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petição inicial

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ADVOCACIA Thiago Ribeiro Oliveira

Marcus Vinicius Pietra Cardoso

Rosangela Cristina Mendes

EXCELENTSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __ VARA DA COMARCA DE BELO HORIZONTE-MG

IEDA MARIA DE JESUS, brasileira, viva, aposentada, portadora da carteira de identidade n MG-687.943 e CPF n 705025956-04, residente e domiciliada na Rua Sete, n 235, Bairro Viso, CEP 33.400.000 Lagoa Santa MG, vem por seus procuradores (mandato anexo). Com amparo na lei 8.078/90 do Cdigo de Defesa do Consumidor- artigos 73 e 43 pargrafo 3, no Cdigo Civil - artigos, 186 e 927 vem respeitosamente propor :AO DE INDENIZAO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS C/C COM PEDIDO DE ANTECIPAO DA TUTELA PARA SUSPENDER OS DESCONTOS EM PENSO. em face de:

BANCO MATONE S.A, com sede Rua General Vitorino 25 - 2 andar Porto Alegre Rio Grande do Sul, CNPJ: 92.894.922/0001-0, em vista de fato e de direito que segue:

1-DA GRATUIDADE DA JUSTIA

Inicialmente, requer a vossa Excelncia, sejam deferidos os benefcios da justia gratuita por no ter como arcar com as despesas processuais, tampouco com os honorrios advocatcios, na conformidade do art. 2, pargrafo nico da Lei n. 1.060/50, visto que comprometeria o sustento prprio.

Ademias a autora tem mais de 60 anos, faz jus a prioridade conforme versa o Estatuto do Idoso na Lei 10.741 de 1 de outubro de 2003, em seu artigo 71 no seu paragrafo 1, contudo pede-se os benefcios da gratuidade de justia, e a prioridade.

2-DOS FATOSA autora e pensionista e recebe seus proventos na agencia do banco do Brasil.

Numa das vezes que foi a sua agencia receber seus proventos foi informada pelo gerente do estabelecimento Bancrio que haviam dbitos na sua conta, referente a emprstimos e cartes de credito, supostamente contratados com o Banco MATONE.

A autora se viu surpresa, pois nunca contratou com o banco MATONE, qualquer tipo de transao bancaria de nenhuma natureza, devido a este fato a Autora resolveu averiguar tal situao, foi quando resolveu procurar o poder judicirio a fim de fazer valer seus direitos, diante de tal situao absurda.

Assevera que sem o conhecimento da autora foram efetuados descontos em sua penso em favor do banco MATONE, causando prejuzo irreparvel a autora de ordem moral e material Contudo a autora resolveu averiguar tal situao. Insta salientar que a autora e pessoa humilde sem muito conhecimento de pouco estudo sendo semianalfabeta.

Com o auxilio do Gerente do Bando do Brasil de sua agencia, verificou, quando ao retirar extrato de consulta de contra cheque, CONSTAR EMPRESTIMOS DO BANCO MATONE COM DESCONSTOS DIRETO NA SUA CONTA BANCARIA ,Conta esta bancaria de pensionista, do IPSEMG- crditos realizados na seguinte forma:2.1-Emprestimo- 1, no valor de R$33,25 (Trinta e Trs reais e vinte e cinco centavos), descontados nos ms de 03/2009, 04/2009, 05/2009, 06/2009, 07/2009, 08/2009 e 09/2009, 10/2009, 11/2009, 12/2009 .

Emprestimo-1 no valor R$ 33,35 (trinta e trs reais e vinte e cinco centavos) ano/2010, meses 01/2010, 02/2010, 03/2010, 04/2010, 05/2010, 06/2010, 07/2010, 08/2010, 09/2010 11/2010, 10/2010, 11/2010, 12/2010.

