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As Mulheres das Cavernas

1. Molde 2. Modelo

3. Base e Expansão 4. Sabedoria

5. Ampliando a Base 6. Materiais Rejeitados

7. Construindo a Casa com os Rejeitados

8. Coleta, Armazenamento, Distribuição: Projetando o Futuro

9. O Terreirão Solar 10. Notícias do Além 11. Cargas do Aquém

12. Firulas, Nuances e Filigranas 13. As Esculturas

Vitória, quarta-feira, 20 de agosto de 2008. José Augusto Gava.

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Capítulo 1 Molde

O que moldou as mães-mulheres-menininhas e, portanto,

metade do projeto da humanidade? Obviamente isso é muito relevante, junto com determinar o que modelou os homens – por incrível que pareça essas duas perguntas nunca foram feitas e porisso nunca foram respondidas.

PERGUNTANDO PELO GOVERNO DO MUNDO (os pares-polares respondem no TAO que é mecânica psicológica)

Visto como oposições raivosas.

Visto como complementações amorosas.

Embora não tenha sido único, o elemento central ou governante de todo o processo foi a Caverna geral e o Terreirão geral diante dela, conforme está posto na longa seqüência do Modelo da Caverna para Expansão dos Sapiens, MCES.

Nele se destacam os três elementos iniciais abaixo e agora acrescento o quarto:

1) o campo de coleta, memória-de-campo ou memória-de-coleta;

2) o lugar de armazenamento (com a memória equivalente; cada um desses tópicos corresponde a uma DIVISÃO DE MEMÓRIA e conduz a um subtipo de personalidade feminina, uma espécie de partição do

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cérebro-mente; os homens não temos isso, pois somos focados na caça e na destruição; assim sendo, devemos esperar que as mulheres tenham QUATRO id-ego-superego ou inconsciente-consciente-superconsciente, gerando tremendos conflitos difíceis de administrar);

3) o processo de distribuição, que comporta escolhas do quê dar a quem (como já contei, meu pai ficava com a carne branca da galinha, meus irmãos mais velhos com as coxas, eu e meu irmão mais novo com as asas, minha mãe com os pés, cabeça, pescoço, sobre e miúdos); na casa, a caverna reduzida à família nuclear, a memória correspondente (memória-de-distribuição)

4) a escolha do reprodutor e sua disciplinação, quer dizer, sua adaptação à mãe e seus filhos, o longo processo de ensinaprendizado começado na infância mais remota;

0) no centro de tudo, o futuro dos garotinhos. É nisto que as meninas-moças-mulheres-mães pensam

INSISTENTEMENTE e, porisso mesmo, aquilo de que têm medo. E é o que as cativa, fora o processo de pensamento, porque, usando tanto a memória, não conseguem pensar com tanta eficiência quanto os homens, necessariamente confrontantes do ambiente sempre novo em razão do movimento da caça; pelo contrário, o ambiente das mulheres é muito repetitivo: terreirão de coleta, caverna de armazenamento, cozinhar, limpar, coordenar e educar as crianças, cuidado com o embrião-feto, distribuição, vigilância e repressão da sexualidade das jovens (para não se oferecerem aos pais, aos tios e a todo macho adulto), estimulação da sexualidade dos jovens, controle-posse do marido, convívio com as outras, obediência à rainha da caverna (chamei-a de “mãe dominante”) e seu grupinho de bajuladoras, escravização das estéreis e tudo que compunha a tremendamente excitante vida das cavernas, sem falar nas relações de vizinhança, nas notícias que os homens traziam depois das longas caçadas, a conversa as mães (de que todos ficavam excluídos) - não conhecemos nada semelhante no presente.

Capítulo 2 Modelo

Como já vimos no MCES, eis a seqüência de formação

(não há ainda provas arqueológicas de tais disposições primitivas):

1) constituição das cavernas/terreirões e consolidação: CAVERNAS;

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2) borbulhamento para fora, rumos aos espaços mais avantajados das redondezas: PÓS-CAVERNAS;

3) constituição dos primeiros ajuntamentos dos borbulhamentos: PRÉ-CIDADES;

4) ligação de bairros (dos quais resultou a primeira cidade, dizem que Jericó/Jerusalém há 11 mil anos); CIDADES.

