aplicaÇÃo das ferramentas da qualidade no controle de …
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Adriana Luiza Soares
Sabrina Bárbara Alves
Geraldo Leonardo da Silva
APLICAÇÃO DAS FERRAMENTAS DA QUALIDADE NO CONTROLE DE
AMOSTRAGEM DE OLÉOS LUBRIFICANTES NOVOS DE UMA MINERADORA
EM MARIANA-MG
ITABIRA
2021
RESUMO
A abordagem acerca de métodos para garantir melhor performance de equipamentos se
faz presente no processo de lubrificação, que por sua vez irá diminuir o atrito entre os
componentes através da inserção de um fluído lubrificante, determinado a partir da viscosidade,
temperatura e outras propriedades requeridas a cada tipo de aplicação. Avaliar a presença de
contaminantes se torna eficaz no processo de amostragens de óleos lubrificantes novos a fim de
prevenir impactos funcionais dos equipamentos. O estudo avaliou dados amostrais de quatro
tipos de óleos lubrificantes novos: SAE 30, SAE 50, 15W40 e 10W, em uma empresa que atua
no ramo de mineração. Essa análise documental dos laudos técnicos de amostragens permitiu
realizar uma abordagem qualitativa e quantitativa com observação participante na estratificação
e entendimento dos dados. Através do desdobramento e quantificação dos índices
contaminantes foi possível apresentar qual óleo lubrificante requer maior atenção no controle e
com a aplicação das ferramentas da qualidade, folha de verificação e diagrama de Ishikawa foi
possível observar a recorrência de contaminantes no período analisado e determinar as possíveis
causas que podem estar impactando neste efeito. Com a aplicação do método 5W2H foi possível
propor soluções para as principais causas que acarretam amostras com índices em alerta. As
medidas de mitigação dos impactos relacionam-se a treinamentos dos colaboradores, realizar
drenagem nos filtros e diminuir o intervalo de troca destes.
Palavras-chave: óleo lubrificante, diagrama de Ishikawa, folha de verificação, classificação
ISO 4406, contaminantes.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 1
2 REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................................ 2
2.1 Lubrificação ............................................................................................................... 2
2.2 Tipos de Lubrificantes ............................................................................................... 3
2.3 Contaminantes ........................................................................................................... 6
2.4 Ferramentas da Qualidade ....................................................................................... 6
2.4.1 Diagrama de Ishikawa ......................................................................................... 7
2.4.2 Folha de Verificação ............................................................................................ 7
2.4.3 Método 5W2H ....................................................................................................... 8
3 METODOLOGIA CIENTÍFICA .................................................................................... 9
4 ANÁLISE DE DADOS ................................................................................................... 10
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................................... 17
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ...................................................................................... 18
1
1 INTRODUÇÃO
Nos dias atuais as empresas buscam gerir de forma mais produtiva possível seus
recursos. Para isso utilizam-se de ferramentas da qualidade, que auxiliam na tomada de decisão,
controle e avaliação de irregularidades no desempenho de seus equipamentos. Santos (2014),
explica que o uso das ferramentas da qualidade auxilia em diversas situações de forma simples
e eficaz no processo a ser analisado, buscando identificar problemas e soluções rápidas de forma
a ajudar na formulação de estratégias.
A manutenção dos equipamentos de forma adequada torna-se importante para a
organização, pois o uso de materiais de qualidade inferior ou contaminados e até mesmo
produtos fora das especificações podem provocar danos irreversíveis para os equipamentos e
máquinas da organização. Tais circunstâncias podem acarretar atrasos na produção e prejuízos
principalmente para empresas que trabalham em grande escala e que não podem ter seus
processos produtivos interrompidos.
O processo de lubrificação realizado na manutenção é essencial, para garantir a
confiabilidade da máquina e a duração de vida do próprio óleo, pois qualquer tipo de
contaminante existente em grande quantidade no maquinário pode ocasionar falhas e possíveis
quebras.
