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BATE CORAÇÃO: PREVENINDO FATORES DE RISCO

Gaetana Caporusso1

Célia Regina de Godoy Gomes2

RESUMO

Este artigo teve como objetivo geral identificar os fatores de risco cardiovascular, conhecer e avaliar os hábitos alimentares dos adolescentes que predispõe à obesidade. Tendo como objetivos específicos detectar o uso do tabagismo e o sedentarismo como auxiliares nas alterações físicas. A pesquisa foi realizada com 114 estudantes de ambos os sexos do 2º ano do ensino médio, matutino, do Instituto de Educação Estadual de Maringá - Pr., no ano de 2011 e os alunos foram informados sobre os objetivos do estudo. Os dados foram determinados por meio de um questionário. A análise foi descritiva e demonstrada por meio de frequência absoluta e relativa. No estudo realizado constatou-se que apesar dos adolescentes não manterem uma dieta equilibrada, a maioria deles encontram-se em um peso ideal para sua altura e idade, dados constatados através do cálculo do IMC. Conclui-se que apesar dos valores antropométricos encontrados estarem próximos do ideal, faz-se necessária uma maior conscientização dos adolescentes para uma melhoria nos hábitos alimentares e de realização de exercícios físicos no intuito de evitar o aumento das doenças relacionadas aos distúrbios no peso corporal.

Palavras chave: Adolescência; hábito alimentar; obesidade; tabagismo; sedentarismo.

ABSTRACT

This article had as its overall objective to know and evaluate the dietary habits of teenagers that predispose to obesity. Having specific aims to detect the use of smoking and a sedentary lifestyle as helpers in the physical changes. The survey was conducted with 114 students of both sexes of the 2nd year of high school, morning, of the Institute of Education Estadual de Maringá-Pr, in the year 2011 and students were informed about the objectives of the study. The data were determined by means of a questionnaire. The descriptivel analysis was demonstrated by means of percentages. In the study it was found that despite the teenagers do not maintain a balanced diet, most of them are at an ideal weight for your height and age, data recorded by calculating the BMI. It is concluded that despite the anthropometric values are found close to the ideal, it is necessary a greater awareness of teenagers for an improvement in eating habits and physical exercises in order to avoid the increase in diseases related to disorders in body weight.

1 Pós-Graduada em Biologia Celular e Psicopedagogia pela Universidade Estadual de Maringá. Graduada em

Biologia – UEM. Professora do Instituto Estadual de Educação de Maringá e Colégio Estadual Theobaldo Miranda Santos – Maringá-Pr. 2 Doutorada em Ciências Morfofuncionais pela Universidade de São Paulo. Professor Adjunto da Universidade

Estadual de Maringá

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Keywords: Adolescence; feeding habits; obesity; smoking; sedentary lifestyle.

INTRODUÇÃO

O ser humano, ao longo dos últimos anos modificou seus costumes, hábitos e

também as atividades físicas e junto com estas atitudes passou a comprometer a

saúde, principalmente por doenças provenientes destas modificações de

comportamento.

Uma das conseqüências destas mudanças é a obesidade que é uma

enfermidade considerada crônica e que vem acompanhada de múltiplas

complicações, caracterizada pela acumulação excessiva de gordura segundo o

Consenso Latino Americano em Obesidade (COUTINHO, 1998).

Segundo Francischi et al. (2000) a obesidade pode ser definida como

excesso de gordura corporal, regionalizada ou generalizada, em relação à

quantidade de massa magra existente. O sobrepeso, que antecede a obesidade,

ocorre quando há excesso de peso em relação ao peso ideal. Ë considerada como

uma enfermidade multicausal que pode ser conseqüência de diversos fatores

genéticos, fisiológicos (endócrinos metabólicos), ambientais (prática alimentar e

atividade física) e psicológicos, proporcionando o acúmulo excessivo de energia sob

a forma de gordura no organismo (YADAV et al., 2000; WHO 2000; WHO 2004).