Emprestimo-1 no valor R$ 33,35 (trinta e trs reais e vinte e cinco centavos), ano/2011 meses 01/2011 02/2011, 03/2011, 04/2011, 05/2011, 06/2011, 07/2011, 08/2011, 09/2011, 10/2011, 12/2011. Emprestimo-1 no valor R$ 33,35 (trinta e trs reais e vinte e cinco centavos), ano/2012 meses 01/2012, 02/2012, 03/2012.2.2-Ressalta que ocorreu falta de prudncia e critrio pelo banco suplicado ao ter efetivado tais dbitos, na conta de pensionista da autora, tudo sem a cincia da autora, e efetuada de maneira no autorizada pela mesma, sem ter o mnimo de cautela para tal procedimento. Importante Aduzir que a autora, e uma pessoa simples, sem nenhuma instruo, pois s estudou at a segunda serie ensino fundamental, portanto semianalfabeta. E viveu durante toda a sua vida como uma simples dona de casa.

2.3-Ressalta-se que a autora sequer mantm carto de credito ou qualquer outro tipo de transao, nesta instituio, tal estabelecimento bancrio, nunca tendo aberto conta ou credito em qualquer de suas agncias. No sendo, portanto, devedora de qualquer importncia a tal banco, para que todos estes dbitos fossem descontados em sua conta, pois no realizou nenhum tipo de transao junto a Banco MATONE.Tudo ocorreu pelo que sabe a autora, porque o banco suplicado abriu um credito em nome da autora, a terceira pessoa (sem identificao), utilizando-se de documentos falsos, como se fossem da autora. Na realidade, o banco no tomou as precaes necessrias constatao da veracidade dos documentos a si apresentados, vindo a conceder emprstimo e manter uma relao financeira como se a mesma fosse da autora, descontando em seus proventos de pensionista valores que perfaz a quantia de R$1.230,25 ( um mil duzentos e trinta reais e vinte e cinco centavos), valores este decorrente de 03/2099 a 03/2012, cujo dbito no pode se imputado autora.

A atitude irresponsvel do Banco MATONE- suplicado causou danos pessoa da autora, pois o mesma foi furtada, completamente enganada por tamanho golpe, que vem impedindo a autora de viver com dignidade, tendo sua conduto manchado por golpistas que se aproveitam da condio de entidade com poder aquisitivo superior, para aplicar golpes em pessoas simples como a Autora. Agora se v frustrada todo que havia de mais sagrado e a sua integridade e dignidade, pois e uma pessoa humilde sempre viveu para o lar, e agora se senti em meio a uma situao vexatria, sendo uma senhora idosa e idnea.

Todos estes danos foram acometidos justamente pela existncia de uma divida que no e de sua responsabilidade.

2.4- Insta destacar que os bancos devem seguir critrios rigorosos, para efetivao do cadastro de cliente para abertura de conta e emprstimo bancrios. Como exemplificaremos algumas medidas que devem ser adotadas:

I-Do nome

No usar abreviaturas em nomes compostos, Se o campo no for suficiente para o restante, no abreviar o primeiro sobrenome.

II- Dos Documentos

Documento com foto (C.I. , CTPS, CNH, PASSAPORTE, CERTIFICADO DE RESERVISTA...) e CPF Sem CPF, no abrir cadastro. Sem um documento com foto, no abrir cadastro.

Os comprovantes de residncia e de rendimentos devem ser exigidos sempre que a operadora julgar necessrio

OBRIGATRIA A CONFERNCIA DOS DOCUMENTOS TANTO NA ABERTURA QUANTO NA LIBERAO DE COMPRAS PARA AVERIGUAO DA ASSINATURA EVITANDO ASSIM FRAUDES, CALOTES .

III)- Do Endereo

Caso seja necessrio, usar a tecla F2 para procurar endereo e CEP no banco de dados dos correios. No deixar o campo CEP vazio, em hiptese alguma.

Caso o endereo residencial seja incompleto ou insuficiente, usar o endereo da empresa onde o cliente trabalhar. Se o cliente for autnomo e o endereo for incompleto ou insuficiente, no abrir cadastro. Ou conta.

IV)- Do Complemento

Somente usar esse campo caso haja complemento de endereo.

V)- Do Ponto de Referencia e da Cidade

Preenchimento obrigatrio.

VI)- Do Telefone de Referencia

Prprio e residencial. Caso no possua, colocar nmero de pessoa de contato desde que previamente autorizado pelo cliente. Caso o/a cliente possuir, colocar nmero celular. O/A Operador/a de caixa deve confirmar o nmero do telefone sempre que julgar necessrio.

aconselhvel que tambm se consulte o nmero do telefone no sistema para averiguar possveis golpes familiares.

