apostila de desenho geométrico e industrial cíntia
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Apostila de Desenho Técnico
Desenho Geométrico Básico, Industrial e Arquitetônico
Informática Básica e Auto Cad
1º A – 2009
Professora: Cíntia Souza da Silva
Introdução à Informática/CAD
Profª Cíntia Souza da Silva Coordenação de Eletrotécnica/Automação Industrial
Desenho Técnico
Desenho Geométrico Básico, Industrial e Arquitetônico
1. Principais Conceitos e Fundamentos
Desenho – habilidade que qualquer pessoa pode desenvolver.
1.1. Os instrumentos de desenho
Para estudar e praticar o Desenho Básico devemos conhecer os instrumentos
necessários para por em prática tudo o vamos aprender para isto são necessários os
seguintes instrumentos:
a) Lápis ou lapiseira: Apresentam internamente o grafite ou mina, que tem
grau de dureza variável, classificado por letras, números ou a junção dos dois.
b) Papel: Blocos, cadernos ou folhas avulsas (papel ofício) de cor branca e
sem pautas. A4.
c) Régua: Em acrílico ou plástico transparente, graduada em cm
(centímetros) e mm (milímetros)
d) Par de esquadros: Em acrílico ou plástico transparente e sem graduação.
Os esquadros são destinados ao traçado e não para medir, o que deve ser
feito com a régua. Um deles tem os ângulos de 90°, 45° e 45° e o outro os
ângulos de 90°, 60° e 30°. Os esquadros formam um par quando, dispostos
como na figura, têm medidas coincidentes.
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e) Borracha: Branca e macia, preferencialmente de plástico sintético. Para
pequenos erros, usa-se também o lápis-borracha.
f) Compasso: Os fabricados em metal são mais precisos e duráveis. O
compasso é usado para traçar circunferências, arcos de circunferências (partes
de circunferência) e também para transportar medidas. Numa de suas hastes
temos a ponta seca e na outra o grafite.
g) Transferidor: Utilizado para medir e traçar ângulos, deve ser de material
transparente (acrílico ou plástico) e podem ser de meia volta (180°) ou de volta
completa (360°)
.
1.1.1. Entes Geométricos
Essas dimensões são as três medidas que compõem o nosso mundo
tridimensional: o comprimento, a largura e a altura ( ou a espessura em alguns
casos ).
Há forma que apresenta uma dimensão – comprimento. O ente geométrico
que traduz essa forma – linha.
Quando um objeto apresenta duas dimensões, isto é, um comprimento e uma
largura, o ente geométrico que o representa é o plano.
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Dando idéia de área, de superfície.
Finalmente, ao depararmo-nos com objetos que apresentam as três
dimensões, temos a idéia do volume.
Considerando essas três dimensões como infinitas, chegamos a outra idéia:
extensão sem limites, ou seja, o espaço geométrico. É no Espaço Geométrico
que se localizam os Entes Geométricos, que, organizados darão formato às
figuras ou Corpos Geométricos.
Os entes geométricos são conceitos primitivos e não têm definição. É através
de modelos comparativos que tentamos explica-los. São considerados como
elementos fundamentais da Geometria, e são:
- Ponto – Conforme já dito, não tem definição. Além disso, não
tem dimensão. Graficamente, expressa-se o ponto pelo sinal obtido
quando se toca a ponta do lápis no papel. É de uso representa-lo por
uma letra maiúscula ou algarismos, em alguns casos. Sua
representação também se dá pelo cruzamento de duas linhas, que
podem ser retas ou curvas.
- Linha – É o resultado do deslocamento de um ponto no espaço.
Em desenho é expressa graficamente pelo deslocamento do lápis sobre
o papel. A linha tem uma só dimensão: o comprimento. Podemos
interpretar a linha como sendo a trajetória descrita por um ponto ao se
deslocar.
- O Plano – É outro conceito primitivo. Através de nossa intuição,
estabelecemos modelos comparativos que o explicam, como: a
superfície de um lago com sua águas paradas, o tampo de uma mesa,
um espelho, etc. À esses modelos, devemos acrescentar a idéia de que
o plano é infinito. O plano é representado, geralmente, por uma letra do
alfabeto grego.
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- Reta – Pelas características especiais deste ente geométrico e
sua grande aplicação em Geometria e Desenho, faremos seu estudo de
forma mais detalhada a seguir.