Tudo isso deixou rastros em nós e sempre haverá anelo ou saudade dessas formas antigas dentro de nós (de modo que os arquiengenheiros, ao construírem seus agrupamentos, contarão com uma adesão crescente e rendição inconsciente sempre maior de baixo para cima: grandes cúpulas com os grupamentos dentro serão as mais cativantes de todas as construções.

Aquilo se poderia chamar de “caos organizado”: bagunça tremenda sob supervisão de que todo ser humano vai sentir saudades; aliás, os seres humanos só serão realmente felizes nos grandes grupamentos, com vozerio variado e estridente, todo mundo falando ao mesmo tempo, com as mães-mulheres dirigindo a balbúrdia, com crianças zunindo por aqui e por ali, falatório incompreensível, mil atividades ao mesmo tempo como num mercado árabe, coisa que horrorizaria os homens e que as mães-mulheres “tiravam de letra” (vá ler as conclusões iniciais do MCES). Nossas cabeças masculinas não guardam tantos elementos e, pior ainda, elementos em interação mecânica acentuada, muito intensa e acelerada.

Como ficou colocado, a visão (e a mente) das mães-mulheres é espacial-plana, enquanto a nossa é linear-pontual

Capítulo 3 Base e Expansão

Fabricação do corpo. CORPO E MENTE

Co

mbin

ação

de

dois

n’u

m ha

rmôn

ico.

Fabricação da mente.

Corpo da mãe-mulher para o pai-

filho. Mente da mãe-mulher para o pai-

filho. Observe que isso é extremamente complexo (no caso dos

homens, também), pois se trata de fazer PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos e empresas) e de fazer AMBIENTES (cidades-municípios, estados, nações e mundos), isto é, uma vez preparado

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o corpomente, ele deve servir PARA TODAS AS MUDANÇAS de depois, para todas as variações; e repare que são hodiernamente 3,3 bilhões de mães-mulheres-menininhas nas mais variadas situações nas longitudes, nas latitudes e nas altitudes, em envolvimentos de classe, de raça, de sexo, de Conhecimento (Magia-Arte, Teologia-Religião, Filosofia-Ideologia, Ciência-Técnica e Matemática).

Ora, as mães-mulheres de hoje são as mesmas das cavernas em corpo e mente, mas muito transformadas pela elevação geral: enquanto elas se elevavam pelas PESSOAMBIENTES os homens também o fazíamos, par-a-par.

O corpomente feminino, tanto quanto o masculino, é instrumento-para-sete-tarefas, para todos os usos do passado, do presente e do futuro.

OS VÁRIOS CORPOMENTES DA MULHER

mãe

mulher

sexo

trabalhadora

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Participante da política.

estudiosa

pesquisadora

Todas as demais facetas, que são muitas.

Nada disso poderia existir hoje se não tivesse tido uma base, um espaço de possibilidades, quer dizer, se não tivesse existido enquanto potência desde o início, como um leque-de-aproveitamentos. Ainda é a mesma mulher da caverna, o instrumento básico modelado lá para trás.

Assim como existem caminhos biológicos-p.2 que levam a becos sem saída, também os há psicológicos-p.3: se a Mulher geral não fosse esse desenho extraordinário, fantástico, teria esbarrado nas contra-chances da evolução e quando as ocasiões tivessem chamado ela não responderia a contento – e não foi o que aconteceu. Por mais desafiantes que fossem os ambientes, por mais variados tenham sido, por mais tensos, por mais trabalhosos a Mulher geral tem respondido a eles de modo muito satisfatório – tem sido uma excelente companheira.

Capítulo 4 Sabedoria

O AJUSTAMENTO DA MULHER

a)

(atual) – veja só que multifacetado é o diamante humano e como brilha!

a.1. 3,3 bilhões de homens e 3,3 bilhões de outras mulheres;

ÀS PESSOAS:

a.2. 1,5 bilhões de famílias; a.3. centenas de milhões de grupos; a.4. dezenas de milhões de empresas;

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b) b.1. talvez 300 mil cidades-municípios; AOS AMBIENTES:

b.2. estimativa de quatro mil estados; b.3. cerca de 200 países; b.4. um mundo em formação, em processo de globalização.

