ano 50 6 de abril de 2011 nº 63 a voz de...

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6 DE ABRIL DE 2011 Nº 63 ANO 50 Página 15 Serviço de análise do seu vinho Para mais informações, contactar MARCO 5187 Jean-Talon E., St-Leonard - Tel.: 514.728.6831 42 VARIEDADES DE MOSTO À SUA ESCOLHA Mosti Mondiale 2000 TINTO • merlot • cabernet Sauvignon Branco • Sauvignon Blanc • chardonnay atenção: Se não tem Selo da moSti mondiale É porQue não É moSti mondiale ESPECIAL MOSTO CLÁSSICO 33 .99$ cada 20 LITROS RECICLE POR FAVOR grelHadoS SoBre carvão 8261 BOUL. ST-LAURENT Prop.: Elvis Soares 514-389-0606 BRAS IRO 4231-B, Boul. St-laurent, montreal, Qc. H2W 1Z4 tel.: 514 284-1813 | Fax: 514 284-6150 - WWW.avoZdeportugal.com A VOZ DE PORTUGAL Le plus ancien journal de langue portugaise au Canada Continuação na página 2 Mont-Royal 1042-A, Mont-Royal Est 514-303-9304 Centre Du Domaine 3235, ave de Granby 514-999-0555 Novo! CitéFido ilimitado Somente por mês Nenhum custo de activação* O nosso Portugal M uitos portugueses experimentam hoje um sentimento de tristeza – as pessoas andam preocupadas e até deprimidas. E não é para menos... Já existe um número elevado de famílias que perderam as suas casas por falta de pagamento das prestações. O nosso querido País está a atravessar um perío- do difícil. Esta crise económica, dizem, é o resultado de vários anos o país andar a gastar aquilo que não tinha e os seus cidadãos a viver acima dos seus meios. Há seis anos que Portugal estava em défice excessivo. É de notar que a dí- vida pública (em percentagem do PIB) em 2002 era de 53,7 e a previsão para 2011 é de 97,3. Mas afinal, perguntam os portugueses, o que é que fez aumen- tar o défice? Segundo a notícia divulga- da no JN tudo se deve às derrapagens de empresas públicas, por exemplo, a REFER, o Metro de Lisboa, o Metro do Porto, a RTP e, sobretudo, o bura- co financeiro deixado pela falência dos bancos BPN e BPP. E como uma “des- graça nunca vem só”, no sector finan- ceiro, os bancos também sofrem corte no ‘rating’. A Standard & Poor’s (S&P) cortou o ‘rating’ dos bancos portugue- ses tornando os juros mais caros. Para quem se habituou a viver nos dois lados do Atlântico, isto não é fácil, meus amigos! Custa muito ver e sentir a FC Porto campeão nacional Dragões vencem na Luz e arrecadam o 25º título da sua história Usina japonesa despeja milhares de toneladas de água radioativa no oceano A operadora da central nuclear de Fukushima começou nesta segunda-feira a jogar 11.500 tonela- das de água levemente radioativa no oceano para permitir a reparação do sistema de resfriamento dos reatores e evitar uma catástrofe pior do que a de Chernobyl. Enquanto isso, o Japão indicou que o desastre ocorrido no dia 11 de março no nordeste do país e o acidente nucle- ar posterior poderão ter um impacto em sua política ambiental. Mais de três semanas depois da tragé- dia, o registro provisório da polícia é de 12.157 mortes confirmadas e 15.496 desaparecidos, que tiveram seus corpos levados provavelmente pelo mar. A central Fukushima Daiichi (N°1), localizada próximo ao Oceano Pacífi- co, cerca de 250 km ao norte de Tóquio e de seus 35 milhões de habitantes, não resistiu a uma onda gigante de 14 me- tros. O sistema de fornecimento de energia dos seis reatores ficou fora de funcio- namento, causando a paralisação das bombas de resfriamento do combustí- vel nuclear. Quatro reatores começa- ram a aquecer de forma perigosa, pro- vocando explosões e o vazamento de fumaça radioativa. Depois de ter jogado incessantemente milhares de toneladas de água nas ins- talações, trabalhadores, bombeiros e Continuação na página 3

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6 DE ABRIL DE 2011 Nº 63ANO 50

Página 15

Serviço de análise do seu vinho

para mais informações, contactar marco5187 Jean-Talon e., st-leonard - Tel.: 514.728.6831

42 VARIEDADESDE MOSTO

À SUA ESCOLHA

Mosti Mondiale 2000

TINTO• merlot

• cabernet SauvignonBranco

• Sauvignon Blanc• chardonnay

atenção: Se não tem Selo da moSti mondiale É porQue não É moSti mondiale

ESPECIALMOSTO

CLÁSSICO

33.99$cada

20 LITROS

MOSTI MONDIALE 2000 • MARCO • 514-728-6831PUB PAGE 1 • 1E PUBLICATION: 2 FÉVRIER 2011

A VOZ DE PORTUGAL • 4231-B, BOUL. ST-LAURENT, MONTREAL (QC) H2W 1Z4

T. 514.284.1813

Recicle poR fa

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grelHadoS SoBre carvão

8261 BOUL. ST-LAURENTProp.: Elvis Soares 514-389-0606

BRAS IRO

4231-B, Boul. St-laurent, montreal, Qc. H2W 1Z4 tel.: 514 284-1813 | Fax: 514 284-6150 - WWW.avoZdeportugal.com

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ACTION-PAGE INC • BENJAMIN ROY • 514-750-2545 • AVRIL 2011FORMAT : 10,00 PO L X 16 AGATES H • COULEURS : CMYK • LANGUE : PORTUGAISJOURNAL A VOZ DE PORTUGAL • 4231-B, BOUL. SAINT-LAURENT • MONTRÉAL (QC) H2W 1Z4T. 514.284.1813 F. 514.284.6150 • [email protected]

Mont-Royal1042-A, Mont-Royal Est514-303-9304

Centre Du Domaine3235, ave de Granby514-999-0555

Novo!CitéFido ilimitado

Somente

por mêsNenhum custode activação*

O nosso PortugalMuitos portugueses experimentam

hoje um sentimento de tristeza – as pessoas andam preocupadas e até deprimidas. E não é para menos... Já existe um número elevado de famílias que perderam as suas casas por falta de pagamento das prestações. O nosso querido País está a atravessar um perío-do difícil. Esta crise económica, dizem, é o resultado de vários anos o país andar a gastar aquilo que não tinha e os seus cidadãos a viver acima dos seus meios. Há seis anos que Portugal estava em

défice excessivo. É de notar que a dí-vida pública (em percentagem do PIB) em 2002 era de 53,7 e a previsão para 2011 é de 97,3. Mas afinal, perguntam os portugueses, o que é que fez aumen-tar o défice? Segundo a notícia divulga-da no JN tudo se deve às derrapagens de empresas públicas, por exemplo, a REFER, o Metro de Lisboa, o Metro do Porto, a RTP e, sobretudo, o bura-co financeiro deixado pela falência dos bancos BPN e BPP. E como uma “des-graça nunca vem só”, no sector finan-ceiro, os bancos também sofrem corte no ‘rating’. A Standard & Poor’s (S&P) cortou o ‘rating’ dos bancos portugue-ses tornando os juros mais caros.Para quem se habituou a viver nos

dois lados do Atlântico, isto não é fácil, meus amigos! Custa muito ver e sentir a

FC Portocampeão nacional

Dragões vencem na Luz earrecadam o 25º título da sua história

Usina japonesa despeja milhares detoneladas de água radioativa no oceanoA operadora da central nuclear

de Fukushima começou nesta segunda-feira a jogar 11.500 tonela-das de água levemente radioativa no oceano para permitir a reparação do sistema de resfriamento dos reatores e evitar uma catástrofe pior do que a de Chernobyl.Enquanto isso, o Japão indicou que o

desastre ocorrido no dia 11 de março no nordeste do país e o acidente nucle-ar posterior poderão ter um impacto

em sua política ambiental.Mais de três semanas depois da tragé-

dia, o registro provisório da polícia é de 12.157 mortes confirmadas e 15.496 desaparecidos, que tiveram seus corpos levados provavelmente pelo mar.A central Fukushima Daiichi (N°1),

localizada próximo ao Oceano Pacífi-co, cerca de 250 km ao norte de Tóquio e de seus 35 milhões de habitantes, não resistiu a uma onda gigante de 14 me-tros.

O sistema de fornecimento de energia dos seis reatores ficou fora de funcio-namento, causando a paralisação das bombas de resfriamento do combustí-vel nuclear. Quatro reatores começa-ram a aquecer de forma perigosa, pro-vocando explosões e o vazamento de fumaça radioativa.Depois de ter jogado incessantemente

milhares de toneladas de água nas ins-talações, trabalhadores, bombeiros e

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50anos

2 6 DE ABRIL - 2011

A VOZ DE PORTUGAL

a voz de portugal - Hebdomadaire fondé le 25 avril 1961 | 4231-B, Bl. St-Laurent, Québec, Canada H2W 1Z4 - Tél.: (514) 284-1813 | Fax: (514) 284-6150 | [email protected] | www.avozdeportugal.com | Distribution gratuite | Dépôts legaux à la Bibliothèque nationale du Québec et à la Bibliothèque nationale du Canada. Tous droits réservés. Toute reproduction totale ou partielle est strictement interdite sans notre autorisation écrite. Les auteurs d’articles, photos et illustrations prennent la responsabilité de leurs écrits.

Éditrice: Nancy Martins | directeur: António Vallacorba | directrice-adjointe: Sandy Martins | administration et rédaction: Kevin Martins | rédacteur en chef: Eduino Martins | collaborateurs: Antero Branco, Elisa Rodrigues, Diamantino de Sousa, Dinora de Sousa, Helder Dias, J.J. Marques da Silva, João Arruda, José de Sousa, Manuel Carvalho, Mário Carvalho, Miguel Félix, Natércia Rodrigues | correspondants: António A. Archer, Augusto Machado, Joel Neto, Manuel Rodrigues, Maria Helena Martins, Ricardo Araújo Pereira, Hélio Bernardo Lopes | photographes: José Rodrigues, Anthony Nunes | design graphique: Sylvio Martins | distribution: Nelson Couto, Victor Medina | publicité: Kevin Martins, RPM, IMTV Ethnic Comm. Ethnique Média. Portugal: PortMundo Ldª.

CRÓNICAS SEMANAIS

membrooficial

A VOZ DE PORTUGALLe plus ancien journal de langue portugaise au Canada

Joel Neto

Muito Bons Somos Nós

Ricardo Araújo Pereira

Boca do Inferno

Não há sofrimento sem solução… Por esta razão chegou ao nosso País o grandioso astrólogo, curandeiro africano, conhecido mundialmente Mestre Aidara, com 20 anos de ex-periência do seu trabalho. Ajuda a resolver qualquer que seja o seu caso, mesmo à distância com rapidez, efi cácia e ga-rantia: Amor, dinheiro, má sorte, tristezas, angústias, invejas, assombrações, maus-olhados; afastar amantes e inimigos; impotência sexual, mau vício, etc. Seja qual for o problema, eu resolvo com resultados positivos, com honestidade e sigilo absoluto. Não deixe agravar o seu caso, desabafe comigo.

514-374-2395

astRÓloGo – cURanDeiRopRof. mestRe aiDaRa

Faloportuguês

Sensibilidade e bons censos

Embora os dados não tenham sido ainda com-pilados e processados, já é possível tirar uma

conclusão a partir dos Censos 2011: a população portuguesa é maior do que o Instituto Nacional de Estatística pensava.