Levando em consideração a movimentação da mudança de hábitos em

relação à alimentação a OMS (2004) nos alerta para que o fato do número de

desnutridos do planeta foi considerado inferior ao número de obesos que marcam o

valor de um bilhão de adultos com excesso de peso em que 300 milhões são

considerados como clinicamente obesos.

Para orientar a análise da escolha de alimentos consumidos e a obtenção

de nutrientes necessários à manutenção de peso e conseqüente ingestão adequada

de calorias embasamo-nos na consulta da Pirâmide Alimentar adaptada na qual

podemos observar que os alimentos são agrupados em quatro níveis e distribuídos

em oito grandes grupos de produtos (PHILIPPI, 1999).

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Mundialmente a questão da obesidade infantil está preocupando as

autoridades, pois tomou proporções preocupantes principalmente pela qualidade de

vida.

As altas taxas da prevalência de obesidade na infância vêm preocupando profissionais da área da saúde, por esse motivo estão sendo feitas pesquisas a respeito da prevenção, causas e tratamentos. Foi no início dos anos noventa que a Organização Mundial da Saúde começou a soar o alarme, depois que uma estimativa de que 18 milhões de crianças em todo o mundo, menores de 5 anos, foram classificadas como tendo sobrepeso, (SOARES; PETROSKI, 2003).

No Brasil segundo Monteiro et al. (2004 apud MARCHI-ALVES et al., 2011) a

exemplo das estatísticas mundiais indicam que 40% da população adulta são

consideradas com excesso de peso e este fenômeno também pode ser observado

nas últimas décadas em adolescentes, tanto nos países desenvolvidos como

naqueles em desenvolvimento levando a intensificar o sistema público de saúde

(Batch ; Baur (2005 apud, MARCHI-ALVES et al., 2011).

A preocupação em relação à obesidade também foi evidenciada por Marchi-

Alves et al., (2011) como um problema de saúde publica em todos os países e em

todas as camadas sociais e de caráter de transição epidemiológica, de um cenário

de desnutrição para um quadro de sobrepeso e obesidade.

Em estudo realizado por Freedman et al., (2001), correlacionaram-se a

obesidade infantil com os fatores de risco para desenvolver problemas coronarianos

na vida adulta. O resultado encontrado foi que 70% das crianças obesas tornaram-

se adultos obesos. A obesidade infantil foi relacionada com diversos níveis de risco

para os adultos, mas a associação para o risco coronariano foi fraca, entretanto os

autores consideraram que é muito importante que se inicie a prevenção desde a

infância.

Wright et al., (2001) verificaram que as implicações da obesidade infantil

influenciavam na saúde dos adultos. Os resultados apresentados foram que apenas

as crianças que permaneceram obesas até os treze anos, mostram risco aumentado

de obesidade para a vida adulta. A conclusão foi que ser uma criança com peso

saudável não oferece nenhuma propensão de se tornar um adulto obeso.

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O estudo elaborado por Silva et al., (2005), afirmam que cerca de

aproximadamente 80% dos portadores de doença arterial coronariana apresentam

fatores de risco convencionais ou clássicos, representados por hipertensão arterial

sistêmica, tabagismo, hipercolesterolemia, diabete mellitus, idade avançada, sexo

masculino e antecedentes familiares, sendo acrescentados o sedentarismo, estresse

emocional e obesidade. Corrobora com esta visão Ribeiro et al., (2006) que

descrevem em estudos uma redução nas prevalências da desnutrição e um

predomínio do excesso de peso em crianças e adolescentes, com taxas

significativas de incremento anual do excesso peso.

