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Director: Carvalho de Moura Ano XXXII, Nº 502 Montalegre, 18.10.2016 Quinzenário E-mail:[email protected] 0,90 € (IVA incluído) Barroso Noticias de i ANA DE MOURA CIMA GONÇALVES PEREIRA - uma barrosã que dá a volta ao mundo a divulgar a cultura portuguesa Estrada de Montalegre a Chaves rejeita a «ponte da Vergonha» A estrada de Montalegre a Chaves, segundo palavras dos responsáveis, só não começou ainda por causa de problemas burocráticos, mas seja qual seja o caso sempre dará azo a comentáros desfavoráveis ao executivo montalegrense. Desta feita, é Barroso da Fonte a abrir de novo o dossier duma ponte que é «uma vergonha». P3 A Burra Malfadada Na página dos poetas, ver a poesia de António Pereira Alves baseada num conto do povo. P4 Mau começo para o «Planalto Barrosão» O Dr Manuel Ramos faz a sua apreciação ao novo título que surgiu entre nós e que constata que o mesmo sai envolvido numa série de contradições que põem em causa os seus objectivos e a seriedade dos seus protagonistas. P5 Santa Teresa de Calcutá Depois de Manuel Verdelho se ter debruçado sobre o prémio nobel da paz recebido por Santa Teresa de Calcutá, o Pe Vitor Pereira debruça-se sobre o seu exemplo de vida. E diz que «tem muito mais força um bom exemplo de vida do que rebuscada e espaventosa oratória, que se fica muito pelas boas intenções. Mesmo o nosso povo gosta de dizer que é preciso dar os bons conselhos. ... Coloquemos os olhos e o coração no testemunho de Santa Teresa de Calcutá. P11 Impressões de uma breve passagem pela Galiza Um excelente trecho acerca duma viagem pela Galiza. Se o amigo leitor gosta de boa prosa, não perca a leitura desta viagem e, depois, certamente que ficará a gostar da Galiza. P12 DESPORTO A rampa de Boticas foi um sucesso e o Vilar de Perdizes goleou o Fontelas com uma zerada das antigas. O Salto, com bom começo de campeonato, baqueou no seu reduto perante o Mondinense. P15 Câmara de Montalegre vota educação ao desprezo total A «guerra» entre a Câmara e o Agrupamento de Escolas é um caso muitíssimo grave no qual a Câmara de Montalegre tem a maior parte das culpas de tudo aquilo que se passa. Afinal qual deve ser o papel duma Câmara Municipal no funcionamento da Escola? Só pode ser o de procurar pelos meios à sua disposição as melhores condições para o funcionamento da mesma e não o de entrar em conflitos com quem tem responsabilidades na educação das crianças e alunos do concelho. P3 António Guterres Secretário Geral da ONU Foi um acontecimento relevante que honrou e prestigiou Portugal. Quem o diz é Domingos Chaves na sua já rotineira crónica sobre política nacional. O mundo asssitiu à sua eleição que se viu envolvida em certas jogadas pouco transparentes mas que acabaram por abortar. Portugal ganhou. Votos de grande sucesso no desempenho de tão nobre missão para o Eng.º António Guterres. O Notícias de Barroso dedica hoje uma atenção especial aos nossos emigrantes, para nós, os “heróis” do século XX, dando a conhecer a vida duma conterrânea que tem dedicado muito da sua vida à divulgação da cultura portuguesa. Trata-se de Ana de Moura Cima mas outras mulheres e homens radicados nas mais diversas partes do mundo poderiam e deveriam merecer idêntico ou melhor destaque. Ana de Moura Cima é um exemplo de amor e dedicação à sua família, à terra que a viu nascer e ao nosso país. Com o seu dinamismo, a cultura portuguesa floresceu na longínqua Austrália. (Ver Ps. 9 e 10)

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Page 1: Barroso - AOutraVoz · sobre o prémio nobel da paz recebido por Santa ... procurar pelos meios à sua disposição as melhores condições para o ... faleceu em Basel no dia 11 de

Director: Carvalho de Moura

Ano XXXII, Nº 502Montalegre, 18.10.2016

Quinzenário

E-mail:[email protected]

0,90 € (IVA incluído) BarrosoNoticias dei

ANA DE MOURA CIMA GONÇALVES PEREIRA

- uma barrosã que dá a volta ao mundo a divulgar a cultura portuguesa

Estrada de Montalegre a Chaves rejeita a «ponte da Vergonha»

A estrada de Montalegre a Chaves, segundo palavras dos responsáveis, só não começou ainda por causa de problemas burocráticos, mas seja qual seja o caso sempre dará azo a comentáros desfavoráveis ao executivo montalegrense. Desta feita, é Barroso da Fonte a abrir de novo o dossier duma ponte que é «uma vergonha».

P3

A Burra Malfadada

Na página dos poetas, ver a poesia de António Pereira Alves baseada num conto do povo.

P4

Mau começo para o «Planalto Barrosão»

O Dr Manuel Ramos faz a sua apreciação ao novo título que surgiu entre nós e que constata que o mesmo sai envolvido numa série de contradições que põem em causa os seus objectivos e a seriedade dos seus protagonistas.

P5

Santa Teresa de Calcutá

Depois de Manuel Verdelho se ter debruçado sobre o prémio nobel da paz recebido por Santa Teresa de Calcutá, o Pe Vitor Pereira debruça-se sobre o seu exemplo de vida. E diz que «tem muito mais força um bom exemplo de vida do que rebuscada e espaventosa oratória, que se fica muito pelas boas intenções. Mesmo o nosso povo gosta de dizer que é preciso dar os bons conselhos. ... Coloquemos os olhos e o coração no testemunho de Santa Teresa de Calcutá.

P11

Impressões de uma breve passagem pela Galiza

Um excelente trecho acerca duma viagem pela Galiza. Se o amigo leitor gosta de boa prosa, não perca a leitura desta viagem e, depois, certamente que ficará a gostar da Galiza.

P12

DESPORTO

A rampa de Boticas foi um sucesso e o Vilar de Perdizes goleou o Fontelas com uma zerada das antigas. O Salto, com bom começo de campeonato, baqueou no seu reduto perante o Mondinense.

P15

Câmara de Montalegre vota educação ao desprezo total

A «guerra» entre a Câmara e o Agrupamento de Escolas é um caso muitíssimo grave no qual a Câmara de Montalegre tem a maior parte das culpas de tudo aquilo que se passa. Afinal qual deve ser o papel duma Câmara Municipal no funcionamento da Escola? Só pode ser o de procurar pelos meios à sua disposição as melhores condições para o funcionamento da mesma e não o de entrar em conflitos com quem tem responsabilidades na educação das crianças e alunos do concelho. P3

António Guterres Secretário Geral da ONU

Foi um acontecimento relevante que honrou e prestigiou Portugal. Quem

o diz é Domingos Chaves na sua já rotineira crónica sobre política nacional.

O mundo asssitiu à sua eleição que se viu envolvida em certas jogadas pouco

transparentes mas que acabaram por abortar. Portugal ganhou. Votos de grande

sucesso no desempenho de tão nobre missão para o Eng.º António Guterres.

O Notícias de Barroso dedica hoje uma atenção especial aos nossos emigrantes, para nós, os “heróis” do século XX, dando a conhecer a vida duma conterrânea que tem dedicado muito da sua vida à divulgação da cultura portuguesa. Trata-se de Ana de Moura Cima mas outras mulheres e homens radicados nas mais diversas partes do mundo poderiam e deveriam merecer idêntico ou melhor destaque. Ana de Moura Cima é um exemplo de amor e dedicação à sua família, à terra que a viu nascer e ao nosso país. Com o seu dinamismo, a cultura portuguesa floresceu na longínqua Austrália.

(Ver Ps. 9 e 10)

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18 de Outubro de 20162 BarrosoNoticias de

MONTALEGRE ABERTURA DO ECOCENTRO

Abriu de novo a porta da Estação de Transferência e Ecocentro de Montalegre. O que era um desejo há muito sentido pelo município depois de negociações travadas com a RESINORTE, proprietária do espaço.

A partir de agora, sob gestão da Câmara de Montalegre, todos os resíduos de grande dimensão (ex: colchões, frigoríficos, etc.) devem ser deixados, gratuitamente, neste local. Recorde-se que, durante vários anos, a Câmara Municipal usou a pista de Rallys como depósito de toda a espécie de lixos que, depois, se exscondiam nas barreiras da referida pista. O caso foi objecto de denúncia por parte do PSD que divulgou entre a poplução e a comunicação social um comunicado ilustrado com fotos alusivas. O caso foi também participado ao ministério público que, até à data, ainda sobre ele se não pronunciou.

O Ecocentro está aberto de terça a sábado entre as 08h00 e as 13h00.

MONTALEGREAPROVADO PMDFCI (ATÉ 2019)

O Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) acaba de aprovar, até 2019, o Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios (PMDFCI) de Montalegre.

APOIO À PRODUÇÃO PECUÁRIA / RAÇAS AUTÓCTONES

A Câmara Municipal de Montalegre aprovou um novo documento que regulamenta o apoio à produção pecuária/raças autóctones. O foco está na raça barrosã que passa a ter um novo estímulo à produção: 50 euros por cada cria nascida em território concelhio (limite de 30 por exploração).

Para o presidente da autarquia, Orlando Alves, estamos perante «um dever da autarquia» em «apoiar quem está a preservar um valor identitário da nossa terra».

VILAR DE PERDIZESHalloween no dia 31 de outubro

No último dia do mês, a conhecida aldeia de Vilar de Perdizes, volta a

celebrar a noite deHalloween, evento que suscita a maior

curiosidade junto dos amantes do misticismo. Esta iniciativa, organizada pela Associação de

Defesa do Património de Vilar de Perdizes, conta com o apoio do município de Montalegre.

Do programa consta animação de rua com concertos variados que começa por volta das 16 horas, caracterização de bruxos e bruxas em atelier de rua, jantares embruxados nos restaurantes locais, pelas 23 horas um cortejo embruxado que termina à meia noite com a célebre queimada sob a batuta mágica do Pe Fontes.

A Filandorra, o Bruxo Queiman e Andrea Pousa são ralizadores e protagonistas do programa.

OUTRAS NOTÍCIAS

António Guterres Secretário Geral das Nações Unidas

O Conselho de Segurança das Nações Unidas escolheu por unanimidade e aclamação, o antigo primeiro ministro António Guterres como Secretário-Geral da organização.

A esperada decisão foi anunciada aos jornalistas pelo embaixador da Rússia, Vitaly Churkin que, neste mês, assumiu a presidência rotativa do Conselho de Segurança. A notícia foi então objecto de reacções unânimes de orgulho e satisfação por parte dos responsáveis máximos do país, a começar pelo presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa , disse: «Isto é bom para as Nações Unidas e é bom para Portugal».

Ikea vai recrutar 300 pessoas para nova loja O Ikea Portugal vai recrutar, no final deste ano, 300 funcionários para a nova

loja do Algarve, que deverá abrir no segundo semestre deste ano. A informação foi confirmada, esta semana, por fontes do grupo sueco, ao jornal Sul Informação e ao jornal Diário Económico.

Catarina Tendeiro, diretora de Recursos Humanos do grupo, disse ao Diário Económico que o IKEA oferece oportunidades de progressão de carreira aos

trabalhadores que “estão disponíveis para aceitar responsabilidades”.

A responsável disse ainda que o grupo tem um “sistema interno em que as pessoas se podem candidatar a qualquer vaga no mundo” havendo já vários “portugueses a trabalhar na China, no Japão, na Austrália e nos EUA”.

ALTO DOUROComboio volta a circular na linha do Tua

Foi há uma decada que um acidente ditou a suspensão da linha do Tua, mas as paisagens não se perderam e a possibilidade de, num passeio de comboio, se usufruir de uma bela vista para o Douro, vai voltar em 2017.

O projeto renasce numa parceria entre Mário Ferreira, da Douro Azul, e a EDP, com um investimento de 15 milhoes de euros. A empresa de eletricidade vai investir a maior parte, dez milhões, a Mário Ferreira cabe a restante verba. O empresário tem a concessão válida por 50 anos.

O comboio vai ter quatro carruagens, é uma réplica do histórico comboio a carvão e está a ser construído em Inglaterra.

O vale não vai ser percorrido na totalidade, porque uma parte da linha vai ficar submersa com as aguas da barragem, mas 17 quilómetros de percurso estão garantidos e o resto pode ser percorrido por autocarro ou por barco rabelo.

AMATRICE - ITÁLIA Um terremoto ocorrido, dia 24 de

Agosto em Amatrice devastou o centro de Itália e quase varreu do mapa a pequena cidade de Amatrice e outras localidades: 247 mortos. O número impressiona e ainda deve subir, apesar das incansáveis buscas e dos resgates que, aqui ou ali, vão felizmente acontecendo.

PORTUGAL FORA DO EURO?

Em entrevista à Rádio Antena 1, o Prémio Nobel da Economia Joseph Stiglitz defendeu que o melhor caminho para Portugal será sair do euro, já que se permanecer na moeda única irá ter dificuldades no futuro.

Entre outros considerandos, afirmou o prémio nobel: “acho que a Europa como um todo, devia começar a pensar num divórcio amigável com alguns países, para estes pensarem em formas para lidar com a saída. Não será um processo imune a dificuldades, mas custará mais a Portugal ficar, do que sair do euro”.

Ainda segundo Joseph Stiglitz, caso Portugal permaneça na moeda única “está condenado”, salientando que a Europa “não tem, nem vai ter condições políticas para fazer as mudanças necessárias” e como tal, aconselha os portugueses a sair da moeda única.

MÉXICOAbrahim, bebé mexicano, dizem que tem três pais.

Abrahim foi o nome dado a um bebé nascido no México que dizem que tem três pais. Os especialistas em genética e reprodução a propósito da notícia sobre a criança “com três progenitores” duvidam que seja como dizem. Dizer isto assim “é desviar a questão do essencial”, porque o material genético da terceira pessoa que participou no nascimento do bebé está nele presente em menos de 1%.

