boletim esperança 19

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Boletim Esperança – Página 1 B Bol l e e t t i i m m E E s s p p e e r r a a n n ç ç a a Informe de Estudos Espíritas, RJ, Ano II, N. 19 NOVEMBRO, 2010 GOTAS DE AMOR DE ANDRÉ LUIS Retire lucros eternos de perdas temporárias. À frente da tempestade, não se perca em lamentações. Medite nos benefícios que advirão de sua passagem. Ajude com sua oração a todos os irmãos, que exibem o realejo da desculpa para todas as faltas. Se você errou desastradamente, não se precipite no desespero. O reerguimen- to é melhor medida para aquele que cai. As suas lágrimas não substituem o suor que você deve verter em benefício da sua própria felicidade. NESTE BOLETIM Capa EDITORIAL GOTAS DE AMOR DE ANDRÉ LUIS Página 02 SOMOS ESPÍRITOS IMORTAIS COLUNA DO CAMINHO Página 03 MENSAGEM DO MÊS VALÊNCIA Página 04 EDUCAR É ENTENDER E AGIR JUSELMA MARIA COELHO Página 05 DIVALDO PSICOGRAFA EM ESPANHOL CREDO ESCOLA ESPERANÇA Página 06 ANTONIA E O CORAL ESPERANÇA EXPEDIENTE PROGRAMAÇÃO DA CASA DATAS IMPORTANTES ANIVERSARIANTES DO MÊS EDITORIAL Dentre as datas comemorativas do Espiritismo, destacam-se 14-11-1876 nascimento de Manoel Philomeno de Miranda – e 01-11-1918 desencarnação de Eurípedes Barsanulfo, o “Apóstolo do Triângulo Mineiro”. Nascimento e morte de missionários do Amor são marcos do ciclo da Vida, atendendo à determinação divina da evolução planetária. Enquanto Philomeno (Espírito) se tem dedicado às questões da obsessão e desobsessão, Barsanulfo, fundador do Colégio Allan Kardec, em Sacramento (MG), devotou sua vida à educação espírita com tal desvelo que ficou registrado na memória cultural brasileira com o livro “Eurípedes – o homem e a missão”, por Corina Novelino, e o documentário “Eurípedes Barsanulfo, educador e médium”, por Oceano Vieira de Melo. Do Brasil para o mundo, o Espiritismo faz História! Vale a pena conferir. A EQUIPE Crônicas de família é um programa apresentado por Ana e Anete Guimarães, sendo recomendado para toda a família, por abordar temas e casos diferenciados, sempre relacionados à convivência familiar, com orientações para a solução de eventuais conflitos.

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Informativo mensal do Grupo Espírita Caminho da Esperança, instituição fundada por Geraldo e Ana Guimarães, pais de Anete Guimarães.

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Page 1: Boletim esperança 19

Boletim Esperança – Página 1

BBBollleeetttiiimmm EEEssspppeeerrraaannnçççaaa Informe de Estudos Espíritas, RJ, Ano II, N. 19 NOVEMBRO, 2010

GOTAS DE AMOR DE ANDRÉ LUIS

Retire lucros eternos de perdas temporárias.

À frente da tempestade, não se perca em lamentações. Medite nos benefícios que advirão de sua passagem.

Ajude com sua oração a todos os irmãos, que exibem o realejo da desculpa para todas as faltas.

Se você errou desastradamente, não se precipite no desespero. O reerguimen-to é melhor medida para aquele que cai.

As suas lágrimas não substituem o suor que você deve verter em benefício da sua própria felicidade.

NESTE BOLETIM Capa

EDITORIAL

GOTAS DE AMOR DE ANDRÉ LUIS

Página 02

SOMOS ESPÍRITOS IMORTAIS

COLUNA DO CAMINHO

Página 03

MENSAGEM DO MÊS

VALÊNCIA

Página 04

EDUCAR É ENTENDER E AGIR

JUSELMA MARIA COELHO

Página 05

DIVALDO PSICOGRAFA EM ESPANHOL

CREDO

ESCOLA ESPERANÇA

Página 06

ANTONIA E O CORAL ESPERANÇA

EXPEDIENTE

PROGRAMAÇÃO DA CASA

DATAS IMPORTANTES

ANIVERSARIANTES DO MÊS

EDITORIAL

Dentre as datas comemorativas do Espiritismo, destacam-se 14-11-1876 – nascimento de Manoel Philomeno de Miranda – e 01-11-1918 – desencarnação de Eurípedes Barsanulfo, o “Apóstolo do Triângulo Mineiro”.