Essas recentes e profundas alterações nos hábitos de vida, segundo Ribeiro

et al., (2006) no que se refere a uma dieta com consumo excessivo de alimentos

ricos em gordura saturada e bebidas hipercalóricas somadas aos baixos níveis de

atividades físicas, determinaram uma pandemia de sobrepeso e obesidade, e suas

consequentes comorbidades, as doenças cardiovasculares isquêmicas e o diabete

mellitus não-insulino dependente. Jardim et al. (2007) em uma pesquisa sobre a

hipertensão arterial e alguns fatores de risco completam que a mudança nas

quantidades de alimentos ingeridos e a própria composição da dieta, provocaram

nos indivíduos que participaram da pesquisa alterações significativas do peso

corporal e distribuição da gordura com aumento progressivo da prevalência de

sobrepeso ou obesidade da população, contribuindo para isso a baixa freqüência à

prática de atividade física.

Segundo Chiara; Sichieri (2001) são múltiplos os fatores de risco para as

doenças cardiovasculares, atuando independente ou conjuntamente. Dentre os

fatores da dieta, destacam-se: consumo excessivo de bebidas alcoólicas, gorduras

saturadas, trans, colesterol e carboidratos simples onde os adolescentes com a

alimentação inadequada também pelo consumo excessivo de açúcares simples

associadas à ingestão insuficiente de frutas e hortaliças, contribui diretamente para o

ganho de peso nesse grupo populacional (TORAL et al., 2007).

Segundo Bortoli et al. (2011) o Brasil segue a tendência mundial, com

alteração por processos de transição demográfico, epidemiológico e nutricional

desde a década de 60. Estas mudanças na alimentação se devem, entre outros

motivos, à oferta crescente de alimentos industrializados, redução do tamanho da

família, aumento da disponibilidade de alimentos e pela facilidade de acesso da

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população, inclusive de baixa renda, a alimentos muito calóricos contendo altas

concentrações de gordura e açúcares.

Quando se associa a ingestão de alimentos calóricos de forma desequilibrada

e o sedentarismo podemos considerar como sendo um dos principais fatores de

risco para a obesidade, que é caracterizado quando um indivíduo não pratica

atividade física numa frequência mínima de 30 minutos dia (SOUZA et al., 2003).

A obesidade potencializa o aparecimento dos fatores de risco cardiovascular

e se dá na infância. Em um estudo clássico sobre a detecção do risco cardiovascular

em crianças, o Bogalusa Heart Study, determinou que fatores ambientais como

dieta, cigarro e atividade física influenciam significativamente com o aparecimento

da hipertensão arterial e da obesidade, além da etiologia de grande parte de

doenças cardiovasculares apresentarem raiz na infância, podendo ser identificados

precocemente (BERENSON et al., 1991; PAN-AMERICAN HEALTH

ORGANIZATION, 1997).

As conseqüências destas mudanças de hábitos que comprometem a

hipertensão arterial considerada como uma doença crônica, e definida pela

persistência de níveis de pressão arterial acima de valores arbitrariamente definidos

como limite da normalidade, sendo o fator de risco mais comum para doenças

cardiovasculares (MONEGO; JARDIM, 2006).

O diagnóstico da pressão arterial é simples e é estabelecido pela aferição da

pressão arterial. A causa básica da doença é desconhecida e entre os fatores de

risco predisponentes descritos em pesquisas estão os hábitos de vida sedentária,

álcool, cigarro, estresse e dietas alimentares inadequadas (MENDES et al., 2006).

Segundo a OMS, a prática regular de atividade física reduz o risco dentre

outros, de mortes prematuras, doenças do coração, acidente vascular cerebral e

diabetes tipo 2. Atua na redução da hipertensão arterial, previne o ganho de peso,

diminui o risco de obesidade, auxilia na redução da osteoporose, promove bem

estar, reduz o estresse, a ansiedade e a depressão (SOARES et al., 2010)

O consumo adequado de frutas, legumes e verduras têm sido apontados

como um fator protetor para a ocorrência da obesidade. Estudos com crianças

conduzidos por Oliveira e Fisberg (2003) revelaram associação inversa entre o

consumo de verduras em elevada freqüência pelo menos 3 vezes por semana com o

sobrepeso e obesidade (ENES; SLATER, 2010).

