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Boletim Informativo Santa Casa da Misericórdia de Ponte de Lima Dezembro 2006 | Ano VI | N.º 12 N a t a l é l u z

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Page 1: Boletim Informativo - SCMPLima · gem de Cristo Crucificado para colocar no edifício Lar D. Maria Pia. ... o IEFP no âmbito do Centro de Reco - nhecimento, Validação e Certificação

Boletim InformativoS a n t a C a s a d a M i s e r i c ó r d i a d e P o n t e d e L i m a

Dezembro 2006 | Ano VI | N.º 12

Natal é luz

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Extractos de Deliberaçõesda Mesa Administrativa

índiceFicha Técnica

CoordenaçãoDr. João Maria CarvalhoDr. Adelino Tito de Morais

Edição e PropriedadeSanta Casa da Misericórdia de Ponte de Lima

Redação e AdministraçãoCasa da Fonte do PinheiroRua General Norton de Matos, 103

ColaboradoresEducadoras do Jardim de InfânciaEducadores da CrecheJosé Gonçalves AraújoJosé Luis MoreiraDr.ª Maria das Dores SerrenhoDr.ª Susana Maria Martins LimaEugénia de Jesus CarvalhoEquipa Técnica do R.S.I.

Arranjo GráficoGráfica da Graciosa, LdaPonte de Lima

FotografiasFoto LethesArquivo SCMPL

Tiragem 500 exemplares

Distribuição Gratuita

Capa O presépio — anunciando o Natal, simbolo de simplicidade, de amor de paz e de luz…

Santa Casa da Misericórdia de Ponte de Lima | Boletim Informativo 23

Editorial

Revitalização da Villa Moraes

VIII Congresso das Misericórdias - Pamplona

Gabinete de Psicologia

Lar Maria Pia - Recuperação do centenário edifício sede

Actividades e Valências

Notícias Breves

Extractos de Deliberações

3

4

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8

9

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Autorizar a Equipa “Força Limiana” a ocu-par espaço da mata de Pentieiros, para aparcar viaturas;

Deliberado admitir uma utente para o Lar de Idosos;

Deliberado aceitar o internamento de qua-tro menores nos Lares de jovens;

Deliberado arrendar um apartamento T3 do edifício denominado bloco B.

2006.09.12: Deliberado admitir uma utente para o Lar de Idosos;

Tomar conhecimento da demissão de fun-ções da senhora Coordenadora do Lar D. Maria Pia e contratar, para a substituir, a Irmã Maria de Fátima Amorim;

Deliberado arrendar um prédio rústico situ-ado na freguesia da Seara;

Deliberado renovar um contrato de traba-lho a termo certo;

Tomar conhecimento da notícia publicada no jornal “Alto Minho” que informa que a Mesa Administrativa não autorizou a realização de obras na urgência do hos-pital pelo que foi deliberado solicitar a correcção da notícia nos termos da lei de imprensa, dado nunca ter sido contactada nesse sentido.

2006.09.26: Adjudicar a aquisição e colocação de persianas, em palhinha, para o Jardim de Infância;

Solicitar orçamento para instalação de ar condicionado no Lar de Idosos;

Deliberado admitir duas utentes para o Lar de Idosos;

Arrendar a habitação localizada nas proxi-midades do cruzeiro do “Senhor da Paz”;

Autorizar a participação dos utentes da Instituição nas actividades alusivas ao Dia Mundial da Água e do Idoso, nas Lagoas da Zona Protegida.

2006.10.10:

Tomar conhecimento dos novos valores de actualização dos contratos de manu-

tenção dos elevadores;

Deliberado mandar executar duas lápides para colocar nas sepulturas de duas Ben-feitoras da Irmandade, no dia dos Fiéis Defuntos;

Deliberado substituir estores num dos apartamentos do edifício denominado bloco C;

Adjudicar orçamento para reparação de fogão industrial de gás instalado na Valên-cia do Jardim Infantil;

Adquirir repelentes para aves para colocar na fachada do edifício Lar D. Maria Pia.

2006.10.24:

Deliberado admitir cinco Confrades na Irmandade;

Comunicar exclusão a cinco Confrades por violação do art.º 10.º, alínea a) do Compromisso da Irmandade;

Deliberado adjudicar reparação para ac-tualização do funcionamento dos ascen-sores do Lar de Idosos, de conformidade com as novas normas impostas por lei;

Deliberado adjudicar elaboração do projecto da obra do Jardim Infantil, para efeitos de legalização junto da Câmara Municipal;

Aceitar realização da reunião do Secreta-riado Regional da União das Misericórdias Portuguesas nas instalações desta Santa Casa.

2006.11.07:

Deliberado aderir à implementação da Rede de Cuidados Continuados e Inte-grados;

Aprovar o Plano de Actividades e Orça-mento para o ano económico de 2007;

Adjudicar a compra de uma fiambreira para o Lar de Idosos;

Adjudicar a compra de mesas de cabecei-ra para equipar o Lar D. Maria Pia;

Autorizar a alteração do horário de jantar no Lar de Idosos;

Aprovar Plano das turmas da Valência Creche;

Adjudicar uma máquina de lavar e desin-fectar utensílios hospitalares, bem como adquirir os acessórios complementares para instalar no Lar de Idosos;

Autorizar o estágio a duas formandas da Escola Secundária na área de Acção Social;

Adjudicar a aquisição de roupas de cama, mesas e cadeiras de salas de jantar e de estudo para equipamento do Lar D. Maria Pia;

Deliberado matricular quatro meninos na Escola do Agrupamento da freguesia da Ribeira, dada a comunicação de falta de vagas nos estabelecimentos escolares da Vila de Ponte de Lima.

2006.11.21:

Adjudicar edição do Boletim Informativo n.º 12;

Adjudicar compra de duas Imagens para a capela do Lar Maria Pia;

Adjudicar a recuperação da Imagem de N.ª Sr.ª de Lurdes;

Solicitar propostas de orçamento p/actualização do sistema informático;

Autorizar estágio a uma aluna finalista do curso de licenciatura em Psicologia;

Admitir três utentes para as Valência de jovens;

Adjudicar serviço de recuperação de ge-nuflexórios;

Deliberar sobre o valor de plafond a atribuir para compra de lembranças de Natal para todos utentes da Instituição; Agendar data da ceia de Natal para todo o pessoal da Instituição.

Serviços Administrativos da Misericórdia de Ponte de Lima,

2006.11.14

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Extractos de Deliberaçõesda Mesa Administrativa

Santas Casas de Misericórdia sempre a fazer o bem

Editorial

22 Santa Casa da Misericórdia de Ponte de Lima | Boletim Informativo

2006.06.06:

Deliberar participar na reunião do Grupo Misericórdias Saúde, na cidade da Maia, para abordar o tema da criação da Valên-cia “Cuidados Continuados Integrados”;

Deliberar ceder à Câmara Municipal o direito de passagem do saneamento da freguesia de Sá, através da propriedade denominada “Quinta de Anho-Bom”, me-diante a concessão de isenção da respec-tiva taxa aos prédios da Misericórdia, no presente e no futuro;

Deliberar assinar carta de parceria com a Escola Superior Agrária de Ponte de Lima;

Aceitar a proposta para actuação de um rancho folclórico da Finlândia, no Lar de Idosos, no âmbito do Folclore Internacio-nal do Alto Minho, promovido pela “Viana Festas”;

Autorizar estágios a promover pela “Sé-nior” no âmbito do Curso de Educação de adultos – área de Acção Educativa;

Admitir quatro menores para as Valências de Jovens;

Deliberado renovar Protocolo com a Asso-ciação de Artesãos de Ponte de Lima;

Deliberado arrendar o apartamento habita-cional n.º4 do bloco A.