157 – ANTÓNIO AFONSO DOS SANTOS, de 80 anos, casado com Maria Gonçalves Alves dos Santos, natural e residente em Covelães, faleceu no dia 2 de Outubro no Hospital de Chaves.158 –ALZIRA LUCAS, de 90 anos, casada com Daniel Rua, natural da freguesia de Cervos e residente em Arcos, desta mesma freguesia, faleceu no Hospital de Chaves no dia 3 de Outubro, sendo enterrada no cemitério de Arcos.159 – ALBERTO FERNANDES DOS SANTOS, de 62 anos, solteiro, natural da freguesia de Contim e residente na Suiça onde faleceu em Basel no dia 11 de Junho.160 - CARLOS DA SILVA ALEIXO, de 72 anos, divorciado de Constança Oliveira Ribeiro, natural de Vilar de Perdizes (Santo André), faleceu no Hospital de Chaves, no dia 8 de Outubro, sendo enterrado no cemitério de Montalegre.161 – MANUEL DIAS, de 90 anos, viúvo de Balbina da Conceição Afonso, natural e residente na freguesia de Fiães do Rio, faleceu no Hospital de Chaves no dia 8 de Outubro, sendo enterrado no cemitério de Lamas.162 – MARIA CÂNDIDA PEREIRA, de 85 anos, casada com Manuel Pereira, natural de Montalegre e residente em Melbourne, Australia, faleceu em 29 de Setembro 2016, sendo ali enterrada.

PAZ ÀS SUAS ALMAS!

Nota – A numeração corresponde ao total de falecidos, no corrente ano, até à presente data

CORTEJO CELESTIAL

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18 de Outubro de 2016 3BarrosoNoticias de

Barroso da Fonte

Estrada de Montalegre a Chaves desperdiça a «Ponte da vergonha»

Na última assembleia municipal de Montalegre foi aprovado o empréstimo de três milhões de euros destinados a reparar a Estrada que liga os Barrosões aos Flavienses, ao longo da fronteira. Já os romanos usavam essa via, mesmo antes da fundação da nacionalidade. Montalegre é dos concelhos do país mais encravado entre montanhas. A auto-estrada é uma miragem. E a EN 103, com cerca de um século a ligar a Braga, Chaves e Vila Real, nasceu torta e torta vai continuar porque os políticos que temos tido, quando atravessam o Rio Douro deixam o BI no antigo Condado Portucalense.

Já Vítor Branco questionava a estrada de Montalegre a Chaves. Ainda não havia fundos comunitários e os tostões valiam milhões. Um século depois, Chaves despreza Montalegre e a solidariedade regional é palavra vã. Os Barrosões que se desenrasquem.

Daqui a mais um século, a «estória» deste pedaço de estrada, entre Vilar de Perdizes e a fronteira com Soutelinho da Raia, pouco mais de meia dúzia de quilómetros, vai ser narrada como um OVNI, que aterrou, em cima da ponte do diabo,

como pisa-papéis, para segurar os 700 mil euros do seu custo,já pago. Vai ser o ícone das bizarrices do século XXI. Um hino à engenharia e à gestão democrática.

Vítor Branco, ao tempo do legado de Morais Caldas, ora estava na oposição, ora estava no poder municipal. Bastará recordar que se publicavam, no concelho de Montalegre, nesse curto período de 16 anos (1910-1926) os seguintes jornais: O Montalegrense, a Voz da democracia, o povo de Barroso, o crente de Barroso, O Combate e o Barrosão. Um século depois há três: dois com a corda ao pescoço, vivendo da carolice e do oportunismo político. O mais bebé, com meia dúzia de edições, já dá para perceber que vai ser o boletim municipal, diferindo do novo Planalto Barrosão, apenas pela aragem gráfica.

Leio hoje loas editoriais acerca de quem há meia dúzia de anos, me dizia cobras e lagartos. Tal-qual Vítor Branco, escreveu na p. 84, deste Almanaque sobre o «Legado de Morais Caldas – a grande Ladroeira! Publicam-se nesta vila dois semanários, um escrito com água benta e o outro com... suores de burro. Cada qual representa o seu papel – o primeiro como órgão do seu dono e o segundo como órgão de... porta aberta.

Foi quase providencial a descoberta deste «Almanaque» no meu espólio. Logo na página 21, Vítor Branco já discutia com o executivo Municipal que ele,

alternadamente ocupava, ora como poder, ora como oposição. Censurava João Rodrigues Canedo pelos gastos em contadores para a água e por expropriações para estradas de Montalegre a Cabril que foi iniciada em 1895, quando um «zaragateiro nascido em Paredes, presidiu à Câmara. Como grande eleiçoeiro (p.15) projetou uma estrada que ligasse a sua terra natal à sede concelho. Era essa a mania de todos os eleiçoeiros desse tempo, como é a dos presentes e há-de ser a dos futuros...» E veja-se esta coincidência temporal (p. 22). «...o que se sabe é que essa pseudo estrada, foi riscada pelos manos por terrenos baldios; e, em parte, seguiu pelo caminho velho. Se entre Meixedo e … pois essa estrada está abandonada e o que estava feito encontra-se destruído pela ação do tempo. Para expropriação da estrada de Montalegre à Assureira (a CM inscreve) 10.000$00...»

Em 2013, quando o sucessor de João Rodrigues Canedo, tomou posse, terá lido este livro de Vítor Branco. Nele se fala das estradas do concelho, das canalizações da água, das expropriações dos terrenos. Um século depois constata-se que o legado de uma biblioteca não rende votos. Mas chamam-se as televisões, os jornais, as rádios, os altifalantes para excomungar as promessas da oposição. Chama-se-lhe ponte do Diabo. Pragueja-se por ter antecipado (com o seu voto) a execução de uma Ponte, onde se gastaram muitas centenas

de milhares de euros, para, depois de espicaçado, anunciar que a Estrada da Assureira, será concluída. Mas deixa-se «aquela ponte do diabo», a apodrecer com o intuito de ridicularizar «quem não é dos nossos» e apenas se tratam os buracos e algumas curvas. Assim se esbanja mais de meio milhão para render votos no próximo ato.

Esta metáfora do século XXI, servirá do mote ao período político que se avizinha. Vítor Branco foi o profeta do seu tempo. Debaixo das pontes de Barroso, durante um século, correu muita água. Fizeram-se muitas coisas, boas e más. Mas, politicamente, prometeu-se muito e fez-se pouco. paradoxalmente, fez-se mais, em tempo de vacas magras, do que tempo de cofres cheios. Até à entrada de Portugal na União Europeia, o país tinha razões para não desperdiçar recursos: foram as duas guerras mundiais, o problema do ultramar, a emigração. Só com a chegada dos fundos comunitários houve dinheiro à tripa forra. Vejam-se as casas de turismo de habitação, quanto e a quem esses fundos enriqueceram: se ao poder, se à oposição. Contem-se os projetos aprovados e identifiquem-se os seus beneficiados. Aprovar um projeto desses não é só preencher impressos. É, sobretudo, dar os pareceres técnicos, esclarecer os potenciais interessados, ser isento e despachar os mesmos com equidade de critérios, em vez de subterfúgios que têm a ver com o já proverbial princípio: se é dos nossos

aprova-se, se não, é reprova-se. E se querem saber vão ter com os deles... O exemplo mais claro, com nomes e factos chegou pelos jornais diários: JN e Público. O tema serviu de mote à última AM. Adivinha-se a quantidade e qualidade de roupa suja que ali se lavou. E o mais que se verá. Ora as assembleias municipais devem decorrer com elevação, com decoro, com moralidade e respeito pelos indefesos. Há dois meses mencionei nestas páginas um tema relacionado com o turismo de habitação. Logo surgiu quem enfiasse a carapuça e proferisse ameaças. Basta reler a edição 496. Não tinha destinatários concretos. Mas logo apareceu um dedo no ar.

As estradas e auto-estradas, a mecanização agrícola, os dinheiros atribuídos a associações com o pretexto da formação profissional. Foram setenta anos de penúria, contra trinta anos de abundância. Montalegre deveria ter atingido um nível pioneiro. A estrada da Assureira já deveria ter-se feito com os fundos comunitários. A EN 103, Braga-Montalegre e Chaves, idem, aspas. O mérito ou demérito dos políticos terá de ser atribuído em função dos meios de que dispuseram, no tempo em que geriram os destinos da comunidade que prometeram servir.

O Almanaque de memórias, de Vítor Branco deverá servir de cartilha para responsabilizar os políticos, um século depois da publicação desse livro.

Nos últimos dias de Setembro, a população montalegrense viu-se confrontada com o escândalo de um funcionário da Câmara poder estar indiciado como suspeito de corrupção. O caso veio a público por meio dum comunicado da Polícia Judiciária que mereceu ampla divulgação na grande imprensa. É claro que o caso que não é único, recorde-se que a mesma PJ investiga a Ponte da Assureira cuja construção teve financiamentos de Bruxelas e, pese embora as boas intenções, afinal aquilo traduziu-se num num caso de má gestão pela qual os responsáveis (Fernando Rodrigues e...) terão provavelmente de dar contas.

Como isto é demasiado grave, Fernando Rodrigues, o dono-disto-tudo, veio de pronto desviar daí as atenções passando

a ocupar-se da «guerra» por ele declarada ao Agrupamento de Escolas.

Fernando Rodrigues treme por todos os lados.

Nos casos da suposta corrupção denunciada publicamente na Câmara de Montalegre ele poderá ter de explicar porque em 2011, na qualidade de presidente da Câmara, não instaurou um processo disciplinar e suspendeu o funcionário. Em nosso entendimento, não esteve à altura das circunstâncias, como já aqui se referiu em tempo oportuno e na questão da «guerra» entre a Escola e a Câmara não terá menos implicações porque foi o autor dos malabarismos que se conhecem, impróprios e

inadequados e muito menos num docente que afastou a Câmara da Escola até aos dias de hoje com todas as implicações que bem se podem imaginar.

A «guerra» entre a Câmara e o Agrupamento de Escolas é um caso muitíssimo grave do qual a Câmara de Montalegre nunca se poderá eximir da maior parte das culpas de tudo aquilo que se passa.

Afinal qual deve ser o papel duma Câmara Municipal no funcionamento da Escola? Só pode ser o de procurar pelos meios à sua disposição as melhores condições para o funcionamento da mesma e não o de entrar em conflitos com quem tem responsabilidades na educação das crianças e alunos do concelho. Ora a Câmara só tem alimentado e criado

situações de conflito só porque os responsáveis da Escola não vão de encontro aos seus ditames.

Tenho a certeza que só em Montalegre acontece uma situação destas, o que é inacreditável, uma Câmara que despreza o Agrupamento de Escolas, que não colabora nem reúne o Conselho Municipal de Educação e isto há mais de cinco anos.

Quem pode aceitar uma coisa destas? Então se a Câmara tem poderes para reunir o Conselho de Educação porque a ele preside, porque não o faz? Porque é que há dias atrás reuniu um Conselho de Educação sem quorum e tomou resoluções não havendo quorum nem estando lá presente o director do Agrupamento? Qual o interesse em alimentar esta «guerra» surda que só prejudica

o ambiente escolar e se reflete necessariamento na formação das crianças?

O sr. Fernando Rodrigues tem de entender que a longa noite de chumbo que caiu sobre o concelho de Montalegre já não se aguenta mais tempo. Que o tempo dos ditadores que dominaram os povos já passou. Que 26 anos no poder é tempo a mais. Que os malabarismos e as espertices salóias só são admitidas em palco de pano corrido. E que os barrosões anseiam mais que nunca por auroras de liberdade que, breve, hão-de surgir nos horizontes destas lindas terras de Barroso.

Carvalho de Moura

Câmara de Montalegre vota educação ao desprezo total

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18 de Outubro de 20164 BarrosoNoticias de

Em limitado espaço,Vai ser breve a minha lideDedico, com um abraço,

Ao poeta de Meixide.

Com hábil engenho e arte,Descreve nossa canseira, Em tudo eu tomei parte,

Afora cheia solteira_____________________

Lá pelas faldas do Larouco, Vivia um solteirão

Que intitulavam de louco, Apenas por mangação.

Dava azos de pagode,Naquele jogo do empurra,Tinha cabras e um bode, Ovelhas e uma burra.

Os elementos da rês,Mais ou menos tolerados,

A burra, por sua vez,Punha os burros exaltados.

Sempre que a burra chegava,Ah! que grande confusão…!Quem nos burros cavalgava

Era lançado no chão.

Com uma tal turbulência,Os convivas lá da terraPerdiam a paciência,

Entravam em plena guerra.

E, naquela confusão,As coisas ficavam graves,

Em total desilusão,Foi vender a burra a Chaves.

Está-se mesmo a ver Apareceu um fulanoE quem havia de ser

Um interessado cigano.

Com o negócio fechado,Mete a massa na carteira,

Feliz e aliviado, Procura burro na feira.

Nem um minuto parou,Cirandou pelo Tabulado,

Com grande sorte encontrouUm burro bem arreado.

No meio de tanta gente,Com um muro ali à beira,Só via o burro pela frente,Vedada estava a traseira.

Era mesmo o que convinha,Um asno desempenado;Entregou tudo que tinha,

Sem ficar com um trocado.

Em tal felicidade,Depressa que o tempo urge,

Deixa para trás a cidade,Mete à serra de Sanjurge.

Passando por Soutelinho,Pelo rio da Assureira,O alertou um vizinhoQue caiu na ratoeira.

Mas que irritante atoarda,Que ofensiva alusão,

Levanta o traseiro da albarda,Coloca os socos no chão.

Torce então a cervical,Usa olhos e nariz,Repudia o animal,

Em cáusticos termos diz:

- Fica, burra malfadada,Termina aqui o duelo;

Sê pelos lobos devorada,Não se vão rir do Nel Chelo!

António Pereira Alves

A Burra Malfadada Homem Agrário

Fazer de um camponês um operário.

Que pena! Homem agrário, quase nômade,

Transformado em sedentário.

Sedentário não é a definição do

dicionário, nem nômade significa não

se fixar em nenhum lugar.

Nômade é quem conhece bem os nutrientes

que o pó da terra contém.

Tudo que dela provém.

E por conhecê-la tão bem.

É sua e de mais ninguém.

A terra não é de quem dela se apropriar.

É de quem sabe com ela lidar.

Com amor dela cuidar.

Com suor a regar.

Sedentário é todo aquele que

pela vida da cidade se deixou

aprisionar.

Pôs à venda a liberdade.

Matou a vontade.

Deixou de sonhar.

