apresentação do powerpoint · parece fácil, mas não é: o que nos cerca, o que nos é familiar,...
TRANSCRIPT
Ministério doDesenvolvimento
Social
GovernoFederal
CapacitaSUAS/PE
Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e JuventudeSecretaria Executiva de Assistência Social
Gerência de Gestão do Trabalho e Educação PermanenteCentro Universitário Tabosa de Almeida – ASCES/UNITA
CapacitaSUAS/PE
Ministério doDesenvolvimento
Social
GovernoFederal
CapacitaSUAS/PE
Atualização sobre Especificidades e
Interfaces da Proteção Social Básica do SUAS
CURSO
Módulo I
Facilitadora : Lídia Lira
Ministério doDesenvolvimento
Social
GovernoFederal
CapacitaSUAS/PE
Compreender os fundamentosdo SUAS , as bases deestruturação e os marcos legaisque transversalizam a proteçãosocial na Assistência e emoutras políticas sociais .
Objetivo
Ministério doDesenvolvimento
Social
GovernoFederal
CapacitaSUAS/PE
DESTAQUE NO PROCESSO HISTÓRICO EM RELAÇÃO A ASSISTÊNCIA SOCIAL
1993 - Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS):
Dever do estado e direito do cidadão: primazia da responsabilidade do Estado
Estrutura descentralizada e democrática.
Cofinanciamento pelos três níveis de governo
Conselho, Plano e Fundo como elementos fundamentais de gestão
Ministério doDesenvolvimento
Social
GovernoFederal
CapacitaSUAS/PE
A IV Conferência Nacional de Assistência Social,realizada em 2003, em Brasília, deliberou sobre aconstrução e implementação do Sistema Único deAssistência Social - SUAS, que representa aconsolidação da estrutura descentralizada,participativa e democrática, e a constituição deuma rede nacional de proteção social.
Com base nesta deliberação o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e o Conselho Nacional de Assistência social elaborou e publicou a Política Nacional de Assistência Social em outubro de 2004
Ministério doDesenvolvimento
Social
GovernoFederal
CapacitaSUAS/PE
Constituição 1988
LOAS
1993
PNAS / SUAS 2004
Assistência Social incluída na
Seguridade Social / Sistema de
Proteção Social Brasileiro
Dever do estado e direito do cidadãoNão contributiva
UniversalDescentralizada
CofinanciamentoParticipativa
Sistema ÚnicoCentralidade na
FamíliaIntersetorialidade
Territorialidade
Ministério doDesenvolvimento
Social
GovernoFederal
CapacitaSUAS/PE
•2005
NOB SUAS
NOB RH
•2009
TIPIFICAÇÃO
•2012
NOB SUAS
(ATUALIZADA)
Ministério doDesenvolvimento
Social
GovernoFederal
CapacitaSUAS/PE Política Nacional de Assistência Social em outubro de 2004:
•Municípios classificados por porte: Pequeno Porte I - até 20.000 habitantes / Pequeno Porte II -de 20.001 a 50.000 habitantes / Médio Porte – de
50.001 a 100.000 habitantes / Grande Porte - de 100.001 a 900.000 habitantes / Metrópole - mais
de 900.000 habitantes
•Princípios norteadores: territorialização, a matricialidade sociofamiliar e a intersetorialidade.
•Serviços socioassistenciais organizados em níveis de proteção: básica e especial, sendo a especial
dividida em média e alta complexidade.
Ministério doDesenvolvimento
Social
GovernoFederal
CapacitaSUAS/PESEGURANÇAS AFIANÇADAS PELA ASSISTÊNCIA SOCIAL NA
PERSPECTIVA DA PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA E DO SERVIÇO DE ATENDIMENTO INTEGRAL AS FAMÍLIAS - PAIF
SEGURANÇA DE ACOLHIDA
Deve garantir alojamento para aqueles que, por quaisquer circunstâncias, estejam em situação de abandono ou ausência de moradia. Pressupõe, ainda, condições de recepção e escuta profissional qualificada nos equipamentos e serviços.
SEGURANÇA DE CONVÍVIO
Busca impedir o isolamento e afirmar e fortalecer relações de sociabilidade, reconhecimento social, troca e vivencia, seja na família ou na comunidade.