2006.06.20:

Autorizar estágio de informática em Em-presa credenciada ao utente do Lar S. José, David Brito;

Autorizar realização de lanche convívio no exterior entre os utentes das Valências de Jovens;

Adjudicar fornecimento e colocação de rampas em granito na Igreja da Misericór-dia, para permitir acesso a deficientes;

Adjudicar serviço de aluguer de autocarros para realização da época balnear;

Adjudicar aquisição de peças de rouparia para o Lar de Idosos;

Adjudicar reparação dos pavimentos das salas do Jardim de Infância;

Adjudicar serviço de recuperação da Ima-gem de Cristo Crucificado para colocar no edifício Lar D. Maria Pia.

2006.07.04: Deliberar arrendar propriedade rústica, na freguesia da Facha, à Sociedade “Galeria Sousa Cardoso”;

Deliberar vender lenha existente nas tapa-das de Bertiandos;

Autorizar a compra de material didáctico para as Valências da Infância;

Adjudicar serviço de desinfecção do Lar de Idosos;

Adjudicar compra de estantes metálicas;

Estabelecer acordo de colaboração com o IEFP no âmbito do Centro de Reco-nhecimento, Validação e Certificação de Competências. Adjudicar substituição de estores no edifí-cio denominado bloco C;

Aprovar programa comemorativo para o “Dia da Misericórdia”;

Adjudicar a compra de uma “lavanda” para a Igreja da Misericórdia;

Adjudicar reparação do portal da Quinta do Outeiro, em Moreira do Lima;

Delegar poderes nos senhores Provedor e Director José Melo para estabelecerem contactos com empresas e adjudicar equipamentos necessários ao funciona-mento das novas instalações do Lar D. Maria Pia;

Adjudicar aquisição de uma lixadeira eléc-trica para a Oficina da Carpintaria.

2006.07.18:

Adjudicar a aquisição de ventoinhas eléc-tricas para o Lar de Idosos;

Ceder à Associação Famílias as instala-ções da loja n.º6, traseiras do prédio da Fonte do Pinheiro, para armazenamento de donativos, enquanto a Instituição não necessitar das mesmas;

Adjudicar elaboração de projectos de se-

gurança contra incêndios para os edifícios onde funcionam as Valências Assisten-ciais;

Avaliação dos projectos curriculares do ano lectivo 2005/5006, apresentadas pelas senhoras Coordenadoras das Valên-cias da Creche e Jardim de Infância. 2006.08.01:

Admitir um utente para o Lar de Idosos;

Adjudicar encadernação do Diário da República;

Deliberar renovar dois contratos de traba-lho a termo certo;

Analisar relatório da Empresa “Minhovida” sobre segurança no trabalho;

Autorizar a EDP a colocar postes conduto-res de linhas de energia eléctrica na Quinta de Anho-Bom, em Sá, depois da anuência do arrendatário;

Tomar conhecimento do arquivamento do processo de averiguação movido pelos Serviços de Fiscalização do Norte aos Serviços da Valência da Creche;

Deliberado adiar a próxima reunião da Mesa Administrativa para o próximo dia dezasseis do mês de Agosto;

2006.08.16:

Deliberado promover profissionalmente cinco funcionárias, tendo em conta as funções que vinham a desempenhar;

Autorizar licença sem vencimento a uma senhora funcionária do Lar S. José;

Deliberado aceitar inscrever no Curso de Formação para auxiliares de Creche, a promover pelo Instituto da Segurança So-cial de Viana do Castelo, as funcionárias adstritas às Valências da Infância que o pretendam;

Deliberado participar no Congresso Inter-nacional das Misericórdias, em Pamplona.

2006.08.29: Adjudicar à Firma “Tomás Costa” trabalhos de construção civil no hall da Valência da creche;

06.06.06 a 06.11.21

As Misericórdias ou Santas Casas de Misericórdias são instituições se-culares, cuja acção se tem pautado ao longo dos tempos por fazer o bem das mais diversas formas, desde as hospedarias aos mais sofisticados hospitais, no apoio aos idosos, à ju-ventude e à infância, através de lares para idosos e jovens, creches e jardins de infância.

Foi em atenção ao aumento signifi-cativo da população idosa em Portu-gal e em conformidade com as pre-ocupações que as Misericórdias têm em relação à prestação de cuidados a este escalão etário e na atenção aos novos problemas sociais emergentes, que se reuniram em Lisboa no seu VII Congresso Nacional, nos dias 6 e 7 de Maio de 2005, tendo como tema o “Envelhecimento - Novos Desafios do Século XXI para as Misericórdias”.

Daquele congresso salientam-se as seguintes conclusões:

“O Congresso registou a disponibi-lidade das Misericórdias para, por si ou em parcerias, priorizarem todas as iniciativas, assim as tradicionais como as inovadoras, de apoio aos idosos, assegurando, ao mesmo tempo, formação adequada de recursos hu-manos, instalações dignas e os proce-dimentos que permitam a certificação de qualidade da sua participação nes-

sas actividades e parcerias.”

“O Congresso reconheceu a neces-sidade de as Misericórdias, pela via da União, procederem a um adequado planeamento da sua participação em parcerias de respostas sociais às ca-rências decorrentes do Envelhecimen-to e ao desenvolvimento de parcerias inter Misericórdias.”

Sendo certo que o aumento da esperança de vida em Portugal tem aumentado, o que conduz a um enve-lhecimento progressivo da população, e, consequentemente a um aumento de pessoas com necessidade de cui-dados de apoio nas doenças crónicas e incapacitantes, e no âmbito das conclusões, apesar de suspender, face a declarações à data por parte do Ministro da Saúde, o Protocolo vi-gente à altura, tem vindo a União das Misericórdias a desenvolver conjunta-mente com os Ministérios do Trabalho e Solidariedade Social e da Saúde à criação da denominada Rede Nacio-nal de Cuidados Integrados, que viu o seu culminar na implementação, a nível nacional, de experiências piloto, como resposta às necessidades dos cidadãos que necessitam daqueles cuidados.

Dentro deste espírito, também, a Santa Casa de Misericórdia de Ponte de Lima prevê, no seu Plano de Activi-dades para 2007, aderir à implemen-tação daquela rede, nos termos do Protocolo de Cooperação celebrado entre os Ministérios do Trabalho e da Solidariedade Social e da Saúde e a União das Misericórdias Portuguesas.

Salienta-se que para avançar com esta nova Valência, a Santa Casa de Misericórdia de Ponte de Lima terá de assegurar a assinatura de um pro-tocolo com aqueles Ministérios que preveja o suporte com os custos da mesma, não só nas despesas corren-tes, bem como nas de investimento, por exemplo com instalações.

Refira-se, a propósito, que ao con-trário do que muitas pessoas pensam, a Santa Casa da Misericórdia de Ponte de Lima, bem como as suas congéneres, não são subsidiadas pe-las receitas provenientes das apostas nos diversos jogos da Santa Casa de Misericórdia de Lisboa, por exemplo euromilhões, totoloto, totobola e lo-taria, mas têm que sobreviver com os parcos rendimentos que elas próprias gerem, pois, inclusive, o poder político que com elas convivem mais próximo e que elas o substituem muitas das vezes nas suas atribuições e com-petências, delas se esquecem e para elas nada contribuem.

Esperemos que este novo sonho se venha a transformar em realidade, já que vontade e determinação não nos faltam.

