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MANUAL COMPLETO PARA PREPARAÇÃO DE LÍDERES DE DESBRAVADORES Este material deve ser distribuído livremente sem cobrança de taxa alguma. Não deve ser usado para fins lucrativos.

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Apostila para Líderes de Desbravadores - 6ª Região MN

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MANUAL COMPLETO PARA PREPARAÇÃO DE LÍDERES DE DESBRAVADORES

Este material deve ser distribuído livremente sem cobrança de taxa alguma. Não deve

ser usado para fins lucrativos.

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ÍNDICE

PARTE I 1. QUEM SÃO OS DESBRAVADORES ................................................................................. 3 2. BREVE HISTÓRICO ........................................................................................................... 3

2.1. Surgimento da Ideia ....................................................................................................... 3 2.2. Desenvolvimento ............................................................................................................ 3 2.3. A Organização ................................................................................................................ 3 2.4. A Oficialização ............................................................................................................... 3 2.5. Historia dos Desbravadores no Mundo .......................................................................... 4

3. FILOSOFIA E PROPOSITO DOS DESBRAVADORES ................................................... 9 3.1. Filosofia dos Desbravadores .......................................................................................... 9 3.2. Objetivos do Clube de Desbravadores ........................................................................... 10 3.3. Disciplina dos Desbravadores ........................................................................................ 10

4. COMPREENDENDO O DESBRAVADOR ....................................................................... 13 4.1. Características do desenvolvimento dos Desbravadores ................................................ 13

5. DESENVOLVENDO UMA LIDERANÇA COMPETENTE .............................................. 16 5.1. Características de um Líder competente ......................................................................... 16 5.2. Líder Eficiente X Líder Eficaz ........................................................................................ 16 5.3. O Líder e sua Competência Emocional ........................................................................... 16 5.4. O Líder e sua Competência Espiritual ............................................................................ 17 5.5. O que um Líder Competente Necessita .......................................................................... 17 5.6. Líderes em Falta ............................................................................................................. 18 5.7. Lições da História de Jesus ............................................................................................ 19 5.8. Conselhos de Ellen White .............................................................................................. 19

6. A ARTE DE UM BOM PLANEJAMENTO ........................................................................ 20 6.1. Definição de “Planejamento” ......................................................................................... 20 6.2. Benefícios do Planejamento ........................................................................................... 20 6.3. Princípios Básicos do Planejamento ............................................................................... 20 6.4. Planejamento para Ensinar as Classes ............................................................................ 22 6.5. Publicidade do Clube ..................................................................................................... 23 6.6. Porque as Coisas Funcionam .......................................................................................... 25 6.7. Como Motivar um Clube de Desbravadores ................................................................... 26 6.8. Atitudes Positivas e Negativas no Clube ........................................................................ 27

7. 15 SEGREDOS PARA SE TRABALHAR BEM EM EQUIPE ........................................... 28 8. OS 7 PECADOS CAPITAIS DO LÍDER DE DESBRAVADORES ................................... 28

PARTE II

9. ACAMPAMENTO ................................................................................................................ 30 9.1. Filosofia .......................................................................................................................... 30 9.2. Objetivos ......................................................................................................................... 30 9.3. Data ................................................................................................................................. 30 9.4. Local ............................................................................................................................... 30 9.5. Equilibrando o Programa ................................................................................................ 34 9.6. Arrumando a Mochila ..................................................................................................... 37 9.7. O que Fazer quando se encontrar Perdido ...................................................................... 38 9.8. Sinais de Pista e Orientação ............................................................................................ 39 9.9. Uso do Machado e da Faca de Mato ............................................................................... 44

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9.10. Nós e Amarras ............................................................................................................... 50 10. RECREAÇÃO CRISTÃ ........................................................................................................

10.1. Definição ........................................................................................................................ 10.2. Diferença entre “Recreação” e “Diversão” .................................................................... 10.3. De olho nos detalhes ...................................................................................................... 10.4. Elaborando um Programa Recreativo ............................................................................ 10.5. Como Apresentar uma Atividade ................................................................................... 10.6. Disciplina e Ordem .........................................................................................................

PARTE III 11. REQUISITOS DAS CLASSES AGRUPADAS E LÍDER ...................................................

11.1. Livro de Registro ou Portfólio ....................................................................................... 11.2. A .................................................................................................................................

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QUEM SÃO OS DESBRAVADORES?

Somos meninos e meninas com idades entre 10 e 15 anos, de diferentes classes sociais, cor, ou religião. Temos reuniões uma vez por semana para aprender a desenvolver nossos talentos, habilidades, percepções e o gosto pela natureza.

Nós vibramos com atividades ao ar livre. Gostamos de acampamentos, caminhadas, explorações nas matas e montes. Sabemos cozinhar ao ar livre, fazendo fogo sem fósforo. Demonstramos habilidade com a disciplina através de ordem unida, e temos a criatividade despertada pelas artes manuais. Combatemos, também, o uso do fumo, álcool e drogas. Trabalhamos em equipe procurando sempre ser úteis à comunidade. Participamos ativamente de campanhas comunitárias para ajudar pessoas carentes.

Em tudo que fazemos procuramos desenvolver amor a Deus e à Pátria e, além disso, formamos muitos amigos! Nosso Clube está presente em mais de 160 países, com 90.000 clubes locais e mais de dois milhões de participantes. Existimos oficialmente desde 1950, como um programa oficial da Igreja Adventista do 7º Dia. Meninos e meninas de qualquer fé religiosa podem participar conosco deste movimento que faz brilhar o colorido da energia juvenil. E por falar em energia, é por isso que seu filho ou sua filha, que tem tanta energia, agora faz parte deste Clube.

BREVE HISTÓRICO

Este é um breve histórico dos Desbravadores para que todo líder possa saber um pouco mais sobre o movimento do qual faz parte, mas lembremo-nos que devemos sempre buscar mais conhecimento em outras fontes de informação.

• O SURGIMENTO DA IDÉIA O nome “DESBRAVADORES” foi usado por Theron Johnston, em 1930, quando organizou um clube em sua casa na cidade Sant’Ana, Califórnia, nos Estados Unidos. Não recebeu apoio e acabou abandonando a idéia. Já em 1940, a Associação do Sudoeste da Califórnia chamou o seu acampamento de "Acampamento de Desbravadores Jovens Missionários Voluntários". Nessa época, também surgiu um clube organizado pelo pastor Laurence Skinner com o nome "Locomotiva".

• DESENVOLVIMENTO O clube começou a tomar corpo a partir de 1946, com a liderança do Pr. John Hancock, que era diretor de jovens da Associação do Sudoeste da Califórnia. Aproveitando o nome do acampamento da Associação, chamaram de "Clube dos Desbravadores Jovens Missionários Voluntários".

• A ORGANIZAÇÃO Em 1946, o próprio pastor Hancock desenhou o emblema em forma de triângulo, que ainda é usado em todo

o mundo. Em 1947, a Associação Geral pediu à União do Pacífico para desenvolver a Organização do Clube de Desbravadores. O pastor J. R. Nelson coordenou este trabalho. Em seguida, Lawrence Paulson escreveu os primeiros manuais de orientação. Em maio de 1949, o pastor Henry Berg, mesmo não sendo músico, compôs o Hino dos Desbravadores.

• A OFICIALIZAÇÃO Em 1950 o departamento de Jovens da Associação Geral adotou oficialmente o "Clube de Desbravadores

Jovens Missionários Voluntários" como um programa mundial. Em 1952 o Hino dos Desbravadores foi oficializado e passou a fazer parte do programa.

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• HISTÓRIA DOS DESBRAVADORES NO MUNDO Em 1919 Arthur Spalding, editor do Wathman Magazine, começou um Clube de Escoteiro Missionários, em

seu lar na cidade de Medisson - Tenessee , EUA. A idéia começou com seu filho que acampou com alguns escoteiros. Arthur estudou a organização, formulou novas diretrizes compatíveis com os objetivos espirituais da Igreja e criou o seu clube. O clube de Arthur fazia excursões de fim de semana, trabalhos manuais, e seguimento de pista. Os Escoteiros Missionários desenvolveram ideais que foram fundamentais para o atual Clube dos Desbravadores (entre estes o Voto, a Lei e o Lema, que foram redigidos em 1921).

A Associação Geral adotou os nomes de Amigo, Companheiro e Camarada para as primeiras Classes J.A. (antiga Classes Progressivas), na Sessão de Primavera realizado em São Francisco, 1922, (inicialmente como um programa para jovens.). C. Lester Bond secretário do Depto. De Jovens da Associação Geral preparou as primeiras especialidades em 1928, quando já havia 1075 Desbravadores ( Dados de 1927).

Em 1930, em Santa Ana, surgiu um Clube para juvenis sob a liderança do Dr. Theron Johnston. As reuniões eram realizadas no porão de sua casa, e as primeiras instruções fora técnicas de Rádio e Eletrônica. Sua filha Maurine, que o tinha ajudado com o rádio, protestou quando não lhe foi permitido participar do clube. Como resultado sua mãe iniciou outro Clube para meninas, que se reunião no sótão. Os Clubes de Maurine e Jhoston se reunia uma vez por mês em conjunto e iam acampar. Utilizavam-se os requisitos para os jovens das Classes Progressivas. Como uniforme tinha apenas ema camisa especial. É difícil saber como tal programa podia ser tão combatido. O Clube de Johnston usou o nome de Desbravadores escolhido por Mckin, seu assessor. Não temos certeza de onde ele obteve esta inspiração, embora suponha-se que a idéia tenha surgido após o primeiro acampamento da Associação do Sudeste da Califórnia em 1928, onde um dos oficiais da Associação contou-lhes a história de John Fremont, um explorador americano, ao qual se referiu como desbravador. Depois ao ser formado a Clube, Mckin pode ter se lembrado disto. Outras fontes atribuem o nome ao local do primeiro acampamento conduzido pelo Pr. John Hancock em 1946, Pathfinders Camp (Campo dos Desbravadores).

Outro evento importante de 1930, que preparou o terreno para o rápido crescimento do Clube dos Desbravadores depois que estes foram realizados, foi o acampamento de Wawona no parque de Yosemite, onde 40 diretores de jovens foram capacitados para a liderança dos chamados acampamentos culturais, com um programa amplo, que incluía Pioneiria, trabalhos manuais, estudos da natureza, caminhadas e excursões com equipamentos para pernoite, programa ao pé da fogueira, e demais instruções do que hoje é conhecido como Classe J.A., tudo isso sobre um fundo de idealismo religioso, lealdade denominacional e civismo.

Também em 1930 foram estabelecidas as Classes Preliminares, atualmente usados pelos aventureiros. No início alguns Clubes não recebiam o apoio das igrejas sendo que alguns foram até fechados sob ameaça de exclusão, ( um deles foi o Dr. Johnston ). Apesar disso a idéia permanecia, e alguns Clubes prosperaram. Entre 1931 e 1940 outras associações aderiram ao programa. Na União Norte do Pacífico L. A. Skinner funda o Clube Locomotivas (Traiblazers ). Em 1935 iniciam-se os acampamentos de jovens. O primeiro manual em português destes acampantes culturais foi editado em 1947. Inicialmente os membros usavam uniforme verde-floresta, o que o ajudou na identificação do Clube com a Natureza. O objetivo do uso do uniforme era a identificação como grupo ao saírem a partilhar sua fé. Outros objetivos eram manter o moral entre o membros, dando-lhes a consciência de pertencer a uma organização importante e também o uso do mesmo em cerimônias como investiduras, desfiles, etc. O uniforme verde embora ainda utilizado em outros países, foi trocado por uniforme cáqui no Brasil, depois que um jovem líder de desbravadores usando a calça verde do uniforme foi confundido comum terrorista disfarçado, e preso, na década de 70. No início desta mudança o uniforme mantinha a cor verde-floresta, depois unificou-se a cor para ambos os sexos.