SEGURANÇA DE RENDA E SOBREVIVÊNCIA
Implica tanto na garantia de acesso a uma renda mínima, seja para as famílias pobres ou para idosos ou pessoas com deficiência, impossibilitados para o trabalho quanto benefícios eventuais, como nos casos de calamidade, carências ou urgências especificas.
SEGURANÇA DE AUTONOMIA
Visa atuar na promoção do protagonismo, participação e acesso a direitos.
SEGURANÇA DE APOIO E AUXÍLIO
Exige a oferta de auxílios em bens materiais e em pecúnia, em caráter transitório, denominados de benefícios eventuais.
Ministério doDesenvolvimento
Social
GovernoFederal
CapacitaSUAS/PE
A assistência social, política pública de proteção social, opera por um Sistema Único federativo, o SUAS, em implantação em todo o território nacional. Semelhante a saúde sua condição de política de proteção social é distinta da forma de seguro social. Organizada em dois níveis de proteção, a básica e a especial, ela desenvolve sua ação por meio de serviços e benefícios para o acesso de pessoas e famílias demandantes de proteção social face a agravos de fragilidades próprias do ciclo de vida humano, pela presença de deficiências, decorrentes de vitimizações, por violência, por desastres ambientais, pela presença de discriminação, pela defesa da sobrevivência e de direitos humanos violados. (SPOSATI, 2013, p.664)
Ministério doDesenvolvimento
Social
GovernoFederal
CapacitaSUAS/PE
A inclusão da Assistência Social no Sistema Brasileiro de
Proteção Social rompe com velhas noções
Sujeito carente, necessitado
Ação beneficente - Ajuda, doação, favor
Ações pontuais, fragmentadas, isoladas, vontade política
Modelo assistencialista
Sujeito de direitos
Politica Pública de Estado
Programas, Serviços, Benefícios Normatizados,
Tipificados
Modelo socioassistencial
Ministério doDesenvolvimento
Social
GovernoFederal
CapacitaSUAS/PE
“A humanidade é constituída por grupos onde os indivíduos têm em comum ritos, tradições, uma linguagem que lhes permite colaborar entre si, tendo em vista dominar o mundo exterior, mas, em primeiro lugar, precisam se apoiar uns nos outros, a fim de se auxiliarem mutuamente para sobreviver.”
Ministério doDesenvolvimento
Social
GovernoFederal
CapacitaSUAS/PE
Mas, quem, de fato, concretiza o modelo
socioassistencial em detrimento do
assistencialismo?
O que enxergamos quando vemos?
O que precisa ser dimensionado no
atendimento individual para que não se torne
individualizado ?
A MATRICIALIDADE SOCIOFAMILIAR trata a
necessidade de se rever processos de
fragmentação
Ministério doDesenvolvimento
Social
GovernoFederal
CapacitaSUAS/PE
A família exerce uma função assistencial primária;
Toda proteção passa pela via da família como referência de núcleo organizado no território;
É preciso buscar a segurança de convivência e autonomia para a família como todo fruto do empoderamento de seus membros.
Vale refletir :
Ministério doDesenvolvimento
Social
GovernoFederal
CapacitaSUAS/PE
Segundo a PNAS (Brasil, 2004, p.40) “a matricialidade sociofamiliar se refere à centralidade da família como núcleo social fundamental para a efetividade de todas as ações e serviços da política de assistência social”
Ministério doDesenvolvimento
Social
GovernoFederal
CapacitaSUAS/PE A matricialidade sociofamiliar surge como antídoto à fragmentação dos atendimentos, como sujeito à proteção de uma rede de serviços de suporte à família” (Teixeira, 2010, p. 05).
Atualmente, considera-se a família, com seus membros, inclusos em um contexto social e econômico, que reflete diretamente na forma de organização e dinâmicas familiares.