O Vice – Provedor

Dr. Alípio Gonçalves de Matos

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Revitalização da Villa Moraes

4 Santa Casa da Misericórdia de Ponte de Lima | Boletim Informativo Santa Casa da Misericórdia de Ponte de Lima | Boletim Informativo 21

Considerado por vários autores o mais emblemático símbolo da arquitectura do torna – viagem na região, a quinta ou palacete da Villa Moraes encontra-se na fase final do projecto de revitalização finan-ciado pela Comissão Europeia.

Propriedade da Santa Casa da Misericórdia local, por integração em 1978 do património da extinta Oficina de São José, que compra-ra a Villa Moraes à filha e neta do fundador em 1960 por cerca de 1500 contos[1], a recuperação de-morou quatro anos. O investimen-to aproximou-se de 1,5 milhões de euros, salientando-se 200 mil para a recuperação das centenárias pinturas a óleo nos tectos, devidas a Eduardo Reis, irmão de Carlos, o retratista da corte do rei D. Carlos, e outros colaboradores.

As obras só foram possíveis pelo empenho do actual presidente da Câmara engº Daniel Campelo e do Provedor Sr. António Veloso, que delinearam um futuro melhor para a ecléctica construção con-cluída em 1907, e numa segunda fase cerca de 1923, com o par-que, gruta, lagos, court de ténis, galinheiros, etc. A elaboração do documento conjunto, aprovado por unanimidade pela vereação e Mesa Administrativa, traduziu-se em 23 Julho de 2001 numa es-critura de arrendamento por trinta anos.

Do projecto encarregou-se o arquitecto vianense Fernando Mei-reles, que com notável bom gosto e preocupação de recurso aos materiais nobres produziu um ex-celente trabalho de recuperação, recorrendo também a fotografias antigas e informação dos descen-dentes.

O financiamento de Bruxelas foi possível através de uma candida-tura apresentada ao FEDER (Fun-do Europeu de Desenvolvimento Regional), que comparticipou o projecto em 340.381,85 euros, verba saída do Interreg 3 A, Portu-gal – Espanha, o Sub – Programa Galiza e Norte de Portugal.

Após o restauro, o palacete serve agora de sede da VALIMAR

(Associação de Municípios do Vale do Lima), integrando os de Viana do Castelo, Ponte de Lima, Pon-te da Barca e Arcos de Valdevez. Uma redefinição dos principais espaços converteu o interior da histórica construção em áreas de serviços administrativos: o salão nobre ou sala dourada, onde teve lugar a recepção ao Presidente da República do Brasil, Dr. Rodrigues Alves, em 20 de Outubro 1908 em

Notícias Breves

para o efeito necessidade de uma maior aposta na formação produzindo, assim, um trabalho de maior qualidade.

O Dr. Manuel Lemos levantou, então, o tema dos cuidados continuados. Traçou o seu historial para depois concluir que há cada vez mais acamados com as inevitáveis listas de espera a aumentar. Depois de algumas divergências com a Comissão

Parlamentar de Saúde, esta acabou por reconhecer a importância das Misericórdias elogiando o seu trabalho.

Os Provedores das Misericórdias de Ponte da Barca, Monção e Coura expuseram, então, as suas vastas experiências no domínio da prestação dos cuidados continuados, tendo o Dr. Manuel Lemos insistido, ainda, na necessidade de se proceder a negociações com o Governo, no sentido de se conseguirem mais camas e apoios para que os cuidados continuados possam servir uma população cada vez mais necessitada.

Na reunião foram ainda abordadas as próximas eleições para o Secretariado Nacional da União.

No final, a todos os presentes foram oferecidas as publicações (disponíveis) editadas pela Misericórdia de Ponte de Lima: números de Boletins Informativos, teses de licenciatura e mestrado baseadas no arquivo histórico e outros trabalhos científicos da temática ou assuntos da Instituição.

Todos os Santos e Fiéis DefuntosEm dia de Todos os Santos, também a Santa Casa lembrou os seus mortos,

recordando as duas últimas benfeitoras da Instituição:

S. Martinho - a tradição cumpriu-seO dia de S. Martinho, 11 de Novembro, foi comemorado segundo os moldes

da tradição. Na tarde desse dia juntaram-se no refeitório da Instituição os idosos, os jovens, os funcionários e os membros da Mesa Administrativa. Depois, foi a vez de se cumprir a secular tradição comendo-se as boas castanhas e provando-se o generoso vinho (ou sumos). Por fim, temperaram-se os estômagos com um delicioso caldo verde maravilhosamente confeccionado pelas cozinheiras da Instituição.

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20 Santa Casa da Misericórdia de Ponte de Lima | Boletim Informativo Santa Casa da Misericórdia de Ponte de Lima | Boletim Informativo 5

Revitalização da Villa Moraes

sala de reuniões do agrupamento; o escritório e biblioteca, em recep-ção, a sala de música, defronte, em local de reuniões, enquanto que a sala de jantar, o vestíbulo e a seguinte, a sala de fumo e a anexa de bilhar, em local de eventos. No primeiro andar, saliente-se ainda a transformação dos quartos dos fundadores em gabinetes do pre-sidente e gestor da VALIMAR, res-pectivamente Dr. Francisco Araújo

e Dr. Paulo Queirós, e restante dormitório em sectores adminis-trativos.

Um Futuro melhor, uma orienta-ção mais direccionada para a pre-servação da residência de um dos maiores beneméritos deste conce-lho,[2] (re)transformou a Villa Mora-es num local de interesse público e visita do touriste pela variedade de construções da opulenta vivenda e

parque de espécies raras, como já noticiava o Almanaque de Ponte de Lima para 1923.

Bem hajam todos os que inter-vieram numa solução a contento geral, no regresso deste ícone da arquitectura de influência bra-sileira e afrancesada aos roteiros nacionais( e internacionais) como docentes e alunos da Universida-de do Minho, do Instituto Superior Técnico, Universidade Federal de São Paulo e eventos vários, como sessões do Festival de Ópera que encerrou a 22 de Julho.

Como admirador do Passado, seu conservador para um Amanhã com História, e pelo parentesco com o fundador[3], aqui arquiva-mos um breve relato das interven-ções realizadas que devolveram a dignidade ao imóvel principal. Hoje, volvidos mais de quatro anos de obras, é possível admirar um conjunto de estruturas, artes decorativas e artísticas raras no interior do Portugal europeu, e ra-ríssimas numa vila de província no dizer da pena queirosiana.

Adelino Tito de Morais,Secretário e Director da Mesa

Administrativa

[1] Metade da verba foi financiada por hipoteca de 700 contos á Caixa Geral de Depósitos, e outra parte resul-tante da venda duma casa solarenga em Famalicão, doada pela fundadora da Oficina de S. José, D. Laura Freire de Andrade.[2] SOUSA, Augusto de Castro ; CORREIA, António Maria Soares – Um dos maiores beneméritos da nossa Terra: João Francisco Rodrigues de Morais, in Eluci-dário Regionalista de Ponte de Lima, Ponte de Lima, 1950. (Existe edição fac-similada de 2005 compartici-pada pela autarquia)VASCONCELOS, Maria Emília Sena de – Os Brasileiros do Minho, in Arquivo de Ponte de Lima, volume V, Ponte de Lima, 1984[3] A Villa Moraes foi implantada em parte da Quinta da Vacaria, pertença de D. Maria do Carmo Vasconcellos, falecida em 1893, mãe do fundador e terceira avó do A. O segundo filho, José Epifânio Rodrigues de Moraes (1841-1916), nosso bisavô, era o Procurador do irmão e foi interveniente em escrituras de dezenas de imóveis que o capitalista adquiriu quando residia em Salvador da Bahia, Brasil.