Em 1946, o secretário J. A. da Associação do Sudeste da Califórnia, Pr. John Hancock, depois Líder Mundial, desenhou o emblema do Clube de Desbravadores, incorporando idéias do Clube Locomotivas. Os três lados do emblema representam o desenvolvimento Físico, Mental e Espiritual dos membros do Clube. A espada representa o Espírito Santo, o Escudo da fé. Juntos objetivando indicar que o Clube de Desbravadores é uma organização espiritual, relacionado a igreja.

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Ainda neste período teve o início do primeiro Clube patrocinado pela Associação de Riverside, Califórnia. O jovem estudante universitário chamado Francis Hunt foi eleito pela igreja como diretor, para iniciar o clube com cerca de 35 membros. Em 1947 a Associação Geral solicita a União Norte do Pacífico, elaboração de normas e planos para a transformação do Clube de Desbravadores para um programa Mundial. Esta planificação foi desenvolvida pelo Pr. J. R. Nelson, que era na época Diretor da União.

Lawrence Paulson, diretor do Clube de Glendale - EUA, escreveu os primeiros manuais. Em 1948, Henry Berg projetou a bandeira dos Desbravadores, e em 1952 compôs o hino dos Desbravadores. O Clube de Desbravadores embora já existisse, ainda não havia sido oficializado, fato que ocorreu em 1950, tendo o Departamento de Jovens da Associação Geral adotado oficialmente o CLUBE DE JOVENS MISSIONÁRIOS VOLUNTÁRIOS como programa mundial. O primeiro Camporée dos Desbravadores ocorreu de 7 a 9 de Maio de 1954, em Idlewild na Califórnia ( dados de 1953 indicavam a existência de 29.679 desbravadores ). O dia dos Desbravadores começou a ser comemorado em 1957, inicialmente designado para o 3º ou 4º Sábado de Setembro ( Atualmente comemoramos em Abril ). O primeiro brasileiro a usar uniforme foi o Pr. Cláudio Belz, que esteve nos EUA, por volta de 1960, onde conheceu o Clube, gostou da novidade, mandou fazer uniforme e o usava ao voltar para o Brasil enquanto tentava iniciar a organização de um Clube no Rio de Janeiro, na Igreja do Méier. Este uso de uniforme não pastoral foi bem recebido, no início por alguns membros. • DESBRAVADORES NA AMÉRICA DO SUL

Quando a mensagem adventista entrou no Peru em 1889, mais ou menos 68 anos após a independência, ninguém sonhava com que o céu havia planejado para o futuro do país. Os anos passaram, a igreja cresceu até chegarmos no ano de 1955. Um grupo de jovens que assistia à Igreja de Miraflores, perto de Lima, ouviu com muito interesse sobre a existência de um grupo de jovens e adolescentes organizados num Clube chamado Desbravadores, que se envolviam em diversas atividades especiais para sua idade.

O interesse cresceu rapidamente, as informações chegaram e foram passadas adiante e os sonhos começaram a ser formulados. Então, alguns dos líderes de jovens da igreja decidiram que era tempo de tomar coragem e estabelecer um Clube de Desbravadores moldado em solo peruano, sob a liderança e encorajamento do irmão J. Von Pohle, então diretor de jovens da União Incaica. Os líderes desse novo Clube eram um jovem casal, Nercida Ruiz (Diretora do Clube) e seu marido Armando, Sra. Phil, Segundo Guerra, Moises Rojas, Leonardo Pinedo e Sra. Ruf. Esse pequeno grupo de pioneiros se reuniu e se empenhou na tarefa de estabelecer o que tornou-se o primeiro Clube de Desbravadores no Peru e na América do Sul. Sob a liderança de Nercida, (também a primeira diretora do clube na América do Sul) o primeiro problema que eles enfrentaram foi à escolha de um nome. Várias opções foram consideradas, como "Crianças Exploradoras", "Exploradores de Trilhas", "Conquistadores" e outros. Foi escolhido o nome "Conquistadores" pelos seus significados potenciais. Assim eles formaram um clube onde as crianças podiam "conquistar o mundo para Cristo", "conquistar novos amigos" e como membro do primeiro clube, a Sra. Nira Florian, lembra, "Conquistar o Reino do Céu". O novo nome também estava em harmonia com o objetivo da liderança que era oferecer aos jovens, adolescentes e juvenis da igreja, atividades de acordo com sua faixa etária visando o seu desenvolvimento total e harmônico, dando-lhe oportunidades de testemunhar por Jesus.

Quarenta e quatro anos se passaram desde aquele início e podemos agora olhar para trás e avaliar os resultados. Alguns daqueles primeiros membros agora são líderes de outros clubes organizados nos anos subseqüentes. Dentre estes estão os líderes do clube da Igreja da Avenida España que mantém um registro ininterrupto de funcionamento, sendo o segundo clube a ser estabelecido em Lima e o segundo na América do Sul. Outros membros viajaram para além de nossas fronteiras e ainda continuam a trabalhar em favor dos jovens da igreja. Outros são pastores aqui e muitos são "apenas" membros comuns que apóiam totalmente a obra de suas igrejas locais. As atividades desse primeiro Clube foram cheias de aventuras. As atividades do clube incluíam reuniões especiais que tratavam de um tema apropriado para a faixa etária e muitas reuniões apresentavam os ideai dos Conquistadores como o Voto e a Lei. Lugares com abundante vegetação eram pesquisados (uma tarefa nada fácil na costa desértica do Peru) e assim esse tempo era gasto junto á criação de Deus. Cultos de pôr-do-sol no sábado, juntamente com votos de renovação ao serviço e decisões de fidelidade a Deus que ainda estão na memória

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dos membros antigos do Clube. Os grandes acampamentos, as histórias lendárias contadas ao redor da fogueira, as competições amigáveis e a camaradagem cristã ainda permanecem vivos na memória. As classes de artesanato que resultaram em souvenirs: luminárias, mata-moscas, lenços elegantes, álbuns de fotos, porta-moedas, almofadas para alfinetes e uma variedade exótica de outros objetos que eram postos em exibição e então comprados pelos pais e outros visitantes interessados em conhecer do que se tratava o clube. Alguns membros do clube também se lembram de classe de culinária na qual foram ensinados a fazer deliciosos pratos peruanos juntamente com algumas especialidades internacionais. No encerramento do curso, os pais foram convidados para um banquete especial preparado por seus filhos - isso causou um forte impacto nos pais, tanto quanto nas crianças. Não podemos deixar de mencionar a primeira classe batismal durante o segundo ano, liderado pelo marido da Sra. Nercida, Armando. Seus esforços resultaram nos primeiros dez desbravadores sendo batizados naquele ano. Este foi um marco que resultou em uma carta especial de felicitações enviada pelos administradores da Divisão Sul Americana.

Um dos maiores problemas enfrentados pelos líderes de jovens foi à decisão pelos uniformes e por sua obtenção. Finalmente decidiram pela cor caqui para os meninos e para as meninas eles tingiram o tecido de verde escuro para as saias que serão usadas com blusas brancas. Hoje ainda existem alguns dos quepes "estrangeiros" que eles usavam. Mas a despeito de todo o trabalho, logo foram capazes de trajarem todos os 40 membros com trabalhos impecáveis. O aspecto vistoso do clube, com seus elegantes uniformes e bandeiras agitadas provocaram muitas exclamações dos curiosos e despertou o desejo em muitas crianças de fazerem parte do clube. Hoje, após quatro décadas de existência, contamos com um verdadeiro exército de jovens e mais de 150 Clubes de Desbravadores no país, todos com os mesmos objetivos. Todos cantando com grande entusiasmo: "Conquistadores somos, los siervos del buen Jesús". Eles sobreviveram aos muitos anos das sérias dificuldades criadas pelos grupos políticos subversivos no país. Temos orgulho de termos sido os pioneiros e de ainda fazermos parte dos mais de 100.000 desbravadores da Divisão Sul Americana.

Aproveitamos esta oportunidade para expressar nossa gratidão a Sra. Nercida Ruiz, a Deus e aos outros jovens visionários por seus esforços que nos leva a dizer literalmente com Jesus: "Tudo o que o homem semear, isso também ceifará". (Texto compilado da apostila “UMA ETERNA AVENTURA - 50 Anos de História” da UCB)

• DESBRAVADORES NO BRASIL

Em nosso país a história dos Desbravadores padece por falta de registros e documentação comprobatória. Não existem atas, nem livros, nem artigos de revistas, nem jornais que confirmem os fatos relatados. Falando ao jornalista Michelson Borges, da Casa Publicadora Brasileira, Henry Feyerabend disse: "Eu sempre entendi que em Lageado Baixo foi fundado o primeiro Clube do Brasil, mas não tenho nenhuma prova disso, nem certeza tenho, pois não há nenhum registro da organização desse clube". Muitas realizações , nomes de pessoas, datas e informações podem ter caído involuntariamente no anonimato ou simplesmente ter sido esquecidos pelas deficiências naturais da comunicação oral. Conseqüentemente, as versões existentes, aqui apresentadas, podem, num momento ou noutro, chocar-se. Mas que tal incarar tudo isso como parte de um grande e belo mosaico construído por muitos atores? O que você vai ler a seguir faz parte de um esforço de reconstrução da história, baseado praticamente em lembranças e relatos de personagens muito importantes para os Desbravadores no Brasil. Eles efetivamente contribuíram para estabelecer um programa que deu certo, e o mérito de todos (Cláudio Belz, Edgard Turcílio, Henry Feyerabend, Jairo de Araújo, Jesus Nazarenth Bronze, José Silvestre, Luis Roberto Farias, Osvaldo Haroldo Fuckner, Wilson Sarli... ) foi acreditar no potencial dos juvenis e jovens cristãos de nosso país. A dificuldade de precisar nomes, lugares e datas pode ser a oportunidade de dedicar somente a Cristo as homenagens e o louvou pelo grande empreendimento espiritual e social que é o Clube de Desbravadores. Segundo Claudinei Candido Silva, pesquisador do Departamento de Desbravadores da Associação Geral , o Pastor Jairo Tavares de Araújo, então líder da juventude adventista da Divisão Sul-Americana, com sede ainda no Uruguai foi o primeiro a incentivar a organização de Clubes de Desbravadores na América do Sul. Em 1957, ele preparou um pequeno manual sobre como organizar um Clube de Desbravadores.

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Em São Paulo "Tive a oportunidade de conversar com o Pr. Jairo de Araújo, por ocasião de um Camporee da União Central Brasileira, realizado em Brasília, quando ele e eu fomos homenageados pela criação desse movimento [ Desbravadores] no Brasil", conta o Pastor Wilson Sarli. "Ele me lembrou de quando, em 1959, por ocasião das comemorações dos 40 anos da Sociedade dos Missionários Voluntários no Brasil, realizadas no artigo Colégio Adventista Brasileiro, de 29 de julho a 1 de agosto, ele lançou um desafio para a criação de clubes de desbravadores. Eu estava presente a este congresso, ainda como distrital em Bauru, SP. Mas, até então, não havia desbravadores no Brasil. Era uma atividade desconhecida."

O primeiro contato que o Pastor Wilson Sarli teve com um clube de desbravadores organizado, foi no dia 6 de janeiro de 1961, em Embalce Rio Tercero, na Argentina. Ele havia recém assumido o Departamento de Jovens da Associação Paulista e estava representando São Paulo no Congresso de Jovens da União Austral. Na sexta-feira assistiu as apresentações de um clube de desbravadores no Chile, sob a liderança do Pastor John B. Youngberg, missionário americano que havia criado o clube naquele país.