A reta não possui definição, no entanto, podemos compreender este ente
como o “resultado do deslocamento de um ponto no espaço, sem variar a sua
direção”.
A reta é representada por uma letra minúscula e é infinita nas duas direções,
isto é, devemos admitir que o ponto já vinha se deslocando infinitamente antes
e continua esse deslocamento infinitamente depois.
Por um único ponto passam infinitas retas, enquanto que, por dois pontos
distintos, passa uma única reta.
Por uma reta passam infinitos planos.
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Da idéia de reta, originam-se outros elementos fundamentais para o Desenho
Geométrico:
- SEMI-RETA: É o deslocamento do ponto, sem variar a direção,
mas tendo um ponto como origem. Portanto, a semi-reta é infinita em
apenas uma direção. Um ponto qualquer, pertencente a uma reta,
divide a mesma em duas semi-retas.
- Semi-reta de origem no ponto A e que passa pelo ponto B (figura
1)
- Semi-reta de origem no ponto C e que passa pelo ponto D
(figura 2)
Um ponto qualquer, pertencente a uma reta, divide a mesma em duas semi-
retas.
- SEGMENTO DE RETA – É a porção de uma reta, limitada por
dois de seus pontos. O segmento de reta é, portanto, limitado e
podemos atribuir-lhe um comprimento. O segmento é representado
pelos dois pontos que o limitam e que são chamados de extremidades.
Ex: segmento AB, MN, PQ, etc.
- SEGMENTOS COLINEARES – São segmentos que pertencem à
mesma reta, chamada de reta suporte.
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-
- SEGMENTOS CONSECUTIVOS – São segmentos cuja
extremidade de um coincide com a extremidade de outro.
- RETAS COPLANARES – São retas que pertencem ao mesmo
plano.
- RETAS CONCORRENTES – São retas coplanares que
concorrem, isto é, cruzam-se num mesmo ponto; sendo esse ponto
comum às duas retas.
1.1.2. Posições de uma reta
a) Horizontal: É a posição que corresponde à linha do horizonte marítimo.
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b)Vertical: É a posição que corresponde à direção do fio de prumo
(instrumento utilizado pelo pedreiro, com a finalidade de alinhar uma parede ou
muro. Consiste em um barbante, contendo numa das extremidades um peso
em forma de pingente, que, pela ação da gravidade, dá a direção vertical).
c) Oblíqua ou Inclinada – É a exceção das duas posições anteriores, quer
dizer, a reta não está nem na posição horizontal, nem na posição vertical.
a) Perpendiculares – São retas que se cruzam formando um ângulo reto, ou
seja, igual a 90°
(noventa graus).
2. Associação Brasileira de Normas Técnicas
2.1. Formatos de Papel O formato básico de papel designado de A0 (A zero) considera um retângulo de 841
mm (x) por 1.189 mm (y) correspondente a 1 m² de área. Deste formato derivam-se os demais formatos na relação y = x√ 2 , conforme quadro abaixo:
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2.2. Pranchas ou folhas de desenho Normalmente empregam-se as denominadas “pranchas” ou “folhas” de desenho utilizando-se de vários módulos “A4”, cujas áreas variam da normalização citada. Esta adequação permite variar o tamanho da folha de desenho em função do desenho desejado, contribuindo em diminuição de espaço em branco. Procura-se empregar as medidas na horizontal (x) em módulos ímpares (185 mm), enquanto que, na vertical (y) esta medida pode variar até o limite do papel de mercado (1200 mm).
2.3. Dobradura em folhas
Para facilitar o arquivamento executa-se o dobramento das folhas de tal maneira que o resultado final é a dimensão da folha do módulo “A4” (folha do papel ofício igual a 210 x 297 mm). Se a modulação em x empregada for em número ímpar, tem-se uma dobradura perfeita, enquanto que, se for par haverá uma medida menor que um módulo resultando em uma dobragem denominada de “falsa”.
2.4. Escalas
Escala é a relação entre as dimensões representadas no desenho e as dimensões reais do objeto.
1 : 200
2.4.1.1. Desenho Real
- De Redução
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Quando o objeto a ser representado for muito grande, não podendo ser desenhado no tamanho natural, deve-se reduzir.