Lita Moniz

REGRESSO Regresso às fragas de onde me roubaram

Ah!... Minha serra, minha dura infância!...

Como os rijos carvalhos me acenaram,

Mal eu surgi, casado, na distância!...

Cantava cada fonte à sua porta:

O poeta voltou!...

Atrás ia ficando a Terra morta

Dos versos que o desterro esfarelou.

Depois o céu abriu-se num sorriso

E eu deitei-me no colo dos penedos

A contar aventuras e segredos

Aos deuses do meu velho paraíso..

Miguel Torga

LianorDescalça vai para a fonte

Lianor pela verdura;

Vai fermosa, e não segura.

Leva na cabeça o pote,

O testo nas mãos de prata,

Cinta de fina escarlata,

Sainho de chamelote;

Traz a vasquinha de cote,

Mais branca que a neve pura.

Vai fermosa e não segura.

Descobre a touca a garganta,

Cabelos de ouro entrançado

Fita de cor de encarnado,

Tão linda que o mundo espanta.

Chove nela graça tanta,

Que dá graça à fermosura.

Vai fermosa e não segura.

Luís de Camões

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18 de Outubro de 2016 5BarrosoNoticias de

A Câmara Municipal de Montalegre, em 2017 e 2018, vai renovar todo o parque escolar do concelho. O presidente do município foi a Lisboa onde assinou um protocolo com o governo que contempla a requalificação das escolas Bento da Cruz (Montalegre) e do Baixo Barroso (Venda Nova). A juntar a estas, está a escola de Salto - também a requalificar - com o município a assumir os gastos por inteiro.

Ao abrigo da prioridade de investimento 10.05 do Acordo de Parceria Portugal 2020 <https://www.portugal2020.pt/Portal2020> , que contempla intervenções de requalificação e modernização das instalações das escolas do 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e do ensino secundário, identificadas nos Pactos para o Desenvolvimento e Coesão Territorial, foi celebrado um protocolo entre o município

de Montalegre e o Ministério da Educação que visa a requalificação das escolas Bento da Cruz (Montalegre) e do Baixo Barroso (Venda Nova). A par disso, a autarquia vai assumir por inteiro a renovação da escola de Salto e, com isso, dar uma nova imagem a todo o parque escolar concelhio.

Município assume 300 mil euros

Muito agradado está

o presidente da Câmara Municipal de Montalegre. Orlando Alves contextualiza: «vamos renovar todo o parque escolar em 2017. Preparamos tudo para que, ainda este ano, pudesse ser intervencionado o parque da escola de Salto mas não foi possível iniciar as obras em junho, como era nosso desejo, devido ao atraso do Ministério da Educação

na apreciação do projeto. É uma obra da exclusiva responsabilidade da Câmara, embora tenha sido candidata aos fundos comunitários. Temos, também, a Bento da Cruz (um milhão de euros) e a do Baixo Barroso (250 mil euros). O município suportou os custos destes projetos que foram aprovados pela direção geral dos equipamentos educativos». Nom mesmo tom, acrescenta que, somadas todas as variáveis, dos cofres da autarquia devem sair cerca de 300 mil euros: «temos a consciência de que são responsabilidades que nos cabem. O município vai suportar, com prazer, cerca de 300 mil euros». Uma verba, adianta Orlando Alves, que não tem preço: «proporcionar boas condições de aprendizagem aos filhos dos barrosões é um trabalho edificante e que dignifica todos os que estão envolvidos nele».

2017: Ano desafiante O líder do executivo

garante que «as obras vão entrar em concurso no início do ano» e vão ser «desenvolvidas em 2017 e 2018». Aproximam-se tempos de desafio redobrado com um conjunto de investimentos fulcrais para o desenvolvimento do concelho. Com efeito, para além destes, há a requalificação da estrada que liga à cidade de Chaves: «estamos com vontade de agarrar o projeto da estrada para Chaves porque é uma obra fundamental e importantíssima para Montalegre». Uma aposta que ainda só não foi executada por questões burocráticas. A remodelação do Castelo de Montalegre é outro exemplo de um ano (2017) que irá apresentar um orçamento «muito difícil de executar». Contudo, remata Orlando Alves, «estas coisas são para

“homens de barba rija”... vamos agarrar estes desafios com entusiasmo e centrados nas nossas obrigações».

Investimentos:

EBS BENTO DA CRUZ - MONTALEGREFeder - 850.000,00Município - 75.000,00Governo (OE 2017) - 37.500,00Governo (OE 2018) - 37.500,00 EBS DO BAIXO BARROSO - VENDA NOVAFeder - 146.200,00Município - 12.900,00Governo (OE 2017) - 6.450,00Governo (OE 2018) - 6.450,00

EB SALTOMunicípio – 212.100

In. cm-montalegre.pt

EDUCAÇÃO

Parque escolar do concelho vai ser renovado até 2018

Era um dia de outono, mas parecia de verão, e eu estava a dar uma vista de olhos pela edição n.º 1 do novo projecto jornalístico do PS, que tem por título “Planalto Barrosão”. Com apenas oito páginas mal editadas, lê-se depressa. É também um projecto que pretende imitar a vários níveis o antigo Correio do Planalto, do Dr. Bento da Cruz, e pretende colmatar uma lacuna do PS local que é a de não ter um bom jornal, nem de controlar no concelho a informação jornalística.

O que mais despertou a minha atenção foram as contradições insanáveis, que resultam do cruzamento de três artigos: o Estatuto Editorial, o Editorial do Diretor (Inspetor J. Dias Baptista) e o artigo do Prof. Orlando Alves, que assume igualmente o estatuto de Editorial por definir linhas de orientação do jornal.

Vamos às contradições que provam como este é um projecto mal estruturado, caótico e, como a política desastrada da Câmara, primeiro faz-se e depois pensa-se.

1.ª contradição: o Estatuto Editorial manda que o jornal seja “independente

dos poderes políticos”, todavia vemos que quem escreve são os políticos da Câmara: Presidente Orlando Alves, em primeiro lugar, Presidente da Assembleia, Dr. Fernando Rodrigues, em segundo lugar. Naturalmente que, nas próximas edições, continuarão a escrever sobre política, tanto local, como nacional, apologética do PS e depreciativa do PSD.

Só que isso não tem sentido, é contraditório e projecto mal pensado. O Insp. J. Dias Baptista, se inspeccionasse bem, não devia ter permitido este tipo de artigos porque se opõe ao Estatuto Editorial. Ou então, mudava o Estatuto Editorial.

2.ª contradição: o Estatuto Editorial manda que o jornal seja “independente dos poderes políticos” e que respeite “a Lei da Imprensa, bem como os princípios éticos e deontológicos da profissão”, todavia vemos que o Editorial do Diretor J. Dias Baptista é de natureza política (nacional), é de “combate à política de Direita” e “dá cacetada” (prefiro “ripada”) ao ex-governo, revelando completamente a tendência socialista, e não devia, de acordo com as regras

definidas. Não está bem e é

contraditório. O Insp. J. Dias Baptista inspeccionou mal e das duas uma: ou o Diretor não deve dar “ripeiradas” no ex-governo PSD ou, se quer dar, mude o Estatuto Editorial.

3.ª contradição: quem

define a linha editorial é o Diretor, no entanto, no primeiro número do jornal, temos dois editoriais contrários entre si: um virado para a política nacional, o outro para a política local; um que revela aleivosia pelo ex-governo PSD, o outro que defende para o jornal uma linha de informação focada no concelho (“cantar” as gentes e a terra) e nas obras da Câmara socialista.

Nesse caso, é lícito perguntar: qual das duas linhas deve ser seguida e porque é

que o Presidente da Câmara tem a ousadia de escrever um Editorial, quando isso não é da sua conta? Será que ele é uma espécie de “director invisível”? É contraditório e não foi bem inspeccionado. Todavia, ao Presidente não falta matéria para “cantar”. Por

exemplo, podia esclarecer os leitores porque é que a Polícia Judiciária tem feito tantas visitas à Câmara de Montalegre. Será que vai rebentar lá alguma “bomba”? Dava mesmo jeito, a poucos meses das eleições!

Ao nível das interrogações, e já não das contradições, eu gostava de colocar duas questões.

Primeira: de onde vem o financiamento deste jornal se quase não tem publicidade, quase não tem assinantes e é de distribuição gratuita?!

Mas como sobrevive? Quem o paga? Porque é que ao fim de dois meses ainda não foi à falência nem é esperado que caia em insolvência? “Ética” não é aquilo de que falam os editoriais, “ética” é vir a terreiro explicar o financiamento do jornal.

Segunda: um artigo de Fernando Rodrigues censurava os dois jornais do PSD por, sendo mau jornalismo, não o ajudarem a ganhar eleições. Bem, em primeiro lugar, os dois jornais não devem nada ao Sr. FR. O financiamento deles vem da publicidade, dos assinantes, e do trabalho gratuito de algumas pessoas, como os colaboradores. Isso é que é honesto.

Mas será que o jornal do PS é bom jornalismo? Será que um projecto destes vai segurar o PS no poder? Julgo que não, julgo até que é contraproducente, porque apenas serve para dar à opinião pública uma ideia de caos, de mau planeamento e de revelar as fraquezas do executivo municipal. A “pessegada” do jornal e da política da Câmara é a mesma.

MANUEL RAMOS

POLÍTICA MUNICIPAL VISTA DE FORA

Mau começo para o Planalto Barrosão. “Quem nasce torto…”

“Relativamente ao novo jornal do PS, Planalto Barrosão, o que mais despertou a minha atenção foram as contradições insanáveis, que resultam do cruzamento de três artigos: o Estatuto Editorial, o Editorial do Diretor (Insp. J. Dias Baptista) e o artigo do Prof. Orlando Alves, que assume igualmente o estatuto de Editorial por definir linhas de orientação do jornal.”

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18 de Outubro de 20166 BarrosoNoticias de

MAPC

UM PARÁGRAFOUm Parágrafo # 82 – Bué

Tótil! Mesmo… Tipo, estás a ver aquela cena bué de fixe? Não curtes?

Tá-se mesmo a ver que és cota, meu. Então não achas que a cena é mesmo

bué de fixe? Bué de top, mesmo… A sério…! Tipo, estás-te a passar, mano,

é o que é. Se não consegues curtir a cena, então é porque te estás mesmo

a passar… Tipo, eu não curto mesmo nada quando um mano se começa

a armar em esquisito – tipo, sei lá… - e desatina com as cenas fixes que

curto, meu. A sério… Tipo, passo-me mesmo, ouve lá. É… tipo… uma cena

que curtes mas vem depois um brother e começa a dar cortes, estás a ver?

Aquela cena… Meu, que desatino… Tipo, estares mesmo na onda (mesmo a

curtir, está a ver…?) e vir um careto qualquer (um cota, está a ver?), armar o

desatino e estourar a cena, só porque sim, mano… Desatino completo, estás

a ver…? Não curto, meu. Não curto mesmo nada. É… tipo… curtires mesmo

uma cena que é bué de fixe e estarem sempre os mesmos bacanos, tipo, a

desatinarem contigo. Não curto, meu. É… tipo… bué de xunga, estás a ver?

João Nuno Gusmão

Para a História da 1ª República em MontalegreAno de 1916

(Continua do n.º anterior...)

O mesmo jornal (“O Montalegrense”) de 2 de Março publica três editais que anunciam três pedidos para construção de barragens no rio Cávado para produção de energia eléctrica:

• a primeira, localizada a 400m aproximadamente da foz do Rio Rabagão, no local denominado Vila do Conde;

• a segunda, no local denominado Frades de Pinheiro, a 250m aproximadamente da foz da Ribeira de Cabril;

• a terceira, fazendo um açude e derivando a água por um canal em túnel até ao afluente do Rio Rabação que vai desaguar no Cávado perto de Vila da Ponte.

Este assunto não teve andamento por razões que se desconhecem, talvez devido à Guerra.

______________Ainda do mesmo jornal:“Congresso Transmontano

Recebemos uma circular do ilustre Governador Civil deste distrito, Exmº Sr. Dr. Nuno Simões, em que com muito brilho expõe a feliz ideia de promover um Congresso Transmontano, no mês de Junho próximo, em Vila Real, por ocasião da feira anual de Santo António.

Sabemos que foi magnificamente recebida em toda a parte, pelas Câmaras e autoridades de toda a província, associações e imprensa a ideia alvitrada na patriótica circular, (...)”.

“O Montalegrense não esconde a sua inquietação devido à possível intervenção de Portugal na Guerra. Noticia em 2 de Março:

“Beligerantes?

O nosso Governo tomou conta de todos os navios alemães detidos nos nossos portos do continente, Ilhas e colonias. Por este facto o Governo Alemão, consta que dirigiu ao nosso um enérgico protesto. Que sairá disto?” A requisição dos barcos alemães foi feita em 23 de Fevereiro.

A resposta a esta pergunta foi publicada no jornal da semana seguinte:

“A GuerraPor virtude do apresamento dos

navios alemães, feito pelo nosso governo,

trocaram-se notas diplomáticas entre Portugal e Alemanha.

Parece que o governo alemão exigia que o nosso reconsiderasse o acto. Portugal respondeu justificando a requisição dos navios e que não alterava o que havia feito. A Alemanha então entregou uma nota em que declarava o rompimento das relações com Portugal.

Estamos portanto em guerra com a Alemanha? (a partir de 9 de Março).

Seguidamente publica o decreto que convoca, para se apresentarem imediatamente, as reservas da Marinha.

Diz, também, que é voz corrente que, brevemente, vão ser mobilizadas sete divisões do nosso Exército.

O Montalegrense de 23 de MarçoA situação de beligerância forçou a

procura de uma solução urgente para a crise ministerial que Portugal atravessava. Após difíceis negociações entre os dois grandes Partidos, o Democrático e o Evolucionista, foi constituído um governo de defesa nacional tomando nele assento as figuras mais cotadas de ambos os partidos. Este Governo, constituído em 15 de Março, ficou conhecido como ‘Governo de União Sagrada e ficou assim formado:

Presidente do Ministério e ministro da Colonias - Dr. António José de

Almeida.Ministro das Finanças - Dr. Afonso

CostaMinistro da Guerra - General José

Mendes Ribeiro Norton de Matos.Ministro dos Estrangeiros - Dr.

Augusto Luís Vieira Soares. - etc, etc.