É sempre o mesmo desenho-de-mulher, mas com uma variabilidade inacreditável.

Imagine fabricar um organismo que faça tudo que a totalidade das mulheres faz e que opere em várias temperaturas, em muitas alturas, sempre fazendo inacreditável quantidade de tarefas! Nós, humanos, não sabemos fazer isso, rapidamente nossos aparelhos, máquinas e instrumentos dão pau, entortam, param de funcionar com meses de operação.

COMO SÃO EQUIVOCADAMENTE REPRESENTADAS

bruxas

Domésticas-dondocas.

prostitutas

enganadoras

Há todo tipo de mulher, como há todo tipo de homem, mas nem porisso devemos representar os juizes pelos maus exemplos dentre eles. “Juizes” é a classe da qual cada juiz pode ser o sim ou o não.

Nossa sabedoria masculina não tem sabido reconhecer nas mulheres as grandes parceiras e companheiras que são NO GERAL, muito para além de cada caso particular. Nós temos maltratado essa formidável criatura (e vice-versa, elas respondem).

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MAUS-TRATOS ÀS MULHERES

Projeção da taxa de espancamento

em 30/10/2001

A projeção da taxa de espancamento (11%) para o universo investigado (61,5 milhões) indica que pelo menos 6,8

milhões, dentre as brasileiras vivas, já foram espancadas ao menos uma vez. Considerando-se que entre as que

admitiram ter sido espancadas, 31% declararam que a última vez em que isso ocorreu foi no período dos 12 meses

anteriores, projeta-se cerca de, no mínimo, 2,1 milhões de mulheres espancadas por ano no país (ou em 2001, pois não

se sabe se estariam aumentando ou diminuindo), 175 mil/mês, 5,8 mil/dia, 243/hora ou 4/minuto – uma a cada 15

segundos.

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É claro que nós, homens que não fazemos isso, devemos abrir guerra aberta aos que fazem: em toda parte, todo o tempo, todos os recursos, com todo tipo de ação e saber. Porém sem maltratá-los, senão nos tornaríamos da mesma laia.

DIA INTERNACIONAL DA MULHER

(8 de março, mas deveria ser todo dia – esse dia deveria ser abolido, pois é marca da injustiça)

365 dias e só num se reconhece a importância das mulheres

Mesmo quem já fez e se converteu em opositor deve aderir, é um dever de companheiro de dezenas de milhares de anos.

PASSANDO POR TANTAS COISAS JUNTOS (companheiros até na morte em Pompéia; seria interessante um filme que terminasse nisso)

200 mil anos dos neanderthais

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80-70 mil anos dos sapiens 7 mil anos de cultura sem escrita

5,5 mil anos de escrita • através da Antiguidade • através da Idade Média

• através da Idade Moderna • através da Idade Contemporânea

• e agora na Idade Pós-Contemporânea. HOMENS SÃO DE MARTE, MULHERES SÃO DE VÊNUS

Marte

, SEGUNDO DIZEM (mas os filhos são da Terra)

Terra Vênus muito morto muito viva muito morta

deus Marte deusa Terra deusa Vênus

Somos filhos e filhas de um encontro de resistências: obstinação dos homens e tenacidade das mulheres.

Capítulo 5 Ampliando a Base

Para além do indivíduo temos as outras pessoas e os

ambientes: mundo > nações > estados > municípios/cidades > empresas > grupos > famílias > indivíduos. São muitos passos, com todo crescimento correlato.

Dila

taçã

o ilimit

ada

do

conhecim

ento

do

mund

o.

UMA PIRÂMIDE DUPLA

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Foco crescente

do poder de

modelar a

matéria.