Ao longo dos primeiros dias de recenseamento, o site do INE foi várias vezes incapaz de suportar a quantidade de cidadãos que pretendiam introduzir os seus dados. Num povo que tradicionalmente deixa tudo para a última hora, esta urgência recenceadora não pode deixar de se estranhar. Creio que o moti-vo da precipitação é evidente: os portugueses que-rem responder ao questionário enquanto ainda têm dinheiro para pagar a internet. O preenchimento dos questionários requer conhecimentos profundos de fi-losofia, o que pode contribuir para que os cidadãos se demorem no site mais do que seria de esperar. O INE pede, e cito, respostas “com rigor”, caso con-trário o cidadão “estará a impedir a nitidez e o rigor do retrato do País e das medidas que, a partir dele, vierem a ser tomadas”. No entanto, na questão sobre o modo como se exerce a profissão, o INE indica: “Se trabalha a recibos verdes mas tem um local de trabalho fixo dentro de uma empresa, subordinação hierárquica efetiva, e um horário de trabalho defini-do deve assinalar a opção ‘trabalhador por conta de outrem’”. Ou seja, neste ponto, o INE pretende rigor na falta de rigor. Há que ser rigoroso na bandalheira.

Quem preenche o inquérito tem o dever de ser ver-dadeiro na aldrabice que vai prestar. Filosoficamente, é uma operação complexa. Se o cidadão se encontra numa situação laboral ilegal, deve assinalar que se encontra numa situação laboral legal. Se não o fizer, “estará a impedir a nitidez e o rigor do retrato do País e das medidas que, a partir dele, vierem a ser toma-das.” Seria triste que, por causa de uma informação verdadeira mas fornecida com pouco rigor, fossem tomadas medidas para resolver um problema que existe mas torna o retrato do País um pouco menos nítido.

A orientação do INE devia mesmo estender-se a ou-tras perguntas. Há mais áreas de atividade cuja res-posta menos rigorosa pode contribuir para desfocar o retrato do País. No capítulo laboral, fazia falta uma indicação a profissionais habitualmente esquecidos: “Se o cidadão furta autorrádios, deve assinalar a opção ‘trabalhador independente na área das tecno-logias’”. Na área da habitação, haveria que orientar algumas respostas: “Se reside debaixo da ponte, deve assinalar a opção ‘morador em open space com vista para o rio’.” Só assim é possível tirar um retrato mais rigoroso e nítido a um País. Embora ninguém saiba que país é esse.

Esta crise tem os dias contados

Cultivo com o dinheiro, nunca o escondi, uma rela-ção complicada. Nasci para ser rico, e isso talvez

explique muito. Por outro lado, tenho feito um esfor-ço. Às vezes, quase compreendo o funcionamento da economia. Entretanto, e para cobrir as pontas soltas, integrei a máxima que um homem deve integrar aos trinta e cinco: “Reduz as necessidades/ se queres pas-sar bem.” Nada de que não vos tenha já falado aqui. A não ser talvez quanto à citação de Jorge Palma, por esta altura bastante uncool. Mas eu ando assim. Qualquer dia mato esta personagem e construo outra, amiguinha dos animais, elogiosa para com a condução das senho-ras, militante da bem-aventurança e opositora feroz de tudo o que faça colesterol. Apetece-me ser mais bon-zinho. De qualquer maneira, ainda não começo hoje. Hoje venho à vossa presença prestar o meu contributo, ainda que modesto, à nossa missão comum de com-bate à crise. De há uns meses a esta parte, quase todas as minhas contas domésticas vêm erradas. É mais ou menos o mesmo que me acontece com o extracto ban-cário, à excepção de que é tudo ao contrário: no banco tenho sempre menos dinheiro do que penso (e o mais provável é que as contas estejam bem feitas), no resto devo sempre mais do que julgo (e a surpresa é se as contas não estiverem erradas). Se gasto dois quilowat-ts de luz, cobram-me três. Se consumo três metros cú-bicos de água, cobram-me quatro. Há umas semanas, telefonei duas vezes para Madrid – cobram-me dois telefonemas para Sidnei. Uns meses antes, aluguei no videoclube quatro filmes malandros, para desenjoar – no fim do mês a factura dizia que eu tinha alugado oito filmes do Al Pacino. Foi precisamente aqui que comecei a desconfiar, porque desde o Padrinho III que desisti de ver filmes do Al Pacino. Acontece que, as-sim que puxei o fio, veio a meada toda atrás. E o que venho agora propor-vos é que, se estiverem em iguais preparos, se juntem a mim: paguem tudo a toda a gente e calem a boquinha. Dá um jeito enorme à economia, que precisa de circulação de dinheiro. E dá-vos um jei-to ainda maior a vós, que precisam de circulação de

sangue. É que, ou um homem paga tudo aquilo que lhe cobram a mais nas suas facturas mensais e depois cala-se bem caladinho, a ver se não lhe cobram mais ainda no mês seguinte, ou tem de integrar na rotina mensal dois dias absolutamente suicidas, o primeiro passado ao telefone e o segundo na Loja do Cidadão. Ao tele-fone, será o suplício do costume. Digitado o número, o computador deixá-lo-á onze minutos e trinta e nove segundos a ouvir Vivaldi. Atendido o telefonema, a mocinha levará quarenta e três segundos só para se apresentar e dar-lhe as boas-vindas. Feita a pergunta, o computador deixá-lo-á novamente sete minutos e vinte e quatro segundos a ouvir Vivaldi. E, respondida enfim a sua pergunta – “Mas como é que os senhores arranjam sempre maneira de me cobrar mais dez ou quinze ou vinte por cento do que devem, caramba?” –, você terá, em todo o caso, de ir à Loja do Cidadão no dia seguinte, ainda por cima com a Primavera a latejar na cabeça. Nesta, já se sabe, é pior ainda. Primeiro, você tira uma senha e vai-se sentar ao lado de um tipo que cheira mal. Depois, o número da sua senha apare-ce no visor precisamente quando, em aflição, você deu um salto à casa de banho, para refrescar-se um boca-dinho da mal-cheirosa companhia. Finalmente, e duas horas depois, terá conseguido falar com o atendimen-to, a nova mocinha terá corrigido o problema com um belíssimo sorriso nos lábios e você terá ficado, enfim, a saber a razão do engano: “Foi emitida uma factura de valor superior.” Note-se que ninguém a emitiu: nem a menina, nem o chefe da menina, nem o patrão da menina que há dois anos lhe anda a ir ao bolso à razão de cinco, dez, quinze euros por mês de pequenos en-ganos. A factura “foi emitida”. Emitiu-se. E, se não foi ela que se emitiu a si própria, então, pronto: foi “o sis-tema”. Mas você quer mesmo mais este full time job? Pois então faça como eu: pague e cale-se, que para o mês que vem talvez não seja pior. FMI para quê? BCE para que diabo? Esta crise tem os dias contados – e vai resolver-se, como de costume, com dinheiro em movimento.

evolução desta crise que parece não ter fim. Este nos-so querido Portugal precisa de políticos mais compe-tentes, como aliás, já os houve no passado. Esta ati-tude irresponsável do deixa andar, do salve-se quem puder, do quem vier a trás que feche a porta, tem que acabar. Quantos povos, na face deste planeta, gos-tariam de ter um país como o nosso; esta beleza na-tural, à beira mar plantado e, sobretudo, um clima moderado – a inveja de muitos – de certeza que não o deixariam cair no descrédito internacional e nem enriqueceriam à custa do erário publico. Hoje é difícil encontrar alguém (decerto que ainda

os haverá, embora raros) que não se envolva na po-lítica ou em negócios com o Estado a não ser pela ganhunça. A “choldra ignóbil” corrompendo tudo, confundindo verdade e mentira e espoliando tudo e todos. As próprias palavras deixaram de merecer confiança. O Partido Socialista é tão socialista quanto o Partido Social- Democrata é social-democrata e ex-pressões como “Estado-social” ou “Justiça social”, na opinião de quem paga impostos, perderam qual-quer significado. Daqui a dois meses os portugueses irão outra vez a votos. E, como a grande maioria,

O nosso Portugaldescontente e desconfiada, que se obstem não conta, os mesmos elegerão de novo os mesmos. Que farão, mais uma vez, o mesmo.Eis algumas opiniões de alguns portugueses sobre a

crise económica: “A culpa não é de quem gasta mas de quem empresta. Quem nos tem vindo a empres-tar os largos milhões pagos a juros exorbitantes é que tem culpa da nossa situação. Quanto mais nos emprestam mais gastamos e não conseguimos pa-rar este círculo vicioso. Outros acreditam que com a eventual vinda da ajuda externa do FMI, a situação no país não irá melhorar durante os próximos anos”.Em trinta e sete anos de democracia muito pouco se

tem feito para diminuir a disparidade entre ricos e po-bres. Falta em Portugal uma classe média mais forte, aquela que paga impostos, porque os pobres não pa-gam porque não têm dinheiro e os ricos, esses, fazem investimentos. Também, ao longo dos anos, o país não aprendeu a enfrentar os piratas dos mercados in-ternacionais, o temporal da ondulação das “agências de rating”. É o capitalismo selvagem...

Augusto MachadoContinuação da página 1

36 DE ABRIL - 2011

A VOZ DE PORTUGAL

NOTÍCIAS

Notíciasem breves

Usina japonesa despeja milhares de toneladas de água radioativa no oceano Continuação da página 1

soldados conseguiram impedir que as barras de combustíveis ficasse supera-quecidas, evitando assim uma catástro-fe nuclear muito mais grave do que a de Chernobyl, em 1986.Mas esta operação provocou enormes

inundações nas salas e nas galerias subterrâneas, que foram invadidas por milhares de toneladas de água radioa-tiva, dificultando o trabalho de repara-ção da rede elétrica e dos circuitos de resfriamento.O porta-voz da proprietária da cen-

tral, Tokyo Electric Power (TEPCO), lembrou que a água contaminada tinha se acumulado nas salas de máquinas, em particular na do reator 2, com um índice de radioatividade superior a 1.000 milisieverts por hora, o que im-pede qualquer atividade humana.“É necessário esvaziar depósitos usa-

dos para o tratamento de dejetos. Mas esses depósitos estão atualmente cheio de 10.000 toneladas de água levemen-te radioativa. É preciso retirá-la”, explicou. O representante da TEPCO afirmou que essa operação, que vai du-rar cinco dias, não terá consequências para a saúde.Parte da água contaminada proceden-

te do reator 2 é jogada no oceano por uma brecha de 20 centímetros desco-berta em uma fossa situada acima do nível do mar. “Não houve mudanças significativas

na quantidade de água que vaza. Não

conseguimos o principal objetivo de conter o vazamento de água”, disse o porta-voz da TEPCO.Enquanto continuava a corrida contra

o relógio para impedir uma catástrofe incontrolável na usina de Fukushima Daiichi, os funcionários japoneses que acompanham as negociações interna-cionais da ONU sobre o clima suge-riram que o Japão poderá revisar para baixo suas metas de redução das emis-sões de carbono. O acidente nuclear obrigará o Japão a

revisar a sua ambiciosa meta de reduzir em 25% as emissões de CO2 antes de 2020, em comparação com o nível de 1990, segundo informações da impren-sa.Essa meta pode ser revisada, declarou

Hideki Minamikawa, vice-ministro ja-ponês do Meio Ambiente, em Bangcoc.No campo econômico, aumentam os

temores de uma crise ainda maior do que se esperava. Uma pesquisa feita nesta segunda-feira sugere que o golpe pode ser massivo.O Banco do Japão indicou que, se-

gundo a pesquisa trimestral Tankan, a previsão da confiança das importantes empresas manufatureiras japonesas para o trimestre de abril a junho cairá a 2 pontos, levando-se em consideração os efeitos do terremoto e do tsunami, contra +3 para as empresas consultadas antes da tragédia.