De volta ao Brasil, com todo material que conseguiu com o Pastor Youngbeerg, o Pastor Wilson pediu a sua secretária que o traduzisse. Segundo ele, esse material foi-lhe solicitado pelo Pastor Henry Feyerabend e também serviu de apoio ao surgimento dos Desbravadores em Santa Catarina. Alguns dias depois, o Pastor Jesus Nazareth Bronze, então Distrital de Ribeirão Preto, comunicou-lhe que a comissão da igreja havia recentemente escolhido um diretor para o Clube de Desbravadores local, a ser fundado, e solicitava instruções para o seu funcionamento.

Em Ribeirão Preto, o Pastor Wilson foi apresentado a um dos primeiros diretores de clube do Brasil, o jovem Luis Roberto Farias, que foi substituído logo depois por Edgard Turcílio. No sábado, todos aguardavam ansiosos pelas palavras do Pastor da Associação, que naquele dia pregaria sobre o Clube de Desbravadores. Em Santa Catarina

O Pastor norte-americano Henry Raymond Feyerabend, nascido a 10 de junho de 1931, também participou no Congresso na Argentina, em 1961, como Diretor de Jovens da Missão Catarinense. Segundo o Jornal Adventista da Associação Catarinense, "o Pastor Feyerabend chegou ao Brasil em 24 de Dezembro de 1958, já trazendo em sua bagagem as idéias da formação de clubes de Desbravadores, adquiridas em seu distrito nos Estados Unidos. No dia 20 de abril de 1960, Feyerabend dirigiu uma reunião de planejamento das atividades do futuro Clube de Desbravadores Vigilantes, que se iniciaram no dia 28 de abril de 1960... De acordo com Elza Fuckner Alves, que então contava com 11 anos, sua irmã, Lúcia Fuckner dos Santos, nasceu exatamente um dia antes da reunião inaugural (19 de abril de 1960). A identidade de Lúcia confirma a data. Ademar Zabel ainda lembra que, por ter apenas nove anos de idade na época, não poderia participar do Clube, mas acabou sendo aceito depois de muita insistência. Hoje (abril de 2000), Ademar tem 49 anos."

Entretanto, em e-mail de 25/10/00, para Francisco Lemos, o Pastor Henry Feyerabend afirma com respeito à origem dos Desbravadores em Santa Catarina: " Não tenho nada escrito para confirmar a data de início dos clubes. Minha memória também não é perfeita. Fui para Santa Catarina em 1958 e saí de lá em 1962, transferido para A voz da Profecia. Organizei 7 ou 8 clubes em Santa Catarina messe período. Mas a Associação não tem nada que confirme as datas em seus arquivos. Os membros da Igreja de Lageado Baixo dizem que tem certeza de que o seu clube foi organizado antes da viagem para a Argentina em 1961. Mas como já falei, eu não tenho dados escritos nem memória para declarar que foi assim".

No mês de julho de 1961, o Pastor Feyerabend recebeu a visita do Pastor Youngberg, que viera ao Brasil passar algumas dicas sobre como organizar clubes de desbravadores. Naquele tempo já havia clubes em seis cidades catarinenses - Lageado Baixo, Joinville, Blumenau, Florianópolis, Benedito Novo e Bom Retiro. O primeiro a ser fundado foi o de Lageado Baixo, que teve como primeiro Diretor o jovem Osvaldo Haroldo Fuckner.

O evento mais marcante para o Pastor Feyerabend foi a realização de um campori na praia de Itapema, em 1961. " Reunimos naquele acampamento os clubes que havia em Santa Catarina", conta Feyerand. " Não me lembro do número exato de pessoas que participaram, mais creio que tivemos quase 200, contando desbravadores, conselheiros, pastores e instrutores.

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No Rio de Janeiro Quase na mesma época em que o Pastor Wilson Sarli organizava o clube de Ribeirão Preto, o Pastor Cláudio

C. Belz ( bisneto do pioneiro Guilherme Belz) recebia dos Estados Unidos material sobre os Desbravadores. Na época, ele era Diretor de Jovens na Associação Rio-Minas. Seu pai, Rodolpho Belz, traduziu as apostilas e ambos, pai e filho, ficaram entusiasmados com as idéias nelas apresentadas. O Pastor Cláudio preparou um sermão sobre o assunto e o apresentou na igreja de Pavuna, no Rio de Janeiro. Pouco tempo depois, vestindo seu uniforme recém-confeccionado (foi o primeiro desbravador uniformizado em nosso país) e de bandeira em punho apresentou-se na Igreja de Meyer, Rio de Janeiro, onde também falou sobre a importância do Clube de Desbravadores. "Na hora do culto, algumas se retiraram da igreja", lembra o Pastor Cláudio. " Na saída, chamaram-me de louco. Onde já se viu um pastor adventista organizando um clube dentro da igreja, com uniforme, bandeira, hino oficial... Quase desanimei. Ainda bem que meu pai era o presidente da União Este-Brasileira e, como homem de visão, deu-me toda a cobertura". O Pastor Cláudio Belz organizou o seu primeiro campori de União, no Brasil, e o primeiro campori Sul-Americano. Segundo dados da Associação Geral, ele foi o Diretor de jovens que mais tempo dedicou aos Desbravadores: 33 anos. Junto com o Pastor Youngberg, Cláudio Belz fundou Clubes em vários lugares do Brasil. Desafio Juvenil

Nos dias 1º a 4 de novembro de 1970, 350 desbravadores tiveram a oportunidade de participar do primeiro Campori de Associação (congresso do qual participaram vários clubes) realizado no Brasil. A cidade escolhida foi Pirassununga, SP. E os organizadores foram o Pastores Rodolpho Gorski ( então diretor de jovens da antiga União Sul-Brasileira, cuja sede era São Paulo) e José Silvestre. "Lembro-me da viagem que fizemos de trem de São Paulo até Pirassununga", recorda o Pastor Gorski. "Lembro-me com saudades das barracas, do programa, das atividades, dos banhos no rio, e da cachoeira". Havia Clubes do interior do Estado e da capital, o que tornava aquele encontro um fato inédito, uma vez que os acampamentos até então eram realizados isoladamente por clubes.

Além de ser um dos organizadores desse primeiro Campori, o Pastor José Silvestre foi um desses homens que vestiu o uniforme dos desbravadores para nunca mais tirar, Natural de Regente Feijó, SP, Silvestre começou a trabalhar com Desbravadores (na Obra)em 1972, com 34 anos. Foi ordenado ao Ministério em 1975. Em 1978 foi para o distrito de Registro, SP, onde organizou três clubes, que funcionam até hoje. Em 1980 assumiu o Departamento de Jovens da Associação Paulista, a fim de continuar trabalhando com os Desbravadores. "Sempre gostei de trabalhar com os jovens porque eles encaram mais facilmente os desafios", diz o Pastor Silvestre. Esse gosto pelos Desbravadores começou bem cedo, quando Silvestre ainda estava no Colégio Interno, onde fundou o Clube de Desbravadores do IAE, em 1965. Na época ele leu muitos livros, manuais e apostilas dos escoteiros e outros movimentos ligados a educação de menores. Pesquisou também os livros de Ellen G. White e encontrou apoio no que ela escreveu sobre a educação, orientação e formação dos jovens e juvenis.

Os desbravadores das décadas de 1960 e 1970 não tinham materiais didáticos nem equipamentos. Naquela época as barracas eram caras e muitos materiais eram importados. Também não tinham líderes preparados, mas insistimos na realização de cursos e na preparação de novos líderes. Foram tempo difíceis, é verdade, mas acreditamos e antevimos milhares de jovens e juvenis que se firmariam na Igreja, sendo, no futuro, líderes fortes" lembra o Pastor Silvestre. Os pequenos clubes fundados no início da década de 60, no Rio de Janeiro, Santa Catarina, São Paulo e em outros Estados de nosso país foram a célula inicial do que são hoje os mais de 100 mil desbravadores, organizados em quase 3.000 clubes. "Em mais de 50 anos de história e milhares de acampamentos e Camporis, os Desbravadores acumularam muitos troféus. Eles não são apenas de madeira e metal. Os mais preciosos são pessoas, juvenis que cresceram e hoje são empresários, pastores, professores, médicos e gente que está espalhada no mundo todo, anunciando com a sua vida que Jesus em breve voltará. As faixas de especialidades, os broches, a farda, a bandeira azul e branca, o escudo vermelho e amarelo são lembranças da esperança plantada no peito. Com amor, brincadeiras e muitas felicidades.”

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FILOSOFIA E PROPÓSITO DOS DESBRAVADORES

Esta filosofia é uma parte integrante do Clube. O Clube de Desbravadores tem um currículo de 6 classes que formam o coração do programa. Os seguintes objetivos podem ser alcançados à medida que os líderes de Clube propõem satisfazer o que segue: 1. Ajudar os juvenis a compreender que são amados, cuidados e apreciados por Deus e sua Igreja. Os desbravadores são aceitos e confirmados quando começarem a apreciar o amor de Deus revelado através da Igreja e seu ministério e sentir a necessidade de mais comprometimento e envolvimento com seus programas. 2. Encorajar os desbravadores a descobrirem o seu potencial dado por Deus e usar os seus dons e habilidades para preencherem as expectativas de Deus para com eles, e a parte que eles podem desempenhar no grande plano da Salvação. 3. Inspirar os juvenis a dar uma expressão pessoal ao seu amor a Deus unindo-os em várias atividades de pesquisa. 4. Fazer a prioridade número 1 de seu programa de clube a salvação pessoal de cada desbravador. A idade do desbravador é uma época em que muitas decisões são feitas que irão afetar as relações futuras da juventude e no desenvolvimento pessoal dele ou dela. O tempo áureo para descobrir e fazer um relacionamento com Deus parece estar ao redor dos 12 anos. 5. Edificar na vida do desbravador uma apreciação sadia e amor à criação de Deus pela satisfação de uma atividade ao ar livre (acampar, andar pela natureza, etc.). Os desbravadores terão a experiência do senso de admiração e adoração ao observarem e explorarem a beleza, a majestade e o poder criativo na natureza. A adoração a Deus se tornará mais significativa. 6. Ensinar habilidades específicas e passatempos prediletos aos desbravadores que farão a vida deles mais significativa e ocupará o seu tempo com empreendimentos mais úteis. O jovem experimentará satisfação e deleite quando usam suas mãos em fazer artigos úteis de madeira, plástico, aço, argila, feltro e lã, a medida que descobrem como as coisas são trabalhadas e feitas. 7. Encorajar o desbravador a conservar um ajustamento físico. Esta é uma maneira importante para salvaguardar-se contra a doença e o enfado. Ensinar a criança a cuidar do seu corpo e estabelecer hábitos que proverão no futuro felicidade e utilidade. 8. Dar oportunidade para o desenvolvimento de liderança encorajando os membros do Clube a trabalharem juntos e compartilharem em responsabilidade de liderança. Isto lhes ensinará as lições de obediência, disciplina, desenvoltura, patriotismo e processos de dinâmica de grupos. 9. Procurar criar um desenvolvimento harmonioso da vida física, social intelectual do desbravador. O vigor da mente e do corpo, a criação de um espírito altruísta, a atenção para as atividades recreativas e culturais, poderão estimular ao crescimento pessoal e age como uma vazão para esta agitada energia a qual é tão frequentemente uma fonte destrutiva e perigosa para a pessoa jovem. • FILOSOFIA DOS DESBRAVADORES

A Igreja Adventista do Sétimo Dia é comissionada a compreender a juventude e treiná-la para liderar e servir

à comunidade. O Clube de Desbravadores é uma atividade espiritual e recreativa da Igreja, designada aos jovens de 10 a 15 anos de idade. Os desbravadores apelam a esta idade devido ao seu programa de atividades que satisfaz às suas necessidades e interesses. Uma grande parte do programa do Clube de Desbravadores é montado ao redor da ação física. Isto porque os jovens de 10 a 15 anos de idade estão num estágio de desenvolvimento rápido. Estão cheios de ação, aventuras, desafios, grupos ativos e provê oportunidade para o desenvolvimento de novas atitudes e habilidades para produzirem crescimento pessoal, espírito de time ou comunitário, senso de lealdade, respeito para com Deus, Sua criação e sua Igreja. Enquanto o Clube de Desbravadores existe primariamente para os juvenis, um de seus propósitos básicos é também ajuntar aos pais e os membros da Igreja através de um envolvimento com o Clube e seus membros. Assim, a chamada diferença de geração desaparece quando juntos cultural, trabalham e brincam o jovem e o idoso numa experiência comum.

