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O ESPAÇO DEFINITIVO DE DIVULGAÇÃO DA LITERATURA ANO XX Fevereiro de 2014 ESCRITORES Avenida Independência, 3075/Alemães – Piracicaba/SP Fone: (19)3422-7191 (Cópias) * (19)3422-1200 (Engenharia) (19)3434-6622 (Impressão) * Fone/Fax: (019)3434-0554 URL: www .copiascia.com.br * E-Mail: [email protected] CATORZE ANOS DE PARCERIA E DE SUCESSO O FIM DOS CONCURSOS DE POESIA? Cadeira 078 - Pedro de Quadros Du Bois, Patronesse: Tereza Salvatti Delghíngaro ACADEMICUS PRAECLARUS 237

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O ESPAÇO DEFINITIVO DE DIVULGAÇÃO DA LITERATURA

ANO XX Fevereiro de 2014

ESCRITORES

Avenida Independência, 3075/Alemães – Piracicaba/SPFone: (19)3422-7191 (Cópias) * (19)3422-1200 (Engenharia)

(19)3434-6622 (Impressão) * Fone/Fax: (019)3434-0554URL: www.copiascia.com.br * E-Mail: [email protected]

CATORZE ANOS DE PARCERIA E DE SUCESSO

O FIM DOS CONCURSOS DE POESIA?

Cadeira 078 - Pedro de Quadros Du Bois, Patronesse: Tereza Salvatti Delghíngaro

ACADEMICUSPRAECLARUS

237

2 3EDITORIALEDITORIALEDITORIALEDITORIALEDITORIAL

Revista Literária mensal do Clube dos Escritores Piracicaba.Diagramação e Arte Final, Admi-nistração e Publicidade: Coopia Digitação e Serviços Editoriais, Rua Jacob Diehl, 77, BairroMorumbi, Cep 13420-410, Piracicaba/SP. Não fornecemos números atrasados. Matérias assi-nadas são de exclusiva responsabilidade de seus autores.CNPJ: 01.061395/0001-03.Correspondência: Rua Jacob Diehl, 77, Bairro Morumbi, CEP 13420-410, Piracicaba/SP, Fonefax:(0xx19) 3426-8568. Editor Responsável: Carlos Moraes Júnior, Mtb20.836. E-mail:[email protected] Site: www.clubedosescritores.com Para Pagamentos: Conta 8013-6, Agência 4252-8, Banco do Brasil.

REVISTA “ESCRITORES”

----------------------

Carlos Moraes Júnior

CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA -------------------CRIANDO JACARÉS

Contada como piada, a história traz lições de vida. O homem viviaestressado. Cansado de correr atrás da máquina. Todos os meses sobravam mais dias no final doseu dinheiro. Só ele parecia compreender o caos que se avizinhava. Era o único a apagar o rastro deluzes acesas deixado por todos de casa. Por mais que esbravejasse, não diminuía um minuto otempo de banho do filho adolescente. As contas de luz, água e telefones não paravam de subir.Cartão de crédito, nem falar. Há meses vinha pensando em cortar os cartões adicionais. O ticketalimentação, a cada mês comprava menos, culpa da inflação disfarçada do governo. Estava à beirade um ataque de nervos como todo o brasileiro de classe média. Começou a perder o sono. Noinício, custava a dormir. Depois, permanecia acordado até as 4 da madrugada. Pensando. Fazendocontas. O jeito era ler. Tentar chamar o sono. A esposa reclamava do abajur aceso até altas horas.E foi aí que...

— Mulher, não consigo dormir. Tem um jacaré embaixo da cama.— Tás tolo, João? Um jacaré! Aqui no centro de Florianópolis?!Onde já ouvisse falar disso?A insônia aumentava. Já não pregava o olho. Valiam-lhe os cochilos à

frente da TV.— Vai dormir, vinagre! Dizia a mulher.— Não posso! O jacaré!A coisa ficou tão séria que a mulher marcou-lhe uma consulta. No

consultório, o médico estava com pressa. A esposa foi logo contando.— Ele não dorme, doutor. Cismou com um jacaré embaixo da cama. Se

dormir, o jacaré lhe come.— Estresse, seu João! Excesso de preocupações. Vou lhe dar um remedinho

pro senhor dormir, contemporizou o médico. Volte em 15 dias!Não adiantou. Estava pior. Nada de dormir.— É o jacaré, doutor! Não posso dormir, senão ele me come.O médico aumentou a dose. Nada. Resolveu apelar.— Olhe, João. Com este não há quem não durma. Dormonid. É tiro e

queda, mas só tome meio comprimido. Se não dormir em meia hora, tome a outra metade.O tempo passou, 15 dias, um mês, dois. O médico recebeu um chamado na

mesma rua. Lembrou de João. Pensou em fazer-lhe uma visita rápida, de cortesia.Atendeu-lhe a esposa. Toda de preto.— Boa tarde! Lembra de mim? Como está seu João?— Morreu, doutor. Na noite daquela última consulta. Ele tomou aquele

comprimidinho inteiro. Duma vez só. Dormiu como um anjo!— E daí?— Daí, doutor, escutei um grito. Eu estava na TV. Corri para o quarto.Foi uma dó. O jacaré comeu ele.Muitas vezes vivemos situações idênticas. Não dividimos problemas e

angústias com nossos parceiros, nossa família. Não dialogamos. Agigantamo-los, criamos jacarése, ao invés de enxotá-los, sucumbimos ou acomodamo-nos nos remedinhos.

Outras vezes, não queremos enxergar o que se passa com nosso próximomais próximo, o marido, a mulher, os filhos, por mais que o problema esteja à nossa frente.Tergiversamos: “São tolices. Logo passam”. E quando temos de tomar uma atitude, talvez sejatarde. Ou, ainda, como médicos, não vemos que o paciente precisa de um ouvido, um colo. Não

valorizamos suas angústias, nem percebemos que ele precisa do apoio de um outroprofissional. Um psicólogo, quem sabe? E empurramos-lhe o remedinho. O jacarémata mais um.

Luis Eduardo CaminhaPraeclarus/Florianópolis/SC

[email protected]

O FIM DOS CONCURSOS DE POESIA?

Entendi o recado. Demorou mas entendi. Os amigosAcadêmicos não participam dos nossos Concursos de Poesia, isso é o mesmo que dizer:“Se não tem número suficiente de participantes, acaba com isso”. Se essa é, como parece,a vontade de todos, os nossos Concursos de Poesia estão com os dias contados, apósdezesseis anos. Nestes últimos anos tivemos vários Concursos, que chegaram no apogeue depois de cumprirem sua trajetória chegaram ao fim.

Então, não vai ser a primeira vez que isso acontece. É umapena, porém, sempre que um de nossos projetos termina por falta de participação, Temos370 poetas no Clube dos Escritores, mas nem um décimo deles participa dos nossosConcursos. Vem alguém e diz: “São sempre os mesmos que ganham os prêmios”. E eudigo: Não são os mesmos, mas aqueles que participam. É como jogar na loteria; você temque jogar para ganhar! Não fosse o meu zelo extremo e a revista também já não conseguiaser publicada. A quase totalidade das poesias e artigos que são publicados, o são, porcausa do trabalho que tenho de copiar as poesias dos caros amigos, que nunca mandaramtrabalhos para a revista, mas reclamam se não sai nada dele! Eu já falei várias vezes aquique não tenho mais paciência e nem idade para ficar copiando poesia de livro para fazer arevista, mas não adianta... Tudo continua como dantes e as poesias não são enviadas.Ninguém percebeu, mas a última revista saiu somente com os trabalhos recebidos e com 24páginas! Mas já vou avisando: quem não mandar seus trabalhos por e-mail não serápublicado na revista, porque não tenho obrigação e não vou mais ficar vinte dias copiandopoesias para que a revista tenha volume para ser publicada.

Gostaria que todos levassem a sério esse aviso, pois ele édefinitivo. vi muitos perderem a capacidade de sonhar e outros, lutando para perseverarno sonho. Afinal, os poetas pertencem a uma espécie que se extingue, na medida em quepossível! Pagar anuidade não garante a publicação de seus trabalhos na revista! Anuidadeé anuidade, publicar na revista é outra coisa, muito diferente.

No mundo inteiro, você tem que enviar seu trabalho paraqualquer jornal, revista ou site para que ele seja publicado. E em qualquer lugar do mundosempre são exigidos parâmetros para o envio dos trabalhos. Quanto aosConcursos de Poesia, todo mundo quer ganhar troféu, diploma, de graça.Cobrando apenas R$ 5,00 por inscrição como vai fazer troféu e diploma? Aanuidade não paga essas coisas, nem despesas de Correio.