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Atenção especial também deve ser atribuída ao aumento do consumo, por

parte dos adolescentes, de bebidas adicionadas de açúcar, como refrigerantes e

sucos artificiais. Estudos têm demonstrado ser cada vez mais freqüente a ingestão

dessas bebidas pela população jovem, situação que se agravou nas duas últimas

metades do século XX (French et al., (2003 apud ENES ; SLATER, 2010)).

Diversos estudos epidemiológicos têm fornecido uma visão sobre os fatores

de riscos envolvidos na origem das doenças cardiovasculares aterosclerótica.

Dentre estes fatores destacam-se a hipertensão arterial, obesidade, Diabete

mellitus, dislipidemia, tabagismo, sedentarismo, consumo de álcool e dieta

inadequada. A dieta não balanceada com nutrientes necessários à boa saúde pode

levar à dislipidemia, obesidade e atuar como agravante do Diabete mellitus

(CERCATO et al., 2000).

Gama et al., (2007) descrevem que a alta prevalência dos fatores de risco

para doenças cardiovasculares desde a infância e a evidência de alimentação

infantil inadequada, são indicadores da necessidade do desenvolvimento de uma

estratégia preventiva, procurando atingir toda a família, de forma a alterar os

padrões de ingestão de alimentos das populações em geral. Portanto, uma

poderosa estratégia para prevenir a doença arterial coronariana deve ter como

objetivo a modificação desses fatores de risco antes que possam causar dano aos

órgãos alvo (HEINISCH et al., 2007).

Dada a prevalência da obesidade entre crianças e adolescentes no Brasil e a

relevância dessa enfermidade, a escola tem sido considerada o melhor espaço para

a realização do levantamento de dados sobre a enfermidade e para as intervenções

necessárias (ARAÚJO et al., 2010).

Sabemos que muitas doenças poderiam ser evitadas, se o comportamento

individual ou hábitos de vida saudáveis fossem adotados pelos indivíduos. Nestas

perspectivas de estudos até aqui arrolados, este estudo teve como objetivo

identificar os fatores de risco para doenças cardiovasculares bem como seus hábitos

alimentares nos alunos do ensino médio de uma escola estadual do município de

Maringá - Pr. Além disso este estudo pretendeu instrumentalizar os alunos para que,

juntamente com seus familiares, previnam-se das doenças cardiovasculares. Dentro

dos limites desta pesquisa, este trabalho pode contribuir com os estudos sobre o

assunto aqui proposto.

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METODOLOGIA

Este estudo se caracterizou como pesquisa descritiva com característica de

levantamento de dados, que, de acordo com Barros e Lehfeld (1986), procura

descobrir a frequência com que um fenômeno ocorre, sua natureza, características,

causas, relações e conexões com outros fenômenos.

Participaram do estudo, 114 estudantes de ambos os sexos do 2º ano do

ensino médio, matutino, do Instituto de Educação Estadual de Maringá - Pr., no ano

de 2011 e os alunos foram informados sobre os objetivos do estudo.

Para cada adolescente que de forma voluntária autorizou a sua participação

foi preenchido um protocolo para a coleta de dados e foi utilizado um questionário

com sete perguntas semi-estruturadas, contendo: dados de identificação; dados

sócio-demográficos; antroprometria; atividade física (modalidade, tempo diário,

tempo semanal e tabagismo); controle da saúde; verificação da pressão arterial e

hábitos alimentares. A aplicação deste questionário ocorreu em sala de aula e os

dados foram avaliados de acordo com o índice de freqüência.

Os alunos que não autorizaram sua participação nesta pesquisa foram

excluídos da amostra e também para uma melhor fidelidade dos dados foram

excluídos os questionários com preenchimento incompleto.