Nascimento e morte de missionários do Amor são marcos do ciclo da Vida, atendendo à determinação divina da evolução planetária.

Enquanto Philomeno (Espírito) se tem dedicado às questões da obsessão e desobsessão, Barsanulfo, fundador do Colégio Allan Kardec, em Sacramento (MG), devotou sua vida à educação espírita com tal desvelo que ficou registrado na memória cultural brasileira com o livro “Eurípedes – o homem e a missão”, por Corina Novelino, e o documentário “Eurípedes Barsanulfo, educador e médium”, por Oceano Vieira de Melo.

Do Brasil para o mundo, o Espiritismo faz História!

Vale a pena conferir. A EQUIPE

Crônicas de família é um programa apresentado por Ana e Anete Guimarães, sendo recomendado para toda a família, por abordar temas e casos diferenciados, sempre relacionados à convivência familiar, com orientações para a solução de eventuais conflitos.

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Boletim Esperança – Página 2

COLUNA DO CAMINHO

SEMINÁRIO: “A CAMINHO DA LUZ”.

Em 24 de outubro de 2010, domingo, foi realizado no Grupo Espírita Caminho da Esperança, um seminário bastante elucidativo sobre a história da civilização, relatada, de forma pouco habitual, por nossa expositora Anete Guimarães, que mostrou o lado espiritual dos grandes acontecimentos, esclarecidos ao longo do seminário.

Com base no livro “A Caminho da luz”, de Emmanuel, psicografado por Francisco Cândido Xavier, Anete narrou a trajetória da Humanidade, desde os seus primórdios, mostrando as transformações evolutivas dos nossos ancestrais – dos primatas até o homo sapiens, justificando a teoria de Darwin.

O valioso conteúdo acerca da gênese planetária ofereceu um panorama a respeito de como foram os primeiros habitantes do orbe terrestre, passando pelas seguintes indagações: Quem somos? de onde viemos? para onde

vamos? Segundo as revelações de

Emmanuel, há muitos milênios, o orbe terrestre foi habitado por Espíritos oriundos de Capela, estrela da Constelação do Cocheiro, tratando-se de seres decaídos moralmente, exilados e degredados na Terra. Foram aglomerados em quatro grandes grupos por afinidades e sentimentos e, com o passar do tempo, formaram os grupos dos árias, a civilização do Egito, o povo de Israel e as castas da Índia.

A expositora destacou ainda as civilizações descendentes dos referidos grupos, dentre elas, a indo-europeia, incluindo os latinos, os celtas e os gregos, além dos germanos e dos eslavos, ressaltando as virtudes e os defeitos de cada um, dentre estes últimos, o orgulho, a vaidade e a revolta. Anete discorreu ainda sobre a propagação do cristianismo, os missionários de Jesus, a Idade medieval, a Inquisição, as Cruzadas, a Revolução Francesa, chegando, então, ao surgimento do Espiritismo no século XIX.

A grande ênfase foi para as inestimáveis contribuições herdadas das civilizações como a hindu, bem como a dos hebreus. Quanto aos egípcios, formaram a civilização mais evoluída e que detinha insondáveis segredos sobre a vida e a morte, razão pela qual, logo saldou o seu débito retornando a Capela, o paraíso perdido, segundo Emmanuel.

Com tantas informações, o seminário prendeu a atenção dos presentes, pela apresentação sugestiva do tema, utilizando-se de técnicas e recursos audiovisuais, bem como pela fundamentação respaldada em pesquisas, estatísticas, filmes, etc., que imprimiram caráter de credibilidade à argumentação da expositora.

Ao término do seminário, ficou um sentimento de curiosidade sobre o tema, assim como um desejo de continuidade desse estudo posteriormente.

SOMOS ESPÍRITOS IMORTAIS Este foi o tema do VI Congresso Espírita

Mundial, que durou 3 dias, na bela cidade de Valência (Espanha), a qual, gostaria de dizer de passagem, é meritória de ser visitada mais calmamente, pela riqueza de sua histórica.