VII)- Da Filiao e da Naturalidade

Preencher os seguintes campos:

a) Filiaob) Sexoc) Data Nascimentod) Casa Prpria (S/N) e) Valor do Aluguelf) Tempo

VIII- Dos Impedimentos

1. Registrado no SPC2. CPF irregular3. Menor de idade4. Sem a documentao exigida5. Sem endereo fixoObservaes.:

a) Nos itens 1 (Registrado SPC) e 4

(Sem a documentao exigida), a/o Operador/a de Caixa poder efetuar a venda desde que julgue confivel, assumindo total responsabilidade.

b) No item 2 (CPF irregular) existe a possibilidade de se fazer a regularizao pela pessoa responsvel pela cobrana local, normalmente entre os meses 09 a 11 de cada ano.

c) No item 3 (Menor de idade), o impedimento deve-se impossibilidade de registrar no SPC menor de 18 anos. No entanto, deve-se usar o bom senso, pois podem existir excees a serem analisadas.

IX- Das Medidas de Segurana

CARTEIRA DE IDENTIDADE

Tatear a foto para verificar se no foi colada outra por cima.

Conferir os furos de identificao. Estabelecer uma cronologia entre a data de nascimento e a data de emisso da carteira, para verificar se verossmil. Com a carteira nas mos, fazer perguntas ao cliente, em relao data de nascimento e a filiao.

Quando possvel, sair do campo de viso do cliente por alguns segundos, induzindo-o a pensar que voc possa estar ligando para a polcia ou segurana. Esse procedimento pode desestabilizar emocionalmente o estelionatrio, que geralmente sai xingando e deixa o documento nas mos do atendente ou caixa.

Carteira Nacional de Habilitao CNH

A Lei 9.503/97, em seu Art. 159, dispe que A Carteira Nacional de Habilitao, expedida em modelo nico e de acordo com as especificaes do CONTRAN, atendidos os pr-requisitos estabelecidos neste Cdigo, conter fotografia, identificao e CPF do condutor, ter f pblica e equivaler a documento de identidade em todo o territrio nacional.

A CNH (Carteira Nacional de Habilitao), emitida pelos Detrans sob as diretrizes do Denatran, provavelmente o melhor documento de identificao disponvel hoje no Brasil. Isso por algumas razes:

1. um documento com prazo de validade definido, portanto a foto sempre relativamente recente.

2. um documento unificado, portanto igual em seu formato e modelo em todos os estados do Brasil, e com numerao nica. 3. um documento de excelente qualidade de um ponto e vista da segurana, com numerosas caractersticas de segurana, de difcil reproduo e que usa materiais e recursos avanados e modernos.

um documento completo, pois reporta, num mesmo suporte, numero do RG, numero da habilitao, numero do CPF, filiao, nascimento etc., poderia ser ainda melhorado com a indicao de alguns dados a mais e a incluso da digital (identificao por datiloscopia).

Desta forma fica demonstrado como a empresa deve agir rigidamente para que no haja qualquer erro na abertura de contas de clientes novos, pois, devem seguir rigorosamente passo a passo todos os procedimentos j demonstrados acima.

2.5- Isto posto, fica claro a inexistncia de responsabilidade por parte da autora, tornando-se imperioso demonstrar que no caso epigrafado o fato aconteceu nica e exclusivamente por culpa da instituio bancaria MATONE , tendo em vista que os meliantes tm sido por demais especialistas em fraudar documentos, caberia ao Banco suplicado agir de acordo com os critrios de segurana estabelecidos para abertura de contas e demais procedimentos, o que fica claro, configurando que o mesmo no agiu dentro das normas que devem ser observadas para abertura de emprstimo bancrio, no afastando a sua responsabilidade no evento.

Por todo o exposto, verifica-se que existiu ato irregular por parte da instituio Bancaria, pois a mesma no cumpriu com rigor e serenidade de todas as normas de abertura de emprstimo bancrio.

A atitude irresponsvel do banco suplicado causou danos pessoa da autora, justamente pela existncia de uma dividida que NO e de sua responsabilidade.