Ministério doDesenvolvimento
Social
GovernoFederal
CapacitaSUAS/PE Na matricialidade sociofamiliar, em que se dá primazia à atenção às famílias e seus membros, a partir do território de vivência, com prioridade àquelas mais vulnerabilizadas, uma estratégia efetiva contra a setorialização, segmentação e fragmentação dos atendimentos, levando em consideração a família em sua totalidade, como unidade de intervenção; além do caráter preventivo da proteção social, de modo a fortalecer os laços e vínculos sociais de pertencimento entre seus membros, de modo a romper com o caráter de atenção emergencial e pós-esgotamento das capacidades protetivas da família. (TEIXEIRA, 2009, p. 257)
Ministério doDesenvolvimento
Social
GovernoFederal
CapacitaSUAS/PE
Ministério doDesenvolvimento
Social
GovernoFederal
CapacitaSUAS/PE
OFICINA 3 - ATENDIMENTO INTEGRAL, DESAFIOS PERMANENTES E METAS POSSÍVEIS!Ch 90 MINUTOS
Considerado as afirmações de pesquisadores e estudiosos sobre as questões sociais no Brasil, debata no grupo a relação dessas contribuições com o resultado da oficina anterior e contribua para aprofundar o estudo identificando e propondo:
UM DESAFIO ESTRATÉGICO QUE PRECISA SER CONSIDERADO PARA O ATENDIMENTO INTEGRAL AS FAMÍLIAS ?
RECONHEÇA O QUE OS DESAFIOS REVELAM PARA O ATENDIMENTO E ACOMPANHAMENTO ?
NO FINAL O GRUPO DEVE PROPOR DUAS METAS POSSÍVEIS PARA UMA NOVA DINÂMICA DE ATENDIMENTO E ACOMPANHAMENTO QUE PROMOVA A INTEGRALIDADE DAS PROTEÇÕES (BÁSICA MÉDIA E ALTA) E A INTEGRAÇÃO DOS VÁRIOS SETORES DAS POLÍTICAS SOCIAIS PRESENTES NO TERRITÓRIO (SAÚDE, EDUCAÇÃO, CULTUA, SEGURANÇA PÚBLICA, ETC)
Ministério doDesenvolvimento
Social
GovernoFederal
CapacitaSUAS/PE
De tanto ver, a gente banaliza o olhar – ver... não
vendo.
Experimente ver, pela primeira vez, o que você vê todo
dia, sem ver.
Parece fácil, mas não é: o que nos cerca, o que nos é
familiar, já não desperta curiosidade.
O campo visual da nossa retina é como o vazio.
Você sai todo dia, por exemplo, pela mesma porta.
Se alguém lhe pergunta o que você vê pelo caminho,
você não sabe.
De tanto vê, você banaliza o olhar.
Sei de um profissional que passou 32 anos a fio pelo
mesmo hall do prédio do seu escritório.
Lá estava sempre, pontualíssimo, o mesmo porteiro.
Dava-lhe bom dia, às vezes, lhe passava um recado ou
uma correspondência.
Ver vendo...
Otto Lara Resende
Ministério doDesenvolvimento
Social
GovernoFederal
CapacitaSUAS/PE
Um dia o porteiro faleceu.
Como era ele? Sua cara? Sua voz? Como
se vestia? Não fazia a mínima idéia.
Em 32 anos nunca conseguiu vê-lo.
Para ser notado o porteiro teve que
morrer.
Se, um dia, em
seu lugar tivesse
uma girafa cumprindo o rito, pode ser,
também, que ninguém desse por
sua ausência.
Ministério doDesenvolvimento
Social
GovernoFederal
CapacitaSUAS/PE
O hábito suja os olhos e baixa a vontade.
Mas a sempre o que ver; gente; coisa;
bichos.
E vemos? Não, não vemos.
Uma criança vê aquilo que o adulto não
vê. Tem olhos atentos e limpo para o
espetáculo do mundo. O poeta é capaz de
ver pela primeira vez, o que, de tão visto,
ninguém vê. O pai que raramente vê o
próprio filho. O marido que nunca viu a
própria mulher (e desconhece seus
anseios e desejos).
Os nossos olhos se gastam no dia a dia,
opacos.
É por ai que se instala no coração o
monstro da indiferença
Ministério doDesenvolvimento
Social
GovernoFederal
CapacitaSUAS/PE
COMO ABORDAR NO PAIF OS CONCEITOS IMPORTANTES PARA A
PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA?
POBREZA, RISCO, VULNERABILIDADE E TERRITÓRIO
Ministério doDesenvolvimento
Social
GovernoFederal
CapacitaSUAS/PE
• No Brasil, a pobreza normalmente é definida como aincapacidade dos indivíduos terem uma condição de vidaadequada em decorrência dos baixos rendimentos auferidos.
