brasil de fato rj - 110

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Geral | pág.3 Cultura | pág.11 Bonde da filharada do Mr. Catra Funkeiro está bombando em comercial do Dia dos Pais Divulgação Pablo Vergara/ Brasil de Fato Movimento ocupou sede do Ministério da Fazenda 6 a 8 de agosto de 2015 • distribuição gratuita Ano 3 | edição 110 Divulgaçã/UFC Império Serrano vai homenagear Silas de Oliveira Se fosse vivo, fundador da escola completaria 100 anos Esportes | pág. 15 Luta entre Ronda Rousey (foto) e brasileira Bethe Correia trouxe debate à tona Riotur Cultura | pág.10 UFC estimula violência? A um ano dos Jogos Olímpicos, o Rio de Janeiro ainda não cumpriu a promessa de ligar as quatro zonas de competições (Barra, Deodoro, Copacabana e Mara- canã) por ciclovias. O compromisso foi assumido com o Comitê Olímpico Internacional (COI) em 2009, durante a disputa para sediar os Jogos. Cidades | pág. 5 MST realiza atos contra ajuste fiscal Cidades | pág.4 Pezão quer construir barragem em Cachoeiras do Macacu Guapiaçu: famílias lutam contra despejo O Armazém da Utopia corre o risco de fechar as portas. Isso porque a empresa Pier Mauá, que tem a concessão para administrar edifícios do Cais do Porto, quer expulsar os lutadores culturais que ocupam, desde 2010, o Armazém 6. Essa semana um protesto repudiou a ordem de despejo emitida pela Justiça. Cidades | pág. 7 Olimpíadas não terão ciclovias interligadas

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Geral | pág.3Cultura | pág.11

Bonde da filharada do

Mr. CatraFunkeiro está

bombando em comercialdo Dia dos Pais

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Pablo Vergara/ Brasil de Fato

Movimento ocupou sede do Ministério da Fazenda

6 a 8 de agosto de 2015 • distribuição gratuita

Ano 3 | edição 110

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Império Serrano vai homenagearSilas de OliveiraSe fosse vivo, fundador da escola completaria 100 anos

Esportes | pág. 15

Luta entre Ronda Rousey (foto) e brasileira Bethe Correiatrouxe debate à tona

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Cultura | pág.10

UFC estimula violência?

A um ano dos Jogos Olímpicos, o Rio de Janeiroainda não cumpriu a promessa de ligar as quatro zonasde competições (Barra, Deodoro, Copacabana e Mara -canã) por ciclovias. O compromisso foi assumido como Comitê Olímpico Internacional (COI) em 2009, durantea disputa para sediar os Jogos. Cidades | pág. 5

MST realiza atos contraajuste fiscal

Cidades | pág.4

Pezão quer construirbarragem em Cachoeiras do Macacu

Guapiaçu:famílias lutamcontra despejoO Armazém da Utopia corre o risco de fechar as portas. Isso porque a empresa Pier

Mauá, que tem a concessão para administrar edifícios do Cais do Porto, quer expulsaros lutadores culturais que ocupam, desde 2010, o Armazém 6. Essa semana umprotesto repudiou a ordem de despejo emitida pela Justiça. Cidades | pág. 7

Olimpíadasnão terão ciclovias interligadas

BrasilDeFato110.qxp_Brasil de Fato 05/08/15 17:38 Page 1

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Não é de hoje que o vice-almirante Othon Pinheiro da Silva, agora preso por or-dem do Juiz Sérgio Moro na Operação Lava Jato, é consi-derado pelos Estados Unidos como uma figura incômoda. Destacado como o pai do programa nuclear brasilei-ro, o militar conseguiu criar uma produção barata de urânio enriquecido. A cha-mada tecnologia das centrí-fugas é muito cobiçada pelas potências nucleares.

Além disso, graças ao vi-ce-almirante Othon Pinheiro da Silva, o Brasil projeta o sub-marino nuclear, importante peça para a defesa, algo que Estados Unidos, Inglaterra, França, Rússia e outros países banhados por mares ou ocea-nos desenvolvem há anos por ser algo de muita necessidade. E como é comum em projetos dessa natureza, é necessário que tudo se desenvolva de forma a evitar que segredos sejam divulgados.

É importante acompanhar os desdobramentos da ação do juiz Moro contra o militar

Sucessivos governos es-tadunidenses queriam de todas as formas ter aces-so à produção do urânio enriquecido que o Brasil domina em seu programa nuclear para fins pacíficos. Ocorreram pressões para que isso acontecesse.

PRESSÃO DOS EUANesse sentido, vale lembrar

uma reportagem publicada em 11 de abril de 2004 no jor-nal O Estado do Paraná em que Othon Luiz Pinheiro da Silva dizia textualmente que “o Brasil precisa tomar muito cuidado com a pressão dos Estados Unidos sobre as suas pesquisas nucleares”.

