bernardi, matheus a.. resenha do livro conselheiro capaz

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 Matheus Alvarenga Bernardi - IPMS - MARÇO/2010 

Resenha do livro “Conselheiro capaz ” de Jay E. AdamsMódulo de Aconselhamento Cristão

IBIPREGAL

O autor do livro critica fortemente a psiquiatria moderna e faz um breve relato

da sociedade (desumanidade das atitudes humanas).

Neste primeiro capitulo, Jay fala que a psiquiatria (freudiana) é inútil,

preparando assim o leitor ao segundo capitulo que fala da função do Espírito Santo. (Jay

não mencionou a estrutura do ser humano em sua integridade (biopsicosocioespiritual),

pois trata o ser humano somente como ser bioespiritual sendo desta forma um tanto

quanto fundamentalista, com relação a este ponto de vista (descartando a psicologia

secular)).O segundo capitulo trata de que o aconselhamento é obra (exclusiva) do Espírito

Santo, pois é Deus quem aplica, podemos falar horas e horas e não teria valor se o

Espírito Santo não abrir a mente e o coração do aconselhado, fazendo-o entender a

mensagem consoladora. E o Espírito Santo é o único capaz de transformar o caráter do

aconselhado, causando assim uma mudança de vida.

Neste terceiro capitulo Jay menciona os problemas mentais como defeitos

orgânicos e também por causa do pecado (uma doença psicossomática), afirma também

que as pessoas com problemas para desviar a atenção, usam camuflagens, ou seja, ele se

finge de normal (são psicologicamente), para desviar a atenção das pessoas do seu

problema.

Já no quarto capitulo, fala sobre o aconselhamento noutético, que seria aconfrontação Bíblica, com o aconselhado podendo ser feita de três formas: a) exortando;

b) admoestando; c)ensinado; ele fala que o aconselhamento noutético deve ser feito por

todos os membros da igreja (sendo um dos suportes da igreja, mas nem todos são

capacitados (infelizmente)), este aconselhamento somente acontece através da ação do

Espírito Santo. Este tipo de aconselhamento encara os problemas como um obstáculo a

ser vencido, confrontando o que está errado na vida do aconselhado. O aconselhamento

noutético, faz a seguinte pergunta “o que?”, pois visa assim o problema e a forma de

resolvê-lo, sendo este aconselhamento, feito exclusivamente pelo amor ao próximo e

para a honra e glória de Deus.

Um outro ponto é quando ele menciona algumas razões para o fracasso no

aconselhamento, que são: a) simpatia pelas queixas do aconselhado; b) conclusões

muito rápidas; c)não ter como alvo o amor ao próximo e a honra e glória de Deus. Os

requisitos básicos para o conselheiro, além dos citados acima, a bondade a informação,

e atitudes.

No quinto capitulo, ele enfatiza a santificação como uma mudança total no estilo

de vida anterior (“... não vos amoldei com as paixões que tínheis anteriormente na vossa

ignorância...” 1 Pe.1. 14b) esta mudança é tão brusca, pois o ser humano sai do pecado

sendo um ser totalmente antibíblico, e muda rapidamente para uma vida buscando a

imagem de Deus (como o ser humano era antes do pecado). Esta mudança é tão difícil,

porque é uma mudança total de valores, e hábitos.

No sexto capitulo, Jay fala sobre como se deve ouvir o aconselhado, será deforma impessoal (Rogers) ou se pondo no lugar do aconselhado (noutético)? O ponto de

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vista de Roger o problema é o centro, e sua solução é o principal objetivo. Já o

noutético, tem como centro o aconselhado e como meta a santificação (resolução do

problema para o bem espiritual do aconselhado). Para o apostolo Pedro o melhor

remédio para o peso na consciência, é a boa conduta.

O ponto que mais me chamou a atenção foi que o livro de Provérbios, é um livro

de conselhos, (mesmo tendo lido inúmeras vezes este livro (Provérbios) nunca tinhaatinado esta realidade). Pois de forma prática Salomão, Agur e Lemuel, tratam de vários

momentos na vida do ser humano, mostrando qual é a melhor escolha.