“Convocação MilitarPor decreto de 20 do corrente

(Março), foi o Ministro da Guerra autorizado a convocar, total ou parcialmente, para preparação militar, as classes de licenciados que julgar conveniente”.

“Juntas de SaúdePor virtude do decreto de 20 do

corrente foi determinado o seguinte:Artigo 1º - Serão mandados

submeter pelo Ministro da Guerra ao exame de juntas de saúde de revisão todos os cidadãos, com menos de quarenta e cinco anos de idade, que tenham sido isentos do serviço militar por incapacidade física, e todos os militares que pelo mesmo motivo tenham passado ou venham a passar à situação de reserva ou de reforma (...)”.

Continua

José Enes Gonçalves

Hipertensão, um “assassino” silencioso

Nem sempre apresenta sintomas e por vezes, desconhecem-se as suas causas. Todavia, manter a tensão a níveis normais não é assim tão difícil se se mantiver um estilo de vida saudável.

Uma tensão normal é por volta de 120/80 mm Hg e está ao alcance de qualquer pessoa, se levar uma dieta sã e fazer exercício regularmente. Segundo as tradições mais antigas, o sal sempre foi utilizado em excesso e hoje ainda continua nos hábitos da maioria das pessoas. Por isso tem que ser retirado da maioria dos alimentos e assim até pode não precisar do comprimido. Por exemplo, a sopa quer um pouco de sal, a salada de cebola e tomate também, mas o peixe não; experimente e vai verificar que este é ainda mais saboroso sem acrescentar sal! Só uma pequena porção é necessária ao organismo, a partir daqui é terrivelmente nocivo, a ponte de ser cancerígeno.

Diga não ao sal substituindo-o pelas especiarias e em certos pratos pelo picante da malagueta, do pimento e da pimenta caiena; são substitutos muito bons e funcionam como antioxidantes excelentes.

Não esquecer que a hipertensão pode provocar diabetes, problemas gástricos, asma, disfunções sexuais e doenças cardíacas. É importante recorrer de imediato ao médico se sentir dor de cabeça, cansaço excessivo sem causa aparente, confusão e transtornos visuais, náuseas ou vómitos, dor de peito, dificuldade para respirar e suores sem causa maior que os provoque.

João Damião

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18 de Outubro de 2016 7BarrosoNoticias de

Domingos Chaves

O antigo Primeiro-Ministro português António Guterres, foi há dois dias, através da Resolução n.º 2311 das Nações Unidas, formalmente confirmado como Secretário-Geral da ONU, concluindo um processo de selecção considerado como o mais transparente da história daquele Orgão. O acto foi noticia nas televisões, rádios e jornais de todo o mundo!... Uma noticia com muito mais impacto e muito mais importância que uma qualquer vitória num europeu de futebol ou coisa semelhante, ou um qualquer prémio Nobel. Mas o mais importante, e que com certeza nos enche a todos de orgulho, é que para além de ter sido noticia em todo o mundo, foi igualmente uma noticia que honrou Portugal e os portugueses e a que obviamente o Noticias de Barroso não podia deixar de dar também o devido

relevo!... 44 anos depois de Kurt Waldheim, a Europa consegue eleger o 9.º Secretário-Geral das Nações Unidas, de seu nome, António Manuel de Oliveira Guterres, por sinal cidadão português de 67 anos de idade, por unanimidade e aclamação dos 193 Estados Membros.

Como português, registei com especial agrado, o facto de ver outro português, do qual não se publicitam contas bancárias em nomes de amigos, malabarismos fiscais, conluios em torno de fundos europeus ou esquemas denunciados de tráfico de influências, chegar a um cargo da importância daquele que Guterres irá agora ocupar. Acho que fáz bem à auto-estima deste país, permanentemente triturado por corruptos e ladrões de bancos, e sobretudo, porque penso estarmos perante o homem certo para lidar com as graves crises que assolam o mundo e particularmente a Europa na qual nos inserimos.

Digam o que disserem, António Guterres foi escolhido por mérito próprio, e ao

contrário do ainda actual Secretário-Geral, o sul coreano Ban Ki-moon, é um homem carismático, tem força política, é um humanista, um conciliador e tem prestígio internacional granjeado na liderança da ACNUR. Foi sem sombra de dúvida e acima de tudo, o seu perfil que esteve na base da sua vitória, a que obviamente se juntou o prestígio de Portugal no mundo como país facilitador do diálogo, a diplomacia portuguesa, a união de todos os Órgãos de Soberania nacional – Presidente da

República, Assembleia da República e Governo - e de todas as forças políticas, que assim contribuíram de forma decisiva para transformar esta candidatura numa causa nacional.

Portugal venceu!... Venceu porque tínhamos o melhor candidato, e venceu porque estivemos todos unidos. É por isso que Portugal continua a ser ainda hoje, data em que o Noticias de Barroso vai para as bancas, notícia em todo o mundo e também intra-muros. Não foi certamente por acaso, que António Guterres foi o

único politico português que ao longo de mais de 40 anos de democracia, viu serem-lhe conhecidos e reconhecidos os seus méritos pelos ditos 193 países membros das Nações Unidas. O próximo Secretário-Geral das Nações Unidas, é sem margem para qualquer dúvida, o melhor representante do espírito da ONU. Um homem bom, um homem de diálogo e um homem que representa a corrente dos princípios e dos valores, em oposição ao cinismo e a interesses tantas vezes alheios ao próprio interesse do Homem. Em pequenas e grandes coisas, vi sempre em António Guterres disponibilidade para o diálogo, onde sobressaía sempre a fluência da comunicação, o conhecimento profundo dos acontecimentos, e um desejo de transformar a realidade para que o mundo, à escala próxima e remota, fosse mais habitável. E é assim que o mundo o espera ver nas altas funções de Secretário-Geral da ONU, com o brilho no olhar, o mesmo com que olha os territórios da infância e de sempre no interior do país, numa permanente fidelidade à sua terra, como metáfora de um

nó de pátria chamado Portugal. A sua escolha representa por isso, um sinal de esperança e uma vitória para o nosso país.

Claro que assentando os pés na terra, não restam dúvidas a ninguém do papel secundário que António Guterres irá ter. Por muito que a sua vitória nos possa honrar, quem manda de facto na ONU são os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança e assim continuará a ser. Guterres poderá ser o líder mais empenhado de sempre, poderá até desafiar o poder instalado, mas no final do dia, fará apenas e só, aquilo que o Conselho lhe permitir fazer, o que dados os bloqueios que são conhecidos e os interesses que gravitam em torno da cúpula do poder mundial, poderá não ser grande coisa. Apesar de tudo, deseja-se que o seu nome fique ligado a tempos de mudança e de reafirmação do papel da ONU como instrumento de PAZ, de JUSTIÇA, e de respeito pelos DIREITOS HUMANOS no mundo.

POLITICAMENTE FALANDO

- ELEIÇÃO DE GUTERRES PARA SECRETÁRIO-GERAL DA ONU, HONRA E PRESTIGIA PORTUGAL!...

Governo garante que privilegiará o interiorNa sessão de inauguração

das obras de ampliação e remo-delação do quartel dos Bom-beiros Voluntários de Tabuaço, o secretário de Estado da Admi-nistração Interna, Jorge Gomes, garantiu que privilegiará a requa-lificação de quartéis de bombei-ros no interior do país, que tem sido “castigado” pelo litoral.

Jorge Gomes ouviu o presi-dente da Federação de Bombei-ros de Viseu, José Amaro, falar da necessidade de melhorar mais oito quartéis do distrito.

“Fique descansado, senhor presidente da Federação. Não terá nenhum quartel no litoral apoiado com a minha assinatura se houver um no interior para fa-zer”, assegurou.

Natural de Bragança, o se-cretário de Estado disse que vive “no Terreiro da Paço a lutar pelo interior” e que jamais se renderá “aos homens de Lisboa” e que, portanto, enquanto o interior ti-ver necessidades, fará “discrimi-nação positiva transparente”.

“Digo à frente de toda a gen-

te: se tiver que optar por qual-quer infraestrutura, por qualquer necessidade que exista no inte-rior, jamais o farei pelo litoral”, afirmou.

O secretário de Estado con-siderou que a sua terra natal “não tem gente” porque o lito-ral não a deixou desenvolver. Por isso, consigo o interior “está discriminado positivamente por natureza”, mas “sem discriminar negativamente o litoral”.

“Estou em Lisboa há dois anos e não quero ficar lá muito

tempo, porque tenho medo que aquelas cadeiras possam fazer--me mal. Por isso, eu não me sento, ando sempre em pé”, gra-cejou.

Jorge Gomes disse que to-dos os que vivem no interior do país devem trabalhar para que “o quadro comunitário venha a esbater cada vez mais as diferen-ças entre litoral e interior”.

Aludindo à Unidade de Mis-são para o Interior, disse que “o que está lá na Administração In-terna é tudo preferencialmente

no interior”. “E todo o documen-to que está feito, são 255 medi-das, tem pernas para andar, mas é se nós vigiarmos bem aquilo, senão nada acontece”, avisou.

Assim sendo, exortou go-vernantes, autarcas, cidadãos e deputados a exigirem “de cada ministério que aquilo que pôs lá que iria fazer seja feito”. “Se isso acontecer, o interior será valori-zado”, frisou.

In Lusa

Pedro Dias, o suposto

assassino de duas pessoas

em Aguiar da Beira, segundo

relatos de pessoas de Brandim,

teria estado nesta localidade.

Terá vindo do sul com a

ideia de passar a fronteira e

escapulir-se para Espanha. Em

Brandim, pequena aldeia da

freguesia de Viade de Baixo,

parou um carro branco com

dois homens dentro, um

deles com evidentes sinais de

perturbação. À entrada do lugar

estava António da Costa, mais

conhecido por «Brasileiro»,

conhecido empresário de

Montalegre dali natural em

animada conversa com mais

quatro amigos. Do referido

carro sai um dos passageiros e

pergunta pelo caminho para a

Ponteira. António da Costa com

toda a naturalidade indicou o

caminho que devia ser seguido

até a aquela aldeia. Os homens

desandaram e meteram-se de

novo à estrada não sem terem

causado alguma estranheza

ao grupo por causa de não

seguirem as indicações dadas,

pois que viraram à direita no

sentido da EN 103.

À noite, António da Costa

no telejornal viu a fotografia

de Pedro Dias e de súbito

soltou um berro que assustou a

mulher:

- Olha o cabrão dum f....

que foi ele mesmo que

esteve em Brandim!

Telefonou aos seus amigos

que confirmaram a impressão e

avisaram as autoridades.

Para além disso, também

constou que o carro de Pedro

Dias meteu gasóleo na estação

de combustíveis do A. Canedo,

em Montalegre.

Dois dias depois que se

escreveu este apontamento, é

noticiado na TV que o suposto

assassino teria sido visto em

Constantim, nas proximidades

de Vila Real.

Será que vamos ter ainda

mais episódios desta novela?

14.10.2016

Viade de Baixo

O suposto assassino do GNR de Aguiar da Beira esteve em Brandim?

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BarrosoNoticias de

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BarrosoNoticias de

918 de Outubro de 2016

ANA DE MOURA CIMA GONÇALVES PEREIRA

- UMA BARROSÃ QUE DÁ A VOLTA AO MUNDO A DIVULGAR A CULTURA PORTUGUESAO concelho de Montalegre

foi desde sempre um viveiro de gente audaz que sonhava com o “el dorado” que se supunha existir em terras longínquas. Devido às características que lhe são próprias, de isolamento e de carências de toda a ordem, a ilusão de emigrar quase vinha desde o berço. É por isso que a nossa história, a história de Barroso é fértil de figuras que se tornaram notáveis por esse mundo fora. Desde João Rodrigues Cabrilho, de Lapela de Cabril que, seduzido pela aura dos descobrimentos de novas terras, se passou à Galiza e dali a Sevilha para se tornar um dos mais notáveis heróis de Quinhentos, a tantos outros, milhares de homens e mulheres que, noutra escala, deixaram a sua marca de heróis pelas terras onde se fixaram.

Primeiro o Brasil, depois os Estados Unidos e o Canadá, as ex-colónias de África e finalmente a Europa acolheram muitos nossos “heróis” que nessas terras se instalaram e a maior parte se adaptou ao meio social e nele vingou com sucesso. Há, neste capítulo, lindas histórias de vidas que é pena delas não se dar conhecimento aos barrosões sobretudo aos mais jovens como forma de enaltecer a força

e a bravura que é apanágio dos barrosões.

Ana de Moura Cima Gonçalves Pereira, natural de Friães, é uma das filhas da família Moura e Cima, desta aldeia da freguesia de Viade de Baixo. Família que, nos anos de 1959, abandonou a terra natal em procura de uma vida melhor.

Passou pelo Brasil onde permaneceu 10 anos mas o destino era a Austrália, um país que é um continente que fica nas antípodas de Portugal e da Europa. A viagem de ida e de volta demora 23 horas com escalas em Frankfurt ou Dubai, e Singapura.

Ao fim de alguns anos, a família Cima dividiu-se pelos três continentes: Europa (Portugal), América do Sul (Brasil) e América do Norte (Canadá) e Austrália.

Em Portugal onde a família tem as suas raizes na dita aldeia de Friães reside Clemente Evangelista Gonçalves de Moura Cima, conhecido empresário de Montalegre do sector do mobliário, no Brasil está Maria Júlia e seu clã Aires (pela parte do marido) com residência na cidade maravilhosa do Rio de Janeiro, no Canadá Ilda e António de Moura Cima, na cidade de Vancouver e

finalmente em Austrália, Ana de Moura Cima Gonçalves Pereira. Afastamento que não impede que seja família unida e exemplar no convívio fraterno, tal como manda a lei de Deus.

Não se falando, por falta de espaço, nos seus descendentes, a família Cima é exemplo de empresários de sucesso em Portugal e por esse mundo fora.

Ana de Moura Cima Gonçalves Pereira

Hoje, as nossas atenções estão viradas apenas para a irmã mais velha da família Moura Cima, Ana de Moura Cima, como se disse, residente há 47 anos na grande cidade de Melbourne, Estado de Victória, da Austrália.

Casada com Joaquim Gonçalves Pereira, mãe de três filhos, conta já com 10 netos, e, não possuindo formação académica relevante, para além da antiga 4.ª classe, é pessoa cujo dinamismo e entrega às causas da emigração e sobretudo à defesa e divulgação que tem feito da cultura portuguesa, justifica a atenção que sobre ela o jornal justamente lhe dedica.

