artigo cientÍfico planejamento finac. pessoal
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7/23/2019 ARTIGO CIENTFICO Planejamento Finac. Pessoal
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ARTIGO CIENTFICO
Planejamento Financeiro Pessoal
Autores:
Ccero Pereira Leal1
Jos Antnio Rodrigues do Nascimento2
RESUMO
Aps a implantao do plano Real em 1994, o Brasil comeou um processo de
estabilizao econmica jamais visto anteriormente. Esse processo de
estabilizao possibilitou aos brasileiros um aumento do poder de compra, mas
devido falta de prtica do planejamento financeiro pessoal os brasileiros se
endividaram. Desde ento ficou comprovado o problema que os brasileiros tem
em lidar com as suas finanas pessoais. Este artigo aborda a rea de finanas
pessoais com foco no planejamento financeiro pessoal. Este tema foi escolhido
no sentido de poder contribuir com a sociedade na questo da educao
financeira pessoal, sendo que um planejamento financeiro pessoal adequado
colabora para se ter uma vida financeira estvel. O objetivo geral apresentar
a relevncia do planejamento financeiro para maximizar a riqueza pessoal. Foi
feita uma pesquisa bibliogrfica abordando tpicos de finanas empresarial e
pessoal, planejamento financeiro pessoal, fluxo de caixa e anlise de
investimento. Foi constatado que o planejamento financeiro pessoal um
1Professor Titular do Departamento Administrao da Faculdade Anhanguera, Braslia/DF
Brasil, E-mail: [email protected]
2Professor Coordenador do Departamento de Administrao da Faculdade Anhanguera,
Braslia/DF Brasil, E-mail: [email protected]
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conjunto de instrumentos e tcnicas que possibilita a pessoa decidir onde,
como e quando alocar os seus recursos. Com a construo do modelo de fluxo
de caixa pessoal se pde perceber na prtica a funcionalidade e as vantagens
do fluxo de caixa pessoal.
Palavras-chave: Finanas pessoais. Planejamento financeiro pessoal. Fluxo
de caixa pessoal.
1 INTRODUO
At meados de 1990 o brasileiro estava acostumado com as elevadas
taxas de inflao, cujos preos subiam quase que diariamente, com isso o
brasileiro no criou hbitos de planejamento financeiro. Com a implantao do
Plano Real no Brasil em 1994, iniciou-se um processo de estabilizao
econmica, possibilitando assim que as pessoas passassem a consumir mais,porm devido falta de hbito de planejar as finanas pessoais, a populao
brasileira se endividou.
As pessoas endividadas, sem dinheiro para cumprir com os seus
compromissos passaram a ter problemas de relacionamento pessoal e familiar.
Com a estabilizao econmica tambm se tornou possvel efetuar projees
quanto ao valor do dinheiro no futuro, assim aos poucos o planejamento
financeiro familiar e pessoal passou a fazer parte da vida das pessoas
brasileiras.
O tema deste artigo finanas pessoais, mas como se trata de um
assunto amplo e extenso, limitou-se a pesquisar sobre planejamento financeiro
pessoal. O objetivo geral apresentar a relevncia do planejamento financeiro
para maximizar a riqueza pessoal. Para auxiliar essa pesquisa foram definidos
quatro objetivos especficos, so eles: realizar pesquisa bibliogrfica sobre o
conceito e as variveis de planejamento financeiro pessoal, elaborar um
modelo de como administrar o fluxo de caixa pessoal, identificar alternativas de
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investimento e por fim analisar fontes de recursos para financiamento de
investimentos.
Esta pesquisa investiga como o planejamento financeiro deve ser
estruturado. Em relao a composio estrutural do artigo, o mesmo est
dividido em: primeira parte o embasamento terico, onde se encontra uma
srie de conceitos, teorias e tcnicas a respeito de finanas, tanto empresarial
quanto pessoal. J a segunda parte prope um modelo de fluxo de caixa
pessoal.
2 METODOLOGIA
Utilizandose o critrio de classificao de pesquisa proposto por
Vergara (2000), quanto aos fins e quanto aos meios. Quanto aos fins, trata-se
de uma pesquisa exploratria, sendo que, se verificou a existncia de pouco
estudo que aborda o tema planejamento financeiro pessoal com o ponto de
vista que se pretende abordar. J quanto aos meios, realizada uma pesquisa
bibliogrfica no intuito de se obter a fundamentao terica necessria
compreenso dos aspectos relacionados ao planejamento financeiro pessoal.
O procedimento utilizado o monogrfico, segundo Lakatos e Marconi
(2003, p. 108) A monografia consiste em um estudo cientfico de um tema
especfico, com a finalidade de obter generalizaes. A monografia apresenta
os fatores que compem e influenciam o planejamento financeiro pessoal.
A abordagem feita atravs do mtodo dedutivo, que segundo Lakatos
e Marconi (2003, p. 106) o mtodo no qual se parte de princpios
considerados indiscutveis, teorias e leis possibilitando chegar em conclusesde virtude lgica.
A tcnica de pesquisa, segundo Lakatos e Marconi (2003, p. 183)
uma etapa da pesquisa onde se aplicam instrumentos e tcnicas
selecionadas. Nesse estudo utilizada a tcnica bibliogrfica, ou de fontes
secundrias que visa recolher e levantar informaes, para tanto se escolhe e
estuda uma srie de autores que abrangem o tema de interesse para o
investigador.
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3 EMBASAMENTO TERICO
Este captulo tem por objetivo apresentar os principais conceitos, obtidos
atravs de uma pesquisa bibliogrfica, a cerca do planejamento financeiro
pessoal. Essa pesquisa abrange tpicos de finanas, finanas pessoais,
planejamento financeiro pessoal e anlise de investimento.
Administrao financeira
A utilizao do estudo das finanas vai muito alm do uso somente das
empresas. A rea de finanas abrange tanto a administrao de negcios,
quanto a administrao dos recursos pessoais. Finanas est presente
diariamente na vida das pessoas. Para Bodie e Merton ( 2002, p. 32) Finanas
o estudo de como as pessoas alocam recursos escassos ao longo do tempo.