Muitas dificuldades foram registradas por vários irmãos até chegarmos a Valência. Uma chuva torrencial parecia lavar a atmosfera para o evento. Mas um sol radiante, no dia de nosso encontro, despontou no horizonte derramando a luz do sucesso sobre os corações esperançosos ali presentes.

Ao chegarmos ao local, o Centro de Convenções Feira de Valência, fomos tomados de muita emoção, por reencontar amigos de países do mundo inteiro, registrada na alegria imensa em cada rosto. Estávamos compartilhando um momento que iria transformar a vibração da psicosfera europeia.

Sentimos uma certa apreensão quando vimos esse megaevento, num solo ainda árido, marcado por cicatrizes profundas de longos anos de fanatismos religiosos.

Mas Deus não abondona seus filhos e espera de nós a unificação dos povos e a paz tão falada e pouco praticada. Foi assim, então, que sob Sua regência, Espíritos iluminadíssimos envolviam toda a cidade, já bem antes do evento, e sentimos que uma reforma se faria. Espíritos comprometidos, há séculos, foram vistos de joelhos pedindo perdão a Deus, durante as conferências. Isso, após tentarem prejudicar as tarefas, sem nada poderem insuflar de mal nos mais suscetíveis.

Queridos irmãos, prefiro vos relatar, neste pouco espaço, minhas sensações da alma, já que, por meio da Internet, tudo poderão saber sobre as conferências.

Lógico que não posso deixar de registrar a importância vibratória de certos palestrantes, como a cativante Maria de la Gracia Ender (Panamá), que arrebatou corações sensíveis. Também, nosso querido Edwin Bravo (Guatemala), com sua coragem como doutor dos necessitados, que fez um tratamento de choque na plateia, abalando o público com suas imagens chocantes do Haiti; Jorge Berrio (Colombia), que cativou a todos, expondo as dificuldades de perdoarmos; e o simples e tocante amigo Carlos Campetti (Brasil), que muito bem abordou os temas evangélicos, sem nenhum apoio visual, mas muito bem intuído.

Obviamente, a oração final e a mensagem de Divaldo Franco, que, como por um passe de mágica, acalmou a atmosfera, para que pudéssemos voltar aos nossos lares meditativos, para começarmos já nossa reforma íntima e termos em rédeas nossos destinos, fazendo, assim, de nossa bela Terra um planeta pacífico e solidário.

Poderia citar muitos outros, mas escolhi com meu coração, esses irmãos que se doaram de sentimentos abertos.

Não posso deixar de citar que, para a realização do Congresso, muito empenho do CEI foi necessário e mesmo muito sacrifício.

Nosso pacificador, Nestor Masotti, se destacou mais uma vez, sempre muito discreto, com seu sorriso paternal, resolvendo questões de toda ordem, durante todo o Congresso e, nas reuniões do CEI que sucederam ao evento, por dois dias consecutivos. Países nunca vistos nessas reuniões ali estiveram.

Já sinto a mudança impregnante em solo europeu. Rogo a Jesus que mantenhamos esse clima de amor, prosperidade espiritual e união.

Um grande abraço à minha família do Caminho da Esperança,

Marcia AlvesMarcia AlvesMarcia AlvesMarcia Alves Centre Philosophique Spirite « Nosso Lar »

Page 3: Boletim esperança 19

Boletim Esperança – Página 3

RIGADO GERALDO

Éramosfelizes, como felizes eram as oportunidades de

ouvir o nosso mais fluente orador. Sorriso fácil e presença

agradável em qualquer ocasião, ele sempre soube orientar

com o aconselhamento gentil. Houve dia em que desafiado a

Segundo Emmanuel e outros benfeitores espirituais que dirigem o movimento espírita brasileiro, 5 bilhões de anos atrás, Jesus, um Espírito perfeito, com seus colaboradores, foi encarregado de desenvolver a evolução de uma parte da explosão solar que Ele denominou planeta Terra.

Na Era Quaternária, pediu a Deus que abençoasse o seu trabalho e a Terra toda foi envolvida pelo gérmen da vida, pelos seres unicelulares, que Ele desenvolveu construindo toda a flora e fauna do Planeta. Nesse processo, surgiu o homem, que recebeu, desde o início, ajuda divina, para desenvolver-se cada vez mais em busca da perfeição.