Depois de assentar arraiais em Melbourne e com a vida familiar já estabilizada, em

1972 começou por dar apoio á primeira Escola de Língua Portuguesa onde os filhos dos portugueses começaram a aprender a língua portuguesa. Em regime de voluntariado em 1980 entegrou-se activamente na dita escola para apoio total aos professores e alunos para que tivesem acesso a outras actividades.

Em 1984 foi uma das protagonistas na criação do Centro Português de Cultura em Melbourne onde se integrou a dita Escola de Língua Portuguesa que existia antes.Além do ensino da língua portuguesa havia outras actividades ali ensaiadas e ensinadas,até folclore. Actualmente o Centro Português de Cultura funciona com classes de adultos a maior parte dos alunos são doutras comunidades interessados na nossa cultura, incluindo Australianos.

Desde 2005, a Escola de Lingua Portuguesa do Centro Português de Cultura funciona por intermédio do departamento Australiano VSL Victória School of Languages subsidiada pelo governo Australiano, recebendo do governo português apenas apoio na base de material didático incluindo livros. A Escola pussui uma Biblioteca ao dispor de todos, isto para

além doutras actividades, pois tem aulas de culária muito apreciadas pelas outras culturas e alunos.

Em 1984, foi criadora e a principal impulsionadora do Grupo Cultural e Folclórico “Sol de Portugal” INC, que era e é o orgulho dos portugueses na terra do canguru. As cantigas do Vira, do Malhão e outras deliciavam e ainda deliciam os portugueses que as ouviam com contida emoção. O Grupo Cultural e Folclórico Sol de Portugal é uma Associação com mais de 250 menbros e tem como objetivo manter a cultura portuguesa. Surge com regularidade com o folclore de Portugal nas festas populares e procura a vinda de artistas portugueses, além de outros eventos.

Os seus esforços para a promoção da Comunidade Portuguesa em Victória foram reconhecidos pelo governo de Victória em 2002 com a atribuição do prémio por Serviços Meritórios na Comunidade e Prestação de Serviços para a cidade de Victória Multicultural.

O Festival “Sabores de Portugal” que se realiza por volta do dia 10 de Junho de cada ano pela Comissão do CLP para comemorar o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades

Ana de Moura Cima Perira ao lado do marido Joaquim Gonçalves Pereira e do filho Dr Robert

Pereira

Secretário de Estado, Marco Perestrelo, mayor de Melbourne, Mrs Sudan Riley, embaixador de Portugal

na Austrália, dra Sofia, Consul geral, Dr. Lemos e ao lado os alunos da Escola do VSL

Secretário de Estado da Defesa Nacional entrega diploma a uma jovem descendente de barrosões.

Medalhas e diplomas entregues na grandiosa festividade do Dia de Portugal, de Camões e das

Comunidades Portuguesas.

Secretário de Estado da Defesa Nacional, Marco Perestrelo, com Alda Pereira Retre, filha de Ana

de Moura, presidente das Comunidades de Língua Portuguesa

Ana Cima Pereira com a Dra. Sudan Riley, presidente da Camara Municipal de Melbourne

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18 de Outubro de 201610 BarrosoNoticias de

Portuguesas é o ponto alto da comunidade. Nele contam com a presença das mais altas autoridades estatais e locais e ainda dum representante do governo português. Folclore de músicas portuguesas, brasileiras, angolanas e timorenses animam a grandiosa festa que na cerimónia oficial distingue aquelas pessoas que prestaram valiosos serviços à comunidade bem como todas as associações e clubes e outras organizações comunitárias.

De anotar que estas actividades culturais são subsidiadas pelo governo australiano e empresários portugueses locais, recebendo do governo português apenas apoio à base de material didáctico.

Devido ao seu dinamismo, Ana de Moura Cima foi eleita para Conselheira das Comunidades Portuguesas (CCP) que ocupou durante dois mandatos (12 anos). Conselheira por Austrália, Timor e Filipinas, Ana de Moura, durante esse tempo, cumpriu com o entusiasmo que se lhe conhece. Participou sempre nas reuniões programadas para se discutir os problemas com

que se debatem os emigrantes e nessa condição chegou a ser recebida pelo ex-presidente da República Portuguesa, Dr. Jorge Sampaio.

Segundo diz, com a consciência do dever cumprido, todos os seus pedidos por que se bateu foram atendidos e resolvidos a contento, entre outros, o envio de uma coordenadora do ensino da Língua Portuguesa enviada pelo Instituto de Camões a Dra. Susana Teixeira Pinto e um conselheiro para Timor.

Emigrantes portuguese na Austrália

A comunidade portuguesa na Austrália tem apenas 80.000 entes registados nos Consulados, o que é pouco num grande país com 23 milhões de habitantes. A distância que vai da Europa à Austrália poderá ser um obstáculo a ter em conta. A maioria dos portugueses australianos ocupa-se nas áreas da construção civil, restauração, saúde e textil, além doutras. No entanto, a maioria dos jovens abraçam carreiras académicas criando boas oportunidades de inserção no mundo do trabalho. E é muito respeitada pelos

australianos e pelos governos dos diferentes Estados. De anotar ainda que a Austrália é um dos paises mais ricos do mundo, de gente afável que gosta da comunidade portuguesa, “tecnologicamente avançada e industrializada, a Austrália é um próspero país multicultural e tem excelentes resultados em muitas comparações internacionais de desempenhos nacionais, tais como saúde, esperança de vida, qualidade de vida, desenvolvimento humano, educação pública, liberdade econômica, bem como a proteção de liberdades civis e direitos políticos. As cidades australianas também rotineiramente situam-se entre as mais altas do mundo em termos de habitabilidade, oferta cultural e qualidade de vida. A Austrália é o país com o segundo maior índice de desenvolvimento humano do mundo (IDH). É membro da Organização das Nações Unidas (ONU), G20, Comunidade das Nações, ANZUS, da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), bem como a Organização Mundial do Comércio (OMC) .

Carvalho de Moura

ANA DE MOURA CIMA GONÇALVES PEREIRA- UMA BARROSÃ QUE DÁ A VOLTA AO MUNDO A DIVULGAR A CULTURA PORTUGUESA

CARTÓRIO NOTARIAL DE VIEIRA DO MINHO

NOTÁRIA SUSANA SOUSA

CERTIFICO, para efeitos de publicação, que por escritura do dia nove de setembro dois mil e dezasseis, lavrada

a folhas noventa e oito do livro oitenta e dois -A, deste Cartório, que:

ANTÓNIO JOAQUIM DA SILVA CASTRO e mulher MARIA DOS ANJOS LOPES RUA CASTRO,

casados no regime da comunhão de geral, ambos naturais da freguesia de Sarraquinhos, concelho de Montalegre,

residentes na Rua Trás da Capela, nº 15, Antigo, da mesma freguesia de Sarraquinhos, contribuintes 133039790 e

131503316,

São donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem do seguinte imóvel:

- Prédio rústico composto de casa térrea para arrumos de alfaias agrícolas, sito no lugar de Trás do Santo ou

Eira do Barroso, freguesia de Sarraquinhos, concelho de Montalegre, com a área coberta de setenta e seis metros

quadrados, a confrontar de norte com eira do Barroso, sul e nascente com António Joaquim da Silva Castro e de

poente com Esperança dos Anjos Castro, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 8736 e na anterior sob o artigo

rústico 8334, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Montalegre.

Que este prédio adveio à posse dos justificantes em data que não podem precisar por volta do ano de 1995 por

compra meramente verbal a Agripino Vieira Lage e mulher Isabel gomes Lage, casados no regime da comunhão

de adquiridos, residentes no lugar de Antigo, da citada freguesia de Sarraquinhos, não sendo reduzida a escritura

pública.

Que, desde a referida data tem possuído o dito prédio em nome próprio e sem a menor oposição de quem

quer que seja, desde o seu início, posse que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente, à vista e com

conhecimento de toda a gente fazendo todas as obras de manutenção e reconstrução necessárias e em todos os

demais actos materiais de fruição, sendo, por isso, uma posse pacífica, porque exercida sem violência, contínua e

pública.

Como esta posse assim exercida o foi sempre de forma correspondente ao exercício do direito de propriedade,

acabaram por adquirir o prédio por usucapião, o que invocam para justificar o direito de propriedade para fins de

registo predial, dado que este modo de aquisição não pode ser comprovado extrajudicialmente de outra forma.

Declarações estas confirmadas por três testemunhas.

ESTÁ CONFORME O ORIGINAL

Vieira do Minho, nove de setembro de 2016

A Notária,

Fatura/registo nº1244/002/2016

Notícias de Barroso, n.º 502, 18 de Outubro de 2016

CARTÓRIO NOTARIAL DE VIEIRA DO MINHO

NOTÁRIA SUSANA SOUSA

CERTIFICO, para efeitos de publicação, que por escritura do dia nove de setembro dois mil e dezasseis, lavrada a folhas

cem do livro oitenta e dois -A, deste Cartório, que:

MIGUEL DE ALMEIDA MONTEIRO e mulher MARIA BEATRIZ FANFA RODRIGUES MONTEIRO, casados no

regime da comunhão de adquiridos, naturais ele da freguesia de Vila maior, concelho de S. Pedro do Sul e ela da freguesia de

Tourém, concelho de Montalegre, residentes na Rua Pedro Nunes, nº 12, 2º esquerdo, freguesia de Oeiras e S. João da Barra,

concelho de Oeiras contribuintes 142157120 e 142157139,

São donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem do seguinte imóvel:

- Prédio urbano composto por casa de rés-do-chão e primeiro andar, destinado a habitação, sito na Rua do Carvalho,

freguesia de Tourém, concelho de Montalegre, com a área coberta de trinta metros quadrados, a confrontar de norte com

Daniel Alves, sul, nascente e poente com rua pública, inscrito na atual matriz sob o artigo 126, não descrito na Conservatória

do Registo Predial de Montalegre.

Imóvel que veio à posse dos justificantes por volta de meados do ano de 1995 em consequência de compra meramente

verbal a José Alves Fanfa, viúvo, residente que foi em Orense, Espanha, não sendo reduzida contudo a escritura pública.

Que, desde essa data têm possuído o dito prédio em nome próprio e sem a menor oposição de quem quer que seja, desde

o seu inicio, posse que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente, à vista e com conhecimento de toda a gente

fazendo todas as obras de construção e reconstrução, e suportando todos os custos, bem como em todos os demais atos materiais

de fruição, pagando os respetivos impostos, sendo, por isso, uma posse pacífica, porque exercida sem violência, contínua e

pública. _____

Como esta posse assim exercida o foi sempre de forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, acabaram

por adquirir os prédios por usucapião, o que invocam para justificar o direito de propriedade para fins de registo predial, dado

que este modo de aquisição não pode ser comprovado extrajudicialmente de outra forma.

Declarações estas confirmadas por três testemunhas.

ESTÁ CONFORME O ORIGINAL.

Vieira do Minho, nove de setembro de 2016

A Notária,

Fatura/registo nº1245/002/2016

Notícias de Barroso, n.º 502, de 18 de Outubro de 2016

Continua da P9

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18 de Outubro de 2016 11BarrosoNoticias de

A Igreja Católica passou a ter mais uma santa oficial: San-ta Teresa de Calcutá. Mais uma intercessora e um exemplo do Evangelho que é apresentado à devoção do povo de Deus. Cos-tuma-se dizer que as palavras convencem, mas os testemu-nhos arrastam. Tem muito mais força um bom exemplo de vida do que rebuscada e espaventosa oratória, que se fica muito pelas boas intenções. Mesmo o nosso povo gosta de dizer que é preci-so dar os bons conselhos. Sem dúvida, mas quem os dá que os testemunhe com a sua vida. Co-loquemos os olhos e o coração no testemunho de S. Teresa de Calcutá. Também disse muitas coisas interessantes, mas fala so-bretudo pela sua prática e pela sua vida.

De etnia albanesa, nasceu na Macedónia, numa família ca-tólica. Depois de uma breve pas-sagem pela Irlanda, mudou-se para a India. Por lá ficou o resto

da sua vida, sendo primeiro pro-fessora, passando depois a viver nas zonas mais pobres da cidade de Calcutá, tocada por um ape-lo veemente de Deus a cuidar daqueles que não importavam nem interessavam a ninguém: os miseráveis, os abandonados, os doentes e deserdados. Cons-truiu hospitais, casas de repou-so, cozinhas, escolas, colónias de leprosos e orfanatos para to-dos estes necessitados. Morreu no dia 5 de setembro de 1997, com 87 anos. É considerada a grande missionária do século XX. Foi beatificada em 19 de ou-tubro de 2003, porque, nas pa-

lavras do Papa João Paulo II, foi um «Ícone do Bom Samaritano, ela ia a toda a parte para servir Cristo nos mais pobres entre os pobres». Em pleno pontificado do Papa Francisco, recebeu a ca-nonização no dia 4 de setembro de 2016. O Papa destacou que «Madre Teresa, ao longo de toda

a sua existência, foi uma dispen-sadora generosa da misericórdia divina, fazendo-se disponível a todos, através do acolhimento e da defesa da vida humana, dos nascituros e daqueles abando-nados e descartados. Compro-meteu-se na defesa da vida, proclamando incessantemente que «quem ainda não nasceu é o mais fraco, o menor, o mais miserável». Inclinou-se sobre as pessoas indefesas, deixadas moribundas à beira da estrada, reconhecendo a dignidade que Deus lhes dera; fez ouvir a sua voz aos poderosos da terra, para que reconhecessem a sua culpa

diante dos crimes ― diante dos crimes! ― da pobreza criada por eles mesmos». Ficou conhecida como a «santa das sarjetas» e também como «a serva ou santa dos pobres». Em 1950, fundou a congregação religiosa das Mis-sionárias da Caridade, espalhada já por muitos países. No dia 17

de outubro de 1979 recebeu o prémio nobel da paz.

A pobreza continua a ser fon-te de muitos santos e santas. Esta e outras canonizações da Igreja Católica não podem deixar de nos sobressaltar e de despertar em nós o desassossego, porque põem a nu a nossa incoerência, praticamos muito pouco os belos discursos que fazemos sobre os pobres e a pobreza, persistindo a indolência, o egoísmo, a in-diferença e a resignação, e não podemos deixar de constatar que fazemos muito pouco para atacar as causas que ainda conti-nuam a empurrar muitas pessoas para a valeta da vida, sendo con-denadas a viver uma vida sem o mínimo de dignidade.