4 5CONCURSOS LITERÁRIOSCONCURSOS LITERÁRIOSCONCURSOS LITERÁRIOSCONCURSOS LITERÁRIOSCONCURSOS LITERÁRIOS--------------------------------------

VI I I CONCURSO DE POESIAS DA COSTA DA MATA ATLÂNTICA

XVI CONCURSO NACIONAL DE POESIAS DO CLUBE DOS ESCRITORES

Estão abertas até 30/06/14 as inscrições para o XVI ConcursoNacional de Poesias do Clube dos Escritores Piracicaba,.cada poeta poderá participar comapenas uma poesias,, inédita ou não,, devendo conter, no máximo, 30 linhas, escritas emlíngua portuguesa, tema livre e sem qualquer restrição.

Somente serão aceitos trabalhos datilografados ou digitadosem papel A4, espaço simples, Fonte Times New Roman, corpo 12 em duas vias identificadasapenas por pseudônimo,, devendo conter obrigatoriamente o nome do Concurso, enviadopelo sistema de envelopes para a Rua Jacob Diehl, 77 – Bairro Morumbi, CEP 13420-410, Piracicaba/SP.

O envelope menor deverá conter identificação completa,obrigatoriamente, o nome do concurso , pseudônimo, taxa de R$ 5, 00 (cinco reais), emdinheiro, não se aceitando cheque ou depósito bancário.

Acadêmicos do Clube dos Escritores não pagam taxa e noenvelope menor deve conter o nome do concurso, nome do participante, pseudônimo, nomedo trabalho, telefone e e-mail É vedada a participação de membros do júri de seleção eintegrantes da Diretoria do Clube dos Escritores.

Serão escolhidos 15 trabalhos que receberão Diplomas de Honraao Mérito, e destes, serão escolhidos tres vencedores, o destaque do Júri, e um Prêmio orsConcours, que receberão Diplomas de Premiação. Informações pelo Fone: (019) 3426-8568 ou pelo e-mail do Clube dos Escritores..

Estão abertas até 30/10/14, as inscrições para o VIIIConcurso de Poesias da Costa da Mata Atlântica. Cada poeta pode participar apenasicom uma poesia, inédita ou não, com no máximo 30 linhas, em português, tema livre, semqualquer restrição. Somente serão aceitos trabalhos digitados, de um só lado, em papelA4, espaço simples, fonte Times New Roman 12, em 2 vias, identificados por pseudônimo,contendo no cabeçalho obrigatoriamente o nome do Concurso.

Os trabalhos concorrentes devem ser enviados pelo sistemade envelopes para a Rua Dr. Guedes Coelho, 85/52, CEP 11050-231, Santos/SP.

Todo participante, inclusive sócios do Clube, deverá enviarno envelope menor: nome do concurso, nome, Titulo das Poesias, pseudônimo, telefone,e-mail e a Taxa de inscrição no valor de R$ 5.00 cinco reais, não se aceitando cheque oudepósito bancário. É vedada a participação de Membros do Júri de Seleção no concurso.

Serão escolhidas 5 Menções Honrosas, Tres premiações,mais o Destaque do Júri e mais o Prêmio Hors Concours, que receberão Diplomas dePremiação. Informações pelo Fone: (13) 3235-1608, ou através do endereço de e-mail:[email protected]

CRÔNICACRÔNICACRÔNICACRÔNICACRÔNICA-----------------

Marcelo de Oliveira SouzaConselho/Salvador/BA

[email protected]

LIMBO SOTEROPOLITANO

A cidade de Salvador está mergulhada no caos, todomundo com medo de todo mundo, todos com medo de sair de casa, com medoaté da própria sombra. A violência impera, essa semana todos ficaram estarrecidoscom o assassinato de um capitão da Polícia Militar, ele estava num posto de lava-jato, de dia, quando dois marginais resolveram abordá-lo para levar seu veículo, elereagiu e foi friamente aniquilado.

Aqui na soterópolis ninguém se salva, o roubo de veículosé uma pratica quase corriqueira, carros e motos são levados em plena luz do dia,menores desajustados viraram o terror da população, são um perigo com a arma namão; o tráfico e roubo a transeuntes virou uma frenética agonia diária.Esse menorassassino completou maior idade penal um dia após o crime, quer dizer que elecresceu de um dia para o outro, ele tratou logo de se entregar, antes que a políciausasse a lei de Talião.

A população não tem Talião, ela clama por justiça esegurança, implora pela maior idade penal, até por um plebiscito; onde já se viunuma democracia, não termos poder de opinar nem por uma maior idade penal?

O pior ainda é que nessa chuva de mortes, tráficos elatrocínios, temos que ser políticos ou policiais, porque a polícia não dá conta detanto crime, ou você acha que “eles” vão investigar primeiro nesse nosso “limbo”a morte de um cidadão honesto ou de um colega de farda?

ARISTIDES É PROFESSOR EMÉRITO DA USP

Aconteceu no último dia 27 de fevereiro, mo “Anfiteatro Paula Souza”,da Universidade de São Paulo, a cerimônia de outorga do Titulo de“Professor Emérito da Faculdade de Saúde Publica da USP ao AcadêmicoAristides de Almeida Rocha, de São Paulo/SP, Cadeira Osório de Souza,

GERALDO SANT’ANNA LANÇA NOVO LIVRO

Aconteceu no último dia 14 de fevereiro, no Centro Cultural “BurroVoador”, em São José do Rio Preto/SP Noite de Autógrafos de GeraldoJosé Sant”Anna, Cadeira Juliana Dedini Ometto, da Área de Letras doColegiado Acadêmico do Clube dos Escritores Piracicaba. Ao destacadoos nossos parabéns.

6 7CRÔNICACRÔNICACRÔNICACRÔNICACRÔNICA-----------------POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL-----------------------------------------

Clóvis Rolim da SilveiraConselho/Piracicaba/[email protected]

Adilson Roberto GonçalvesColegiado/Lorena/SP

[email protected]

Elda Nympha Cobra SilveiraColegiado/Piracicaba/SP

[email protected]

EXISTÊNCIA FUGAZ

Rápida e dispersaCom sentimentos ilusóriosA fustigarA realidade da vida

FantasiasSonhos risonhosA impulsionar o viverAnelos às escondidasRenuncias contidasBusca do prazer

Enfim...A realização do ser.

PALCO DE ESPERA

De saltos para a vidadescobre-te iluminadanos palcos distraída:és atriz do tudo ou nada.

Descobre-me ali amantepresente em todas tuas cenase, assim, por um breve instantedisfarças e sorri-me apenas.

Sei que de todo não me aceitase faço papel de coadjuvante:carreira e viagens eleitascomo o todo importante.

Sabes que nas tuas viagens,nas temporadas e nas partidas,fico pensando em bobagens.planejando nossas vidas.

Insisto em minha paixãodeclarando-me com furorlendo texto, papel na mãomostrando que posso ser ator.

Mas o sentimento do amoré fruto de nossas existênciasque dissipará toda a dorexigindo muita paciência.

Mais um espetáculo! Adeus.Vai, mostra-te a teu povo.Sabendo que sou todo teu,fico a esperar-te de novo

ASSIM É A VIDA

muita vezpouca vezmuitas vezespoucas vezesmuita vezpoucas vezesmuito poucopoucas vezesmuitassemprenada

Alceu Brito CorreaPraeclarus/Brasília/[email protected]

O CRISTÓVÃO DE TODOS NÓS

No final dos anos sessenta, entrei no Clube Cristóvão Colombo,por uma porta por onde passavam os convidados, e tão logo entrei, vi que alguma coisatinha mudado em minha vida. Fiquei extasiado! É claro que eu já tinha amigos associados,mas aquele show dos “Incríveis”, foi o que mais me entusiasmou! Manito no sax, Nenê nobaixo, Risonho, Netinho entre outros... Fiquei perplexo com tudo aquilo, tanto, que noinício dos anos setenta fiquei sócio do clube. Já nessa época, eu conheci uma garota queseria minha segunda ou décima namorada, foi mais uma paquera que durou muito poucotempo, porque ela não sabia muito bem o que queria, mas se casou lá pelo ano de setenta edois. Ela ia passar o carnaval em outro clube da cidade, e depois viria para o Cristóvão,somente pra me ver. O nome dela era meio ajaponesado e eu nunca mais esqueci, porqueminha esposa, vez ou outra, fazia uns trocadilhos. Pensei em colocar esse nome na minhafilha, mas colocamos outro. Nem pude fazer a música “Fulana, que eu nunca mais esqueci!”,porque os “Demônios da Garoa” fizeram! Depois fiquei entre o Clube e a primeira turma,que também era associada, quando em setenta e sete namorei outra colombina.

Foi um namoro que durou meses, porque essa sabia o quequeria, e um amigo meu namorava a colega dela. Assim o primo dela ficou meu amigo, efomos formando a turma que viria, nos anos oitenta, a se chamar “Turma do Serginho”,outro colombino. O Clube é famoso por ser familiar, e já que a família é o elemento maisimportante do Centro Cultural e Recreativo Cristóvão Colombo, os seus associados seacostumaram a se comportar dentro dos princípios da ética e da moralidade, e por isso, todocolombino, depois de casado, volta com sua família ao Clube. Outra característica importantedo Cristóvão, segundo seus associados, é a de ser um “clube casamenteiro”.