Trouxe habitantes de outros mundos, principalmente do sistema de Cabra ou Capela, Espíritos altamente desenvolvidos intelectual, tecnológica e cientificamente, sem valores morais definidos, que viveram no nosso planeta nas eras primitivas, ajudando a desenvolver a cerebração e os corpos dos terrestres, corpos que eles habitaram durante alguns milênios, criando as grandes civilizações do passado, nas quais reaprenderam a viver com dignidade, resgatando o pretérito infeliz e habilitando-se a voltar para as plagas siderais.

Jesus, o Governador da Terra, sempre esteve atento, manipulando as vidas, as sociedades, as nações, promovendo as experiências e modificações indispensáveis à evolução moral, intelectual e espiritual dos homens. Quando necessário, criou nações e povos, retirou homens de umas plagas para outras, ajuizando a vida segundo seus critérios divinos.

Deixou uma parte física da Terra para ser descoberta no futuro, quando Ele deveria estabelecer as bases de uma nova era na história do pensamento.

As Américas se tornaram os depósitos de esperanças para o futuro, onde Ele colocou povos especializados. Na América do Norte, os antigos romanos, que estruturaram uma nação poderosa, baseada eminentemente no direito, no respeito às leis.

Na parte do sul, Ele criou um país continental, o Brasil, em cuja intimidade fez nascer Espíritos de várias culturas, de várias nações, construindo uma nação heterogênea, fortalecida na paz e na simplicidade pelos benfeitores espirituais e divinos, que aguardavam o momento para estabelecer a verdadeira missão do Brasil: Coração do Mundo, Pátria do Evangelho.

A nação brasileira, muito rica em valores naturais, será o celeiro de recursos para os povos mais pobres do Planeta e já é um celeiro imenso de riquezas espirituais.

Através da revelação espírita, que esclarece o ser humano sobre a sua origem, a sua natureza, o seu destino e o verdadeiro sentido da vida, ela afirma que Deus, o criador do Universo, existe; e que o homem é constituído de corpo e de espírito. Corpo perecível, espírito eterno.

Vivendo duas expressões de uma mesma vida: a material e a espiritual, permitindo o intercâmbio entre os dois mundos, a continuidade da vida e do amor, a evolução através das reencarnações, a mais bela página da justiça que a Humanidade conheceu, pois permite, através das vidas sucessivas, a renovação de todos os valores, o resgate de todos os equívocos e o desenvolvimento do ser divino, pois todo espírito foi criado um dia simples e ignorante, à imagem e semelhança de Deus.

No momento certo, Jesus transferiu a doutrina espírita nascente, que se constituira na França, para as terras do Brasil, construindo aqui o celeiro de riquezas espirituais para toda a Terra.

Da França, se derrama sobre o orbe a filosofia espírita, a mais liberal filosofia que o mundo já conheceu, que respeita todas as experiências terrestres, ajudando as criaturas a compreender o verdadeiro sentido da vida, no momento em que ela, experiente e madura, desperta para a consciência plena e para a sua participação como herdeiro de Deus na construção de uma nova era.

Jesus envolve a terra brasileira nas suas bênçãos, para que ela cumpra seus objetivos e as suas metas, assim como nos mais variados períodos da história envolveu nações e povos para que cumprissem os seus objetivos.

Hoje, o Brasil é o grande exportador do cristianismo redivivo, nas suas teses abençoadas, que valorizam a Terra, as nações, todos os povos e todos os seres : ecologia ambiental, ecologia social e ecologia pessoal.

Gera ld o Gu ima rã esG e ra ld o Gu ima rã esG e ra ld o Gu ima rã esG e ra ld o Gu ima rã es *Palestra virtual promovida pelo IRC-Espiritismo (http://www.irc-espiritismo.org.br)

VALÊNCIA Valência, município que dista de Barcelona 350km, considerada

a terceira cidade mais importante da Espanha, teve destaque especial, nos dias 10 a 12 de outubro próximo passado, por se ter tornado o foco das atenções de espíritas de todo o mundo, visto ter abrigado o VI CONGRESSO ESPÍRITA MUNDIAL.

Centenas de pessoas dos cinco continentes participaram deste evento organizado pelo Conselho Espírita Internacional (CEI) e coordenado pela Federação Espírita Espanhola, sob o tema “Somos Espíritos Imortais”.

Tivemos a oportunidade de conhecer e ouvir personalidades de diversos segmentos da cultura, das ciências, das artes, da medicina e da filosofia que, por sua vez espíritas, levaram seus estudos sobre os conteúdos da Doutrina Espírita.