Notícias Breves

A Santa Casa da Misericórdia

de Ponte de Lima acolheu, no

passado dia 27 de Outubro, às

17 horas, a reunião plenária do

Conselho Distrital de Viana do

Castelo com o Secretariado

da União das Misericórdias,

na qual foram discutidos os

seguintes pontos da Ordem de

Trabalhos:

1 - Análise de acordos de cooperação propostos para 2007

2 – Informação sobre a negociação colectiva de trabalho

3 – Cuidados continuados de saúde

4 – Assuntos de interesse relevante para o Distrito

Na reunião, para além dos Provedores e Mesários de nove das onze Misericórdias do Distrito, estiveram presentes o Presidente e os Secretários Nacionais da UMP, respectivamente Pe. Dr. Vítor Melícias, Dr. Manuel Lemos e Dr. Rui Rebelo.

O Pe Dr. Vítor Melícias, Presidente do Secretariado Nacional da União das Misericórdias, abriu a reunião saudando os presentes e elogiando a Misericórdia de Ponte de Lima pelo seu empenho e disponibilidade para acompanhar através da sua Mesa os trabalhos que a União organiza e em que participa, quer a nível nacional como internacional. Salientou ainda o papel que a Misericórdia anfitriã tem tido junto da comunidade local, como a instituição de maior referência na área social. Além disso está sempre presente, de forma activa e participante, isto é dando

Reunião do Secretariado da União das Misericórdias com o Secretariado Regional das Misericórdias de

Viana do Castelo

sugestões nos vários eventos que a União tem realizado. Abordou, depois, a importância das Misericórdias, no âmbito da política nacional, de prestação de cuidados aos mais necessitados e vincou a importância e o valor interventivo que o Estado e o Governo podem ter, em união com as Misericórdias, na prestação de apoio quer a jovens como a adultos e ainda a importância destas instituições na prestação de cuidados continuados, numa aposta na sua missão de ajuda face ao panorama nacional (e não só) do aumento da média da esperança de vida.

Têm sido vários os Ministérios com os quais a União das Misericórdias tem celebrado protocolos e cooperação – com o Ministério do Trabalho, com o Ministério da Educação, com o Ministério da Saúde…, e competindo então a cada Misericórdia estabelecer acordos com os mesmos Ministérios. “Não somos empresários mas empreendedores” , e há necessidade de cada uma ter conhecimento profundo das realidades.

O Dr. Rui Rebelo, depois de apelar à necessidade de maior número de reuniões deste tipo e de reconhecer ser necessário que estas incidam mais a nível dos secretariados regionais, centrou a sua intervenção na análise do princípio da diferenciação positiva.

Só houve protocolos visando novos acordos e não atendendo aos já existentes. Referiu que o acordo de base do novo modelo de cooperação se perspectiva na base do apoio às famílias e que há necessidade de rever quadros técnicos sem que se ponham em causa os critérios de

sustentabilidade.

Referindo depois outra das valências das Misericórdias – os ATL’s, cujo modelo aponta para situações alternativas, desde que articuladas com as autarquias e segmentos de escola. Reportando-se a projectos em que interveio, falou dos realizados em parceria com a ANMP, aproveitando trabalho já realizado pelas Misericórdias e entendendo-os como de muito futuro.

Respondeu, depois, a questões e dúvidas levantadas pelos vários Provedores presentes, nomeadamente aos Provedores das Misericórdias de Arcos de Valdevez e Ponte de Lima cujas questões se centraram ao nível da possibilidade de articulação do trabalho das Misericórdias com as autarquias e ainda ao nível do processo de internamento de crianças nas Instituições, por ordem dos tribunais, processo esse que muitas das vezes pode pôr em risco o já difícil trabalho dos lares. Trocaram-se ainda palavras sobre os cada vez menores valores de comparticipação dados pela Segurança Social, que vai colocar em risco as necessidades de acompanhar o ritmo da inflação. Insistiu-se, também, na necessidade dos trabalhadores das Misericórdias serem melhor remunerados, tendo

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Santa Casa da Misericórdia de Ponte de Lima | Boletim Informativo 19 6 Santa Casa da Misericórdia de Ponte de Lima | Boletim Informativo

Realizou-se em Navarra, na cidade de Pamplona, de 05 a 08 de Outubro passado, o VIII Congresso Internacio-nal das Misericórdias que se submeteu ao tema “Misericórdias e Intergeracio-nalidade”. O congresso contou com a participação de aproximadamente 250 participantes de Misericórdias de Espanha, Portugal, Brasil, Itália, Lu-xemburgo, Ucrânia, Angola, Moçambi-que, México e Índia. A Misericórdia de Ponte de Lima fez-se representar por elementos dos três órgãos de gestão que acompanharam de perto todos os trabalhos, ficando assim mais sensibi-lizados e disponíveis para uma causa que por esse mundo fora tem sabido estar ao lado dos mais necessitados e desfavorecidos.

Os trabalhos do Congresso tiveram a sua abertura no Palácio dos Congres-sos de Pamplona e decorreram, de-pois, com organização da Santa Casa da Misericórdia local, em Pamplona e em Xavier, localidade onde nascera S. Francisco Xavier.

No fim dos trabalhos foram aprova-das as conclusões do Congresso com a seguinte redacção:

As Misericórdias de todo o Mundo, reunidas em Pamplona de 5 a 8 deOutubro de 2006, no seu VIII Congresso Internacional, aprovam as seguintes CON-CLUSOES:

1 - As Misericórdias são, hoje no Mundo, importantes Instituições promotoras da igualdade e de solidariedade entre gerações que se que-rem responsáveis, justas e afectivas;

VIII Congresso das Misericórdias - Pamplona

2 - As Misericórdias e os va-lores que as sustentam são, reconhecidamente, o melhor suporte para enfrentarmos os desafios da globalização onde a coesão e a solidarie-dade entre os povos devem primar sobre as relações humanas;

3 - As Misericórdias reco-nheceram e discutiram os

desafios da Intergeracionalidade e a urgência em encontrar respostas adequadas e sustentadas para esta rea-lidade do relacionamento humano;

4 - As Misericórdias sustentam a pro-moção de boas práticas e o desenvolvi-mento de uma cultura de novas formas de relacionamento entre gerações;

5 - As Misericórdias defendem e promo-vem uma cultura de intergeracionalidade através de projectos concretos de pe-quena dimensão que integrem jovens e idosos em actividades adequadamente planeadas e acompanhadas;

6 - As Misericórdias reconheceram a necessidade de promover iniciativas no sentido de solidariedade entre gerações valorizando as potencialidades dos jo-vens e idosos;

7 - As Misericórdias reconhecem a necessidade de, no campo da coope-ração, se agilizarem legislações e sobre-tudo actuar de forma coordenada numa atitude de proximidade e afecto para com os povos mais necessitados;

8 - As Misericórdias reconhecem a ur-gente necessidade de, através da sua acção e dos seus princípios, actuarem em práticas efectivas de interculturali-dade, interetnicidade, intereligiosidade, assim como de intergeracionalidade;

9 - A Confederação Internacional das Misericórdias acorda a recomendação, implícita e explícita, emergente do trabalho deste Congresso, em espírito de profunda colaboração, de constituir a Comissão Internacional para a For-mação Institucional sobre os valores de misericórdia, que terá como função promover a apresentação de propostas com carácter consultivo;

10 - As Misericórdias de todo o Mundo prestam o seu preito e homenagem a S. Francisco Xavier e perante o exemplo da sua vida e obra assumem o com-promisso de, iluminados pelos valores universais deste Homem, seguirem uma actividade de entrega total e descom-prometida aos Povos do Mundo.