A participação nas atividades propostas propiciaram aos alunos a realização

de apresentações dos diferentes temas relacionados aos fatores de risco para

doenças cardiovasculares. Um grupo de alunos entrevistaram pessoas em bairros

da cidade, filmaram e editaram suas pesquisas, e o resultado foi postado no

“Youtub”. Durante estas entrevistas os alunos realizaram uma campanha de

conscientização sobre os principais fatores de risco cardiiovascular relacionados ao

estilo de vida.

Um grupo de alunos criou um blog onde postaram diversos artigos,

reportagens e dicas para vencer o sedentarismo. Para concluir os alunos

confeccionaram painéis com frases e slogans para conscientizar a comunidade

escolar e indicar os hábitos saudáveis com a finalidade de prevenir os fatores de

risco do para as doenças cardiovasculares.

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RESULTADOS E DISCUSSÃO

Durante o período de estudo foram investigados 114 alunos do ensino médio

de ambos os sexos, sendo 72 do sexo feminino (63,15%) e 44 do masculino

(36,85%), com média de idade de 16,13±0,15.

A Tabela 1 informa a distribuição de freqüência do estado nutricional, pressão

arterial, tabagismo e atividade física dos participantes.

TABELA 1. Distribuição da população de estudo, segundo o estado nutricional,

hipertensão, tabagismo e sedentarismo.

Variáveis Freqüência absoluta Freqüência relativa

Estado nutricional*

Baixo peso

Peso normal Pré-obesidade

Obesidade

17

84

09

04

14,91

73,68

7,89

3,50

Pressão arterial Normal Alta

112

02

98,24

1,75

Hábito de fumar Presente

Ausente

03

111

2,63

97,36

Atividade física Ativos

Sedentários

82

32

71,92

28,07

*Valores de referência de acordo com OMS (WHO, 2000).

De acordo com os dados obtidos através da aplicação do questionário

avaliativo junto aos adolescentes dos 2º anos (A, B, C, D e E) do Ensino Médio, do

Instituto de Educação Estadual de Maringá, com faixa etária média de 16 anos,

constatou-se que 14,91% apresentaram baixo peso; 73,68% peso normal e apenas

11,39% apresentam estado nutricional dentro do grupo de pré obeso e obeso.

Os valores obtidos nesta pesquisa foram superiores aos de Mendes et al.,

(2006) em que avaliaram 420 adolescentes com média de idade de 16,02 anos, da

rede pública de ensino da cidade de Recife e observaram apenas 8,5% com

excesso de peso e 0,4% considerados como obesos, porém cabe salientar que a

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realidade sócio econômica dos participantes da pesquisa dos autores acima citados

é diferente da dos alunos pesquisados neste trabalho, o que demonstra a

possibilidade da condição financeira influenciar os padrões de alimentação ,e

consequentemente, o comprometimento com a qualidade de vida e da saúde.

Toral et al., (2007) avaliaram 390 adolescentes, com média de idade de 12,4

anos de uma amostra representativa de adolescentes maiores de 10 anos de 11

escolas públicas de Piracicaba e encontraram 4,4% de baixo peso e 21,0% de

excesso de peso. Os resultados foram inferior em relação ao item baixo peso,

comparando com os dados obtidos nesta pesquisa, porém em relação ao excesso

de peso os valores foram expressivamente superiores, reforçando a possibilidade da

condição sócia econômica e regional influenciar os padrões de comportamento.

Em relação à investigação sobre o estado de saúde, considerando a pressão

arterial, a maioria desconhecia a importância de se obter um controle deste valor, e

entre aqueles que conheciam 98,34 % foram considerados normais dentro dos

padrões. Apenas 1,75% se encontravam fora do padrão normal, entretanto os

valores obtidos foram inferiores aos obtidos por Mendes et al.,(2006) cujos valores

foram de 9,8%. Nesta pesquisa o fator pressão arterial não necessariamente possa

gerar preocupação de saúde pública, entretanto adolescentes propensos a terem a

pressão arterial fora dos padrões indicam uma atenção melhor junto aos

adolescentes onde as médias observadas nesta pesquisa foram de 10,9 para a

pressão sistólica e 7,6 para a pressão diastólica.

