bertolt brecht - dansen
TRANSCRIPT
-
7/25/2019 Bertolt Brecht - Dansen
1/9
nsen
nscn
Escrita em 9 9
radu
Marcos Renaux e Chris tine Roehrig
-
7/25/2019 Bertolt Brecht - Dansen
2/9
.\ 0
palco. trs
facbadas
de casas,
NIIl 7a
delas
h
111/70 taboca ria
COI
a i/lscrio Tr
fi
co de Tabaco Austriaco
outra 111/70
loja de sapa
tos
COI
a
inscri o
Loja de Sapatos
Tcheca ,
A
ltima
n o tem loja.
II as na ja I/ela
b
l ima placa: PreSlll/to Fresco
Ao lado da lt ima
h
111/7
porto
Nele est escrito Depsito de Ferro Srensso
1
o
pequeno senhor
ansen
est sentado
[unto
ao
porto
segurando
7 porco debaixo do brao:
el te
dele
m
barril.
DA t S Et para o pblico - Sou um homem pequeno, respeitado , bem
s ituado e com uma vida independente . Convivo com os meus
vizinhos na melhor
das
harmonias .
Qualquer
diferena entre ns
eliminada de manei ra pacfica por uma associao em que
quase
todos
ns
participamos. Regulamentamos
tudo com
con
t ra tos. At agora funcionou
tudo
muito bem .
Tenho
a minha
l iberdade e meus cantatas comerciais, t enho meus amigos e
meus clientes, os meus princpios e a minha criao de porcos .
Comea a escovarseu porco dentro do
ba 7
.
Pronto,
meu
pe
queno
agora
vamos
ficar
bem
quiet inhos e lavar as orelhas rosa
das
para estarmos limpinhos e bonitos. saudveis, simpticos e
apetitosos quando os clientes
chegarem
. E se a
gente
se com
por tar e comer direitinho, vamos ser algo decente na vida e o
cliente vai dizer: mas que leitozinho lindo Pois o que que
voc quer? O que que o seu coraozinho mais quer? Voc
quer
ser
vendido
. Ah, voc esper to . Basta voc ter a mnima
impresso de que eu
no
esteja
pensando
em voc, que
por
um
momento eu tenha esquecido o desejo do seu corao, que
voc logo solta um grunhido alto e me faz lembrar . s passar
algum que tenha a mnima aparncia de no ter comido. e voc
j g runhe. E a eu mesmo posso. tranqilamente.. .
porco grunhe.
D At SEt
alba ao redor. alegre -
O que foi? O que
foi?
Vem vindo
algum? Um cliente por perto?
Olhando
ttmidamente
ao redor. chapu afundado 1/0 cabea. m
h
omem armado
aproxima-se sorrateiramente da
tabacaria
P
ra
-
7/25/2019 Bertolt Brecht - Dansen
3/9
192
Be I10lt Brecht
Dansen
193
. , xlas
qu e
belo
leitozinho
a
I:STRA \ 1I0 -
j\ .
I)
. .
-
a qu
e
fo i?a qu e foi?
A'
SI.
\'
o tohaco r{/ - a qu e .. . aconte
DA S 'i\
aponta ndo acusador para
ceu .. , l.. . de ntro?
.
. o a se nho r qu e r s ab e r mesmo .
a
:STIlA IIO - .
\
1
a
> acon tec e
com o pr
xim
o..,
oo, o_ : cla ro
qu
e eu
qu
e ro sa )e l.
qu
e .
DA\'SI.\'
O pu rco g rl l l/he
pelo
scpl lm o
/. CZ,
Re-
. . a senhor conhecia
aque
le homem?
a ESTIlA \ 1I0 -
. E
10
sim desculpe , Estou completamente confuso
D,\\'sl:\' - .u,
.
/
/ 10 ramos da mesma
associa
ao-
recl .\ - >. .
- I o I Ve nd e r porcos.
. . e O
qu e voces
aZlam
.t .
a I:STRA'
1I
0 - L
.
. o a
se nho r n o que r
sabe r, nao e.
a bTRA1I0 - .
I
Aponta
o
outro lado .
I)
o., opara o po rco - Mas o tornem ...
A'sl.i\
.
a . 11 1 de \
e r
ia
segui
r o
exemp
lo do se u b el o p o rq ui-
f TR\\1I0 - se n ,
O
el e cor-de-rosa e continua cor-de-rosa .
n io . L
, 10 gente . Estou
humanamente
re\ o\tado e o
D-\\'5 '\' - t-Ias POICO n. r,
senhor
tamb
m s ab e p or q ue .