Abrindo o evento, o médium Divaldo Pereira Franco fez uma conferência sobre o tema que deu origem ao Congresso, com o brilhantismo da sua oratória, rica de informações e elucidações para o crescimento dos seres humanos, o que foi visto em todo o Planeta, já que a TV SEI transmitiu todas as atividades do Congresso.

Um dos destaques do evento foi o Dr. Sérgio Felipe de Oliveira, que tratou do tema Médiuns e Mediunidade, com ênfase nas questões relacionadas à glândula pineal.

Encerrando as atividades do Congresso, a conferência do prof. José Raul Teixeira, discorrendo sobre o tema “Uma nova era para a Humanidade”, culminou em êxito, pela forma objetiva e doutrinária com que estimulou a plateia a cooperar com a transformação planetária.

Por fim, Divaldo Franco foi convidado para proferir a prece final, brindando-nos com uma linda mensagem do Espírito José Maria Fernandez Colavida.

Retornamos sob o enlevo dos momentos vividos e as possibilidades que se descortinam para todos nós, os que buscamos ser os espíritas-cristãos da Nova Era.

Solange Pinho SeixasSolange Pinho SeixasSolange Pinho SeixasSolange Pinho Seixas Mansão do Caminho – Salvador (BA).

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Boletim Esperança – Página 4

EDUCAR É ENTENDER E AGIR

“A educação é a arte de formar os homens, isto é, a arte de fazer eclodir neles os germes da virtude e abafar os do vício; de desenvolver sua inteligência e de lhes dar instrução própria às suas necessidades; enfim, de formar o corpo e de lhe dar força e saúde. Numa palavra, a meta da educação consiste no desenvolvimento das faculdades morais, físicas e intelectuais. Eis os que todos repetem, mas o que não se pratica”.

Hippolyte Léon Denizard Rivail A correria do dia a dia nos faz inverter situações, como,

por exemplo, exigir da criança aquilo que queremos, achando que ela tem que atender as nossas necessidades, quando o correto seria o inverso, ou seja, procurarmos dar mais atenção para a criança que precisa aprender o que é certo e errado.

Em vez e ensinar, nós exigimos o comportamento correto da criança, quando ela ainda nem sabe o que é isso. E se nós não ensinamos, ela nunca vai aprender e vai continuar errando a vida inteira.

Outra grave distorção dos adultos é a falta de tolerância. A criança precisa errar para aprender, pois o erro é parte do aprendizado. Ninguém erra porque quer, mas porque não sabe. E para aprender, alguém tem que ensinar, até que ela aprenda a conviver com os próprios erros e a corrigir sempre que necessário.

Como as crianças de hoje recebem muitas informações desde cedo, é normal que passam também a agir desde cedo. É por isso que não devemos nos surpreender com os erros das crianças, pois se são mais ativas do que eram as crianças de antigamente, é perfeitamente compreensível que também cometam mais erros, exigindo muito mais atenção dos adultos para que aprendam, o quanto antes, a agir de forma correta.

Como a criança não quer errar, ela acaba se sentindo culpada cada vez que é repreendida, principalmente por alguns pais que ainda apelam para o castigo físico ou outras formas de repressão, gerando frustrações e introspecção. O medo é a pior consequência desse tipo de atitude repressiva, pois a criança deixa de agir, para não errar, achando que assim não vai ser castigada. Ela também acaba achando que bater e castigar é certo e vai acabar fazendo isso, quando crescer.

A criança não pode ser treinada para a violência, mas educada para a paz, para o respeito às outras pessoas, para a amizade, compreensão e solidariedade. Por isso, o erro, na infância, deve ser trabalhado sempre como mais uma oportunidade de aprendizado, de comparação de valores éticos e morais, de vivência com situações adversas.

Apesar de ter muito mais informações do que tinham antigamente, as crianças não têm conhecimento, nem educação. Por isso erram, confundem as coisas, não têm noção do perigo. Elas precisam aprender, por exemplo, que pegar coisas do vizinho ou no supermercado não é certo.

Educar é corrigir os erros explicando o que é certo, com amor e dedicação, usando nosso tempo para conviver com nossos filhos, para que eles aprendam com o nosso comportamento, com a discussão das nossas ideias e das ideias deles, pois as nossas atitudes diante das diferentes situações são vistas por eles como modelo.