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Relacionamentos significativos são forjados quando líderes e conselheiros se ajuntam com os Desbravadores a fim de compartilhar, edificar confiança e trabalhar juntos. A total filosofia dos Desbravadores é constituída sobre a promessa de que “crianças aprendem melhor pelo exemplo do que por preceitos”. Ao verem o modelo espiritual e valores sociais dos líderes e pais, eles aspirarão desenvolver altos princípios morais, atitudes de amor e cuidado e determinação para sobressair em seus vários objetivos.

Os jovens aprendem mais efetivamente numa atmosfera positiva, feliz e segura. A atitude dos líderes do Clube é, portanto, um ingrediente vital em garantir o êxito e a efetividade neste ministério pela juventude. Uma falha em ouvir e compreender as necessidades dos jovens unicamente levantará barreiras ao real crescimento espiritual e desenvolvimento e pode se demonstrar ser um fator que contribui em fazer a Igreja e sua missão sem atrativos para a juventude. • OBJETIVOS DO CLUBE DE DESBRAVADORES 1) Levar os Desbravadores a Cristo e conservá-los fiéis à Igreja. 2) Demonstrar a atração dos ideais cristãos num programa ativo. 3) Dirigir os Desbravadores no serviço missionário ativo. 4) Promover um programa positivo centralizado na Igreja. 5) Desenvolver bom caráter e cidadania. 6) Promover atividades de classe JA 7) Dar orientação quanto ao crescimento físico, mental, espiritual e social.

Seu maior feito será um programa centralizado em Cristo, baseado no estudo pessoal da Bíblia, apoiado pela Diretoria que guarda no coração a Palavra de Deus como o absoluto, o essencial para o programa dos Desbravadores Esta é a prioridade do clube. A Palavra de Deus deverá ser apresentada de uma maneira diferente, enquanto se ensina as especialidades práticas. Nosso Clube dos Desbravadores será lugar onde jovens descobrirão uma nova dimensão na vida, um amor por Jesus e Sua Palavra. Isso fará com que os D. se elevem acima de meros Escoteiros.

• DISCIPLINA DOS DESBRAVADORES

Ao disciplinar os membros do Clube de Desbravadores, nosso objetivo deve ser orientá-los como filhos e filhas de Deus, demonstrar-lhes nosso amor e compreensão, e mostrar-lhes o caráter de Deus, e torná-los membros úteis à igreja e ao país, e ajudá-los a respeitar os líderes e os pais.

À medida em que você trabalha pela salvação de seu desbravador, busque a Deus pedindo sabedoria e orientação. Ao unirem-se a um Clube de Desbravadores, os jovens deveriam sentir que estão iniciando uma nova experiência. Devem aprender que o tipo de correção e disciplina que recebem demonstra o amor de seus líderes. Devem aprender a disciplinar seus desejos de acordo com a lei de Deus.

No Clube de Desbravadores, a boa disciplina proporciona um ambiente que leva a um comportamento alegre e espírito de cooperação. A ênfase é a orientação, em vez da repressão; um comportamento construtivo, em vez do destrutivo. A intenção não é podar, e sim capacitar. Incentiva-se o domínio próprio e atividades com propósito. O melhor tipo de disciplina está presente, mas não é vista. Ensina à criança a fazer o que é certo, no momento certo, da maneira certa. A boa disciplina previne os problemas.

Um programa bem planejado ajudará a evitar muitos problemas e erros. A ordem e o método inspiram confiança. Os desbravadores aprendem, através do exemplo de seus líderes, que Deus é um Deus de ordem. Num clube onde há boa disciplina, o programa começa pontualmente, a equipe toda é pontual, e o programa transcorre tranquilamente do início ao fim.

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Disciplina Equilibrada Estabelecer regras e regulamentos, e um sistema de pontos. Informar os Desbravadores sobre as regras, suas expectativas, e métodos de verificação do cumprimento destas regras. “As regras devem ser poucas, e bem consideradas; e uma vez feitas, cumpre que sejam executadas. O que quer que se verifique impossível

de se mudar, a mente aprende a reconhecer, e a isso adaptar-se ...” - Educação, p. 290. ü Apresentar um culto de admoestação sobre a disciplina, explicando o Voto e a Lei. ü Aplicar e treinar a disciplina regular e diligentemente. ü Aconselhar o jovem culpado antes de tomar uma atitude disciplinar, e orar com ele (s). Quando entendem,

geralmente cooperam. Formas Apropriadas e Desapropriadas de Ministrar a Disciplina ü A forma errada é subjugar através da força. Uma pessoa subjugada vai desenvolver desconfiança, uma

atitude evasiva e ódio pela autoridade. ü A forma correta de ministrar a disciplina é inspirar a ação correta e ordeira através do amor, bondade e

disciplina. Ganhar a confiança do jovem. Demonstrar-lhes que os ama e espera a cooperação e lealdade deles. Esta é a forma correta de disciplinar, que desenvolve a confiança, concordância, cooperação e amor.

Como Prevenir os Problemas de Disciplina ü Planejar um extenso programa de atividades. ü Nunca ir para as reuniões despreparado. ü Ser simpático, solícito e sempre demonstrar disponibilidade. ü Cultivar um senso de humor. ü Não usar sarcasmo nem ridicularizar ninguém. ü Não “pegar no pé” de ninguém. ü Ser justo e imparcial – não demonstrar favoritismo. ü Demonstrar autocontrole e ser paciente, mesmo sob pressão. ü Observar o uso de sua voz; falar claramente, e com autoridade, mas sem gritar! ü Dar ordens e instruções claras e precisas. ü Observar os maneirismos que podem ser ridicularizados, evitar gírias e expressões muito coloquiais.

Métodos de Disciplina O Que Fazer ü Conselho Pessoal

Neste aconselhamento, seja o dono da situação. Aponte exatamente o que o Desbravador estava fazendo errado, e peça-lhe para explicar seu comportamento. O Desbravador pode até sugerir uma solução. Conduzir essas reuniões de conselho de forma amigável, mas fazer com que o membro saia dali com a compreensão de que você fala sério. ü Critério de Grupo

Faça um esforço para desenvolver ideais de comportamento, até chegar ao ponto de que qualquer violação seja considerada inaceitável pelo grupo. ü Cuidado com as Diferenças Pessoais

Ao planejar a disciplina, lembre-se que os Desbravadores são diferentes entre si. Leve em consideração a formação deles, bem como a constituição física e mental, e a seriedade da ofensa. ü Se Necessário, Expulse

Quando um Desbravador continua comportando-se mal, deve enfrentar a seguinte realidade: ou vai adequar-se aos padrões de comportamento do grupo, ou deixará de fazer parte do mesmo.

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O Que NÃO Fazer

• Não castigue com raiva. • Não use ameaças que não poderão ser cumpridas. • Não force o Desbravador a pedir desculpas em público. Poucas crianças consideram-se completamente

culpadas, e provavelmente não o são. • Não detenha o Desbravador após a reunião do clube. Esta é uma política errada, porque faz com que a

criança deixe de gostar do clube, além de ser um uso desnecessário do tempo do conselheiro. • Não dê tarefas adicionais. Provavelmente a causa do problema é que o Desbravador não está conseguindo

manter o ritmo com as tarefas que já tem para fazer. • Não use “orelhas de burro,” e castigos semelhantes. Este tipo de castigo apenas causa rebelião, ou dá às

crianças um motivo de riso. Alguns Desbravadores até gostam da notoriedade que este castigo dá. • Não use castigos físicos. Por causa das muitas dificuldades que surgem com o uso deste tipo de punição, é

melhor deixar este método apenas para os pais. Delitos que Devem ser Punidos

• Casos claros de insubordinação. • Casos em que as atividades podem ser consideradas delitos graves, ou problemas de comportamento, como:

Ø Indecência; Ø Insolência para com o conselheiro; Ø Linguagem ofensiva; Ø Danos à propriedade alheia; Ø Cola e roubo.

Procedimentos Para Disciplinar Se um Desbravador não for obediente, nem tiver atitude de cooperação:

• O conselheiro deve falar ao Desbravador com tato. • O conselheiro deve explicar o que espera-se de um membro do clube de Desbravadores. • O conselheiro deve visitar o Desbravador e orar com ele. Se o Desbravador continuar a ser desobediente e

não cooperar nas atividades, o conselheiro deve solicitar a ajuda de um dos diretores associados do clube, que seja responsável pela disciplina do clube.

• Farão uma reunião particular com o Desbravador. • Devem solicitar, veementemente, a cooperação do mesmo. • Devem orar com ele. Se for necessário falar com o Desbravador uma terceira vez, o conselheiro, diretor

associado de disciplina e o diretor geral, devem ter uma reunião em particular com o Desbravador. • Conversar com o Desbravador e explicar quão importante é a unidade, cooperação e espírito de compreensão

entre os membros do clube. • Tentar demonstrar a seriedade da questão, demonstrando que ele não está fazendo “sua parte.” • Orar com ele. • Marcar uma data para visitar a família e conversar com os pais e o Desbravador, juntos.

Se, após esta série de aconselhamentos e visita à família, o Desbravador continua a ser desobediente e a não cooperar com a liderança, o conselheiro deve reunir-se em particular com o Desbravador, e orar com ele. Se o mau comportamento continuar, o conselheiro, diretor associado de disciplina, o diretor geral e o Desbravador devem ter outra reunião. O caso será levado à comissão disciplinar, para estudos adicionais. A comissão disciplinar consiste do diretor, diretores associados, conselheiro do Desbravador, e um Desbravador e uma Desbravadora do clube. Os pais do Desbravador devem ser avisados, e o Desbravador terá um mês de férias do clube. O Desbravador deve ser visitado em casa, pelo conselheiro, durante este período de ausência. Goiânia

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COMPREENDENDO O DESBRAVADOR

• CARACTERÍSTICAS DO DESENVOLVIMENTO DOS DESBRAVADORES

Deve ser dada atenção especial às diferentes necessidades que surgem nos seguintes períodos do desenvolvimento humano: Ø Pré-Adolescência (9 a 12 anos) Ø Início da Adolescência (13 a 15 anos) Ø Meio da Adolescência (16 a 17 anos)

Pré-Adolescência - 9 a 12 anos

É caracterizada pelas atividades barulhentas e ininterrupta, crescimento lento. As meninas tendem a se desenvolver mais rápido que os meninos (do ponto de vista físico, mental e mesmo emocional.). Por volta dos 12 anos, essa diferença diminui, desenvolvendo-se até aos 18 ou 19 anos de forma parecida. Na escola, as crianças são rápidas para aprender e têm um talento especial de se recordarem do que ouviram ou estudaram. Já na juventude, eles sentem grande admiração por pessoas hábeis a fazer coisas, deleitam-se em histórias de heróis. É durante esse período que as crianças demonstram o mais vivo interesse por religião. Parece-lhes natural volver-se para Cristo e se comprometer com Ele, e seu estilo de vida. Características mentais. 1. Aprende rapidamente e pode memorizar com facilidade. 2. Espertos e ansiosos para investigar e aprender. 3. Apreciam desmontar coisas para ver como funciona. 4. Gostam de construir miniaturas de coisas. 5. Navegam em boas histórias e bons livros, cultivam o hábito de leitura. 6. Demonstram grande interesse em colecionar. Época para se promover as especialidades . Características físicas 1. Período mais saudável da vida. 2. O corpo e a mente estão bem equilibrados para coordenação. Jogos, marchas e outras tarefas. 3. Esse é um período sem descanso, onde a criança não consegue "sentar e ficar quietinha". Nessa idade, os desbravadores têm desejo inato de exercitar seus pulmões, por isso, as atividades convencionais e confinadas numa sala se tornam muito limitadas para suas atividades exaustivas. Características sociais 1. O pré-adolescente gosta de códigos secretos e aventuras. 2. Aprendem a trabalhar em equipe, mas conservam um espírito independente. 3. O "bater perna" é um impulso natural dessa faixa etária, não um traço de impaciência. É a idade da exploração, e a imaginação produzirá imitações de animais e mesmo cenas. 4. Essa é a fase do culto ao heroísmo e grande credulidade. (cuidado) 5. O interesse no sexo oposto é mínimo. Eles preferem estar envolvidos com o seu próprio grupo. Características espirituais 1. Essa é a idade de um vívido interesse nas coisas espirituais e no trabalho da Igreja. 2. É a idade alvo para o batismo (12 anos) 3. O desbravador dessa idade gosta de atividades de testemunhar e de usar emblemas, faixas, etc... 4. A qualidade de credulidade torna fácil a instrução em religião para esse grupo.