• Mas . a pobreza deve ser considerada em seu carátermultidimensional.
• “Pobres” são aqueles que, de modo temporário ou permanente,não têm acesso a um mínimo de bens e recursos, sendoexcluídos em graus diferenciados da riqueza social.
• Boa parte dos estudos, inclusive as estatísticas oficiais,relacionam pobreza à renda per capita familiar, ou seja, quantodinheiro a família ganha por mês, dividido pelo número deintegrantes do núcleo familiar (pais, filhos, dependentes).
POBREZA
Ministério doDesenvolvimento
Social
GovernoFederal
CapacitaSUAS/PE
A insuficiência de renda é um fator importante para definir a pobreza, masnão é o único.
A pobreza pode ser medida de várias formas, uma vez que se apresentacomo uma categoria multidimensional que não se reduz a privaçõesmateriais:
Podemos considerar como “pobres” as pessoas em condição de insegurançaalimentar e nutricional, baixa escolaridade, pouca qualificação profissional,fragilidade de inserção no mundo do trabalho, acesso precário à água,energia elétrica, saúde e moradia.
A pobreza também pode ser uma categoria política, na medida em que setraduz pela carência (negação) de direitos, de oportunidades, deinformações e de possibilidades (Martins, 1991).
Ministério doDesenvolvimento
Social
GovernoFederal
CapacitaSUAS/PE Vale refletir:
A insuficiência de renda é um fator importante para definir a pobreza, masnão é o único.
A pobreza pode ser medida de várias formas, uma vez que se apresentacomo uma categoria multidimensional que não se reduz a privaçõesmateriais:
Podemos considerar como “pobres” as pessoas em condição de insegurançaalimentar e nutricional, baixa escolaridade, pouca qualificação profissional,fragilidade de inserção no mundo do trabalho, acesso precário à água,energia elétrica, saúde e moradia.
A pobreza também pode ser uma categoria política, na medida em que setraduz pela carência (negação) de direitos, de oportunidades, deinformações e de possibilidades (Martins, 1991).
Ministério doDesenvolvimento
Social
GovernoFederal
CapacitaSUAS/PE Portanto, no PAIF precisamos refletir sobre pobreza....
A pobreza é um fenômeno político.
A pobreza é um fenômeno estrutural, histórico, sistêmico.
A pobreza acomete grupos populacionais por gerações.
A pobreza revela diferenças e desigualdades regionais locais e globais
A pobreza no Brasil está relacionada ao modelo econômico capitalista.
A pobreza no Brasil está relacionada ao modelo de desenvolvimento excludente.
A produção da pobreza é proporcional à produção da riqueza : acumulo do que é produzido por muitos nas mãos de poucos.
A produção de riquezas e a reprodução da pobreza não são fenômenos naturais, mas sim produto da ação humana ao longo da história.
No capitalismo, a riqueza não se distribui. Se concentra.
Essa reflexão se centra na relação da exploração da força de trabalho pelo capital econômico.
Ministério doDesenvolvimento
Social
GovernoFederal
CapacitaSUAS/PEVULNERABILIDADE
Na Assistência Social, a vulnerabilidade foi conceituada pela PNAS, comocaracterizando situações de fragilidade relacional ou social, destacando suaconexão com as situações de “pobreza, privação (ausência de renda, precárioou nulo acesso aos serviços públicos, dentre outros) e, ou, fragilização devínculos afetivos – relacionais e de pertencimento social (discriminaçõesetárias, étnicas, de gênero ou por deficiência, entre outras).” (PNAS, 2004; pg.33).
Os princípios e diretrizes da política de assistência social, os eixosestruturantes do SUAS estabelecidos pela PNAS, o Plano Decenal do SUAS, aTipificação de Serviços Socioassistenciais reconhecem as múltiplas situações devulnerabilidade associadas a necessidades objetivas e subjetivas às quais sesomam as dificuldades materiais, relacionais e culturais que impactam sobre osvínculos familiares e comunitários .
Ministério doDesenvolvimento
Social
GovernoFederal
CapacitaSUAS/PE
Dessa maneira e com base na PNAS, é possível definir que, no âmbito deatuação da assistência social, há situações de riscos a incidência dosseguintes eventos, que devem ser prevenidos ou enfrentados:
• Situações de violência intrafamiliar; negligência; maus tratos; violência,abuso e exploração sexuais; trabalho infantil; discriminação por gênero,etnia ou qualquer outra condição ou identidade.