Isso homens e mulheres vêm fazendo juntos. Embora por um lado as mulheres ainda sejam as das

cavernas em corpo e mente básicos, de fato elas se amoldaram a todas as mudanças (não foram poucas), sucessivamente e com muito sucesso. Contando somente desde os CRO-magnons, há 80 mil anos (x 365 dias), são quase 30 milhões de dias de parceria. Claro, muitos conflitos, porque afinal de contas a Natureza separou uma alma em duas (veja Cara Metade) para melhor funcionar e resistir aos embates, mas em todo caso muito menos do que seria de supor se fôssemos mesmo “sexos opostos”, como dizem alguns.

IGUALDADE NA DIFERENÇA (não somos apenas opostos, somos complementares também)

Anel: feitos um para a outra. Como tudo já estava pré-posto pela Natureza (também

antecipados os ecossistemas), não cuidamos de estudar e favorecer, de recuperar e fomentar. Foram milhões de anos de testes desde os primatas, passando pelos hominídeos; depois centenas de milhares de anos, atravessando os neanderthais e os CRO-magnons.

É verdade, as mulheres ainda são as modeladas pelas cavernas, assim como nós, homens, mas embora ainda seja carro este de 2009 ele se parece bem pouco com o na invenção.

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primeiros automóveis, UMA VERDADE EM MUTAÇÃO

Ford T automóveis do século XXI,

Ferrari

Um refinamento fantástico do modelo básico.

Capítulo 6 Materiais Rejeitados

No decorrer de todo esse tempo os homens caçadores

dependeram das decisões e da firmeza das mulheres coletoras, um complementando a outra; obviamente, vi no modelo e nos livros, era do puro interesse dos homens o modelo espartano de exclusão dos fracos no enfrentamento das feras: os deficientes mentais, os deficientes físicos, os covardes, os de visão fraca, os de sistemas de baixo rendimento (quaisquer uns nos corpos) e assim por diante, de forma que se dependesse somente dos homens só teriam sobrado bem poucos “puros”, como na sociedade nazista cada vez mais diminuta e tolhida.

Por conseguinte, foram as mulheres que aceitaram os deficientes de todo tipo (físicos e mentais), os veados e as sapatões, os anões e as anãs, os doentes, os estropiados, os velhos e as velhas, as crianças de baixo rendimento e por aí afora uma quantidade grande de desfavorecidos pela extremidade restritíssima.

UMA LISTA DOS ENJEITADOS (com as soluções que nos obrigaram a pensar)

Ir trabalhar seria difícil.

Nem pensar em anões jogando futebol.

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Antigamente Picasso teria sido

abandonado para morrer.

Obama, anteriormente, teria sido

meramente um escravo, sem poder se projetar.

E, daí, uma lista infindável de abandonados pelo programa de eugenia dos homens. Seguramente Jesus foi essa figura sem par,

mas ele teve uma grande mentora, Maria, sua mãe, que lhe instilou as virtudes da compaixão e da caridade, da aceitação de

todos e cada um. OS QUE TERIAM SIDO EXCLUÍDOS

• as mulheres (50 %);

(segundo o pensamento antigo)

• os negros e os índios (pela cor e por não terem alma);

• todos os de outras religiões (1,3 bilhões de muçulmanos; 2,0 bilhões de cristãos; 300 milhões de budistas e segue);

• todos os demais, inclusive os de outras linhas políticas.

Ao decidirem salvar e proteger da fúria dos maridos caçadores os “inúteis”, as mulheres das cavernas e depois suas descendentes, mulheres de todos os tempos não apenas os ampararam como também aumentaram desproporcionalmente a quantidade de problemas por resolver.

Hoje somos 6,6 bilhões graças a essa tolerância e paciência, essa aceitação do próximo. De fato, todos somos deficientes em algo e se TODOS os deficientes tivessem sido mortos poucos de nós estaríamos aqui, ou nenhum restaria, visto haver quatro ou cinco mil doenças genéticas.