11 - As Misericórdias reunidas neste Congresso felicitam os novos responsáveis eleitos, quer para a União Europeia das Misericór-dias, quer para a Confederação Internacional das Misericórdias.

12 - As Misericórdias felicitam a Misericórdia de Pamplona pelo seu 300º Aniversário e pelo acolhimento que dispensou a este VIII Congresso Interna-cional.

João Maria CarvalhoDirector da Mesa Administrativa

Notícias Breves

Conselho Municipal da EducaçãoTeve lugar, no passado dia 27 de Julho, a

reunião ordinária do Conselho Municipal da Educação, órgão responsável pelos assuntos da educação do concelho e em que têm assento representantes da DREN, Assembleia Municipal, Câmara Municipal, representantes das instituições de ensino superior, presidentes dos agrupamentos de escolas, representantes de associações de pais, Instituições Particulares de Solidariedade Social, Segurança Social, Polícia de Segurança Pública, Guarda Nacional Republicana.

Na reunião, depois das palavras de boas vindas do Provedor da Misericórdia, foram tratados e discutidos assuntos que, na sua maioria tiveram a ver com o balanço do ano lectivo, e os projectos e organização da rede escolar para ano lectivo 2006-2007.

A Santa Casa da Misericórdia da Maia visita a Instituição

A Santa Casa da Misericórdia de Ponte de Lima recebeu em 23 de Agosto último a visita de uma delegação da Santa Casa da Misericórdia da Maia, composta pelo seu fundador e por alguns membros da Mesa. Foram recebidos pelo Secretário da Mesa, Dr. Tito de Morais, e pelos Directores Dr. João Maria Carvalho e José Melo. Como objectivos principais da visita perfilaram-se o de apresentação de cumprimentos e o de troca de experiências. Com vista à organização de projectos futuros.

Mais uma vez a Santa casa da Misericórdia de Ponte de Lima, em colaboração com a Viana Festas, a Associação Promotora das Festas de Viana do Castelo, recebeu no passado dia 6 de Setembro um agrupamento cultural participante no 10º Festival de

O Rancho Folclórico da Finlândia esteve na Santa Casa

Folclore Internacional do Alto Minho. Recebeu um rancho de terras da Finlândia, bem lá no norte da Europa,

Dia da Misericórdia de Ponte de Lima

O dia da Santa Casa da Misericórdia de Ponte de Lima, a perfazer no corrente ano a bonita idade de 476 anos, foi comemorado com a importância com que habitualmente se tem relembrado o dia. Da cerimónia fez parte a Missa solene celebrada na Igreja da Instituição e o jantar festivo em que estiveram presentes não só os Corpos Gerentes da Misericórdia, como ainda os convidados e também todos os funcionários e utentes das várias valências. A festa decorreu em ambiente festivo, tendo sido comemorado não só os 476º aniversário da Instituição como também o aniversário natalício de alguns utentes.

para assim proporcionar aos utentes da Instituição momentos de cultura e trocas de experiências. O rancho folclórico, revelador de uma pedagogia e de uma ordem profundas, deliciou os presentes com as cores das suas vestes, com as danças

cerimoniosas e com o fair play de quem faz o que faz por gosto.

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Santa Casa da Misericórdia de Ponte de Lima | Boletim Informativo 7 18 Santa Casa da Misericórdia de Ponte de Lima | Boletim Informativo

Gabinete de Psicologia

Pretende-se com este artigo reflectir acerca da adolescência

a das dificuldades sentidas pelos jovens da Instituição e da sociedade

em geral, nesta etapa da sua vida tão incerta e complexa.A adolescência é uma época de vida

marcada por profundas transformações físicas, psicológicas, afectivas, intelectu-ais e sociais, vivenciadas num determina-

do contexto cultural.O conceito de “adolescência” evoluiu ao

longo do tempo... O termo “adolescência” deriva da palavra que em latim significa “tor-nar-se adulto”. Actualmente, a adolescência caracteriza-se essencialmente pelos termos “mudança/ transição” - é o período de tran-sição em que o indivíduo muda do estado infantil para o estado adulto. É a transição desenvolvimental entre a infância e a idade adulta, que implica importantes mudanças ao nível físico, cognitivo e psicossocial.

O início e fim da adolescência não estão claramente definidos (talvez entre os 11/12 anos até aos 19/20 anos de idade). Se se pode afirmar que a adolescência começa com a puberdade, já não é tão fácil dizer quando termina. A ambiva-lência é um factor determinante no período da adolescência, na medida em que coabitam, nesta “fase”, desejos ambivalentes de crescer e

de regredir, de já ser adulto e de se sentir ainda criança, de au-

tonomia e de dependência, de ligação ao passado e

de se

projectar no futuro.O actual período de escolaridade

prolongou-se no tempo, o que torna o adolescente mais dependente em termos familiares e so-ciais; contudo, são-lhe exigidas, ao mesmo tempo, autonomia e responsabilida-de. Esta situação pode reflectir e x p r e s s õ e s contraditórias e paradoxais: “Já não és criança, tens idade para ser responsável” e “Ainda não tens idade para saber o que queres”. E o adolescente re-conhece bem esta ambivalência.

A adolescência é o período em que se cresce: consigo próprio, com o melhor amigo, com e contra os pais e/ou educadores, com os outros ado-lescentes e com os outros adultos.

A adolescência começa com as transformações físicas e biológicas e termina com a construção da in-dependência e da identidade, com a elaboração de projectos de vida e de inserção social...

Um dos grandes paradoxos da adolescência é o conflito no jovem entre um desejo de afirmar um ser único e um desejo irresistível de ser exactamente como os seus amigos.

Qualquer coisa que coloque um adolescente fora do

grupo pode ser in-quietante e os mais

novos podem ficar perturbados, se amadurecerem mais cedo ou mais tarde do que o habitual.

O efeito com-binado das mu-danças físicas

e sociais (pares, família,...) do jovem

podem ser psicologi-camente devastadoras

e, quase sempre, provo-

cam uma certa con-fusão, sentimentos de solidão, insegurança e a perda da identidade. Neste

período da sua vida, o compromisso

principal do ado-lescente será a procura da sua identidade que não sabe ver-dadeiramente como encon-trar. Não tem

a certeza de nada: não sabe

se crescerá mais, se será atraente, se

conseguirá dominar os seus impulsos, duvida, hesi-ta... Essencialmente, procura modelos de comportamento e preocupa-se com a sua ima-gem diante dos outros.

Toda esta situação: aceitação do corpo, novos relacionamentos, novos conhecimentos, as desco-bertas e o emergir de opções para o futuro levam muitos adolescentes a frequentes crises de choro, estados de euforia, estados de melancolia e impulsos não controlados que transformam o ado-lescente num ser emocionalmente instável. No entanto, este processo não é duradouro e terminará normalmente, no final da adoles-cência...

Susana Maria Martins Lima,Psicóloga

Momentos de reflexãoO espelho da adolescência…

A equipa multidisciplinar do Gabinete do Rendimento Social de Inserção (R.S.I) sedeada nesta Instituição é constituída por uma Assistente Social, um Psicólogo e uma Educadora Social, encontrando-se a exercer funções desde Abril de 2005. A equipa tem a responsabilidade de assegurar a execução de um plano de intervenção conjunto, cujo objectivo é o de permitir uma melhoria na articulação e possibilitar o desenvolvimento das potencialidades dos grupos – alvo e das necessidades reais da população.

