pln mantém válida a tendência de alta no médio
prazo, mas voltou a ser rejeitado na importante resistên-
cia dos 4.55 zlotys – uma eventual quebra abriria espaço
até 4.60 (níveis de 2011). Nesse sentido, mantém-se a
toada de consolidação de curto prazo entre 4.25 e 4.55.
Weekly EURPLN=
4,4
3,97
4,1
4,2
4,25
4,55
3,95
4
4,05
4,1
4,15
4,2
4,25
4,3
4,35
4,4
4,45
4,5
4,55
m j j a s o n d j f m a m j j a s o n d j f m a m j j a s o n d j f
Q2 14 Q3 14 Q4 14 Q1 15 Q2 15 Q3 15 Q4 15 Q1 16 Q2 16 Q3 16 Q4 16
Euro/Dólar Canadiano - (Eur/Cad) Variação 2016
-5.8%
Expetativa 6 meses
A recuperação do petróleo continua a beneficiar o dólar
canadiano face ao euro - em dezembro registaram-se
mínimos desde julho de 2015 no Eur/Cad. A economia
canadiana deu sinais de recuperação mas o Banco do
Canadá mantém reservas quanto à sua sustentabilidade,
o que provocou o recente recuou do CAD.
O Eur/Cad quebrou a zona de suporte dos
C$1.40/C$1.42, que atua agora como resistência. En-
quanto abaixo desse nível mantém-se uma toada de
baixa num prazo mais curto, com a próxima referência a
situar-se nos C$1.35. No médio/longo prazo, prevalece a
tendência de lateralização.
Crude Oil ($) Variação 2016
+46.4%
Expetativa 6 meses
= O petróleo passou grande parte do último semestre con-
finado entre os $42 e os $52, muito influenciado pela
indecisão da OPEP quanto a cortes de produção, e pres-
sionado pela evidência de que se mantém uma situação
de excedentes globais. A quebra dos $52 abre espaço
para um avanço de $10 para máximos de 2015. O falhan-
ço sugere um novo recuo para perto dos $45.
Se 2016 foi o ano da recuperação face à queda acentua-
da de 2014 e 2015, parece-nos que 2017 tenderá a ser
um ano de consolidação e de volatilidade dentro de um
espaço de $15 a $20.
Weekly CLc1
114,5
62
84
4239
26
52
Bbl
30
40
50
60
70
80
90
100
110
Q2 Q3 Q4 Q1 Q2 Q3 Q4 Q1 Q2 Q3 Q4 Q1 Q2 Q3 Q4 Q1 Q2 Q3 Q4 Q1 Q2
2012 2013 2014 2015 2016
IMF 20 anos: uma História nos mercados financeiros
IMF – INFORMAÇÃO DE MERCADOS FINANCEIROS janeiro de 2017| 27
Ouro ($) Variação 2016
+7.4%
Expetativa 6 meses
Desde os máximos de julho o mercado de ouro caiu mais
de 14%, quebrando pelo caminho suportes relevantes a
$1300 e $1200. A recente ação sugere uma descida aos
valores de dezembro de 2015 com grande suporte nos
$1045.
O movimento do primeiro semestre deste ano pode ser
encarado como uma correção a três anos de perdas con-
secutivas. Para já em termos técnicos tudo vai apontan-
do para baixo, podendo em 2017 voltar a ouvir-se falar
num teste aos $1000.
Weekly XAU=
1 200
1 435
1 800
1 045
1 300
1 375
Ozs
1 050
1 100
1 150
1 200
1 250
1 300
1 350
1 400
1 450
1 500
1 550
1 600
1 650
Q2 Q3 Q4 Q1 Q2 Q3 Q4 Q1 Q2 Q3 Q4 Q1 Q2 Q3 Q4 Q1
2013 2014 2015 2016
PSI 20 Variação 2016
-12.5%
Expetativa 6 meses
= Nos últimos meses, o PSI 20 apresentou um underper-
form face aos congéneres europeus. O índice foi particu-
larmente pressionado pelo setor financeiro, face à incer-
teza em torno da banca portuguesa. A penalizar a gene-
ralidade das ações estiveram também os receios quanto
à eventual necessidade de um novo resgate financeiro a
Portugal, sentidos sobretudo em setembro.
A tendência de baixa no PSI 20 ainda é válida, mas o índi-
ce tenta formar uma “base” nos 4300 pontos. Um sinal
de reversão importante depende de uma quebra em alta
da zona de resistência em torno dos 5200 pontos.