Capítulo 7 Construindo a Casa com os Rejeitados

LISTA DOS QUE TÊM DOENÇA (S)

(como todos e cada um tem pelo menos uma, estaríamos todos nessa condição; a outra linha, de aproveitamento apenas dos isentos de doenças teria apenas alguns milhões ou milhares)

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LISTA DAS DOENÇAS

24/10/2008 - 16:19 (atualizada em 24/10/2008 16:29)

(é até pior do que a notícia que eu tinha antes: são 15 mil, o triplo)

Teste detecta doenças genéticas em embriões Novo mapeamento avalia 15 mil doenças hereditárias em embriões

fertilizados in vitro

Da Redação

Um novo teste de mapeamento genético poderá revelar aos casais que tentam ter uma criança por meio de inseminação artificial se o embrião a ser implantado no útero é portador de alguma doença

hereditária.

Segundo a BBC, os cientistas do Bridge Centre de Londres afirmam que o teste que pode estar disponível no mercado a partir de 2009 e seria capaz de descobrir em poucas semanas quase todas as cerca de 15 mil

doenças hereditárias que existem.

Os métodos existentes hoje em dia no mercado demoram muito mais tempo para ficarem pronto e são capazes de descobrir a existência de apenas

2% dessas doenças.

"Uma das principais vantagens para o paciente é que, muitas vezes, não há um teste para uma condição específica. Este é um teste único –

um método universal", disse à BBC o professor Alan Handyside, que desenvolveu o teste.

O custo desta nova técnica é de 1,5 libras, cerca de R$ 5,7 mil.

Questões éticas

O teste, que ainda está sendo desenvolvido, deve ser submetido à autoridade britânica que trata de fertilidade humana e embriões para

poder ser colocado no mercado.

O diretor da Sociedade Britânica de Fertilidade, Mark Hamilton, disse que a descoberta é animadora, por sua eficiência e eficácia, mas ressaltou que há questões éticas envolvidas no uso da técnica.

Em teoria, o método poderia revelar informações sobre a cor dos

olhos, altura e peso da futura criança, levantando à possibilidade de que os país possam “projetar” seus filhos, com características

físicas específicas.

"Obviamente, a pergunta ética é: se você pode testar tudo, onde nós vamos estabelecer um limite?", questionou Hamilton.

Cientistas criam teste 'universal' de doenças genéticas

Britânicos dizem que teste poderia detectar quase 15 mil doenças

Cientistas britânicos disseram que um novo teste de mapeamento genético, que pode estar disponível já no ano que vem, poderá revelar aos futuros pais que estão tentando ter um bebê por

inseminação artificial se o embrião, antes de ser implantado no útero, é portador de praticamente qualquer doença hereditária.

A equipe do instituto de pesquisas Bridge Centre de Londres afirma que o teste de 1,5 libras (cerca de R$ 5,7 mil) poderia detectar em algumas semanas quase todas as cerca de 15 mil doenças hereditárias

que existem. Os testes atualmente disponíveis demoram muito mais tempo para

ficarem prontos e são capazes de descobrir a existência de apenas 2% dessas doenças.

"Uma das principais vantagens para o paciente é que, muitas vezes, não há um teste para uma condição específica. Este é um teste único – um método universal", disse à BBC o professor Alan Handyside, que

desenvolveu o teste. Questões éticas

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Na técnica, chamado karyomapping, uma célula é retirada de um embrião de oito dias de idade criado seguindo a técnica de

fertilização in vitro. Amostras de DNA são retiradas dos pais e avós do embrião e, em

geral, de outro integrante da família, como alguém que é portador de uma doença hereditária.

O DNA de todos eles é comparado, com análise de 300 mil marcações específicas, que permitem que os cientistas criem um mapa genético

da família. Isso significa que os cientistas podem, por exemplo, identificar se existe um bloco de DNA que foi repassado pelo avô paterno para o

embrião.

Câncer

Handyside disse que, além de verificar sinais associados a doenças hereditárias, o teste pode ser usado para detectar o perfil genético da pessoa, determinando o grau de suscetibilidade de condições como

doenças cardíacas ou câncer. O teste ainda está sendo desenvolvido no Bridge Centre. Quando ele for concluído, Handyside quer submetê-lo à autoridade britânica que trata de fertilidade humana e embriões, para colocar a técnica no

mercado. O diretor da Sociedade Britânica de Fertilidade, Mark Hamilton,

disse que a descoberta é animadora, por sua eficiência e eficácia, mas ressaltou que há questões éticas envolvidas no uso da técnica. Teoricamente, o teste poderia revelar informações sobre a cor dos olhos, altura e peso da futura criança, levantando à possibilidade de que os país possam “projetar” seus filhos, com características

físicas específicas. "Obviamente, a pergunta ética é: se você pode testar para tudo, onde

nós vamos estabelecer um limite?", questionou Hamilton.