Segundo Barros; Victota (2004 apud ARAÚJO, 2008) os pesquisados por eles

obtiveram a porcentagem de 6,6% hipertensos com níveis tensionais acima do

percentil 95 para pressão diastólica e 12,9% para pressão sistólica, sendo estes

valores superiores aos encontrados nesta pesquisa, fato este também evidenciado

entre crianças e adolescentes pesquisadas por Romaldini (2004) que obtiveram

valores de 2,7%.

Com relação à prevalência tabágica no grupo pesquisado, apenas 2,63 %

fazem uso de cigarro, enquanto que 97,36 % são não fumantes. Com relação ao

tabagismo, dados do Ministério da Saúde indicam que as informações educativas,

proibição de propagandas de tabaco, proibição de fumar em locais públicos,

elevação do preço de produtos do tabaco e o tratamento dos fumantes tem sido os

grandes responsáveis pela diminuição de fumantes em nosso pais, principalmente

entre jovens e adultos de melhor classe social segundo Araújo (2005), e estes

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valores foram inferiores dos obtidos por Mendes et al., (2006) que observou valores

de 7,8%, cabendo salientar que esta pesquisa foi efetuada na cidade de Recife, com

características sociais e culturais diferentes da região sul do pais.

Nesta pesquisa os resultados demonstram que 71,92% dos alunos praticam

atividades físicas diversificadas como: caminhadas, frequência em academia, dança

ou atividade esportiva. Apenas 28,07% dos entrevistados são inativos ou se

exercitam em níveis insuficientes para alcançar resultados satisfatórios para a

saúde. Rosseti et al. (2009) comentam em seu artigo que a população

principalmente de adolescentes devem se beneficiar mais dos efeitos da prática

regular de exercícios físicos, principalmente aeróbicos, mas também de força, e que

os estímulos para a prática de atividade física devem estar atrelados ao

envolvimento familiar e da escola, visando a prevenção primária de doenças crônico-

degenerativas. Eles ainda concluem que esta prática é de acesso fácil e baixo custo.

O Instituto de Estudos de Saúde Suplementar relata que a inatividade física é

um fator de risco para as doenças crônicas, como os problemas cardiovasculares,

diabetes e câncer. Registros dessas pesquisas, desde os anos 50 até os dias atuais,

relacionam a prática da atividade física a doenças cardíacas e evidenciam a redução

significativa da predominância de doenças crônicas e taxas de mortalidade entre os

praticantes de esportes (KEPPE, 2005).

São múltiplos os fatores de risco para as doenças cardiovasculares, atuando

independente ou conjuntamente. Dentre os fatores da dieta, destacam-se: consumo

excessivo de bebidas alcoólicas, gorduras saturadas, trans, colesterol e carboidratos

simples (CHIARA; SICHIERI, 2001).

Para orientar a análise da escolha de alimentos consumidos e obtenção

de nutrientes necessários para manutenção de peso e conseqüente ingestão

adequada de calorias pelos entrevistados, a base é construída na consulta da

Pirâmide Alimentar (PHILIPPI, 1999).

Entre os adolescentes a alimentação inadequada é caracterizada pelo

consumo excessivo de açúcares simples e gorduras, associadas à ingestão

insuficiente de frutas e hortaliças, contribuindo diretamente para o ganho de peso

nesse grupo populacional (TORAL et al., 2007) o que também pode ser confirmado

nesta pesquisa. A tabela 2 mostra a preferência de alimentos ingeridos pelos alunos

com consumo de uma a duas vezes ao dia e freqüência de três a cinco vezes por

semana.

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O consumo adequado de frutas, legumes e verduras têm sido apontados

como um fator protetor para a ocorrência da obesidade. Estudos com crianças

conduzido por Oliveira e Fisberg (2003), revelou associação inversa entre o

consumo de verduras em elevada freqüência pelo menos 3 vezes por semana com o

sobrepeso e obesidade (ENES; SLATER, 2010).