Operação resíduos limpa operadoresAs autoridades remeteram para o Ministério Pú-

blico oito processos relativos a operadores de gestão de resíduos e foram encerradas instalações a 38 operadores nas mais de 1.000 acções de ins-pecção realizadas desde o arranque da ‘Operação Resíduos’.Segundo dados do Ministério do Ambiente, desde

Dezembro de 2009 – altura em que começou esta mega-fiscalização às empresas de resíduos – cum-priram-se 1.052 acções de inspecção, em 185 não foram detectadas infracções e houve 113 casos cor-rigidos. “Em muitos casos foram instaurados pro-cessos de contra-ordenação e/ou emitidas ordens para regularização da situação de ilegalidade”, acrescenta a tutela.Os dados, apurados até meados de Março, indicam

ainda que três operadores de gestão de resíduos fi-caram com as licenças suspensas e a outros dois a licença foi mesmo revogada.Três operadores viram material seu apreendido no

âmbito da ‘Operação Resíduos’ e nos casos de rein-cidência foram feitas cinco apreensões de veículos pesados de transporte de mercadorias/contentores e duas máquinas retroescavadoras. Os dados oficiais dão ainda conta de uma detenção em Sintra.

Governo nega tudoO secretário de Estado da Presidência do Con-

selho de Ministros garante que apenas uma nomeação foi feita após a demissão do primeiro-ministro, dizendo que todas as 156 nomeações e promoções publicadas após essa data foram assi-nadas antes. “É completamente falso” que tenham sido feitas 156 nomeações depois de 23 de Março, afirma João Tiago Silveira, negando que, apesar de demissionário, o Executivo PS tenha contratado e promovido aqueles 156 funcionários.

8.188 QueixaSOs serviços privados são os mais visados nas 8.188 re-clamações dos utentes de cuidados de saúde que che-garam à Entidade Reguladora da Saúde em 2010. A maioria das queixas era relaciona-da com privados: 4.018 com internamento e 3.554 sem internamento. As restantes distribuíram--se pelo público com internamento (115), pú-blico sem internamento (66), social com internamento (255) e social sem internamento (180). Em 2009, a ERS teve 7.848 queixas.

taxaS não SãoconStitucionaiSA Confederação do Comércio de Portugal (CCP) vai acon-selhar os sócios a exigir às câmaras o fim das taxas de publicidade sobre anúncios nas fachadas de edifícios pri-vados. Segundo a CCP, um parecer de Marcelo Rebelo de Sousa diz que as taxas “são verdadeiros impostos”, sendo a sua criação inconstitucional.

eSpanHa: Zapatero não Se recandidataO primeiro-ministro espa-nhol, José Luis Zapatero, anunciou que não se vai recandidatar nas eleições legislativas de 2012.

diSney aBrenovo reSortA Walt Disney vai abrir um novo parque temático e re-sort em Xangai, na China.

4 6 DE ABRIL - 2011

A VOZ DE PORTUGAL

NOTÍCIAS DOS AÇORES E DA MADEIRA

António Vallacorbacom o apoio da sinopse de efeméridesJoão Rocha

Há 20 anos nas generalidadesOs Açores e as suas gentes

Acertaram: iniciei a carreira profissional a 1 de Abril de 1991, no “Diário Insular”. Também no

dia de petas, sete anos mais tarde, ingressei nos qua-dros da “A União” e por cá ando.

Mesmo longe de ser brilhante a Matemática e tam-bém despassarado com as efemérides, dei conta que laboro no jornalismo há precisamente 20 anos.

Sou do tempo em que só existiam telefones com fios, os computadores não albergavam a Internet, as máquinas fotográficos eram de rolo, o correio seria tudo menos electrónico e as moedas e notas valiam escudos.

Fisicamente aprendi a jogar com a relatividade. Houve cabelo em debandada da cabeça, mas tenho colegas que continuam carecas.

O peso é quase o mesmo e estabilizei a altura nos 1,84 metros. Enfim, não terei ficado menos bonito, até porque tenho a vantagem de ser feio. A minha secretária mantém o habitual estado de sítio e perdi

toda a esperança quanto à estética na caligrafia. Pelo ângulo profissional, recordo, em termos regionais, a mudança do PSD para o PS na governação. Mirando Angra, lembro-me da bela baía destroçada pela ma-rina, a existência de um só hotel, a Praça Velha sem esplanada e discussão, mas com bancos com costas e engraxadores.

No desporto, pouco ou nada mudou. O Porto ga-nhava quase sempre e o Sporting, para mal dos meus pecados, estendeu as derrotas às eleições.

Numa projecção futurista, espero ser surpreendido com duas notícias verdadeiramente bombásticas: a compra da dívida pública portuguesa por uma as-sociação de mendigos e Paulo Futre a expressar-se fluentemente em chinês. Sem querer fulanizar a ques-tão, pagava para lançar o seguinte título: É oficial, sou milionário.

Fixando-me no presente, continuo a gostar muito do que faço e do cheiro a tinta nas folhas do jornal. Brigo e rio com os colegas e exercito, o máximo pos-sível, o prazer de fustigar assessores de imprensa e seres similares.

Agradeço, do fundo do coração, a todos que me aju-daram e aturaram ao longo desta caminhada.Escrevi cerca de 400 crónicas Sou capaz de afirmar

que adquiri um certo know-how na profissão.Vou mesmo arriscar: alcancei o estatuto que qual-

quer jornalista garboso aspira – o do especialista em generalidades.

E, genericamente escrevendo, dou-me por feliz.

Arménia TeixeiraAdvogada

O’Hanlon Sanders Teixeira4460, rua Sherbrooke Oeste

Westmount, QC, H3Z 1E6Tel. 514-985-0965 Fax: 514-985-0005

4999, boul. Saint-Charles, bur. 200-APierrefonds, QC, H9H 3M8

Fax: 514-624-8632

A unidade ‘Caçadores2’embarcou para S. Miguel

O batalhão de voluntários da rainha e o ‘Ca-çadores 2’ embarcaram a 6 de Abril de 1832

para a ilha de São Miguel.

No dia 4 de Abril, aniversário natalício da rainha, o Duque de Bragança mandou reunir, no campo do Relvão, toda a tropa que guarnecia a ilha, passando-a em revista sob o seu comando. Ordenou as salvas do estilo às quais corresponderam as fortalezas e navio de Guerra fundeados na baía. Em seguida, dirigiu-se Sua Majestade Imperial para a Igreja da Sé onde assistiu a um solene ‘Te-Deum’ precedido duma elo-quente oração, proferida pelo padre Marcos Pinto So-ares Vaz Preto, capelão da sua casa.

Passou em revista no dia seguinte, em ordem de marcha, aos batalhões de voluntários da rainha e ao nº 2 de Caçadores que manobraram sob as suas or-dens. No dia 6, pelas 9 horas da manhã, formavam estes batalhões no largo campo do Relvão onde afluiu grande número de povo, seguindo depois em marcha para o cais de embarque, acompanhados pelo Duque de Bragança que a tudo assistiu, soltando vivas à rai-nha D. Maria II e à Carta Constitucional, a que a tro-pa e o povo correspondiam entusiasticamente.

E lá partiram para a Ilha de São Miguel. D. Pedro embarcava pelas 3 horas da madrugada no dia se-guinte no vapor ‘Superb’, com o Conde de Vila Flor e seus ajudantes de campo, para a Ilha do Faial, onde mandara organizar um arsenal de marinha. Ali che-gou pela uma hora da tarde, sendo-lhe prestadas as honras reais. As forças desembarcadas em São Mi-guel aguardavam ali a chegada de D. Pedro para a sua partida para o Mindelo, onde se haviam de bater.

56 DE ABRIL - 2011

A VOZ DE PORTUGAL

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Quebeque promove os alimentos locaisUma nova campanha foi lançada pelo ministério da

Agricultura a fim de pôr em valor os alimentos produzidos no Quebeque. O ministro Pierre Corbeil defende-se bem de querer forçar o consumidor nas suas escolhas, mas espera no entanto influenciar mais pessoas a, regularmente, optarem por produtos do Quebeque. Durante as campanhas, o consumidor foi convidado a pôr o Quebeque “no seu prato”. Do pare-cer do ministro, esta chamada não somente foi ouvida, como as pessoas foram sensibilizadas à importância da compra local, para os produtores daqui. Pierre Corbeil considera que durante os três últimos anos, o número de alimentos certificados por Aliments Québec passou de 4000 a mais de 12000. De acordo com ele, fazer o gesto de escolher os seus produtos é uma maneira de reforçar a economia e de ajudar a indústria alimentar. A compra local diminui igualmente a destabilização ambiental, diminuindo a utilização do transporte e por conseguinte, dos gases com efeito de estufa.

Desjardins aumentará o pagamento mínimo com VisaO movimento Desjardins aumentará o pagamento

mínimo mensal sobre as suas cartas de crédi-to, no âmbito de uma série de iniciativas destinadas a promover a educação financeira. A presidente da instituição financeira, Monique Leroux, anunciou que os detentores de cartas emitidas por Desjardins deverão pagar 5% do seu saldo, a partir de Outubro, em vez dos actuais 3%. “Queremos conduzir este sal-do mínimo para um montante de 5% a contar deste Outono e após um período de transição, de maneira a conduzir uma gestão talvez mais responsável do cré-dito”, disse. “Porque é evidente que, se reembolsar apenas 3%, demorará muito tempo antes que chega a reembolsar, por exemplo, 1000 $ de dívidas” acres-centou. Desjardins tornar-se-á assim o emissor de carta Visa cujo pagamento mínimo será mais elevado no Canadá. Este aumento afectará contudo um núme-ro limitado de 4 milhões de detentores de cartas de crédito Desjardins, ou seja menos de 1% deles, que mensalmente pagam apenas o mínimo.

Montreal regista um excesso de 192 milhões para 2010

Ponte Champlain:milhares de cabosde aço galvanizado Milhares de metros de cabos de aço, correm ao

longo das estruturas de betão da ponte Cham-plain, ao longo das vigas, transversalmente, de uma extremidade à outra das cabeças de pilares. Sobre os lados, cabos de aço formam “bestas” que aliviam as vigas de uma parte do peso, dos milhares de camiões que passam cada dia, sobre a ponte mais utilizada no Canadá. Com o objectivo de fazer reparações, a socie-dade federal das Pontes Jacques-Cartier e Champlain (PJCC) fez instalar 56 captores que transmitem por fibra óptica, dados sobre o comportamento de certos componentes da ponte, à passagem de veículos pesa-dos. No caso de superação crítica, o sistema é progra-mado para alertar por telefone celular os responsáveis desta vigilância. Até agora, nenhum alerta foi transmi-tido. A oxidação corrói a ponte Champlain do interior. “Depois de 50 anos, ‘a bruma de sal’ que envolve a ponte no Inverno, infiltrou-se até ao interior das vigas e corroeu os cabos de aço que asseguravam a resis-tência. De acordo com os relatórios produzidos para PJCC pela firma Delcan, tornados público há duas se-manas, as vigas laterais, de cada lado da ponte, e, as vigas sobre as quais se apoiam, sofreram os prejuízos mais importantes, e são tão sérios, que o risco de um desmoronamento total ou parcial de um espaço entre duas vigas não pode ser afastado”.