Por fim, precisamos "passar para o lado de lá", ver as coisas do ponto de vista da criança, ver que ela, quando erra, está procurando acertar; ver que ela quer aprender e precisa de alguém que a ensine; ver que ela ainda não tem consciência dos seus atos. Essa é a nossa tarefa e a nossa verdadeira responsabilidade, como pais e educadores.

Eugenia Maria Pinheiro RamiresEugenia Maria Pinheiro RamiresEugenia Maria Pinheiro RamiresEugenia Maria Pinheiro Ramires

JUSELMA MARIA COELHO

Juselma Maria Coelho nasceu em Conselheiro Pena, Minas Gerais, em 16 de março de 1948. Formada em Pedagogia, especializou-se em Administração. Sempre muito católica, frequentava a igreja toda semana, fazendo parte inclusive do coral de adolescentes e da Cruzada Eucarística. Tinha verdadeiro preconceito em relação ao espiritismo. O que a levou a uma casa espírita foi a necessidade de acompanhar uma amiga que estava muito doente e desejava visitar a União Espírita Mineira. Ela conta que, na primeira vez que foi, alguém falava a respeito de Jesus de forma tão profunda e bonita, como nunca havia ouvido antes. Surpresa, pois não sabia que o Espiritismo falava n’Ele, começou a pesquisar e a estudar essa doutrina.

As primeiras orientações sobre o Espiritismo recebeu de dona Eurythmia Cravo Prata, filha de dona Maria Modesto Cravo, espírita convicta e uma das fundadoras do Sanatório Espírita de Uberaba. Sua formação espírita se deu na Associação Espírita Célia Xavier (AECX), onde freqüenta desde 1974. À Sociedade Espírita Maria Nunes (SEMAN) chegou por convite de João Nunes Maia, em setembro de 1980, juntamente com a equipe liderada e orientada pelo Sr. Cláudio Silva, da AECX.

Atualmente está aposentada, mas, desde 1975 tem trabalhado como expositora espírita, adentrando o interior de Minas Gerais, e de outros estados. É também dirigente de reuniões públicas, mediúnicas e de cura. Coordena e participa de seminários em cidades do interior de Minas, Bahia e Paraná, principalmente. É a atual presidente da SEMAN e da Editora Espírita Fonte Viva.

É presidente do Conselho Espírita Municipal de Belo Horizonte; membro do Conselho do Hospital Espírita André Luiz e suplente do Conselho da Associação Espírita Célia Xavier. Exerce outras atividades como a de expositora espírita em vários países da Europa e nos Estados Unidos; membro da equipe de tratamento da Sociedade Espírita Maria Nunes; colaboradora da Revista Espírita Verdade e Luz, Lisboa – Portugal e tarefeira voluntária da SEMAN, onde se fizer necessário,desde limpeza física do lugar à coordenação das atividades da casa.

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Boletim Esperança – Página 5

A MEDIUNIDADE DE DIVALDO NO VI CONGRESSO

Divaldo Franco transmitiu, no final do VI Congresso Espírita Mundial, uma linda mensagem de José Colavida

Convidado para fazer a oração final, Divaldo Pereira Franco emocionou a todos com a mensagem psicofônica de José Maria Fernandez Colavida, presidente de Honra do 1º Congresso Espírita Internacional, ocorrido em Barcelona, Espanha, em 1888. “Maestro Jesús,

En el momento en que se clausura el 6º Congreso Espírita Mundial, debemos agradecerte por todas las bendiciones con que nos honraste, agradecerte el bien, las oportunidades dichosas, el estudio de la Doctrina Espírita, las reflexiones profundas al respecto de la verdad y el momento de Convivencia Espiritual Internacional y también agradecerte por el mal que no logró perturbarnos por cuanto administraste las tareas de la Divulgación del Consolador no solamente en tierras españolas sino en diferentes cuadrantes del mundo.

Maestro Incomparable, te apreciamos de seguir en esta labor que las ganas terrestres no logren destruir porque es la claridad Divina de tu Evangelio restaurado por los Espíritus. Facúltanos perseguir en el intercambio saludable en que las fronteras entre las dos vibraciones, material y espiritual, desaparezcan en esta nueva hora que ya se vive en la Tierra. Los espiritistas sepamos demostrar como los Cristianos Primitivos la excelencia de tus Enseñanzas.