• Situações que denotam a fragilização ou rompimento de vínculosfamiliares ou comunitários, tais como vivência em situação de rua;afastamento de crianças e adolescentes do convívio familiar emdecorrência de medidas protetivas; atos infracionais de adolescentes comconsequente aplicação de medidas socioeducativas; privação do convíviofamiliar ou comunitário de idosos, crianças ou pessoas com deficiência eminstituições de acolhimento; qualquer outra privação do convíviocomunitário vivenciada por pessoas dependentes (crianças, idosos,pessoas com deficiência), ainda que residam com a própria família.
Ministério doDesenvolvimento
Social
GovernoFederal
CapacitaSUAS/PE
• No campo da promoção e da proteção social, o território é entendido comoo eixo para a compreensão da dinâmica dos problemas sociais relacionadosàs situações de vulnerabilidade e risco, assim como o lócus para seuenfrentamento.
• É no território, pelas questões de proximidade e de identidade cultural, ondeacontecem as relações sociais mais identificadas com as reais demandas pordireitos, serviços e benefícios sociais.
• É onde são produzidas as necessidades dos cidadãos, como moradia,transporte, educação, saúde, saneamento e tantas outras. Para as políticassociais, essas necessidades deixam de ter caráter individual e passam a serpercebidas como demandas coletivas.
• O território é o “chão da cidadania”
• É no território que direitos são negados ou assegurados.
TERRITÓRIO
Ministério doDesenvolvimento
Social
GovernoFederal
CapacitaSUAS/PE
O conceito de território permite compreender a forma como as relações sociais se materializam num dado espaço.
“O território é muito mais do que a paisagem física ou o perímetro que delimitauma comunidade, bairro ou cidade. O território é o espaço recheado pelasrelações sociais passadas e presentes, a forma específica de apropriação einteração com o ambiente físico, as ofertas e as ausências de políticas públicas,as relações políticas e econômicas que o perpassam, os conflitos e os laços desolidariedade nele existentes. Isto significa dizer que, em grande medida, aspotencialidades ou vulnerabilidades de uma família ou indivíduo sãodeterminadas pelo território no qual ela está inserida.”
(Milton Santos, 2002)
Ministério doDesenvolvimento
Social
GovernoFederal
CapacitaSUAS/PE
Atuação sobre o território significa atuação no plano coletivo!
Significa compromisso do poder público com estruturação da oferta de serviços socioassistenciais compatíveis com as necessidades do território
Significa estabelecimento de vínculos reais entre as equipes de referência dos serviços e os territórios, de forma a desenvolver intervenções que possibilitem promover na população a “coletivização” da reflexão sobre os problemas, assim como a construção das estratégias igualmente coletivas para o enfrentamento ou a superação deles
Ministério doDesenvolvimento
Social
GovernoFederal
CapacitaSUAS/PEPortanto :
CONHECIMENTO E INFORMAÇÃO SÃO INSTRUMENTOS ESTRATÉGICOS
PARA A PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA
É responsabilidade da Vigilância Socioassistencial elaborar e apoiar asequipes no desenvolvimento de pesquisas, estudos, análises e atualizarperiodicamente o diagnóstico socioterritorial, por meio da coleta eanálise de dados e de informações.
É responsabilidade, também, da Vigilância Socioassistencial a gestão e aalimentação de sistemas de informação que geram dados sobre osindivíduos e famílias, bem como sobre a rede socioassistencial e osatendimentos por ela realizados.
Mas quem alimenta a Vigilância Social com informações?