Um Inverno excepcionalmente com pouca neve, uma decisão abonatória do Supremo Tribunal e

uma redução consistente das despesas, eis a receita utilizada pela administração Tremblay, para terminar o ano 2010, com um confortável excesso de 192 mi-lhões de dólares. Trata-se do maior excesso há mais

de uma década, após um ligeiro défice de 500.000$ o último ano. Este balanço “é em parte circunstancial”, reconheceu Alan de Sousa, o Vice-Presidente do Co-mité executivo da Cidade de Montreal, que apresen-tou o relatório financeiro. A vitória de Montreal no Supremo Tribunal, relativa a um litígio de impostos

fundiários com a Sociedade de Rádio-Canadá e o Por-to de Montreal em Abril passado, rendeu-lhes 54,2 milhões, um contributo imprevisto, mas, não recor-rente. As fracas precipitações de neve no último mês do ano 2010, permitiram poupar 33 milhões. Além disso, o vigor inesperado do mercado imobiliário de Montreal, permitiu à Cidade de encaixar 27 milhões a mais que o previsto, em direitos de mutação. Alan de Sousa, contudo, quis moderar o apetite dos que esperam ver este excesso transformar-se em baixa de impostos fundiários. Dos 192 milhões, é necessário deduzir três montantes que não foram precisados: o défice do orçamento de aglomeração, um montante para equilibrar o orçamento de 2011 e a parte das fre-guesias para os excessos que eles mesmos geraram. “Permanecerão apenas 14 milhões, que vamos pôr na nossa reserva de 45 milhões. Bem, 14 milhões, sobre um orçamento de 4,5 mil milhões, é mínimo. Não se pode reduzir os impostos sobre acontecimen-tos circunstanciais como os dos quais aproveitámos em 2010”.

6 6 DE ABRIL - 2011

A VOZ DE PORTUGAL

ECONOMIA / POLÍTICA

comentário Semanalde economia e mercados

Hélio Bernardo Lopes

colabore com o nosso jornal

Semana de 28 de Março a 1 de AbrilECONOMIA EUROPEIA – TERãO OS

DADOS DA SEMANA PASSADA TRAZIDO CONSIGO A PóLVORA NECESSáRIA PARA

DISPARAR O CANhãO DO BCE?

Na semana que antecedeu a realização de mais uma Reunião de Política Monetária do Banco Central

Europeu (BCE), que decorrerá no próximo dia 7 de Abril, os dados macroeconómicos conhecidos vieram, de um modo geral, exercer uma pressão adicional so-bre a Autoridade Monetária, no sentido de esta poder, já nesta reunião de Abril, concretizar a subida de ta-xas de juro que havia sinalizado na reunião anterior. Primeiro, os indicadores de Actividade continuaram a revelar-se consistentes com uma manutenção da recu-peração económica em curso e, no arranque do ano, a um ritmo elevado. O Indicador de Sentimento Econó-mico encontra-se a sinalizar uma expansão em cadeia do PIB de 0.8%, no 1ºT2010, um valor que poderá, mesmo, concretizar-se, designadamente depois de a economia ter crescido menos do que o esperado, no 4ºT2010 (+0.3%), afectada pelas condições climaté-ricas adversas então sentidas, sendo agora expectável uma certa recuperação. Segundo, os dados sobre o Mercado Laboral continuaram a sustentar a ideia de inversão de ciclo. A Taxa de Desemprego diminuiu 0.1 p.p., em Fevereiro, para 9.9%, depois de se ter mantido nos 10.0% nos três meses anteriores, ao passo que as leituras de Março das Expectativas dos Empresários e dos Consumidores continuaram a sugerir a conti-nuação da melhoria desde mercado. Finalmente, os indicadores de Preços evidenciaram uma intensifica-ção das pressões inflacionistas superior à esperada. A Inflação terá acelerado de 2.4% para 2.6%, sendo de realçar, também, a nova forte aceleração observada pe-las Expectativas de Inflação dos Consumidores (para um máximo desde Junho de 2008, quando a Refi Rate estava nos 4.0%), algo que o BCE tem vindo a referir ser primordial controlar – não apenas as dos consumi-dores, mas as de todos os agentes económicos –, para que a aceleração da Inflação não conduza a efeitos de segunda ordem, esses sim, passíveis de criar pressões inflacionistas a médio prazo, o horizonte relevante para efeitos de Política Monetária. É, assim, expectável que o BCE opte, efectivamente, por efectuar uma subida da Refi Rate, de 1.00% para 1.25%. Mesmo que não o faça já na próxima quinta-feira, o nosso cenário cen-tral, baseado quer nos vários discursos dos decisores da Autoridade, quer nas indicações dadas pelos nossos modelos do tipo Regra de Taylor, é de que seja efectua-da uma subida de taxas no 2ºT2010, prevendo-se mais duas subidas (igualmente de 25 p.b.) até final do ano, levando a que a Refi Rate termine o ano nos 1.75%. No entanto, a verdade é que os referidos dados divulgados na semana passada trouxeram, também, aspectos que poderiam levar a Autoridade a optar por uma maior flexibilização da sua Política Monetária, ou seja, pelo adiar do início das subidas de taxas: i) a recuperação da Actividade continua a revelar-se geograficamen-te divergente; ii) o Mercado Laboral continua, ainda, muito deteriorado (a Taxa de Desemprego encontra-se apenas 0.2 p.p. abaixo do máximo desde Julho de 1998 observado em Outubro) e a recuperar de uma forma igualmente muito desequilibrada; iii) continuam as ser as Commodities as principais responsáveis pela acele-ração dos Preços, mantendo-se a questão da adequabi-lidade do recurso à Política Monetária para combater pressões inflacionistas que decorram de “choques da oferta”. A estes factores junta-se um outro – os poten-ciais impactos sobre a recuperação económica mundial do recente terramoto no Japão –, o qual, estando ainda rodeado de bastante incerteza, poderia, pelo menos, le-gitimar um “esperar para ver” por parte do BCE.

Rui Bernardes Serra e José Miguel Moreir

O direito à imaginaçãoé livre (1)Duas razões fundamentais determinaram a reali-

zação deste meu escrito: as palavras recentes de António Barreto, hoje claramente um homem ligado às ideias neoliberais, e as de Manuel Jacinto Nunes, que em tempos expôs a Salazar, e com toda a since-ridade e naturalidade, que não se identificava com os fundamentos doutrinários da Constituição de 1933 e com a sua aplicação na vida corrente do Estado.Com esta finalidade, terei de aqui historiar um pou-

co o modo como se chegou ao estado em que hoje se encontra o País, e os escolhos que se nos levantam para ao mesmo fornecer uma solução, estimando, na-turalmente a sentimento, uma probabilidade para se conseguir um êxito por via de tal solução.Quando se pretende entender a realidade portugue-

sa, o primeiro dado que tem de ter-se em conta é a localização geográfica de Portugal: um país perifé-rico, sem outros contactos terrestres a não ser com Espanha, o tal país de onde, nos termos de um his-tórico ditado popular digno de registo, nunca é de esperar bom vento nem bom casamento. Com uma área idêntica à da Dinamarca, Portugal tem metade da sua população e não possui o caráter de centrali-dade daquele país, envolto, como está, pela Suécia, Noruega e Alemanha, estando igualmente a poucas horas de vários outros. De resto, foi por essa mes-ma razão que a Dinamarca, num ápice, se viu envolta na II Guerra Mundial, ao contrário de Portugal, que escapou a uma tal saga. Estávamos aqui, longe do centro da Europa.Tenho dito, e já por várias vezes, que Portugal se viu

invadido, ao longo da sua História, por países diver-sos, como se deu com a Espanha e com a França, mas nunca invadiu nenhum desses países nem qualquer outro. E nesses casos, invariavelmente, foi o recurso ao apoio inglês que permitiu a retoma da soberania.Recordo, a este propósito, uma inesquecível con-

versa na Praça do Restauradores com o meu antigo colega de liceu, Victor Jabouille, lamentavelmente já fora da nossa companhia, e que presidia, por essa altura, ao Conselho Diretivo da Faculdade de Letras de Lisboa. A dado passo, apontei-lhe o momumento que ali se encontra no centro, e dizendo-lhe: estás a ver ali, Batalha de Almeida… E logo dele recebi esta resposta rápida: mas a malta perdeu a batalha! Pois, também no prosseguimento desta batalha a inversão acabou por vir a ter lugar, já muito mais próximo de Lisboa, mas com a ajuda inglesa. Uma situação que se repetiu com uma frequência histórica reiterada.Por razões diversas, a verdade é que acabámos por

aventurar-nos no mar, realizando a grande epopeia dos Descobrimentos. Não deixo, como é evidente, de ter por este feito um orgulho enorme, mas tenho dito, e também por vezes diversas, que tal feito nunca po-derá valer só por si, mas também pelas repercussões que o mesmo teve sobre quem o realizou.Neste sentido, tenho dito esta graçola a diversos

amigos ou conhecidos: a Terra é redonda, pelo que as nossas naus, tal como as dos restantes Estados, tive-ram dois desfechos, ou foram ao fundo, ou aportaram a um qualquer lugar. Se, neste último caso, tais luga-res não tivessem ainda recebido a visita de nenhum Estado europeu, bom tal descoberta passou a ser da nossa autoria, mas havia depois que mantê-la na nos-sa posse e promover-lhe o desenvolvimento. E foi

aqui que as coisas se perderam.Ao longo do tempo, e enquanto conservámos esses

territórios, fomos extraindo dos mesmos especiarias diversas, que para aqui eram trazidas, e mesmo ouro e outras riquezas. Mas a verdade é que, dentro do que sei da nossa História, ao chegar aqui, já uma boa parte dessa riqueza se encontrava hipotecada. E, do ponto de vista político, a saga do Mapa Cor-de-Ro-sa mostrou bem, e ainda muito antes, o que Miguel Sousa Tavares nos relata no seu excelente, EQUA-DOR: Portugal não conseguia cumprir os seus com-promissos, livremente estabelecidos com os outros Estados europeus com possessões em partes diversas do Mundo, mormente com a Inglaterra. Aquele bi-nómio comportamental entre o governador, Bernardo Vasconcelos, e o cônsul britânico constitui para mim, indubitavelmente, uma medida do abismo que separa o nosso País da Inglaterra em matéria de vontade na-cional. Uma tal realidade é uma natural consequência cultural da referida localização geográfica periférica do País.Ora, todo o nosso tempo constitucional, certamente

com coisas boas, foi marcado por mil e uma vicis-situdes, hoje já muito bem estudadas e conhecidas. Destas, merece uma referência a não deixar passar todo o tempo da I República, com as esperanças que concitou e com o modo como acabou por soçobrar, tendo lá pelo meio toda a convulsão social que se conhece, incluindo os diversos homicídios políticos e sem mais nem menos, mas também a nossa própria participação no primeiro grande conflito mundial, e apenas com a finalidade e garantir a continuação do Ultramar Português sob nossa soberania. Ao final, como se sabe bem, mau grado no situarmos do lado vencedor, nada recebemos do espólio dos vencidos.Seguiu-se o tempo da II República, que conseguiu