DA'SE
\
- Svensson Sven sson a qu e se r qu e eu dev o fazer? Esto
pedindo soc o rro na ta bacaria a da fren te . Um sujeito
estranho
arromb
ou
a loja be m deb aixo do me u nariz. - a qu ,
vo c
est
o uvin
do
os grit
os
da? -
claro q ue e u n o
posso
entrar
,
n o
t e nh o n e nh u m
direito de invadir a casa d
os
out
ro s
. Mas o qu e
qu
e
eu
vo u faz
er
quando ele sair? Estou tremendo
no
corpo
todo , de
tanta
re vo lta . - Pod e
t e r c e rt e za
qu e eu
vo u dizer
na
ca ra
dele
o
qu e
e u p en so . Voc co n he ce a
minha
divisa , n o ,
n o divisas, divisa , es
cute
-
depois de ter olhado cuidadosa
mente
para os
lados, canta abafado
110
telefone :--
Qualquer
pa s o u reinado
Po r onde
um
Da n
se n
passar
Lut
ar
abertamente
Pelo qu e acreditar.
Em resumo. vou es frega r a minha repulsa na cara de le . Co mo
e u j di
ss e
, es to u trem
en d
o de revolta.
Emudecem os gritos de
socor
ro
De repen te 11m grito,
11m
tiro de pistola e
lima
queda pesada ,
diant
e da p011afe
chada
da loja e tira
11m
molho de g
az
uasdo
b
lso
Experi
me
nta
uma por
lima
e de vez em
quand
o sorri
para
Dansen
cujos cabelos comeam a a rr
ep
iar-se. At que
o
arrombador perde
pacincia e entra pela ja
nela
lima
pi
stola grande lia melo. Imediata_
men te ourem-se barulh
os
terriceis uindos da casa: lima cadeira cain
do. gritos altos de socorro.
an
sen leuanta-se,
horror
iz
ado. Con-e
ato rdoado de m
lad
o
para
o
ou
tro
.
o
porco debaixo do brao.
Em
seguida
to
a
para o
tele
fon
e.
DA
\
SE
\
- V
ou
desligar. Pre ci so sen ta r. Ach o
qu e
fiqu ei
co
m
os
cabe-
lo s brancos.
Sombrio. com o porco debaixo do brao, senta-se diante de sua casa .
O Estranho
sai da tabacaria e, com
11m
giz, risca
apressado
o n
ome
A ustriaco e escreve em cima Mercador do Oriente e Cia . . Em
seguida va i at Dansen .
a ES
TRA
1 \1I0 - Po r qu e qu e o se nho r es t t;IO plido?
.
..
.
a
jogo
do Io-se-meta
.
DA \'s '\'
irritaclo
- Jogai Us o
I
l
ix o
i\luito caro .
a EST
IlA
\ 1I0 -
No
p os so m e c ar ao
1 .
o
\ I . Aponta o outro lado .
:
.
uma vez )or se mana , S.l xrcos ,
DA\'
51
\ - L S
c -
Ele tam
b
m joga .
I
I I ]\110 acred ito q ue ele a in da ve nh a ,
a ESTRA\'IIO
est o
1/ I
.
DA\SE\ - Isso eu vo u
lh e
di zer, b
om
h
omem
:
est
ou plido de excita
o int erior.
1
I
, I
se r
ia o cmulo ,
I
/ a s en h or q u er proi )i-
o SSO
DA's '\' { Igl/O( () - . , I' . . ,
, a vustr iaco e um hom em ivrc.
-rancamente .
c
-
7/25/2019 Bertolt Brecht - Dansen
4/9
194
Bertolt Brecht Dansen
195
o
- A
e sse n ingum pro be
mais nada. Ri sem graa.
horroriz do -
O qu e o senhor quer
dizer com
isso?
O - O senhor quer saber mesmo;
- Eu; Sim. n ~ 1 0 . Eu nem sei mais
onde
estou coin a
cabea.
O
senhor fic a a parado na
minha
frente falando. como se ... E h
pouco
eu vi com os meus p rpr io s o lhos ...
claro
qu e
eu quero
saher
De
qualquer.
..
O porco debaixo do
brao
grul be pe la terceira rezo
E ttio amedronta:
do que p rece estar sendo terrirelme l/te maltratado.
t
ermin
a
em 1 Z
b
ix
- ...
ma nei ra .
Agora est
inse
gu
ro
e
n
o ousa m is
e
nc
rar
o
Estra nho
qu e agr d
o
po rco.
DA:\
SE
:\ - Eu n;10 entendo mais esse m undo . So u u m ho m e m qu e a ma
a
pa z
.
abomi
na
qu a lquer
vio
lncia
e
cum
pre
os contra tos
. Te
nho re
laes
comerciais e a
minha l iberdade . a lguns
cl ientes e
a l g l ~ n s amigos . minha criac o
de
porcos e meu . .. O lOque de
esptrtto usente- O
senhor quer
comprar um porco;
pelplexo - Como qu e e
- Um porco? Alguns
porcos; Fao
barato
para
o
senhor.
Eu
tenho
tantos
. Tenho demais . Eles est o saindo pelo
ladro
.
ES
TR.-\
:\1I
0 - D
um
aqui.
D
\ :\S
E\
te entente -
O senhor
tem certeza
qu e
n ~ 1 0
quer dois
O ES
TRA :\1I
0 - Um.
DA :\SE\ - Mas, e o q ue
qu e
eu fa< ;o com o resto? Eles d o ma is q ue
c huch u na serra. Toda
noite
e u
afogo
u
ma
meia
dzia
no est ru
me
e de man
h
j; tem
uma dz ia
de
novo
.