J Gitman (2001, p. 34) define finanas como: A arte e a cincia de gerenciar
fundos que afetam a vida de qualquer pessoa ou organizao. O componente
das finanas responsvel pela conciliao entre a oferta e a escassez de
recursos o sistema financeiro nacional SFN.
o sistema que engloba os mercadosfinanceiros e de capitais, os intermedirios(bancos, corretoras, entre outras), as empresasde servios e outras instituies quepossibilitam as decises financeiras parafamlias (indivduos), empresas e governo.(BODIE E MERTON, 2002, p. 51)
Pode-se inferir que o SFN um composto de instituies financeiras que
mantm o fluxo monetrio entre poupadores, e investidores. As empresas e as
pessoas vo s instituies financeiras, bancos e governo para adquirir ou
ofertar recursos.
A teoria financeira fica estabelecida comosendo um conjunto de conceitos que ajudam aorganizar o pensamento das pessoas sobrecomo alocar recursos ao longo do tempo e umconjunto de modelos quantitativos para ajudaras pessoas a avaliarem alternativas, tomarem
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decises e implement-las. (BODIE EMERTON, 2002, p. 32)
possvel fazer um paralelo a respeito das finanas pessoais, ou da
famlia com as finanas empresariais, pois como lembra Bodie e Merton (2002)h diversos motivos para uma pessoa querer estudar finanas e um desses
motivos para saber administrar os recursos pessoais. Essa administrao de
recursos pessoais inclui as decises financeiras das famlias para fazer
escolhas. Decidir se consome ou 13 economiza, escolher aonde investir os
recursos, optar ou no por fazer financiamentos e administrar os riscos que
envolvem as decises.
As reas de atuao em finanas podem ser resumidas ao se analisaras oportunidades profissionais nesse setor. Essas oportunidades no geral ficam
em duas categorias: servios financeiros e administrao financeira. A rea de
servio financeiro trata da prestao de assessoria e produtos financeiros.
Nesta rea encontram-se oportunidades de carreira em bancos, seguradoras,
fundos de investimento. Em outro plano tem-se a administrao financeira que
lida com as obrigaes do administrador financeiro nas empresas. Sabe-se que
grande parte das decises no mundo dos negcios so mensuradas em termos
financeiros, o estudo da administrao financeira, conceitos, tcnicas e prticas
de finanas est presente cada vez mais no cotidiano dos administradores
financeiros. Cabe aos administradores financeiros analisar oportunidades de
investimento, captar recursos para financiar os investimentos, criar
planejamentos financeiros a curto, mdio e longo prazo, fazer oramentos
operacionais entre outros. (GITMAN 2001)
O quadro 1 apresenta seis oportunidades de carreira na Administrao
financeira. Gitman (2001, p. 35)
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Assim como em uma empresa, as pessoas e as famlias precisam
tambm de um administrador financeiro, seja pessoa fsica ou jurdica. O
administrador de finanas pessoais mais conhecido como consultor financeiro,
adquiriu habilidades para oferecer solues em planejamento financeiro e
aconselhamento pessoal de investimentos. Para Frankenberg (1999) h uma
tendncia mundial de prestao de servios nesta rea, pois com o aumento
da expectativa de vida das pessoas e suas rendas cada vez mais elevadas, h
uma preocupao com os investimentos com o objetivo de se ter uma
aposentadoria que no seja dependente da previdncia oficial. Isto faz com que
os servios de aconselhamento e planejamento financeiro se tornem produto
de primeira necessidade para os detentores de ativos financeiros que queiram
maximizar o rendimento do patrimnio. Cabe tambm ao administrador
financeiro visualizar as necessidades de seu cliente de uma forma holstica,
como um todo, e no isoladamente.
O consultor financeiro tem como elementosfundamentais, conhecimento profissional,idoneidade, experincia e empatia. No se faznecessrio que o profissional seja formado em
contabilidade, administrao de empresas oueconomia, conta mais a sua experincia como
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gestor financeiro seja no passado ouatualmente. (FRANKENBERG, 1999, p. 32)
responsabilidade da pessoa, cliente verificar se o consultor tem uma
vida estabilizada, pois assim aumentam suas chances de obter um sucessofinanceiro, solicitar referncias de atuais clientes, se for o caso, e por fim
analisar as suas qualificaes em Planejamento Financeiro Pessoal verificando
se o consultor tem conhecimento abrangente e atualizado para oferecer a
melhor orientao acerca de Planejamento Financeiro, Investimentos,
previdncia complementar e seguros.
Planejamento financeiro
Para Gitman (2001, p. 434) O planejamento financeiro um aspecto
importante das operaes nas empresas e famlias, pois ele mapeia os
caminhos para guiar, coordenar e controlar as aes das empresas e das
famlias para atingir seus objetivos. J de acordo com Ross; Westerfield; Jaffe
(1995, p. 525) O planejamento financeiro formaliza o mtodo pelo qual as
metas financeiras tanto das empresas quanto das famlias devem ser
alcanadas.
O planejamento financeiro por si s capaz de responder a trs
questes relevantes, so elas: Como aproveitar as oportunidades de
investimento que o mercado prope; identificar o grau de endividamento
aceitvel; e determinar a 15 parcela dos lucros aferidos. Para Gitman (2001, p.
434) O processo de planejamento financeiro comea com planos financeiros
de longo prazo, ou estratgicos, que por sua vez guiam a formulao de planos
a curto prazo ou operacionais.
O planejamento de longo prazo feito com base em perodos que vo
de 2 a 10 anos, esse planejamento em conjunto com os planos de marketing e
produo, dita o caminho pelo qual os controladores da empresa utilizam para
atingir os objetivos da organizao. (GITMAN 2001). J O planejamento de
curto prazo fica responsvel pelas decises com base em um perodo entre 1 e
2 anos. A princpio, Gitman (2001, p. 434) define planejamento financeiro em
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curto prazo como Especificao das aes financeiras a curto prazo e o
impacto antecipado destas aes. Neste plano entram decises de rotinas
administrativas, previses de vendas, oramentos de caixa e demonstraes
financeiras projetadas. Planejamento financeiro pessoal, possvel elaborar
um modelo?
Com base em um plano financeiro empresarial se consegue elaborar um
plano com uma perspectiva voltada para o uso pessoal. Planejamento
financeiro pessoal :
Estabelecer e seguir uma estratgia precisa,deliberada e dirigida para a acumulao debens e valores que iro formar o patrimnio deuma pessoa e de sua famlia. Essa estratgia
pode estar voltada para curto ou longo prazo.(FRANKENBERG 1999, p. 31)
Como lembra Frankenberg (1999), o planejamento financeiro pessoal
tem objetivos semelhantes aos das empresas, que entre outros objetivos
buscam um crescimento de seus respectivos patrimnios, gerao de riqueza
para os acionistas assim como para o individuo, famlia. Assim como no
planejamento empresarial o planejamento financeiro pessoal divido em
perodos de curto e longo prazo, permitindo assim um melhor aproveitamentodos recursos.