Segundo Carreteiro e Belmiro (2006, p.87), “O fator mais importante na tecnologia dos
lubrificantes é a exigência da presença balanceada dos compostos químicos. É comum na
formulação de lubrificantes vários aditivos, atendendo às inúmeras características”. Devido a
isso e a as reações entre esses componentes, faz-se necessário um controle eficaz das
amostragens para evitar danos que comprometam a funcionalidade de máquinas e
equipamentos.
O presente trabalho busca identificar o impacto dos contaminantes em óleos
lubrificantes em uma empresa de mineração, ressaltando o seguinte questionamento: Como
utilizar as ferramentas da qualidade para avaliar o impacto de contaminantes nos lubrificantes
novos em uma empresa no ramo de mineração? O estudo realizado em uma empresa de
mineração em Mariana-MG demonstrará os resultados em alerta das amostras de óleos
lubrificantes e determinar causas e ações para corrigi-las através das ferramentas da qualidade.
Será aplicada a folha de verificação para identificar os principais contaminantes e sua
recorrência nesse período de 11 meses, o Diagrama de Ishikawa para avaliar as principais
causas e efeitos observados que podem ocasionar a contaminação do insumo e o método 5W2H
2
para determinar as soluções para as principais causas que levam uma amostra a ficar com
parâmetro em alerta.
Através desta pesquisa e considerando a importância deste tema para a indústria e outros
setores, será possível observar como aplicar ferramentas da qualidade para análise de dados e
conseguir melhores resultados em parâmetros que podem afetar o processo se não controlado e
aplicado métodos de soluções dentro da análise, trazendo benefícios tanto para a organização
quanto para o ambiente acadêmico, que terá maiores referências para futuras comparações e
melhorias. Será também importante para os alunos que terão um processo contínuo de
aprendizagem e aplicação dos conceitos aplicados durante o curso de Engenharia de Produção,
uma parte importante para quem pretende ser um Engenheiro tendo um enfoque maior em
gestão da manutenção e na aplicação das ferramentas da qualidade.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Lubrificação
A lubrificação busca reduzir o atrito entre as peças de um componente, monitorar os
desgastes nas máquinas e equipamentos, aumentar a vida útil do maquinário, verificar a
temperatura devido ao contato existente entre as peças, reduzir corrosão e proporciona a
remoção de contaminantes (PAULI; ULIANA, 1997 apud GREGÓRIO, 2018)
Os profissionais da área de manutenção estão cada vez mais se especializando na
questão de lubrificação, o processo de lubrificar é de extrema importância, é preciso que seja
levado em consideração tanto na fase de projeto como também na implantação de sistemas de
manutenção preventiva. Máquinas, equipamentos e veículos lubrificados de forma incorreta
podem causar prejuízos de diversas proporções para a organização. (ALMEIDA, 2017).
Neste sentido, Almeida (2017) lembra que é imprescindível o estudo de métodos de
lubrificação assim como as propriedades dos principais lubrificantes industriais desde a fase de
projeto, isto porque o conhecimento adquirido sobre esses parâmetros é utilizado para a
realização das atividades de manutenção que é empregue na construção de organogramas,
fichas de controle e também na determinação do lubrificante específico para cada máquina.
Tanto a falta quanto o excesso de lubrificante podem gerar estragos aos componentes e
degradação do meio ambiente no caso de vazamentos causados por excesso de lubrificante.
3
2.2 Tipos de Lubrificantes
De acordo com ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustível),
óleos lubrificantes são substâncias que reduzem ou impedem o atrito entre as superfícies e
várias são as suas características a depender de seus componentes e os aditivos acrescentados
na sua formulação.
Originárias do petróleo, as bases lubrificantes são os principais componentes dos
lubrificantes. Estas bases são obtidas a partir do refino do petróleo cru e com complementos
específicos irão conferir propriedades física/químicas complementares (BELMIRO;
CARRETEIRO, 2006).
Segundo Mortier, Fox e Orszulik (2010), a categorização dos óleos básicos foi instituída
pela API (American Petroleum Institute), dividida em grupos e preconizada nas especificações
em todos os lugares do mundo. Na classificação dos três primeiros grupos, são demonstrados
os óleos bases provenientes de óleos minerais e são descritos conforme a Tabela 1.