Tú, que nos propiciaste estos tres días de convivencia espiritual superior, alárganos los horizontes para que prosigamos indefinidamente hasta que se instale en el planeta terrestre el reino de amor que iniciaste hace dos mil años.

Por más que intentemos agradecerte, no salimos del lugar común de las palabras y por ello nos comprometemos vivir realmente el Significado Divino de tus Enseñanzas para que todos sepamos que te pertenecemos a la familia, y sin embargo las diferencias alternativas somos las ovejas de tu rebaño que cada tiempo retorne a sus sitios, sus provincias, sus países, llevando no solamente la alegría, el aplauso, la satisfacción de aquel haber estado, pero principalmente el Compromiso de Servir al Espiritismo antes que del Espiritismo servirse para proyectarse. Que la nueva Era sea caracterizada por la luz de nuestra eternidad y por la construcción de un mundo mejor.

Nosotros los Espíritus que participamos del Movimiento Espírita de España y vosotros con vuestros Guías Espirituales que con vosotros confraternizan les abrazamos con infinita ternura y rendimos gracias a Dios, el Padre Celestial.

Os abraza, José María Colavida, deseando mucha paz a todos”.

ESCOLA ESPERANÇA

Olá, amigos e colaboradores do

Caminho da Esperança.

Em dezembro, celebraremos mais

um Natal juntos, por isso contamos com

vocês , padrinhos e madrinhas ,

queridos parceiros na prática do bem

comum.

Procurem a Direção da Escola e

preenchan a ficha de inscrição.

Até lá!...

Hoje a nossa casa está em festa, Este sorriso é pra você, irmão...

CREDO “Tudo se move e exalta e se esforça e gravita; Tudo se evola e eleva e vive e ressuscita; Nada pode ficar na surda obscuridade. D’alma exilada a senda é toda a eternidade, que se aconchega ao céu, que a todos nós reclama.

Aos dóceis se atenua a dolorosa flama da dura provação. A sombra faz-se aurora, homem e besta em anjos se aprimora; e pela expiação, escada de equidade, de que uma parte é treva e a outra claridade; sem cessar, sob o azul do céu calmo e formoso, sobe ao universo dor, ao universo gozo.”

Victor HugoVictor HugoVictor HugoVictor Hugo [Esses versos de V.H. encimam o CREDO DE EURÍPEDES, com base em Emanuel Darcey (1913), notável publicação de alto valor histórico, “que EURÍPEDES BARSANULFO SUBSCREVEU (E CUMPRIU)”, In: NOVELINO, Corina. Eurípedes – o homem e a missão.]

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Boletim Esperança – Página 6

EXPEDIENTE

Direção do Jornal: Rafael Rodrigues

Secretária: Regina Celia Campos

Revisora: Giannina Laucas

Colaboradores:

Ana Guimarães “Geraldo Guimarães”

Vanessa Pereira Flávia Vieira

Rita Pontes Marcia Alves

DIREÇÃO DA INSTITUIÇÃO

Presidente: Ana Guimarães

Vice-presidente: Jurandyr Paulo

Secretaria: André Laucas e Vanessa Pereira

Tesoureiras: Cristiane Drummond e Claudia Passarelli

PROGRAMAÇÃO DA CASA

2ª Feira (20:00 às 21:00)

PALESTRAS DOUTRINÁRIAS: LIVRO DOS ESPÍRITOS

01/11 – Ana Guimarães LIVRE

08/11 – Jair Cesario Questões 425 a 428

15/11 – Giannina Laucas Questões 429 a 432

22/11 – Vanessa Laucas Pereira Questões 433 a 438

29/11 – Ricardo Drummond Questões 439 a 445

3ª Feira (14:50 às 15:25)

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

02/11 – Rosa Lúcia Almeida Cap. VII, item 12

09/11 – Tereza Quitete Cap. VII, item 13

16/11 – Robertson Barros Cap. VIII, item 1 e 2

23/11 – Rita Pontes Cap. VIII, item 3 e 4

30/11 – Rafael Rodrigues Cap. VIII, item 5 e 6

5ª Feira (19:30 às 21:00)

ESTUDO DO LIVRO

“ATUALIDADE DO PENSAMENTO ESPÍRITA”

04/11 – Vanessa Bianca 18/11 – Amaury

11/11 – Helena 25/11 – Jânio Salles

Sábado ( 8:30 às 15:00)