Fonte de recursos
A captao de recursos no ambiente empresarial pode ser feita de duas
maneiras, as fontes de recurso prprio e de terceiros. Capital prprio consisteem recursos em longo prazo fornecidos pelos proprietrios da empresa, os
scios. (GITMAN 2001, p. 85). Os resultados positivos apurados nas
atividades empresariais tambm representam recursos prprios, uma vez que
no correspondem a obrigaes. Portanto, so recursos prprios os
decorrentes de receitas, lucros e ganhos obtidos pela sociedade em transaes
com terceiros, tais como os rendimentos auferidos com aplicaes financeiras,
aluguis de imveis prprios, lucro na venda de mercadorias e servios. Se a
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organizao for uma sociedade annima de capital aberto os scios podem ser
tanto pessoa fsica e, ou jurdica e fundos de investimento.
J para o capital de terceiros os recursos no so de propriedade da
empresa como o prprio nome sugere so de terceiros. Representam o capital
de terceiros todos os emprstimos em longo prazo, incluindo ttulos contrados
pela empresa. (GITMAN 2001, p. 85). Os recursos de terceiros so
representados pelo passivo exigvel.
Considerando a perspectiva pessoal quanto fonte de recursos, pode-
se separar em duas origens assim como nas empresas. Como fonte de recurso
prprio tem-se o trabalho, tarefas realizadas com certa freqncia que em
contrapartida nos proporciona uma remunerao, salrio. Esta remunerao
alm de ter a funo de sustentar a pessoa e a famlia, pode ser utilizada como
um recurso para ser investido, gerando assim riqueza e fortalecimento do
patrimnio pessoal e familiar. J como recurso de terceiros tem-se os
emprstimos que os bancos e as financeiras negociam. Est opo feita
quando a pessoa no tem recurso prprio suficiente para investir, porm v
uma oportunidade de investimento que gera um lucro maior do que os juros
que ele ir pagar as instituies financeiras.
Opes de aplicaes de recursos
Os recursos captados sejam eles originrios de pessoas jurdicas ou de
pessoas fsicas so aplicados em diversos empreendimentos, estando estes
dispostos no ativo da empresa ou das pessoas. So ativos financeiros na viso
empresa: estoque de mercadorias, disponibilidades financeiras, contas areceber, aplicaes financeiras, dentre outros. J na questo pessoal tem-se
ativos como sendo algo que gera dinheiro, riqueza para seu bolso
(KIYOSAKI; LECHTER 2000. p, 65). Ativos na perspectiva pessoal so as
aplicaes que geram renda, aumento de patrimnio, neste caso no entram
imveis e carros luxuosos para uso pessoal, incluem sim imveis na forma de
investimento, aplicaes em aes, ttulos pblicos, CDBs, poupana, entre
outros. No mercado financeiro h um leque de produtos financeiros no qual
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voc tem acesso, seja atravs de bancos, governo, corretoras ou fundos de
investimento. Entre as principais formas de investimento esto:
Fundos de investimento
Fundo de investimento um condomnio que rene recursos de um
conjunto de investidores, com o objetivo de obter ganhos financeiros a partir da
aquisio de uma carteira de ttulos ou valores mobilirios. (ASSOCIAO
NACIONAL DOS BANCOS DE INVESTIMENTO, 2008). atravs dos fundos
de investimento que os pequenos investidores tm acesso a melhores
condies de mercado, menores custos e contam com administrao
profissional, colocando-os em igualdade com os grandes investidores. Com os
fundos de investimento o investidor consegue diversificar seus investimentos,
conseqncia disso a diminuio do risco e um aumento potencial de retorno.
H os mais variados tipos de fundos, os principais so: fundos de renda fixa,
DI, Derivativos, Cambiais, imobilirios, multimercados e por fim os fundos de
aes. Cada um desses fundos tem suas caractersticas de risco e retorno.
Estes fundos so disponibilizados por grande parte dos bancos comerciais
brasileiros, importante a pessoa antes de investir comparar os fundos de
cada banco. A desvantagem dos fundos de investimento, so as taxas de
administrao que os bancos cobram, geralmente cobrada anualmente.
Caderneta de poupana
A caderneta de poupana um investimento tradicional, conservador e
muito popular entre investidores de menor renda. Quase todos os bancos
comerciais possuem esse tipo de investimento e no preciso ser correntista
para investir. Basta apenas comparecer uma agncia bancria portando CPF,
documento de identidade e comprovantes de renda e residncia. Qualquer
brasileiro pode abrir uma caderneta de poupana, inclusive menor de idade. As
quantias depositadas podem ser sacadas a qualquer tempo, sem a incidnciade qualquer tributo. O risco de aplicar em Caderneta de Poupana muito
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baixo. A desvantagem da caderneta de poupana que oferece baixa
rentabilidade (CERBASI 2005). considerado um investimento extremamente
conservador.
Certificado de depsito bancrio (CDB)
O CDB um ttulo de crdito, no qual os bancos comerciais emitem para
captar recursos. O CDB a obrigao de o banco pagar ao aplicador, ao final
do prazo contratado a remunerao prevista. O prazo mnimo varia de 1 dia a
12 18 meses, dependendo do tipo de remunerao contratada. O CDB, sendo
um ttulo, pode ser negociado por meio de transferncia. Pode ser resgatado
antes do prazo contratado, desde que decorrido o prazo mnimo de aplicao.
O risco do CDB proporcional a instituio escolhida, ou seja, se voc escolhe
uma instituio slida e reconhecida pelo mercado, o seu risco minimizado,
devido ao poder de cumprimento das obrigaes deste banco. A vantagem
que o CDB no possui taxa de administrao, ao contrrio dos fundos de
investimento e em alguns casos chegam a superar a rentabilidade dos fundos
de renda fixa e DI. A desvantagem que por ter taxas pr-definidas, os ganhos
so limitados e no acompanham a variao do mercado (CERBASI 2005).
