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Janeiro de 2014 - ISSN 2175-2680 O Ministério da Ciência e Tec- nologia (MCT) foi criado em 15/03/1985, pelo então presidente da República, José Sarney, através do decreto 91146/85. No período de 29/03/1989 a 29/11/1989, foi incorporado ao Ministério do De- senvolvimento da Indústria e Co- mercio (MDIC) e, ao final desse período, tornou-se Secretaria Es- pecial. Em 1990, o presidente elei- to, Collor de Mello, colocou-a sob subordinação direta da Presidên- cia da República. Em 27/10/1992, o presidente, Itamar Franco, re- criou o Ministério da Ciência e Tecnologia, tendo como Ministro da pasta, José Israel Vargas. A partir de então, algumas enti- dades representativas dos servido- res, com exercício em instituições que executavam tarefas, no âmbito da pesquisa, ciência e tecnologia, reuniram-se para discu- C & T Uma carreira que vem fazendo história tir a criação de uma carreira ino- vadora para a área. Este grupo (O Fórum) lutou e conseguiu integrar uma comissão, criada no âmbito do Ministério de Ciência e Tecno- logia, para estabelecer as regras para a criação da Carreira de C&T. Este trabalho resultou, em 1993, na criação da Carreira de C&T, que integrava os conceitos da remune- ração com base na meritocracia, em que o reconhecimento e a valo- rização seriam atrelados ao conhe- cimento e à capacitação dos servi- dores, através de acréscimos aos vencimentos dos mesmos. Houve o estabelecimento de uma tabe- la salarial única para servidores de C&T, ativos e aposentados do Plano de Carreira. Nessa época, se conquistou a Gratificação de Atividade Executi- va – GAE, no percentual integral de 160%, o dobro que era pago aos servidores de outras carreiras, bem como a criação dos percen- tuais de 18% para portadores de aperfeiçoamento, 35% para porta- dores de título de mestre e 70% para portadores de título de dou- tor. Estes percentuais referentes à titulação eram extensivos ao servi- dor de nível intermediário, mas, o servidor de nível auxiliar poderia receber apenas o adicional de es- pecialização. Como eram incluídos como acréscimos de vencimentos, entravam na base de cálculo para todas as parcelas calculadas sobre FÓRUM DE C&T EM ATIVIDADE EM BRASÍLIA NO INPA, EM ATIVIDADE NO AMAZONAS

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Boletim mensal da C&T

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Page 1: Boletim cet jan2014 web

Janeiro de 2014 - ISSN 2175-2680

O Ministério da Ciência e Tec-nologia (MCT) foi criado em 15/03/1985, pelo então presidente da República, José Sarney, através do decreto 91146/85. No período de 29/03/1989 a 29/11/1989, foi incorporado ao Ministério do De-senvolvimento da Indústria e Co-mercio (MDIC) e, ao final desse período, tornou-se Secretaria Es-pecial. Em 1990, o presidente elei-to, Collor de Mello, colocou-a sob subordinação direta da Presidên-cia da República. Em 27/10/1992, o presidente, Itamar Franco, re-criou o Ministério da Ciência e Tecnologia, tendo como Ministro da pasta, José Israel Vargas.

A partir de então, algumas enti-dades representativas dos servido-res, com exercício em instituições que executavam tarefas, no âmbito da pesquisa, ciência e tecnologia, reuniram-se para discu-

C &T Uma carreira que vem fazendo história

tir a criação de uma carreira ino-vadora para a área. Este grupo (O Fórum) lutou e conseguiu integrar uma comissão, criada no âmbito do Ministério de Ciência e Tecno-logia, para estabelecer as regras para a criação da Carreira de C&T. Este trabalho resultou, em 1993, na criação da Carreira de C&T, que integrava os conceitos da remune-ração com base na meritocracia, em que o reconhecimento e a valo-rização seriam atrelados ao conhe-cimento e à capacitação dos servi-dores, através de acréscimos aos vencimentos dos mesmos. Houve o estabelecimento de uma tabe-la salarial única para servidores de C&T, ativos e aposentados do Plano de Carreira.