Concluo com dois episódios da sua vida. Conta o Cardeal Ân-gelo Comastri: «A Madre Teresa olhou-me com dois olhos límpi-dos e penetrantes. E, logo de se-guida, perguntou-me: ‘Quantas horas reza por dia?’. Eu fiquei surpreendido com essa pergun-ta e tentei defender-me dizendo: ‘Madre, da senhora eu esperava um chamamento à caridade, um convite a amar mais os pobres. Por que me pergunta quantas horas eu rezo?’. A Madre Teresa agarrou as minhas mãos, aper-tou-as entre as dela, como que para me transmitir o que lhe ia no coração, e segredou-me: ‘Meu filho, sem Deus nós somos pobres demais para ajudar os po-bres! Lembre-se: eu sou apenas uma pobre mulher que reza. Re-

zando, Deus coloca o Seu amor no meu coração e assim eu pos-so amar os pobres. Rezando!»

Madre Teresa de Calcutá recebeu em Oslo, Noruega, em 1979, o Nobel da Paz. No re-gresso, passou por Roma, onde recebeu jornalistas, um dos quais lhe perguntou com uma pontinha de intriga: «Madre, a senhora tem setenta anos. Quan-do morrer, o mundo será como antes. O que mudou depois de tanto esforço?» Madre Teresa res-pondeu com um sorriso: «Nun-ca pensei que poderia mudar o mundo! Eu só tentei ser uma gota de água limpa em que pudesse brilhar o amor de Deus. Acha pouco?». O jornalista emude-ceu e Madre Teresa acrescentou: «Tente ser também uma gota limpa e, assim, seremos dois». «É casado?», insistiu Madre Teresa. «Sim, madre.». «Peça também à sua esposa, e assim seremos três. Tem filhos? «Três, madre». «Peça também aos seus filhos e assim seremos seis».

Já no fim da sua vida, sen-tenciou: «Se eu alguma vez vier a ser santa, serei com certeza uma santa da escuridão. Hei-de estar permanentemente fora do céu a iluminar os que na terra se encontram na escuridão». Na escuridão estão aqueles que fe-cham os olhos e gelam o cora-ção diante dos problemas e das necessidades dos muitos irmãos pobres que encontram pelo ca-minho da vida.

Santa Teresa de Calcutá

Pe Vítor Pereira

BOTICASRampa dita vencedor do Campeonato Nacional de Montanha

O Clube de Desportos Motorizados do Porto (DemoPorto), com o apoio da Câmara Municipal, organizou no passado fim de semana, dias 1 e 2 de outubro, a 1ª edição da Rampa de Boticas, que albergou a última e derradeira prova do Campeonato Nacional de Montanha Valvoline 2016 (CNM), onde foi conhecido o vencedor

da competição.O título de Campeão

Nacional foi conquistado por Pedro Salvador, que conseguiu garantir, com o seu Norma M20-FC, o triunfo absoluto no campeonato e na Categoria 1, com o tempo total de 3:54s925. Apesar de no primeiro dia ter terminado a prova em segundo lugar, o piloto flaviense não desistiu de alcançar o objetivo de se sagrar campeão em Boticas.

Pedro Salvador realçou a qualidade e segurança da pista.

“Achei um percurso fantástico, muito exigente e técnico. Sem dúvida alguma um traçado extraordinário que reúne todas as condições para ser uma das provas de referência a nível nacional”.

“O Município fez um trabalho excelente pois proporcionou a todos aqueles que se deslocaram a Boticas as melhores condições possíveis para um fim de semana de desporto automóvel de grande nível”, acrescentou o hexacampeão absoluto de Montanha.

Rui Ramalho, oponente direto de Pedro Salvador, não conseguiu ultrapassar o piloto flaviense ficando no segundo lugar com um tempo total de 3:57s346.

O terceiro e último lugar do pódio foi preenchido pelo irmão do vice-campeão, Paulo Ramalho, com o tempo de 4:13s388.

Nas restantes categorias 2, 3, 4, 5 e 6 os primeiros classificados foram José Correia (4:19s432), Manuel Correia (4:34s437), Luís Nunes (4:29s045), José Silvino Pires (4:46s532) e Martine Pereira (5:22s776), respetivamente.

Na Taça Nacional de Montanha, Leonel Brás venceu em Boticas, com o seu Citroen AX Sport e com o tempo total de 5:40s023. Por sua vez, Roberto Meira, segundo classificado, garantiu o título nesta competição.

Já a Taça Nacional de Clássicos de Montanha foi ganha por Domingos Fernandes, que

completou a prova num tempo total de 6:43s018, ao volante de um Autobianchi A112.

Por último, na prova Regional de Montanha o vencedor foi Luís Delgado, que ao volante de um Renault Clio RS conseguiu um registo de 2:25s193. Paulo Varge assegurou o segundo lugar com um tempo de 2:33s252, seguido de Arturo Cota, que ocupou a última posição do pódio, com a marca de 2:36s976.

Luís Delgado realçou que “esta rampa tem todas as características para receber uma prova internacional. Tem um bom parque de assistência, conseguiram tratar do asfalto que estava menos bem e tem uma zona para virar perfeita”, acrescentou o piloto flaviense.

O Presidente da Câmara Municipal, Fernando Queiroga, mostrou-se satisfeito com a realização da última prova do Campeonato Nacional de Montanha, em Boticas. “Foi com muito orgulho que Boticas recebeu uma prova dedicada aos desportos motorizados. Estou muito satisfeito pela rampa ter corrido tão bem, espero que no próximo ano a “Rampa de Boticas” tenha uma maior adesão de pilotos”, afirmou o autarca, manifestando o desejo de ter em Boticas uma prova internacional. “Espero que daqui a dois ou três anos o nome de Boticas esteja no panorama internacional dos desportos motorizados. Esse é um dos nossos objetivos”, realçou.

Por sua vez, um dos responsável do DemoPorto, Carlos Cruz, destacou a forma

exemplar como a autarquia botiquense colaborou na organização do evento. “A autarquia está de parabéns pela forma como cooperou connosco na realização da prova e pela bela forma como recebeu não só os pilotos e as suas equipas mas também as suas famílias e amigos”, disse Carlos Cruz.

Já Joaquim Teixeira, Presidente da Associação Portuguesa dos Pilotos de Automóveis de Montanha (APPAM) referiu que “a Rampa de Boticas superou todas as expectativas, principalmente a

nível de segurança. Esta é uma rampa muito bem conseguida e é de louvar o esforço que a Câmara fez porque está uma rampa muita segura, diria até que se não é a melhor é uma das mais seguras do país”. “Estão reunidas todas as condições para a Rampa de Boticas receber uma prova internacional”, destacou.

Enfim, foram dois dias dedicados inteiramente aos desportos motorizados, cheios de adrenalina e que satisfizeram as delícias das centenas de pessoas que se deslocaram à vila barrosã para assistir a esta prova.

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18 de Outubro de 201612 BarrosoNoticias de

O mesmo se passa com a Galiza que mesmo parecendo ensimesmada sobre si mesma, a sua alma reaparece, às vezes, em toda a sua pujança animada pela eclosão do vasto amplexo oceânico e pela seiva das suas raízes ancestrais.

Há largo tempo a esta parte, e pelas mais variadas razões, tinha projectado uma viagem à Galiza. Era um novo poema que ia ler no livro maravilhoso da paisagem galega. O ensejo surgiu inesperadamente, sem contar. Em boa hora e em inefável companhia o levei a bom termo.

Principiamos por visitar Santiago de Compostela, a capital do Apóstolo, ponto fulcral da viagem, cidade onde o passado vem ter connosco. O passado estava ali, e vivia em espírito, no seu âmbito medieval. Terceira cidade sagrada da Cristandade, depois de Roma e de Jerusalém. Este vetusto e venerável burgo de granito, de ruas tortuosas, em arcos, com o casario ora reentrante ora saliente, atrai-nos e comove-nos sempre, divino expoente da paisagem urbana galega!

Aqui chegados, dirigimo-nos sem delongas à praça do Obradoiro, vasto e imponente espaço, rodeado por quatro grandes edifícios: o palácio Rajoy; o colégio de S. Gerônimo; o Hospital Real, mandado edificar pelos reis católicos e

por fim a monumental catedral, de colossais contornos verticais da sua fachada, das suas torres altíssimas, com pináculos espetados no céu!

Infelizmente, a fachada e o nártex estavam vedados ao público em virtude das obras de restauro que estavam a decorrer, privando-nos assim, desta vez de espalmar a mão direita no mármore da coluna da virgem, do fuste central do Pórtico da Glória, apoteose do românico, renda de pedra que as mãos miraculosas de Mestre Mateo transfiguraram em renda de símbolos!

Cirandamos pelo interior da catedral, recolhidos e contemplativos, ao longo do deambulatório, por vezes soerguendo o olhar admirativo para a alta abóbada de berço, com o célebre incensário, botafumeiro, que se exibe por ocasião de certas solenidades, sulcando a abóbada majestosa, no seu vaivém ritual.

Tiene un santo CompostelaY el rey de los incensáriosQue de nave a nave vuela

Ao início da tarde abandonamos a cidade do apóstolo, a caminho da Corunha. A parte antiga da cidade está edificada num istmo arenoso que liga o continente à antiga ilha rochosa da torre de Hércules, em cujas costas as águas do Atlântico se misturam

com as do Cantábrico. Aquela franja esbranquiçada naquele panejamento azulado, são as praias de Riazor e de Orzán, a zona portuária situa-se do outro lado do istmo, abrigada dos rijos ventos marinhos.

O monumento mais ilustre da cidade é a torre de Hércules, figura no brasão da cidade, está situada no outeiro do promontório, rapado e maninho, varrido pelas ventanias do oceano. É nesta cidade que se nota, com mais profusão, as galerias e os balcões envidraçados nas fachadas dos edifícios. A avenida da Marinha, fronteira à doca, é, por exemplo um deslumbramento. Daí a urbe ser igualmente conhecida pela “cidade de cristal”. Admiramos os bonitos jardins da Rosaleda, de Méndez Núñez; divagamos ao longo da avenida da Marinha, vasta e ampla artéria que corre ao longo do porto, muito concorrida pelos corunheses sobretudo ao fim da tarde; embrenhamo-nos na buliçosa e comercial Rúa Real; admiramos a desafogada e harmoniosa praça María Pita, a heroína local. Por fim, percorremos de carro, uma boa parte do perímetro do panorâmico Passeo Maritimo, extensa marginal que flanqueia todo o extremo da península. Tanta coisa ficou por visitar e admirar!… Ficará para uma próxima oportunidade.

Bem cedo, no dia seguinte, fazemo-nos à estrada, direcção Bergantinhos, rústica região ladeada de pinheiros

e abundante em campos de milho, bem como em inúmeras igrejinhas românicas. Atravessamos o Carballo, continuamos o percurso tendo por destino a ria de Camarinhas, ampla reentrância cujas águas plácidas reflectiam as margens circundantes. Estamos em plena Costa da Morte, Muxia é um dos portos piscatórios mais pitorescos de toda a costa, aconchegada a uma elevação do terreno em forma de anfiteatro, debruçada sobre a ria, resguardando-se dos golpeantes ventos marítimos, torna-se a nossa próxima paragem, mais concretamente o célebre santuário da Virgem da Barca, um dos mais populares da Galiza, com a famosa pedra de abalar. O templo situa-se no extremo do promontório mesmo junto à rebentação, a acção das águas é incessante nestas velhas pedras, que vomitam espuma e ficam a babar-se pelos buracos puídos.

Nosa Señora da Barcaten o tellado de pedra,pudera telo de prata

miña Virxen! si quixera.(2)

Prosseguimos para sul em direcção ao cabo Finisterra, impressionante espigão que desafia altivamente o infindo oceano. Do horizonte do cabo corre e cintila a esplêndida estrada de sol! Muitos dos peregrinos, do célebre caminho de Santiago, só davam por concluída a sua devota romagem visitando o cabo Finisterra.

Imagino um pouco o assombro que se apoderou das legiões de Décimo Júnio Bruto, ao chegar às praias da Galiza, viram com religioso horror o pôr-do-sol no curvo horizonte do oceano. Chegavam aos confins do longínquo Ocidente: o Finisterra, o mistério através de uma orla marítima de graves promontórios graníticos, o lugar onde morria o sol!

Daqui descemos ao longo do litoral pela estrada marginal até Muros, entramos nas rias baixas. Tanta fermosura que vai deslizando ante nossos olhos deslumbrados, num misto de terra, mar, céu e sonho! A ressaca inunda com seus abraços brancos de espuma, rolo atrás de rolo, o pedregal da costa, entrecortado por apelativas faixas estreitas de praias de areia alva e fina. Contornamos a fascinante ria de Muros y Noia duma beleza indescritível. A nossa alma ficou indelevelmente enamorada do lugar!

Por último ,queria deixar expressa uma palavra de apreço e estima pela maneira como fomos tratados. Por toda a parte a que nos deslocamos e com quem contactamos, pudemos verificar a hospitalidade e a afabilidade daquelas gentes tão prazenteiras, que tão bem sabem receber!

(1) R. Otero Pedrayo, Ensaio Sobre

a Cultura Galega

(2) Rosalia de Castro

José Fernando Dias de Moura

Uma breve passagem pela Galiza“Não há coisas velhas nem novas, há apenas coisas vivas e

mortas, e não as determina a idade mas o sopro interior que as anima”. (1)

A Associação Vezeira organiza pela 6ª vez a jornada do Trilho do Medronheiro, em FAFIÃO, no próximo dia 5 de Novembro (Sábado), pelas 10,00 horas.

Este trilho é considerado de médio no que respeita ao seu grau de dificuldade, possuí apenas cerca de 9,5 Km de comprimento.

Os interessados vão ter uma oportunidade única de gozar das lindas paisagens do Gerês, fazendo uma caminhada pelo trilho usado pelos pastores. Oportunidade também para levar como recordação lindas fotografias e comer saborosos medronhos.

A Associação Vezeira fornece o lanche típico a meio do percurso.