Em vez de diminuir nossa resistência ao somar enjeitados as mulheres multiplicaram aquilo em que somos mais fortes: a capacidade de solucionar e a participação.

Ao acolhermos todos e cada um temos muito mais problemas, claro, mas também temos muito mais soluções; e é fato que as soluções se combinam exponencialmente, produzindo ainda mais soluções. Dialeticamente, menos significa mais e mais significa menos.

Capítulo 8 Coleta, Armazenamento, Distribuição:

Projetando o Futuro

COLETANDO, ARMAZENANDO, DISTRIBUINDO

aparato de

(três memórias diferentes foram desenvolvidas, mais uma quarta para a escolha de parceiro)

coleta aparato de

armazenamento aparato de distribuição

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ESCOLHA DE PARCEIRO (nas mulheres nada é ao acaso, tudo é necessidade)

olhando

testando

definindo

consagrando

A preparação do futuro não é nada fácil e, ainda que a Natureza possa colocar empecilhos (os enjeitados, que também são aceitos), elas buscam os melhores garotinhos.

NAS MAIS DIFERENTES SITUAÇÕES DO ESPAÇOTEMPO

início da acumulação da mulher sábia

(dividido em mil anos, desde quando começaram os sapiens-sapiens)

- 80.000

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-1000 Cristo 1000 2000

CADE espacial A MULHER COLETA-ARMAZENA-DISTRIBUI-ESCOLHE (cadê?)

CADE temporal

Em todo espaço...

... em todo tempo.

Desenhando o instrumento.

Pode crer que lá as mulheres de lá fazem

tudo muito semelhante.

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Capítulo 9 O Terreirão Solar

Como foram criadas as mulheres das cavernas? Em primeiro lugar, nas cavernas, o que significava um

espaço pequeno (por conseguinte, sempre entregue a compra da casa e dos móveis a elas: elas comprarão sempre as maiores, e mais objetos). E toda casa-caverna depende de um terreirão defronte, um espaço de convivência. Elas é que são gregárias, coletivas; os homens saíam em grupos apenas porque isso favorecia a caça. NÃO VIVIAM em grupos, até que voltassem para casa.

As mulheres favorecerão o terreirão e a ampliação dele. Como hoje em dia vivemos em casas apertadas e não há mais o espaço frontal, elas sofrem com isso, e com não existirem mais as famílias amplas, de muitas dezenas ou muitas centenas (tal disposição elementar criaria excelentes condomínios, sem significar reunir dezenas ou centenas dentro de muros e sim voltadas para o centro) de indivíduos. Fomos passando de cavernas a pós-cavernas, a pré-cidades, a cidades, a estados, a nações e agora a mundo-terreirão. Logo mais o objetivo será plenamente a conquista do sistema solar.

O NOVO TERREIRÃO SOLAR: EITA MUNDÃO!

Quanto espaço para elas!

Constelação: chega a dar água na boca delas.

Via Láctea, está pra elas!

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As mulheres só estão satisfeitas indo adiante e ampliando o futuro; os homens, quando voltam para casa e podem descansar das labutas e das batalhas de conquista do presente (que é sempre repassado). Já as mulheres, elas pensam constantemente no futuro e nos garotinhos: coletar, armazenar e distribuir sistema solar.

Aquilo que foi moldado no passado ainda é a referência para todo o futuro. As cavernas ainda estão dentro das mulheres, assim como a caça está dentro dos homens. Aquilo que elas coletam, armazenam e distribuem, e o futuro pretendido, ainda hoje tem por base as cavernas de antigamente.