Cumpre esclarecer que a relao jurdica em questo se classifica como sendo de consumo, estando sob a gide das disposies contidas no Cdigo de Defesa do Consumidor, e por se tratar de relao de consumo, aplicvel o art. 6, VIII, do CDC,

Ressalta-se que a prova, motivada pela hipossuficincia da autora, materializada na fragilidade desta diante de grande financeira como Banco MATONE, que detm poderio tcnico-financeiro, pois, a posio de desigualdade em que se encontra a Autora .

Insta destacar que s instituies financeiras cabe a juntada de todos os documentos comprobatrios das relaes que tenham mantido com a Autora, devendo a requerida, deve trazer aos autos provas de que a autora tenha efetuado emprstimo junto ao Banco MATONE, faz necessrio trazer aos autos documentos de identificao da autora bem como averiguao da assinaturas.

A fim de demonstrar a existncia de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito da autora, cabendo inverso do nus da prova, na forma do art. 6., inciso VIII, da Lei 8078/90, que por ser norma especial deve prevalecer sobre a regra geral do art. 333, Inciso o I , do C P C .

A apresentao de documentos tem suma relevncia para a abertura de credito no sendo negligente a R em ter cuidado necessrio na conferncia dos documentos para abertura de emprstimo, deixando portanto, de agir com a segurana necessria quando da contratao, o que facilita as aes de terceiros fraudadores.

O prejuzo moral e material sofrido pela autora, transtorno ocasionado sua pessoa, de forma inequvoca, demonstra a ntida m f.

3-DO DIREITO

Cabe reparao contra o banco que imputar divida inexistente.

O artigo 73 do Cdigo de Defesa do Consumidor- CDC- reputa criminosa a conduta daquele que deixa de corrigir, imediatamente, informaes que sabe inexatas sobre o consumidor.

Com relao ao quantum indenizatrio o autor requer a apurao por arbitramento de V.Exa., observados a honestidade e a pontualidade da autora, que no efetuou nenhum contrato de financiamento, com tal instituio, a diligncia da autora em notificar judicialmente o banco-ru para evitar mal maior, a gravidade do dano moral e material, causado por estar a autora sofrendo com tal situao, sentindo-se em situao vexaminosa, e constrangedora, que lhe tira a paz da alma e o sossego e que lhe mancha a honra de forma cruel.

Outrossim, deve-se levar em conta, ainda, o poder econmico do banco-ru e o fato de que a funo sancionadora que a indenizao por dano moral e material busca, s surtir algum efeito se atingir sensivelmente o patrimnio do banco-ru, de forma que o coba a deixar que a desorganizao prejudique toda a coletividade que com ele mantm relao de consumo.

E pacifica a jurisprudncia dos Tribunais, acerca da responsabilidade do banco em casos dessa natureza, especialmente nas decises do Tribunal de Justia .

TJRJ - APELACAO APL 76735020078190210 RJ 0007673-50.2007.8.19...Data de Publicao: 28/09/2009

Ementa: RESPONSABILIDADE CIVIL. EMPRSTIMO COM DESCONTO DIRETO NO BENEFCIO PREVIDENCIRIO DA AUTORA, REALIZADO POR TERCEIRO EM SEU NOME PORTANDO DOCUMENTO FALSO. 1 A INSTITUIO FINANCEIRA, COMO PRESTADORA DE SERVIOS, TEM O DEVER DE REALIZAR AS DILIGNCIAS NECESSRIAS SEGURANA DOS NEGCIOS QUE REALIZA. 2 NESTE ASPECTO, SE TINHA MEIO DE FAZ-LO, A DEFICINCIA NA CONFERNCIA DE DOCUMENTOS APRESENTADOS PARA OBTENO DE FINANCIAMENTO POR TERCEIRO EM NOME DE OUTREM MACULA A SEGURANA NECESSRIA AOS N...

Encontrado em: PARA OBTENO DE FINANCIAMENTO POR TERCEIRO EM NOME DE OUTREM MACULA...RESPONSABILIDADE CIVIL. EMPRSTIMO COM DESCONTO DIRETO NO BENEFCIO PREVIDENCIRIO DA AUTORA, REALIZADO POR TERCEIRO EM SEU NOME PORTANDO DOCUMENTO FALSO. 1

4-DO CABIMENTO DA INDENIZAO

Segundo o Cdigo Civil em vigor, em seus artigos 186, 927 caput e pargrafo nico, fica obrigado a reparar o dano, ainda que exclusivamente moral, aquele que comete ato ilcito. Conforme explicao do prprio artigo supracitado, a obrigao de reparar o dano ser independente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pela autora do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem, destarte, respaldo jurdico ao pedido de indenizao.

