aula 7. 1. conceitos de arquivo / análise crítica 2. a perspectiva sistêmica
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Aula 7
1. Conceitos de Arquivo / Análise Crítica 2. A Perspectiva Sistêmica
Alguns problemas da Arquivística: Polissemia da palavra Arquivo (conceitos
distintos expressos numa mesma palavra); Normatização dos conceitos / Terminologia; Utilização da Palavras / o poder das palavras
(arquivo morto, queima de arquivo, ‘arquiva’);
Cada país utiliza sua experiência administrativa para dar significado aos conceitos de arquivo.
Falta de normalização nacional e internacional com leituras diversificadas dos princípios arquivísticos;
Polisemia: Conjunto de documentos/Arquivo serviço /
Arqui-vo da Instituição Arquivo informação / Arquivo construção arquitetônica / Arquivo móveis.
“O arquivo do Arquivo Municipal de João Pes-soa não se encontra, no arquivo, junto dos arquivos depositado no arquivo daquele Arquivo”. (Mouta. 1989, p.
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Jean Favier (1975): “Os arquivos são um conjunto de documentos
re-cebidos ou constituídos por uma pessoa física ou jurídica ou por um organismo público ou privado, resultante de suas atividades, organizado e con-servado em vista de sua utilização eventual.”
Bautier (1970): “Um fundo de arquivo é um conjunto de peças
de toda natureza que todos corpos administrativos, to-das as pessoas físicas ou jurídicas reúne em razão das suas funções e atividades”.
Distinção entre arquivo e Fundo de arquivo.
Antonia Heredia Herrera (1987): “Arquivo é um ou mais conjuntos de
documentos seja qual for a sua data, sua forma e suporte, acumulados em um processo natural por uma pessoa ou instituição pública ou privada no transcurso de sua gestão. Conservados, respei-tando aquela ordem para servir como teste-munho e informação…”
Michael Cook (1986): Distinção entre arquivo e serviço de arquivo
(Records management and Archives).
Elio Lodolini (1984): “Arquivo é um complexo de documentos formados
por uma pessoa física ou jurídica no curso de suas atividades e portanto ligados por um vínculo neces-sário”
Schellemberg: Arquivo é formado de documentos de qualquer
instituição pública ou privada, que tenham sido considerados de valor, merecendo preservação.
Lei de Arquivo 8.159/91 Art. 2º Consideram-se arquivos os conjuntos de
documen-tos produzidos e recebidos por órgãos públicos, instituições de caráter público e entidades privadas, em decorrência do exercício de atividades específicas, bem como por pessoa física, qualquer que seja o suporte da informação ou a natureza dos documentos.
Bellotto (2002): Conjunto documentais
produzidos/recebidos/ acu-mulados pelas entidades públicas ou privadas no exercício das suas funções, conjunto de documen-tos sobre os quais a Arquivística vai aplicar sua teoria, metodologia e praxis para chegar a seus objetivos
Objetivo – dar acesso à informação arquivística.
Dicionário de Terminologia Arquivística: Conjunto de documentos que,
independentemente da natureza ou do suporte são reunidos por acu-mulação ao longo das atividades de pessoas físicas ou jurídicas, públicas ou privadas.
Dicionário Brasileiro de Terminologia Arquivísti-ca: Conjunto de documentos produzidos e
acumulados por uma entidade coletiva, pública ou privada, pessoa ou família, no desempenho de suas ativi-dades, independente da natureza dos suportes.
O que Sistema e Sistemismo: “Complexo de elementos em interação de natureza ordenada (…)” (Bertalanfy s/d)
Um sistema é composto de partes interdepen-dentes entre si. O Todo (sistema) é formado pela agregação organizada das partes que o formam”
Neste sentido o mais significativo conceito de arquivo é:
O Arquivo é um sistema (semi-)fechado de informação social materializada em qualquer tipo de suporte, configurado por dois fatores essenciais – a natureza orgânica (estrutura) e a natureza funcional (serviço/uso) – a que se associa um terceiro – a memória – imbricado nas anteriores.
O que Sistema e Sistemismo: “Complexo de elementos em interação de
natureza ordenada (…)” (Bertalanfy, s/d) Um sistema é composto de partes
interdepen-dentes entre si. O todo (sistema) é formado pela agregação organizada das partes que o formam.
Todas as partes se relacionam entre si forman-do uma rede causal.
Cada componente do sistema se relaciona com algum outro de maneira direta ou indi-retamente.
O sistema sempre estabelece um fronteira quase sempre uma imposição sujeita a con-tigências.
Neste sentido o mais significativo conceito
de arquivo é: “O Arquivo é um sistema (semi-)fechado
de informa-ção social materializada em qualquer tipo de supor-te, configurado por dois fatores essenciais – a natu-reza orgânica (estrutura) e a natu-reza funcional (serviço/ uso) – a que se associa um terceiro – a memória – imbricado nas anteriores.” (Silva, 1999)
“As definições vigentes reduzem a Arquivística a uma ciência instrumental, essencialmente técnica.” (Silva, et all. 1999, p. 213)
Dependência da noção de ‘fundo’. A Arquivística pode e deve ser uma ciência para
além do meramente instrumental: Substituição do fazer pelo conhecer, tendo que
existir um conhecimento arquivístico; Objeto cognoscível terá de surgir mais ampliado.
O arquivo é uma unidade integral e aberta aos contextos dinâmicos e históricos que o substancializam.
Entra a noção de sistema ajustada à informação social
A seu termo Arquivística será: “(…) uma ciência de informação social,
que estuda os arquivos (sistema de informação (semi-fechados), quer na sua estrutura interna e sua dinâmica própria, quer na interação com outros sistemas correlativos que coexistem no contexto envolvente.
A representação teórica do objeto necessita da aplicação metodológica a partir do método quadripolar.
Este conceito inaugura a Fase pós-custodial da Arquivologia.
Crítica a noção de Fundo Dá o caráter científico da Arquivologia:
Teoria e metodologia próprias.