Ttulos pblicos
So considerados de baixssimo risco pelo mercado financeiro, afinal
eles so garantidos pelo Tesouro Nacional. Alm disso, os ttulos oferecemretornos significativos e possuem variadas rentabilidades, como ps-fixadas
(remunerados pela taxa bsica da economia), prefixadas e indexadas a ndices
de preos. O tesouro nacional com objetivo de democratizar os ttulos pblicos
criou um sitio onde as pessoas fsicas e jurdicas conseguem comprar
diretamente pela Internet, sem intermedirios financeiros, com menores custos
e, conseqentemente, com uma opo melhor de investimento. Agora qualquer
pessoa pode comprar e vender ttulos pblicos e obter bons rendimentos. OTesouro Direto possui as seguintes vantagens: segurana, comodidade,
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liquidez e boa rentabilidade. Tudo isso assegurado pelo Tesouro Nacional. Se
voc mantiver os ttulos at a data de vencimento, receber exatamente a
rentabilidade bruta acordada no momento da compra. Caso resolva vend-lo
antecipadamente, receber o preo de mercado do ttulo na data da venda.
(TESOURO NACIONAL, 2008).
Ao um valor mobilirio, emitido por sociedades annimas, que
representa uma parcela do seu capital social (CERBASI 2005). O proprietrio
de aes emitidas por uma companhia chamado de acionista e tem status de
scio, tendo direitos e deveres perante a sociedade, no limite das aes
adquiridas. Apesar de todas as sociedades annimas terem o seu capital
dividido em aes, somente as aes que forem emitidas por companhias de
capital aberto, as quais possuem 19 registro na CVM, podero ser negociadas
publicamente. A propriedade da ao representada por um "Certificado de
Aes" ou pelo "Extrato de Posio Acionria".
O investimento em aes considerado de renda varivel. Quando a
pessoa compra aes de uma companhia, a pessoa se torna acionista da
empresa e com isso passa a participar do lucro da companhia atravs do
recebimento de dividendos e de bonificaes. Ao contrrio do que acontece no
mercado de capitais mundial, as aes das empresas brasileiras so
negociadas com objetivo de valorizao do preo das aes na bolsa de
valores e no com o foco nos dividendos isso ocorre devido instabilidade do
mercado Brasileiro. Dividendo a parcela do lucro distribuda em dinheiro aos
acionistas, sendo deliberado em Assemblia Geral Ordinria, anualmente
realizada para aprovao das contas do exerccio social anterior. A vantagem
de se investir no mercado de aes a possibilidade de uma valorizao
substancial do patrimnio pessoal. J a desvantagem o Risco elevado(CERBASI 2005).
Clubes de investimento
Os clubes de investimento so agrupamentos de pessoas, amigos que
geralmente se conhecem ou tm algum interesse em comum (FRANKENBERG
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1999). Os clubes devem conter no mximo 150 participantes e no mnimo 3. Se
a pessoa no conhece outras pessoas que estejam interessadas em montar o
clube, essa pessoa pode ir at uma corretora e se filiar em um clube existente,
caso seja permitido no estatuto do clube. A vantagem de se formar um clube de
investimento est na possibilidade dos membros participar da gesto dos
recursos. Isso possvel pois os membros do clube se renem para analisar e
estudar as empresas que oferecem boas perspectivas de dividendos e
valorizao, optando pelas melhores empresas. Os clubes de investimento so
legalmente constitudos e em geral so orientados por sociedades corretoras
de ttulos e valores mobilirios. Assim a gesto do dinheiro do grupo exercida
pelo prprio grupo, que decide em que, quando e quanto investir. Alguns
clubes fazem uso de sofisticados instrumentos de gesto. O lucro, caso haja,
distribudo de acordo com a quantidade de participao de cada participante.
Anlise de investimento
Para analisar a viabilidade de um investimento, necessrio considerar
diversas variveis do investimento como: risco, retorno, liquidez, custos de
operao, taxas de administrao e de custdia. Porm antes mesmo de voc
analisar um investimento, h a necessidade de identificar o seu perfil de
investidor e as suas particularidades quanto sua tolerncia ao risco, a
possibilidade de ganhos, a sua idade, se casado ou solteiro, se possui
dependente ou no, entre outras.
Identificando o perfil do investidor
O perfil do investidor relevante no momento da tomada de deciso. O
que define o risco ao qual o investidor est disponvel aceitar o perfil. Quando
se conhece o perfil, o investidor capaz de avaliar melhor as oportunidades de
investimento, suas possveis conseqncias e seus pontos fracos.
(FRANKENBERG 1999). H diversas nomenclaturas de perfis porm os trsperfis mais comuns so: o conservador, o moderado e o arrojado. O que
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diferencia os perfis a parcela alocada para renda varivel, quanto maior seu
apetite por risco, e mais longo for o prazo de investimento, maior a parcela
direcionada para a renda varivel. Segue maiores detalhes a respeito dos trs
perfis.
O conservador avesso ao risco. Sente-se desconfortvel com
oscilaes de preos, no suporta ver seu patrimnio diminuir. Abre mo de
rentabilidade em troca de tranqilidade. Suas reaes so mais emocionais
que racionais. Em geral tem pouca informao sobre o mercado. O moderado
tolera certo volume de risco. Aceita flutuao de preos, em troca de ganho
compensador. No se expe aos altos riscos. Tem razovel conhecimento do
mercado, usando mais a razo nas decises. J o investidor arrojado esse o
investidor tpico de renda varivel, pois aceita grande quantidade de risco,
inclusive de perdas de capital. movido pelas perspectivas futuras e
expectativas de retornos acima da mdia. Tem grande conhecimento do
mercado e acesso a informaes, alm de consultores. Acompanha ativamente
seus investimentos, gil e racional na sua administrao. Em geral jovem.
(FINANCENTER Seu guia de finanas pessoais, 2007).