Deixa
o
st ra
nho
olh r
o
cbiqueiro
-
Est i vendo;
;
tem catorze
de
ovo
O E
STRA:\II
O - Um .
),\
;\SF
S - Olhe bem para eles. No s ~ 1 0 sa udveis.
simpticos
e a
pe t
i
t os os ? O senhor n o fica co m
gua
na
boca?
O
E s T R . \
que est com gu W boca. com esforo - So um
luxo
.
. \ ~ S E -
Como
qu e o senhor pode
dizer
u ma coisa
dessas.
se e les
s o totalm
en
te comestveis? At as orelhas. At os dedes . De-
des d e porco
assado.
O E S T R A ~ I - Um luxo.
DA
;\SE
;\ preocup do p r o seu porco - Vo c , um lux o ?
Desiludido. p r o Estr nho -
Ent o
va mos l
evar
s d ois,
n o
?
o ESTRAl\1I0 em voz alta - Um. Eu
n o
gas
to
dinheiro
co m lux o .
D A ~ s E r ; - Mas o se nho r tambm com p ra ferro .
Co
m pra f
er
ro do meu
a m igo Sve
nsso
n, t
ant
o quanto el e puder for necer.
o EsTRA:\1I0 - Fer ro n o luxo . F
er r
o necessidad e vital.
DA:\SE\ //l as m os trm ulas. entrega lhe o po rco
-
Estou
co
m os
n e rvo s e m fran gal hos . Essa
coisa ho
rrvel qu e
ac o
n
tece
u h
po
uco ...
Enxuga o suor da nu ca //l um pa ninho cermelbo.
o ESTR A:\1I0 - Qu e pa no
vermel
ho esse a?
DA:\SEl\ - Este aq u i?
O ESTRA;\1I0
risp ido
-
esse
da . Coloca o porco de
coita
1/0
barril .
DA;\SEl\ ieemente - Isto n o um pan o ve rme lho. Te m um a cruz
branca
aqui
den t ro , es t ve ndo?
Ele mostra .
O ESTRA:\1I0 - Est
ce rto
. Joga dinh
eiro p r
Dansen .
DA
\sEl \
- Eu vo u e
mb
rulh
ar
pa ra o se n
hor.
-
7/25/2019 Bertolt Brecht - Dansen
5/9
196
ertolt
r e
ch t
Dansen
197
o ES
THA
I 1I0 - Tome o papel. Sen '10 o 'e h I, .
, ' S n or
,une
,I vai me cobrar o
embrulho. Tira IImaj
olba g rande de
papel
I I ls
a
Dansen
O )0 .\0 e a el1trega
depsito, e xinga -
Barb rie
Desuman
idade Infmia insuport
vel E como
ele
lida com contratos
DA\SE\ alisando
a
folba
-
ist '
I , .
st o e
um contra to
o
ESTHA :\1I0 - Qu e
contrato>
2
Danseu
est
sentado
diante de sua casa. 1111 porco
11
colo.
DA
\S
E \ -
sim
.
muito bonita
.
O ESTHA i\ I0 v a cruz. ahorrecido _ G ' I
/
UMee essa CnIZ Dansen g
ua
r-
a o pano 110 bolso.
D,\:\SE\ -
Acho
qu e com ' A '
, r, .
o
seu ustnaco
.
Aqui consta contrato
de
amizade
, No
vai
precisar
mais
dele?
O ES
THA
,
\1I
0 - Vou levar o
, po rco sem embrulhar. Ta lvez eu ) 1 corte
um peda o . I '
I no
carnmno
. Coloca-o debaixo do brao, Mas a ntes
t o ~ : ~ ~ : observa a loja de sapatos. Uma
be
la p ropriedade
essa
DA :\SE:\ - Sou um homem
respeitado.
ma s pequeno. Sinto
qu e
nem
tudo est indo
muito bem.
Os terrveis acontecimentos dos lti
mos tempos me abalaram basta nte . Contratos
s o t imos,
mas se
cump ridos religiosamente .. . Eu e os meus
do
is amigos
1[1
de
c ima at j chegamos a br incar
co
m a id ia de a rmamen
to s . No somos tot alm
en t
e in
defesos
. Fornecedores como o me u
a
migo Sve
nsso
n ex
iste m pou cos. Bem a nesse dep sit o
apo nta o depsito de Suensson -
tem os
um
belo m
on t
e de fer ro
e mpilha
do
. Se
fun
dss
em
os a
rmas
co
m e le . .. Seria
pu r
a l
ou
cu
ra .
e nfiar a ca bea na a reia. Po r o
utro
lad o e sses acontecime
ntos
terrveis
no podem
s e r ep et ir. O
fulano no
vai
pode
r fazer
uma coisa
dessas
d
uas vezes
.
alba Ilda
timidamente
ao redor. chap
u afundado
na
cabea. o E,
tra
nbo
ap
roxima
-se.
sorratei ramente.