Acho que a lenda deve ter um fundo de verdade, porque emoitenta e quatro, quando já era funcionário público municipal, conheci outra colombina,que se tornou minha esposa mais tarde, e me deu uma linda filha.

Desde quando me associei ao Clube, procurei freqüentar quasetodos os ótimos bailes, e todas as promoções, até depois de casado... Mas, quando minhafilha nasceu, tivemos que respeitar a idade dela, e ficamos um pouco mais afastados, emborao espaço para minha filha, tenha sido preservado, o que faz com que ela se sintacompletamente realizada, na piscina, no playground, no parque aquático.

Outra característica importante do “Cristóvão Colombo” comoé conhecido em Piracicaba, é que, além de oferecer toda uma gama de modalidades esportivas,é um local onde a juventude se reúne, faz amizades e constrói o seu próprio ambiente, tendoa oportunidade de se dedicar ao esporte, ao lazer e á cultura e por isso, não tem espaço parapensar em drogas. Na verdade, não existe um clube igual ao Centro Cultural e Recreativo

Cristóvão Colombo, nesses aspectos que comentei!

8 9POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL----------------------------------------- -----------------------------------------

Almir Diniz de CarvalhoColegiado/Manaus/AM

Minha fadinha está sempre alerta,Toma conta de meu jardim de flores sutis.Cada flor diz respeito a um sentimento.Há uma flor do amor do cor rósea,E outra rubra do mesmo pendor.Há flores mais etéreas paraSentimentos nobres,De cores ultravioletasOu de cores outrasQue somente os anjos vêmCom olhos ofuscantes.Há aquelas para sentimentosMortais comuns,Como amor, paixão, alegria,Tristeza, decepção, ciúmes...Há outras flores cheias de espinhos,Amargas e secas,São as flores que esperamNum jardim escuro,Que as pétalas coloridas apareçam.Minha fadinha cuida de todasCom igual paciênciaE bom humor. Beija as flores singelas,Cuida com carinho daquelas invisíveis,E irradia uma energia de amor paraaquelasQue medram nos terrenos sombrios,À espera de raios de luz paraFlorirem sorridentes.Amo minhas flores e a fadinha querida,Que um dia pousou na minha vidaE agora nunca mais vou deixar elaSair de meu jardimDe afetos.

Adelgício José de PaulaColegiado/Juiz de Fora/MG

[email protected]

Alais Monteiro PickersgillPraeclarus/Rio Grande/[email protected]

SENTIMENTOS ALGEMADOS

Meus sentimentosestão ilhados e algemadosno furor desta paixãoque alucina e me devora.Trêmula de amorpercebo que precisoda luz do teu olharcomo a flor precisado sol para vivere que necessito do teu corpopara agasalharos meus desejos loucosque gemem de friopelas noites tão geladas.

SÓ DUAS SEMANAS

“Só duas semanas” – ciciou –e havia em sua voz quase sumida,um segredo qualquer, n’alma floridapor nova floração, que me espantou...

Senti que ela fugia... –me falou.de coisas, de bobagens e, fingida,referiu que, durante toda vidame amou muito e sofreu, mas, acabou.

Tinha lá seus motivos, bem sabiamas, por que, finalmente, não se abriarevelando de vez o seu queixume?

Será que não entende? Eu entendoque de amor, muita gente está morrendo,difícil é viver, sem ter ciúme.

A BUSCA

Pega a tua chave.Abre a porta do teu coração.Esquece os teus medose roda, como o girassol.Douradamente

r roda...

Observa o céu, a terra,os lagos, os rios, e o mar...Pulsa nesta rotaçãoe entra, verdadeiramente,no círculo da vida.

Surpreende, como a florque nasce e cresce,bem lentamentee atinge o seu esplendor...Amadurece, como o fruto,aos poucos, deliciosamente...

Olha tudo de frente.Nas mínimas coisasprocura a tua verdade...Como os altivos: pinheiros,estende os teus braçose, inteiramente,com intensidade,vive ...

Angélica Villela Rebelo SantosColegiado/Taubaté/SP

[email protected]

Amália Marie Gerda BornheimDecana/Caxias do Sulk/RS

XALE

Xale de lá pretacobrindo o branco da idade.Madrugada fria.

ALÉM DA MÚSICA

A música preludiaInfinitude,Magnitude,Bela harmonia,Maioridade,Talento e sensibilidade,Carícia, espiritualidade,Mensagem sonoraDe sanidade,Vida da alma,Beleza que acalma.O mundo,Ano a ano,Sem música,

Seria um engano!

Antonio Vilela PereiraColegiado/Jataí/GO

[email protected]

Antonio MoreiraPraeclarus/Rio Claro/SP [email protected]

TERCEIRA PÁGINA

Tu tens três amigose as estações do ano são quatro,

o teu nome é Primavera!

Beija-flor, beijou,uma a uma, as flores, todas elas,

até as sem néctar!

Ela não é flor qualquer,muito especial, é flor-mulher,

é “Vanila” no jardim.

10 11POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL------------------------------------------ POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL------------------------------------------

Augusto Barbosa Coura NetoPraeclarus/Florianópolis/[email protected]

Djanira PioAssinante/São Paulo/[email protected]

Arlette Octaviano RodriguesPraeclarus/Óleo/SP

Arlete Mari RaminaDecana/Curitiba/PR

[email protected]

Antonio Araújo LoiolaPraeclarus/Campo Maior/PI

AMIZADE

Amizade é um sentimento de ternuraDeve ser sincero e puro!As palavras serão sempre verdadeirasPelo afeto dessas pessoas companheiras.

Quando existe a união de pensamentosSempre há os bons momentos;Nessa conjuntura da amizade,Não haverá distinções de idades!

A relação entre pessoasDevem ser verdadeiras, coesas e boas;E para manifestações dessa verdade,Não podem existir inimizades!

A vivência nessa conjunturaÉ o afeto de ternuraQue prevalece entre essas amizadesQuando são sinceras de verdade!

Antonio Augusto Alves AlmozaraConselho/São Pedro/SP

RUA DA SOLIDÃO

Depois que você se foiEu não me dei mais atençãoAté mudei de endereçoPor sua causa eu padeçoE moro na contramão.

Desde que você se foiMinha alma é só solidãoA noite e quando amanheçoJá me dói o coraçãoNeste meu novo endereçoBuscando a salvação.

Desde que você se foiQuem vive não sou eu, nãoApenas vago pelas ruasNas vias de contramãoMorro de saudades suasNa ma da solidão.

NO ENTENDER DO POETA

Felicidade, no entender do poeta,não tem a ver com a beleza do dia,que pode estar chuvoso, cinza,opressivo ou pesadoe o nosso interior transbordar de alegria...Comigo neste instante acontece o oposto.A um canto da casa, angustiada,deixo passar, à minha revelia,a beleza desta manha criada— ao que tudo parece —para trazer harmonia.E eu não respondo a nada...O que me causa esta infelicidade,esta amargura que não sai de mim,num mundo em que a casual felicidadese alterna entre um não e um sim,é sentir que o meu tempo, nesta Terra,vai tomando o caminho do sem-fim...Enquanto isso, a passos de gigante,numa constância mais que torturante,tudo se une com a finalidadede matar em você o antigo amorpor mim!

VIVER

Vivo,mas quiserasentir-me viva.

SINTONIA

Um suavee envolvente retornopor ser amor verdadeiro,No espaço de tréguadominado por fado,Refletindo o brilhono toque meditativode seres em evolução,Unindo uma forçamaior no percursoda existência humana.

CIGARRA

Uma cigarra incauta fretenindo,No verde limbo do manacá em flor,Lembra-me a doce infância onde eu sorrindo,Brincava feliz vendo o sol se pôr.

Em doce lembrança me vejo indo,Colher da planta o cativante olor,Entre as verdes ramas era eu bem-vindo,Feliz cigarra ciciando amor.

Inda persistente qual a cigarraAcariciando as folhas que ainda são:Fímbrias de saudades e de ilusão.

Mas a realidade é a tênue jarra,Com os sonhos colhidos na distância,Dos tempos que marcaram nossa infância.

Benedito Carceles TavaresTitular/Mogi das Cruzes/SP

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AMOR DE UM MORENO

O amor de um morenoÉ um amorQue não termina,É um amorQue não tem fim,È um amorQue falaDe beijos puros,É um amorQue gritaDentro da noiteNoite estreladaNoite de lua,Noite de perfume,Noite de ciúmes,Que não me deixa dormir,Que não me deixa sonhar,Que me faz sofrerPor saberQue a mulherQue tanto amoMe desprezaNão me quer.O amor de um morenoNão morre jamais!

