análise transaccional

Upload: liadownload

Post on 07-Mar-2016

238 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

psicologia

TRANSCRIPT

  • Bibliografia: Michel Josien, Tcnicas de comunicao interpessoal Anlise transaccional Escola de Palo Alto, Traduzido por Maria Joo Dria, Bertrand editora, Lisboa, 2003.

  • A anlise transaccional inveno de Eric Berne (1910 1970), mdico psiquiatra americano, em finais da dcada cinquenta. A anlise transaccional uma teoria. Prope grelhas de interpretao. O que empobrece, pois o homem mais complexo e rico do que os limites das grelhas onde se procura encerr-lo. Contudo, no processo do conhecimento de ns mesmos, precisamos de palavra e conceitos para essa compreenso.

  • A anlise transaccional , pois, um conjunto de ferramentas de trabalho teis para ajudar a realizar a nossa actividade. Tais como:Conceitos simples eficazes para analisar as disfunes nas relaes, o que til quando se quadro formador, quando se d ou se recebe um ensinamento de tcnicas de expresso e de comunicao e quando se quer conceptualizar o que se aprendeu. No se obrigado a viver a anlise transaccional como ansiognio, uma vez que possibilita estabelecer o balano dos nossos recursos e possibilita sermos ganhadores em vez de perdedores.

  • Como que voc aqui na faculdade, assim quando est em casa? As pessoas que lhe conhecem do jogo, lhe reconhecem o mesmo numa cerimnia de famlia?Como voc quando recebe um presente, igual quando lhe pedem para fazer alguns trabalhos manuais?

  • Algumas atitudes so mais usuais do que outras. Isto , pode ter-se uma inclinao por comportamentos de criana desajeitada e culpada que receia a reprimenda ou por comportamentos exploradores, dominadores, abertos. O passado de cada um pode ter criado um hbito sobre as preferncias, o tipo de papel a desempenhar, como: protector, autoritrio, submisso, rebelde, distanciado, etc. Ento Eric Berne procurou responder a pergunta de fundo, apresentando trs estados do eu.

  • Berne aferrou que a personalidade humana est estruturada em torno de trs componentes, por ele definidos conjuntos especficos de componentes observveis, ligados a conjuntos especficos internos de sentimentos, de pensamentos e de opinies (p 8). Esses componentes so designados PAC, isto , Pai, Adulto, Criana. Afirma-se que cada um de ns tem carrega o PAC, adquiridos desde muito cedo e se podem modificar voluntariamente ou no, traumatismo, aprendizagem.

  • Agora, se todos temos o PAC, por que somos diferentes? A diferena reside na frequncia de utilizao de cada um desses estados e a sua intensidade de energia que neles investimos. P o Pai o adquirido, a vida tal como nos ensinaram.A o Adulto o pensamento, a vida tal como a experimento.C a Criana o sentido, a vida tal como se joga do lado das emoes.

  • Simboliza no apenas o pai biolgico, mas igualmente os comportamentos dos que fizeram de pais, que nos marcaram, a sociedade e seus sistemas de valores, personagens.Duas modalidades do funcionamento do Pai nas nossas relaes com os outros: Pai Normativo Pai Protector

  • Pai Normativo A caracterstica principal do Pai normativo em ns de definir as normas de comportamento, o direito, a moral, os princpios, os valores. Leva a dirigir, a sancionar, a permitir ou a interditar. Quando se empregam palavras caractersticas como preciso , deve-se sempre, nunca e um tom de voz reconhecvel: peremptrio, indignado, colrico, autoritrio, cortante, de desprezo, firme. Os gestos mais comuns so o indicador apontando, o sobrolho franzido e o dedo encostado face.

  • O comportamento do pai normativo pode ser: Desvalorizante;Persecutrio;Inibidor de criatividade, num e no outro. As vantagens do Pai normativo: Em caso de desordem, saber restituir o moral ao grupo, fornecendo um objectivo firme e acessvel, propondo um itinerrio, um projecto e apoios tranquilizantes aos perdidos e aos hesitantes.

  • O Pai ProtectorEste ajuda, apoia, mostra-se sensvel e atento ao outro, encoraja, reconforta, tranquiliza. So figuras de pai protector: as pessoas que ensinam, os mdicos, paramdicos tm alguma tendncia a esta vertente. Tm propsitos tranquilizadores: isso no grave, deixa-me ajudar, fao eu no teu lugar. Usam um tom de voz doce, carinhoso, caloroso, cuidadoso com o outro, atravs de atitudes envolventes, compassivos.