Esta equipa encontra-se a acompanhar 39 agregados familiares que correspondem ao acordo estabelecido inicialmente, desenvolvendo um conjunto de acções que conduzem e facilitam o processo de inserção social e profissional destas famílias, através de uma intervenção direccionada para o reforço de competências pessoais e sociais dos indivíduos/famílias e da promoção da integração social e desenvolvimento dos indivíduos, apoiando-os na construção do seu projecto de vida , tendo em conta a sua vida quotidiana.

O primeiro passo consiste em conhecer as principais problemáticas inerentes a cada família, de forma a estabelecer o papel de cada técnico. Após conhecer cada família em particular é iniciado o acompanhamento.

Depois de se ter definido qual ou quais os técnicos que terão de fazer um maior acompanhamento, discute-se em equipa sobre que vertentes incidirá o programa de inserção, negociando-se depois em conjunto com

a família. Após ser delineado o programa de inserção social, as nossas acções desenvolvem-se no sentido da família/elemento

cumprir a acção acordada com a equipa. É aqui que o trabalho de cada técnico se delimita e se torna mais exaustivo, de acordo com as problemáticas a trabalhar. Posteriormente, este programa de inserção, já devidamente preenchido, é apresentado nas reuniões do Núcleo Local de Inserção, que se realizam no Serviço Local da Segurança Social com os parceiros das áreas da educação, emprego/formação profissional, saúde, autarquia, coordenadora do NLI e um representante da equipa, no caso a Assistente Social, sendo a partir deste momento que o acompanhamento se torna mais evidente.

As problemáticas mais apresentadas pelas famílias estão inseridas nas áreas da educação, emprego/formação profissional, vulnerabilidades ao nível da saúde e de apoio em questões de encaminhamento e acompanhamento a serviços e equipamentos.

O Acompanhamento traduz-se em atendimentos psicossociais realizados por cada técnico dentro da sua área de actuação que, quando necessário, estabelecem articulação com técnicos de outras instituições, entidades e associações, de forma a um possível encaminhamento do elemento/família ou simplesmente para obter mais informação ou confirmar dados apresentados pelos beneficiários.

Por outro lado, procede-se à realização de visitas domiciliárias que visam manter um contacto mais próximo e directo com os beneficiários, no intuito de conhecer a sua realidade social e as suas condições habitacionais, bem como de comprovar se existe alguma desarticulação entre as informações que nos são dadas e a situação que realmente a família vive e que só no local é que é possível verificar. Estas visitas domiciliárias são realizadas uma vez por semana, normalmente à terça-feira, de manhã e de tarde, por dois técnicos, alternadamente, efectuando-se uma média 7/8 visitas domiciliárias num dia.

Neste sentido, esta equipa, face aos recursos que tem, procura ainda promover a melhoria da qualidade de vida e do bem-estar dos beneficiários através do acompanhamento ao nível da saúde, elucidar para uma boa organização familiar e melhoria dos comportamentos/competências pessoais, sociais e parentais. Na nossa perspectiva, através do suporte directo ou indirecto que nós prestamos aos agregados, podemos constatar que a maioria sente que tem em nós um apoio para concretizar um projecto de vida.

Para concluir, podemos salientar casos em que houve uma melhoria significativa ao nível de uma cidadania mais activa, quer o nível da valorização pessoal quer do reforço de competências pessoais e familiares. Porém, continuamos a trabalhar no sentido de tornar estas famílias economicamente autónomas.

Equipa Técnica do RSI

Actividades e ValênciasRendimento Social de Inserção

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No âmbito do Plano de Actividades aprovado pela assembleia geral, a Mesa Administrativa tem prosseguido a recu-peração do seu património, revitalizando alguns edifícios onde estão instaladas as suas Valências, ou melhorando alguns de seus prédios de rendimento, legados por benfeitores ou construídos por sua iniciativa.

Agora, depois de várias promessas de políticos e políticas que nunca descorti-naram a solução para o mais que cen-tenário Lar de Infância Maria Pia, como originariamente foi designado, o ano de 2005 foi do arranque da obra!

Com financiamento da Segurança Social, e o restante dos cofres da Ins-tituição, a recuperação do Lar Maria Pia traduz-se num investimento na ordem de 1 milhão de euros.

Decorrem os trabalhos finais e de por-menor, para agendar a sua inauguração oficial, mas a transferência das meninas deverá concluir-se dentro de dias.

Tratando-se de uma acção de referên-cia no mandato que ora termina, julga-mos oportuno arquivar nestas páginas, uma resenha história da Valência, que foi integrada

A fundação de uma entidade para acolher crianças e jovens no concelho de Ponte de Lima remonta ao ano de 1872. Por iniciativa do advogado An-tónio de Magalhães Barros de Araújo Queirós (1808-1888), foi constituída uma comissão organizadora que reco-lheu donativos e redigiu os estatutos. Estes, foram aprovados por alvará do Governo Civil de Viana do Castelo data-do de 3 de Março de 1873, e o asilo/lar provisoriamente instalado no prédio onde funcionaria no início do século XX parte do Hotel Marcos, à rua da Abadia, donde transitou para a casa solarenga dos Perestrelos, à rua do Arrabalde.

Na manhã de 19 de Dezembro de 1880, abriu as portas o edifício definitivo levantado nos alicerces do antigo Hos-pital dos Peregrinos, à entrada da Rua

do Souto, no então chamado Largo do Chafariz.[1] ou da Regeneração.

O investimento total de acordo com os livros que restam do seu arquivo, ascendeu a mais de 2 contos e 200 mil réis, incluindo recheio comprado até 1884, data do relatório impresso para distribuir pelos associados e entidades oficiais.

Para tão importante instituição edu-cativa Limiana contribuíram os conter-râneos, designadamente os de maior disponibilidade financeira. A recolha de verbas estendeu-se à colónia portugue-sa e limiana radicada no Brasil, afinca-damente no Rio de Janeiro e Salvador da Bahia.

De acordo com a relação elaborada por dinheiros enviados, e os retratos a óleo que restam da galeria de benfeito-res, recordemos os principais:

- Visconde de Amoroso Lima, esse Limiano originário do lugar da Ar-mada, Beiral de Lima, que radicado na então capital carioca, gozava de elevada estima e consideração, falecido em 1891 em Paris.

- Comendador António Dias Guima-rães, parente do aristocrata acima mencionado, também elemento da classe comercial portuguesa no Rio de Janeiro.

- Paulino Afonso Pereira Nunes, tam-bém radicado em terras brasileiras.

- Miguel Francisco Rodrigues de Moraes, industrial e proprietário do palacete no bairro de Campo Gran-de na Bahia, desde 1911 palácio da Aclamação adaptado a residência dos Governadores daquele Estado do nordeste do Brasil. Falecido em 1895, contribuiu para a fundação, além de enviar regularmente outras verbas para gerir o Lar Maria Pia, tal como seu irmão João, que em 1889 ofereceu, p.e. 20 libras em ouro, no-

ticiou a imprensa local[2].

- Barão de Castelo de Paiva, subs-creveu a lista proposta pelo principal impulsionador, dada alguma relação de amizade com Ponte de Lima e o apoio manifestado ao projecto.

A obra humanitária prosperou por dezenas de anos, já então dirigida pelo filho do idealizador: o também bacharel em Direito Francisco de Magalhães, que também avançou com a ampliação do edifício, como seguidamente informa-mos:

As actuais instalações do Centro Social e Paroquial de Santa Maria dos Anjos, cedidas pela Santa Casa da Misericórdia ao abrigo de um contrato celebrado, ao contrário do que muitos leitores julgam, ocupa na sua maior par-te área da ampliação do Lar Maria Pia.