ESPIONAGEMNa longa matéria o mili-

tar alertava que o “Brasil é um país infestado de espi-ões americanos, atentos a todos os movimentos que o País faz para ser mais in-dependente”. E fez ainda

Onze_anos_depois_dos alertas, o militar da Reser-va que presidia a Eletro-nuclear é preso, acusado de receber propinas no projeto de Angra III, com base em mais uma dela-ção premiada incentiva-da pelo juiz Sérgio Moro. Acusação negada veemen-temente pelo militar. É importante acompanhar os desdobramentos da ação do juiz Moro contra o militar que teve a ordem de prisão prorrogada.

EDITORIAL

Quinta-feira, 6 de agosto Rio de Janeiro, Brasil

º C | F26Ensolarado

PREVISÃO DO TEMPO

EXPEDIENTE

Desde 1º de maio de 2013

O jornal Brasil de Fato circula semanalmente em todo o país e agora com edições regionais em Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. O Brasil de Fato RJ circula todas as segundas e quintas-feiras. Queremos contribuir no debate de ideias e na análise dos fatos do ponto de vista da necessidade de mudanças sociais em nosso país e em nosso estado.

CONSELHO EDITORIAL:Alexania Rossato,Antonio Neiva (in memoriam), Joaquín Piñero, Kleybson Andra-de, Mario Augusto Jakobskind, Rodrigo Marcelino, Vito Giannotti (in memoriam) EDITORA: Vivian Virissimo (MTb 13.344) REPÓRTERES:André Vieira, Bruno Porpetta, Fania Rodrigues e Pedro Rafael VilelaREVISÃO: Sheila JacobCOLUNA SINDICAL: Claudia Santiago FOTÓGRAFO: Pablo Vergara ADMINISTRAÇÃO: Carla Guindani DISTRIBUIÇÃO: Kleybson Andrade DIAGRAMAÇÃO: Juliana BragaStefano Figalo TIRAGEM MENSAL: 200 mil exemplares

(21) 4062 [email protected]

outro alerta chamando a atenção que “os EUA não têm o menor interesse em que o Brasil seja autônomo em termos de defesa”.

Uma prisão que gera dúvidas e suspeitas

2 | Opinião Rio de Janeiro, 6 a 9 de agosto de 2015

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Moro. Para o advogado, Dirceu está sendo usado como “bode expiatório”. “Estão buscando um bode expiatório no processo. Podem odiá-lo, falar o que quiserem dele, mas não ha-via fundamento para a pri-são. Parece-me exagerado, equivocado, injusto”, falou o advogado do ex-ministro José Dirceu. (ABr)

Marcelo Camargo / ABr

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Br

INSS em greve

Em greve há mais de 30 dias, os servidores do INSS realizarão nes-ta quinta-feira (6) uma assembleia para debater os rumos da paralisação. Novos atos também de-vem ocorrer nos próxi-mos dias para dar visi-bilidade ao movimento e para pressionar o gover-no federal a apresentar uma proposta satisfató-ria aos grevistas.

SINDICALpor Claudia Santiago

FRASE DA SEMANA

Radios / EBC

Divulgação

Henrique Freire

José Dirceu é preso novamente

O ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, foi pre-so novamente na última segunda-feira (3) duran-te nova fase da Operação Lava Jato. O advogado do ex-ministro, Roberto Pod-val, disse em entrevista à imprensa, em Brasília, que vai tentar reverter a prisão de seu cliente, determina-da pelo juiz federal Sérgio

O humorista Fábio Porchat fez críticas ao machismo e ao racismo no Brasil. “Temos de lutar diariamente contra essas coisas abomináveis para que percam suas forças e apodreçam dentro de nos-sas cabeças para caírem e sumirem para sempre”, disse o ator em artigo.

A Supervia admitiu que autorizou o maqui-nista de um trem a pas-sar por cima do corpo de Adílio Cabral, de 33 anos, que estava nos trilhos no dia 30 de julho. A polí-cia civil registrou o caso como homicídio culposo.

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REFORMA AGRÁRIA Cerca de dois mil integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocuparam nesta segunda-feira o Ministério da Fazenda, em Brasília. Eles, que estenderam uma faixa “Fora Levy”, protestam contra o corte de verbas para a reforma agrária e o ajuste � scal, anunciados no � m de julho.

disse o cantor Criolo ao criticar a redução da maioridade penal e a política de segurança aplicada nas favelas. A entrevista foi dada à revista Carta Capital.

disse o cantor maioridade penal e a política de segurança aplicada nas favelas. A entrevista foi dada à revista

“Desde que me entendo por gente vão pra favela assassinar jovens”,

Transpetro X Metalúrgicos

Em audiência no Tribu-nal Regional do Trabalho da 1ª Região no dia 30 de julho, a Transpetro/Pe-trobrás não levou a segu-radora responsável pela garantia de construção de navios e provocou a sus-pensão do dissídio coleti-vo por 30 dias. O Sindicato dos Metalúrgicos de Ni-terói e Itaboraí classi� cou a ação como “traição”. A categoria cobrou também uma solução para o caso do Estaleiro Eisa-Petro Um (Mauá), que demitiu mil trabalhadores em junho.