da loja de sapatos. Pra
diante
da po rta
fechada
da loja e tira 11
II
olho de g
azuas
do bolso. Expe
rimeuta lili/a por lili/a e de rez em quando sorri, balanando a
cabea
para anseu
cujos cabelos
comeam
a se arrepiar. Fina l-
mente
o
estranho perde
a
paci
ncia e en tra pela janela. lili/a pistola
grande na / 10.
tni ed i
at
amen te o
urem-se barulhos terrveis cindes
da casa: lili/a cadeira
caindo.
gritos altos de socorro.
um contrato
de
amizade com
ESTHA : \lIo - No, Do q ue me
serve
um
homem morto
TO II/a o papel e rasg a-o
DA i\ SEi\ pr
estes a desmaiar -
Pe
gu
e logo o p
, I I o
rco
qu e e u es to u pas-
sa
ne o
ma . .
O
Estranha t
oma
o porco de s
uas
m os.
seu
pano
. J Dansen cobre a cabea com
O E
STRA
\1I0 - Bem espa
os:
S
' .1. ua casa tambm n o de se jogar fora.
DA\ SE
\
au
s
ent
e -
No ?
O ESTHA I 1I0 olha a c \: /
I
ttn I - -
. ( 11 rate Entao a t logo Sa i.
DM;SEI' en
xuga
Ilda a testa, neruoso - At I
1
I E .
aca be i ve nd d . e
ogo....
na
minh
a re volta
en o um porco par' e le E , I '
. , ' . c -
,lq ue e Aus t r aco simp -
tico e pacifi co e le sirnp l ' ,
, d - . esmente ... Monstro maldito a lba Ilda
assusta
o
a sua volta, v
ai
at
o
ca nto entre a
.I'I / a
, casa e o
DA :\SE\ - Pela segu
nd a
vez f: ho rrvel. E o lha que a mulher
tinha
um
contra to
de
garantia. A gannc ia de le
do e
ntia mesmo . O qu e '
el e v. e le quer. E a minha casa a Ele j falo u que ela
de
se jogar fora . Eu te nho q
ue
tom a r i
me
diata
me
nte a ma is en rgica
da s atitude s . No po sso chamar a ate n o dele de man eira ne
nh um a . Eu p re ci so su mir da frente dele. Mas como fa z
er
com
que e le n o me veja? O bar ril
O
po rco deb
aixo
do brao. cobre-se CO II o barril onde costuma lauar
os
po rcos.
O
Estra
nho sai
da loja de
sap
atos. COII
11m gi z
risca.
ap ressado . o 11 me Tcheca e. sobre ele. escreve Bem m Mab
rer
Lida
.
-
7/25/2019 Bertolt Brecht - Dansen
6/9
198
Bertolt Brecht
199
Dansen
Nesse
m
omento oure-se
b{II
I?I .
o
porco de
Dansen grunb
1 ele d. t
eu ro do
VOZDE
DA
\;'F\; - O c
.. .
. ..
que
O que foi' Vem v' I , I - .
por perto? . me o .1
guem
- Um cliente
Cauteloso,
olha
para fora
r
o
E
strani
lber-se
rapidamente 1
barril
-- 10
escrevendo e rolta a en co:
O Estranho reli/ para a i e l l t .
rasga- a. O papel picado I bP:,.\a
I I ~ {
folha de
papel
do bolso e
_ oa so re
o
cb o.
O Es
TRA 1\1I
0 - U cad
A , .
, e o SUjeito da
cria
o
de
. .
, T
encher
a cara de novo
I porcos. \ ai ver
que
foi
f . . uma
ooa
o
po
rtunida I I I
u adi nh a no
deps
ito d
>
f ee ee e ar uma
Olh I . _ e erro-gusa do Sve
nsso
n
. a ao rec 01, um ate o po rto. De C .
ma
an
eta .
Ma a p
011
{ it _ o. tas para ele,
e
xpe
rimenta a
. es a trancada
De repente
o
telef one de D
.
>
C
mZ.
;Iz toca
Dall
elz .
011/0 n o pra de tocar _I . ' I
_ . con tinua im oet.
. e orar
o
a tr a te
o
tel
>1
1
o
m
xim
o de
cu i
dado e a . I
.
, (Jo lle. .euanta-se com
/I /
{
a 0
o
barril sob
O Estranho alba espantado
pa
r. I
. .
re
o COlpO
, uai a t ele.
X
II O
o iar ril a
mb
ulante.
O
ES
TRA
J \1I
0
r
pi
do
-
N o
d nem um .
xo do
barril. n
o v o Est .
b pouco
na vista
Dansen, deba i-
_\ I {/Il
o
Seeste n o .
r.:
I
dando
1II1l
sorrisinbo
{
I
.
sa tsse
O
ca
minbo
,
. I
II/
m e
o sena
atropelado .
DA: \
sE\
em
Z
OZ b ,t-
ana , tetejaliaIlda II /a,
o
b l
Svensson,
v o c -
AI .-'
. . ar n ressoa UII/
pouco
o
que
_ -.. .