pôr ordem a níveis diversos, que também realizou coisas bastante boas, mas que não nos retirou do his-tórico lugar que vinha de trás: a cauda da Europa. Aponta-se-lhe hoje a falta de liberdade plena, a proi-bição dos partidos e toda a parafernália necessária para conseguir um tal desiderato. Mas a verdade é que os portugueses, que não são, naturalmente, con-tra as liberdades, direitos e garantias dos nossos dias, já hoje apontam os partidos e os políticos com os responsáveis primeiros do estado atual das coisas, o que, tendo algum fundamento de razão, não é a prin-cipal causa do referido estado.Até que surgiu o Movimento das Forças Armadas,

dando corpo à Revolução de 25 de Abril. Bom, lá regressou uma vastíssima gama de direitos, liberda-des e garantias – como dizia Álvaro Cunhal, as mais amplas liberdades –, bem como os partidos políticos. Simplesmente, a coisa nunca funcionou comple-tamente bem, que foi a razão de Portugal, por duas vezes, ter de recorrer ao Fundo Monetário Interna-cional.É verdade que, naquela parte estritamente formal

da nossa vida política, mormente no respeitante às eleições, tudo funcionou bem, mas também o é que as expectativas dos portugueses no funcionamento da democracia se foram lentamente degradando. De res-to, a adesão dos portugueses à democracia nunca foi coisa muito forte e omnipresente. Quem tenha já vi-vido, no mínimo, o mesmo que eu – mais de seis dé-cadas –, terá percebido muito bem uma tal realidade.E não deixa de ser interessante constatar hoje que,

logo desde o início do funcionamento desta nossa III República, se foi vendo o falhanço, em momen-tos fundamentais, do nosso Sistema de Justiça. Dois casos ilustram muito bem esta realidade: o atentado de Camarate e o caso das FP 25. Dois casos a que se podem juntar o caso de Macau, visto na sua glo-balidade, os diversos casos que foram surgindo em domínios da Saúde, o caso do Bolama, o do tal fundo militar ultramarino, por aí fora.

76 DE ABRIL - 2011

A VOZ DE PORTUGAL

COMUNIDADE

No dia 26 de Março de 2011 o liberal Membro do Parlamento para a área da Davenport,

Mário Silva lançou sua campanha para a sua ree-leição nas 41º Eleições Federais do Canadá.

“O Nosso escritório está aberto agora, os nossos voluntários já estão a trabalhar e eu estou ansioso para compartilhar mais uma vez com o povo da área

Mário Silva abre CampanhaDavenport a visão da nossa comunidade e do nos-so país, uma visão de compaixão, responsabilidade fiscal e carinho”, disse Mário Silva. O escritório da Campanha Mário Silva está localizado na 1411 Du-

fferin Street ao norte de Dupont Avenue. “Estou or-gulhoso de meu registo de serviço ao povo da área da Davenport e do meu trabalho em seu nome como seu

representante em Otava”, afirmou Silva. Mário Silva foi eleito pela primeira vez como Membro do Parla-mento pela área da Davenport em 2004 e foi reeleito em 2006 e 2008. Anteriormente, ele trabalhou com a comunidade como seu Conselheiro Municipal na cidade de Toronto e tem um longo historial de envol-vimento comunitário e serviços à comunidade.

“Vou continuar a lutar por aqueles que são mais vulneráveis, pelos residentes mais idosos que lutam para sobreviver e pelas famílias e os jovens que são o futuro da nossa comunidade e do nosso país”, con-tinuou Mário Silva. Mário Silva deixou claro que ele vai continuar a lutar contra os cortes de impostos para grandes empresas do governo conservador e também contra o seu plano de desperdício em gastar $30 bi-liões de dólares americanos em aviões de caça. Ele mantém que esses biliões de dólares são mais bem gastos nas necessidades dos canadianos mais idosos, famílias e jovens. “Em vez de gastar biliões de dóla-res em aviões de caça ou de acolher uma cimeira do G-20 por um fim-de-semana que custou um bilião de dólares, três vezes mais do que este governo pretende gastar com os idosos, precisamos de uma liderança real que coloca os trabalhadores, famílias e idosos canadianos primeiro”, disse Silva.

O escritório de campanha Mario Silva está aberto e todos os voluntários são encorajados a contactar o escritório e envolverem-se numa das eleições mais importantes e históricas do Canadá.

Mario Silva Campaign Office1411 Dufferin Street

416-654-0564www.mariosilva.ca | [email protected]

8 6 DE ABRIL - 2011

A VOZ DE PORTUGAL

COMUNIDADE

António Vallacorba

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Amélia TavaresCourti er immobilier agrééTelemóvel: [email protected]

Pensamento da semana«A maneira de ajudar os outros é provar-lhes que eles são capazes de pensar».

Helder Camara

Conversamos imobiliário porque«O poder real é o conhecimento»

Quando você assina um con-trato de venda da sua casa, é importante que o seu agente lhe faça assinar o documento inti-tulado ‘Déclarations du vendeur sur l’immeuble’. Este documento ainda não é um formulário ob-rigatório, mas permite ao com-prador potencial de tomar conhe-cimento de tudo o que você sabe sobre a sua propriedade, pondo assim o comprador em confi ança sobre o seu prédio. Além de pôr o comprador em confi ança, tam-

bém se protege sobre tudo o que declarou sobre a sua casa.Você poderá também relatar

todos os trabalhos realizados na sua casa desde que é proprietário, e se tem facturas para apoiar os trabalhos efectuados, ainda mel-hor. A prova de facturas põe um comprador em inteira confi ança.Se você não compreende as

implicações deste documento, no momento da assinatura, peça a um dos seus fi lhos que estaja presente.

Alex Câmara: “Voltei”

E de que maneira!

há dias, na exuberante festa do Convívio dos Amigos da Vila de

Rabo de Peixe, tive o prazer de estar e passar o serão com um dos nossos mais representativos talentos locais, o po-pular Alex Câmara, que me ofereceu o

seu mais recente CD, ‘Voltei’, quando o tornava acessível ao público em geral e tendo do respectivo custo contribuí-do cinco dólares, para a nobre causa da luta para vencer o cancro do seio.Convenhamos, não é todos os dias

que se proporciona a qualquer cronis-ta sentar-se à mesma mesa juntamen-te com os seus pais, de um artista tão procurado e admirado, sendo para ale do mais, o artista convidado para actu-ar durante um super-espectáculo e ao mesmo tempo, num ambiente tão ínti-mo e familiar. ‘Puro ritmo, é como se poderá caracterizar ‘Voltei’, particular-mente por via do seu penúltimo trecho, ‘Quando o Amor Vai’, deste último e feliz CD do Alex.Trata-se de uma gravação bilingue,

contendo 10 canções, que abre com ‘This Is My Song’ e encerrando com ‘Pulsar dos Tambores’. Pelo meio, descobrem-se alguns dos seus maiores êxitos, com sugestivos títulos tais como ‘Vem Amigo’, ‘Deixa Ela Sonhar’, ‘A Primeira Rosa’, ‘Garden of Love’ e ‘O Amor Vai Voltar’; ‘Diz Que Me Amas’ ‘Legs And All’, ‘Quando o Amor Vai’ e, finalmente, o já citado ‘Pulsar dos Tambores’.‘Quando O Amor Vai’…Tal como em muitos exemplos e em

palavras como que escritas especifi-camente para o cantor, tem-se aí um grito de protesto de quando não se é mais amado, numa canção plena de ritmo, fulgor e voluptuosidade (sensu-alidade). Diria mesmo que são canções ‘pessoais’, as quais ao escutarem-se individualmente, logo se tornam ‘nos-sas’, como quase escritas exclusiva-mente para nós. E, claro, é algo muito

pessoal e que nos identifica diferente-mente dos demais.Eis, pois, o que ‘Voltei’ vos propor-

ciona.Formidável!Parabéns, com votos de contínuo su-

cesso. Por óbvias razões, a comuni-dade necessita de mais jovens como o Alex, que a distingue sobremaneira localmente e se destaca com tanta dig-nidade e orgulho por outras cidades da diáspora portuguesa. Oxalá que apare-çam outros jovens a imitá-lo.

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10 6 DE ABRIL - 2011

A VOZ DE PORTUGAL

COMUNIDADE

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Vamos falar de poesiaAdelaide Ramos Vilela apresenta no 17 de Abril de 2011, pelas 13h00, no Hotel Holiday Inn-Montreal-Mi-dtown, 420, Sherbrooke, O, Montreal, a sua mais recen-te obra poética, HORIZONTES DE SAUDADE. Reserve: 514-353-2701 ou 514-622-2702

11º campeonato de SuecaA Associação Portuguesa do West Island organisa um grandioso jantar dançante para o 11º campeonato de sueca, no sábado 16 de Abril, pelas 19h00, com o tema do Futebol Português. 514 867-6426.

Baile da PinhaO Clube Oriental Português de Montreal organiza o tradicional baile da Pinha no sábado 9 de Abril pelas 19h30. Ao mesmo tempo informamos que há jantares todas as sextas-feiras

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Como controlar(e lidar) com o ciúmeNão consegue resistir a fazer cenas de cúme por

tudo e por nada? Ou tem um namorado que a ofende constantemente porque não confia em si* há quem defenda que, em doses moderadas, o ciú-me pode ser um estimulante para a relação. Mas a fronteira entre o que é normal e o que é patológico pode ser muito ténue e ultrapassada, dando azo a situações de grande violência.“Sou uma ciumenta crónica. O ciúme tolda-me com-

pletamente o raciocínio”, confessa Rita Alexandra, 27 anos. Esta gestora de contas já deu consigo a imaginar o namorado em múltiplos cenários e a fazer contas de cabeça para saber onde ele esteve em determinado dia. “Um dia destes telefonei-lhe para casa e a mãe disse-me que ele não tinha dormido em casa uma noite da-quela semana. Fiquei maluca de ciúme e telefonei a uma amiga para desabafar. Uma hora depois aparece ele à porta, todo contente. Afinal tinha estado a ver o jogo do Sporting e... o pior é que me lembrei, depois, que a noite em que ele não foi dormir a casa da mãe foi porque a passou comigo.”Sentimos ciúme quando “receamos perder o nosso

parceiro amoroso e a fonte de satisfação que a relação representa para a nossa vida afectiva e emocional. O ciúme traduz, então, o interesse no envolvimento, no compromisso e na manutenção do relacionamento amoroso”, explica Maria de Lurdes Leal, psicóloga e autora da tese ‘Ciúme Sexual - percurso para um delí-rio da infidelidade’.“Se não há razões para ter ciúmes, invento” Mas este sentimento pode atingir o limiar do doentio

e dar origem à ruptura da relação. “O ciumento pato-lógico duvida permanentemente da sinceridade e fi-delidade do parceiro que, por isso, sofre um clima de suspeita constante. Dominado pelo medo terrífico de perder o parceiro para um rival, este ciumento con-trola os passos e restringe a liberdade do alvo de ciú-me. Invade o seu espaço pessoal e a sua interioridade. Fere os seus sentimentos com acusações infundadas e, muitas vezes, insultuosas, e acaba por destruir o vín-culo da relação amorosa”, explica a psicóloga.“Tive um namorado que acabou com tudo, porque