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Início da Adolescência (13 a 15 anos)

Deve-se agora considerar o crescimento rápido, que frequentemente traz consigo certa falta de coordenação da mente e do corpo. Isso também causa embaraço aos jovens porque alguns órgãos, como o nariz, a boca e os pés crescem mais rapidamente do que o resto do corpo, levando-os a sentirem como patinhos feios, e trazendo-lhes certa angústia ao acharem que sempre serão daquela maneira. A importância de pertencer a um grupo nessa fase atinge seu ponto mais alto e começa a retroceder, dando lugar ao interesse em sexo, acompanhado de timidez, nesse estágio. O desenvolvimento mental traz certo progresso, levando o jovem a ser mais crítico do que crédulo. Muito tempo é gasto em devaneios e pensamentos sobre o que eles vão ser, ou o que fazer no futuro. Esses jovens são definitivamente altruístas e determinados a realizar grandes feitos no mundo. O interesse religioso continua e as coisas espirituais começam a se transformar numa questão de experiência, mais que simplesmente a aceitação de uma porção de fatos. Características mentais 1. Alerta, mais sujeito a períodos de devaneios, ou "sonhar acordado". 2. Aprende com rapidez. 3. Os meninos se interessam mais em dados científicos, enquanto que as meninas se tornam mais interessadas nos afazeres manuais. Características físicas 1. A saúde é excelente, inferior apenas ao período da pré-adolescência. 2. O crescimento físico é muito rápido, acompanhado por "apetite de leão". 3. O desenvolvimento muscular e a coordenação não acompanham o mesmo ritmo do crescimento da estrutura óssea. 4. Os órgãos sexuais se desenvolvem, ocasionando grandes mudanças biológicas. Os novos hormônios que desenvolvem os instintos sexuais influenciam o comportamento. 5. As garotas são mais altas que os meninos aos 12 ou 13 anos, um pouquinho mais altas aos 14, menos aos 15 e quase mais baixas aos 16. Características sociais 1. Essa é a fase de lealdade à turma, com certo medo de ser diferente. Buscam a aprovação do grupo para todas as atividades. 2. Tem grandes ambições e faz planos para o futuro. 3. A vontade de ganhar dinheiro frequentemente atrai os adolescentes nessa idade, provocando o desejo de largar os estudos. (eventos na unidade para arrecadar fundos) 4. Frequentes alterações de humor são características na maioria dos jovens nessa fase. Algumas vezes se manifesta o espírito ativo, enquanto que outras vezes a apatia se torna evidente. 5. Os jovens desse grupo sentem-se atraídos pelo sexo oposto. Essa é uma idade perigosa 6. Tais excentricidades se manifestam nos jovens de muitos modos, incluindo: a) Fortes preferências ou rejeição a alimentos (alguns alimentos favoritos acabam sendo usados em excesso.) b) Grande paixão por esportes, com tendência a exagero. c) Um cruel senso de humor, garotas tendem a risadas irônicas, garotos com brincadeiras sem graça. Características espirituais 1. O interesse pelas coisas espirituais diminui um pouquinho nessa fase, mas o adolescente é influenciado pelas atitudes do grupo. 2. 13 anos é a idade em que o segundo maior grupo de jovens é batizado em nossa igreja. 3. A escolha de uma profissão é geralmente determinada nessa idade. Daí a importância de colocar diante deles a obra de terminar a pregação do evangelho. 4. Esse grupo tende a demonstrar menos seus sentimentos acerca de questões espirituais e convicções. 5. Os juvenis dessa faixa etária frequentemente enfrentam conflitos com a sua consciência.

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Meio da Adolescência (16 a 17 anos) Os rapazes continuam a crescer rapidamente. Em muitos casos, os jovens atingem sua altura definitiva no final desse período. Enquanto que no passado esse era um período de descoberta pessoal, os jovens atualmente começam a desenvolver sua individualidade, a definir sua própria personalidade. Características mentais 1. Esses jovens estão na idade em que questionam tudo e querem provas antes de aceitar alguma coisa. 2. Os ideais começam a tomar forma e os jovens fazem planos definidos para atingi-los. Características físicas 1. Desenvolvimento sexual. 2. O peso e a altura já são quase da fase adulta. 3. Os músculos tornam-se desenvolvidos e o jovem gosta de programas de condicionamento físico e emagrecimento. Características sociais 1. Os jovens gostam de estar rodeados por amigos especiais. 2. São críticos, muito francos, quase brutais, em expressar opinião acerca de outros. 3. Muito sensíveis frequentemente dirigidos pela opinião pública e pelo que o seu grupo social define como a coisa certa a ser feita. Características espirituais 1. Ele ou ela avança, ao reconhecer a extrema importância dos valores sociais e espirituais; ou, por razões de má companhia, perde o interesse. 2. Tudo aquilo que não foi decidido ou feito com base no seu modo de pensar, torna-se agora muito difícil. Adolescência - Agitação: Uma providência natural contra o desenvolvimento unilateral do adolescente. É a desproporção entre o desenvolvimento físico e mental que leva a um comportamento inexplicável, irresponsável e excêntrico normalmente exibido pelo adolescente. - Curiosidade: É um dom natural da juventude, também grande fonte de conhecimento. Como a curiosidade, deve ser dirigida e estimulada. - Credulidade: É uma dádiva natural à juventude, também grande fonte de conhecimento. Como a curiosidade, deve ser dirigida e estimulada. - Imaginação fértil: É um grande recurso para o desbravador. Histórias e ilustrações tornam-se ótimas ferramentas de ensino. - Instinto dramático: Qualquer expressão desse senso de humor pode surgir nas situações mais embaraçosas e inesperadas. Algum tique peculiar de um adulto. (imitação) - Vida em grupo: Leva os juvenis a imitarem ações e ideias de modelos. A memória é aguçada para armazenar. A mania de heróis representa um grande desafio ao adulto que aceita a responsabilidade de liderar um grupo dessa idade. - Uniforme: É muito atraente o uso do uniforme durante a idade dos Desbravadores. Clubes, uniformes, unidade, ordem unida, atividades, acampamento - todos são muito atraentes. A igreja deve estar pronta para preencher essa vontade na juventude. - Poder: Esse instinto pode levar à autodefesa e luta pessoal. É privilégio do conselheiro dirigir o desbravador através do domínio de tarefas apropriadas que levam à apreciação do senso de poder através do esforço. Reconhecer as metas já alcançadas é o maior estímulo para conquistas futuras. - Segurança: Onde existe medo, não se desenvolve personalidade saudável. Todo esforço deve ser feito para acabar com tudo o que amedronta e substituir por confiança e segurança.

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DESENVOLVENDO UMA LIDERANÇA COMPETENTE • CARACTERÍSTICAS DE UM LÍDER COMPETENTE 1 - CONHECIMENTO Quem tem mais conhecimento possui um potencial maior de realização e se torna mais competente. Mas se tornar efetivamente competente implica colocar todo o conhecimento em prática, de forma a alcançar objetivos e obter resultados. 2 - QUALIFICAÇÃO É o domínio de conhecimentos especializados resultantes de experiência, formação e treinamento, requeridos para a execução do cargo. Quanto mais bem qualificados para a execução de trabalhos especializados, mais probabilidades as pessoas têm de serem competentes. 3 - APTIDÃO Diz respeito principalmente às características ou atributos físicos, mentais ou intelectuais, espirituais de personalidade, temperamento ou caráter. 4 - HABILIDADE Está relacionado com a maneira de executar tarefas, aplicar conhecimentos, de agir, de pensar. Ter a condição de raciocinar é aptidão; agilidade de raciocínio é habilidade. Ter a condição de falar é uma aptidão; falar com clareza é uma habilidade.

• LÍDER EFICIENTE x LÍDER EFICAZ “EFICÁCIA NÃO DEPENDE DO QUANTO DE ESFORÇO APLICAMOS, MAS SE O APLICAMOS NA COISA CERTA” – Stephen R. Covey. Muitos fazem coisas bem feitas, mas que não precisam ser feitas, desperdiçando tempo, energia e dinheiro. São eficientes, mas não eficazes. O conceito de eficácia não desprestigia ou desvaloriza o conceito de eficiência. A diferença está nos resultados. Os Clubes precisam dispor de pessoas eficientes e eficazes, dependendo da natureza do trabalho.

“Saber e não fazer, ainda é não saber”. Provérbio popular

• O LÍDER E SUA COMPETÊNCIA EMOCIONAL “Qualquer pessoa pode zangar-se – isso é fácil. Mas zangar-se com a pessoa certa, na hora certa, na medida certa, pelo motivo certo e da maneira certa – não é fácil” – Aristóteles. Daniel Goleman, no livro Inteligência Emocional, tornou esse conceito de maior importância e destaque. A ação ou influência da inteligência (ou da razão) sobre a emoção é que principalmente determina a competência emocional.

Competência emocional é: ü Saber controlar irritação, nervosismo e agressividade. É saber manter-se calmo numa discussão. ü É saber dosar entusiasmo e euforia. É saber manter o bom humor em situações complicadas. ü É saber administrar expectativas exageradas e ambição. ü É saber fazer concessões em relação a seus interesses e privilégios. ü É saber “engolir sapos” para preservar as relações.

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Competência emocional é fazer com que: ü O otimismo supere o pessimismo. ü A persistência supere o desânimo. ü A automotivação predomine sobre a frustração. ü A alta-estima vença a baixa auto-estima.

• O LÍDER E SUA COMPETÊNCIA ESPIRITUAL Um dos problemas modernos é a ênfase exagerada nos projetos e atividades em detrimento dos valores espirituais. Esse desequilíbrio está provocando perigosas conseqüências de enfraquecimento espiritual individual e coletivo. Um Líder cristão jamais deve perder de vista os valores espirituais do seu Clube. Um Clube de Desbravadores é mais do que um Clube social. Os seus objetivos vão muito mais além do que ensinar nós, fazer acampamentos, desfiles, participar de camporís, etc. O seu principal objetivo é salvar crianças do pecado e guiá-los no serviço. Competência espiritual é: ü Manter diariamente sua vida devocional. ü Ser um exemplo de integridade. ü Ser um exemplo de serviço à Igreja e a comunidade. ü Viver os princípios morais da Palavra de Deus. ü Nunca abrir mão dos valores espirituais em qualquer situação - favorável ou desfavorável.

