angiostrongilÍase - wordpress.com · 2019. 5. 27. · ana lara rampim giusto 1801115 felipe...
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ANGIOSTRONGILÍASE
Ana Lara Rampim Giusto 1801115 Felipe Roselli Venancio 1801114 Gustavo Silva Teixeira 1801118 Marco Aurélio Komatsu 1801112 Mariana Longo Moraes 1801116
CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS
-O primeiro caso registrado de meningite eosinofílica causada pelo A. cantonensis
ocorreu em Taiwan na China no ano de 1944.
-A doença é endêmica no sudoeste Asiático e regiões do Pacífico.
-Existem casos relatados nos Estados Unidos, Jamaica, Nova Zelândia, Haiti, Reino
Unido, Suíça, a maioria destes não são casos autóctones (não nativo). No Brasil, há
apenas um relato de caso.
A. costaricensis
A. cantonensis
-A. costaricensis foi descoberto pela
primeira vez nas artérias mesentéricas
de humanos na Costa Rica em 1967
-É agora encontrado do Texas,
Argentina, Honduras, Venezuela,
México, Brasil, Colômbia, Nicarágua, El
Salvador, Equador, Guatemala, Panamá
e Peru.
-Afeta 12 / 100.000 pessoas, com
aproximadamente 500 novos casos a
cada ano.
AGENTE ETIOLÓGICO
-A. cantonensis: causa a meningite
eosinofílica que é caracterizada pelo aumento
de eosinófilos no líquido cefalorraquidiano
(LCR), uma das causas mais comuns é a
invasão do sistema nervoso central (SNC) pelo
helminto.
-A. costaricensis: causa a
angiostrongilíase abdominal humana
(HAA) que é causada pela ingestão
acidental do nematódeo
Angiostrongylus costaricensis em sua
forma larval.
MORFOLOGIA
Vermes: macho adulto (superior) e fêmea (inferior) A.
cantonensis. Observe a bolsa copulatória na parte
posterior do macho e a característica espiral do
"polo do barbeiro" no sexo feminino.
A. cantonensis: A. costaricensis:
HOSPEDEIROS E VETORES
-Os nematóides adultos residem no sistema arterial mesentérico de roedores silvestres (considerando o A. costaricensis e A. cantonensis) ou
nos pulmões (somente A. cantonensis). Fêmeas do parasita liberam seus ovos que, ao sairem do hospedeiro pelas fezes ou vômito, eclodem
e continuam o ciclo.
-A maturação larval para o terceiro estágio (L3) ocorre em hospedeiros intermediários, principalmente lesmas das famílias Veronicellidae e
Limacidae (considerando o A. costaricensis) e moluscos aquáticos e terrestres (considerando a A. cantonensis) – Sarasinula marginata,
Subulina octona, Achatina fulica e Bradybaena similares.
--Humanos são hospedeiros acidentais!
CICLO DE VIDA
MODO DE TRANSMISSÃO
A infecção humana é acidental e ocorre pela ingestão de larvas de terceiro estágio (L3) de moluscos ou
vegetais contaminados com seu muco. Uma vez ingeridas, as larvas invadem os tecidos intestinais,
atingem a maturidade sexual e liberam óvulos nas artérias mesentéricas ileo-cecais, causando enterite
eosinofílica em humanos (A. costaricensis). Ou, migram para o cérebro (ou raramente para os pulmões),
onde finalmente morrem causando a doença (A. cantonensis).
ASPECTOS CLÍNICOS
-Cefaléia intensa, constipação, mialgia, artralgia, cervicalgia e/ou rigidez de nuca, desorientação, disartria, paresia e/ou
paralisia de membros inferiores e/ou superiores e dor abdominal no início do quadro clínico.
- A rigidez na nuca, comum nas meningites provocadas por vírus ou bactérias, é um sinal nem sempre presente na
meningite provocada pelo A. cantonensis.
-A infecção humana pode levar a graves
lesões intestinais isquêmicas e
inflamatórias, às vezes complicadas por
perfurações ileais que ameaçam a vida.
A. cantonensis A. costaricensis
DIAGNÓSTICO -Normalmente, o diagnóstico ocorre inesperadamente quando uma
laparotomia exploratória ou laparoscopia é necessária com o exame
histológico de tecidos não saudáveis. O diagnóstico definitivo é
estabelecido quando o exame histológico de espécimes ressecados
mostra ovos, larvas ou formas parasitárias adultas em artérias
mesentéricas.