Rio caudalosoespia e espelha velha ponte...Pedaço de nós.

Flora ThoméDecana/Três Lagoas/[email protected]

12 13POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL---------------------------------------------------------- OPINIÃO OPINIÃO OPINIÃO OPINIÃO OPINIÃO

Aracy Duarte FerrariColegiado/Piracicaba/[email protected]

TREM PASSADO, MEMÓRIA PRESENTE

Parece que ainda está bem nítido o som do apito do trem, doatrito estridulante das rodas de ferro nos trilhos, o visual arquitetônico das estações, alocomotiva e os carros. A Maria Fumaça, do século XIX, famosa, histórica e majestosamáquina a vapor, dirigida pelo maquinista e seu ajudante, usava o carvão vindo das minasdo sul do país como combustível para a caldeira e por muitos anos, permaneceu como omelhor meio de transporte.Reporto-me ao trem de passageiros e às incontidas emoçõesvivenciadas no bar da estação e ao longo da plataforma, o lugar mais importante da cidade,que era o ponto de encontro da juventude da época.

Para lá se dirigiam aqueles que iam realmente viajar, osacompanhantes, que lá estavam apenas para se despedirem e um número expressivo demoços e moças, que lá iam somente para flertar. Para mim era um feliz momento. Quantaalegria... as moças bem trajadas, em grupos de três ou quatro, proseando, sorrindo,extravasando sentimentos, olhavam os moços, que permaneciam encostados às paredesdo saguão. Aquele vaivém divertido tinha um ritmo ou uma cadência própria. A fala era tãointensa e vibrante que, misturada aos outros sons, assemelhava-se a uma orquestrasinfônica. Os assuntos eram tão agradáveis, e as conversas, cujos ecos alcançavam grandesdistâncias e respondiam prontamente às indagações juvenis, eram as melhores do universo.Expectativas..Sempre havia um clima de ansiedade no ar, quando o trem apitava ao longe,e depois de um espaço de tempo, vinha se aproximando e chegava... trazendo para osnossos corações batendo em acelerado, novas expectativas, emoções e sentimentos, queacabavam envolvendo os jovens que estavam na estação, e os de dentro do trem.

Ocorriam cenas gestuais, olhares entrecruzados e até bilhetesescritos, às pressas, em papéis improvisados, que faziam as vezes de cartas de amor, fiéistestemunhas do amor à primeira vista e até daquele amor acontecido. Porque o trem ficavana estação apenas de cinco a oito minutos, quase sempre, o tempo em que se desenrolavaesse affaire era mínimo, mas o agüenta-coração era intenso. Antes de voltarem para casa,os jovens faziam uma pausa no bar da estação para relaxar e saciarem a sede com osrefrigerantes mais famosos daquela época: a gengibirra e a lendária cotubaína, cuja fórmula,fora inventada por Thales Castanho de Andrade, grande escritor piracicabano, e precursorda literatura infantil. O refrigerante era tão doce corno seu livro “Saudade” e saborosocomo os sonhos juvenis.Eram assim os encontros na Estação da Paulista: certos, porquetinham data e horário prefixados, e também incertos, porque só as expectativas podiamimaginar o que iria ocorrer e como tudo ia terminar. Eram sempre momentos de beleza egraça, muitas vezes derivados de um único e exclusivo encontro, que nem por isso, deixavamde ser entremeados das lembranças das pessoas, dos intensos sorrisos e de expressõespoeticamente apaixonadas, Novamente a saudade!

Daquele tempo em que eu contemplava a chegada e a partidado trem, participava do encontro dos jovens. Sobrando para o amanhã apenas sonhos queperduram, mesmo depois de passarem por várias gerações, porque as ferrovias, ainda hoje,

cantam as suas poesias, dizem as suas prosas carregadas de encantos...Sonhar... Ah! Sonhar até ver chegar o próximo trem de passageiros.

O QUE DEVERIA SER E NÃO SER

As nuvensnão foram feitaspara esconder o sol,mas escondem.

Os juízesnão foram feitospara cometer injustiças,mas as cometem.

Os homensnão foram feitospara matar,mas matam.

As religiõesnão nascerampara fomentaro ódio, a guerrae a intolerânciaentre os povos,mas fomentam.

Os que levama palavra de Deusnão deveriam enriquecer,mas muitos se enriquecem.

A cor da pelenão foi feitapara discriminar o homem,mas o discrimina.

As juras de amordeveriam ser eternas...

Carlos Eduardo PompeuDecano/Limeira/SP

[email protected]

A BELEZA

Rezo quando contemplo a belezaVejo Deus na belezaDa músicaDa poesiaDa verdade na ciênciaDas boas atitudesDo amorNo sorriso de uma criançaE no canto do sabiá nas árvoresA beleza está além das palavrasQue se transformam em poesiaE em músicaA vida toda não seria uma busca da belezaNo meio do caos sem sentido?Para esse trabalho árduo.

Carmen Lúcia HusseinColegiado/São Paulo/SP

[email protected]

IDENTIFICAÇÃO

Quem sou?Sou o amorEm todas as horasTodos os diasTodas as noitesNo âmagomais profundoverdadeiro,puro melalegoria de enlevonas puras ilusões

Iolanda Martha BeltrameColegiado/Santa Maria/RS

[email protected]

14 15POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL------------------------------------------ ------------------------------------------

A PONTE SOBRE O RIO

Vou me debruçar sobre esta ponteOlhar o rio que corre serpenteandoe suas águas marulhando.

Um barquinho desliza mansamentenas águas, segue o curso das águasque fogem para o mar, infinitamente.

A minha vida vai passando nesse rioos meus sonhos também vão para o marAgora, novas águas, novos sonhos vão chegar.

Dirce Ramos de LimaConselho/Piracicaba/SP

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Carmen Elza Straub de AbreuDecana/Itapetininga/SP

BRINCADEIRA DE CRIANÇA

Criança quando brincando.Nem se lembra de perigo.Só quer correr gritandoCom outra criança amiga.

Quando quer chamar alguém...Esse alguém qualquer amigo.Mas o seu. brinquedo tem.Sempre no bolso consigo.

O brincar, mais importante.Esquece até de comer.Quando brinca é falante.Mas enfático no querer.

O seu dia é muito curto.Nem o frio o espanta,É beleza pro adulto.Inocência da criança.

A maior preocupaçãoQuando sentado calado.Melhor vê-lo em ação.Do que doente deitado.

É assim toda infância.Pureza de sentimento.Quem não gostar de criança.É criatura indolente.

Cenira Almeida NogueiraColegiado/Mauá/SP

AMOR SEM COMPROMISSO

Amor sem compromissotambém é amor, romance, felicidadee até muito mais que isso...

Sei bemque nos teus planosnão existe lugar para mim,e, os meus projetosjá completosnada incluem de ti.

Por que então insistimosem ser tanto um para o outro,e, doidamente,ás vezes nos perguntamoscom tanta sinceridade: amor meu, meu grande amor tu me amas de verdade?

Edielson José GroppoTitular/Iguape/SP

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PACTO COM VESPILÃO

Perfumes floridos revestindo túmulosAmores perdidos desfolhadas cartasCaixinha de música enferrujadaMurmuro de criança esfomeada

“Presenteai-me, ó ser, com algum soldo”.

Felizinnho não tristezinhoAclamado não desidratadoPlanejado não abortadoAmado não insultado

“Traga o rubi da esperança”.

Vi na rua uma senhora bondosaNão queria rir de mim, mas o fez“Imprudente rapaz, bata na curva dois”.Era só o que deveria ter, um sonho cúmpliceApós as horas da viagem deparei-me com vocêContamos a sinuosa partida e firmamos nosso exílioSempre pensaremos no rubi que faz maravilhasEis nosso trato:espectral ser, obrigado.

O MAR

Risco na areia um recadopara o jovem atleta queme olha insistente.

Imóvel, ele permanece comos pés enterrados nummonte de areia.

O vento balança e desalinhaseus cabelos, cobrindo-lhe orosto de fios dourados.

Encabulada mostro-lheo bilhete escrito na areia efujo, sem olhar para trás.

Felícia Terezinha Soares LopesPraeclarus/Caçapava do Sul/RS

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CARDUMES(Para Domingos Pereira Netto)

Cresce em mimum freneside ser um cardumepara desovartuas palavrasno oceanoque me banha(mas os peixesnão quiseramir tão fundosemear osteus incêndiosnos meus passosde poesia)

Maria Gertrudes Horta GrecoConselho/Guaratinguetá/SP

Filemon Félix de MoraesColegiado/Brasília/[email protected]

ALIMENTO EFICAZ

Se precisamos comerpara nos alimentarmos,devemos isto fazersem nada desperdiçarmos...

Pois faz parte do viverpara bem sempre estar,quem não quer bem se mantere qualquer mal afastar?

Mas, além do material,temos o espiritual,que sustenta qualquer ser...