Ministério doDesenvolvimento
Social
GovernoFederal
CapacitaSUAS/PE
Vigilância
Serviços
Programas
Beneficios
PROTEÇÃO SOCIAL
Ministério doDesenvolvimento
Social
GovernoFederal
CapacitaSUAS/PE
IMPORTANTESFONTE DE DADOS PARA O DIAGNÓSTICO E PLANEJAMENTO SOCIOTERRITORIAL
Ministério doDesenvolvimento
Social
GovernoFederal
CapacitaSUAS/PE
IMPORTANTESFONTE DE DADOS PARA O DIAGNÓSTICO E PLANEJAMENTO SOCIOTERRITORIAL
!!! A importância do “zelo” na utilização
dos instrumentais de cadastro, registro e na alimentação dos sistemas de informação
Ministério doDesenvolvimento
Social
GovernoFederal
CapacitaSUAS/PE
CENTRO DE REFERÊNCIA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
CRAS
Ministério doDesenvolvimento
Social
GovernoFederal
CapacitaSUAS/PE
“Prevenir ocorrências e reincidências de situações de vulnerabilidades e riscos sociais nos territórios, por meio do desenvolvimento
de potencialidades e aquisições, do fortalecimento de vínculos familiares e
comunitários, e da ampliação do acesso aos direitos de cidadania.”
Caderno de Orientações Técnicas - Centro de Referência de Assistência Social – CRAS
Objetivos
Ministério doDesenvolvimento
Social
GovernoFederal
CapacitaSUAS/PE
É responsável pela organização e oferta de serviços da proteção básica nasáreas de vulnerabilidade e risco social.
• Os serviços da PSB podem ser ofertados diretamente no CRAS,desde que disponha de espaço físico e equipe compatível. Quandodesenvolvidos no território do CRAS, por outra unidade pública ouentidade de assistência social privada sem fins lucrativos, devemser obrigatoriamente a ele referenciados.
• As ofertas da PSB incluem: o PAIF, os Benefícios Eventuais, oBenefício de Prestação Continuada (BPC) e o Programa BolsaFamília (PBF), programas estaduais e municipais de transferênciasde renda, Programas Promoção do Acesso ao Mundo do trabalho -Acessuas Trabalho, BPC na Escola e BPC Trabalho.
Atribuições
Ministério doDesenvolvimento
Social
GovernoFederal
CapacitaSUAS/PE
É responsável pela identificação, articulação e referenciamentoda rede de entidades e organizações (órgãos governamentais eentidades da sociedade civil) que atuam no campo da proteçãosocial no território
É responsável pela promoção da articulação intersetorial,conectando serviços das diferentes políticas, buscando aconvergência de especialidades para uma intervenção noterritório que vise à construção de fluxos referenciados.
É responsável pela busca ativa e identificação de famílias eindivíduos em situação de vulnerabilidade e risco
Ministério doDesenvolvimento
Social
GovernoFederal
CapacitaSUAS/PE
É responsável pelo fornecimento de informações e dados parao Órgão Gestor Municipal sobre o território para subsidiar aelaboração do Plano Municipal de Assistência Social
É responsável pelo planejamento, monitoramento e avaliaçãodos serviços ofertados no CRAS, pela alimentação dosSistemas de Informação do SUAS e pelo suporte nosprocessos de formação e qualificação da equipe de referência.
A oferta dos serviços no CRAS deve ser planejada e depende de um bom conhecimento do território e das famílias que nele vivem,
suas necessidades, potencialidades, bem como do mapeamento da ocorrência das situações de risco e de vulnerabilidade social e
das ofertas já existentes.
Ministério doDesenvolvimento
Social
GovernoFederal
CapacitaSUAS/PE
O CRAS deve localizar-se em áreas que concentram situações devulnerabilidade e risco social. Mas,considerando as dificuldades emdiagnosticar situações de vulnerabilidades e risco a NOB-SUAS admite que osCRAS sejam instalados, prioritariamente, em territórios com maiorconcentração de famílias com renda per capita mensal de até ½ saláriomínimo, uma vez que as vulnerabilidades sociais podem ser agravadas pelasituação de empobrecimento das famílias.
Nos municípios de pequeno porte I e II, o CRAS pode localizar-se em áreascentrais, ou seja, áreas de maior convergência da população, sempre que issorepresentar acesso mais facilitado para famílias vulneráveis, das áreasurbanas e rurais. Esta deve ser uma escolha criteriosa.
Localização em Territórios de Vulnerabilidade
Ministério doDesenvolvimento
Social
GovernoFederal
CapacitaSUAS/PE Equipes de Referência
Pequeno Porte I Pequeno Porte II Médio, Grande, Metrópole e DF
Até 2.500 famílias referenciadas
Até 3.500 famílias referenciadas
A cada 5.000 famílias referenciadas
2 técnicos de nível superior, sendo um
profissional assistente social e outro
preferencialmente psicólogo.