O caso colocado em lide, diz respeito abertura de credito para emprstimo com documentos falsos ou seja haver obrigao de reparar o dano, independente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pela autor do dano implicar, por sua natureza , risco para os direitos de outrem.

Por todo o exposto, fica claro que a autora suportou grandes prejuzos no que tange aos seus direitos, devendo, portanto o Banco suplicado ressarcir todos os prejuzos morais suportados pela Autora durante todo perodo.5-DA INTERRUPO DOS DEBITOS NOS PROVENTOS DE APOSENTADORIA DA AUTORA

A autora no firmou qualquer tipo de contrato com o banco MATONE, sendo urgente que cesse a interrupo dos descontos futuros, efetuados na conta dos proventos de aposentadoria da autora.

6- DA ANTECIPAO DA TUTELAInegvel, no caso em tela, que a requerente corre fundado receio de dano irreparvel, razo pela qual imperiosa se faz a concesso de antecipao da tutela. Neste esteio, ademais, define a Melhor Doutrina (NELSON NRY JUNIOR) o Periculum in Mora como:

Periculum in mora. Caracterizao: Periculum in mora dado do mundo emprico, capaz de ensejar um prejuzo, o qual poder ter, inclusive, conotao econmica, mas dever s-lo, antes de tudo e sobretudo, eminentemente jurdico, no sentido de ser algo atual, real, capaz de afetar o sucesso e a eficcia do processo principal, bem como o equilbrio das partes litigantes (Justia Federal Seo Judiciria do Esprito Santo, Proc. N 93-0001152-9, Juiz Macrio Judice Neto, j. 12 de maio de 1993)

inegvel no caso, que, o fato de estar sendo privada de verbas alimentares, pelos descontos em sua penso sem que haja qualquer relao jurdica com o requerido que autorize o desconto das mesmas.Assim, torna-se imprescindvel a concesso da medida liminar, como forma de se evitar que a autora, como vem acontecendo, fique privada de valores essenciais sua manuteno e de sua famlia.

Importante frisarmos, Excelncia, que a concesso da liminar no traz prejuzo algum ao ru, posto que, na hiptese da mesma vir a ser cassada, o requerido poder continuar a descontar em folha de pagamento os valores pagos pela autora, pois, a garantia do Banco o prprio salrio da autora, razo pela qual entendemos, ante o perigo de dano irreparvel que corre a autora, com a no concesso da liminar, seja imposta liminarmente ao Banco a obrigao de no mais descontar valor algum de seu salrio e/ou sua conta bancria, sob pena de, em no cumprindo a ordem, incorrer no crime de desobedincia de ordem judicial, alm de condenao ao pagamento de multa diria em valo arbitrado por Vossa Excelncia .7-DA CARACTERIZAO DO DANO MORAL

Mister se faz esclarecer que a Autora tem sofrido reflexos negativos com a desmoralizao de sua integridade.

Ressaltando que a autora, nunca manteve, nenhum tipo de relao comercial com a r.

"O dano moral a leso que afeta os sentimentos, vulnera afeies legtimas e rompe o equilbrio espiritual, produzindo angstia, dor, humilhao, etc." (ll dano, p. 121)

Exsurge destacar, alm dos dispostos mencionados na nova ordem civil brasileira, o clssico entendimento do artigo 5, incisos V e X, da Constituio Federal, ficando expresso, agora, o ressarcimento por dano moral especialmente no mencionado inciso X. assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, alm da indenizao por dano moral ou imagem. Ora a execrvel conduta do Ru acarretou gravames para a Autora, assistindo, portanto, inquestionvel direito subjetivo de postular, como o faz agora, ressarcimento pelos prejuzos morais sofridos.Numerao nica:0003182-77.2010.8.13.0657