- De Ampliação
Quando o objeto a ser representado for muito pequeno, este deverá ser ampliado. Em arquitetura normalmente empregam-se as escalas de redução, uma vez que as medidas reais geralmente são grandes.
2.5. Condições básicas na escolha da escala
O tamanho do objeto a representar
As dimensões do papel disponível
A clareza e a precisão do desenho 2.6. Escalas Usuais
2.7. Escalas Numéricas
Forma de proporção - 1/100; 1/200; 1/125
Proporção ordinária - 1:100; 1:200; 1:125 A escala numérica é dada pela expressão:
1/E = d/D Onde: e = escala desejada d = medida do desenho D = medida real Ex: A medida real (D) é igual a 35 metros e a medida no papel (d) é igual a 35 cm.
Qual é a escala do desenho?
1/E = 0,35/ 35 E = 1:100
2.8. Escalas Gráficas
É a representação gráfica da escala numérica. Ela controla as variações que ocorrem nas ampliações, reduções, dilatação do papel etc, mantendo sempre a mesma proporcionalidade.
Conceitos:
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D = U/E e d = D/10
Onde: D = Divisão Principal (cm) U = Unidade escolhida (km, m, cm etc) E = Escala da planta (1:1.000) d = talão de escala (espaço inicial da escala ÷10 pares) Exemplo:
E = 1:1.000, D = 1 cm ....................U = 10 m e d = 1 mm
2.9. Letras e algarismos Os tipos de letras e algarismos empregados devem ser bem legíveis, de rápida
execução e de tamanho adequados ao desenho. No desenho através de pranchetas utiliza-se da caligrafia normografada (uso de réguas normógrafos, aranha e canetas a nanquim). Emprega-se também, em certos desenhos, a caligrafia técnica vertical ou inclinada. No desenho atual via computador trabalha-se com caligrafias definidas pelos softwares.
3. Legenda
A legenda é um quadro que deve ser apresentado no canto inferior à direita, com a finalidade de fornecer todas as informações para uma consulta rápida de identificação e interpretação do desenho.
3.1. Modelo de legenda
Deve constar:
Título do projeto
Numeração da obra e arquivamento
Denominação da obra
Nome do proprietário
Localização do imóvel (logradouro, bairro, cidade, estado)
Escalas utilizadas
Data
Áreas (construção, demolição, livres, total, etc)
Desenhista (nome, data, assinatura)
Engenheiro responsável (Nome, CREA, ART, RM, RO)
Outros
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4. Linhas e espessuras Em todo desenho deve-se empregar uma variância de tipos de linhas e espessuras,
permitindo adequar o que é mais importante a ser destacado na visualização, sendo recomendado adotá-las segundo as convenções estabelecidas pelas normalizações.
4.1. Tipos de linha
4.2. Espessuras
Grossa
Média
Fina
5. Denominações dadas em projetos arquitetônicos O posicionamento do observador define o plano de projeção desejado – Plano
Horizontal, Plano Vertical e Plano de Perfil os quais recebem as seguintes denominações:
a) Plano Horizontal = PLANTA Define a vista de cima, posicionado na altura que melhor represente as diversas
dimensões (comprimento e largura) do objeto, usualmente a 1,50 m de altura em relação ao piso.
b) Plano Vertical interno = CORTES
Vista do detalhamento interno em comprimento e altura
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c) Plano Perfil frontal = FACHADA Representa a vista externa do objeto.
6. Cotas Representam sempre dimensões reais do objeto e não dependem , portanto,
da escala em que o de senho está executado . São os números que
correspondem às medidas .
Obs. As cotas devem ser escritas na posição horizontal , de modo que sejam
lidas com o desenho em posição normal , colocando-se o leitor do lado direito
da prancha . Para localizar exatamente uma cota e indicar qual a parte ou
elemento do objeto a que ela se refere é necessário recorrer a dois tipos de
linhas que são:
a) linhas de chamada (ou de extensão ou , ainda linha de referencia )
b) linhas de cota ( ou de medida ) .
7. Simbolos Gráficos
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O desenho arquitetônico, por ser feito em escala reduzida e por abranger áreas
relativamente grandes, é obrigado a recorrer a símbolos gráficos. Assim utilizaremos
as simbologias para definir, como por exemplo, as paredes, portas, janelas, louças
sanitárias, telhas, concreto etc.