“Quem se sai bem neste mundo são as pessoas que saem à procura das circunstâncias que desejam e, se não as encontram, criam-nas”. G. Bernard Shaw. • O QUE UM LÍDER COMPETÊNTE NECESSITA:

1. Administrar sua vida, conciliando a dedicação ao trabalho, à família, ao lazer e ao autodesenvolvimento. 2. Ser uma pessoa com espírito de cidadania, procurando integrar suas buscas e metas pessoais com o interesse

e contribuição para uma sociedade melhor. 3. Conhecer e respeitar seu jeito de ser, sabendo tirar proveito dos seus pontos fortes e não deixar de

reconhecer suas limitações e dificuldades, mas sem sofrer por causa delas. 4. Entender que é necessário aprender a conviver com dificuldades e imperfeições, e que a perfeição é apenas

um objetivo a ser buscado. 5. Soltar-se nos momentos de descontração e buscar o equilíbrio nas situações sérias da vida. 6. Conquistar seus espaços e sucessos pelo seu valor, sem prejudicar os outros. 7. Desenvolver e seguir valores e princípios de vida. 8. Ter consciência da necessidade de respeitar seu corpo e de ter persistência para cuidar da saúde, condições

básicas para uma melhor qualidade de vida. 9. Entender que felicidade é algo que não se compra, mas que se conquista diariamente em pequenas coisas e

realizações. 10. Saber agradecer diariamente a Deus pelo ar que respira, o alimento que se come, pela saúde que se tem, pela

oportunidade do trabalho, pela capacidade de pensar e criar e pelo privilégio de poder fazer amizades e amar pessoas.

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• LÍDERES EM FALTA Estão faltando líderes que conduzam o rebanho; temos falta de uma liderança efetiva, real, coerente, missionária e continuada. Existem 3 situações diferentes:

1. Em Igrejas grandes e pequenas, os diretores de jovens e Desbravadores mudam a cada ano, não aguentam estar

à frente por muito tempo. Há poucos exemplos de lugares onde o diretor de jovens ou Desbravadores permanece por 4 anos consecutivos. Entretanto, muitos anciãos tesoureiros, diretores associados continuam em sua função por vários anos.

2. Este é um assunto muito delicado: alguns idosos do rebanho, aqueles que já estão há alguns anos na liderança, não querem deixar sua função, tornam-se, por assim dizer, vitalícios. Certa vez, um ancião de uma igreja ofendeu-se muito com o pastor quando este lhe disse: “Irmão ancião, faz 17 anos que o senhor é o ancião desta igreja, acho que já está na hora de darmos oportunidade à nova geração.” O ancião ficou nesta função por 17 anos e não aprendeu o que significa ser um líder. Estava interessado apenas no posto e não queria deixa-lo sem antes demonstrar que estava ofendido e dizer aos outros que o pastor tinha muitas qualidades negativas. Outros, consciente ou inconscientemente desanimam aos novos líderes, enfatizando seus erros e enganos. Tornam-se pequenos perseguidores, temem que outros não se desenvolvam tão eficazmente na função como eles.

3. Quando existe um jovem que se destaca na liderança, algumas vezes a comissão o nomeia para ser ancião ou ocupar outra função e os jovens ou Desbravadores novamente ficam sem um líder. Quando falta liderança, às vezes colocam qualquer um para ocupar o cargo ou no pior dos casos, suspendem o clube por tempo indeterminado. O que fazer diante desta triste situação? Formar novos líderes capazes e eficientes.

É DEVER DO LÍDER, FORMAR OUTROS LÍDERES. COMO FAZER ISSO?

Ø Eleja pessoalmente as pessoas que podem ajudar no seu clube. Ø Leve sua proposta para o pastor da igreja. Ø Quando obtiver a aprovação superior, comunique aos eleitos quais as suas funções e tarefas específicas e

espere resposta deles. Ø Conheçam juntos os lugares onde aconteceram os eventos. Ø Trabalhem juntos e dê abertura para que cada um expresse sua maneira de ver as coisas. Aceite as boas

ideias dos outros. Ø Permita que eles planejem os acontecimentos. Faça somente as pequenas correções e observações. Outorgue

responsabilidades e autoridades para executá-las. Ø Ofereça pequenos presentes e favores como forma de reconhecimento pela tarefa bem cumprida. Ø Diante de superiores, elogie e recomende seus ajudantes para realizarem tarefas maiores. Apoie-os

incondicionalmente. Ø Quando precisar dizer algo que não gosta ou que aconteceu errado, expresse-se com total liberdade, mas

sempre em particular. Permita que todos façam isso com você também. Ø Ore por seus colaboradores diariamente. Ø Seja o responsável final, aquele que assume a responsabilidade quando tudo dá errado. Ø Dê o crédito aos seus colaboradores quando tudo sair certo.

Este mecanismo permite: 1- Não sobrecarregar ninguém com o peso da atividade; 2- Aprender novas formas de ver as coisas; 3- Trabalhar em equipe; 4- Desenvolver outros na liderança; 5- Melhores resultados finais. A palavra mágica para a juventude é participação. Eles querem participar. Seja sábio e utilize todo esse potencial que está à sua disposição.

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• LIÇÕES DA HISTÓRIA DE JESUS ü O reino de Jesus não é baseado em dinheiro, armas ou construções; é baseado em pessoas. Para Jesus,

construir um reino significa construir, capacitar e transformar pessoas. ü Jesus investiu tempo para trinar Sua equipe; Jesus deu o exemplo à Sua equipe. ü Jesus delegou poder e autoridade a seus discípulos; delegou responsabilidades e não tarefas; colocou o foco

não no resultado imediato, mas na formação de uma equipe. ü No conceito de liderança de Jesus, o líder não é aquele que fica no andar de cima, tem a mesa maior ou o

cargo com nome mais bonito. O líder é o que satisfaz as necessidades dos colegas e os trata como mais importantes que ele mesmo.

ü Jesus recrutou doze pessoas comuns e fez delas uma equipe que mudou o mundo. O convívio com Jesus transformou esses homens.

ü Jesus extraiu de Seus seguidores o que eles tinham de bom, e os fez ainda melhores. ü A liderança tem duas dimensões a serem cultivadas: missão e relacionamento. O líder nunca pode perder de

vista sua missão. E o líder só conquistará verdadeira autoridade sobre seus liderados com base no relacionamento que tiver com eles.

ü A sustentação do reino de Jesus não é o poder. Jesus não quer forçar, ameaçar ou barganhar; Ele quer que as pessoas optem, voluntariamente, por estar ao Seu lado.

ü Podemos até obedecer aos tiranos quando somos obrigados a isso, mas jamais escolhemos obedecer-lhes. Escolhemos dar nosso melhor para líderes, pais, maridos, esposas, chefes e professores que nos tratam com amor.

ü Os discípulos dedicaram a vida a Jesus porque perceberam o quanto Ele os amou. Jesus conseguiu seguidores por causa do relacionamento que teve com eles.

ü Até hoje é assim: Jesus não usa gritos, ameaças ou chantagens para conquistar pessoas para Seu reino. Ele levanta as mãos para mostra as feridas e convida: venha fazer parte de Meu reino!

(Retirado do livro: “Mestres da Liderança” – Roberto Ferrari – CPB 2009 – Pag. 101 e 102)

• CONSELHOS DE ELLEN WHITE “Um coração jovem é uma oferta preciosa, o mais valioso presente que pode ser oferecido a Deus.” Só para Jovens, p. 95. “Os portadores de bandeiras estão caindo. Os jovens devem se preparar para tomar os lugares que estão ficando vagos...” Obreiros Evangélicos, p. 104.

“Quais de nossos jovens entregarão a si mesmos a Deus com o objetivo de trabalhar pela salvação de outros jovens? Quem investirá seus talentos? Quem sentirá seu sagrado dever e empregará cada habilidade que lhes foi confiada por Deus para conquistar as almas?” Signes of the Times, may 29, 1893. “Temos um exercito de jovens hoje que pode fazer muito se for adequadamente dirigido e encorajado... sejam todos treinados de tal forma que possam representar corretamente a verdade, dando a razão da esperança que há neles, e honrando Deus em qualquer ramo da obra que estejam habilitados a trabalhar.” Boletim da Conferência Geral de 29-30 de Janeiro de 1893. “Jovens, Deus vos chama a trabalhar, trabalhar para Ele.” Mensagem aos Jovens, p. 207.

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A ARTE DE UM BOM PLANEJAMENTO

“Os líderes da Causa de Deus, como generais sábios, deverão estabelecer planos para o avanço em todas as frentes. No seu planejamento deverão dedicar especial estudo ao trabalho que pode ser feito pelos leigos em favor

de seus amigos e vizinhos”. Ellen G. White, Testemunhos, vol. 9, p. 116-117.

“É essencial trabalhar com ordem, segundo um plano organizado e um objetivo definido”. Ellen G. White, Manuscrito 24, 1887.

“ Planejar é escrever a história antes que ela aconteça” – Ted Engstron. “A distância entre o sucesso e o fracasso pode ser medida com um passo” – Anônimo. “Para realizar tarefas importantes, duas coisas são necessárias: um plano e falta de tempo”. “Somos o que fazemos repetidamente” – Aristóteles “A sorte favorece a mente preparada” – Louis Pasteur “Os planos não são nada; o planejamento é tudo” – Dwight D. Eisenhower “Se você quiser um ano de prosperidade, plante grãos. Se quiser 10 anos de prosperidade, plante árvores” – Provérbio Chinês. • DEFINIÇÃO DE “PLANEJAMENTO” Ø O planejamento é definido como o “processo de estabelecer objetivos, diretrizes e procedimentos para uma

unidade de trabalho”. Ø É o processo de “determinar alvos e designar meios pelos quais estes alvos possam ser alcançados”.

Porque alguns projetos fracassam? 1 - Não são feitas as devidas previsões dos acontecimentos. 2 - Pela falta de um plano reserva (o plano B). • BENEFÍCIOS DO PLANEJAMENTO 1 - “O PLANEJAMENTO AJUDA VOCÊ A FAZER MAIS COM MUITO MENOS”. As pessoas mais bem sucedidas são aquelas que se adaptaram a esse clima de desafio e se planejaram para isso! 2 - “O PLANEJAMENTO AJUDA AS PESSOAS A SABEREM O QUE SE ESPERA DELAS”. A falta de responsabilidade e objetivos claros é frustrante, e coloca quem quer que seja em desvantagem. 3 - “O BOM PLANEJAMENTO AJUDA A DAR PRIORIDADE ÀS ATIVIDADES”. Sem um bom planejamento você pode dar prioridade a quem grita mais alto. 4 - “SE VOCÊ PLANEJAR BEM, SERÁ ADMIRADO E RESPEITADO PELOS SEUS SUBORDINADOS”. 5 - “UM BOM PLANEJAMENTO PODE FAZER VOCÊ ESTAR ACIMA DAS SITUAÇÕES”. • PRINCÍPIOS BÁSICOS DO PLANEJAMENTO A. DEFINA SEU OBJETIVO É a etapa mais importante. Alguns elementos principais de um objetivo bem definido são: 1. Em termos gerais, o resultado desejado. 2. Um cronograma do projeto.

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Em termos de Clube de Desbravadores, os resultados desejados poder ser: ü 70% dos Desbravadores concluírem o ano bíblico. ü 80% dos Desbravadores lerem os livros do Clube de leitura juvenil ü 100% de frequência nas reuniões semanais ü 90% dos Desbravadores participarem do Campori ü 100% dos Desbravadores se envolverem no programa de evangelismo integrado ü Batizar 10 Desbravadores na Primavera ü Distribuir 1.000 de folheto “Quem são os Desbravadores”. ü Divulgar o Clube no bairro, ou em toda as escolas da cidade ü Etc.

B. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES: 1- Estabeleça que atividades serão desenvolvidas ü Reunião semanal ü Dois acampamentos durante o ano ü Três projetos missionários ü Dia Mundial dos Desbravadores (Investidura, Culto, Exposição ao público, etc.) ü Um curso para conselheiros e capitães ü Realizar com o Clube um festival de música ü Realizar a voz do juvenil ü Realizar um Campori ou Olimpori ü Participar do Campori oficial daquele ano (Associação, Missão, União, Divisão, etc.) ü Atividades sociais aos primeiros sábados do mês, à noite. ü Dois projetos comunitários durante o ano ü Um curso de capacitação para novos Líderes ü Etc.