  • Imaginemos a me que cada vez, vendo o filho a abotoar-se, diz: deixa que eu faa, porque no saber, se for um comportamento sistemtico, poder impedir a criana de tornar-se autnoma. Pode impedir o filho de explorar o ambiente e no final, ficar filho da mamai! O pai protector pode ser sufocante, fora de generosidade impiedosa. As vantagens deste pai: protege e consola.

  • O pai protector positivo poder dizer: Vou ensinar-te a pescar.

    O pai protector negativo dir:No aprendas a pescar, hei-de trazer-te peixe todos os dias.

  • Constitui a sede do pensamento verbal, do reconhecimento, do conhecimento, preocupado com a recolha e o tratamento das informaes. a dimenso racional e lgica do indivduo, quem analisa e controla, quem gere o funcional e o racional, quem se preocupa com a resoluo dos problemas e com a regulao das trocas.

  • O adulto faz reformulaes, isto , se o compreendo bem ; penso que relativamente, provavelmente. O adulto pergunta, abstrai e sintetiza.Fisicamente pauta por atitudes sem excessiva rigidez e tem frequentes contactos visuais com os seus interlocutores. O chefe de pessoal que, depois da consulta das condies de trabalho, no anuncia: preciso dispensar ou triste separar-se de

  • Mas sim diz: parece necessrio proceder a um emagrecimento dos efectivos, talvez fixa o adulto frio, que funciona como uma mquina e no tem sistema de valores. Ao querer ser perfeitamente adulto, obstina-se com o impossvel, com o que no racional ou adulto. Tem vantagens e desvantagens: organiza, precisa, um agente de mudana da personalidade.

  • o que h de mais velho em ns! Contem o registo das reacesEmoes espontneas e aprendidas das pessoas encontradas na infncia e que constituem modelos primitivos de sobrevivnciaA criana a reserva de energia do indivduo. Distingue-se a criana espontnea; adaptada submissa; adaptada rebelde.

  • a criana livre e natural. Manifesta sem moderao as suas pulses e emoes: alegria, medo, clera, tristeza. reconhecvel nas suas lgrimas, seus risos, alta, grita, etc. No tem inibio.As vantagens da criana espontnea so o entusiasmo, a criatividade, a energia.

  • Se conforma com as expectativas dos outros, ex: figura de autoridadeProcura fazer bem e antecipar os pedidosCulpabiliza-se mesmo quando se justifica. Ex: fiz o meu melhorTmida e com a tendncia a corarRelaes marcadas de respeito e inferioridade. Ex: no sei por onde comear. Vantagens: a flexibilidade favorece a socializao; gil e adaptvel.

  • Tudo melhor do que a indiferena. Se o aborrecer-se, fazer disparates lhe permitir ganhar a ateno dos outros, vai recorrer a esse comportamento para sair do anonimato: amuar, recriminar, etcEx: o opositor sistemtico, que procura as objeces a qualquer proposta, cultiva a sua diferena, arrisca-se a protestar, a marginalizar-se, a ser violento.As vantagens: a arte de detectar o que no vai bem; no influencivel passivamente; estar em via de autonomizao, etc.

  • Tal como foi visto, os estados do eu, compreendem vantagens e inconvenincias. Tudo depende do como so utilizados e das circunstncias com as quais se confrontado. Portanto, no se pode falar de um bom PAC, isto , um perfil bom em absoluto, sim tudo ter a ver com o objectivo e com a funo.

  • Exemplos: candidato a emprego envia um cv manuscrito. Quando perguntado se no sabia que devia ser escrito mquina, reage dizendo: certamente, mas quis mostrar-lhe, logo primeira que sou capaz de assumir riscos e responsabilidades. No teria necessidade de um guarda-chuva durante muito tempo. Foi dando provas de naturalidade, -vontade, firmeza. Era adulto e normativo!

  • Ex: a funo comercial. se no tivesse experincia comercial, o que faria? quando mido, queria ser guarda florestal. Entrevistador fale-me dessa profisso. O candidato foi fazendo uma descrio divertida e entusiasta dos encantos e vantagens, imaginrias e reais que ele esperava da profisso. Foi recrutado por que sabia entusiasmar-se. Manifestou-se a criana espontnea, mesmo protector, normativo, rebelde, etc