Variveis do investimento
Aps a pessoa identificar o seu perfil de investidor, fica muito mais fcil
analisar uma oportunidade de investimento, pois j tem conscincia dos riscos
que se consegue suportar. Um investimento tem as seguintes variveis:
a) Retorno: O retorno do investimento o total de ganhos ou perdas ocorrido
atravs de um dado perodo de tempo. O retorno esperado de um investimentonunca negativo, porm devido s incertezas do mercado nem sempre o
retorno positivo. (GITMAN 2001)
b) Liquidez: o grau de agilidade na converso de um investimento em
dinheiro, sem perda significativa de valor. Um investimento tem maior liquidez,
quanto mais fcil for converso em dinheiro e quanto menor for perda de
valor envolvida nesta transao. As notas e moedas em seu bolso so
considerados ativos perfeitamente lquidos. J imveis so bens poucolquidos. (HALFED 2001)
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c) Risco: O fator risco a chance que voc tem de perder seu capital, quando o
risco de um investimento teoricamente alto em contrapartida temos uma
chance de obter uma renda acima do padro. O risco est ligado incerteza e
a volatilidade de determinado ativo financeiro. (GITMAN 2001)
Ainda se tratando do fator risco, Halfeld (2001) destaca cinco tipos de
risco, so eles: risco de negcio, risco do mercado, risco de crdito, risco de
liquidez e risco de perda do poder de compra (inflao). Segue os cinco tipos
de risco com suas respectivas caractersticas de acordo com Halfeld (2001). a)
Risco do negcio: Algumas surpresas so especficas de cada tipo de
investimento. Aqui est o risco que a pessoa est disposta a correr, investindo
em uma determinada empresa. Halfeld lembra tambm que o melhor antdoto
para este caso a diversificao. b) Risco de Mercado: Este risco mais
genrico, decorre de noticias sobre a macroeconomia brasileira e a economia
mundial. Englobam os movimentos nos preos ou nas taxas de juros dos ativos
que compem a economia global. Tambm se enquadram nesta categoria o
risco cambial, Pas e sistmico. Este risco considerado no-diversificvel. c)
Risco de crdito: o risco que voc corre ao emprestar dinheiro a uma pessoa
ou empresas. Voc corre o risco da contraparte no honrar o pagamento. d)
Risco de liquidez: Decorre da facilidade, ou dificuldade com que pode converter
um ativo em dinheiro vivo, pelo valor de mercado a qualquer momento, antes
do seu vencimento. e) Risco de perda do poder de compra: Esse o risco
oferecido pela inflao. Este risco o vilo dos investidores conservadores.
Quase sempre estes investidores vem seu dinheiro perder a fora ao longo do
tempo, pois o seu patrimnio est praticamente todo aplicado em renda fixa e
no longo prazo a inflao acumulada diminui o poder de compra dos
investidores conservadores.O grfico seguinte apresenta a correlao entre Risco e Retorno. Halfeld
(2001)
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Diante destes conceitos perfeitamente possvel integrar as trs
variveis, risco, retorno e liquidez, elas percorrem toda a anlise deinvestimento, varia apenas o grau de cada um dos ndices. Por exemplo,
quando voc est disposto a correr o mnimo de risco possvel, voc como
conseqncia ter um retorno baixo e previsvel, porm com um ndice de
liquidez elevado.
Tomada de deciso
Em meio as oportunidades que aparecem no mercado, as empresas e
at mesmo as pessoas necessitam tomar uma deciso, ou seja, escolher entre
as alternativas e oportunidades dos mais variados projetos e investimentos.
Segundo Gitman (2001) a tomada de deciso pode ser feita com uso de
tcnicas de valor, aqui entram frmulas que representam o valor do dinheiro no
presente e no futuro, o valor presente lquido, a taxa interna de retorno e o
ndice de rentabilidade. Na viso pessoal cabe ao planejador financeiro focar
nas tcnicas de Valor presente e Valor Futuro, pois essas tcnicas so usadas,
mesmo que inconscientemente pelas pessoas no cotidiano. Um exemplo
decidir se compra um carro vista ou a prazo. Para Gitman (2001, p. 164)
Valor presente (VP) o dinheiro na mo hoje e o Valor futuro (VF) um
dinheiro que voc vai receber em uma data futura.
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Para se tomar uma deciso necessrio relacionar, analisar e contrapor
as tcnicas. Tendo como referncia Ross (1995), o mesmo prope as
seguintes frmulas:
a) Valor presente calculado com base no valor futuro, na taxa de mercado
(i) e o perodo (n), conforme a frmula a seguir:
Onde: VP = Valor Presente, VF = Valor Futuro, i = Taxa de mercado e n = n
perodos
b) Valor futuro calculado com base no valor presente, na taxa de mercado
(i) e o perodo (n), conforme a frmula a seguir:
Onde:VF = Valor Futuro, VP = Valor Presente , i = Taxa de mercado e n = n
perodos
Com o uso dessas duas frmulas uma pessoa capaz de ter uma
referncia quanto ao valor atual de um certo investimento, com vencimento em
X anos. Consegue-se tambm verificar se a rentabilidade do investimento
est alinhada com a taxa praticada pelo mercado no qual participa. possvel
tambm, identificar e previsionar o valor dos juros cobrados em um
financiamento.
Planejamento financeiro pessoal
O planejamento financeiro pessoal est comeando a fazer parte das
famlias brasileiras. Esse estudo das finanas pessoais tornou possvel com a
implantao do plano real, que trouxe a estabilizao econmica e possibilitou
um crescente aumento da renda dos brasileiros. Outro fator a ser considerado
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o forte impulso dado pelos bancos, principalmente de carter privado aos
planos de previdncia privada conhecidos como previdncia complementar.
Desde ento a ateno do brasileiro a assuntos ligados ao dinheiro
crescente.
Como destaca Frankenberg (1999), planejamento financeiro pessoal,
no algo intangvel muito menos esttico, ou rgido, pelo contrrio um plano
que as pessoas fazem de acordo com os seus valores e objetivos buscando
assim alcanar determinadas aspiraes, sendo elas de curto, mdio ou longo
prazo. Antes mesmo de elaborar um planejamento financeiro pessoal se faz
necessrio esclarecer conceitos, percepes de realidade, desejo, poder,
sonho, risco e estilo de vida. Frankenberg (1999, p. 31) define planejamento
financeiro pessoal como sendo:
Estabelecer e seguir uma estratgia precisa, deliberada e dirigida para a
acumulao de bens e valores que iro formar o patrimnio de uma pessoa e
de sua famlia. Essa estratgia pode estar voltado para curto, mdio ou longo
prazo, e no tarefa simples. Nesse mesmo contexto tem-se a definio de
planejamento financeiro pessoal segundo Serasa (2008), Significa ordenar a
nossa vida financeira de tal maneira que possamos sempre ter reservas para
os imprevistos da vida e sistematicamente, vagarosamente, construir um
patrimnio (financeiro e imobilirio), que garanta na aposentadoria fontes de
renda suficientes para termos uma vida tranqila e confortvel. (SERASA,
2008, grifo do autor).
J para Cerbasi (2005) planejamento financeiro pessoal : Planejar suas
finanas entender o mximo que podemos gastar hoje sem comprometer
esse padro de vida no futuro. fazer escolhas como viver bem o presente,
mesmo que isso signifique adiar o sonho de comprar determinado carro ou umapartamento mais confortvel. optar por mais anos de aluguel, viabilizando a
formao de uma poupana que seria invivel durante um pesado
financiamento.