TABELA 2. Consumo de alimentos pelos adolescentes do 2º ano do ensino médio

matutino do Instituto Estadual de Educação de Maringá -Pr

Alimentos Consomem Não consomem

* Batata frita/chips (100g) 69,00 31,00

**Bife/carne assada (100g) 95,12 5,08

***Biscoito 72,40 27,60

***Bolos e tortas 43,80 56,16

*Leite integral 74,30 25,60

***Hamburguer 38,80 61,20

**Queijo 72,00 28,00

*Manteiga 75,60 24,40

*Lingüiça 60,10 39,80

Sucos 96,40 3,60

Água 100,00 -------

Refrigerante 63,00 17,00

Sorvete 59,00 41,00

Peixe 56,00 49,00

Verduras 82,00 18,00

Legumes 92,00 8,00

Frutas 85,00 15,00

Arroz 98,00 2,00

Feijão 93,00 7,00

*Pizza 60,00 40,00

***Frango 94,00 6,00

**Chocolate 89,00 11,00 *Contém gorduras trans por processo de hidrogenação; **contém gorduras trans naturais; ***contém as duas fontes de gorduras trans.

Atenção especial também deve ser atribuída ao aumento do consumo, por

parte dos adolescentes, de bebidas adicionadas de açúcar, como refrigerantes e

sucos artificiais. Estudos têm demonstrado ser cada vez mais frequente a ingestão

dessas bebidas pela população jovem, situação que se agravou nas duas últimas

metades do século XX (French et al., (2003 apud ENES; SLATER, 2010).

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Uma pesquisa mostrou em um grupo de alunos, que 84% consomem

biscoitos, um produto industrializado que contém duas fontes de gorduras trans, a

maioria utiliza pelo menos uma vez ao dia, na freqüência de três a quatro vezes por

semana (CHIARA; SICHIERI, 2001).

Em nosso estudo 98% consomem arroz, a maioria ingere duas porções

recomendadas na freqüência de cinco a sete vezes por semana e 70% dos

entrevistados consomem pizza numa freqüência de pelo menos duas vezes por

semana. O arroz e feijão são os alimentos mais consumidos pela população desta

pesquisa, o que caracteriza a cultura do brasileiro e a “preferência nacional”.

Na ingestão de alimentos do Nível dois, ricos em fibras, vitaminas sais

minerais, dos 82% que consomem verduras o fazem no mínimo uma vez ao dia com

freqüência de duas vezes na semana, legumes 98% consomem uma a duas vezes

ao dia com freqüência de duas a sete vezes por semana e dos 85% que consomem

frutas de uma até três vezes ao dia na freqüência de até sete vezes na semana.

Este grupo de alimentos é importante estar presente na dieta por ser fonte de fibras,

vitaminas, sais minerais, que reduzem o risco de AVC (acidente vascular cerebral) e

outros problemas cardiovasculares.

Considerando os alimentos do Nível três, as proteínas, leite e derivados e do

Nível quatro, carnes, ovos, óleos e gorduras, açúcares e doces. Vale lembrar que

são recomendadas três porções ao dia de leite e derivados e que dos 74,3% que

consomem leite, o fazem de uma a duas vezes ao dia até cinco vezes na semana.

Dos 72% que consomem queijo, o fazem de uma a quatro vezes na semana,

entretanto a margarina é utilizada por 90% dos entrevistados uma a duas vezes ao

dia, na freqüência de três a quatro vezes na semana.

Com relação ao consumo de carnes, o peixe apenas 56% dos entrevistados

consome a maioria na freqüência de duas a quatro vezes na semana. Por outro

lado, a carne de gado é consumida por 69% dos entrevistados de uma a duas vezes

ao dia na freqüência de até quatro vezes na semana. A carne de frango é

consumida por 94% dos alunos sendo que a maioria numa freqüência de duas até

quatro vezes na semana.