Nessa época, se conquistou a Gratificação de Atividade Executi-va – GAE, no percentual integral de 160%, o dobro que era pago aos servidores de outras carreiras, bem como a criação dos percen-tuais de 18% para portadores de aperfeiçoamento, 35% para porta-dores de título de mestre e 70% para portadores de título de dou-tor. Estes percentuais referentes à titulação eram extensivos ao servi-dor de nível intermediário, mas, o servidor de nível auxiliar poderia receber apenas o adicional de es-pecialização. Como eram incluídos como acréscimos de vencimentos, entravam na base de cálculo para todas as parcelas calculadas sobre

FÓRUM DE C&T EM

ATIVIDADE EM BRASÍLIA

NO INPA, EM ATIVIDADE NO AMAZONAS

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os mesmos, dando ensejo a rea-justes remuneratórios maiores.

No início, a GAE tinha abran-gência limitada apenas ao servidor de nível superior, mas, depois, foi estendida a todos os servidores de C&T, após intensa luta, através do Fórum de C&T, com pressões no Congresso Nacional e no Ministé-rio da Ciência e Tecnologia.

Em 2000, o Fórum de C&T con-quistou a incorporação da GAE ao Vencimento Básico. Em contra-partida, o governo criou a GDACT, que sofreu alterações em 2008 e 2012 e que existe até a presente data, apesar de acordo firmado na Campanha Salarial de 2012 entre o MPOG, o Fórum de C&T, a CON-DSEF e a CUT, para se iniciar os

debates visando sua incorporação total ao Vencimento Básico.

Ressalta-se que as conquistas e avanços do Fórum de C&T passa-ram por profundas reflexões das conjunturas de cada momento e pelo entendimento dos limites que se apresentavam, sem nunca abrir mão da democracia interna e do incentivo às entidades pela mobilização das bases.

É parte do tripé a mobilização dos servidores, respeitando a au-tonomia de cada entidade; o diálo-go e a pressão junto ao MCTI; e a busca de apoios políticos, na defe-sa dos interesses dos servidores.

Um exemplo desse movimen-to dialético foi a própria criação das carreiras de C&T, alcançando todos os servidores da área, num

momento em que existiam poucas carreiras, de pouca ou nenhuma amplitude até aquele momento. Outro exemplo é a incorporação da Gratificação de Atividade Exe-cutiva - GAE, em 1993, na criação da Carreira de C&T. A GAE, que correspondia a 160% do Venci-mento Básico, quando a maioria do funcionalismo ganhava um percentual menor (80%) e muitos

levaram quase 10 anos para incor-porá-la.

A incorporação da gratificação de produtividade, junto a outras conquistas, destacou a remunera-ção da Carreira de C&T, em relação à maioria dos servidores públicos federais, embora ainda esteja abai-xo dos valores pagos pelo Banco Central, Receita Federal, etc.

No processo de suas lutas, o Fórum de C&T se caracteriza através do tripé:

mobilização, autonomia e diálogo

FÓRUM DE C&T SE REÚNE COM PARLAMENTARES DO AMAZONAS

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Nesta oportunidade, as enti-dades participantes do Fórum de C&T reafirmam os princípios de atuação que garantiram que o mesmo se consolidasse como o mais importante espaço coletivo em defesa dos servidores de C&T e de nossas carreiras.

O Fórum de C&T não é uma entidade sindical, mas um espa-ço político de discussão plural, democrático e apartidário, que se entende como lugar privilegiado de construção da atuação conjun-ta em defesa da Carreira de C&T, e que acolhe as instituições que se apresentem como legítimas repre-sentantes do conjunto dos servi-dores de C&T, em cada órgão.