2- Consulte os calendários oficiais: ü Associação/Missão ü Igreja local ü Civil (prefeitura, estado, país)

C. REÚNA E AVALIE OS DADOS Esta fase descreve os recursos que serão usados. Os recursos devem ser expressos em termos de pessoas, materiais, recursos financeiros, local, e outros fatores. Faça algumas perguntas, e coloque-as no papel. Por exemplo:

- O que será feito? - Quando isso será feito?

- Quem ficará responsável? - Onde será realizado? - Quanto vamos precisar? - Que materiais seriam necessários? - Onde podemos buscar os recursos e os materiais?

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D. DETERMINE AÇÕES Esta é a etapa mais criativa do processo de planejamento. Você definiu objetivos, avaliou e reuniu os dados, agora vai juntá-los e definir etapas e ações. Durante esta etapa do processo, as atividades são definidas de maneira muito detalhada. ü Comunique as tarefas e veja se todos entenderam bem o objetivo geral. ü Peça retorno dos envolvidos (feedback). ü Determine datas para entrega das tarefas. ü Comunique-se, comunique-se, comunique-se. Os planos costumam fracassar devido à falta de

comunicação. E. DESENVOLVA UM PLANO DE CONTINGÊNCIA Será sempre necessário ter um plano B preparado para as emergências. Isso acontece porque sempre acontecerão imprevistos de última hora. Com um plano B você pode minimizar os efeitos negativos que tais imprevistos podem trazer à sua programação. Alguns conselhos úteis: ü Tente determinar as causas dos problemas, falando com diferentes pessoas. ü Não hesite em implantar seu plano B, se necessário for.

F. ACOMPANHAMENTO ü Desenvolva um checklist (confira todos os pontos). ü Acompanhe as atividades de perto. Delegue responsabilidades, mas não deixe de supervisionar

discretamente todas as etapas. ü O bom líder sabe delegar, mas nunca deixa de supervisionar o andamento do processo. Isso evitará surpresas

de última hora.

• PLANEJAMENTO PARA ENSINAR AS CLASSES Ensinar o programa tem que ver com técnicas criativas para ensinar as Classes. 1. O Programa precisa de acompanhamento constante. ü Reunião de oficiais. ü Os Conselheiros precisam estar por dentro do que está acontecendo. ü Lista de frequência, com incentivo. ü Avaliação periódica e eficaz.

2. Um bom Programa precisa de clareza acerca de seu propósito e público em potencial: Ø Nosso alvo: Desbravadores (10-15 anos). Ø Objetivo: Salvação e serviço.

3. O Programa precisa de uma fonte de ideias Ø Cursos e reuniões de diretoria Ø Variedade: jogos, eventos especiais, gincanas, acampamentos, debates importantes, cultos, atividades

missionárias e de testemunho, etc. Ø A Internet é uma ótima fonte de boas ideias

4. O Programa precisa ter força em si mesmo. Ø Subsiste quando o Líder está ausente (“Sucesso sem sucessor é fracasso”). Ø Delegar responsabilidades (Forme outros líderes)

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5. Programa Anual Ø Baseado num calendário padrão (9-10 meses). Ø Reuniões regulares. Ø Treinamento periódico para os novatos. Ø Eventos especiais: aniversário do Clube, Dia Mundial, Voz Juvenil, Batismo, etc. Ø Acampamentos: 1 ou 2 por ano Ø Encontros gerais: Feira, Campori, Clubões, etc. Ø Classes Regulares (a melhor fonte para o programa do Clube)

Sugestão de Reunião Semanal (MÁXIMO: 2 HORAS) ATIVIDADES TEMPO Cerimônia Abertura 15'

- Hasteamento bandeiras - Ideais e Hino Oficial - Devocional e Oração

Cantinho da Unidade 20' Classes Regulares 30' Especialidades 30' Ordem Unida/Recreação 20' Encerramento 05'

6. Propósito das Classes Ø Ajudar ao Desbravador a compreender que a Igreja o ama, o aprecia, preocupa-se com ele, e conta com ele. Ø Mostrar ao Desbravador o que Deus tem planejado para a sua vida. Ø Trabalhar pela salvação individual de cada Desbravador (70% dos meninos decidem pelo batismo antes dos

14 anos) 7. Especialidades: Ø Defina data para terminar (pelo menos em três meses), para que o Desbravador não perca o interesse. Ø Torne o ensino interessante Ø Requisitos só podem ser substituídos com autorização do Campo. Ø As especialidades estão divididas em 9 áreas:

• PUBLICIDADE DO CLUBE

Uma boa maneira de trabalhar a PUBLICIDADE do Clube é aproveitar as datas comemorativas fixas, e encaixá-las no PROGRAMA ANUAL. DATAS COMEMORATIVAS JANEIRO FEVEREIRO MARÇO 01 Dia Mundial da Paz 16 Dia do Repórter 07 Dia dos Fuzileiros Navais 21 Dia Mundial da Religião 23 Dia do Rotaryano 08 Dia Internacional da Mulher 25 Dia do Carteiro 27 Dia dos Idosos 14 Dia Nacional da Poesia 30 Dia da Não-Violência 21 Dia Internacional contra discriminação Racial

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ABRIL MAIO 07 Dia Mundial da Saúde 02 Dia Nacional do Ex-combatente 08 Dia Mundial do Combate ao Câncer 08 Dia Internacional da Cruz Vermelha 10 Dia do Exército Brasileiro* 16 Dia do Gari 21 Dia da Polícia Civil 20 Dia do Comissário de Menores 22 Dia da Força Aérea Brasileira 30 Dia Nacional da Mulher JUNHO JULHO 01 Semana Mundial do Meio-Ambiente 02 Dia do Bombeiro Brasileiro 05 Dia da Ecologia 20 Dia Internacional da Amizade 05 Dia Mundial do Meio-Ambiente 23 Dia do Guarda Rodoviário 11 Dia da Marinha Brasileira 25 Dia do Motorista 12 Dia dos Namorados 26 Dia da Vovó 13 Dia do Turista AGOSTO SETEMBRO 05 Dia Nacional da Saúde 07 Independência do Brasil 11 Dia da Televisão 10 Dia da Imprensa 11 Dia do Advogado 20 Dia da Polícia Civil 11 Dia do Estudante 21 Dia da Árvore 25 Dia do Exército Brasileiro* 25 Dia Nacional do Trânsito 28 Dia dos Bancários 29 Dia Nacional do Combate ao Fumo OUTUBRO NOVEMBRO 01 Dia Internacional da Terceira Idade 02 Finados 01 Dia Nacional do Vereador 08 Dia do Aposentado 03 Dia Mundial do Dentista 15 Dia Nacional da Alfabetização 10 Dia Mundial do Lions Clube 19 Dia da Bandeira 12 Dia da Criança 20 Dia Nacional da Consciência Negra 15 Dia do Professor 23 Dia Internacional do Livro 18 Dia do Médico 25 Dia Nacional do Doador de Sangue 23 Dia da Aviação e do Aviador 27 Nacional de Combate ao Câncer 29 Dia Nacional do Livro 28 Dia Mundial de Ação de Graças DEZEMBRO 01 Internacional da luta contra a AIDS 02 Dia da Astronomia 08 Dia da Família 09 Dia do Alcoólico Recuperado 10 Declaração Universal dos Direitos Humanos 10 Dia Universal do Palhaço 13 Dia do Marinheiro 23 Dia do Vizinho 28 Dia do Salva-vidas

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• PORQUE AS COISAS FUNCIONAM Existe algum mistério para fazer um evento, reunião ou atividade de Desbravadores funcionar? Aqui estão algumas perguntas que cada líder deve fazer a si e a sua equipe afim de proporcionar uma melhoria no funcionamento de seus eventos, reuniões e atividades.

1. Houve bom planejamento? Envolve planos para possíveis imprevistos (é sempre bom ter um “plano B” para amenizar os efeitos de possíveis imprevistos),

delegação de responsabilidades e bastante tempo organizando os detalhes.

2. A liderança é compartilhada com os Desbravadores? Os desbravadores são consultados e envolvidos no planejamento e execução do programa. O envolvimento dos Desbravadores é de

suma importância para o desenvolvimento e manutenção do clube, pois eles são a futura liderança do mesmo. 3. Há boa comunicação, informações abundantes e constantes lembretes.? A publicidade é atrativa e completa. Cada um está envolvido e entusiasmado para o programa. Motive seus Desbravadores, motive sua

liderança para que possam melhorar a cada programa. 4. Qualquer pessoa tem acesso a todas as informações solicitadas? O pastor e os líderes de igreja estão sempre bem informados das programações, eventos e atividades do clube, sendo sempre

convidados a participar quando possível. 5. Deus é o centro do processo? Este é o ponto mais importante de toda e qualquer programação, pois nossa maior obra aqui é a salvação tanto dos Desbravadores

como de suas famílias. Lembre-se sempre de buscar a Deus antes de qualquer coisa e não tenha dúvidas quanto ao alcance espiritual do clube. É gasto muito tempo para oração? Ore para que Deus sempre esteja a frente dos empreendimentos.

6. Tudo é feito com espírito de alegria? È muito importante fazer tudo para honra e glória de nosso Deus. Lembre-se, o movimento mundial de Desbravadores é um trabalho

VOLUNTÁRIO e ninguém é obrigado a fazer algo para Deus. Tenha sempre em mente o lema dos Desbravadores “O AMOR DE CRISTO ME MOTIVA”.

7. Um espírito comunitário é desenvolvido? Os Desbravadores se envolvem uns com os outros e se dão bem. Desenvolva em seus Desbravadores o espírito de companheirismo e

amor ao próximo. 8. Os adultos expressam um espírito de amor, cuidado e ajuda aos Desbravadores? Lembre-se do Propósito dos Desbravadores. 9. A relação com os pais é nutrida? O pais são convidados informados e agradecidos. Envolver os pais dos Desbravadores no programa é um meio de estimar o clube em

sua igreja, comunidade ou qualquer lugar onde for necessário e tambem um meio de divulgação do trabalho do clube. 10. Há Criatividade? Novas idéias são aceitas. 11. A congregação ajuda os Desbravadores? Os líderes dão apoio moral e financeiro, mostrando que acreditam nos Desbravadores. 12. Tem elementos de educação e serviço? Vai além da integração. Envolve o serviço de maneira interessante e atrativa. 13. Os amigos dos Desbravadores são convidados a participar? Torna-se uma oportunidade de envolver e salvar os amigos. 14. Os eventos são avaliados? A avaliação serve de base para outros eventos? A oportunidade é aproveitada para identificar o que funcionou e o que não funcionou, desenvolvendo idéias para o futuro.