“Faça parte desta iniciativa a troco de apenas 10 medronhos e traga um amigo” é o apelo que faz a organização do Trilho do Medronheiro!

O ponto de encontro será no ECOMUSEU – A VEZEIRA E A SERRA, em Fafião.

Os interessados em conhecer melhor o Gerês barrosão, devem remeter a sua inscrição para:

http://vezeira.pt/index.php?pagina=eventos

FAFIÃO

Trilho do MedronheiroCERTIFICADO

Certifico que no dia quinze de outubro de dois mil e dezasseis, perante mim, Notária, Leonor da Conceição Moura, com cartório sito na rua 25 de abril, 12-A, Refojos, Cabeceiras de Basto, foi outorgada uma escritura de JUSTIFICAÇÃO notarial, iniciada a folhas 68 do Livro 94- A, intervindo como justificantes:

Maria Lisete Pereira Gonçalves Barbosa NIF 175.894.418. e marido Aurélio José Barbosa NIF 134.564.871. casados sob o regime da comunhão de adquiridos, naturais ela da freguesia de Salto, concelho de Montalegre, e ele da freguesia de Ribeira de Pena (Salvador), concelho de Ribeira de Pena, e residentes na primeira na Rua de Bessadinhas, nº5.

Mais certifico que foi declarado o seguinte:Que são donos e legítimos possuidores, e com exclusão de outrem, dos seguintes prédios

sitos na freguesia de Salto, concelho de Montalegre: - Rústico – Cultura arvense denominado de “Labirada” com a área de quatro mil e

duzentos metros quadrados, sito no lugar de Amiar, a confrontar de norte, nascente e poente com caminho público e de sul com Camila Gonçalves Barbosa, omisso na conservatória, inscrito na matriz em nome da justificante sob o artigo 4179,omisso na antiga matriz, com o valor patrimonial e atribuído de € 360,00.

- Rústico – Cultura de sequeiro de centeio denominado de “Corga da Lã Branca” com a área de dez mil e setenta e oito metros quadrados, sito também no lugar de Amiar, a confrontar de norte com Camila Gonçalves Barbosa, e de sul, nascente e poente com caminho público, omisso na conservatória, inscrito na matriz em nome da justificante, sob o artigo 4180, omisso na antiga matriz, com o valor patrimonial e atribuído de € 720,00.

Que os justificantes, no ano de mil novecentos e noventa e três, adquiriram por compra verbal, já no estado de casados, a Amadeu Gonçalves Pereira, solteiro, maior, residente que foi no lugar de Codeçoso, freguesia de Venda Nova, concelho de Montalegre, e já falecido, os referidos prédios, tendo entrado nessa data na posse dos mesmos, mas não dispondo de qualquer título formal para os registar na conservatória, em seu nome.

No entanto, os justificantes passaram, desde essa data, a usufrui-los, limpando-os, vedando-os, plantando árvores, apanhando lenha, pagando os respetivos impostos e gozando todas utilidades por eles proporcionadas, com ânimo de quem exercita de direito próprio, de boa fé, por ignorar lesar direito alheio, pacificamente porque sem violência, continua e publicamente, com conhecimento de toda a gente e sem oposição de ninguém – e isto por lapso de tempo superior a vinte anos.

Que, dadas as enunciadas características de tal posse, os justificantes adquiriram aquele prédio, por usucapião - título esse que, por natureza, não é suscetível de ser comprovado pelos meios normais.

Cabeceiras de Basto, 15 de junho de dois mil e dezasseis.A NOTÁRIA,

(Leonor da Conceição Moura)Emitido recibo

Notícias de Barroso, n.º 502, de 18.10.2016

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18 de Outubro de 2016 13BarrosoNoticias de

Lita Moniz

As Eleições Municipais em 2016 no Brasil já se comportaram como uma prova de fogo entre os principais partidos políticos no Brasil.

Mostraram uma esquerda desacreditada pela corrupção. Um declínio de grandes proporções. O slogan “Lula Lá” mudou o lá. O lá agora é na cadeia, acaba de ser denunciado, de forma oficial, e será julgado em Curitiba. Caiu finalmente nas mãos do Juiz Sérgio Moro, o que Lula mais temia. Vamos ver como esta história se vai desenrolar, há sempre bons advogados a tramar uma reviravolta no caso.

O certo é que estas eleições mostraram claramente uma guinada para a Direita, mas não mais aquela direita, o povo desconfia, e tem mesmo que desconfiar.

A enorme desigualdade no Brasil tanto a nível social, como entre os estados brasileiros não permite grandes arroubos a ponto de derrubarem definitivamente o sistema cuja base é o clientelismo: uma relação política onde alguém recebe proteção em troca de apoio político.

O PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro), o maior do país, sempre se pautou por este lema, por isso a desconfiança do povo e uma certa rejeição ao governo do presidente Michel Temer, um dos líderes do PMDB, se justifica.

São claras as dificuldades do presidente para estabelecer uma base sólida no poder legislativo, Câmara dos Deputados e Senado.

O povo vê este governo como um teste, sem acreditar muito em grandes arroubos.

Enquanto isso o Brasil espera: espera por uma direita Ideológica, capaz de trocar o clientelismo, que é um caminho para a corrupção se instalar, por um governo mais centrado numa política ideológica.

O PSDB ( Partido da Social

Democracia Brasileira) tem na origem os ingredientes mais próximos dessa democracia ideológica, e nestas eleições cresceu bastante, mas não o suficiente para enfrentar um PMDB forte .

O certo é que da mesma

forma que a crise um dia será menor, se reequilibrará, também o partido de esquerda, agora totalmente desacreditado, desmoralizado, o grande perdedor destas eleições, um dia se levantará, se recuperar , sairá deste atoleiro político.

Novos líderes, novos partidos conseguirão se livrar desta mancha da corrupção, emergirão na esquerda. O próprio Lula já admite isto, só que estes novos líderes vão querer distância deste PT corrupto, nem dele vão querer

ouvir falar.Para concorrer com esta

nova esquerda, surgirão novos líderes, com novas propostas, um partido de direita longe do clientelismo, um centro político muito mais ideológico voltado realmente para as questões sociais que afligem

e entravam o progresso do Brasil. Um partido de direita com programas sociais bem definidos. Um partido que não atribua aos pobres a culpa por sua pobreza. Que cuidará de suas crianças, desde a mais tenra infância, oferecendo-lhes oportunidades iguais para desenvolverem as aptidões necessárias à formação da criança. Zelará por seus jovens proporcionando a todos um ensino básico, médio e universitário gratuitos e com qualidade, que os prepare para serem profissionais qualificados realmente. Que ofereça ao povo brasileiro um sistema de saúde com qualidade, com médicos bem remunerados e hospitais bem equipados e preparados para cuidarem do seu povo doente e carente de um atendimento médico mais eficiente. Que seja capaz de implantar reformas políticas associadas ao progresso, à geração de empregos. Que fortaleça mais e mais o poder judiciário para coibir abusos de todas as ordens, a começar por tornar a corrupção, o cancro do Brasil, mais arriscado, menos comum.

Quem subiu, quem desceu nas eleições municipais do Brasil

Aproximam-se as eleições para eleger o póximo presidente dos Estados Unidos da América, assim como para outros cargos politicos que serão realizadas a 8 de Novembro de 2016.

Desde que emigrei para este país há 50 anos, nunca vi tanta confusão e falta de respeito na politica. Os candidatos focam-se demasiado em ataques pessoais, gastam muito dinheiro em publicidade e confundem os votantes com algumas verdades e muitas mentiras.

Quando cheguei a esta grande e boa nação, fui trabalhar numa fábrica. Em 1968 houve eleições

presidenciais, estando eu empregado na Heim Universal, de Fairfield, e na fase de aprendizagem da lingua inglesa e da politica americana, com o meu fraco inglês perguntei ao meu encarregado qual era a diferença entre o partido republicano e o democrático. Ele respondeu: a maior diferença é que o partido democrático ajuda mais os trabalhadores.

Mais tarde, cerca de 1976, eu estava estabelecido com uma loja de vender bebidas alcoólicas a retalho (Liquor Store), e um dia entraram ali dois senhores de pasta na mão para falar comigo. Eram da organização de comerciantes (Bridgeport Business Regional Council). Começaram por me dizer que seria uma boa ideia eu fazer parte desta organização para ajudar no apoio aos comerciantes e a lutar contra os sindicatos dos trabalhadores. Eu, na altura, trabalhava na fábrica Bic Pen, em Milford, das 4 da tarde à meia noite, onde era membro do sindicato dos empregados. Fui sincero e dei-lhes a saber.

Eles pediram desculpa e foram embora.

Em 1985 estabeleci-me, com mais quatro sócios, com a firma imobiliária Nova Realty.

Passado pouco tempo, a tal organização de comerciantes voltou a dirigir-se a mim a perguntar se queria ser membro e beneficiar de a minha firma se tornar mais conhecida na comunidade e com a possibilidade de fazer mais negócio. Aceitei a sugestão, fiz a minha firma membra e resultou. Nos anos de 1990 chegou a ser a maior em vendas na cidade de Bridgeport.

Quero eu dizer com isto que há lugar para diferentes situações. Dependendo da ocupação de cada um, patrão ou empregado, cada qual tem

direito a defender os seus interesses, logo que sejam defendidos honestamente, com respeito, e dentro das leis existentes. Por estes motivos e outros, é importante votar.

Votem nos candidatos que acham que defendem melhor os vossos interesses, mas votem, porque é importante. Para votar é necessário ser cidadão americano, por nascimento ou por naturalização, e estar

registado num dos partidos, ou como independente.

Os candidatos a presidente dos Estados Unidos nas eleições de 2016, são Donald Trump, pelo partido republicano, Hillary Clinton, pelo partido democrático, Gary Jonhson, pelo partido libertador, e Jill Stein, pelo partido verde.

Durante os últimos 50 anos, os republicanos govenaram durante 28 anos e os democráticos 22 anos. Ambos os partidos contibuiram para a grande divida de 20 triliões de dólares que este país tem, principalmente através dos programas sociais e das guerras. Outro grand e erro cometido foi dar demasiada liberdade às grandes firmas comerciais para mudarem ou abrirem fábricas noutros países onde a mão de obra é mais barata, e autorizando o ingresso dos produtos fabricados ou importados, pelas grandes firmas americanas e internacionais, com impostos baixos de importação.

DOS ESTADOS UNIDOS, Bridgeport, CT

Eleições nos Estados Unidos da América

Domingos Dias

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18 de Outubro de 201614 BarrosoNoticias de

Casamento combinado

Eu disse ao meu sobrinho: “Você casaria com a “garota” que eu escolher ?”

Ele disse: “NÃO, Ó TIO isso era noutros tempos!”

Então eu disse-lhe: “Olha que ela é filha do Bill Gates !”

Então ele respondeu prontamente: “Nesse caso, claro que SIM !”

Então eu liguei para o Bill Gates e disse-lhe: “Quero casar o meu sobrinho com a sua Filha!”

O Bill Gates disse: “NÃO, VÁ PASSEAR!”

Então eu disse-lhe: “Olhe que ele é Director do Banco Mundial!”

O Bill Gates respondeu prontamente: “Nesse caso, “SIM!”

Então eu liguei para o Presidente do Banco Mundial e disse-lhe: “Quero que você nomeie o meu sobrinho, Diretor do seu Banco”!

Ele disse: “NÃO, NÂO!”Então eu disse-lhe: “Olhe

que ele é genro do Bill Gates!”Então o Presidente do

Banco Mundial respondeu: “Ok, ok. ok. Vou já arranjar-

lhe um “gabinete” e ele toma posse no princípio da próxima semana !”

Moral da História: dizem que é exactamente assim que funciona a política.

Arthur Davidson no Juizo Final

O inventor da moto Harley-Davidson, Arthur Davidson, morreu e foi para o céu. Ao chegar lá, São Pedro disse-lhe: - Meu filho, foste um bom homem e as tuas motos mudaram o mundo, podes fazer um pedido: Arthur pensou um pouco e disse:

Quero encontrar-me com Deus! São Pedro levou Artur até à sala do trono e apresentou-o a Deus. Deus reconheceu Arthur e disse-lhe:

Então inventaste a Harley-Davidson? Arthur respondeu: - É verdade, fui eu... e Deus comentou assim:

Não foi uma boa invenção... É um veículo instável, barulhento e poluidor, de manutenção complicada, alto consumo...

Arthur ficou aborrecido

com o comentário e retrucou: Desculpe-me, mas não

foi o senhor que inventou a mulher?

Sim, fui eu! - Responde Deus.

Bem, aqui entre nós, de profissional para profissional, você também não foi nada feliz na sua invenção! Há muita inconsistência na suspensão dianteira, é muito barulhenta e tagarela em altas velocidades. Na maioria dos casos, a suspensão traseira é muito macia e vibra

demais, a área de lazer está localizada perto demais da área de reciclagem e os custos de manutenção são exorbitantes.

Deus refletiu e respondeu: Sim, é verdade que o

meu invento tem defeitos, mas de acordo com os dados que levantei, há muitos mais homens montados na minha invenção do que na tua.

JOÃOZINHO na FACULDADE

O professor está almoçando no restaurante de uma Universidade. Chega o

Joãozinho com sua bandeja e se senta ao seu lado.

O professor diz:- “Um porco e um pássaro

não se sentam juntos para comer.”

O Joãozinho responde:- Pois então, eu saio

voando e troco de mesa.O professor, “roxo”

de raiva, decide vingar-se na próxima prova, mas o Joãozinho responde a todas as perguntas brilhantemente.

Então o professor lhe faz a seguinte pergunta:

- “Você está caminhando pela rua e encontra uma bolsa, dentro está a sabedoria e muito dinheiro,

Qual dos dois você pega?”E o Joãozinho responde

sem titubear: - “O dinheiro.”E o professor lhe diz:-”Eu, em seu lugar, teria

agarrado a sabedoria. O que acha?”

-”Cada um pega o que não tem.” responde Joãozinho.

O professor, já histérico, escreve em uma folha da prova:

“Idiota” e a devolve ao Joãozinho.

Joãozinho pega a folha e

se senta. Depois de alguns minutos

se dirige ao professor e diz:-”O senhor assinou minha

prova, mas não me deu a nota”

O Alentejano e Jesus Cristo

Maria Madalena estava para ser apedrejada quando Jesus resolveu interceder em seu favor diante da multidão que ali estava. Jesus disse:

- Quem nunca errou, que atire a primeira pedra.