Capítulo 10 Notícias do Além

O “lado de lá”, o lado do passado, está morto, é o

além-tempo, o antes de nós. As notícias que nos vem do além foram diminuídas por

gente pouco cuidadosa, por inescrupulosos e apressados que criaram esse termo pejorativo dos “homens das cavernas”, como se fosse um retrato cabal do obsoleto, do atrasado, de tudo que é velho e acabado.

De modo algum! Eles eram MUITO MAIS corajosos que nós, determinados,

companheiros, felizes, amorosos, audazes e tudo que há do lado bom do dicionário.

UMA VIDA RICA E MUITO AMISTOSA (tudo degringolou depois dos cercados e currais que são as cidades)

As cavernas não eram despojadas assim...

.. eram decoradíssimas.

Eles tinham de transmitir às futuras

gerações em espaço pequeno.

A vida comunitária era de extrema

participação e alegria. Os seres humanos não tinham ficado inimigos uns dos

outros, PORQUE éramos poucos, nem um sequer podia morrer. Éramos

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pouquíssimos no início, dentro de uma Natureza perigosamente mais vasta, e belicosa para conosco.

De maneira alguma se poderia desperdiçar um só que fosse e todos eram preciosos e considerados.

Só quando houve a tremenda e crescente aglomeração humana nas cidades é que os seres humanos se tornaram hostis entre si e começou a acumulação de capital, quer dizer, de separação em classes. De início a existência tinha de ser plenamente cooperativa e atenciosa um-com-todos e todos-com-um. O ódio inter-humanos tem tanto tempo quanto as cidades, é do fim da glaciação, de 12 mil anos ou menos. Porque, imagine só, não poderia haver brigas entre os poucos de dentro, frente os muitos inimigos de fora. Era uma vida de descobertas, a infância da humanidade, o berço, o nascimento feliz.

Capítulo 11 Cargas do Aquém

No lado de cá, onde estamos hoje, tudo mudou, porque

o “animal humano” - que nada tem de animal, é psicológico pós-biológico - foi acossado, trancafiado em cadeias, aprisionado em cidades, achincalhado por restrições tamanhas contidas em leis, em ruas que limitam, em malícias e maldades, em superservidão, em mais-valia, em tudo que há de ruim em todas as inumeráveis obrigações da vida complexa.

O curral nos cercou e nos torturou. Tornamos-nos instáveis e agressivos a partir da

urbanização, porque ela não respeitou o passado, seguiu outro rumo, visando a superacumulação (que, deve-se lembrar, foi posta pelas assombrosas iniciativas das mulheres de recolher a todos e cada um). Uma carga presentemente insuportável, que transborda de mal, foi posta sobre nossas costas.

No aquém, além do além, as mulheres são as responsáveis pelo panorama organizador de fundo, estando em primeiro plano o produtor “ideal”, aquele homem que pode ser escolhido para as tarefas, sobre o qual serão postas as cargas do “culto da carga” feminino, pois elas visam os garotinhos, os transmissores de futuro: preparar a geração seguinte de produtores para a geração seguinte de CADE-mulher (coletora-armazenadora-distribuidora-“escolhedora” Mulher geral).

MIRANDO O DITO CUJO

Esses aqui ainda vão servir...

... esses aqui já serviram.

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BURRO DE CARGA (mas recebe recompensas extra-ordinárias, in-comuns; quanto mais serve mais fantásticas as recompensas)

Uns burros são mais felizes que

outros...

... uns são mais esforçados que outros...

...; uns ganham pouco, mas servem

mesmo assim,...

... enquanto outros dão estabilidade. Se contarmos 1,5 bilhão de famílias há 1,5 bilhão de

histórias dessas, com maior ou menor sucesso (e elas enfrentam as mais escabrosa situações para dar conta do recado).

começou pobrezinha... COMEÇOU COM POUCOS RECURSOS

... atravessou enormes dificuldades...

... mas hoje é uma potência

Veja só que 80 mil anos são quase três mil gerações de 30 anos, quase três mil sucessões delas (e nossas também).