Tabela 1 – Classificação API óleos base do grupo I - III
Fonte: Mortier, Fox e Orszulik (2010, p.32)
A categorização do Grupo 1 demonstrado na tabela como Group I, é composta por uma
saturação menor que 90%, enxofre superior ou igual a 0,03% e a viscosidade com um índice de
maior ou igual a 80 e menor que 120. Os óleos bases do grupo 2 definido como Group II, possui
saturados maior ou igual a 90%, enxofre igual ou inferior à 0,03% e viscosidade superior ou
igual a 80 e menor que 120. No grupo 3 indicado como Group III, conta com uma porcentagem
maior ou igual a 90% no que diz respeito aos saturados e menor ou igual a 0,03% o teor de
enxofre, o índice de viscosidade é igual ou superior a 120.
Os tipos de óleos são classificados segundo o seu índice de viscosidade e teor de enxofre.
Quanto maior esse índice, melhor é a qualidade do produto. O índice de viscosidade é a
propriedade que mede a variação de viscosidade de um óleo de acordo com a variação da
temperatura (ZAMBONI, 2008 apud CANCHUMANI, 2013, p. 8).
Conforme Mortier, Fox e Orszulik (2010), a viscosidade é uma propriedade capaz de
medir o desgaste de um líquido internamente e assim refletir como as partículas reagem e
4
resistem a um movimento. Se torna então, uma propriedade essencial do lubrificante, que o
torna capaz de criar um filme lubrificante de forma a atenuar o atrito e minimizar o desgaste.
Segundo Newton a viscosidade absoluta de um líquido é a medida pela razão da tensão de
cisalhamento, que é uma força F aplicada a uma placa superior que faz com que ela se mova à
placa inferior dividida pela sua área de seção da placa A. A partir dessa tensão faz-se a divisão
pela taxa de cisalhamento, que é medida pela velocidade V que a placa superior incide, dividida
pela distância D entre as placas, de acordo com a Figura 1.
Figura 1 - Viscosidade Absoluta
Fonte: Mortier, Fox e Orszulik (2010, p.9)
Belmiro e Carreteiro (2006), explicam que dentre as propriedades de lubrificante a
viscosidade é umas das mais significativas, essa importância se deu por um estudo no século
XX, através da SAE (Society of Automotive Engineers), em 1911, que determinou várias faixas
de viscosidade para óleo motor. Essas faixas variavam com uma especificação de numeração
entre 20 e 115 com relação à viscosidade média à 100ºF para óleos menos viscosos e 210ºF
para os que tinham viscosidade maior. Foi introduzido, em 1933, dois graus “W” advindo da
inicial winter, que significa inverno, para assim mensurar a viscosidade requerida do óleo para
baixas temperaturas, essas viscosidades são medidas a 0ºF por ultrapassar dados de
temperaturas altas. E assim várias, foram as revisões dessas classificações, tornando oficial em
1962 o nome SAEJ300. Os óleos multiviscosos, na classificação SAE requerem mais de um
grau de viscosidade, ou seja, adaptam às baixas temperaturas e na temperatura requerida de
funcionamento do motor. No Gráfico 1, nota-se que as características do óleo 15W40 possui o
mesmo comportamento de viscosidade do óleo 15W quando são submetidos a baixa
temperatura, mas quando exposto à uma temperatura de 150ºC, não possui uma constância
rápida na diminuição do índice de viscosidade comparado ao óleo monoviscoso e monograu.
5
Gráfico 1 - Relação entre viscosidade e temperatura dos óleos SAE 15W, SAE 15W40 e
SAE 40
Fonte: Carreteiro e Belmiro (2006, p.261)
No manual de gerenciamento de óleos lubrificantes usados ou contaminados da
APROMAC (Associação de Proteção ao Meio Ambiente de Cianorte), informa que a
classificação SAE determina que quanto maior o grau atribuído para o óleo lubrificante maior
será a sua viscosidade. Para tanto, essa classificação demonstra o comportamento da
viscosidade no inverno (baixas temperaturas, parâmetros que vão de 0W a 25W), verão (altas
temperaturas, indicativos que vão de 20 a 60) e durante todo ano que são os óleos multiviscosos
(combinação dupla dos anteriores, como SAE 20W40). No Gráfico 2 é possível observar essa
relação de classificação de acordo com a temperatura.