Os alimentos de origem animal, como as carnes vermelhas, leite integral,

possuem gorduras saturadas, que estão relacionadas com doenças

cardiovasculares. Dietas com teores elevados de gordura saturada aumentam os

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níveis sanguíneos do mau colesterol, o LDL, aumentando assim o risco de doenças

cardiovasculares.

Tanto o grupo de óleos e gorduras quanto o de açúcares e doces, situados no

ápice da pirâmide, apresentam suas quantidades limitadas, uma vez que já existem

de forma natural, de composição ou de adoção em vários alimentos e preparações.

Todas as gorduras e óleos são uma mistura de ácidos graxos saturados e

insaturados. As gorduras são sólidos (manteiga, banha, gorduras de carnes, pele e

gorduras de frango, gordura de porco e bacon), contém mais gorduras saturadas e

ou gorduras trans encontradas principalmente em margarinas e produtos

industrializados por processos de hidrogenação (PHILIPPI et al., 1999).

Com relação ao consumo de leguminosas, o feijão tem recomendação de

consumo de uma porção ao dia e dos 93% dos alunos entrevistados consomem

duas vezes ao dia na freqüência de até sete vezes na semana.

Para alimentos como açúcares, balas, chocolates e salgadinhos são

recomendados de uma a duas porções diárias. Dos alunos entrevistados, apenas

43% consomem bolos e tortas uma ou duas vezes na semana. O chocolate é

consumido por 89% dos entrevistados sendo que a maioria utiliza de uma a quatro

vezes na semana. Preferida por 69% dos entrevistados, a batata frita é consumida

pelo menos uma vez ao dia na freqüência de uma a duas vezes na semana. O

refrigerante é consumido por 63% dos alunos, na freqüência de uma a quatro vezes

na semana.

Os hábitos errados de alimentação constituem-se como o principal fator que

levam a obesidade infantil, e a falta de informações e a educação inadequada

influenciam neste processo, e a escola, quando as famílias não possuem

informações necessárias para correção deste fator, é a principal e talvez o mais

acessível veículo de informações para as crianças e adolescentes (ARAÚJO et al.,

2010).

CONCLUSÃO

O presente estudo identificou os fatores de risco associados a doenças

cardiovasculares entre os estudantes do ensino médio. Sendo o fator de risco

isolado de maior prevalência o sedentarismo.

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Apesar de os adolescentes terem a informação sobre o que seriam hábitos

saudáveis de alimentação, a maioria declarou não os seguir, como mostram os

dados tabelados. Isto pode estar indicando que a informação não é a única

dimensão de uma prática, mas apenas parte de uma engrenagem influenciada pelo

contexto sociocultural de formação de identidades. Uma vez que esta pesquisa foi

acompanhada de contextualização de informações educacionais e culturais sobre os

conteúdos da pesquisa.

No que tange à metodologia utilizada, a pesquisa teve ótima aplicabilidade

nesta investigação, pois possibilitou que houvesse um bom entrosamento entre a

pesquisadora e os adolescentes participantes. Estes puderam expressar suas

opiniões e atitudes alimentares, tabagismo e sedentarismo, além de esclarecer suas

eventuais dúvidas sobre os assuntos. Pode-se afirmar, ainda, que a metodologia

aplicada contribuiu para que os adolescentes se conscientizassem sobre suas

próprias práticas alimentares, sobre o uso do tabagismo e sobre o sedentarismo,

através de críticas-reflexivas e autocríticas sobre seus hábitos e, até mesmo, que

ocorresse uma busca de estratégias de mudanças em seus hábitos cotidianos,

visando à promoção da saúde e qualidade de vida.

Salienta-se que esta pesquisa aponta possibilidades de outros temas para

pesquisas futuras, com ampliação do número de participantes e abrangência de

faixa etária, para que se possa ter mais segurança nas comparações com outros

estudos realizados sobre alimentação, tabagismo e sedentarismo na adolescência e

as suas conseqüências na saúde,

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