No processo de contínuo forta-lecimento da luta dos trabalhado-res, o Fórum continuará a incen-tivar a participação, em seu seio, do maior número possível de en-tidades representativas dos servi-dores de C&T, buscando inclusive o contínuo contato com aquelas eventualmente afastadas.

As entidades que o compõem dão conta das múltiplas realida-des inerentes a carreiras plurais, capilarizadas por várias áreas do serviço público, como as nossas. São tais entidades as portadoras da legitimidade frente aos servi-dores que representam, atuando, portanto, como porta-vozes dos variados anseios da categoria.

Em respeito a essa pluralida-de e legitimidade, desde o início, optou-se pela horizontalidade hierárquica, ou seja, não há entre os representantes das entidades dos servidores quem tenha po-der maior que os demais. Mesmo que algumas entidades possuam maior número de sócios ou recur-sos financeiros, isto não constitui motivo que imponha convicções e posições políticas. Nem mesmo a

atribuição a uma das entidades de secretariar os trabalhos pode sig-nificar posição hierárquica supe-rior e prevalência desta entidade em relação ao coletivo.

Espaço de discussão e não ins-tância representativa, o Fórum de C&T não possui qualquer estrutura burocrática, à exceção das tarefas de secretaria, que têm por objetivo congregar as instâncias e sua con-vivência; exercida por uma das entidades participantes, não por pessoas, em um mo-delo despersonalizado de poder, que contri-bui à construção co-letiva de caminhos de luta.

O Fórum de C&T reafirma sua opção pelo acor-do político, pelo consenso e não pelo voto, como forma de garan-tir a independên-cia de atuação das entidades e de forta-lecer a atuação coleti-va. Não possui qualquer instrumento que signifique obrigar ou mesmo constranger qualquer entidade representativa a adotar posturas que contrariem decisões tomadas pelos servido-res reunidos em Assembléia, es-paço primeiro de mobilização. A insistência no debate em busca do consenso ou do acordo leva a entendimentos que as tradicio-nais organizações sindicais verti-cais têm dificuldade de entender. Este processo, mesmo por vezes cansativo, valoriza o exercício da democracia e da igualdade de ex-pressão.

Na defesa dos interesses dos servidores de C&T e de suas car-reiras, o Fórum deve buscar sem-

Princípios norteadores da constituição e atuação

do Fórum de C&T

pre pautar a sua atuação a partir de um conjunto de reivindicações que efetivamente representem tais premissas, de forma a aten-der de maneira isonômica o con-junto dos servidores das carreiras, reconhecidas as especificidades dos diferentes órgãos e ativida-des, onde tais carreiras se desen-volvem, entendendo sempre essa

multiplicidade estratégica de es-paços ocupados por C&T, uma das razões de sua fortaleza.

Ciente de que os servidores de C&T estão inseridos no conjunto maior das lutas em defesa de um serviço público de qualidade, que respeite os cidadãos e seus tra-balhadores, o Fórum tem como compromisso a busca de uma articulação constante com as de-mais entidades de servidores pú-blicos, na busca da construção de uma pauta que unifique a luta.

O que é:O Fórum Nacional das Entidades Represen-

tativas da Carreira de Ciência e Tecnologia (C&T) representa os servidores de dezenove instituições

públicas federais de sete ministérios, MCTI, MD, MDIC, MEC, MTE, MS, MMA, e da SAE/PR.

Abrigam atividades estratégicas para o desenvolvimento econômico e social do Brasil, que vão da pesquisa básica à inovação tecnológica, com o objetivo de transformar o Brasil em um país rico. Ao longo de 21 anos, o SIN-DSEP-AM, sempre teve destacada participação nas

lutas encaminhadas pelas entidades em defesa da C&T nacional e na garantia e ampliação dos

direitos dos trabalhadores dos servidores do INPA, na Carreira de Ciência e

Tecnologia.

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SERVIDOR DO INPA VENHA PARA LUTA: Filie-se no SINDSEP-AM

Você pode fazer a diferença!