-Na ausência de parasitas, os achados histopatológicos podem auxiliar
no diagnóstico quando apresentam reações granulomatosas com
infiltração maciça de células eosinofílicas e gigantes na parede
intestinal e linfonodos regionais e/ou vasculites eosinofílicas de
artérias, veias e vasos linfáticos.
-Em formas subclínicas que não requerem laparotomia ou cirurgia, o
diagnóstico pode ser estabelecido quando antígenos de verme adulto
IgG são encontrados por análise sorológica baseada em ELISA.
-O diagnóstico laboratorial específico é
baseado na pesquisa das larvas do parasita
no LCR de pacientes (padrão ouro) e na
detecção de anticorpos para Angiostrongylus
cantonensis no soro ou LCR por meio da
técnica de Western Blot 1.
- A eosnifolia é indicativa da presença do
parasita no LCR.
A. cantonensis
A. costaricensis
TRATAMENTO
-Anti-helmínticos e corticoesteróides, além de analgésicos e antipiréticos.
-Destaque do uso de medicamentos que aliviem o quadro clínico para o paciente, dado que não há um protocolo
padronizado.
A. cantonensis A. costaricensis
-Não há consenso sobre o tratamento da HAA. É
principalmente de suporte, com foco em analgesia,
hidratação e nutrição. A cirurgia pode resolver danos
intestinais e perfuração relacionados à isquemia.
PROFILAXIA
Não ingerir moluscos terrestres crus ou mal cozidos e ao
manipular estes moluscos utilizar luvas ou sacos plásticos,
e após o manuseio lavar bem as mãos. Deve-se ter cuidado
especial com as crianças para que não brinquem com estes
animais ou ambientes contaminados por eles.
ASPECTOS RELEVANTES
-A descrição desta série de casos destaca a necessidade de aumentar a conscientização sobre estas doenças fatais na comunidade médica e de facilitar o acesso a ferramentas específicas de
diagnóstico. Estudos ambientais e epidemiológicos são necessários para ampliar nosso conhecimento sobre a carga destas doenças.
-Possuem 3 estágios larvais - L1, L2 e L3 -, mas só L3 é infectante no homem.
-O ser humano não excreta as larvas/ovos desses parasitas nas fezes, logo o ser humano não é transmissor da parasitose.
- Não existem vacinas contra a meningite eosinofílica. Crianças e pessoas que entram em contato com a terra em hortas, canteiros ou jardins são consideradas grupos de risco para a doença. Até o momento, a
única possibilidade de prevenção é evitar o contato com os vetores ou com as secreções que eles eliminam.
ASPECTOS RELEVANTES
DISCUSSÃO DE CASO
Durante as comemorações de ano novo, dois homens ingeriram bebida alcoólica e fizeram uma aposta com o objetivo de “demonstrar bravura”, a qual consistia em ingerir uma metade de uma lesma crua cada um. A lesma ingerida foi encontrada no jardim da residência e pertencia a espécie Sarasinula marginata. Os dois casos iniciaram os sinais e sintomas aproximadamente entre os dias 03 e 05 de janeiro, entretanto referem apresentar prurido intenso na madrugada do dia 01 de janeiro.
Perguntas:
1. Qual a suspeita de diagnóstico?
2. Quais os sinais e sintomas esperados para essa parasitose?
3. Como pode ser feito o diagnóstico?
4. Qual o tratamento para doença em questão?
BIBLIOGRAFIA
http://www.scielo.br/pdf/rsbmt/v21n2/12.pdf
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/doen%C3%A7as-infecciosas/nemat%C3%B3deos-vermes-filiformes/angiostrongil%C3%ADase
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5892178/
http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2014/junho/25/Ano08-n18-meningite-eosinofilica-es-completo.pdf
https://www.cambridge.org/core/services/aop-cambridge-core/content/view/F3DF0CE60C37761D25AB1CAF1E143767/S0031182016000652a.pdf/angiostrongylus_cantonensis_a_review_of_its_distribution_molecular_biology_and_clinical_significance_as_a_human_pathogen.pdf
https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/meningite-eosinofilica/
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/11617
https://web.stanford.edu/group/parasites/ParaSites2009/MarleneKennedy_Angiostrongylus/MarleneKennedy_Angiostrongylus.htm