1 .
voce FI
sabe
da ltima desgraa. - No
e ISSO , n.l minha ainda n o Por
A ,
foi na minha? Mas ISO _ I ' ' .
voce
sempre
acha
que
c
s e ee
Irrepnr
- E I,
que
fazer alguma coisa ju t ' T c c aro
que
agora temos
en rgicas _
1\1,: I
os .
emos que
tomar
as medidas mais
c , j
.\0, o lar
nao
- el lis
De jeito ne
nhum
_ Un0I '. I e tomar. A gen te se armar?
. icos . sim mas
nao
a , I
qu?
Que
no
v:
rm.le os. - Unidos no
\ .l Inos nos armar' Isso
.
cl .
e eu fiz de ti ' , .. s c lamana a
aten o
dele
. ue o para nao chamar a aten . - '
falando que precisamos ao , - Eu ta
mb
m estou
, c s nos Untr. A uni o d T '
nao deve se r dirigida contr, ' _ e\ e ate
ser
de fer ro e
c
1.\
nmg
uem l
l f
Uito
> .
n in
gu
m
A' , .
u zel g lco -
Contra
. I n.\o c lama a ate
n o -
Q . .
seguro, Svensson _ E . ' uant o a num, pode estar
, u compreendo p rf . >
A
se sentiria seguro um minuto '
e elt.
ll e
nte que voce
n o
sequer com rela o
ao seu
deps
ito
se eu des is ti sse s um tiquinhd
que
fosse da minha
independn-
cia, Vou me manter inflex\'eL fora de tudo . Vou s
vender
meus
por
cos e basta. _
Onde
eu coloquei a chave do seu
dep
sito? No
mesmo lugar de sempre,
claro. no
barbante
em volta do meu
pescoo,
embaixo
da minha camisa. -
claro
que
eu
tomo
cui
dado . _ Aquele assalto outro dia.
quando
roubaram a carta
que
voc escreveu para mim Est certo, mas aquilo foi um assalto. e
contra isso
n o
se
pode
fazer nada. -
claro
que
eu
n o
entrego
a sua chave, jamais - Deixar
que
me tirem ela? O
que
voc
pensa que
eu sou? _ Press ionado ' Nunca fui pressionado, nunca
dei motivo para isso, - Eu,
sendo observado
Ridculo.
No
estou
sendo
o
bse
rvado, seno eu not aria . - Voc faz quest o
das
me
didas
enrg
icas? Eu sou totalmente a favor. Sugiro ass i
nam
l0S um
con
trato. Precisamos de um contrato de qualq
uer
maneira, antes
que o Sol se p
onh
a. - Isso, contra todo s q ue
n o
cumprem mais
contratos . Escute , eu tenho uma idia brilhante , ns simplesmente
decidimos
no
vende r mais ferro a um notrio perturbador da paz
e agitador, e em 'troca
vamos
oferec-lo
aos
elementos decentes
_ No brilhante
por
qu? - Voc acha que os grandes j est o
negocia
ndo
com
base
em medi
das
mais eficazes?
O E,trallbo, que se sentara tmllq iila ll/ellte e escu tam a COllrersa,
bate 110 ba rril.
D,\
;\SE : \ do barril aflito -
Um momentinho
Tenho que
interromper.
J
'o . s
atenderum
cliente.
Continuamos
as nossas negocia-
es logo mais .
O
Estmllbo
puxa-o pelo traseiro para fora do barril .
O ESTRA\1I0 _ Cheguei
bem
na hora H.
Como que
o se
nhor
foi cair
no barril? Se eu n o
apare
cesse o senhor ia acabar sufocando .
Da nsen ,
abo
rrecido, pe r
ma
/lece em sil /lcio se/ltado no cb
o.
O
ESTRA
\1I0 _ Por
que
o senhor est
to
calado? O se
nhor tem
algum
problem a? Sabe , seu Dansen, eu
andei
pens
and
o e acho que ns
dois
deve
ra
mos
estreitar as nossas
rel a e s .
realmente agrae :t
vel estar aqu i com o
sen
hor. A casa pequena, mas
n o
de se
jogar fora. Que tal um pac to de amizade?
DA: \
SE\ COII/ os
cabe
/os a rrepiados - Pacto de amizade...
-
7/25/2019 Bertolt Brecht - Dansen
7/9
200
B
crtolt Br
e
ch t
Dans
en
2 \
o ESTRA:\/I0 - PlCtO d ' , I
e amlzace . Acaricia o p
. .
I
p
orquinh
o b
onzinho
V . r.
an o {te
nseu
Que
_ . . oee e um p
orquinh
o bon : I , (.
voce e um porquinho b
on
: I T zm l
a
L . sim ,
. zm 10 . en ho um 'l s o
assmar um con n to Q , . . ' . ugestao : \amos
. Ue so
mo
s dOIS
arnig
7
lp is do bolso do Ct lS I c os . Ira coloco de
,V ICO. teranta se
e cata I
papel
do ch o, Rab isca II , c 11111 { OS pedaos de
.
c gumas
palacras
I
I
senhor
s
vai .. .
o
10
cerso
(
o
papel
.
O
, as
sinar que
nao vai
.