Preciso: 7

Relator:Des.(a) OTVIO PORTES

Data do Julgamento:11/04/2012

Data da Publicao:20/04/2012

Ementa:

EMENTA: INDENIZAO - DANOS MORAIS - DESCONTO DE EMPRSTIMO NO CONTRATADO - DEVER DE INDENIZAR DA INSTITUIO FINANCEIRA - CONFIGURADO. Cabe ao banco sacado o dever de indenizar correntista, por danos morais e materiais em razo de desconto de emprstimo realizado por terceiro de m-f. Embora a avaliao dos danos morais para fins indenizatrios seja das tarefas mais difceis impostas ao Magistrado, cumpre-lhe atentar, em cada caso, para as condies da vtima e do ofensor, o grau de dolo ou culpa presente na espcie, bem como para a extenso dos prejuzos morais sofridos pela ofendida, tendo em conta a finalidade da condenao, que pedaggica, de forma a desestimular o causador do dano de praticar futuramente atos semelhantes, e propiciar ao ofendido meios para minorar seu sofrimento, evitando, sempre, que o ressarcimento se transforme numa fonte de enriquecimento injustificado ou que seja inexpressivo ao ponto de no retribuir o mal causado pela ofensa (vv). APELAO CVEL. DIREITO PRIVADO. EMPRSTIMO BANCRIO. DESCONTOS INDEVIDOS. DANO MORAL NO VERIFICADO. 1. Cabe parte autora a demonstrao de que a conduta ilcita do agente atingiu algum de seus direitos da personalidade, causando-lhe dor, inquietao espiritual etc. Meros dissabores, aborrecimentos, percalos do dia-a-dia, no so suficientes caracterizao do dever de indenizar. EMENTA: APELAO CVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL. EMPRSTIMO CONSIGNADO NO CONTRATADO. PENSIONISTA DO INSS. DESCONTOS INDEVIDOS. NEGLIGNCIA DA INSTITUIO FINANCEIRA. DANO MORAL IN RE IPSA. INDENIZAO. QUANTUM. REDUO. REPETIO SIMPLES. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO. 1 - A cobrana indevida de quantia por meio de desconto em benefcio previdencirio, referente a emprstimo no contratado pelo Autor, ato ilcito que enseja o dever indenizatrio, bem como a restituio dos valores indevidamente descontados. 2 - O dano moral, neste caso, existe in re ipsa, ou seja, pa

ra sua configurao basta a prova da ocorrncia do fato ofensivo. 3 - O valor da indenizao a ttulo de dano moral deve ser reduzido, quando fixado fora da razoabilidade. 4 - Para a restituio em dobro imprescindvel que se conjuguem dois elementos: o pagamento indevido pelo consumidor e a m-f do credor. No demonstrada a m-f do Ru, cabvel apenas a restituio simples dos valores indevidamente descontados. 5 - Apelo parcialmente provido (VV).

Smula:

"DAR PARCIAL PROVIMENTO AO RECURSO, NOS TERMOS DO VOTO MDIO DO VOGAL"

Nmero do processo:1.0439.09.099902-0/001(1)Numerao nica:0999020-31.2009.8.13.0439

Preciso: 15

Relator:Des.(a) SALDANHA DA FONSECA

Data do Julgamento:15/02/2012

Data da Publicao:27/02/2012

Ementa:

EMENTA: DIREITO CIVIL E DO CONSUMIDOR - EMPRSTIMO CONSIGNADO - AUSNCIA DE DESCONTO NA FOLHA DE PAGAMENTO - VENCIMENTO ANTECIPADO DA DVIDA - PROCEDIMENTO IRREGULAR - DANOS MORAIS - INDENIZAO - CONSECTRIO REGULAR. - A falta de prova pela instituio financeira acerca da regularidade na constituio do dbito, apontado em desfavor do consumidor de crdito consignado, autoriza a reparao dos correspondentes danos morais, na hiptese resultante da anotao restritiva a partir disto promovida. - A indenizao, a esse ttulo, deve ser fixada segundo prudente arbtrio do magistrado e em observncia aos princpios da razoabilidade e proporcionalidade. Recurso no provido.

Smula:

"NEGARAM PROVIMENTO APELAO."