Gráfico 2 - Classificação SAE para óleos lubrificantes de acordo com a temperatura
Fonte: APROMAC (p.12)
6
2.3 Contaminantes
As falhas em sistemas hidráulicos são acarretadas certa de 80% pela contaminação em
óleos hidráulicos e lubrificantes. Essa contaminação gera vários impactos, como: diminuição
da produção, custos para repor componentes, aumento da reposição do fluido hidráulico e nos
custos da manutenção. Os principais tipos de contaminantes são: água, ar e partículas
(sedimentos de 0-5µm e partículas pequenas maiores que 5µm). (Catálogo PARKER, 2018).
Johnson e Spurlock (2009) relatam que a concentração de partículas sólidas no óleo leva
partes do sistema a fadiga e proporciona desgaste abrasivo e no processo de filtração do óleo
novo pode levar até o colapso do elemento filtrante. Por isso faz-se necessário mensurar as
concentrações das partículas e seus tamanhos para compreender os esforços e reduzir a
quantidade dos fragmentos. Dessa forma a classificação ISO 4406 para contagem de partículas
sólidas atribui um número por tamanho e concentração para uma quantidade de fluido de 100
ml e são atribuídas três faixas para o tamanho dessas partículas > 4 μm, > 6 μm e > 14 μm.
Como mostra na Quadro 1, o código ISO resume a concentração de partículas através de faixas
de intervalos para que quem faça a análise tenha informação de forma breve e sucinta.
Quadro 1 - Classificação ISO 4406 para contagem de partículas
Fonte: Johnson e Spurlock (2009, p.25)
2.4 Ferramentas da Qualidade
O reconhecimento de que a qualidade busca atender as necessidades dos clientes
primeiramente é o que leva as empresas ao sucesso e assim dominar o mercado. As ferramentas
da qualidade que fazem esse controle nas organizações, ajudam a entender a existência dos
problemas determinando medidas para extingui-los. As ferramentas dessa forma, ajudam a
melhorar a qualidade de produtos ou serviços dentro das empresas (CÉSAR, 2011).
7
2.4.1 Diagrama de Ishikawa
Seleme e Stadler (2010), explica que o Diagrama de Ishikawa ou espinha de peixe é
uma ferramenta gráfica, criada por Ishikawa em 1953, que procura estabelecer através de uma
investigação criteriosa as causas que proporcionam o acontecimento de um efeito, ou seja,
buscar a origem dos efeitos através de possíveis causas. Na Figura 2 é possível observar a
estrutura do Diagrama de Ishikawa e para montar esse diagrama é levado em consideração 6
aspectos (6M’S), para a análise, sendo (SELEME; STADLER, 2010):
• Materiais: analisa o que se refere a propriedade materiais, quanto a uniformização, padrões
etc.;
• Máquina: considera o funcionamento do equipamento, se está adequado;
• Método: avalia se as ações estão sendo desenvolvidas de forma correta;
• Meio ambiente: verifica se uma situação pode acarretar o cujo efeito;
• Mão de obra: checa se a mão de obra empregada, possui as habilidades para execução
correta da atividade, ou seja, se está qualificação para realização da tarefa.
• Medida: verifica se houve variações nos resultados, na representatividade dos valores, seja
de tempo, distância, temperatura etc.
Figura 2- Diagrama de Ishikawa
Fonte: Adaptado de Sant’ana; Blaut, 1999
2.4.2 Folha de Verificação
Ferramenta de fácil utilização que nada mais é do que uma check list do que precisa ser
feito para que o processo saia como planejado. A planilha é preparada antecipadamente para
que seja possível inserir informações coletadas em passos específicos do processo, ajuda a
acompanhar a produção, saber em que passo está, o que é preciso para terminá-la e avaliar
defeitos encontrados no sistema (SOUZA, 2018).