Por isso é preciso paz,alimento eficazpara poder sobreviver!

16 17 OPINIÃO OPINIÃO OPINIÃO OPINIÃO OPINIÃO----------------

João Gilberto PompermayerColegiado/Piracicaba/SP

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A FORÇA POR TRÁS DE TODA ATITUDE

POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL------------------------------------------

A ESPADA E A PAREDE.

Só sei ser espada,E não parede!Um peixe que procura a rede,Em busca de consumação!Meu instinto insiste,Em transpassar...Procurar,Encontrar,Fazer valer-se!Teso e rijo,Me regozinho em penetrar,Vibrar as forças que trago comigo...E um pouco morrer ao matar!Só sei ser espada,Que abre caminhos entre caminhos,Como um pássaro a procura de seu ninho,Andarilhos e estradas...Cumprindo assim, nossos destinos:O penetrar e o conterVai plantando sementes,Definindo a maneira de nosso ser

Edvaldo RosaConselho/São Paulo/SP

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A FILA

É comum a filaQue desfila, aqui e ali,Ela existe em toda parte,Ate sem arte, já a vi...

Dizem ser um malNecessário a tal de fila,Mas há gente que de repentePerde a cabeça ao repeli-la...

Na fila vê-se genteContente a conversar,porem ha nela viventeCabisbaixo a cismar...

Quando então seráQue a fila começouE ate quando duraraE quem a inventou?

Por certo, ela vai continuarAinda por muito tempo,As vezes, com bom humor a sonhar,A gente se distrai num passatempo...

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Eliseu OroColegiado/Descanso/SC

Conscientemente ou inconscientemente, atitudes sãoexpressões da sua própria história existencial. Fonte viva e presente na esperança gloriosade forças de harmonia. Inspiração inesgotável e secular de grandes realizações. Vibraçãoprofunda de amor e de beleza. Entre mentes e corações o ascendente místico desta atualexistência se traduz na paz que, instintivamente, está no limiar de uma breve transformaçãocelestial que o planeta terra experimentará em breve, constituindo a mensagem permanenteda realidade e Verdades da Vida. As criaturas em trânsito pela Terra se expressarão pormapas de abençoadas altitudes espirituais, demonstrarão um guia do caminho pautadoem um manual de amor incondicional pela coragem e alegria.

Nas mais profundas meditações, começarão a revelar porquee para que a Humanidade carrega a luz Divina em missão de um caminho novo a seguir. Éa luz de uma nova era. Desejar, imaginar, concretizar. E no hoje, pelas palavras caridosasque passará a dirigir a todas as formas de vida nascerá a sua comunhão com Deus emrelação ao encontro de seu próprio destino. Toda preparação será útil e generosa nopensar – sentir – agir e preciosa, entretanto, a certeza de que já estamos em Deus. Comhumildade execute as suas tarefas, esclarecendo com energia e verdade, lição e bondadenas adjacências de sua causa. A Obra Divina renascerá nos corações e nas mentes.

Com a mente superior, boa vontade e em pleno conhecimentoestamos clareando o pensamento, senha de seu Divino amor. Na alegria e na esperançaestamos no amor com infinitos recursos na causa de Deus. A fidelidade aos princípios daVida deve ser uma das primeiras virtudes, visto que, toda criação é de Deus, que trabalhaincessantemente pela vitória do seu amor, junto à humanidade. Onde você está? Aqui.Que horas são? Agora. O que é você? Esse momento. A força por trás de toda atituderevela o esclarecimento de toda a verdade, na hora de trabalhar pela vitória da luz, massegue o teu caminho no mundo atento aos teus próprios deveres, pois é preciso reconhecerque as leis de Deus são sempre as mesmas, em todas as latitudes da vida.

Em qualquer situação, é indispensável meditar na lição doPai e não estacionar ao meio do caminho porque os grandes patrimônios da vida nãopertencem às forças da Terra, mas às forças do Divino. Havendo compreendido a liçãoque aqui relato, trabalhe plenamente sem cessar e zele por ti e ama o teu próximo, poisDeus cuida de todos. Siga ao esforço silencioso pela sua própria edificação na caminhadade cada dia. Os instantes desta manhã e pelas horas noturnas de serenidade, são pontosde repouso, oportunidades de uma leve ação, convite de Nosso Pai para que semeemosas suas bênçãos infinitas. A verdade não exige, ela transforma.

Sua atividade em cada dia gera conhecimento e sabedoriapara que possa discernir a vontade de Deus e colher a experiência luminosa no caminho.Por mais espinhosa que aparenta ser a sua missão, tenha fé, e nas menores sinuosidadesda estrada que nos compete percorrer, aos aflitos do mundo, isso também passa, mas sóo Reino de Deus é bastante forte como eterna realização do amor incondicional e existencial.

Tenha consciência das suas escolhas. A jornada é o que nos traz felicidadee não o destino. A força por trás de toda atitude sinaliza que não existeinício ou chegada, só o caminho. Bom dia e boas energias. Eu acredito emvocê.

18 19POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL------------------------------------------POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL------------------------------------------

Frederico Eduardo WollmannTitular/Cachoeira do Sul/SP

Hazel de São FranciscoPraeclarus/São Paulo/SP

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Eloísa Antunes MacielDecana/Santa Maria/[email protected]

ANÚNCIO AGOUREIRO?

O piu de um passarinho na janelaParece mais um grito obstinado,Como o alerta de uma sentinelaAnte a presença do inimigo armado...O grito continuava persistente,Bem mais intenso — e com mais vigor,Como a anunciar no seu clamor plangenteO avanço progressivo do invasor...Mas por que penso na eventualidadeDe algum anúncio de fatalidadeEm belo e luminoso alvorecer?...Talvez por um temor remanescenteDe um tempo que não lembro plenamente,Que insiste em retornar ao meu viver...

DECISÃO

Deus nos prendou com o dote da liberdade,Depende de nós a decisão do dilema,A sentença é nossa responsabilidadeNa convicção da equação do problema.

Do amanhecer ao anoitecer há ocorrênciasA serem enfrentadas com sabedoria,Podemos aceitar ou rejeitar contingênciasOrientados pela nossa psicologia.

Só você decide até aonde quer chegar.Concedendo rédeas soltas à hesitaçãoPoderemos nossas vidas desesperançar.Não basta sonhar e pensar é preciso ação.

Nada efetuamos ficando indecisos,Decisão implica cisão com a inércia.Gabarita um ente o senso dos juízosAo invés de atolar-se em controvérsia.

Não podemos viver sempre hesitando.Decisão é ato livre da nossa vontade,Com denodo os ideais e sonhos buscandoPara distinguir a personalidade.

Nunca despenca do céu a felicidadeMas é dádiva de Deus ao nosso coração,Por sua infinita e fiel benignidadeE soberana e inabalável decisão.

DECÁLOGO 2014QUERER E PODER

Eu quero- poder estar com pessoas amigas- poder andar tranqüilo pelas ruas- poder apreciar a beleza que passa- poder mudar meu caminhose algo me chamar atenção- poder trabalhar naquiloque me traz alegria- poder ser dono do meu tempo livre- poder estar disponível paraajudar a quem precisar- poder abraçar com afetona certeza de ser bem recebido- poder envelhecer saudávelEu quero poder ser feliz.

A enxurrada foi tão forte,levou tudo onde passou, não sei se seguiu pro norteou se no bueiro ficou.

Leda ColettiConselho/Piracicaba/[email protected]

Helena Curiacos NallinConselho/Cosmópolis/SP

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Ilda Maria Costa BrasilPraeclarus/Porto Alegre/RS

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Magali Lovatto do NascimentoPraeclarus/Manduri/SP

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AOS MEUS NETOS

Pediram-me um poemapara uma jovem serena,mas como fazer poesiase é poesia a Ana Helena?

Queria fazer belos versospara a vibrante Giovanamas que direi eu a elase o dizer dela me empana?

Pedro; meu querido netocom sua graça e idadeo nosso viver completae nos dá felicidade!

O PASSADO E O PRESENTE...

Quero voarpor diferentes horizontesatravés do universo literáriopara oportunizara milhares de jovensum fantástico vôoentre o passadoe o presente,possibilitando-lhesmúltiplos saberes

Enfim, quero mesmoé cultivar apluralidade culturalregada pelo prazere pela boa convivência

Em toda caminhada,há bonse maus momentos.O sucesso, o sorrisoe a alegriasão o resultadode um períodode conhecimentos,experiências e trocasque resistirãoao tempo.

ESQUECI

No jardim de minhas desilusõesPlantei sua lápideDeixei-a á mercê da grama,Que cobriu seu nome...Grama verde, da cor de minha esperançaEm sua volta,Que nunca acontecerá...