Trata-se duma nova ala, começada a construir depois de 1933, com a aquisição do prédio que pertenceu ao veterinário Adolfo Rodrigues de Mora-es[3], sobrinho dos dois beneméritos atrás enunciados. O edifício dispunha dum quintal, voltado à actual Rua do Mercado, que seria eliminado para dar lugar à construção que hoje admiramos, com boa cantaria e amplas divisões, onde funcionaria o Colégio Maria Pia, instituição que goza de saudade entre muitos que o frequentaram, como o foram meus pais e tantas outras famílias locais.

Hoje, 120 anos depois de erigido, o Lar Maria Pia reabre, mais moderno e funcional, com as condições de como-didade e segurança sem igual na região, fruto duma parceria entre o Estado e a entidade proprietária.

Adelino Tito de Morais,Secretário e Director da Mesa

Administrativa

[1] O chafariz foi mudado entre 1929-1930 para p Largo de Camões, numa decisão de aformosear aquele espaço cívico inaugurado por ocasião do Tricentenário da morte do autor d‰Os Lusíadas, em 10 de Junho de 1880.[2] Dez foram em seu nome pessoal, e outras tantas no de sua mãe, D. Maria do Carmo Vasconcellos, por ocasião de inaugurar o retrato do presidente ˆ fundador Dr. António de Magalhães. (Jornal A Voz do Lima, Ponte do Lima , número 131, de 6 de Janeiro de 1889).

[3] Foi médico veterinário da GNR (Porto) e depois desempenhou vários cargos e funções nas antigas colónias da Guiné e Moçambique, cujo trabalho mereceu louvor do governo.

Nascido em Ponte de Lima a 13 de Maio de 1897, passou à reforma em 1952, desconhecendo-se a data de sua morte. (Anais dos serviços de veterinária e industria animal. Provincia

de Moçambique. N.º 6, 1953/54 paginas 39-41).

Época Balnear do Lar de Idosos

Santa Casa da Misericórdia de Ponte de Lima | Boletim Informativo 17 8 Santa Casa da Misericórdia de Ponte de Lima | Boletim Informativo

Actividades e Valências Lar de Idosos

Pequenos momentos de alegriaActuação do Grupo Folclórico da Finlândia

Comemoração do Dia de S. Martinho

S. Marti

nho

Lar Maria PiaRecuperação do centenário edifício sede

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Actividades e Valências Lar de Idosos

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Actividades e Valências Jardim de Infância

Nunca conheci outro Lar, antes de vir para cá, porque vivi cinquenta anos com os meus patrões em Caminha. Quando os dois faleceram as filhas queriam que eu ficasse com elas, mas eu não quis e como queria estar à minha vontade e não aborrecer ninguém, resolvi vir para o Lar. A minha opinião sobre o Lar é muito boa. Porque tratam muito bem de nós e estamos à vontade. Ajudo em tudo que posso como trabalhar no jardim e quando faz falta também vou para a horta. Por isso, não tenho mais nada a acrescentar, simplesmente que me sinto bem aqui.”

“O nosso conhecimento acerca dos Lares, antes de vir para este Lar de Idosos, era positivo porque a minha mulher Manuela já conhecia um em Viana do Castelo. A razão que nos levou a vir viver para cá foi o facto da minha mulher ficar na cadeira de rodas e precisar de cuidados que eu em casa não lhe poderia dar. Já vivemos aqui há um ano e confesso que eu ainda não consegui adaptar-me, ao contrário da minha mulher que se adaptou muito bem. Tenho dificuldade em adaptar-me porque toda a vida fui uma pessoa pontual, rigorosa e exigente e que, por vezes, não me agrada o comportamento de algumas pessoas. No entanto, já me mentalizei que tenho que viver aqui no Lar e estou disposto a compreender as outras pessoas que cá vivem.”

Manuela e José Gonçalves de SáUtentes do Lar de Idosos

Antes de vir para o Lar, eu não sabia o que era um Lar de Idosos. Havia quem dissesse mal do Lar, mas eu verifiquei que só diz mal quem não sabe, pois aqui não se encontram como noutros tempos, só os pobrezinhos, mas sim gente de todas as classes sociais. Hoje encontro-me no Lar de Idosos com a minha esposa, desde Setembro de 2004, altura em já se encontrava numa cadeira de rodas. (…) Agora digo e não minto, que somos bem tratados e que a higiene e a comida são boas. No entanto, não se põem de parte os pequenos problemas que, como em qualquer família estão sempre a aparecer, mas temos que os resolver, porque aqui somos todos uma família. (…)

José Gonçalves Pimenta Utente do Lar de Idosos

“Para mim o Lar é muito bom. No entanto, antes de vir para cá não tinha ideia do que era (…). Considero que o Lar é bom por que sou bem tratada e tenho que cá estar porque vivia sozinha e fiquei paralisada do lado direito, devido a uma trombose (…)”.

Maria Olívia Silva Utente do Lar de Idosos

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Actividades e Valências Lar de Idosos

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Actividades e Valências Jardim de Infância

Diferentes visões e representações pessoais e sociais acerca do Lar de Idosos

“A sociedade portuguesa está cheia de preconceitos, estereótipos ou ideias pré – concebidas acerca dos Lares de Idosos, por vezes sus-tentadas em opiniões erradas, sem nunca se preocuparem se o que dizem é verdade ou não. Quando iniciei o meu estágio curricular da Licenciatura de Serviço Social no Lar de Idosos desta Instituição, fui confrontada com os meus precon-ceitos e estereótipos do que é um Lar de Idosos, em que considerava que este tinha uma função assisten-cialista, no sentido em que os idosos eram colocados lá até ao fim das suas vidas. (…) Ora, com o decorrer do meu estágio fui constatando que, para se ter uma opinião formada acerca do que é esta realidade é preciso compreender, antes de mais, qual o papel do Lar de Idosos, enquanto medida de política social de apoio à Terceira Idade, na medida em que nem todas as pessoas têm

a possibilidade de ter retaguarda ou apoio familiar na última etapa das suas vi-das. (…) Assim sendo, concluo q u e a m i n h a visão acerca dos Lares, concreta-mente deste Lar de Idosos, mu-dou radicalmen-te, no sentido em que me ajudou a d e s c o n s t r u i r preconceitos e e s t e r e ó t i p o s e perceber que estas instituições passaram a ter a função de acolher as pessoas e aju-dá-las a construir uma nova família sustentada em laços de amizade e solidariedade. Por fim, gostaria de deixar uma palavra de apreço a todos os idosos desta casa e agra-

decer a riqueza que me transmitiram com as suas experiências de vida, tornando-me numa pessoa mais humana e mais rica”.

Fernanda Alves Estagiária da Licenciatura de Serviço Social

Da Universidade Católica Portuguesa

Sempre me habituei a ouvir dizer que um Lar de Idosos era um lugar onde os idosos eram colocados para morrer…” O

meu estágio profissional foi realizado neste Lar de Idosos e foi aí que senti qual é a realidade de um Lar de Idosos e como estava

enganada. Percebi, então, que um Lar não é lugar para morrer, mas sim um lugar para viver. (…) É uma casa onde os idosos vivem

em comunidade, partilham o espaço entre si e por vezes até nascem grandes amizades. (…) Para mim foi uma experiência muito boa fazer

o meu estágio aqui, neste Lar, onde fiz amizades quer com colegas, quer com idosos. Mas deixei-lhes uma recordação minha, dediquei-

-lhes alguns versos para que se possam lembrar da estagiária de Geriatria com um sorriso no rosto.”