I
nhuma
se eu ' me as sa tar em
hip
tese ne-
p eg ,l r um p
or
co ou co is . . . ' .
senhor p
ode
me t ,l ef . IS,I assim. I: eu assino que o
prore o E ent o e e o n'llr a qualquer hora
para pedir
minha
ao , que ta ' '
DA:\s ':\ - Se o se I o
' . . n 10r nao me l ev ar a mal : eu
o
coisa dessas precipitadamente. nao quero fazer uma
O E
STRA
r\IIO - No?
O
porco
de Dali h
. . u grzlll . e pela
segu
nda vez.
DA
i\sE\
parte para
o p
. , ',
ano
-
FICa
quieto
Para 1:: /
I
. .
pnmelro que
teI -f . . o _\ I { I
.10 -
Eu teria
e
onar
sem falta pa ra o meu amigo S
, vensson .
O EST
RA
:\/I0 - Ah > o
. enrao o senhor n o
quer D .
de
eu ter o -d . ausen
se cala.
E apesar
ll l oque o senh
or
queria .
maneira antes de o
S I
' _ ' o contrato de qualquer
oo se por Para o po r I D
ando
o.
_ Vo _ . . co
Cle
m/sel/ . acarici-
o ce e um p
or
co
esperto
N .
Ent re ns no haveria di , _ . . I
os
nos entendemos.
o
\
ergencn
s
de
. 0
nao
para se r E ,o : opimao Mas pelo jeito
I
. u n,IO quero me Impor de I l
c o
chutam minhas
0 /' -rt:
'
e
moc
o a gum . Quan-
I.
.
e
,IS
c e amizade I
.eranta-se ,
of el/dido. . eu vou em xira.
O
porco
gru nhe
pela
t
er
ceira
rez:
DA\ SE\ en xuua o .
o Sl
t
Ol:
COIII o leno uermelbo
- .
I
rolta. Talvez eu
tenh
: ,. I .
Senh
or: O Estranho se
, I SICo
asp
ero
demais
E
dos ltimos I . ,IS . Jsses
aconte
cimentos
empos me at
ordoaram
.
comprar
um
po r
co?
multo
, O
senhor queria
O E
ST
RAr\/I0 -
Por
qi o ,
ie nao?
J A
:\SE\ rol/CO
-
E -
ntao
me
de
o contnto EI
. .
pre
cisa
de
cpia? '
e assina. Mas o senhor n o
O
EsTRA\/I0 -
No
pre ciso. Pe
o
porco
debaix
o do brao. Mande a
co nta no an o-novo . Ao
p{//1ir
E faa o favor de no esque
cer
que
o
senhor
ag
ora
meu amig
o e
que tem que
orientar o
seu
com rcio de ac
ordo.
At logo '
DA\ SE\ at nito - E agora eu fiz amizade co m ele Com o cOlltrato lias
m os.
diri
ge-se besitallte
0 0
telefolle
- Al Sv
en
ss
on . aqui
o
Dansen Eu quero co m un ica r a voc que , dito e feito. j fechei '
um
co ntrato, - Com quem? Com o fulano l , Ele n o cumpre
co n trato ' _
Mas eu tenh
o a ass in atura do pr
prio punh
o
dele
.
Espere . como que mesmo... eu
ainda
n o li inteiro.... bom:
ele n o pode me assal ta r e eu n o posso ajudar ningum que ele
assalte. _ Se ele assaltar voc? Fora de cogita
o.
Ele no pode
fazer isso o tempo todo O seu
depsito
agora prova de
bombas . _ Em
quem voc
pode confiar agora? Em mim Em
mim
voc pode
confiar . E eu
posso confiar nele
.
3
Dansen est
diante
de SI/O coso e
ainda
telefona ,
DA
: \
sE
\
_ Eu n o
entendo
como voc
pode achar que
a
nossa
uni
o
c
or
re perigo.
agora q ue p or
tr s di as e t rs
noites ininterruptas
eu garanti par a voc que ela no corre perigo, - B
om
. uma
coisa eu p
osso
dizer: se ele no honrasse esse contrato, eu seria
o primeiro a enfiar todo o
dinheiro economizado em cinco
an os
de
venda
de
porco
s no seu ferro. par a n os ar ma rmos a t os
dent
es. Se isso palavra? - No momento seria loucura, No
tem
nem
motivo . - O
que
que
tem
com o
cu
?
Olho em
rolta. -
mesmo. est vermelho .
DI/ra
te o COIIl ersa
o
c u tornou-se 1/m pOI/CO avermelhado. trooo
distoII/e. abafado.
DA
\SE
i _
...
um
trov o esquisito, Acho
que temos que
interromper
a conversa . Tenho que
dar
uma
o lh ad a n os meu s
porcos.
Claro que no
seu depsito tambm
. Especialmente por causa de
voc. agora estou feliz de verdade em t er um con tr at o com e le .
_ Agora voc vai ver que j ogada foi e ssa que eu fiz. Quer
apostar
que a essa altura o fulano j se
arrependeu de
ter se
comprometido comigo
dessa maneira? Em todo
caso
a
gente
tm
-
7/25/2019 Bertolt Brecht - Dansen
8/9
202
Bertolt
Brecht
Dansen
203
qu e ficar em ca nt a ta co ns ... Al Sve
nsso
n, voc ainda est a?