8
As listas de verificação podem ser aplicadas para (SOUZA, 2018):
• Coletar dados sobre um problema de forma simples;
• Compreender quais partes do projeto apresentam mais problemas;
• Facilitar a coleta de dados;
• Compreender erros observados no preenchimento da documentação;
• Avaliar a qualidade da informação repassada na organização;
• Verificar quais partes dos produtos geram mais defeitos.
Conforme (RAMOS; ALMEIDA; ARAUJO apud PEZZATTO, 2018, p.111) os dados
e informações coletados na folha de verificação podem ser dimensionais (centímetros, metros
ou litros), temporais (dias, horas ou segundos), econômicos (reais, dólares ou outras moedas),
de atributos (aprovado, reprovado, conforme ou não conforme) e etc. Um exemplo do modelo
de uma Folha de Verificação é dado na Figura 3.
Figura 3- Folha de Verificação
Fonte: Pezzatto (2018, p. 110)
2.4.3 Método 5W2H
Nakagawa (2014), afirma que a ferramenta 5W2H auxilia na implementação de
soluções através de causas que nortearão na elaboração do plano. Esta metodologia se torna útil
pois é aplicada à diversas situações de forma clara e objetiva atendendo níveis táticos e
operacionais das organizações. No Quadro 1, é possível observar como pode ser a modelagem
9
do método 5W2H, que pode ser criada através de uma ficha em um editor de texto ou planilha
respondendo os seguintes questionamentos (NAKAGAWA, 2014):
• What? (O que?) – Ação, problema ou desafio a ser resolvido;
• Why? (Por quê?) – Explicar o fundamento da ação que está sendo implantada;
• Who? (Quem?) – Apresentar o(s) responsáveis pela tratativa da ação;
• Where? (Onde?) – Informar onde a proposta será realizada;
• When? (Quando?) – Apresentar prazos para execução dos procedimentos;
• How? (Como?) – Etapas para atingimento dos objetivos;
• How much? (Quanto?) – Valor para implementar cada ação proposta.
Quadro 2 - Modelo Método 5W2H
5W 2H
What Why Who Where When How How much
O que Por que Quem Onde Quando Como Quanto
Ação, problema,
desafio
Justificativa, explicação,
motivo Responsável Local
Prazo, cronograma
Procedimentos, etapas
Custos, desembolsos
Fonte: Nakagawa (2014, p. 2)
3 METODOLOGIA CIENTÍFICA
O presente estudo buscou verificar os principais lubrificantes novos que geraram
amostras contaminadas dentre um período de 11 meses em uma mineradora na cidade
de Mariana - MG, analisando quais estão saindo fora dos parâmetros, utilizando a
abordagem qualitativa e quantitativa para auxiliar na pesquisa. A análise qualitativa dos
dados se dá pelo recolhimento das informações e comparações baseadas nos padrões
preestabelecidos pela empresa como sendo normais. Já a análise quantitativa foi
utilizada para comparar e classificar os lubrificantes mais utilizados pela mineradora.
O tipo de pesquisa foi caracterizado como descritiva. Através dela foi possível
observar os lubrificantes que mais apresentavam índices de contaminação fora da
10
especificação, ou seja, estaria sujeito a provocar algum dano ao equipamento que seria
submetido ao uso deste lubrificante.
O estudo de caso, foi utilizado como meio de aprofundar a abordagem da
pesquisa. Segundo Yin (2015), o estudo de caso é um método abrangedor caracterizando
o fundamento do projeto, os procedimentos sobre a coleta de dados e o tratamento
preciso inerente à análise de dados, ou seja, não se limitando apenas a um destes temas.
Foi escolhido como universo de amostra uma empresa do ramo de Mineração
situada na cidade de Mariana, estado de Minas Gerais. A amostra da pesquisa é o setor
de gestão de combustíveis, que realiza o gerenciamento de todos os combustíveis
aplicados aos mais diversos equipamentos utilizados na organização. O critério de
amostragem desenvolvido foi não probabilístico.