Rosa Silva Estagiária do Curso de Geriatria

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Nova CoordenadoraAssumiu as funções de Coordenadora do Lar Maria Pia a Irmã Maria de Fátima Amorim, em substituição da Irmã Maria Ângela, agora transferida para exercer outras funções.

A Comunidade do Lar Maria PiaA Instituição tem ao seu serviço, a tempo inteiro, cinco Irmãs Hospitaleiras da Imaculada Conceição, coordenadas pela Irmã Maria de Fátima, que colaboram no acolhimento e educação das meninas que integram o Lar Maria Pia. São pessoas dedicadas, carinhosas, atentas que, com a sua pedagogia, amor e carinho têm conseguido moldar as utentes ao ponto de muitas delas conseguirem alcançar cursos superiores e assim estarem mais preparadas para a vida do trabalho.São elas:Irmã Maria de Fátima, Irmã Germina, Irmã Maria José, Irmã Margarida e Irmã Maria da Glória.

Os tempos de lazer das jovens do LarEmbora o principal trabalho passe pelo estudo nas escolas em que estão matriculadas, também os tempos livres são aproveitados para o complemento da sua formação, quer em alguns trabalhos da casa quer em momentos de diversão como passagens de modelos e as coreografias das canções mais gostosas para o momento, como é o caso das músicas da “Floribela”.Noutros momentos têm estas meninas sido visitadas por estudantes cujo projecto de trabalho passa pela ocupação de tempos livres da juventude. Exemplo disso, foi a visita recebida dum grupo de alunos de escolas de Braga que com o Lar veio partilhar as suas experiências.

Actividades e Valências Lar Maria Pia

14 Santa Casa da Misericórdia de Ponte de Lima | Boletim Informativo Santa Casa da Misericórdia de Ponte de Lima | Boletim Informativo 11

Actividades e Valências Lar S. José

Noticias do Lar

Renato Luís

Regresso às aulas:

Ofertas:

Desporto:

UtentesSaídas:

Entradas:

José Luís Moreira – Coordenador

Utentes que entraramNo mês de Setembro próximo passado, por altura das Feiras Novas, a comunidade do Lar Maria Pia cresceu: foi por essa altura e com muito prazer que o Lar acolheu a Soraia e a Flávia.

Utentes que saíramDeixaram a Instituição, com agradecimento aos responsáveis dos Lares Maria Pia e S. José e à Mesa Administrativa os irmãos Jéssica Gonçalves Araújo Gomes e o Bruno Daniel Gonçalves Araújo, do Lar S. José. Saíram ainda , em seis de Novembro, para a sua casa em Lisboa, a Carolina e a Cátia..A Santa Casa da Misericórdia de Ponte de Lima deseja os maiores êxitos para a sua nova vida noutras paragens.

Este ano frequentam o 1º ciclo do Ensino Básico 6 utentes, distribuídos pelas escolas de Ponte de Lima e

Centro educativo da Ribeira. Na escola E.B. 2,3 de António Feijó são 8. No ensino profissional, temos um utente em Arcozelo, no curso de desenhador de autocad, e na escola secundária temos 3 utentes no curso de serralheiro mecânico, 3 no curso de electricista de instalações e 2 no

curso de técnico de manutenção electromecânica.

O Sr. Bruno Vale, de Ponte de Lima, tem agraciado regularmente a Instituição com vestuário; como já vem

sendo hábito, também a D. Júlia Marafão, de Valença, tem entregue quantidades consideráveis de vestuário.

Esta Senhora criou uma rede de recolha de roupas, calçado e brinquedos. A partir da sua residência, procede à recolha, verificação do seu estado de uso e embalagem. À Instituição cabe apenas, depois de todo o trabalho executado pela D. Júlia, a tarefa de recolher todo o

material na sua residência e trazê-lo para Ponte de Lima.

Os utentes do Lar continuam a dar cartas no desporto. Para além dos que praticam natação e

basquetebol, um deles tem-se destacado na modalidade do futebol, na equipa de juvenis da A.D. “Os Limianos”. Trata-se do Bruno Baptista, que compete actualmente nos campeonatos nacionais da Federação Portuguesa de futebol, com honrosas prestações, o que se tem reflectido na tabela classificativa. O Bruno tem ajudado a equipa com os seus golos de belo efeito que têm deliciado a

numerosa plateia que a eles assiste.

Desde o passado mês de Junho, por vontade própria, deixaram o nosso Lar os seguintes utentes:

• Tiago Filipe Ferreira Barros Campos, Luciano Manuel Ferreira Barros Campos e Bruno Miguel Ferreira Barros Campos. Estes três irmãos regressaram a Cabaços, a casa dos pais;

• Mauro Alexandre Alves e Ruben José Alves Mata, que regressaram à casa da mãe, em Almada;

• Alexandre Amorim da Silva, que regressou a Ponte da Barca.

• No passado dia 13 de Setembro, ingressaram na Instituição, vindos de Oeiras, os irmãos Renato André e Luís Rafael Moreno. Após um período de adaptação, estes utentes, na companhia das suas irmãs Soraia e Flávia, iniciaram o ano lectivo no Centro Educativo da Ribeira. Desejamos a estes novos utentes, assim como às irmãs, que se sintam felizes e que realizem todos os seus sonhos.

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12 Santa Casa da Misericórdia de Ponte de Lima | Boletim Informativo Santa Casa da Misericórdia de Ponte de Lima | Boletim Informativo 13

Actividades e Valências Lar S. José

… Dra. Beatriz, Enf. Rosa Maria e D. Helena.

MUITO OBRIGADO…

Actividades e Valências C r e c h e

Com o seu atendimento úni-

co, a sua dedicação ímpar, o

seu profissionalismo excepcio-

nal, estas senhoras merecem a

nossa particular admiração.

A Dra. Beatriz Mouta começou a dedicar-se aos utentes da Nossa Instituição desde o longínquo ano de 1982, já lá vão quase 25 anos, quando era Provedor da Santa Casa da Misericórdia o Sr. Mário Pires. Ainda hoje é a médica de fa-mília dos meninos do Lar São José e das meninas do Lar D. Maria Pia. Sempre pronta a atender, muitas das vezes ultrapassando a marca-ção prévia, a Dra. Beatriz soube, ao longo deste último quarto de século, granjear a simpatia e a ad-miração daqueles que diariamente com ela convivem, e daqueles que, como nós, de quando, em vez dela necessitam.

À Enf. Rosa Maria, sempre preocupada com os meninos e meninas da Instituição, atenta às vacinas, nada lhe escapa na pre-venção das doenças.

A D. Helena, administrativa do atendimento, voz simpática e sempre prestável, é o elo de liga-ção entre a Dra. Beatriz e o públi-co. Nunca regateia esforços para que as necessidades do Lar São José sejam supridas.

Em suma a palavra “não” foi erradicada do vocabulário destas três profissionais.

Tomara haver mais pessoas des-tas a trabalhar: o mundo seria bem melhor e o trabalho decorreria de maneira muito mais positiva.

À Dra. Beatriz, à Enf. Rosa Maria e à D. Helena aqui prestamos a nossa singela homenagem que, pelos anos de dedicação aos me-ninos e meninas da Santa Casa da Misericórdia, peca por tardia mas, como o povo sabedor bem o diz, mais vale tarde do que nunca. Às

três, o nosso muito obrigado, e que continuem todas por muitos e bons anos.

Aproveitamos, também, para agradecer ao Director do Centro de Saúde de Ponte de Lima, Dr. António Amorim e aos demais mé-dicos, enfermeiros e funcionários da Instituição que, diariamente, dão o seu melhor para o bem de todos.