Sacode
o
telef one. mas a
liga o
ca i.
Droga . justo ago ra tinha
q ue ca ir a linha
Vai at
o
barril e
apanha o O
I/trato. Em
seguida solta a coleira com que havia
pr
endido
o
porco ao
barril.
E o
qu e
e u faria agora .se m
es
te pap el ? Esto u ca nsado
de
ma is. Os por co s ho je estavam t o irreq
uietos
que precisei
pren
d-los na
co
le ira. Fic a r te lefona
nd o
t
am
b
m
me ca
nso
u . E
ai nda tenho qu e f ic ar de g ua rda ho je noit e na fren te do dep
s ito ... e u devo isso
ao
me u am igo Sve
nsso
n.
Com
o
rolo do contra to sobre
o
ombro como
um
rifle.
fa
z
patntlha
diant
e do depsito. li/dando de
um lad
o
para o
outro e espreitando
com a
m o
a
cima
dos olhos.
Mas
seu
pa
sso logo se t
om a
arrastado.
Se e u relaxar a a te n o por um instante qu e se ja. as conseq n
cias para mim e pa ra o s m
eu
s dois
amig
os l de c ima sero
imprevisv
ei s . Agora com
o
porco
colo. senta-se de costas
para
a
pared
e do depsito. Boceja.
incrvel
qu e
ago ra e le
tambm
esteja
se asso
ciand
o ao
Poll ,
o comer
ciante
de
cavalos.
Quase cochila.
mas
endireita-se de rep
en t
e. agarra
o
cbateiro
do depsito qu e traz no pescoo, debaixo da camisa. e puxa-o
para f ora. Pelo men os e u ten ho a chave. Volta a guard-Ia. Eu
n o e ntendo por qu e o Poll tambm n o fe z. .. um co ntrato ...
com e le ... Ad
ormece.
Escurece. Somente
o
borizonte averm
elhad
o
perman
ece visvel. Uma
p laca com a inscri
o
Son ho de
Dans
en
desce lentamente.
Uma luz cor-de-rosa
pr
een che
o
pa lco e v-se Dansen e
o
Estranho,
parados
um diant
e do outro.
Dan
sen leva seu porco na colei
rae
o
contrato sobre
o
ombro.
O
Estranho. a
inda
em t ra jes civis. est
arma-
do at
os
d
ent
es . Um cap
ace
te na cabea,
um cintu ro
com granadas
de mo e
uma
p istola
au tomti
ca embaixo do brao.
O ESTRA;\lIO - Eu fui ass alta
do.
meu senhor. E
sta
va s fazendo
uma
visitinha
ino
cente
casa
de um tal de Poll , para me enco ntrar
com um a
migo
meu .
Enquan t
o e u
es t
ava na ' casa , fui ce rcado
pelo vizinho e assaltado na maior
tranq
ilidade . O se nho r tem
qu
e me
ajudar
.
DA\ SE
\
- Mas ...
O EST
{A
l :lIo - Pare com essa
falao.
No posso perder nem
um
minuto . o tenho tanto fer ro assim. Pre ciso urg ente da chave
do depsito do meu amigo Svensson .
D .-\ :\sF:\ - Mas essa eu n o posso entregar
O bTRA:\1I0 -
Para
mim o senhor pode. O dep:ito
p ~ e ~ i s a
,de
p r ~ ~ ~
o
total. Tem ferro at o teto e o
senhor nao
esta
em
co nd i .
, . I
de
defend-lo.
Me d
a
chave
Rpic
o .
, . I .
11
tC S
Antes
pelo
menos,
DA\SF:\ - Mas
confiaram
a
chave
as mll11:ls
1
c
.
t enho que
telefonar para o meu arrugo S\ensson .. .
. C
fi:
'U'IS m
o s
confiar s
minhas.
Chega
de
O bTRA:\1I0 - on 1.11' ,I S S , . .
, ' It '
imeaca
com a
pistola,
cnrolaco Mos ao a o .
I
' , .
t I to paro
o
tistran tro
e
De repeli/e. tiansen apoll to
o,
ro
o
{O,
O
.I{
pe rm{/lIece imorel nessa posiao ameaadora .
. > - O co raivoso te mo rdeu .
O ESTHA : I\O n o acreditando 110 q U 1
foi ? O qu e is so a?
DA:\SE
- O
co
ntrato
I
eu
preciso
Contratos' E quem c isse qu e e
O ESTIL\
;,\I\
O
desde
II OSO -
cumprir con
tratos?
,
Mas
esse comigo
o senhor
tem
DA
:\SF - Talvez
normalmente
nao .
que cumprir.
Is so t er r ve l Eu preciso do ferro .
O ESTR\:\I\O ba ixa a pis tola -
Est;10 todos cont ra
mim
.