Acrdo:Inteiro Teor

8-DA CARACTERIZAO DO DANO MATERIAL

Os dano material e configurado no caso em tela visto que atingiu de forma direta o patrimnio da Autora.

O dano material e claro, pois a despesa que foi gerada por uma ao indevida de terceiros, ou ainda, pelo que a Autora deixou de auferir em razo de tal conduta, caracterizando a necessidade de reparao material e dos indbitos.

O direito reparao destes danos est expressamente previsto na Constituio Federal artigo 5 inciso X, e em outros dispositivos legais, como o Cdigo Civil artigos 186 artigos 927 e 940 em vigor, o Cdigo de Defesa do Consumidor, Portanto se faz denota-se claramente o nexo de causalidade entre a conduta indevida do terceiro e o efetivo prejuzo patrimonial causada a Autora que foi efetivamente suportado.

Portanto pode se comprovar pelas evidencias, a extenso do dano material que perfaz ate o momento do Ajuizamento da Ao um valor de R$ 1.230,25( um mil duzentos e trinta reais e vinte e cinco centavos) .

Importante ressaltar que este valor no consiste na quantia total dos dbitos realizados nos proventos de aposentadoria da autora, pois a autora no possui qualquer contrato ou documento com o montante total da divida falsamente imputados a ela

Diante de tamanho prejuzo se deve tambm ressarcir a Autora quanto ao valor da indenizao pretendida, de acordo com artigo 940 do cdigo civil, para que seja efetivada a recomposio da situao patrimonial que a Autora possua ou seja tinha antes da ocorrncia do dano.

Devendo ser reparado em dobro o dano conforme artigo citado, no valor de R$2.450,50 ( dois mil quatrocentos e cinquenta reais cinquenta ).

9-DO PEDIDOMotivo esse Excelncia, que Ex Positis, requer:

A) os benefcios da justia gratuita por no ter como arcar com as despesas processuais, tampouco com os honorrios advocatcios, na conformidade do art. 2, pargrafo nico da Lei n. 1.060/50, visto que comprometeria o sustento prprio.

A demais a autora faz jus a prioridade conforme versa o Estatuto do Idoso na Lei 10.741 de 1 de outubro de 2003, em seu artigo 71 no seu paragrafo 1B) Requer seja julgado procedente o pedido de Antecipao dos efeitos da tutela para suspender os descontos efetuados em favor do Requerido na penso da Autora tornando tal medida definitiva ao final da ao.

C)Demonstrada a situao em apreo, que reclama uma providncia jurisdicional, de modo a se tutelar o direito violado da autora, requer a autora citao do Banco suplicado, para contestar, querendo, os termos da presente ao, acompanhando-a at final deciso, quando a mesma haver de ser julgada procedente.

D) Requer a condenao do Banco ru, devendo ser reparado em dobro o dano conforme artigo 940 do cdigo civil, no valor de R$2.450,50 ( dois mil quatrocentos e cinquenta reais cinquenta centavos ),Valor este apurado at a data da propositura da ao, valor que devera ser atualizado, tendo em vista que todos os meses so descontados valores nos proventos de penso da autora.

E) Assim em arbitramento de vossa Exa. que seja fixado o valor do DANO MORAL, e que fique o requerido, condenado, ainda nos efeitos da sucumbncia sobre o valor atualizado da condenao.

F) Citao da r, por via postal conforme artigos 221, I e 222, no endereo registrado no prembulo, para, querendo, contestar, sob pena de revelia;

G) Requer a produo de todas as provas admitidas em Direito, em especial prova testemunhal documental e pericial.

H) Requer a inverso do nus da prova por se tratar de consumidor hipossuficiente.D-se causa o valor de R$2.450,50 (dois mil quatrocentos e cinquenta reais cinquenta centavos ).

Termos em que,

Pede e espera

Deferimento.Belo Horizonte 09 de julho de 2012.THIAGO RIBEIRO OLIVEIRA ROSANGELA CRISTINA MENDES

OABMG 120.728 OABMG 25.355E

MARCUS VINICIUS PIETRA CARDOSO

OABMG 134.256 __________________________________________________________________________

Av. Amazonas, 115 Sala 1610 Centro Belo Horizonte MG CEP 30180-902

Tel/fax (31)-2535-8822 [email protected]