Os autores so unnimes em afirmar que um planejamento financeiro
pessoal eficiente comea com a definio de quanto pessoa arrecada
mensalmente seja atravs de um salrio fixo, comisses, alugueis, entre outros
e com o que a pessoa est gastando mensalmente. O planejamento financeiro
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comea com um oramento e em seguida temos o fluxo de caixa, onde a
pessoa descrimina todas as suas receitas e despesas. Cerbasi (2004. p, 61)
afirma que o primeiro passo para poupar fazer sobrar dinheiro. Isso
possvel atravs de uma anlise do oramento pessoal.
Definindo os objetivos
Mais importante do que s poupar uma certa quantia de dinheiro durante
anos da sua vida, voc determinar os seus objetivos no curto, mdio ou longo
prazo pois o objetivo de guardar dinheiro por si s no trar felicidade e
segurana financeira, ao menos que a pessoa saiba o bem que o dinheiro pode
proporcionar para se conseguir a felicidade e a segurana financeira.
(CERBASI 2004). Os objetivos entram no planejamento financeiro como metas,
assim colaboram com as pessoas no momento de analisar e avaliar a situao
do seu planejamento financeiro. Dentre os mais variados objetivos pode-se
destacar o objetivo de se manter uma reserva financeira para uma emergncia,
seguir um plano de independncia financeira ou apenas levar uma vida
financeira organizada e equilibrada.
A reserva de emergncia caracteriza-se como sendo um plano de curto
prazo. Ter uma reserva financeira para imprevistos e emergncias
importante, pois possibilita minimizar ou at mesmo evitar emprstimos com
altas taxas de juros. A reserva de emergncia a formao de uma poupana
a partir da deciso de no gastar tudo o que se ganha. (FRANKENBERG
1999). O plano de independncia financeira se caracteriza como plano de
longo prazo e exige duas caractersticas especificas da pessoa que estdisposta a fazer o plano, essas caractersticas so a disciplina e a persistncia.
A disciplina e a persistncia nessa ocasio so quase que uma s
caracterstica, pois andam lado a lado. A disciplina aqui a capacidade que a
pessoa tem em seguir o que foi determinado no plano, por exemplo, investir
40% de toda sua renda. Para completar a disciplina tem a persistncia que
acreditar que possvel, se manter firme em seu objetivo e no se deixar levar
pela tentao, por exemplo temos a seguinte situao: Um cidado temacumulado o valor de R$ 30.000,00 em um fundo de renda fixa, porm lhe
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oferecem a oportunidade de comprar um carro de R$ 35.000,00 pelos mesmos
R$ 30.000,00. Mesmo com toda essa vantagem ele persiste e continua sua
caminhada, depositando fielmente todo ms o valor proposto por ele para que
daqui a 20 anos ele aposente.
J o objetivo de se ter uma vida organizada e equilibrada uma
caracterstica que se mistura com o curto, mdio e longo prazo. Nesse caso as
pessoas esto dispostas a concentrar seus esforos para conseguirem formar
e manter um patrimnio. Aqui entram planos de melhora da qualidade de vida,
com o uso de pequenas aes, tais como: compra de uma moradia melhor,
troca de carro, viagens ao exterior, entre outras.
Oramento
comum a pessoa saber quanto recebe mensalmente, basta olhar no
contra cheque. Despesas fixas tambm so de fcil identificao, como a conta
de luz, do telefone e do condomnio, pois vm em faturas. J as despesas
variveis, do dia-adia normalmente escapam do controle, com isso comea
uma reao em cadeia, com as pessoas gastando mais do que se ganha,
entram assim no cheque especial, utilizam o limite do carto de crdito
disponvel para saques e contraem emprstimos. O erro mais comum que as
pessoas cometem est em no fazer o controle de toda e qualquer quantia
gasta diariamente, tais como refeies, presentes, doaes a pedintes e
estacionamento. Essas atitudes acabam por contribuir no aumento ainda maior
das despesas. Uma ferramenta indicada para fazer esta conciliao entre
receita e despesa o fluxo de caixa em conjunto com o oramento familiar.O oramento pessoal ou familiar nico para cada pessoa ou famlia,
com o oramento possvel identificar e previsionar para onde est ou estar
indo os seus recursos e quais so as categorias de gastos. Ao fazer este
oramento mensalmente em uma planilha eletrnica ou em seu caderno de
anotaes a pessoa capaz de se auto-avaliar. Ela passa a enxergar os
gastos desnecessrios e como conseqncia passa a otimizar os seus
recursos. Para Cerbasi (2004. p, 63) importante que a pessoa inclua em seuoramento a meta mensal de investimentos para que os investimentos passem
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a ser a prioridade no oramento. Especialmente se o planejamento estiver
ligado a uma futura independncia financeira.
Fluxo de caixa
Controlar as entradas e sadas de dinheiro ms a ms pode ser dolorido no
comeo, mas se faz necessrio. J no longo prazo se torna algo prazeroso e
corriqueiro, podendo ser aperfeioado para se adequar aos seus objetivos. O
fluxo de caixa pessoal ou familiar um instrumento assim como o oramento
que auxilia no controle e na organizao das receitas e despesas. O fluxo de
caixa pessoal, . como o de uma empresa feito com base nos lanamento de
entrada e sada de dinheiro. A entrada de dinheiro pode ser o salrio,
comisses, bnus, renda com aluguis, entre outros. J as sadas so os
gastos. Entram nesta classificao as despesas de escola dos filhos, contas de
telefone, gua e energia eltrica. recomendado elaborar o fluxo de caixa em
uma planilha eletrnica, pois torna-se mais facl os lanamentos de entrada e
sada, trasmitindo assim a situao real de sua posio financeira. Encontra-se
disponvel na internet vrios modelos de planilha eletrnica, cabe a pessoa
ajustar a sua necessidade, ou se preferir pode-se criar uma planilha prpria
adequada a sua realidade. como o de uma empresa feito com base nos
lanamento de entrada e sada de
Como fazer um fluxo de caixa
a) Primeiro passo: identificar a receita lquida pessoal, essa receita pode ser
composta de um salrio mensal, comisses, bnus, rendas com aluguis, etc.