1. Unificar a luta com todos os SPF’s;

2. Fortalecer a luta da base da CONDSEF;

3. Reforçar a Pauta Geral dos SPF’s;

4. Lutar pela valorização do VB com incorporação da GD;

5. Que as GQ’s sejam percentuais sobre o VB;

6. Reajuste geral dos benefícios (auxílio-alimentação, vale-transporte, diárias, auxílio-creche e maior aporte do governo federal no plano médico);

7. Reajuste da contrapartida do governo para os Planos de Saúde;

8. Manutenção e fortalecimento da GEAP;

9. Contra o aumento abusivo dos Planos de Saúde;

10. Reforçar e participar da luta dos SPF’s nos Estados;

11. Incorporar os institutos nacionais de Cardiologia e Traumato-ortopedia na C&T;

12. Antecipação para 2014 do reajuste previsto para 2015;

13. Anistia das faltas de greve de 2012/2013;

14. Inclusão das GQ’s 1, 2 e 3 para os servidores de nível auxiliar;

15. Recomposição das RT’s para os servidores de nível superior;

16. Regulamentação da Aposentadoria Especial;

17. Revisão da ON nº 6 que trata da Insalubridade, Periculosidade e outros adicionais;

18. Reabertura da discussão sobre aglutinação de cargos, onde necessário;

19. Equiparação das GQ’s à maior GQ existente hoje.

20. Nenhuma verba pública de C&T para empresas privadas, contra a PEC 270/2013 e o PL 2177/2011;

21. Cumprimento total do acordo n 9/2012, assinado pelo MPOG e CONDSEF/CUT/Fórum C&T;

22. Pagamento imediato do retroativo da gratificação de qualificação de nível intermediário a partir de 2008;

23. Retorno da ascensão funcional, de acordo com a PEC 34/2007;

24. Política permanente para recomposição do quadro de pessoal;

25. Realização imediata de concurso público;

26. Extensão da licença-paternidade de 5 dias para 15 dias;

27. Contra a quebra do monopólio da produção de radio fármacos e sua utilização através do Sistema Único de Saúde.

O Sindsep Amazonas reafirma o seu compromisso com os servidores do INPA para 2014

O Plano de Lutas/Pauta de Reivindicações do

Sindsep-AM incorporam a luta da CONDSEF e as

atividades do Departamento de C&T da Confederação,

propondo:

DIRETORIA EXECUTIVA SINDSEP/AMMENANDRO ABREU SODRÉANTT - SECRETARIO GERAL

ADMINILDO LIMA DOS SANTOSFUNASA - SECRETARIO DE FILIAÇÃO E ASSUNTOS DO INTERIOR

WALTER MATOS DE MORAESFUNASA - SECRETARIO DE FINANÇAS

GERALDA DE SOUZA OLIVEIRAM.SAUDE - SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO

JORGE LUIZ RAMOS LOBATOINPA - SECRETARIO DE IMPRENSA E COMUNICAÇÃO

ARMANDO LUIZ CALHEIROS MILONFUNAI - SECRETARIO DE ASSUNTOS JURIDICOS

GLEIG CORRÊA DE SÁINPA - SECRETARIO DE FORMAÇÃO POLITICA E SINDICAL

IVAN TAVARES RAMOSM.SAUDE - SECRETARIO DE ESTUDOS SOCIOECONOMICO

GLORIA QUEIROZ DA CRUZCONAB - SECRETARIA DE EMPRESAS PUBLICAS,POLITICAS

JOÃO PEREIRA LEITEDNIT - SECRETARIO DE APOSENTADOS E PENSIONISTAS

APRIGIO RODRIGUES DE S.FILHOINPA - SECRETARIO DE CULTUA E MOVIMENTO SOCIAIS

ASCOM/ Sindsep-AMJornalista responsável: Juliana BelotaTextos: Jorge Lobato, Juliana BelotaImagens: Jorge LobatoEditoração eletrônica: Tito Fernandes