JARDIM DAS ALMAS É O NOVO LIVRO DE GERALDO

Lançado o livro“Jardim das Almas, de Geraldo José Sant”Anna, de SãoJosé do Rio Preto/SP. Cadeira Juliana Dedini Ometto, da Área de Letrasdo Colegiado Acadêmico do Clube dos Escritores Piracicaba. Lançamentoda Literarte Editora. Contato com o autor : [email protected]

20 21

Maria Luiza Vargas RamosConselho/Florianópolis/SC

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CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA -------------------“O HOMEM VALE PELO QUE É E NÃO PELO QUE FAZ”

Há alguns anos eu ouvi, ou li em algum lugar, esta frase: “Ohomem vale pelo que é, e não pelo que faz”. Desde então, venho divagando, em conjecturasmil, analisando o real sentido e verdadeiro significado da expressão. Algumas noitestenho perdido de sono, procurando entender - e quem sabe? - aceitar a afirmativa contidano texto.Em alguns momentos de meditação, aceitei como verdadeira tal assertiva, mas,pensando mais profundamente, logo após a aparente aceitação, passei a negá-la, comofalsa e até absurda. Ao aceitar a frase como verdadeira, o fiz apoiado no raciocínio de que,muitas vezes, as pessoas são obrigadas a praticar ;atos contra seus próprios princípios esentimentos, seja por força de uma obrigação legal, seja impelidas por circunstâncias epressões incontornáveis e irresistíveis. O soldado, por exemplo, durante a guerra é obrigadoa matar o inimigo de sua pátria. O carrasco tem como profissão a execução dos condenados.Em ambas as hipóteses, tanto o soldado quanto o carrasco podem estar agindo contrasua vontade, contra seus princípios, contra seus sentimentos.

Nessas ocasiões, com base nos exemplos citados e em razãodo raciocínio feito, eu aceitei como verdadeira a afirmativa de que “o homem vale pelo queele é, e não pelo que ele faz”. Em outras ocasiões, no entanto, eu pensei diferentemente.Entendi que, se o indivíduo, por qualquer circunstância, a mais imperiosa que seja, praticaum ato impiedoso ou cruel, ou se ele se omite, deixando de socorrer alguém que delenecessita, que está correndo perigo ou carecendo de socorro, este indivíduo jamaispoderá ser considerado bom, justo, digno, valoroso.

Santo Antônio, em um de seus sermões, disse o seguinte:“Cessem as palavras, falem as obras”.Vemos assim, segundo Santo Antônio, que de nadavalem as palavras desacompanhadas de obras, e mais, que as obras valem mais do que aspalavras. Então, há que se concluir: o homem vale por suas obras, isto é, pelo que ele faz,e não pelo que ele fala, ou pelo que ele é. Lembrei-me, então, da figura do punguista e doestelionatário, que têm, como profissão, a ilícita e danosa lesão do patrimônio alheio, masque, em seu próprio lar, mantém um clima de respeito e probidade, com total dedicação nafamília e bom relacionamento com a vizinhança.

Lembrei-me de alguns funcionários públicos e políticos que,envolvidos pelo clima de corrupção que impera na administração pública, deixam-secorromper, lesando o erário público e a própria sociedade, muitas vezes, sem teremconsciência da ilicitude de sua conduta. Lembrei-me da lendária figura de Robin Hood,que roubava dos ricos e poderosos, para distribuir com pobres e oprimidos o produto darapinagem. E novamente a dúvida tomou conta de meus pensamentos: “O homem valepelo que é ou vale pelo que faz?” Durante noites e noites venho pensando no assunto econfesso até hoje estar em dúvida. Por esta razão, resolvi dividir a dúvida com todos osleitores, na esperança de que um raciocínio mais arguto ou um pensamento mais elevado

permitam que eu possa finalmente me definir. A expressão é falsa ouverdadeira? O homem vale pelo que é ou vale pelo que faz?

Hugo Gonçalves RomaPraeclarus/Rio de Janeiro/RJ

A PENEIRA DO TEMPO

Não sabemos de quanto tempo dispomos no mundo. Melhorassim. Caso contrário, seria nossa passagem por aqui tão programada que pouco sobrariapara o inusitado, a aventura, as tentativas, aquilo tudo que dá sabor à vida. Dizem algunsque, na hora da morte, costuma passar um tipo de filme da vida da gente.

O que esperamos ver nesses instantes derradeiros? Os erros,os acertos, os riscos, o bom, o ruim? Já falei aqui que não sei meditar, acho dificílimoesvaziar a mente e só ver cores nela. Agora, pensar eu sei e o faço até com certa desmedida.Num desses momentos em que meus olhos voam (agora por dentre a rede de proteção dasacada), tentei contabilizar meus feitos nesta vida e fiquei cansada.

Quantas fraldas troquei, quantas mamadeiras preparei,quantos banhos dei, quantas unhas cortei, quantos beijos e abraços dei, quantas provascorrigi, quanta louça lavei, quanta comida e merendas para a escola preparei, quantasmúsicas toquei no piano, quantas cantei, quantas dancei, quantas ouvi, quantas cartasescrevi, quantos filmes assisti, em quantas brigas me envolvi, quantas orações fiz, quantasfotografias, quantos sorrisos, quantas lágrimas, quantos “não” fui capaz de dizer, quantasaudade, quanta ingratidão, quantas calúnias sofri, quantos prejulgamentos fiz, enfim,todas essas coisas que compõem a vida. A vida é tudo isso. E é muito pouco.

Na fina peneira do tempo só os grandes permanecem. O queterei feito de “grande”, que não se escoe pelos furinhos da peneira dos dias, meses eanos? Até aqui, mesmo tendo sido pró-ativa a vida toda, só encontro quatro talentosretidos na malha fina - meus três filhos e meus livros, sendo que dois filhos já trazem seusrebentos ao colo. E é só. Percebo que o mundo passa muito bem sem mim e que não souabsolutamente importante para nenhum projeto da humanidade.

Minha biografia é desinteressante de tão normal e mesmo ospequenos voos, que julguei tão ousados, não são nada diante da experiência da maioriados escrevinhadores. Espero ainda ter tempo de escrever mais livros e, quem sabe, contribuirefetivamente para a roda do mundo, destacando muitos outros talentos naminha peneira. Oxalá!

22 23 CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA -------------------POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL------------------------------------------

Paulo Murilo Carneiro ValençaPraeclarus/Recife/PE

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José Keitel RibeiroDecano/Tres Corações/MG

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Pedro de Quadros Du BoisPraeclarus/Balneário Camboriú/SC

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José Airton MellegaDecano/Piracicaba/[email protected]

COMO VIVER BEM

Por mais feliz,que eu viva livremente,prefiro eternamente,estar ao lado de uma mulher.

Não basta dizer eu quero,para sentir grande prazer.É preciso ser sinceroe demonstrar avidez.

Não adianta disparate,ser objeto sem razão.Tem que ter intento puro,com muita, muita afeição.

Não precisa badalar,mas necessita de emoção.Basta o mínimo, com atenção,para ser feliz, em uma união.

BEM-VINDA

No meio de tanta gente,Toda vez que o olhar levanto,Anseio ver aqui presente,Sua tez, que inspirou este canto.

Queria tê-la por perto,Para lindas páginas compor,Sobre este viver liberto,Que me deu o seu amor.

Há alguns dias, não escrevia.Faltou tudo, até inspiração.As alegrias que não mais sentia,Voltaram, contudo, pro meu coração.

Então eu tornei a me inspirar,Tendo em você, a musa, ainda,Que tanto amei, e estou a amar,À mercê da sorte bem-vinda!

Coloco tudo no papel,Mesmo com você distante.Se você viesse, seria um céu,Para este seu fiel amante.

Não há de ser nada, se não vier,Porque o nosso amor é eternal.Você pode acreditar, mulher,Mesmo com a distância, ele é imortal.

Fique tranquila, aguarde,Tudo se acertará no futuro,E essa paixão que me arde,Bem-vinda lhe será, juro!

CONVIVER

Convivo na desconfiançade ser espionadosem motivo aparenteser vigiado diariamentesem motivo aparenteser preso diariamentesem qualquer motivona ideia de ser denunciadopronunciadotipificadosentenciado(todos os dias)sem aparentar motivosconvivo na prestação da penaaparente em que desconfiode cada dia atípico.

O MUNDO ÍNTIMO

Hoje...Na varanda, a cadeira de balanço vai para frente e para trás, ao

embalo do corpo gordo da velha que de olhos fechados, cadencia-se ao ritmo das lembranças.A adolescente chega à porta da sala conjugada que se

comunica com essa varanda e, respeitando o repouso da idosa,então retrocede.-- Que avó Raquel fique aí, com as recordações naturais da

própria idade. Seu mundo íntimo de ontem!Sim!Entende muito bem a avó e.cantarolando a música da

novela das seis entra no banheiro, para tomar banho.Depois sai para curtir o presente.Seu mundo

AS CURVAS DO TEU SEIO

De curvas nunca fui, não sou amigo,Principalmente as curvas das estradas.São cansativas, cheias de ciladas,Sinônimo perfeito de perigo.