ESCOLA DE ESTUDOS ESPÍRITAS ESPERANÇA

DATAS IMPORTANTES DO MÊS DE NOVEMBRO

01/11/1918 – Desencarna o “Apóstolo do Triângulo Mineiro”, Eurípedes Barsanulfo. 06/11/1835 – Nascimento de César Lombroso. 10/11/1923 – Nascimento do médium João Nunes Maia. 10/11/1835 – Nascimento de Amália Domingo Sóler. 14/11/1876 – Nascimento de Manoel Philomeno de Miranda. 14/11/1849 - Em Rochester, Estados Unidos, as irmãs Fox realizam suas primeiras demonstrações públicas, das quais resultou a organização do primeiro núcleo de estudantes do Espiritismo Moderno (New Spiritualism). 20/11/1919 – Desencarna o Mal. Francisco Raimundo Ewerton Quadros. Foi o primeiro presidente da Federação Espírita Brasileira. 23/11/1795 – Nasce Amélie Gabrielle Boudet, mais tarde esposa de Allan Kardec. 29/11/1982 – Desencarna Edgard Armond, ligado à Federação Espírita do Estado de São Paulo.

ANIVERSARIANTES DO MÊS

GRUPO ESPÍRITA CAMINHO DA ESPERANÇA

Rua Aristides Lobo, 51 – Rio Comprido Rio de Janeiro/RJ CEP.: 20.250-450 Tel.: (21) 2504-8512

Rosa / Allan Lauc as 01/11 Marilene Paulo 21/11

Léa Laucas 18/11 Karla Oliveira 25/11

Claudia Costa 18/11 Jurandyr Jr. 29/11

Marcelo Guimarães 20/11

ANTÔNIA E O CORAL ESPERANÇA Consumida pela antecipação,

Antônia se aprontara logo cedo para o compromisso com Dona Luíza, sua patroa. Sentira-se orgulhosa por ter sido convidada para assistir a um coral. Dona Ana, com a gentileza de sempre, convidara Antônia para que ela conhecesse um pouco mais da doutrina espírita. Na hora marcada, Dona Luíza chegou à sala e flagrou sua fiel ajudante inerte, tombada no mesmo sofá que limpara mais cedo. Fora vencida pelo sono.

Na chegada ao local do evento, a expectativa ganhava forma e a excitação aumentava diante do tamanho do auditório em que ocorreria o evento. Seus lugares estavam marcados e ficavam na primeira fila. Dona Ana já aguardava as amigas e a recepção foi afetuosa como sempre.

Na hora marcada, o coral do Caminho da Esperança tomou lugar e impressionou com a qualidade da apresentação. Todos pareciam embevecidos, mas, dentre os presentes, uma pessoa demonstrava estar mais encantada que as outras. Antônia estava entregue a uma espécie de transe e acompanhava a tudo de pé. No final da apresentação, o que era empolgação chegou às raias do surto frenético e culminou em manifestação surpreendentemente sonora, com palmas, assobios e gritos. Os presentes estranharam, mas ninguém recriminou a atitude da visitante, permitindo que ela se expressasse livremente. Mais calma, Antônia agradeceu o convite e revelou-se curiosa com o silêncio na plateia:

─ Dona Ana, por que as pessoas parecem não ter gostado? Foi a deixa para mais uma lição de sua nova amiga, que,

pacientemente, lhe explicou: – Não se engane, estão todos admirados pelo espetáculo, mas

devemos cultivar o hábito de nos manifestar com moderação e equilíbrio, sem descambar para os excessos de espécie alguma. Por mais que apreciemos uma apresentação, devemos manter a serenidade. Palmas sim, mas com moderação. Berros e assobios são excessos desnecessários à manifestação equilibrada. Veja como um sorriso só faz o bem e espalha a luz. Compare-o então com uma gargalhada exagerada e observe como esta se assemelha à tampa de panela quicando no chão da cozinha. Tudo se agita. Temos que colaborar para a construção de um ambiente vibratório elevado, por isso devemos espalhar a paz. Espero ter ajudado.

─ Ô Dona Ana, eu sempre aprendo alguma coisa com a senhora. Realmente, a gargalhada parece uma tampa caindo ─ e, sorrindo, comentou ─, e olha que de panela eu entendo!

Rafael RodriguesRafael RodriguesRafael RodriguesRafael Rodrigues