7.1. PAREDES Normalmente as paredes internas são representadas com espessura de 15 cm
mesmo que na realidade a parede tenha 14 cm ou até menos. Nas paredes externas o
uso de paredes de 20 cm de espessura é o recomendado, mas não obrigatório. É, no
entanto obrigatório o uso de paredes de 20 cm de espessura quando esta se situa
entre dois vizinhos (de apartamento, salas comerciais...)
Convenciona-se para paredes altas ( que vão do piso ao teto ) traço grosso contínuo
e para paredes a meia altura , com traço médio contínuo , indicando a altura
correspondente .
7.2. PORTAS
1. Porta interna - Geralmente a comunicação entre dois ambientes não há
diferença de nível , ou seja estão no mesmo plano , ou ainda , possuem a mesma cota
.
2. Porta externa - A comunicação entre os dois ambientes ( externo e interno )
possuem cotas diferentes , ou seja o piso externo é mais baixo .
Nos banheiros a água alcança a parte inferior da porta ou passa para o ambiente
vizinho; os dois inconvenientes são evitados quando há uma diferença de cota nos
pisos de 1 a 2 cm pelo menos . Por esta razão as portas de sanitários desenham se
como as externas.
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7.2.1. Outros tipos de porta :
- De correr ou corrediça
- Porta pantográfica
- Porta pivotante
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- Porta basculante
- Porta de enrolar
7.3. JANELAS
O plano horizontal da planta corta as janelas com altura do peitoril até 1.50m , sendo
estas representadas conforme a figura abaixo , sempre tendo como a primeira
dimensão a largura da janela pela sua altura e peitoril correspondente . Para janelas
em que o plano horizontal não o corta , a representação é feita com linhas invisíveis.
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7.4. PEÇAS SANITÁRIAS
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7.5. MOVÉIS - SALA/QUARTO/COZINHA
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7.6. NA ÁREA DE SERVIÇO
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7.7. ILUMINAÇÃO E VENTILAÇÃO
Todo compartimento deve ter, em plano vertical, ao menos uma abertura para o
exterior. Estas aberturas devem ser dotadas de persianas ou dispositivas que
permitam a renovação do ar. Nos compartimentos destinados a dormitórios não
será permitido o uso de material translúcido, pois é necessário assegurar sombra e
ventilação simultaneamente. As áreas destas aberturas serão proporcionais às
áreas dos compartimentos a iluminar e ventilar, e variáveis conforme o destino
destes compartimentos. As frações que representam as relações entre áreas de
piso e de esquadrias que apresentaremos, são as mínimas. Por isso sempre que
houver disponibilidade econômica, os vãos devem ter as maiores áreas possíveis.
7.7.1. DORMITÓRIOS ( local de permanência prolongada , noturna ) A área das aberturas não deverá ser inferior a 1/6 da área do piso .
7.7.2. SALAS DE ESTAR , REFEITÓRIOS , COPA , COZINHA , BANHEIRO , WC etc. ( local de permanência diurna )
A área das aberturas não deverá ser inferior a 1/8 da área do piso.
Essas relações serão de 1/5 e 1/7, respectivamente, quando os vãos abrirem
para áreas cobertas ou varandas e não houver parede oposta a esses vãos a
menos de 1.50 m do limite da cobertura dessas áreas.
Estas relações só se aplicam às varandas, alpendres e marquises, cujas
coberturas excedam a 1.00 m e desde que não exista parede nas condições
indicadas:
a) A relação passará para ¼ e 1/5 respectivamente, quando houver a
referida parede a menos de 1.50 m do limite da cobertura.
b) As aberturas nos dormitórios que derem para áreas cobertas são
consideradas de valor nulo para efeito de iluminação e ventilação.
c) Em hipótese alguma serão permitidas aberturas destinadas a ventilar
e iluminar compartimentos com menos de 0.60m2.
d) Também não serão considerados como iluminados e ventilados os
pontos que distarem mais de 2 vezes o valor do pé direito , quando o
vão abrir para área fechada , e 2 vezes e meia para os demais casos.
A iluminação e ventilação por meio de clarabóias serão toleradas em
compartimentos destinados a escadas, copa, despensa, oficina, e armazém
para depósito, desde que a área de iluminação e ventilação efetiva seja igual à
metade da área total do compartimento.