Capítulo 12 Firulas, Nuances e Filigranas

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Para além de tudo que seria a oferta do modelo básico, desprovido de excessos, que já funcionaria muito bem para o batente diário, elas se aprimoraram tremendamente naquilo que chamei “abrandamento”, que conquista os homens: os guerreiros voltam da luta furiosa e devem ser amansados.

OS DETALHES DA CONSTRUÇÃO

feticheria

Bibelôs para olhar.

Vida cristalizada.

Renda-se!

Cama cheirosa e arrumadinha.

Puf! Estou cansado.

Arrumação.

Café bem cuidado.

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Comida caseira.

Mãe.

Segurança dos filhos.

Casa pra voltar (não precisa ser de

nenhum arquiteto famoso).

Preparação...

... e o arsenal de preparação.

Enfim, nossa convivência é feita de MUITOS detalhes, coisas tão miúdas E TANTAS que é mesmo assombroso. Só quem prestou atenção ao longo da vida pode atestar, e pode ter se comprazido com todos esses cuidados numerosos, todos esses amansamentos.

Um tijolo é semelhante a uma lajota, ambos servem para construir, mas não fazem exatamente a mesma parede; uma panela de pressão é ainda mais distinta de ambos – um objeto não serve a propósito distinto daquilo para que foi concebido. As potências femininas de agoraqui estavam nas mulheres das cavernas e é preciso olhar AGUDAMENTE para trás, pois tudo que somos veio de lá, veio do ontem e do anteontem.

Como as cavernas modelaram as mulheres? Coloquei isso no MCES Modelo da Caverna para a

Expansão dos Sapiens, em centenas de artigos e não vou me repetir aqui.

Era um espaçotempo muito apertadinho, o delas, muito sofrido, muito trabalhoso com todos aqueles filhos e medo, com os companheiros longe, não se sabendo se iriam faltar, tendo que

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responder prontamente aos desejos dos 80 a 90 % que ficavam para trás. As mães-mulheres são muito admiráveis, mesmo. A competência com que proveram nosso sustento antigo é algo assim de fazer babar. Os homens não foram menos e sair para enfrentar a Natureza perigosíssima (o maior perigo vinha dos insetos e não dos grandes predadores) foi um portento.

A geo-história dos pais-mães foi algo de grandioso.

Capítulo 13 As Esculturas

A Psicologia geral faz esculturas psicológicas. ESCULPINDO A MULHER

• escultura da figura (psicanálise da mulher ou quem é ela?);

(metade do ser-ter-estar humano, interferindo poderosamente na outra metade)

• escultura do objetivo (psico-síntese da mulher ou por quê ela quer?);

• escultura da produção (economia da mulher ou o quê ela quer?);

• escultura da organização (sociologia ou como quer ela?);

• escultura do espaçotempo (geo-história ou quandonde ela quer?).

Isso serve para o sexo também (repita as perguntas visando a auto-entrega dela).

A MULHER ESCULPIDA (é uma obra-prima, obra-irmã; quem não vê isso é idiota)

Cabeça altiva e decidida.

Olhos irresistíveis e perspicazes.

Fábrica de prazer.

Muito educativo.

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Tanto serve para caminhar quanto para outras coisas.

Corpo, corpo.

Beleza que se embeleza.

Abono.

Pés, ó.

Pára, pára.

Fábrica do futuro.

Operadores transcendentais.

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Há alguns que não vêem. Há alguns, que na seqüência de todos os trabalhos,

assoberbados que estão na luta pela sobrevivência, esquecem-se de reparar e dar graças (nós a elas, elas aos homens).

Que dizer desses? Com tantas dádivas no mundo (veja Convivendo com os

Bilionários) há os que, como disse Clarice Lispector com outras palavras, param na beira da estrada para reclamar dos pés cansados: nisso a estrada segue adiante e leva a outros cenários.

Olhando do nosso lado, essa máquina perfeita está aqui, agora; atravessou-construiu durante dezenas de milhares de anos para chegar a nós. Para entender mais de perto a plenitude do que ela deseja, precisamos estudá-la (e aos homens também), porque é muito maior do que imaginávamos.

Vitória, sábado, 21 de março de 2009. José Augusto Gava.