3 técnicos de nível superior, sendo dois
profissionais assistentes sociais e
preferencialmente um psicólogo.
4 técnicos de nível superior, sendo dois
profissionais assistentes sociais, um psicólogo e
um profissional que compõe o SUAS.
2 técnicos de nível médio 3 técnicos nível médio 4 técnicos de nível médio
Ministério doDesenvolvimento
Social
GovernoFederal
CapacitaSUAS/PE
Constituem espaços que todo CRAS deve dispor: Recepção; Sala de atendimentoindividual; Sala de uso coletivo; Sala administrativa; Copa e Banheiros. Asmetragens e quantidade de ambientes é estabelecida segundo capacidade deatendimento anual do CRAS.
Os CRAS devem assegurar a acessibilidade para pessoas com deficiência epessoas idosas.
NÃO É PERMITIDO que o CRAS seja implantado em associações comunitárias ouONGs. Também não é admitido o compartilhamento de espaço com estruturasadministrativas, como secretarias municipais. É possível a instalação em espaçoscompartilhados desde que asseguradas a devida identidade, entrada exclusiva,ambientes exclusivos para as atividades do PAIF e equipes de referência tambémexclusivas.
Estrutura Física
Ministério doDesenvolvimento
Social
GovernoFederal
CapacitaSUAS/PE Outros Itens de Estrutura
Além dos espaços físicos, o CRAS deve contar com mobiliário adequado para cada umdos ambientes. Livros, cd’s, dvd’s, TV, aparelho de DVD, som, microfone, máquinafotográfica e outros materiais.
É ainda determinante que o CRAS disponha de equipamentos e condições deconectividade e que permitem agilidade dos processos de trabalho e maior interaçãocom a rede socioassistencial e setorial, tais como linha telefônica e computador comacesso a internet.
Outro item essencial da infraestrutura para o desenvolvimento do PAIF é o automóvelpara a realização de visitas domiciliares e para o acompanhamento de famílias em áreasdispersas do território.
Ao enumerar itens que os CRAS devem possuir, ressalta-se que aqueles caracterizados como DESPESAS DE CAPITAL/INVESTIMENTO, não podem ser adquiridos com recursos do cofinanciamento federal - o Piso Básico Fixo. Estes devem ser adquiridos com recursos do tesouro municipal.
Ministério doDesenvolvimento
Social
GovernoFederal
CapacitaSUAS/PE IDCRAS
O IDCRAS é um indicador sintético que retrata o grau de desenvolvimento dosCRAS, segundo as informações coletadas no Censo SUAS. É calculado a partir dasseguintes dimensões:
Estrutura Física - disponibilidade de espaços físicos que garantam ocumprimento das funções do CRAS, em especial o PAIF
Funcionamento - cumprimento do período de funcionamento esperadopara um equipamento público: 5 dias semanais e 8 horas diárias
Recursos Humanos - composição da equipe de referência do CRASconforme estabelecido pela NOBRH/SUAS
Atividades Realizadas - PAIF e outros serviços
Ministério doDesenvolvimento
Social
GovernoFederal
CapacitaSUAS/PE• A elaboração do Plano Municipal de Assistência Social.
• O planejamento, a execução físico-financeira, o monitoramento e a avaliação dos serviços socioassistenciais do SUAS.
• A alimentação dos Sistemas de Informação e Monitoramento do SUAS.
• A constituição das equipes de referência e demais profissionais da política de assistência social e capacitação profissional dos trabalhadores do SUAS.
• A supervisão, o apoio técnico à oferta do PAIF e dos demais serviços socioassistenciais ofertados, tanto nas unidades públicas, quanto nas entidades privadas sem fins lucrativos, prestadora de serviços.
• A gestão da rede socioassistencial do município.
• A gestão do processo de jurídico de relação com entidades que ofertam serviços de forma complementar
ATRIBUIÇÕES DO ÓRGÃO GESTOR MUNICIPAL
Ministério doDesenvolvimento
Social
GovernoFederal
CapacitaSUAS/PE• Coordenar as atividades e equipes do CRAS
• Organizar, segundo orientações do gestor municipal, reuniões periódicas com as instituições que compõem a rede, a fim de instituir a rotina de atendimento e acolhimento dos usuários.
