aula 6 psicologia do delito 2

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Sensao, Percepo e Memria

PAGE 1

Psicologia do Delito

Delito ( psiclogos procuram compreender os delitos (suas motivaes) e no defin-los apenas ( ato complexo e multifacetado

Trabalho psicolgico do jurista ( estudar todos os fatores determinantes da reao pessoal ao ambiente

Delitos aparentemente iguais e determinados por circunstncias semelhantes podem ter significados distintos ( e conseqentemente devem ter julgamentos distintos

O delito do ponto de vista psicolgico ( conseqncia do conflito de foras e fatores que o determinaram

Que fatores so esses?

1. A constituio corporal ( o fator morfolgico determina em muito o tipo de reao pessoal ( Ex: homem alto e forte e homem pequeno e fraco ( pode envolver sentimento de superioridade/inferioridade

2. Temperamento ( primitiva tendncia de reao ante os estmulos ambientais

Ex: Temperamento astnico= sangue de barata

Temperamento hipertireideo= sangue quente

( Temperamento diferente de carter como veremos mais frente ( um indivduo pode ter temperamento astnico e em funo disso, ter carter mais rancoroso

3. Inteligncia ( uma pessoa inteligente tem mais recursos para lidar com a adaptao

( Como j vimos, o pensamento abstrato se relaciona diretamente com o juzo moral

4. Carter ( Diz respeito a conduta externa de um indivduo, ou melhor, transio entre fatores endgenos e os fatores exgenos integrantes da personalidade ( resultante do jogo de foras

Endgenos ( conduta animal

Exgenos ( completa submisso ao meio

5. Experincia anterior de situaes anlogas (hbitos) ( se o indivduo foi reforado ou punido em seus atos anteriores, isso levar a tendncias comportamentais

( Pessoas inteligentes podem evitar punies e, com isso, vemos alta correlao inteligncia/reincidncia

6. Constelao ( Influncia da vivncia imediatamente antecedente ao ( o estado de nimo anterior depende de estmulos exteriores e interiores ( Ex: efeito de crowding e calor

7. Situao externa atual ( o estmulo desencadeante da reao pessoal ( podemos ter situaes tpicas para o delito onde a maioria das pessoas responderia do mesmo modo ( temos que ter um modelo bastante completo da situao

8. Tipo mdio da reao coletiva em vigncia ( o comportamento padro/mdio das pessoas diante da mesma situao ( pois a conduta individual reflete em muito a conduta social (existe influncia recproca entre indivduo e meio) ( Ex: reao machista

9. Modo de percepo subjetiva da situao ( as impresses do protagonista diante da situao ( suas percepes ( seus motivos ( deixar o indivduo fazer um relato espontneo (sem interrupes que levam racionalizao) e aps, contrapor com a verso oficial dos fatos e dados materiais

Fases Intra-Psquicas da Ao Delitosa

So elas ( inteleco (ou gnsia), desejo, deliberao (ou dvida), deciso/realizao

1. Inteleco ( surge a idia do delito (pensamento da finalidade j existe)

2. Desejo ( o indivduo comea a gostar da idia

3. Deliberao ( surgem antteses e conseqentes oscilaes e dvida ( comea a ser desenhado o delinqente em potencial ( o propsito surge (vou fazer) ( pode ser que o processo pare neste ponto e a ao no seja levada adiante

4. Deciso/realizao ( ao em marcha ( passagem do propsito ao delito propriamente dito

A fronteira entre o propsito e o delito de fundamental importncia para a Psicologia Jurdica

( Tal passagem no est condicionada apenas pela oportunidade

( Obviamente existem ameaas envolvidas (e possveis sofrimentos maiores do que o delito visa evitar)

( Podem, nesta fase, ser reativadas as antteses da fase deliberativa

Os direitos dos criminosos so levados mais em conta quanto maior a violncia com que recorrem as ltimas fases do processo delitgeno ( Pois sendo assim, evidencia-se a impossibilidade de censuras ticas e, conseqentemente, se conduz o processo ajudas corretivas (e no sanes punitivas)

Motivao e Delito

Psicologia do Delito ( essencialmente uma psicologia do afeto e da conao (fase entre os sentimentos atrativos e repulsivos e a ao explcita)

( Indivduo ao nascer no tem limites (portanto tem todas as tendncias delitosas em si) ( Educao traz uma transao entre satisfao de necessidades prprias e a dos demais

( Todo indivduo cuja aprendizagem foi insuficiente = delinqncia

Motivos Primrios da Delinqncia ( instintos bsicos (onde todos delinqimos potencialmente)

Neces. de conservao da vida individual ( Tendncia de posse ou

aquisio (aumento do domnio) Delitos contra

propriedade

Medo

ou

( Tendncia destruidora ( Delitos de sangue/

(repele influncias prejudiciais) violncia

( Delitos por negligncia clera

Necessidade de conservao da espcie ( Conseguir o objetivo

sexual desejado

Delitos sexuais emoo sexual

( Destruindo aquilo que

ope-se a isso

( Entre o sentimento e a ao existe a sublimao (podem surgir delitos derivados e no diretos) ( Ex: morte ( agresso, insulto e calnia

( A sublimao pode levar a aes aceitas pela lei ( Ex: tendncia agressiva constitui um indivduo em policial

1 Motivaes Exgenas ( So motivaes alheias ao ser individual e atuando sobre ele ( dependem do social e so histricas ( Ex: presso da opinio pblica (casos de adultrio, por exemplo)

2 Motivaes Endgenas ( Correspondem aos fatores congnitas da delinqncia

Delitos de motivao endgena podem ser derivados de:

1 Fora intensa dos instintos primitivos

2 Debilidade intensa dos mecanismos inibidores

3 Coincidncia de ambos os fatores

( No primeiro caso = impulsividade avassaladora

( No segundo caso = total identidade do indivduo com o delito

3 Motivaes Mistas ( delitos que misturam motivaes endgenas e exgenas