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• COMO MOTIVAR UM CLUBE DE DESBRAVADORES? É de esperar que, se você sabe quais as suas metas, e lidera dando o exemplo, irá persuadir os Desbravadores a seguirem-no e a trabalharem, a fim de alcançarem as metas, sejam pessoais ou do Clube. No entanto, há muito mais que você mesmo pode fazer a fim de motivar seus Desbravadores. 1 - Seja um bom Líder Talvez as maiores influências sobre a motivação sejam as pessoas e os relacionamentos entre elas, tanto para melhor quanto para pior. É quase certo que se pode ter um imenso impacto positivo aqui, simplesmente sendo um bom Líder. Se você ainda não o é, isso pode ser corrigido, mediante uma melhor compreensão das metas pessoais, de sua função e do Clube de Desbravadores, liderando como alguém que serve de exemplo e, em seguida, motivando outros a seguirem sua liderança, mantendo-os envolvidos em tudo o que você fizer. 2 - Trabalhe em equipe Da mesma forma, um trabalho em equipe tem um papel de importância vital na motivação das pessoas. Como Líder de uma equipe que você acredita que irá dar certo, você deve saber identificar as características que levarão essa equipe ao sucesso, de modo que todos tenham um grande objetivo a perseguir. É necessário também, que você saiba reconhecer os membros de sua equipe como indivíduos com desejos e necessidades diferentes – e tratá-los como tais! Sabendo disso, você precisará empregar diversas táticas para moldar a equipe a fim de manter, como resultado, um grupo eficiente e coeso. 3 – Desenvolva as pessoas Dentro das atividades do Clube, todos querem se sentir realizados, todos querem mostrar que estão dando o melhor de si e que, na medida do possível, fazem avanços. A fim de obter isso, você deve incentivar o aprimoramento de cada membro da equipe, ajudando cada qual a definir seus próprios padrões e metas pessoais e futuras. As equipes precisam também de treinamento para que possam ter as habilidades e conhecimentos necessários para a execução das tarefas atuais e futuras de modo apropriado. Mantenha com a sua equipe um acompanhamento a fim de promovê-los e projetá-los sempre que for possível. 4 - Dê incentivos Coloque nas metas do Clube premiar no final do ano o Desbravador que menos faltou; o Desbravador que completou o maior número de especialidades; o Desbravador que concluir a classe progressiva do ano; etc... Esses benefícios, e outros que podem ser criados pelo Clube, criam uma grande motivação e coloca a todos num patamar de igualdade. Ninguém será mais privilegiado do que o outro, JA que todos tiveram as mesmas oportunidades. 5 - Reconheça o valor e esforço de cada um Isso é muito importante. Elogios sinceros e provas de apreço – até algo simples, como um sorriso e um sinal de positivo com o polegar – dão aos Desbravadores um senso de vitória, fazendo com que eles sintam que deram uma contribuição de valor. Apóie-os, mesmo quando errarem, apontando-lhes porque e onde cometeram o erro, mostrando-lhes como melhorar, sem culpá-los ou humilhá-los. Ao reconhecer neles os pontos fortes, fazendo críticas honestas e construtivas sobre seus pontos fracos, você fará com que eles se empenhem em melhorar na próxima vez.

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• ATITUDES POSITIVAS E NEGATIVAS NO CLUBE Seja franco consigo mesmo e vá assinalando a sua conduta no Clube. No final, verifique quantos são os seus pontos negativos e quantos os positivos:

ATITUDE POSITIVA ATITUDE NEGATIVA

Mostro interesse, compreensão e simpatia com os Desbravadores.

Não tomo conhecimento do Desbravador. Ele não

merece a nossa compreensão. São todos uns antipáticos.

Procuro ser humano e razoável com os Desbravadores. Afinal, são seres humanos e merecem a nossa estima.

Esses Desbravadores são uns desalmados. É preciso

ser duro com eles.

Não gosto de falar da minha vida particular com os Desbravadores.

É sempre interessante comentar problemas pessoais

com os Desbravadores, assim eles aprendem com a minha experiência.

Sou exigente com os meus Desbravadores, porém explico-lhes a razão disso.

Sou exigente e acho que não devo esclarecer a razão

dessas exigências.

Poupo minha autoridade não expondo-a ao desgaste com problemas de pouca importância.

A autoridade do líder precisa ser mostrada a todo

instante ao Desbravador para que ele saiba que com líder não se brinca.

O respeito se impõe, sem necessidade de humilhar o Desbravador.

É preciso intimidar o Desbravador. Ele precisa

sentir o peso da autoridade do líder.

Corto de início qualquer problema de indisciplina. Aguardo um momento mais oportuno para coibir

um movimento de indisciplina da classe.

Não faço ameaças sem necessidade e quando as faço, cumpro.

É bom ameaçar o Desbravador, pois assim ele

permanece disciplinado e é isso o que eu faço sempre.

Quando o Desbravador erra, aplico de imediato as sanções.

Quando o Desbravador erra, espero alguns dias e

assim posso pensar nas penas que devo aplicar.

10. Faço advertência uma só vez, depois não tolero reincidência.

Faço diversas advertências ao Desbravador antes de

agir. 11. Quando termino o incidente com o Desbravador,

não tomo conhecimento mais do caso, procurando não guardar ressentimentos.

O incidente com o Desbravador não termina. Ele

precisa pagar pelo que fez. Ele vai pagar nas atividades recreativas e acampamentos.

12. Eu interpreto a indisciplina como uma conduta inconveniente e anti-social que depõe os indivíduos que a praticam.

A indisciplina é um desacato, uma afronta à

autoridade do líder, e como tal deve ser punida.

13. Quando um Desbravador erra, ele deve sofrer as punições e não o clube inteiro.

O clube todo deve pagar pelas faltas cometidas por

alguns Desbravadores

14. Procuro isolar os Desbravadores indisciplinados, trazendo-os às primeiras carteiras.

Nunca procurei isolar os Desbravadores

indisciplinados, mudando-os de carteiras.

15. Evito tratar os Desbravadores pelos seus apelidos. Acho interessante tratar os Desbravadores pelos

apelidos. Isso revela familiaridade e os predispõe ao estudo.

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15 SEGREDOS PARA SE TRABALHAR BEM EM EQUIPE Adaptado de “A Organização de Eventos Especiais”.

1. Seja simpático - as pessoas seguem aqueles de quem gostam. 2. Seja generoso nos elogios - e o faça com frequência e sinceridade. 3. Peça conselhos às pessoas - ajudamos a realizar o que ajudamos a planejar. 4. Faça com que se sintam importantes - Fale publicamente o bom trabalho realizado, e diga o quanto as aprecia. 5. Nunca constranja alguém em público - cuidado com os tímidos. 6. Lidere em vez de dirigir - a imposição revolta as pessoas. 7. Lembre-se dos nomes de cada colaborador - o nome é uma palavra doce. 8. Cumpra promessas e compromissos. 9. Seja alegre e otimista - as pessoas já têm problemas demais. 10. Não seja arrogante - diga “nós”, em vez de “eu”. 11. Não tome decisões sob pressão - o risco de erro é muito grande. 12. Cure rapidamente as feridas - Não deixe uma mágoa crescer. 13. Escolha ajudantes capazes - pessoas competentes ou interessadas. 14. Seja uma pessoa de ação - saia do campo dos sonhos e palavras. 15. Coopere - quem dá também recebe.

OS 7 PECADOS CAPITAIS DO LÍDER DE DESBRAVADORES Adaptado de: Augusto Cury, Pais Brilhantes, Professores Fascinantes, 11ª ed., editora Sextante.

1. Corrigir Publicamente

Jamais se deve expor o defeito de uma pessoa, por pior que ele seja, diante dos outros. A exposição pública produz humilhação e traumas complexos, que são difíceis de serem superados. O Líder deve valorizar mais a pessoa que erra do que o erra dessa pessoa.

Chamar a atenção ou apontar publicamente um erro ou defeito de jovens ou adultos pode gerar um trauma inesquecível, que os controlará por toda a vida. Ainda que os jovens os decepcionem, não os humilhem. Ainda que eles mereçam uma grande bronca, chame-os em particular, e converse com eles. Mas, principalmente, estimule os jovens a refletirem sobre suas ações. Quem estimula a reflexão é um artesão da sabedoria. 2. Expressar Autoridade ou Agressividade

Quando dermos um espetáculo agressivo na frente das crianças, devemos pedir desculpas pela manifestação de intolerância a que assistiram. Se temos coragem para errar, devemos ter coragem para refazer nosso erro.

Uma pessoa autoritária nem sempre é bruta e agressiva. Às vezes sua violência está disfarçada numa delicada imutabilidade e teimosia. Ninguém muda sua opinião.

O diálogo é uma ferramenta educacional insubstituível. Deve haver autoridade na relação pai-filho, professor-aluno, Líder-liderado, mas a verdadeira autoridade é conquistada com inteligência e amor.

3. Ser Excessivamente Crítico

Cada jovem é um ser único no teatro da vida. Não fique fazendo comparações entre eles, pois isso pode frustrar aqueles que não conseguem atingir os “padrões” que lhe são impostos. Dê aos jovens liberdade para terem suas próprias experiências, ainda que isso inclua certos riscos, fracassos, tolices e sofrimentos.

Certa vez, Jesus disse a Pedro que esse O negaria. Pedro discordou veementemente. Jesus poderia criticá-lo, apontar seus defeitos, acusar sua fragilidade. Mas qual foi a atitude do Mestre? Nenhuma. Ele deixou o jovem apóstolo ter suas experiências. Qual foi o resultado? Pedro errou drasticamente, derramou lágrimas, mas aprendeu lições inesquecíveis. “Os fracos condenam, os fortes compreendem. Os fracos julgam, os fortes perdoam” – Augusto Cury.

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4. Punir Quando Estiver Irado e Colocar Limites sem dar Explicações Nos primeiros 30 segundos de raiva somos capazes de ferir as pessoas que mais amamos. Quando sentir que

não pode controlar a ira, saia de cena; caso contrário, você poderá fazer grandes estragos nos relacionamentos com os jovens. Nos momentos de ira, a emoção tensa bloqueia os campos da memória. Perdemos a racionalidade. Então, pare! Espere a temperatura baixar. Para educar, use primeiro o silêncio, e depois as idéias.

A melhor punição é aquele que se negocia. Pergunte aos jovens o que eles merecem pelos seus erros. Eles refletirão sobre suas atitudes e, talvez, darão uma punição mais severa para si mesmos do que a que você daria. A punição só é útil quando é inteligente.

Elogie o jovem, antes de corrigi-lo ou criticá-lo. Diga o quanto ele é importante, antes de apontar-lhe o defeito. Isso fará com que ele acolha melhor as suas observações e o respeitará e amará para sempre.

5. Ser Impaciente e Desistir de Educar

Todos querem educar jovens dóceis, mas são os que nos frustram que testam nossa qualidade de educadores. São os filhos complicados que testam a grandeza do amor do pai. São os alunos insuportáveis que testam o humanismo do professor.

Líderes de ouro não desistem dos jovens, ainda que eles os decepcionem e não lhes dêem retorno imediato. Os jovens que mais nos decepcionam hoje, serão os que mais nos darão alegria no futuro. Basta investir neles.

6. Não Cumprir com a Palavra As relações sociais são um contrato assinado no palco da vida. Não o quebre. Seja honesto com os jovens. Cumpra o que prometer. Se não puder cumprir, diga “não” sem medo. Se errar,

volte atrás e peça desculpas. “A confiança é um edifício difícil de ser construído, fácil de ser demolido e muito difícil de ser reconstruído”

– Augusto Cury.

7. Destruir a Esperança e os Sonhos Este é o maior pecado que os educadores podem cometer. Sem esperança, não há estrada; sem sonhos, não há

motivação para caminhar. O mundo pode desabar sobre uma pessoa, ela pode ter perdido tudo na vida, mas, se tem esperança e sonhos, ela tem brilho nos olhos e alegria na alma.

Os jovens que perdem a esperança têm enorme dificuldade para superar seus conflitos. Os que perdem seus sonhos serão opacos, não brilharão, gravitarão sempre em torno de suas misérias emocionais e suas derrotas. Crer no mais belo amanhecer depois da mais turbulenta noite é fundamental para ter saúde mental.

“Não importa o tamanho dos nossos obstáculos, mas o tamanho da motivação que temos para superá-los” – Augusto Cury.

Uma pessoa passiva, sem esperanças, sem sonhos, deprimida, conformada com suas mazelas, poderá carregar os seus problemas até o túmulo. Porém, uma pessoa ativa, disposta, ousada, pode aprender a gerenciar os pensamentos, reeditar o filme do inconsciente e fazer coisas que ultrapassam nossa imaginação. Sem sonhos não há fôlego emocional. Sem esperança não há coragem para viver.