A técnica de coleta de dados aplicada foi análise documental, embasada nos
resultados amostrais dos quatro tipos de lubrificantes usados (15W, 10W, SAE30 e
SAE50) e dessa forma permitiu analisar com dados históricos de um período, qual tipo
de produto tem apresentado índice com alto grau de contaminantes. “A técnica
documental vale-se de documentos originais, que ainda não receberam tratamento
analítico por nenhum autor. [...] é uma das técnicas decisivas para a pesquisa em ciências
sociais e humanas” (HELDER apud SILVA; ALMEIDA; GUINDANI, 2009). O
tratamento dos dados foi feito por meio quantitativo e qualitativo e apresentou
observação participante
A pesquisa teve como método de análise de dados a análise estatística descritiva,
pelo fato de atribuir estratégias quantitativas na estratificação e entendimento dos dados
e a análise de conteúdo, uma vez que foi embasada na perspectiva qualitativa de
pesquisa aplicada no estudo. Como ferramenta para ordenar os dados usou-se a
plataforma eletrônica Excel.
4 ANÁLISE DE DADOS
O setor pesquisado é responsável pelo ressuprimento e controle de estocagem
dos óleos lubrificantes novos. Inicialmente a proposta de análise buscou mostrar os tipos
de lubrificantes usados em três minas da empresa que foram denominadas como Mina
A, Mina B e Mina C, que ficam localizadas na cidade de Mariana – MG, conforme o
Quadro 3.
11
Quadro 3 - Óleos lubrificantes utilizados em cada mina
Fonte: Próprio autor
A próxima etapa busca mostrar os resultados classificados nos laudos de
amostragens dos óleos lubrificantes que pode ser normal (não apresenta riscos
contaminantes para os equipamentos), alerta (contém certo grau de contaminantes e
requer atenção) ou condenado (impróprio para realizar complemento nos
equipamentos). Os laudos foram disponibilizados pela empresa que permitiu compilar
e estratificar os dados em uma planilha de Excel no período de julho/2019 a maio/2020.
Na Figura 4, consta o modelo do laudo técnico comentado com as descrições das
observações na análise da amostra do óleo lubrificante. No Gráfico 3, é possível
observar a quantidade de amostragens realizadas em cada mina e a classificação dos
resultados.
12
Figura 4 - Laudo técnico da amostragem do óleo lubrificante
Fonte: Documental da empresa.
Gráfico 3 - Quantidade de amostras de óleos lubrificantes por mina
Fonte: Elaborado pelo autor
O óleo lubrificante 15W40, que é o óleo motor, apresentou maiores resultados
em alerta nas três minas. Portanto aprofundou-se nos resultados deste tipo de óleo
lubrificante. Foi analisado dentro do período da pesquisa a recorrência das amostras de
2 16 7 6
2 1 1
8 9
3
15
3
12
16
3 1
8
B C A B C A B A B A
10W 15W40 SAE 30 SAE 50
Qu
anti
dad
e d
e a
mo
stra
gen
s
Mina e óleo lubrificante
Amostragens Julho/2019 à Maio/2020
Alerta
Normal
13
óleo 15W40 designadas em Alerta por mês demonstrado no Gráfico 4, o que apresentou
uma constância nos resultados principalmente nas minas A e C.
Gráfico 4 - Amostragens Óleo 15W40 em alerta por mina
Fonte: Elaborado pelo autor
Ao todo foram um total de 19 amostras com índice em alerta. No Quadro 4,
consta a classificação ISO 4406 sobre os resultados das amostras em alerta no período
analisado. Essa classificação remete à contagem de partículas por ml de óleo lubrificante
novo 15W40. A primeira seção é para partículas com tamanho > 4 μm/ml, a segunda é
referente partículas > 6 μm/ml e a terceira classificação indica partículas > 14 μm/ml do
produto. O código resultante é estabelecido pela norma padrão ISO 4406 que o classifica
por faixas de intervalos e tamanho. Para o setor no qual foi realizado o estudo, somente
possui relevância os dois últimos códigos ISO, conforme determinado pelo setor
partículas menores do que 4 μm/ml acabam não influenciando o processo.