Um alentejano, naturalmente presente em todos os lugares e épocas, empolgou-se, pegou num tijolo e acertou na testa de Maria Madalena que caiu redonda.

Jesus, muito entristecido, foi em direcção ao “alentejano”, olhou-o bem nos olhos, e perguntou:

- Meu filho, diz-me a verdade, tu nunca erraste na tua vida?

O alentejano respondeu:- Mestre..., desta distância,

nunca!

ATÃO BÁ!

SOS – Número nacional 112Protecção à Floresta 117Protecção Civil 118Câmara Municipal de Boticas 276 410 200Câmara Municipal de Montalegre 276 510 200Junta de Freguesia de Boticas 276 410 200Junta de Freguesia de Montalegre 276 512 831Junta de Freguesia de Salto 253 750 082Bombeiros Voluntários de Boticas 276 415 291Bombeiros Voluntários de Montalegre 276 512 301Bombeiros Voluntários de Salto 253 659 444GNR de Boticas 276 510 540 GNR de Montalegre 276 510 300GNR de Venda Nova 253 659 490 Centro de Saúde de Boticas 276 410 140 Centro de Saúde de Montalegre 276 510 160Extensão de Saúde de Cabril 253 652 152Extensão de Saúde de Covelães 276 536 164Extensão de saúde de Ferral 253 659 419Extensão de Saúde de Salto 253 659 283Extensão de Saúde de Solveira 276 536 183Extensão de Saúde de Tourém 276 579 163Extensão de Saúde de Venda Nova 253 659 243Extensão de saúde de Viade de Baixo 276 556 130Extensão de saúde de Vilar de Perdizes 276 536 169Hospital Distrital de Chaves 276 300 900

Agrupamento de Escolas G. M. de Boticas 276 415 245Agrupamento de Escolas de Montalegre 276 510 240Agrupamento de Escolas do Baixo Barroso 253 659 000Escola Profissional de Chaves 276 340 420Centro de Formação Profissional de Chaves 276 340 290Tribunal Judicial de Boticas 276 510 520Tribunal Judicial de Montalegre 276 090 000Instituto de Emprego de Chaves 276 340 330Região de Turismo do Alto Tâmega e Barroso 276 340 660ADRAT (Chaves) 276 340 920ACISAT (Chaves) 276 332 579Direcção Regional de Agricultura (Chaves) 276 334 359EDP – Electricidade de Portugal 276 333 225Cruz Vermelha Portuguesa Boticas 276 410 200Cruz Vermelha Portuguesa Montalegre 276 518 050APAV – Apoio à Vítima 707 200 077SOS – Criança 800 202 651SOS – Grávidas 800 201 139SOS – Deixe de Fumar 808 208 888SOS – Voz Amiga 800 202 669Linha SIDA 800 266 666Intoxicações 808 250 143NOTÍCIAS DE BARROSO 91 4521 740NOTÍCIAS DE BARROSO 276 512 285Conservatória dos Registos Civil, Predial e Cartório Notarial de Montalegre 276 512 442

Informações úteis

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18 de Outubro de 2016 15BarrosoNoticias de

BarrosoNoticias de

Sede: Rua Miguel Torga, nº 492 5470-211 Montalegre Tel: +351 276 512 285 e 91 452 1740 email: [email protected]: José António Carvalho de Moura, Contribuinte nº 131 503 324, Rua Miguel Torga, nº 492 5470-211 Montalegre Tels: +351 276 512 285 e 91 452 1740 FAX: +351 276 512 281 Email: [email protected]

Editor: Nuno Moura, Rua Miguel Torga, nº 492 5470-211 Montalegre, email: [email protected]: Maria de Lourdes Afonso Fernandes Moura

Paginação e composição: [email protected], Rua Miguel Torga, 492 5470-211 MontalegreRegisto no ICS: 108495

Impressão: Empresa Diário do Minho, Lda Rua de Santa Margarida, 4 A, 4710-306 Braga email: [email protected] http://www.diariodominho.pt

Colaboradores: António Chaves, António Pereira Alves, Barroso da Fonte, Carlos Branco, Custódio Montes, Dias Vieira, Domingos Cabeças (Inglaterra), Domingos Dias (USA), Duarte Gonçalves, Fernando Moura, Fernando Rosa (USA), João Soares Tavares, José dos Reis Moura, José Manuel Vaz, José João Moura, Lita Moniz (Brasil), João Adegas, José Duarte (França), José Rodrigues (USA), Lobo Sentado, Domingos Chaves, José Fernando Moura, José Manuel Rodriguez,

Manuel Machado, Maria José Afonso, Norberto Moura, Nuno Carvalho, Ricardo Moura e Victor Pereira

Assinaturas: Nacionais: 20,00 € Estrangeiros: 35,00 €

Tiragem: 2.000 exemplares por edição

(Os artigos assinados são da inteira responsabilidade dos seus autores não vinculando necessariamente a orientação do jornal ou da sua direcção)

FUTEBOL

CAMPEONATO DE PORTUGAL PRIO

Série A - 6.ª jornada, 09.10.2016

Montalegre 1 União Torcatense 2

Jogo no Estádio Dr. Diogo Vaz Pereira, de Montalegre. O Montalegre alinhou com: Riça; Igor (Tiago Gomes 86), Álvaro Branco, Zé Luís e Zack; Dhida (Aliu 70), João Fernandes, Nené, Hugo Silva (Gabi 66), Baba e Paulo Roberto.

Golos: Aliu 90+1)

O Torcatense confirmou o bom momento de forma e o Montalegre continua a falhar no ataque e na defesa.

Ao intervalo registava-se um nulo. O Montalegre na etapa complementar voltou a dispor de três oportunidades de golo mas sem sucesso. O Montalegre continuou a trabalhar bem mas esta formação está com dificuldades em marcar golos.

O Torcatense jogou na expectativa e a lançar bolas nas costas da defesa transmontana que estava a meio da etapa complementar muito subida terreno de jogo. Aos 84 minutos o Torcatense abre o marcador num cruzamento da direita e finalização perfeita de Costinha. O Montalegre empata o jogo por Aliu, num golpe de cabeça do excelente avançado emprestado pelo Chaves. Os barrosões queriam mais e subiram no campo em busca do triunfo, mais inteligente e matreira a equipa

do Torcatense é que chega ao segundo golo por intermédio do avançado Pedro Rui…

O Montalegre merecia mais… Boa arbitragem!

CAMPEONATO DISTRITAL DA AF VILA REAL

Divisão Honra, Jornada 6, no Campo Pe Manuel José Jorge, de Salto

SALTO 2 Mondinense 5

GD de SALTO alinhou: Pedro; Renato, Salvador, Giga e Romeu; Cléusio (Júnior 66), Fábio (Andri 70), Ramos, Djaló, PP (Leandro 45) e Gustavo.

Treinador: Fernando PiresGolos: Ramos e Djaló

Mondinense goleia em Salto

O Mondinense decidiu o jogo ainda na primeira parte com cinco golos, três dos quais apontados pelo experiente Zé Henrique, a grande figura do jogo.

Porém a equipa barrosã empata num lance desenhado com régua e esquadro, a jogada é iniciada por Gustavo que cruza bem para Ramos marcar. O jogo entra numa toada de equilíbrio, mas depois o Mondinense volta a ser mais capaz, determinado e agressivo. E marca com grande facilidade aos 22 minutos por remate de Pedro e auto-golo de Salvador. A fechar a primeira parte o Mondinense eleva para 1-5. Muitos erros defensivos do

Salto custarem cinco golos.Na etapa complementar,

o Mondinense surge a gerir o encontro, já a equipa da casa tenta assumir as despesas da partida e reduzir a goleada. Fábio está perto do golo no reatar e depois nem Cléusio nem Leandro conseguem furar as redes de César. Júnior atira à barra do Mondinense e o Mondinense também dispara ao ferro da baliza de Pedro, agora as equipas estavam empatadas em bolas no ferro, com um empate a dois.

A equipa Saltense tanto tentou o golo na etapa complementar que chega numa grande penalidade convertida por Djaló a punir falta sobre Giga.

A vitória do Mondinense é justa. As duas equipas terão de melhorar em termos defensivos.

Nuno Carvalho c/redacção

FUTEBOL FEMININO

Sábado, dia 15, as guerreiras de Vilar de Perdizes vão defrontar a equipa de Santa Marta de Penaguião. É no sábdo, dia 15, pelas 20.00 horas, no Pavilhão Gimnodesportivo de Montalegre.

BTT

“Transcávado BTT-GPS” terminou em Montalegre

Pela primeira vez realizou-se a edição TRANSCÁVADO BTT-GPS 2016 <http://

transcavado.com/> que percorreu as margens do rio Cávado. O início começou na foz, Esposende, com passagens por Barcelos, Braga, Vila Verde, Amares e Terras de Bouro. Terminou no concelho de Montalegre onde reside a nascente. O percurso passou por várias aldeias do município com chegada ao parque de lazer Fernando Rodrigues. A competição integrou duas provas, uma das quais o Slow Race, a percorrer em duas etapas em linha (Esposende-Terras de Bouro e Terras de Bouro-Montalegre), numa vertente de lazer. A “Race” realizou-se numa só etapa (Esposende-Montalegre), com uma vocação mais competitiva. A

participar, entre outros, esteve Joana Monteiro, campeã nacional de BTT, e o campeão

mundial de canoagem João Ribeiro, que fez dupla com o campeão nacional de BTT sub 23 e o atleta da seleção nacional, José Dias. O Clube de Ciclismo de Montalegre esteve representado por três atletas.

Em nome da organização, António Losa, presidente da empresa municipal Esposende 2000, fez balanço positivo do evento: «estamos muito satisfeitos, os participantes adoraram os trilhos, a natureza e a beleza das paisagens. É muito gratificante ouvir tantos elogios». Para o próximo ano fica a possibilidade de uma realização idêntica mas no sentido inverso, com partida em Montalegre.

MUNDIAL RALLYCROSS - CALENDÁRIO 2017

(Montalegre - 21 a 23 abril)

Foi tornado público o calendário do próximo Campeonato do Mundo de Rallycross. Desta vez, o circuito internacional de Montalegre acolhe a segunda prova, no terceiro fim de semana de abril, de 21 a 23 de Abril.

As datas serão contudo confirmadas oficialmente pela FIA em dezembro.

DESPORTO

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Está logo aí a FEIRA DOS SANTOS de Chaves, a maior realização cultural de Trás-os.Montes e um dos maiores eventos da região norte do país.

São 4 dias – 29, 30, 31 de Outubro e 1 de Novembro – de realizações festivas que vão de encontro aos anseios não só dos flavienses mas também dos transmontanos e galegos que, em grande número, tal como é de secular tradição, acorrem à cidade de Trajano.

A Feira dos Santos é uma grandiosa festa popular cuja data da sua realização era e ainda é ansiosamente esperada por toda a gente para se ver as novidades, para fazer compras e celebrar contratos, ultimar negócios e encontrar amigos.

A Feira dos Santos, nos últimos anos, tem vindo a mostrar-se mais apetecida pelos expositores e Chaves é visitada por mais de uma centena de milhar de pessoas. É também um certame com representação de atividades económicas, como o vestuário e o calçado, o artesanato nacional e internacional, as antiguidades,

os produtos agrícolas, vinhos, a gastronomia e um vasto leque de diversões.

Mas a Feira dos Santos não é tão só uma feira de atividades, pois mantém uma tradição antiga e tenta ser forte nas atividades lúdicas como a tradicional “Chega de bois”, os concursos de gado, música e arraial popular.

Do programa, recheado de actividades culturais, destacam-se os seguintes números:

Dia 29 é a ABERTURA DA FEIRA. Logo pelas 10.00 horas, há um colóquio no auditório Eng.º Luís Coutinho sobre «A arte do vinho & O vinho da arte». Às 14.00 horas é a abertura da Feira Sabores de Chaves – Pavilhão do Vinho, no Pavilhão Expo Flavia. A partir das 15.00 horas no Largo General Silveira e no Pavilhão Expo Flavia animação com Arruadas, Ranchos Folclóricos e o projecto Enraizarte e Ensemble da Academia de Artes de Chaves.

Pelas 17.00 horas, é a sessão solene de abertura da Feira dos

SANTOS 2016 a que se segue Prova de Vinhos comentada (18.00 horas) e à noite o Teatro Experimental Flaviense apresenta o “Atirei com o gato ao pau- Especial Halloween” a anteceder o “Concerto Cyclone” no Largo General Silveira.

Dia 30, dia dos SABORES DE CHAVES, preenchido com arruadas de bombos, gigantones, cabeçudos e danças e cantares regionais e ranchos folclóricos.

Dia 31, dia maior da FEIRA DOS SANTOS, é o dia da FEIRA DO GADO que começa logo às 8.30 horas a que se segue, pelas 10.00 horas, o 14.º Concurso Nacional Pecuário (Feira do Prémio), o 3.º Concurso concelhio de raça bísara, 1.º Concurso Concelhio

de Ovinos de raça Churra Galega Bragançana, no Forte de S. Neutel e ainda o 4.º Concurso de Cão de Gado Transmontano, no Pavilhão Multiusos.

Pelas 12.00 horas será o

Festival Gastronómico do Polvo e às 15.00 horas, Chega de Bois, realização dos Bombeiros de Salvação Pública. Daí em diate lugar para as Arruadas, diversos grupos em que pontifica a Enraizarte Ensemble da Academia das Artes de Chaves.

Pelas 22.00 horas, Quim Barreiros sobe ao palco do Largo General Silveira com o seu reportório de músicas populares. E finalmente os SANTOS DA NOITE para cabar o dia em beleza.

Dia 1 de Novembro, DIA DE TODOS OS SANTOS, a animação de novo com arruadas de charangas, gigantones e cabeçudos do TEF e grupo «Amigos de Chaves», ranchos folclóricos e provas de vinhos.

De resto, todos os dias há para ver Exposições fotográficas, no Pavilhão Expo Flavia e “Feira dos Santos – Raças autóctones” na Adega do Faustino, Stock Out-o comércio sai à rua e os Sabores de Chaves, no Pavilhão do Vinho.

CM

A FEIRA DOS SANTOS de Chaves