Weekly .PSI20
6 350
7 750
4 800
5 200
5 600
4 3004 200
4 400
4 600
4 800
5 000
5 200
5 400
5 600
5 800
6 000
6 200
6 400
n d j f m a m j j a s o n d j f m a m j j a s o n d j f
Q4 14 Q1 15 Q2 15 Q3 15 Q4 15 Q1 16 Q2 16 Q3 16 Q4 16
DAX 30 Variação 2016
+11.5%
Expetativa 6 meses
A generalidade das bolsas europeias, entre as quais o
DAX, anulou as perdas sofridas no primeiro semestre. Os
ganhos foram obtidos particularmente após os eventos
políticos de maior risco. O referendo no Reino Unido
teve um impacto inicial negativo, mas rapidamente se
seguiu uma recuperação, com os mercados a incorpora-
ram a perspetiva de que o “Brexit” não será tão desesta-
bilizador quanto se temia. Do mesmo modo, espera-se
que a rejeição do referendo em Itália não resulte em
eleições antecipadas em 2017.
O DAX negoceia em máximos de um ano e, tecnicamen-
te, deu também um sinal de força ao quebrar os 10800
pontos, testando já os 11430, com 11800 a seguir. A
tendência de alta seria neutralizada abaixo de 10200.
Weekly .GDAXI
7 500
8 500
12 400
9 300
11 430
10 200
11 800
10 800
7 500
8 000
8 500
9 000
9 500
10 000
10 500
11 000
11 500
12 000
12 500
Q2 Q3 Q4 Q1 Q2 Q3 Q4 Q1 Q2 Q3 Q4 Q1 Q2 Q3 Q4 Q1
2013 2014 2015 2016
IMF 20 anos: uma História nos mercados financeiros
28| janeiro de 2017 IMF – INFORMAÇÃO DE MERCADOS FINANCEIROS
Dow Jones Variação 2016
+14.5%
Expetativa 6 meses
= Nas últimas semanas, o Dow Jones avançou quase inin-
terruptamente, ameaçando nesta altura ultrapassar pela
primeira vez na história os 20000 pontos. As eleições nos
EUA foram o evento mais relevante do segundo semes-
tre para os principais índices norte-americanos, que valo-
rizaram significativamente após a vitória de Donald
Trump. O mercado focou-se na perspetiva de uma políti-
ca fiscal mais expansionista (nomeadamente através de
um aumento da despesa em infraestruturas), bem como
de desregulação do setor financeiro.
O Dow Jones dá continuidade ao bull market que vigora
desde 2009. Em termos de médio e longo prazo, a ten-
dência apenas assumiria um tom mais “neutral” abaixo
dos 18000 pontos. Em todo o caso, a dimensão e veloci-
dade da última subida abrem espaço a uma retração.
Grão de Soja Variação 2016
+16.6%
Expetativa 6 meses
Apesar de uma produção recorde e de expectativas de
mais uma colheita significativa na América do Sul, os
preços da soja encontraram forte suporte nos 940. A
tendência segue ainda assim de baixa, bem marcada pela
linha que vai unindo máximos desde 2012.
A quebra em alta dessa linha sugere um avanço das co-
tações para pelo menos os 1200 de máximo deste ano,
estando a próxima resistência nos 1510 de 2014. A inca-
pacidade de subida deve levar os preços para perto dos
850, por onde negociou durante dois trimestres entre
finais de 2015 e início de 2016.
Algodão Variação 2016
+10.4%
Expetativa 6 meses
= A tendência do algodão é de alta moderada, bem defini-
da pela linha de tendência que vai unindo sucessivos
mínimos desde março. Como principal resistência temos
os máximos deste ano a 78, que se quebrados abrem
espaço para subidas até aos 95. No caso de queda e de
quebra da linha de tendência, surge suporte por volta
dos 62.
O falhanço da passagem dos 78 sugere um período alar-
gado de cotações a variarem dentro de um intervalo de
10 cents/lb semelhante ao que se observou durante
grande parte do ano de 2015.