DA
; \SF
,\
-
Sinto
muito.
conse,guir. es tou perdido. V;10 fazer
O ESTHA
;,\I\
O - se eu 11;\0
picadinho de mim. est ouvindo picadinho
DA ; \SF : - Devia t
er
pensado nisso antes . meu amigo .
, .
go
Eu te n
ho
que
O
I
, .uo
Toda 1
m
inh
a
exis
t
ncia es
ta em
JO .
:
STHA
II( - . ..
.
entra
r l. t
enh
o
qu e
e nt r ar. te nho
qu e
entrar:
I {
II/tm
o
papel
apcn aclo - In fel izmente impossvel.
D,\; \s ';,\
-
7/25/2019 Bertolt Brecht - Dansen
9/9
204
Bertolt Brecht
205
Dansen
o ESTRA
:\ I
0 - Eu
co
mpro lod os
os
se us po rcos se voc
me
ajudar
nisso
O porco de
Dansen gru nhe. 1 0
mesmo
ins
t nt
e um
sino
bate.
d istante.
DA
:\SE\ - Cale a
boca f: pela
libe rdade.
Para
o
Estranho -
Sentimos
muito
.
o
E
STRA \ I
0
c i de
joelhos. sol
uando
-
A
chave, por favor N;1o se ja
[
;
0 inflexvel Minh a famlia . m inha m u
lher.
meus filhos. minha
m e. mi nha av Mi
nh
as [ias
DA\SEi\ - N;10 posso faze r nad a. Com o mai
or
do s pesares . mas no
h nada a fa z er. Co ntrato co ntrato.
O ESTRA\ I0 alquebrado, lev nt -se com difi
culd d
e
- A mim s
me
resta me e nforcar. Esse co n tra to me custa a vida , e u, um dos
se
us
melhores cl ientes.
Derrotado, f z a volta p r partir. O
po rco gr
un
be pela segunda
vez
. Novamente
um
sino distante.
DA
:\SE\ - Sil
nc
io Essa
co
isa sua ps s
ima
. Sua m
or
al n o va le um
to st o . P
r
o Estra nho - E o se nho r n o me
ve
n ha mais com
essas
exig
ncias imora is. entendeu'
Comigo
n o funciona , um
dia a in
da
acabo perden do a
paci
ncia Com o contrato
IW
m o,
e
nq
u n to
o
Estra
nho s i
ca
mb le
nte.
canta a terceira estrofe
da
can
o Kong Kr ist i
an 1
alto do mastro:
Nie ls j ue l
ac ena ao
furado
Chegou
a
hora
Ia hern alto o
seu
bal o
O
in imigo
n o
escapa
n;10
E gri ta l do furado
Chegou a hora
Fu jam . fu jam
de
ma la e cuia
Eu so u Dan se n e a
minh
a f ria
N;1o demo ra
Mas no
ltimo oerso oure.
horror
iz
ado . o porco grunhindo pela ter
cetra rez:
O Estra nho rolta-se
de rep
ent
e e as
sum
e um postura
triun f
nt
e.
Escnrece. Um
noc
placa desce do alto. T
r z
a iuscri o E o des
pe
n r
de Dansen
.
. . I
O arco n o pa rou de g l7
l1 Ji
r. Ao l do
palco nor men te d l l l lW
(
o. P - rst - o [< tm
o ' I pa rede do deposito. es a
de Dausen, que dorme encost
i
o a p o ansen aco rda
I
(f i
le rmado at os dentes. cutuca-o com O ,
.10,
III/III
sobressalto .
o
ESTRA\IIO - Passe a chave
DA\SE\ - Mas eu
n o
posso en tregar
_ -
voc n'10 cumpre co nt ratos . se u a
nimal. Ah ,
O
ESTRA
\1I0 - En t O
. I . e dep oi s
no quer pres-
Assi na um co nt rato d e armzac e co migo . . I ' r 'I
. . b
t
Qu er
en c.
o nega
c
, . , o am stososr Pisa-o
CO
Ill a o a ,
tar serx
IOS I f
rr o?
Voce ago
ra
provou
,
iso
para
c
regar
ao e .
c
have
q
ue
eu pI e . c . do s piore s A rra nca o
A , '. B qu e me u
I g
0 , um ..
po
r n l
/s
_ o 11(
e
rasua-o em
pedacillbos.
E ag
or
a, pel a
contrato ( e slla.' I . h
ltima vez: pa sse a chave , r [ ixo 110 Estranho. O
)' a a chaue e pux -a com
o o J
a cb
re
de Dausen e destmllca o
porto.
. ' E eu dei I cha
ve
do Sve
nsso
n
em nome da
minh
a
DAiSE:\ SIIlP/(SO
- - .
fideli
da
de co ntratual
. .
volta-se m is um I'ez p m Dansell.
O ESTRA \1I0 aebasxo
do
p aQ, . I r _ V
se
e n trega
o porco de coleim e
d iz, m
eaai o . ,
toma- Je
'l o me v
en h
a co m co ntas.
e spo nt 'lI1eame n[e, e n.
o s ou tros porco s . . o porco deb ixo do brao.
E
en tra no depsito de SI'e
IlSSO Il
com