já não aguentava os meus ciúmes. Às vezes sou mes-mo impossível, tão chata. Sou muito ciumenta e ma-nifesto-o sempre com discussão, ora porque ele está a olhar para aqui, ou para ali... Perco o controlo, apesar de depois voltar a mim. Pior: se não há ra-zões para ter ciúmes, invento”, confessa Madalena Correia, 27 anos, técnica de informática. E vai mais longe: “Para mim é impossível imaginar uma relação sem ciúme. Quando deixo de ter ciúmes significa que o amor chegou ao fim.”“Ofendia-me, e chegou a levantar-me a mão” A grande questão, quando se fala de ciúme, é perce-

ber qual o limite, para que este sentimento não se torne insuportável para ambas as partes. “O meu primeiro namorado era extremamente afectuoso. Era, mesmo, um doce de pessoa, sempre atento a tudo para me sa-tisfazer. Mas, a certa altura, comecei a aperceber-me de algumas atitudes estranhas”, comenta Luísa San-tos, 29 anos, professora.“Acompanhava-me para todo o lado e ainda me te-

lefonava todas as noites.” Mas o pior estava para vir. “Ao fim de ano e meio de namoro estávamos entre amigos e, em conversa, um deles atreveu-se a mandar um piropo. Foi uma coisa completamente inocente, mas o Zé passou-se e fez uma cena horrível, chegando a ser agarrado pelos restantes amigos para que não se pegassem. Foi bastante constrangedor. A partir daí foi o descalabro. Ofendia-me, inventando situações que só existiam na cabeça dele, e chegou a levantar-me a mão. Foi a gota de água. Por muito que gostemos de outra pessoa, temos sobretudo de gostar de nós e de preservar o nosso bem-estar.”Para que a fronteira do suportável não seja ultrapas-

sada, é fundamental que as pessoas se dêem conta dos

seus sentimentos e conversem sobre eles. “Se alguém começa por sentir um ciúme normal, mas não o assu-me, optando por ocultá-lo ou dissimulá-lo, vai perma-necer vigilante, tenso, aflito, desconfiado, na procura constante da confirmação das suas suspeitas, o que compromete severamente a confiança e a comunica-ção autêntica entre o casal. Este ciúme provoca so-frimento em quem o sente, no parceiro que o suscita e sabota os fundamentos da relação amorosa, torna-se patológico”, defende Maria de Lurdes Leal. E, em ca-sos extremos o ciúme pode levar ao crime, ou a actos tresloucados, como foi o caso noticiado nas televisões de um jovem de Viseu que queimou a namorada com ácido.O sal da relação... ou talvez não!Muitas pessoas defendem que o ciúme é, de facto, um

tempero da vida amorosa. “Faz-me falta uma pitadi-nha de ciúme, para dar gostinho à relação”, considera Catarina Costa, 27 anos, secretária. A mesma opinião tem Luísa. “Os ciúmes, na medida certa, fazem bem ao ego. Afinal, se ele sente ciúme é porque me acha bastante boa e alvo dos desejos de outras pessoas. Mas o que é demais é moléstia.”Maria de Lurdes Leal clarifica estas ideias. “O ciúme

é um ingrediente intrínseco das relações amorosas. Quando amamos alguém desejamos ardentemente manter-nos como único e exclusivo depositário do seu amor. Isto é, não admitimos repartir o seu amor com ninguém. A intrusão, na parceria amorosa, de um ter-ceiro elemento é vista e sentida como uma forte ame-aça à manutenção e qualidade da relação. Por outras palavras, a intromissão de um rival faz tremer os ali-cerces da nossa segurança afectiva e emocional.”E se os casos de homens ciumentos dão mais nas vis-

tas, pela sua violência, ainda há muito a ideia de que são as mulheres quem mais ‘buzina’ ao ouvido dos seus companheiros, com dúvidas constantes. Porém, o ciúme parece ser mais uma questão de personalidade do que de género, como afirma a psicóloga. “Existe a crença bastante difundida de que as mulheres são mais ciumentas que os homens. Mas as investigações conduzidas acerca desta matéria não o sustentam. O que acontece é que a forma como se manifesta tende a ser diferente em função do sexo do ciumento. Duma forma geral as mulheres tendem a ser mais expansi-vas na expressão dos seus sentimentos em geral, e do ciúme, em concreto. Por sua vez, os homens são ten-dencialmente mais retraídos, usam de maior reserva nas suas manifestações emocionais. Como são menos expansivos, muitas vezes o esforço de contenção a que isso obriga gera uma tensão emocional de tal forma insustentável que quando ‘explodem’ protagonizam condutas extremamente violentas, que infelizmente constituem notícias demasiadas vezes.”Os perigos de fazer pirraçaApesar de todo o desconforto que este sentimento

pode gerar, fazer ciúmes ainda é uma estratégia bas-tante utilizada por ambos os sexos. “Apercebi-me de que o meu namorado tinha ciúmes de um amigo co-mum. Comecei a tomar cada vez mais cafezinhos com esse amigo. Aproveitei-me da situação, porque ele, tal como muitos homens, tem a estúpida mania de me dar como segura”, revela Rita Alexandra.Mas, para Maria de Lurdes Leal, fazer ciúmes é,

acima de tudo, um jogo de poder. “Quando alguém recorre a esta táctica, o que na realidade pretende, mesmo que disso não tenha consciência, é fomentar uma situação de disputa, de rivalidade, para recupe-rar, manter ou alcançar o controlo e o domínio na re-lação amorosa.” E a psicóloga vai ainda mais longe: “Pode até iludir-se acreditando que o seu objectivo é não perder o amor do seu parceiro, mas quem provoca ciúme na pessoa que diz amar não tem amor para ofe-recer, precisa, isso sim, de ser amado e para isso não hesita em recorrer a este tipo de manipulação.”

ingredienteS:Creme Fraîsche light; 1 embalagem de massa quebra-da fresca; 8 palitos de delícias do mar; 1 lata de atum; 1 cenoura ralada; 1/2 cebola pequena; 4 ovos: Queijo Emmental ralado; 1 dl de leite; Sal e pimenta.

preparação:Bater os 4 ovos com 5 colheres de sopa cheias de cre-me fraîshe. Temperar com sal e pimenta e juntar o leite.Forrar a forma untada com azeite com a massa que-brada. Tapar o fundo da forma com o queijo Emmental ralado. Colocar por cima o atum, as delícias cortadas às rodelas, a cebola e a cenoura ralada. Deitar o prepa-rado por cima e polvilhar com queijo emmental ralado.Colocar no forno a cerca de 160ºC, até estar sólido.

116 DE ABRIL - 2011

A VOZ DE PORTUGAL

CULTURA

Pérolas na InternetManuel Carvalho

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William henry Gates III, (Se-attle, 28 de outubro de 1955)

mais conhecido como Bill Gates, é um magnata, filantropo e autor nor-te-americano, que ficou conhecido por fundar junto com Paul Allen a Microsoft, a maior e mais conhecida empresa de software do mundo em termos de valor de mercado.

Gates ocupa atualmente o cargo de presidente não-executivo da Microsoft, além de ser classificado regularmente como a pessoa mais rica do mundo, po-sição ocupada por ele de 1995 a 2007, e em 2009. É um dos pioneiros na re-volução do computador pessoal.(Wikipédia)

Estes conselhos aos jovens estudan-tes, atribuídos a Bill Gates, chegam regularmente, desde há alguns anos, à minha caixa de correio electrónico. Po-dem ser díscutíveis mas é forçoso reco-nhecer que encerram uma boa dose de verdade e de pragmatismo.

1. A vida não é fácil. Acostuma-te a isso.2. O mundo não se preocupa com a

tua auto-estima. O mundo espera que faças alguma coisa útil por ele, antes de te sentires bem contigo próprio.3. Não ganharás $ 6.000 por mês, mal

saias da escola. Não serás vice-presi-dente de uma empresa, com carro e telefone ao teu dispor, sem antes teres conseguido comprar os teus próprios carro e telefone.4. Se achas que o teu professor é exi-

gente e rude, espera até teres um Che-fe. Este, não terá pena de ti!

5. Vender jornais velhos ou trabalhar durante as férias, não te diminui social-mente. Os teus avós, têm outra palavra para isso: chamam-lhe oportunidades...6. Se fracassares, não é por culpa dos

teus pais. Por isso, não lamentes os teus erros, mas sim aprende com eles.7. Antes de nasceres, os teus pais não

eram tão críticos como o são hoje.

Só ficaram assim por terem de pagar as tuas contas, lavar as tuas roupas e ainda por cima, ouvir-te dizer que são “ridículos”. Por isso, antes de “salvares o planeta” para a próxima geração, ao quereres corrigir os erros da geração dos teus pais, tenta é limpar o teu pró-prio quarto!8. A tua escola pode ter eliminado a

distinção entre vencedores e perdedo-res, mas a vida não é assim. Nalgumas escolas, já nem repetes o ano e dão-te todas as oportunidades que forem pre-cisas para acertares. Bom, isto não se parece em nada com a vida real... Nela, se pisares o risco, estás despedido. Rua!!!! Por isso, faz tudo como deve ser logo à primeira.9. A vida não se divide em semestres.

Não terás sempre os verões livres e é pouco provável que os outros empre-gados te ajudem a fazer as tuas tarefas no fim de cada período.10. A televisão não é a vida real. Na

vida real, as pessoas têm que deixar de ir ao bar ou à discoteca, e irem traba-lhar.11. Sê simpático com os CDFs (aque-

les estudantes que os outros julgam que são uns patetas). Há uma grande pro-babilidade de vires a trabalhar para um deles...

12 6 DE ABRIL - 2011

A VOZ DE PORTUGAL

amor: Sentir-se-á muito alegre e bem disposto. Aproveite bem este momento. Preocupe-se em ser bom e justo pois será feliz! Saúde: Esteja mais atento às suas necessida-des fisiológicas. dinheiro: Assuma com responsabilidade os seus compromissos profissionais. Honre a sua palavra.

pensamento positivo: Não desanimo perante as dificuldades nem desisto dos meus sonhos! números da Sorte: 1, 18, 22, 40, 44, 49

amor: Fomente o entendimento com a sua cara-metade. Aposte no diálogo e na compreensão para revigorar a sua relação. Saúde: Consuma alimentos ricos em ferro. dinheiro: Poderá enfrentar uma situação difícil no seu ambiente laboral. Procure estar longe dos conflitos.

pensamento positivo: eu sei que o momento mais importante da mi-nha vida é o “agora”. números da Sorte: 6, 14, 36, 41, 45, 48

amor: Torne os seus sonhos em realidade, declarando o seu amor à pessoa que preenche o seu coração.Saúde: Semana sem grandes problemas ao nível da saú-de. Mantenha o equilíbrio. dinheiro: Avalie bem as suas potencialidades, pois as mudanças de ocupação estão fa-

vorecidas. pensamento positivo: Agradeço a Deus a graça da Vida que se renova a cada dia. números da Sorte: 7, 22, 29, 33, 45, 48

amor: Contribua para a harmonia familiar com uma boa base de compreensão. Saúde: Avalie o seu estado de saúde de uma forma consciente. Procure o seu médico de família. dinheiro: O seu desempenho profissional será recompensado mas não monetariamente. O reco-

nhecimento será feito através de um diálogo incentivador. pensamen-to positivo: Agradecer é sempre a melhor maneira de merecer!números da Sorte: 8, 17, 22, 24, 39, 42

amor: Combine um jantar onde possa reunir todas as pessoas que são importantes para si. Ajudá-lo-á a sentir-se melhor. Não troque o verbo Ser pelo verbo Ter.Saúde: Evite abusar do café, pois pode provocar-lhe fortes dores abdominais. dinheiro: Mostre o que vale e

será bem sucedido. Não tema demonstrar as suas verdadeiras ca-pacidades.pensamento positivo: Tenho o poder de corrigir os meus erros, por-que sei que tudo tem solução. números da Sorte: 3, 7, 11, 18, 22, 25

amor: Entenda os pontos de vista do seu par e procure entender que cada pessoa tem a sua própria personalida-de. Saúde: Viverá momentos de grande agitação mental. Tire uma hora no final do dia para relaxar.dinheiro: Dê mais valor às relações entre os colegas. O

bom ambiente ajuda a aumentar a qualidade do trabalho. pensamen-to positivo: Eu venço as dificuldades com determinação e coragem, eu sei que sou capaz! números da Sorte: 1, 8, 17, 21, 39, 48

amor: Procure passar mais tempo com a sua família. Será benéfico para todos. Saúde: Tendência para algum mau humor e irritabilidade. Faça exercícios de auto-con-trolo. dinheiro: Aprenda a ser um bom gestor das suas poupanças. Aos poucos irá ver a diferença na sua conta.