• Organizar os encaminhamentos, fluxos de informações, procedimentos, estratégias de resposta às demandas.
• Traçar estratégias de fortalecimento das potencialidades do território.
• Avaliar os procedimentos, de modo a ajustá-los e aprimorá-los continuamente.
• Articular ações do SUAS e intersetoriais no território.
ATRIBUIÇÕES DO COORDENADOR DO CRAS NA PERSPECTIVA DO PAIF
Ministério doDesenvolvimento
Social
GovernoFederal
CapacitaSUAS/PE
Embora o coordenador do CRAS tenha um papelfundamental na gestão territorial, a equipetécnica também desempenha uma importantefunção na articulação do PAIF com os demaisserviços, programas, projetos e benefícios daProteção Social Básica.
O(A) coordenador(a) e a equipe, responsáveis porpromover a integração do PAIF e do SCVF com asações presentes no território de abrangência ouno próprio CRAS por meio de reuniõessistemáticas, visitas às unidades, entre outrasestratégias.
PAPEL DA EQUIPE TÉCNICA NA PERSPECTIVA DO PAIF
Ministério doDesenvolvimento
Social
GovernoFederal
CapacitaSUAS/PE Há um tempo em que é preciso abandonar asroupas usadas, que já tem a forma de nosso corpo,e esquecer os caminhos que nos levam semprepara os mesmos lugares. É o tempo da travessia, ese não ousarmos fazê-la, teremos ficado parasempre à margem de nós mesmos .
(Fernando Teixeira)
Ministério doDesenvolvimento
Social
GovernoFederal
CapacitaSUAS/PE
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil: 1988 - texto constitucional de 5 de outubro de 1988 com as
alterações adotadas pelas Emendas Constitucionais de n. 1, de 1992, a 32, de 2001, e pelas Emendas Constitucionais de
Revisão de n. 1 a 6, de 1994, - 17. Ed. - Brasília: 405 p. - (Série textos básicos, n. 25). BRASIL. Constituição da República
Federativa do Brasil: 1988 - texto constitucional de 5 de outubro de 1988 com as alterações adotadas pelas Emendas
Constitucionais de n. 1, de 1992, a 32, de 2001, e pelas Emendas Constitucionais de Revisão de n. 1 a 6, de 1994, - 17. Ed.
- Brasília: 405 p. - (Série textos básicos, n. 25).
Lei n. 8742, de 07 de dezembro de 1993. Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS). Dispõe sobre a organização da
assistência social e dá outras providências. Brasília, 7 de dezembro de 1993. Disponível em:. Acesso em: 23 de maio de
2014. BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Secretaria Nacional de Assistência Social.
PEREIRA, Potyara Amazoneida Pereira. Mudanças estruturais, política social e papel da família: crítica ao pluralismo de
bem-estar. In: SALES, M. et al. (orgs.) Política Social, família e juventude: uma questão de direitos. 2. ed. São Paulo: Cortez,
2006. p. 25-42.
YAZBEK, Maria Carmelita. Os fundamentos históricos e teórico-metodológicos do Serviço Social brasileiro na
contemporaneidade. CFESS; ABEPSS. SERVIÇO SOCIAL: Direitos Sociais e Competências Profissionais. Brasília: DF.
CFESS/ABEPSS, 2009.
SPOSATI, A. O. (Coord). A Assistência Social no Brasil 1983-1990. 6. ed. São Paulo: Cortez, 1991.
FALEIROS, Vicente de Paula. Estratégias em Serviço Social. 10. ed. São Paulo: Cortez, 2011.
______. Globalização, correlação de forças e Serviço Social. São Paulo: Cortez, 2013.
http://saladeleituraencantada.blogspot.com/2015/05/ver-vendo-otto-lara-rezende.html
https://aulasprofgilberto.blogspot.com/2015/09/tempo-de-travessia-poema-de-fernando.html
Referencias bibliográficas
Ministério doDesenvolvimento
Social
GovernoFederal
CapacitaSUAS/PE
Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e JuventudeSecretaria Executiva de Assistência Social
Gerência de Gestão do Trabalho e Educação Permanentewww.sigas.pe.gov.br
E-mail: [email protected]: 81 3183 0702
Centro Universitário Tabosa de Almeida – ASCES/UNITA
E-mail: [email protected]: (081) 2103-2096