IMF 20 anos: uma História nos mercados financeiros
IMF – INFORMAÇÃO DE MERCADOS FINANCEIROS janeiro de 2017| 29
Trigo Variação 2016
-13.4%
Expetativa 6 meses
Mais um ano de colheita recorde mundial trouxe os pre-
ços do trigo para mínimos históricos, conseguindo supor-
te nos 360. A tendência continua de baixa, marcada pela
linha que vai unindo máximos e que passa nos 435. Que-
brada esta linha fica aberto espaço para uma recupera-
ção até aos 530 de máximo deste ano.
O elevado interesse especulativo vendedor em trigo tor-
na este mercado suscetível a uma subida acentuada.
Mesmo com uma oferta global que não permite sequer
pensar nos máximos de 2014, a figura sugere que se está
a formar uma base acima dos 360.
Weekly Wc1
945
435
720
530
360
Bsh
350
400
450
500
550
600
650
700
750
800
850
900
Q2 Q3 Q4 Q1 Q2 Q3 Q4 Q1 Q2 Q3 Q4 Q1 Q2 Q3 Q4 Q1 Q2 Q3 Q4 Q1
2012 2013 2014 2015 2016
Açúcar Variação 2016
+22.8%
Expetativa 6 meses
Depois de uma queda de três anos, recuperada no espa-
ço de 1 ano, estamos a assistir a um recuo considerável
das cotações, com o gráfico a apresentar uma figura cla-
ramente baixista. Quebrado o suporte a 18.20 fica espa-
ço aberto para uma queda até aos 16, valor que no final
de 2015 ofereceu forte resistência à subida.
Este é um mercado que tem mostrado muita volatilidade
nos últimos anos, não sendo de esperar uma situação
muito diferente em 2017, com grandes hipóteses de
variações de 10 cents/lb entre máximo e mínimo. (IMF)
Weekly SBc1
14
18,2
10,1
24
21
16
Lbs
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
Q3 Q4 Q1 Q2 Q3 Q4 Q1 Q2 Q3 Q4 Q1 Q2 Q3 Q4 Q1 Q2 Q3 Q4 Q1
2012 2013 2014 2015 2016
Milho Variação 2016
-1.5%
Expetativa 6 meses
O valor psicológico dos 300 voltou a mostrar-se como
forte suporte neste mercado. As cotações vão oscilando
entre os 340-360, sendo que a quebra desta principal
resistência abre espaço para ganhos até aos 435, valor
que depois de constituir o máximo em 2015 voltou a
fazê-lo em 2016.
Numa altura em que os fundamentais são muito negati-
vos para este produto, as cotações mostram dificuldade
em permanecer muito tempo abaixo dos mínimos de
2014 e 2016. Qualquer notícia mais negativa abrirá espa-
ço para uma recuperação considerável.
Weekly Cc1
315
550
520
300
360
435
Price
USc
Bsh
300
320
340
360
380
400
420
440
460
480
f m a m j j a s o n d j f m a m j j a s o n d j f m a m j j a s o n d j f
2014 2015 2016
A IMF
MERCADOS IMF
Cambial Spot, Forward, Opções, Swaps.
Cobertura do Risco de Taxa de Câmbio.
Energia Petróleo, Gás Natural, LPG, Nafta, Álcool, Gasolina, Gasóleos,
CO2, Eletricidade.
Apoio à Auditoria Valorimetria de Derivados e Testes de Eficácia.
Químicos Plásticos (LLDPE e PP), Pasta de Papel (Kraft e NBSK).
Taxas de Juro e Monetário FRA, IRS, Cap, Floor, Papel Comercial.
Metais Cobre, Alumínio, Níquel, Zinco, Aço, Estanho, Chumbo.
Economia Estudos Macroeconómicos
Apoio em mercados financeiros de países emergen-
tes: Brasil, México e restante América Latina, Europa
de Leste (Polónia, Hungria, Roménia), África (Angola,
Gana, Moçambique).
Agrícolas Apoio na Gestão de Compras e Stocks
Algodão, Soja, Óleos Vegetais, Trigo forrageiro e panificável,
Milho, Açúcar, Cevada, Corn Glúten, Farinha de colza, Palmis-
te, Polpa de Citrinos, Farinha de Girassol, Farinha de peixe,
Cacau.
Sobre a IMF
A IMF é uma empresa independente de prestação de serviços de assessoria a empresas, especializada em mercados
e produtos financeiros. Há 20 anos que oferecemos um serviço especializado, dinâmico e personalizado, vocacionado
para ser um auxiliar precioso do gestor ou do diretor financeiro. A equipa de consultores da IMF tem uma larga expe-
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