Quando a iluminação do compartimento se verificar por uma só de suas
faces, não deverá existir nessa face pano de parede que tenha largura maior
que 2 vezes e meia a largura da abertura ou a soma das aberturas .
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As escadas serão iluminadas em cada pavimento por meio de janelas ou de
vitrais o mais alto possível e que podem ser parcialmente fixos.
As janelas devem se possível, ficar situadas no centro das paredes, por
questão de equilíbrio na composição do interior.
Quando houver mais de uma janela em uma mesma parede, a distância
recomendável entre elas deve ser menor ou igual a ¼ da largura da janela, a
fim de que a iluminação se torne uniforme.
Com janelas altas conseguimos iluminar melhor as partes mais afastadas das
janelas.
As oficinas bem iluminadas geralmente possuem janelas altas, de pequena
altura de verga e de grande altura de peitoril.
8. Normas e Simbologias
Os símbolos gráficos usados nos diagramas unifilar são definidos pela norma NBR5444, para serem usados em planta baixa (arquitetônica) do imóvel. Neste tipo de planta é indicada a localização exata dos circuitos de luz, de força, de telefone e seus respectivos aparelhos.
As tabelas a seguir mostram a simbologia do sistema unifilar para instalações
elétricas prediais (NBR5444).
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9. Diagramas Multifilar e Unifilar
Os diagramas elétricos podem ser feitos de acordo como o modelo unifilar ou multifilar conforme seu objetivo.
Unifilar - Objetiva mostrar as interligações entre equipamentos sem minúcias quanto aos pontos de conexão existentes nesses equipamentos.
No transformador há duas linhas quando na realidade há oito.
Multifilar - Objetiva mostrar todos os condutores existentes em uma instalação.
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Este esquema unifilar é somente representado em plantas baixas, mas o eletricista
necessita de um outro tipo de esquema chamado multifilar, onde se mostram detalhes de ligações e funcionamento, representando todos os seus condutores, assim como símbolos explicativos do funcionamento, como demonstra o esquema a seguir:
10. Diagramas Elétricos Prediais
10.1. Lâmpada e Interruptor Simples
Esquema Multifilar
Esquema Unifilar
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10.2. Lâmpada, Tomada e Interruptor Simples
Esquema Multifilar
Esquema Unifilar
10.3. Lâmpada e Interruptor de Duas Seções
Esquema Multifilar
Esquema Unifilar
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Quando desejarmos representar, num esquema unifilar, um grupo de lâmpadas em
um mesmo ponto (lustre), devemos indicar, ao lado do símbolo de lâmpadas, o número de lâmpadas do grupo na ordem de acendimento.
Exemplo: Um lustre com 3 lâmpadas, em que uma seção acenda 2 lâmpadas e outra seção, comande a terceira lâmpada.
Esquema Multifilar
Esquema Unifilar
10.4. Lâmpada e Dois Interruptores Paralelos (Three-Way)
Esquema Multifilar
Esquema Unifilar
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10.5. Lâmpada, Dois Interruptores Paralelos (Three-Way) e um Intermediário (Four-Way)
Esquema de Funcionamento
Esquema Unifilar
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10.6. Aparelhos de Sinalização (campainha e cigarra)
Esquema Multifilar
Esquema Unifilar
11. Ligações de Lâmpadas Fluorescentes Na prática, chamamos de lâmpada fluorescente, a um conjunto composto de
lâmpada propriamente dita, reator, suporte e calha, se for de partida rápida. O tipo “convencional” ainda é composto por um “starter”.
Para que possamos ligar este conjunto à rede, é necessário que interliguemos seus componentes. Esta operação só será possível mediante a leitura do esquema de ligação afixado no reator, sendo que este esquema varia conforme o tipo de reator e seu fabricante.
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Abaixo, vemos alguns exemplos de esquemas de ligação de reatores. Ligação de
reator simples, tipo “convencional”.
11.1. Ligação de reator duplo, tipo “convencional”.
11.2. Ligação de reator duplo, “partida rápida”.
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12. Projeto de Instalações Elétricas Industriais
13. Diagramas Elétricos Industriais
13.1. Introdução Para o comando, regulação e proteção dos motores elétricos, que constituem os
elementos de potência das instalações elétricas industriais, empregam-se diferentes dispositivos tais como: contatores, disjuntores, reguladores, relés (proteção, auxiliares), eletroímãs, sinalizadores, engates eletromagnéticos, alarmes, freios mecânicos, etc., interligados por condutores elétricos. Estes dispositivos se conectam eletricamente a uma instalação elétrica em geral destinada a efetuar as operações requeridas em uma ordem determinada.