1 1 1 1 1 1 11 1 1 1 1 1
2
1 1
2
JULHO AGOSTO SETEMBRO OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO FEVEREIRO
2019 2020
Qu
anti
dad
e d
e a
mo
stra
gen
s
C
A
B
14
Quadro 4 - Classificação ISO 4406: Amostragens óleo lubrificante novo 15W40 em
alerta
Mina Mês / Ano Classificação ISO 4406 Classificação ISO 4406
(partículas > 6 μm e 14 μm)
Quantidade de
Partículas >6 μm/ml
Quantidade de
Partículas >14 μm/ml
C Julho/19 22/20/14 20/14 7758 81
A Julho/19 23/21/15 21/15 19691 271
C Agosto/19 23/21/15 21/15 11007 297
A Agosto/19 23/21/15 21/15 10660 273
B Setembro/19 23/21/13 21/13 12884 56
A Setembro /19 22/20/1 20/1 5836 0
B Setembro/19 24/22/14 22/14 28363 117
C Setembro/19 22/19/1 19/01 3742 0
C Outubro/19 23/20/14 20/14 8378 121
B Outubro/19 23/21/14 21/14 10986 85
A Outubro/19 22/20/15 20/15 9406 180
C Novembro/19 22/20/11 20/11 6146 19
B Novembro/19 24/22/13 22/13 22215 77
C Dezembro/19 23/20/14 20/14 9238 99
A Dezembro/19 23/21/14 21/14 12564 100
B Fevereiro/20 23/21/15 21/15 18123 85
C Fevereiro/20 22/20/10 20/10 5868 6
A Fevereiro/20 23/21/18 21/18 15987 1542
B Fevereiro/20 23/21/18 21/18 19687 2498 Fonte: Elaborado pelo autor
Conforme o laboratório que realiza a análise das amostras de óleo lubrificante,
o índice de contagem de partículas para óleo motor novo deve possuir a classificação ≤
ISO 22/20/17. Os valores em negrito nas colunas “Quantidade de Partículas >6 μm/ml”
e “Quantidade de Partículas >14 μm/ml”, fazem referência à quantidade de partículas
que estão acima do padrão estabelecido pela norma ISO 4406. As amostras que não
estão em destaque apresentaram índice acima do esperado para água, sódio e silício.
A identificação dos parâmetros que levaram as amostras a uma condição em alerta foi
através da aplicação da folha de verificação, sendo analisado em cada laudo de
amostragem a recorrência dos fatores: contagem de partículas acima da classificação
ISO 4406, presença de água, sódio e silício, apresentado no Quadro 5.
15
Quadro 5 - Parâmetros que acarretam as amostras em alerta
Fonte: Elaborado pelo autor
A presença de água, partículas acima da classificação ISO 4406, e silício
consecutivamente foram os parâmetros que apresentaram maiores recorrências nos
resultados.
A fim de demonstrar as possíveis causas que fazem os parâmetros estarem em
alerta para o óleo lubrificante novo 15W40, aplicou-se o Diagrama de Ishikawa. Na
Figura 5, é possível observar as várias causas inerentes ao processo que podem estar
impactando nesse efeito.
Figura 5 - Causas que levam os parâmetros a ficarem em alerta
Fonte: Elaborado pelo autor
Foi possível observar que foram definidas 9 possíveis causas que podem estar
impactando no índice de amostras em alertas, desde a falta de treinamento do
funcionário até o instrumento que é utilizado para realizar análise do óleo lubrificante.
Então buscou-se identificar juntamente à equipe da empresa as principais causas com
maior impacto e que possuem resolução de curto prazo, com o objetivo de classificar e
16
priorizar as soluções dos problemas que podem estar afetando o processo, para isso
utilizou-se da ferramenta 5W2H demonstrado no Quadro 6, como meio de compilar
essas informações de forma clara e objetiva, determinando responsabilidades e prazos.
As demais causas não serão descartadas do plano de ação da empresa, serão tratadas a
longo prazo, sendo revistas futuramente.
Quadro 6 - Método 5W2H para solução dos problemas de amostragem em alerta
5W 2H
What? Why? Who? Where? When? How? How much?
O que? Por que? Quem? Onde? Quando? Como? Quanto?