Por pouco, numa dessas bem fechadas,Não fui parar no bojo de um jazigo.E só me vi livre do escuro abrigo,Graças à boa atuação das fadas.

Mas há umas curvas que minh’alma adora,Das quais sou mais que fã, sou fã e meio.Olhando-as ficaria hora e mais hora,

Cheio de enlevo, de prazeres cheio.Mas que curvas são essas? Digo agora:São as formosas curvas do teu seio.

José Nogueira da CostaConselho/Itajubá/MG

Terezinha Ofélia N. RennóColegiado/Itajubá/MG

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SÃO DELAS

São delas essas mãos tão calejadase delas esses pés sempre apressados...São delas as visões mais apuradase os conselhos os mais afortunados.

São delas as histórias mais contadas,os planos quase nunca realizados...Delas, as orações mais bem rezadase, os sonhos, em vigília, esperados...

Pudera! Se o labor dentro do lardá tempero ao feijão, forma aos tecidose crédito ao amor plural de amar!

São delas os afagos de ninar,os seios mais antigos exibidos,e o leite que seus filhos vêm sugar!

24 25POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL------------------------------------------ ------------------------------------------

José Roberto PanaiaColegiado/Piracicaba/SP

MEU AMOR

Quando o meu sorrisoNo seu sorriso amenoO meu olhar na sua direçãoUm pouquinho maisUm pouquinho menos

Abaixo do seu narizEsses lábios sensuaisPintados com batomVermelhos

Dos seus cabelosCom seus brilhosSua silhueta jovemDo seu corpo esguio

Seus braços alongadosDa postura dos seus seiosDas suas pernas torneadasDando a forma ao seu corpo

Todo esculturalDe quem se bronzeiaPara mim afinalEstendo meus braços

Não sei o que façoQuando de mim vocêAproxima para amar.

DERRADEIRO BEIJO

Um beijo.Peço apenas um último beijo.Um beijo de adeus.

Prometo!Não mais desejarei seu lábiosSó quero mais umUm beijo derradeiroNa hora da despedida.

Não desejarei seus afagosSó preciso de um último abraçoUm último carinho.

Apenas um beijoUm beijo de adeusUm derradeiro beijoPara ficar em minhaslembrançasNas eternas lembranças.

Um beijo!Um beijo! de nunca maisUm derradeiro beijoÉ o que lhe peçoNa hora do adeus.

Leda Mendes JorgeColegiado/Niterói/[email protected]

Juliana Diniz JoséConselho/Londrina/PR

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QUEBRA-CABEÇA

Estou armando um quebra-cabeça:pedaços de amor,de felicidade,de alegria.Recortes de sonhos,de ilusões.Fragmentosde desamor,de desventura,de saudade.

Acabo de montaresse quebra-cabeça.Entre surpresa e admirada,encontro o retrato da vida.

SOFRIMENTO

É o limite das emoçõesAs mais contraditóriasParadoxaisE a dor mais doídaQuando se vê que a vidaQue nós sonhamosPara quem amamosSem dores nem espinhosCom flores nos caminhosCercada de carinhosQuando se vê que tudoOs limites mais segurosOs exemplos até purosAsas de proteçãoAmor em profusãoOrientação pra vidaTudo esquecidoVencidoPor uma droga qualquerQue faz mas sucessoQue qualquer tipo de amorDe um pai ou mãeDe um filhoDe um homem ou uma mulher

Lúcia MartinsConselho/Ituporanga/SC

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Ensaios sobre práticas educativas, sócioeducativas e a educação nãoformal, neste livro “Sociologia da Educação Sociocomunitária”, de váriosautores, entre eles o Acadêmico Luiz Carlos Groppo, de Piracicaba/SP,Cadeira Yolanda Evangelista de Moura, da Área de Ciências, do ColegiadoAcadêmico do Clube dos Escritores Piracicaba. Lançamento da EditoraSetembro. Contato: [email protected]

LUIZ GROPPO LANÇA MAIS UM LIVRO EM CO-AUTORIA

LANÇADA SEGUNDA EDIÇÃO DE ARRIMO

Lançada a segunda edição do Dicionário de Rimas “Arrimo”, um livroimprescindível para quem faz poesia. A autoria é de Lola Prata, de BragançaPaulista/SP, Membro de destaque do Clube dos Escritores Piracicaba.Edição da autora. Contato: [email protected]

2726 POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL------------------------------------------ ------------------------------------------

Luiz Barboza NetoColegiado/Florianópolis/SC

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Luiz Antonio Pereira da SilvaPraeclarus/Capivari/SP

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OLHARES CORUSCANTES

Seus olhares coruscantes remetem-me aos caminhosIncertos que nos convidam a repetir venturas...Ó luzes trêmulas que - antes de amigas - são cadinhosCandentes que me intimidam a fervilhar ternuras.

Preferia que - distantes - seus lampejos daninhosNão me fizessem sofrer novamente as queimaduras,Que marcaram calcinantes meus sonhos com carinhos.Para depois me esquecer num caminhar às escuras.

Por mais que eu tente negá-los, estão nos cintilaresDo breu da noite a fulgirem nos confins do universo,Na superfície do mar... No diamante cristalino...

Impossível recusá-los, pois brilham nos lugaresQue são meus, ao reluzirem rimando em cada verso.Querendo ou não aceitar, iluminam meu destino.

SE

Ah! Se a vida inda fosse belaComo da harpa um hino...Ah! Se na vida inda existisseDa minha alma um canto de meninoAh! Se as flores inda se entregassemPelo beijo de um beija-flor...

Ah! Se nada mais existisseAlém daquele amorAh! Como a vida era belaE como era lindo o sonhar...Meu amor era mais forteQue as ondas lá do mar

Ah! Como é difícil esquecerUm rosto que já foi meu...E como é triste recordarDaquele amor tão bonito,Que no jardim da minha vidaNunca mais floresceu...

ARRIMO DA RIMA

Dançando nas sombrasde seres malignos,tiram-me as vestes,o riso da facee o sonho menino.

É tanto cansaço!

... Não fosseo verter da poesia,em lágrimas secas,no papel almaço.

Maria Angélica B. dos SantosPraeclarus/Belo Horizonte/MG

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Mara Sílvia Munhoz BerniniConselho/Jaú/SP

[email protected]

ADORNOS

um leque coloridocobre um cantoda mesa-de-cantofotos em um porta-retratosum baralhoque reúne amigosàs quintasnos jogos de buracoobjetos-lembrançade momentos alegrespresença do ausenteconstância

AMAR, AMAR!

Amar, ah! Doce ilusão gratuita,que nos deixa sempre num dilema...Quisera eupoder te fazer um poema,para poder expressartudo o que sinto por ti.Mas, neste meu momento,meu mundo deserto,meu ser incertoprocura um abrigo,um ombro amigopara poder desabafar...Amar! Ah!Doce palavra e verbo!Como quisera saberconjugá-lo inteiro...Mas, neste meu momento,meu pensamento está disperso...Sou apenas mais um ser do universo.Fales por mim, não cales!Digas o que pensase o que sentespara, quem sabe, um diaeu poder te amar, amar!

Maria Helena G, BueloniConselho/Piracicaba/SP

A CHUVA

A chuva escorre na vidraçada minha janela,em cada gota uma marca,uma saudade,um vinho,uma música,uma lagrima,um olhar perdidoem busca de um amor.

A chuva escorre na vidraçada minha janela,em cada gota uma lembrança,uma infância,um sorriso perdido,uma esperança desfeita,um sonho esquecidouma ilusão,um olhar infinito,um coração triste,uma chuva ...

Marilza de Fátima RezendePraeclarus/Guará/DF

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Rita Bernadete Sampaio VelosaColegiado/Américo Brasiliense/SP

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BENDITOS E MALDITOS

Benditos os que pela noite rondamA proteger os que vão pelas ruas!Benditos os que na escuridão sondamPor demônios e suas falcatruas!

Malditos os que pela noite vãoNa procura de falsas emoçõesEspalhando terror e maldição,Embarcando o mal nos corações.

Benditos os que pelo mundo a foraBatalham e procuram estar juntos.!Benditos os que buscam pela aurora!

Quando,quando uma aurora, quando?Benditos e malditos, já defuntos,Felizes – a benção da luz amando?

Therezinha de Jesus LopesAssinante/Juiz de Fora/MG

A palavra Liberdade,tem um valor infinito...Só comprova esta verdade,quem cometeu um delito!

2928 POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL------------------------------------------ ------------------------------------------

EU QUERIA SER

Eu queria ser pedaço de céuSer perfume de florSer pedaço de mar...

Eu queria dizer do meu jeito de amarGritar...e gritarNum grito bem gritoEstridente, vibranteGomo o canto constanteDo pássaro que é livre!

Eu queria ser como o vento forasteiroSeguir o mundo inteiroCruzando o espaçoSem argola, sem laçoSem destino nenhum!