Os diagramas elétricos são desenhados, basicamente, desenergizados e mecanicamente não acionados. Quando um diagrama não for representado dentro desse princípio, nele devem ser indicadas as alterações. Os diagramas dividem-se em
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três grandes grupos para fins didáticos: esquemático, de blocos, e layout de montagem..
13.2. Diagrama Esquemático
Destinado a facilitar o estudo e a compreensão do funcionamento de uma instalação ou parte dela. Os elementos do diagrama dispõem-se de forma que possam facilitar sua interpretação e não seguindo a disposição espacial real. Isto quer dizer que diversos elementos condutores de corrente e os dispositivos de comando e proteção estão representados conforme a sua posição no circuito elétrico e independente da relação construtiva destes elementos. Os diagramas esquemáticos são classificados em 3 tipos:
a. Diagrama Unifilar
Representação simplificada, geralmente unipolar das ligações, sem o circuito de
comando, onde só os componentes principais são considerados. Em princípio todo projeto para uma instalação elétrica deveria começar por um diagrama unifilar.
.
b. Diagrama Multifilar
É a representação da ligação de todos os seus componentes e condutores. Em contraposição ao unifilar, todos os componentes são representados, sendo que a posição ocupada não precisa obedecer à posição física real em que se encontram. Como ambos os circuitos, (principal e auxiliar) são representados simultaneamente no diagrama, não se tem uma visão exata da “função” da instalação, dificultando, acima de tudo a localização de uma eventual falha, numa instalação de grande porte.
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c. Diagrama Funcional (Elementar)
A medida que os diagramas multifilares foram perdendo a utilidade, foram sendo substituídos pelos funcionais. Este tipo de diagrama representa com clareza os processo e o modo de atuação dos contatos, facilitando a compreensão da instalação e o acompanhamento dos diversos circuitos na localização de eventuais defeitos.
Basicamente o Diagrama Funcional é composto por 2 circuitos:
Circuito Principal ou de Força Onde estão localizados todos os elementos que tem interferência direta na
alimentação da máquina, ou seja, aqueles elementos por onde circula a corrente que alimenta a respectiva máquina.
Circuito Auxiliar ou de Comando Onde estão todos os elementos que atuam indiretamente na abertura, fechamento e
sinalização dos dispositivos utilizados no acionamento da máquina, em condições normais e anormais de funcionamento.
Os diagramas funcionais são os mais importantes do ponto de vista de projeto, permitindo obter uma idéia de conjunto sobre o sistema de comando adotado, que é a base de partida, proporcionando os dados fundamentais para a posterior realização dos diagramas de interligação, nos trabalhos de montagem como também a preparação da lista de materiais.
13.3. Diagrama de Blocos
Outro tipo de diagrama explicativo utilizado muitas vezes é o denominado Diagrama de Blocos. Consiste essencialmente em um desenho simples cujo objetivo é apresentar o princípio de funcionamento de uma instalação elétrica industrial.
A necessidade dos diagramas de blocos está muitas vezes no interesse em conhecer o funcionamento de uma instalação sem ter que analisar detalhadamente o diagrama funcional completo, o que levaria muito tempo.
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13.4. Layout de Montagem
O Layout de montagem constitui um documento importante para orientar a montagem, localização e reparação de falhas em todos os equipamentos que constituem uma instalação elétrica.
O layout que envolva máquinas, equipamentos elétricos, instalações, etc., devem refletir a distribuição real dos dispositivos, barramentos, condutores, etc., e seus elementos separados, como indicar os caminhos empregados para a interconexão dos contatos destes elementos.
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13.5. Identificação de Bornes em Diagramas de Interligação
Se duas ou mais partes de uma instalação estão interligadas entre si por condutores, estes são ligados em ambos os lados a blocos terminais (régua de bornes). Tanto os terminais quanto os conjuntos de bornes são identificados por letras e números.
Para os condutores, foi escolhido o critério da identificação do seu destino em cada borne de conexão. Observe o exemplo abaixo que representa uma interligação de 3 réguas de bornes com suas respectivas numerações.
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14. Bibliografia Recomendada