Realizar
treinamento
dos
funcionários
para coleta
de amostras
Ausência de
habilidade e
técnicas na
coleta de
amostras
Técnico
especializado
do
laboratório
Posto de
abastecimento
1
semana
Treinamento
e prática em
campo
Custo já
embutido no
pagamento do
funcionário
responsável
Drenar
filtros
Presença de
água nos
resultados
das amostras
Técnico de
manutenção
Sistema de
filtragem dos
postos de
abastecimento
Todo
mês
Incluir na
programação
do
executante
Custo já
embutido no
pagamento do
funcionário
responsável
Trocar
filtros
Filtros
saturados,
pois, a
contagem de
partículas
está acima
da
classificação
ISSO 4406
Técnico de
manutenção
Sistemas de
filtragem dos
postos de
abastecimento
Todo
mês
Incluir na
programação
das
atividades
do
responsável
Custo já
embutido no
pagamento do
funcionário
responsável
Fonte: Elaborado pelo autor
A primeira causa classificada foi a falta de treinamento. Situações como manuseio dos
frascos coletores de forma incorreta e por ser uma área mineradora, todo ambiente está
exposto a poeira, estes fatores interferem e causam índices em alerta, principalmente a
presença de sílica nas amostras. Portanto, a orientação do funcionário quanto aos
cuidados inerentes a esse processo, se torna imprescindível.
A segunda causa é o período de drenagem ineficaz. No plano de manutenção não
possuía periodicidade para drenagem de água do óleo lubrificante, a partir dos resultados
que demonstravam presença de água foi solicitado a revisão no plano de manutenção
dos filtros.
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A terceira causa é a possibilidade de saturação do filtro, para tanto, a proposta é
diminuir o intervalo de troca dos filtros, a fim de monitorar se o índice de contagem de
partículas irá diminuir e atrelado a isso será necessário acompanhar a vazão do bico que
realiza a entrega do óleo lubrificante 15W40, pois se a vazão diminuir
consideravelmente, pode levar a saturação e ineficiência do filtro.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente artigo utilizou as ferramentas da qualidade Folha de Verificação, Diagrama
de Ishikawa e 5W2H a fim de analisar os resultados das amostragens de óleos lubrificantes
novos de uma empresa do ramo de mineração. Essas ferramentas foram determinística para
avaliar o índice de contaminação por contagem de partículas (Classificação ISO 4406),
presença de água e sílica nas amostras, sendo possível através delas apresentar a recorrência
desses principais tipos contaminantes e as possíveis causas que podem estar ocasionado
amostras em alerta, além de fornecer medidas para a mitigação dos resultados em alerta.
Constatou-se que no período de 11 meses em que foi analisado o resultado das amostras
de óleo lubrificante novo SAE 30, SAE 50, 15W40 e 10W, o óleo lubrificante novo 15W40 foi
o que apresentou maior recorrência de resultados em alerta, sendo assim o foco da análise. Com
a aplicação das ferramentas da qualidade e desdobramento dos problemas classificados foi
possível avaliar, mensurar e foram propostas soluções de melhoria através da ferramenta 5W2H
no plano de manutenção do sistema de filtragem e também promover treinamento para os
colaboradores que realizam a coleta das amostras de forma a proporcionar resultados
satisfatórios com índices mínimos de contaminantes no processo de entrega deste insumo.
O estudo se mostrou importante pelo fato de ser usado como fonte de informação para
a sociedade e pessoas que desejam adquirir maior conhecimento com relação ao funcionamento
do processo de administração dos lubrificantes em uma empresa de grande porte, servindo como
parâmetro para pesquisas futuras e também expressar a importância de uma boa gestão dos
lubrificantes e sua influência na organização. Através dele é possível visualizar detecção e
mitigação dos contaminantes que causam impactos no funcionamento de máquinas e
equipamentos, uma vez que o mesmo pode acarretar desgastes dos componentes, mau
funcionamento, paradas indesejadas ou fora do período da manutenção programada, o que pode
ocasionar custos elevados para a organização e consequentemente perda de produtividade.
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