Esse primeiro passo de identificar as entradas do fluxo de caixa fundamental,
pois a pessoa acaba sabendo quanto ganha realmente.
b) Segundo passo: identificar as despesas fixas, como: luz, gua, telefone,
condomnio, transporte, aluguel, educao, seguro de vida, alimentao, e
outras. nesse processo de identificao da sada de dinheiro do caixa quegrande parte das pessoas esquecem dos gastos variveis, e isso acaba por
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comprometer o fluxo de caixa. necessrio considerar as despesas variveis,
seja com automvel, viagens, lazer, vcios, impostos, cheques pr-datados,
presentes, estacionamento, cartes de crdito e etc.
c) Terceiro passo: aps levantar as receitas e as despesas pessoais, a pessoa
deve verificar se os seus gastos esto em equilbrio com a sua receita. Se o
fluxo estiver positivo a pessoa tem a possibilidade de destinar uma parcela de
sua renda para poupar e investir. J se o fluxo for negativo, a pessoa deve
cortar gastos ou aumentar a sua renda, para que assim a pessoa passe a
destinar uma quantia de sua renda para uma reserva financeira ou para
investimentos
4 MODELO DE FLUXO DE CAIXA PESSOAL
O objetivo principal do fluxo de caixa est em aprender a administrar o prprio
dinheiro, possibilitando as pessoas que fazem uso do fluxo de caixa a viver
dentro das suas reais condies financeiras. Este tpico apresenta um modelo
de fluxo de caixa pessoal. O modelo de fluxo de caixa foi desenvolvido em uma
planilha eletrnica do Excel, uma ferramenta do pacote Office 2003, onde se
utilizou frmulas bsicas da matemtica e da rea de finanas. Tomando como
base tabela 1, possvel visualizar como funciona um fluxo de caixa pessoal
na prtica. Esse modelo est distribudo em fluxos de caixa mensais durante o
perodo de um trimestre. O modelo segue a lgica do fluxo de caixa
empresarial, onde so contabilizadas as entradas e as sadas de capital.
No campo (1) tem-se as receitas, que englobam todas as entradas do
fluxo de caixa, podendo ser: salrio, horas extras, bnus, rendimentos sobre ocapital investido e outros. No campo (2) esto localizadas as despesas, ou
seja, as sadas do fluxo de caixa, representadas por: gastos com transporte,
alimentao, prestao de carro, faculdade, impostos, seguro de vida, lazer e
outros. O campo (3), percentual de despesas uma ferramenta proposta pelos
consultores financeiros, onde a pessoa capaz de identificar o percentual de
sua receita que comprometida com as despesas. No campo (4) temos o
saldo parcial, resultado da subtrao de sua receita menos despesa. J ocampo (5) ficou destinado para os possveis investimentos a serem realizados
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no longo do trimestre. Por fim, no menos importante est o campo (6),
correspondente pelo saldo final mensal, resultado da subtrao de todas as
entradas menos todas as sadas, neste caso as sadas englobam as despesas
e os investimentos.
Fluxo de caixa
Ms A Ms B Ms C Soma Percentual
(1) Receitas X X X X X
Salrio X X X X X
Horas extras X X X X X
Bnus X X X X X
Outros X X X X X
Rendimentos X X X X X
Total Receita X X X X X
(2) Despesas
Gasolina X X X X X
Alimentao X X X X X
Prestao do carro X X X X X
Faculdade X X X X X
Impostos X X X X X
Seguro de vida X X X X X
Lazer X X X X X
Outros X X X X X
Total Despesas X X X X X
(3) Percentual dasdespesas
X X X X
(4) Saldo parcial X X X(5) Investimentos
Aoes X X X X X
CDB's X X X X X
Fundos X X X X X
Previdncia privada X X X X X
Outros X X X X X
Total Investimentos X X X X X
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(6) Saldo final X X X
Tabela 1: Fluxo de CaixaFonte: (desenvolvida pelo autor)
Situao hipottica
Para uma melhor compreenso do funcionamento do modelo de fluxo de caixaproposto adotou-se uma situao hipottica, onde se tem um Indivduo do sexo
masculino, solteiro, sem filhos, com 23 anos de idade e ainda morando com os
pais. Cursando o 5 semestre de administrao. A fonte de recurso desse
indivduo prpria, ou seja, parte da remunerao do seu trabalho no qual lhe
proporciona uma renda mensal fixa de R$ 2.000,00. Na tabela 2, o campo (1)
est representando o salrio mensal desse indivduo. A nica entrada em seu
fluxo de caixa no ms A. J as despesas esto descriminadas no campo (2).Esse campo responsvel pelas sadas de capital do indivduo X, por meio
do fluxo de caixa do indivduo conseguisse verificar que seus gastos so
principalmente com gasolina, alimentao, automvel, educao e lazer. No
ms A o indivduo comprometeu o valor de R$ 1.650,00, ou seja, 82,5% de
sua receita. Com isso o indivduo conseguiu economizar R$ 350,00.
Esse valor poderia ser desperdiado caso o indivduo no tivesse
mapeado os seus ganhos e suas despesas, porm como agora ele sabe que
suas necessidades j foram atendidas, ele passa a verificar as oportunidades
de investimento no qual ele pode vir a aplicar o seu capital. Diante das
oportunidades de aplicar em aes, fundos, CDB e previdncia privada.
Devido ao seu perfil conservador, ele optou por aplicar no CDB do banco
ao qual ele tem uma conta-corrente, pois o risco baixo e pelo fato do
indivduo querer formar uma reserva de emergncia. O banco lhe ofereceu uma
taxa pr-fixada de 30 0,9% ao ms, que tirando os encargos lhe render uma
taxa lquida de 0,7% ao ms, ou seja, lhe render no prximo ms R$ 2,45.
Na seqncia, se tem o ms B, onde possvel identificar um
acrscimo, mesmo que pequeno, em sua receita com os rendimentos da
aplicao do ms anterior. Sendo assim a sua receita total do ms B R$
2.002,45. Porm com aumento da sua receita, aumentaram tambm as suas
despesas para 92,39% da receita total. Considerando esse fator, a parcela a
ser investida no ms B representado no campo (4), caiu para 7,51% do
capital, antes os 17,5% do ms anterior. Nem por isso ele deixou de investir o
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capital que restou em caixa. Ao investir o capital no CDB, ele garantiu um
aumento em seu fundo de reserva para R$ 502,45, aumento de 42,91% se
comparado ao ms anterior, essa reserva financeira garantiu o rendimento de
R$ 3,53 no ms C.