No capitulo sete, Jay fala sobre as doenças psicossomáticas, que a culpa do

pecado (na consciência), (a depressão por causa do senso de culpa, é insuportável) causa

enfermidades físicas seguindo o que Pedro nos aconselha, é melhor não pecar, mas

como somos “chegadinhos” no pecado e caímos Jay pensa ser melhor que nós nos

confessemos uns aos outros, como diz Tiago. Um exemplo prático é o livro de salmos

no qual tem alguns exemplos do sentimento de culpa, pelo pecado (exemplo: Sl. 32, Sl.

51, entre outros).

No capitulo oito, Jay fala do principal problema do homem, é o pecado (por

causa do pecado como diz Crabbs, nos separou de Deus, nos separa da natureza, nossepara da sociedade, nos separa de nós mesmos). Devemos exortar nossos

aconselhados, ajudando-os a entenderem, qual a solução e motiva-los para solucionar o

problema. Mostra-nos que os problemas vão ficando cada vez mais complexos, muitas

vezes os aconselhamentos noutéticos, é necessário que ocorra uma mudança no estilo de

vida do aconselhado, (alhures ouvi que a conversão é um “cavalinho de pau” na vida da

pessoa), por isso é tão difícil, esta mudança, mudança total nos valores.

No nono capitulo, vemos que a meta do aconselhamento noutético ou

aconselhamento cristão, a auto-disciplina, se nós mostrarmos a solução, e não

convencermos, (mostrando o porque), de nada vai adiantar pois ele não vai saber o que

ele estará fazendo, e assim desistirá de terminar de solucionar sue problema, voltando à

depressão.

O aconselhado é como um iceberg que esconde grande parte de seus problemas,

por isso está invisível para o conselheiro, mas com a conversa e fazendo ele se abrir

conseguimos entender o problema inteiro. (Por causa da camuflagem, que os

“problemáticos” usam).

Sobre o aconselhamento em grupo, eu penso que seja algo discutível, pois tem

pontos positivos, e pontos negativos. Os pontos positivos seriam mostrar que o

aconselhado não é o único a sofrer daquele problema, e as experiências dos outros será

bem aceita pelo aconselhado (filosofia positivista: só entende que por ela passou. No

caso um ex-problemático, aconselhando um problemático) fica mais fácil que o

aconselhado entenda e resolva o seu problema. Porém os pontos negativos são: oconstrangimento da exposição dos seus problemas, e o tratamento impessoal ao

aconselhado quando é dada uma atenção mais geral que especifica.

No capitulo dez, vemos novamente a origem dos problemas (o pecado), e uma

das soluções parciais, é a re-ligação com Deus. Resolvendo assim 25% dos problemas.

E todos têm o senso de que existe Deus e consciência, como João Calvino dizia, no

primeiro capítulo das Institutas.

Outro aspecto que Jay nos mostra é o papel da família como unidade, se

ajudando mutuamente, o livro de provérbios é um grande exemplo de conversa em

família, pois o livro foi escrito de um pai dando conselhos para seu filho.

O conselheiro e o aconselhado têm que ter uma vida de devoções diárias, para

que o aconselhamento seja aplicado pelo Espírito Santo, no aconselhado, além de

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fortalecer a fé do aconselhado (não que a vida devocional seja uma superstição para o

aconselhamento funcionar, mas é Deus mesmo que determina mediante a sua Palavra).

Os problemas no casamento, ocorrendo como conseqüência (muitas vezes não

todas) porque os cônjuges se esquecem que o casamento não é a dois, mas sim a três,

sendo os dois cônjuges e Deus, pois o cordão de três dobras não se arrebenta com

facilidade.Uma das maiores dificuldades em resolver os problemas é a comunicação, para

que haja uma interação entre conselheiro e aconselhado, não podendo assim tentar

ajudar o aconselhado (como vou ajudar sem entender o que preciso fazer?).

Encerrando junto com o livro (pois nesta parte falarei da conclusão), Jay diz que

o aconselhamento é dever de todos os crentes, mas infelizmente nem todos são

capacitados, não podemos esquecer que o aconselhamento é cristocêntrico, e que tudo o

que fazemos seja para a honra e glória de Deus, por amor ao próximo, e que sejamos

corajosos, e francos para que possamos aconselhar muitas vidas levando para Deus suas

almas.