Logo pela manhã pense nos deveres que tem a cumprir. pensamento positivo: Eu sei que todos os dias são bons dias, por isso esforço-me diariamente para melhorar. números da Sorte: 7, 11, 18, 25, 47, 48

amor: Opte pela tolerância para resolver os seus pro-blemas afectivos. Veja a tolerância como uma virtude. Saúde: Faça uma alimentação mais equilibrada. O seu organismo agradecer-lhe-á. dinheiro: Semana muito fa-vorável sob o ponto de vista profissional. O seu trabalho

será reconhecido. Preocupe-se em ser bom e justo pois será feliz!pensamento positivo: procuro ser tolerante para com todas as pes-soas que me rodeiam. números da Sorte: 4, 6, 7, 18, 19, 33

amor: Evite conflitos com familiares por causa de assun-tos financeiros. Dê um passo de cada vez em prol da har-monia. Saúde: Sentir-se-á cheio de energia e vitalidade. Aproveite para praticar exercício físico.dinheiro: Procure não exigir tanto dos outros, quando

não dá o melhor exemplo aos seus subordinados. pensamento posi-tivo: sei usar a minha inteligência para alcançar os meus objectivos.números da Sorte: 1, 8, 42, 46, 47, 49

amor: Trabalhe mais o seu lado espiritual. Os olhos são a janela da alma, procure que o seu olhar seja brilhan-te. Saúde: Procure fazer uma vida mais saudável. Alie a alimentação equilibrada à prática de exercício físico. dinheiro: Uma promoção poderá recompensar o seu

esforço. A partir de agora aja de forma a corresponder a este voto de confiança. pensamento positivo: Procuro criar harmonia na minha vida todos os dias. números da Sorte: 7, 13, 17, 29, 34, 36

amor: Os laços familiares fortalecer-se-ão e a paixão vai tomar conta de si. Saúde: Ingira bastantes líquidos. Será uma excelente forma de combater o calor. dinheiro: Rentabilize o seu dinheiro e invista em algo que lhe ga-ranta amealhar alguns lucros. Precisa de alguma coisa?

Procure-a! pensamento positivo: O Amor alegra o meu coração.números da Sorte: 5, 25, 36, 44, 47, 49

amor: Um pequeno desentendimento poderá fazer com que ponha em risco uma amizade de longa data. Man-tenha a calma. Você agrada a Deus quando pratica a caridade! Saúde: O seu descontentamento com a sua si-lhueta levá-lo-á a pensar, seriamente, em fazer uma dieta.

dinheiro: A sua força de vontade será determinante para ultrapassar um desafio profissional. Continue empenhado. pensamento positi-vo: Acredito que tenho força para vencer todos os desafios. números da Sorte: 1, 3, 24, 29, 33, 36

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carneiro (21 de março - 19 de abril)

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Coisas do corisco

Como é que vou entrar neste assunto..? Não é fácil, mas é necessário, porque estamos

sendo… e aí é que vai talvez mexer com muita boa gente da nossa comunidade, mas pronto já é tempo de dizer certas verdades, comidos por to-los… Há muitas festas que se fazem na cave de certas Igrejas em que se junta muita boa gente portuguesa que, vou ser sincero, são servidos de uma maneira que não honra a nossa reputação de boa co-zinha. A verdade é para ser dita, fora à parte algumas

festas que são organizadas por restaurantes portugue-ses e certas pessoas que sabem trabalhar nos fogões, há muitos aprendizes de feiticeiros – que digo eu –, cozinheiros e sai uma poção que, sendo feita por aprendizes, tem gosto a tudo, porque é mágica, só não é comestível...

Eu sei do que estou falando porque já lidei um pou-co nestas andanças mas, felizmente, sempre fiz ques-tão de trabalhar com gente séria e que sabe o que faz.

Não quero acusar ninguém em particular e o chapéu serve a quem servir, mas por favor honrem a nossa cozinha porque ela é simples e saborosa e não se es-queçam que nas nossas festas, muita gente não portu-guesa está lá pela nossa cozinha e pela nossa música.

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Com eleições à vistaJosé Carlos de Vasconcelos

Iremos para eleições com os partidos ou a dize-rem a verdade e serem penalizados ou a men-

tirem, pelo menos mascararem a verdade, para ganhar votos.

Vêm aí eleições, quando seriam menos desejáveis. O debate, na Assembleia da República, das várias moções de rejeição do PEC 4, foi um bom exemplo de: a) como todos atribuem as “culpas” aos outros, sem reconhecerem as próprias, que são muitas e de vários lados; b) uma sucessão de monólogos, quando é indispensável um autêntico diálogo; c) uma soma de posições contraditórias ou divergentes, que se juntam só para derrubar um Governo, num momento em que um país se encontra numa situação (quase?) deses-perada; d) a condenação legítima, por parte do maior partido da oposição, da substância de propostas, mas sem apresentar alternativas, embora afirmando-se de acordo com as suas metas.

No caso, até houve peças parlamentares, oratórias, de qualidade, por parte dos líderes parlamentares do PS, Francisco Assis, e do PSD, Miguel Macedo. De-pois de cada um falar, o cidadão comum terá sido levado a concluir que a razão estava do seu lado. E a verdade é que ambos tinham uma parte dela; mas não tinham a outra... Ao não informar o Presidente,

e negociar com o PSD, o conteúdo do PEC 4, José Sócrates desencadeou a situação que o levaria a de-mitir-se. Ao recusar qualquer diálogo ou hipótese de a “sanar”, o PSD mostrou desejá-la ou admiti-la, ape-sar dos riscos e consequências.

Consumada a demissão, o líder do PSD, com uma postura formalmente moderada e responsável, em re-lação à substância das medidas que preconiza já teve de se desdizer, quanto à subida de impostos, e de se contradizer, ao afirmar que a razão do voto contra o novo PEC foi “ele não ir tão longe quanto devia”. O que já suscitou críticas no seu partido. E assim iremos para eleições, com os partidos ou a dizerem a verdade sobre o que, se Governo, terão de fazer, sendo por isso penalizados; ou a mentirem, pelo me-nos mascararem a verdade, para ganhar votos. Face à sua prática anterior, não será difícil adivinhar que via escolherão. Nem adivinhar que a campanha eleitoral aumentará as divisões e a conflitualidade, sendo mais difíceis, depois dela, a convergência e os consensos indispensáveis para vencer a tormenta - aliás, só ven-cível com outra Europa, outro mundo, outro modelo económico e social que não esta selva em que hoje vivemos. Haverá esperança de mudarem a prática e não ser assim?

José de Sousa

Nem tudo está perdido,há um propósito

de Deus para a sua vida,Creia somente.

“Conhecereis a verdade e averdade vos libertará Jo.8,32”

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136 DE ABRIL - 2011

A VOZ DE PORTUGAL

CLASSIFICADOS / NECROLOGIA

5 de abril de 20111 euro = caD 1.375810

Polícia, Fogo, Ambulância 9-1-1Cidade de Montreal 3-1-1Acidentes de trabalho 514.903.3000Aide juridique 514.842.2233Ajuda social 514.872.4922Assurance automobile 514.873.7620Assurance-emploi 514.644.4545Assurance Maladie 514.864.3411Cidadania Canadiana 1-888 242-2100Emigração Canadá 514.496.1010Emigração Quebeque 514.873.2445Normas do trabalho 514.873.7061Protecção da juventude 514.896.3100Revenu Canada 1.800.959.7383Revenu Québec 514.864.6299

URGÊnciase seRviços pÚBlicos

Portuguesa Brossard 450.659.4356Portuguesa de Laval 450.681.7420Portuguesa Santa Cruz 514.844.1011Português do Atlântico 514.387.1551Lusitana de Montreal 514.353.2827

ensino

Igreja Baptista Portuguesa 514.577.5150Missão Santa Cruz 514.844.1011Missão Nª Sª de Fátima 450.687.4035

iGReJas

seRviços consUlaResconsulado geral do Brasil1 Westmount Sq.,# 1700 514-499-0968embaixada de portugal645 Island, Ottawa 1 (613) 729-0883consulado geral de portugal mtl2020 Université, 24º andar 514-499-0359

Ass. dos Pais 514.495.3284Ass. N. Sra. de Fátima 450.681.0612Ass. Port. do Canadá 514.844.2269Ass. Port. do Espírito Santo 514.254.4647Ass. Port. de Lasalle 514.366.6305Ass. Port. de Ste-Thérèse 514.435.0301Ass. Port. do West Island 514.684.0857Casa dos Açores do Qc 514.388.4129Centro de Ajuda à Família 514.982.0804Centro Acção Sócio Com. 514.842.8045Centro do Esp. Santo 514.353.1550Clube Oriental de Mtl 514.342.4373Clube Portugal de Mtl 514.844.1406Com. Angolana de Mtl 514.544.7392Filar. de Laval 514.844.2269Filar. Portuguesa de Mtl. 514.982.0688RF. Campinos do Ribatejo 514.353.3577RF. Verde Minho 514.768.7634Sp. Montreal e Benfica 514.273.4389

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M E M O R A N D U M

Em honra do meu querido paiFez um ano no dia 19 de Março que uma luz se apagou dentro do meu coração e só ficou solidão. Pai, vieste para o Canadá, em 1957, um jovem homem cheio de sonhos. Muito trabalhaste, sempre à tua maneira, nunca te queixaste, até um dia, mais tarde, a tua companhia formaste: Les Couvreurs Augusto Moniz inc.Agora, depois de te ires embora, é que tenho escutado como foste uma legenda, muita gente tocaste, com tuas histórias e bondade.Às vezes, ainda penso que estás a falar comigo. Mas, com todo o silêncio, o meu coração começa a chorar. Ele chora de tristeza e soli-dão. Papá, tu eras o meu pai, o meu amigo e também o meu patrão. Às vezes olho para a porta para ver se te vejo entrar, mas na realida-de, tu partiste para um mundo melhor, para poderes descansar, mas eu tenho a certeza de que um dia te vou encontrar. Papá, foste-te em-bora, mas agora vou lutar muito para continuar o que tu começaste.Adeus, desta tua filha que te adorava, e ainda te adora.