Eu queria ser madrugada em penumbraDe idílios bem loucosDe amantes amantes,A rolar ofegantesEntre beijos profanosEsquecendo lá foraA cartilha da vida!

Eu queria ser o tempo manhosoSem hora marcada,Ser vida surgindo, chorando sorrindoNo ventre redondoDa fêmea mulher!

Eu queria que a minha poesiaBem solta, sem rimaSe transformasse em melodiaAcalanto e canção!

Que seguisse a direçãoDo universo caladoE da alma oprimida do homem carenteAtado à corrente da angustia e da dor!

Eu queria... Ah! como eu queriaQue a minha poesiaSemeasse entre todosSementes de amor!

Mércia Lins Moura de AloanPraeclarus/Rio de Janeiro/RJ

A AMAZÔNIA

As matas verdejantes do AmazonasQue do seu solo emana uma riquezaQue o homem não pisou em muita zona,Quando pisa, é pra destruir tal beleza!

Patrimônio que é da humanidade,Destruído de forma bestial,Derrubando árvores sem piedade,Sendo alvo de força internacional.

A proteção da Amazônia é necessáriaPra não deixar de ser pulmão do mundo.Na nossa já tem reforma agráriaNum projeto sujo e tão imundo!

Terra pelos índios, já, ocupada,Onde não deixam ninguém lá entrar,Desmatam, fazem tantas queimadas,Madeiras nobres saindo sem parar.

Nosso governo sempre incompetente,Coloca Ministra que não se impõeQue não tem como enfrentar essa gente,Com os policiais que ela dispõe.

Quanta riqueza tem naquele solo,Plantas milagrosas sendo exportadas,E a riqueza do seu imenso subsoloQue para este governo não vale nada!

Atentem as nossas autoridades,A Amazônia é jóia desejada.Parte do Brasil pode ser alijada:Vamos defendê-la com quê: flechada?

Milton Mariano de SouzaColegiado/Governador Valadares/MG

[email protected] Mércia Sene Soares

Colegiado/Novo Horizonte/[email protected]

Mirian CurryColegiado/São Carlos/[email protected]

DESABITAÇÃO

Oh! Deixe-me!Deixe-me em meu repouso eternoNa dor de minhas desventuranças;Deixe-me só, culpar-mePor me afastar da esperança.Deixe-me em paz chorarE lamentar cada instante,E que a beleza de cada sorrisoNão tente apagar o feísmo de meu semblante.Deixe-me contemplar o que tanto amo:O infinito céu iluminado pelas estrelas;E que a escuridão de cada dia,Que ora se irradia...Sob os véus da noite possa acendê-las.Deixe-me tocar-te maisUma só vez...E consumir teu último suspiro.A Terra te aspira...Meu amor que padeceLuz que não brilhaMeus dias enaltece.Tu que sentiste minha forçaDe amor, únicaBem sabes que meu amor foi estrela,Sempre brilhou.E se encantou pelo cometaQue enquanto pode viajouMas que se apagouPorque a luz foi passageira.

A ALMA NÃO ENVELHECE!

Andamos pela terra...

Aqui passamos muitas erasSabemos que a nossa caminhadaÉ longa e cansativa e entremeada!

Nosso corpo físico envelhece...

Mas através dele tudo aconteceA nossa Alma não deterioraVive para sempre, não só agora!

Temos uma perene juventude...

E dela temos que tomar atitudeDe viver bem e caminharBem alegre para encontrar!

A grande espera da felicidade...

Procurando o caminho sem maldadePreservando toda a bela gratidãoQue a todos vem do coração!

A alma não envelhece...

Por que ela é eternaFoi assim que quis o CriadorPois ele a criou assim!

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Pilar Reynes CasagrandePraeclarus/Rio Claro/SP

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SONHO

Sonho porque me impõe a vida,buscar no sonho as fantasias do viver,acreditar quando não se tem esperança,esperar mesmo sem crer.

Sonho para viajar ao espaço,emudecer diante da beleza do universo,sentir próximo o que distante vejo,encontrar ao longe para ver de perto

Sonho para ver a estrela,que formosa marca sua presença,sonho para me sentir abraçada,por quem não sabe da minha existência.

Sonho para amar em segredo,viver uma paixão por hora reprimida,sonho para viver na realidadeaquilo que me foi negado em vida.

PEQUENO RELICÁRIO

As almas sempre palpitam entreUm rumor de plumas tenuíssimas,Numa aflição de asas fugazes,Que são os adeuses,Os acenos frenéticos das despedidas.Por isso, mal pressentem,O voejar sutilíssimo do tempo.O tempo voa sempiterno,Para um destino sem horizontes:A eternidade.Ela tem duas asas infinitas:A luz e a treva, os dias e as noites.Tem dois ninhos transitórios:Onde nunca demora, a que não volta:O berço e o túmulo.A asa, que o olhar acompanha pelo azul,Não deixa vestígio no espaço.Mas o tempo, esse, farfalha-se sem cessar,Espalhando sem dó as suas penasSobre a terra e sobre as almas.

Neide de Oliveira SilvaAssinante/São Caetano do Sul/SP

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MINHAS ACÁCIAS

Reginaldo Costa de AlbuquerqueConselho/Campo Grande/MS

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Ricarda Maria Leal AlvimDecana/Miracema/RJ

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MAR DESCONHECIDO

Frente ao mar, quando o tempo ainda é cedo,para um vulto de olhar soturno e baço,trazendo ao peito um íntimo cansaçoe alma presa ao grilhão de algum degredo.

Quer desvendar-lhe o sal, dúbio segredo,ora a desova abre da vida o laço,ora a areia é um bordado de sargaço,mas apenas compreende o próprio medo.

Vem de longe, de um porto já perdido...É um náufrago de extinta caravelabuscando o seu eu, mar desconhecido.

Vai, é hora de vencer qualquer procela!Esquecer perdas “ pedras sem sentido!Conquiste o mar inteiro a tua vela!...

Quando criança,passeava na Praça tanta esperança,folhinha verde na mão.Sentava num banco,em frente às acácias,cachos dourados, singelos,quase encostados no chão.Tão doce era a árvore,que eu a escolhi para mim.Entre palmeiras altaneiras,célebres, matizados jambeiros,era a acácia o meu jardim.Suas flores sempre caindo,formam ainda um tapeteamarelo, desconsolado,abrigando os meus sonhoscomo as flores, pisados.Hoje moro perto delas.Minhas acácias amarelas,enfeitam o meu olhar.Nós somos as mesmas,sei que o tempo não passapara quem vive a enfeitar...para quem continua a sonhar...

FLORESTA AMAZÔNICA

Patrimônio e pulmão do mundoPondo oxigênio ao planeta terraSendo o futuro das geraçõesChuva torrencial na selvaA hiléia luxuriante gera espécimesO santuário copioso das águasDeixem existir a faunaVamos “stop” de poluir o arEcossistema fértil na biosferaRecursos hídricos perenesNo rio AmazonasBeleza da flora exóticaReserva ecológica, Parque NacionalDesmata, mata a mata da selvaA “jungle” virgem verde mataA pororoca: encontro do rioNegro e SolimõesVicejam arvores nosAfluentes ribeirinhasPalco de ciclo da borrachaO transporte fluvialSob olhos de gurisInspiração do grande Jules VerneDespontar o panorama da AmazôniaCenário mágico de cinemaOs matizes coloridos do arco-írisNa fauna: ameaça de extinçãoOs pássaros: canários, colibris,Bem te vi, uirapurusO pioneirismo de Charles DarwinNa saga da frota na força tarefaDo navio “Beagle”(1859)Singrou rotas dos oceanosPara “A Seleção das Espécies”Viagem ao Brasil e América do SulPesquisas cientificasExpedição aos vestígiosDos fósseis da pré-históriaAutor da famosa“Teoria da Evolução Humana”

Valdemar Alves JúniorCo0nselho/Fortaleza/CE

A FELICIDADE

Descalça, caminho pela estrada.Arvores frondosas, como soldadosde prontidão, em posição de sentido,lado a lado para proteger-me.As copas das árvores se entrelaçamcomo pares formados para a dançae nesse compasso suave, amoroso,atapetam o caminho de folhas e flores.Eu caminho com passos miúdos,temendo amassar tapete tão lindo...Olho para o alto, as folhas caindo...transparentes, deixando a luz do solpenetrar a minha pele e me aquecer.Uma respiração ampla, o oxigêniocirculando em meus pulmões,até o mais íntimo dos alvéolos!Relaxo e a paz me invade:Nas pequenas coisas, no dia-a-diaé que encontramos a felicidade.

Thereza freire VieiraConselho/Taubaté/SP

Não há tema na poesiamais gostoso que a saudadetão velho, mas sempre em dianunca perde a mocidade

Othniel Fabelino de SouzaConselho/Ribeirão Preto/SP