No ms C j possvel identificar uma diferena significativa quanto ao
gerenciamento das finanas do indivduo, no ms C o indivduo aumenta a
sua receita que antes era de R$ 2.000,00 no 1 ms do fluxo de caixa, agora j
passou a ser R$ 2.003,53, parece pouco, porm no longo prazo esse
rendimento tende a multiplicar-se, tendo em vista que os rendimentos so
reaplicados, a uma taxa de juros compostos, ou seja, juros sob juros. No ms
C o indivduo voltou a economizar com lazer, resultado disso uma sobra
17,65% da sua receita para investir.
Ao efetuar uma anlise do fluxo de caixa trimestral do indivduo X
concluise que ele teve uma receita total de R$ 6.005,98, representada por
99,9% no que diz respeito a seu salrio mais 0,1% de rendimento das suas
aplicaes. Ele comprometeu em mdia 85,75% da sua receita com as
despesas de automvel, educao, impostos e lazer. Vale ressaltar que sua
despesa principal com o automvel, somando-se a prestao do automvel
de R$ 600,00 com a gasolina mdia mensal de R$ 216,66 chega-se ao
resultado de R$ 816,66 que chega a representar 47,6% da sua despesa total
nos trs meses. Pelo fato do indivduo X ser conservador infere-se que 100%
de seus investimentos esto em CDB. Tambm se verificou que ele conseguiu
formar uma reserva financeira no valor de R$ 855,98, 14,25% de sua receita
total, valor no muito alto, algo em torno de 42,80% de seu salrio mensal,
porm considerando que o indivduo no tinha nenhuma reserva financeira, foi
um ganho relevante.
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4.1.1 ProjeesConsegue-se tambm fazer uma projeo da sua rentabilidade por um perodo
de curto, mdio e longo prazo. Essa projeo feita com a frmula do valor
futuro, baseado em seu valor presente e a taxa de remunerao do
investimento. Sendo o valor presente a soma de todas as aplicaes feitas no
CDB, total de R$ 855,98, a taxa so os mesmos 0.7% ao ms e o n ser 2, 5 e
10 anos respectivamente. Para o perodo de curto prazo se tem como base o
perodo de 2 anos ou 24 meses. O clculo fica da seguinte forma: FV=
855,98*(1,007) 24 , o valor futuro do investimento diante do prazo de 2 anos
ser igual a R$ 1.011,98, isso considerando que o indivduo X no ir efetuar
capitalizaes mensalmente. Segue o grfico no qual demonstra a evoluo do
investimento do indivduo X.
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Para o perodo de mdio prazo se tem como base o perodo de 5 anos ou 60
meses. O clculo fica da seguinte forma: FV= 855,98*(1,007) 60 , o valor futuro
do investimento diante do prazo de 5 anos ser igual a R$ 1.300,86, isso
considerando que o indivduo X no ir efetuar capitalizaes mensalmente.
Segue o grfico no qual demonstra a evoluo do investimento do indivduo
X.
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Para o perodo de longo prazo se tem como base o perodo de 10 anos ou 120
meses. O clculo fica da seguinte forma: FV= 855,98*(1,007) 120 , o valor
futuro do investimento diante do prazo de 10 anos ser igual a R$ 1.976,97,
isso 33 considerando que o indivduo X no ir efetuar capitalizaes
mensalmente. Segue o grfico no qual demonstra a evoluo do investimento
do indivduo X.
Para uma maximizao do patrimnio pessoal do indivduo X, o indivduo tem
duas opes, so elas: destinar uma parcela mensal entre 10% e 15% de sua
receita lquida para investir, ou direcionar seus investimentos em CDB para
investimentos mais rentveis, que rendam mais de 1,2% lquido ao ms.
Tomando como base o mesmo valor presente R$ 855,98, consegue-se calcularo valor futuro com uma taxa de 1,2% ao ms. Sendo FV= 855,98*(1,012) o
valor futuro que antes a uma taxa de 0,7% era de R$ 1.011,98 agora passou a
ser R$ 1.139,71.
Para uma melhor visualizao da diferena entre um investimento de mesmo
valor, porm aplicado a taxas diferentes, um rendendo 0,7% e o outro 1,2%,
ambos mensalmente, segue o grfico 5 para ilustrar o comportamento do
investimento sujeito as diferentes taxas.
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5 CONCLUSO
O estudo demonstrou que o planejamento financeiro pessoal tem a mesma
estrutura de um planejamento financeiro empresarial, onde a pessoa ou a
famlia define os objetivos a serem atingidos no curto, mdio e longo prazo.
Verificou-se, tambm que o mercado financeiro tem diversos produtos
financeiros no qual a pessoa tem acesso atravs dos bancos, das corretoras,
entre outros. Entre as oportunidades de investimento tem-se: aplicaes em
aes, ttulos pblicos, CDBs e poupana.
O objetivo geral proposto por este trabalho foi atingido, j que o planejamento
financeiro pessoal apresenta uma relevncia significativa no que diz respeito a
maximizao da riqueza pessoal. atravs do planejamento financeiro pessoal
que as pessoas se organizam financeiramente, deixando assim de desperdiarrecursos escassos.
Outro aspecto a ser considerado a relevncia do fluxo de caixa pessoal, pois
possibilita a pessoa a viver dentro das suas reais condies financeiras,
administrando o seu dinheiro de forma eficiente e eficaz.
Como limitaes para a elaborao deste trabalho, tm-se a pouca quantidade
de referncias a cerca do tema finanas pessoais. Outro fator relevante a ser
considerado foi falta de tempo para se aprofundar mais no tema.
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Para dar prosseguimento a esta monografia sugere-se um estudo direcionado
para o tema: Plano de Independncia Financeira.
REFERNCIAS:
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BODIE, Zvi e MERTON, Robert C; trad. James Sunderland Cook. Finanas.Porto Alegre: Bookman, 2002.
CERBASI, Gustavo P. Dinheiro - os segredos de quem tem: como conquistare manter sua independncia financeira. So Paulo: Gente, 2005.
FINANCENTER Seu guia de finanas pessoais. Terra. So Paulo. Disponvelem: http://financenter.terra.com.br/. Acesso em 11 abr. 2008.
FRANKENBERG, Louis Seu futuro financeiro. 8. ed. Rio de Janeiro: Campus,1999.
GITMAN, Lawrence J. Princpios de Administrao Financeira Essencial.
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TESOURO NACIONAL. Braslia. Disponvel em:http://www.tesouro.fazenda.gov.br/tesouro_direto/conheca.asp Acesso em 5abr.2008.
VERGARA, Sylvia Constant. Projetos e Relatrios de Pesquisa emAdministrao. 6.ed. So Paulo: Atlas, 2005.