Gostaria de agradecer a todos os que tiveram o privilégio de te co-nhecer em vida, e que estamos aqui na mesma para continuar nos passos do meu pai Augusto Moniz.

Teresa moniz

5º aniversário de saudade18 de novembro de 1956 - 8 de abril de 2006

Fernando andré

M E M O R A N D U M

Nos nossos corações para sempre.

Será celebrada uma missa em sua memória na sexta-feira 8 de Abril, às 18h30, na Igreja de Santa Cruz.

Joaquim Bernardo da Silva1937 - 2011

Faleceu em Montreal, no dia 31 de Março de 2011, com 73 anos de idade, Joaquim Bernardo da Silva, natural de Vidais, Caldas da Rainha, Leiria, Portugal, esposo de Maria Maximiano.Deixa na dor a sua esposa, seus filhos Joaquim, Abílio e Zélia, cunhados (as), sobrinhos (as), as-sim como restantes familiares e amigos.

Os serviços fúnebres estão a cargo de:alfred dallaire | memoria1120, Jean-talon este, montreal514-277-7778 www.memoria.caeduino martins

O velório tem lugar hoje, quarta-feira 6 de Abril, das 14h às 17h e das 19h às 21h, e amanhã, quinta-feira, a partir das 9h30. Seguir-se-á o funeral, com missa de corpo presente, às 11 horas, na Igreja Santa Cruz. Irá a sepultar, em cripta, no Mausoléu St-Martin, em Laval.A família vem por este meio agradecer a todas as pessoas que, de qualquer forma, se lhes associaram neste momento de dor. A todos o nosso obrigado pelo vosso conforto. Bem Hajam.

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14 6 DE ABRIL - 2011

A VOZ DE PORTUGAL

DESPORTO

Alexandre Pereira (MF)

Sporting pelo poço abaixoProcesso eleitoral foi uma vergonha e não deve acabar por aqui

Mas é impossível não achar que ficou algo de muito mal expli-

cado em toda a história.

Quando toda a comunicação social avançou com a informação da vitória iminente de Bruno de Carvalho isso não resultou certamente de um delírio colectivo. Quando os apoiantes da lista C se dirigiram a Alvalade não foi por impulso de inspiração estelar. Mais: quando os próprios adversários reconheceram a derrota, em público e em sobre-tudo em privado, não estariam a integrar de livre vontade um qual-quer número de circo.

Soares Franco bem avisara, logo pela manhã, que a multiplicação de lis-tas e soluções era sinal de divisionis-mo, mais que de vitalidade. É difícil, neste domingo de pós-guerra, imaginar o que espera o Sporting. Anuncia-se que Bruno de Carvalho pode impug-nar o acto eleitoral; provavelmente outras listas movimentar-se-ão e não é de excluir, em tese, a possibilidade de o caso ir parar aos tribunais. Entretan-to o clube pára. Ou pior: prossegue a sua queda teimosa por um poço negro abaixo, sem que se perceba exactamen-te onde está o fundo (não, não é um

trocadilho fácil com fundos de investi-mento). Uma coisa é certa, e já o seria mesmo antes da reviravolta das cinco da manhã: um clube da dimensão que o Sporting quer manter não pode ter um processo eleitoral tão arcaico.

É uma vergonha a primei-ra informação oficial sobre

resultados ser prestada mais de oito horas - isso, oito horas! - depois de terem fechado as urnas. Mais: Bruno de Car-valho foi ao palanque acalmar os seus apoian-tes numa altura em que era tão fiável a informa-ção da vitória de Go-

dinho Lopes como fora, nas longas horas anteriores,

a sua própria.

Não sei se o voto tem de ser electróni-co ou de braço no ar. Sei que no século XXI isto não é admissível. Presumo que o processo eleitoral esteja muito longe de terminado.

E temo que Godinho Lopes reúna muito poucas condições para um man-dato estável e tranquilo depois de todo este nevoeiro. A não ser que a dupla Duque/Freitas opere um milagre e a nova equipa de futebol desate a ganhar jogos, na próxima época, como cão que pisa vinha vindimada.

Figo vê F.C. Porto como um justo campeão

Luís Figo considera que o F.C. Por-to mereceu o título 2010/11, lem-

brando que numa prova de regularidade como o campeonato é complicado ga-nhar quem não tenha feito por isso.“Quando se trata de um campeona-

to, ganha aquele que merece, porque é uma prova de regularidade. E quando

o consegue quando faltam ainda algu-mas jornadas para o “terminus” do campeonato, é sinal de que foi supe-rior em todos os aspectos e só há que felicitar e congratular todos aqueles que o tornaram possível”, afirmou o

ex-jogador numa visita à Escola Bási-ca 2/3 da Bela Vista, em Setúbal, em declarações reproduzidas pela Agência Lusa. Para além do título dos dragões, Figo comentou a saída de Carlos Quei-roz do comando técnico da selecção, criticando duramente os responsáveis da Federação. “O professor é uma pes-soa pela qual eu tenho respeito. Não estou de acordo com todas as decisões tomadas por ele em todo este processo no comando da selecção nacional, mas acho que as pessoas têm de ser direc-tas e honestas quando procuram um se-leccionador novo e, também, quando o querem despedir”, afirmou.O antigo jogador de Sporting, Bar-

celona, Real Madrid e Inter de Milão considera mesmo que não houve con-sideração pelo treinador durante todo o processo. “Quando necessitam de um treinador para dirigir a seleção nacio-nal é o melhor do Mundo e, quando têm que o despedir, despedem-no da pior forma possível”, resumiu.

Andebol: Benfica passa às “meias”O Benfica venceu os sérvios do

Radnicki Kragujevac por 29-21, na Luz, e apurou-se para as “meias”

Vettel ponderaaderir a greveSebastian Vettel, campeão do Mundo

de F1, disse ao jornal alemão Die Welt que pode haver uma greve de pi-lotos para protestar contra as novas re-gras, nomeadamente a introdução em 2011 de uma asa traseira ajustável. “Se a situação se agravar e se tornar peri-gosa, temos o poder de fazer entender a nossa posição”, avisou.

Esqui temnovo campeãoJoão Pedro Lopes é o novo campeão

nacional de esqui alpino, anunciou a Federação de Inverno de Portugal.

156 DE ABRIL - 2011

A VOZ DE PORTUGAL

DESPORTO

1-FC Porto 712-Benfica 553-Sp. Braga 404-Sporting 395-V. Guimarães 346-Nacional 347-P. Ferreira 338-Marítimo 31

9-Rio Ave 3010-U. Leiria 3011-Beira-Mar 2912-Olhanense 2813- Académica 2814-V. Setúbal 2415-Naval 2016-Portimonense 19

1ª LIGA - LIGA zON SAGRES

RESULTADOS PRÓxIMA JORNADA

Resultados jogos amigávelPortugal 2-0 Finlândia 2011-03-29Portugal 1-1 Chile 2011-03-26Apuramento do Euro 2012Portugal VS Noruega 04-06-2011Chipre VS Portugal 02-09-2011Portugal VS Islândia 07-10-2011Dinamarca VS Portugal 11-10-2011

APURAMENTO EURO 2012

Sexta-feira (8 de Abril)Marítimo-Nacional 15:15Sábado (9 de Abril)Sporting-Académica 15:15Domingo (10 de Abril)V. Setúbal-U. Leiria 11:00P. Ferreira-Rio Ave 11:00Beira-Mar-Olhanense 11:00Portimonense-FC Porto 13:15Naval-Benfica 15:15Segunda-feira (11 de Abril)Sp. Braga-V. Guimarães 15:15

1-Oliveirense 392-Feirense 393-Trofense 384-Gil Vicente 365-Arouca 336-Leixões 327-Aves 328-Estoril 32

9-Santa Clara 3110-Moreirense 2911-Belenenses 2712-Freamunde 2713-Penafiel 2614-Fátima 2215-Varzim 2216-Sp. Covilhã 22

1ª Mão 2ª Mão

V. Guimarães - Académica 1-0 0-0FC Porto - Benfica 0-2 19/04

TAÇA DE PORTUGAL

LIGA ORANGINA 2010/2011

RESULTADOSEstoril 2-2 Trofense

Oliveirense 0-1 FeirenseBelenenses 3-0 Freamunde

Varzim 1-1 LeixõesPenafiel 0-0 Aves

Gil Vicente 3-0 Santa ClaraMoreirense 1-1 Sp. Covilhã

Fátima 1-0 Arouca

PRÓxIMA JORNADASanta Clara-Oliveirense

Arouca-PenafielFeirense-Varzim

Freamunde-FátimaSp. Covilhã-Belenenses

Leixões-EstorilGil Vicente-Moreirense

Trofense-Aves

Sexta-feira (1 Abril)U. Leiria 1-3 Marítimo

Sábado (2 Abril)Académica 1-0 Portimonense

Beira-Mar 1-2 Sp. BragaDomingo 3 Abril)

Rio Ave 2-0 V. SetúbalOlhanense 1-3 Naval

V. Guimarães 1-1 SportingBenfica 1-2 FC Porto

Segunda-feira (4 Abril)Nacional 1-0 P. Ferreira

FC Porto campeão nacionalO FC Porto venceu o Benfica na Luz e sagrou-se

campeão nacional da época 2010/11. Foi a se-gunda vez que os dragões comemoraram um título na casa dos encarnados – a primeira foi em 1939/40.No que toca a questões extra jogo refira-se que vol-

taram a registar-se incidentes antes do clássico co-meçar.

A polícia teve mesmo de disparar, nas imediações do estádio, tiros de borracha sobre adeptos encarna-dos, que arremessavam pedras e bolas de golfe sobre adeptos portistas. No seguimento dessa acção houve várias detenções e feridos. No que diz respeito ao que interessa, que é o jogo,

aos 8 minutos o FC Porto pôs-se na frente do marca-dor: Guarín tentou um centro na linha de fundo e a bola entrou entre Roberto e o poste. Ummonumental frango do guardião espanhol. O Benfica chegou ao

empate aos 17m, de penálti. Otamendi derrubou Jara e Saviola converteu o castigo máximo.Foi também de penálti, cometido por Roberto sobre

Falcao, que o FC Porto se recolocou em vantagem, iam decorridos 26m. O autor do golo foi Hulk. Pouco depois da meia hora

de jogo, os encarnados podiam ter empatado, mas Helton defendeu o remate de Saviola já dentro da área.Se na 1.ª parte a

partida foi equili-brada, nos primei-ros 25m da 2.ª o FC Porto foi su-perior ao Benfica, mas por culpa dos da casa.Os dragões dispu-

seram de duas oca-siões para marcar depois de perdas de bola dos encar-nados: primeiro foi Javi García que perdeu para Mouti-nho, este abriu em

Falcao, mas Roberto defendeu; depois Sidnei errou mas o colombiano, na cara de Roberto, atirou ao lado. Aos 70m, Otamendi foi expulso e o Benfica melho-

rou, apesar de Cardozo, que tinha entrado na 2.ª par-te, também ter sido expulso.Só que na grande oportunidade de empatar e adiar

o título do FC Porto, Gaitán, nos descontos, atirou ao poste. Por isso, parabéns ao FC Porto, que até pode termi-

nar a época invicto.

Dragões vencem na Luz e arrecadamo 25º título da sua história - Líderes continuam invictos na Liga

16 6 DE ABRIL - 2011

A VOZ DE PORTUGAL

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