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Geral | 3Rio de Janeiro, 6 a 9 de agosto de 2015

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Rio de Janeiro, 6 a 8 de agosto de 20154 | Cidades

“Não é afogando o rio Gua-piaçu que vamos ter água”.Esse é o lema que está le-vantando a população de Ca-choeiras de Macacu, muni-cípio vizinho do Rio. Os mo-radores travam uma luta con-tra o despejo pela barragemdo Guapiaçu, projeto apre-sentado pelo governo Pezãocomo a principal ação paracombater a crise hídrica.

De um lado o governoquer levar adiante o projetoa todo custo. De outro, aca-dêmicos, sindicalistas, polí-ticos e militantes sociais ques-tionam diversos aspectos dabarragem, desde a viabilidadetécnica da obra até os inú-meros problemas socioam-bientais, como o número defamílias atingidas.

Questões serão debatida snesta quinta-feira (6) na ses-

são da CPI da Crise Hídrica,instalada na ALERJ desdemarço. O objetivo, segundoo deputado membro da Co-

missão, Flávio Serafini(PSOL), é encontrar solu-ções para a falta de água noestado. Segundo ele, boaparte dos problemas queenfrentamos hoje é frutodas escolhas que foram fei-tas, desde a gestão da águaaté a gestão dos recursosnaturais. Essas escolhas pro-vocaram redução na pro-dução de água.

Serafini critica a escolhado governo pela barragemdo Guapiaçu. Segundo ele,essa proposta é ruim em to-

dos os sentidos.“Ela resolve mal oproblema, ao in-vés de ver porqueestá ocorrendo adiminuição naprodução da água.A aposta do gover-no é no represa-mento da água, oque é ruim sociale ambientalmen-te”, aponta.

O deputado tam -bém questiona osimpactos negati-vos da barragemsobre a produçãode alimentos. “É

uma das regiões mais pro-dutivas do estado e a barra-gem iria tirar da terra cente-nas de famílias. Ainda porcima, do ponto de vista am-biental, iria alagar uma áreaenorme, além de não tercomo centralidade a recupe-ração dos rios”, declara.

TÉCNICOS DO INEAFORAM BARRADOS

Mesmo com o projeto sus-penso desde maio de 2014,os técnicos do Instituto Es-tadual do Ambiente estive-

ram nas comunidades atin-gidas no último dia 30 e nãoforam bem recebidos. Sus-peitando que a visita resul-taria no avanço da elaboraçãodos laudos para a liberaçãodo licenciamento ambiental,os agricultores impediram oacesso da equipe.

Para os atingidos, o gestofoi recebido como uma que-bra de acordo, no qual o se-cretário estadual do Am-biente, André Correa, secomprometeu em não gastarnem um centavo do orça-mento em cimento enquan-to não tivesse equacionadoa situação das pessoas quemoram na região.

“Mais uma vez o governodo estado tem se mostradocompletamente desprepara-do para tratar dessa constru-ção junto à população atin-gida. Fizemos um acordo, osecretário se comprometeuconosco e até agora nada foiindicado para as famílias.Sem um diálogo franco e semnos apresentarem garantias,nós impediremos todas essasvisitas técnicas”, argumentaRosilene Brives, uma das li-deranças do local.

Atingidos propõemreflorestamento

Alexania Rossatodo Rio de Janeiro (RJ)

População resisteà construção de barragem doGuapiaçu

Segundo Rosilene Brives,uma das lideranças do local,os atingidos não são contra ofornecimento de água. Mas,ao invés da barragem, ela de-fende como alternativa a re-

cuperação da produção deágua da bacia. “Entendemosque a floresta é uma granderepresa de água e propomosações como o reflorestamento,recuperação de mata ciliar ede nascentes, educação am-biental, saneamento básico,investimento em agroecologiae obras de contenção de ero-são”, disse Rosilene, que seráuma das depoentes da sessão.

Na sessão, as famílias tam-

bém irão solicitar o cancela-mento do projeto da barra-gem. Elas denunciam irregu-laridades e insuficiências nacondução da obra. Além dis-so, as famílias propõem a cria-ção de uma Política Estadualde Direitos para os atingidospor barragens. A ideia é queo estado do Rio de Janeiro te-nha algum amparo legal frentea impactos como o da barra-gem do Guapiaçu. (AR)

do Rio de Janeiro (RJ)

Famílias sugeremrecuperação daprodução de água

Luta contra o despejo emCachoeiras de Macacu

CPI da Crise Hídrica debaterá situação da Barragem de Guapiaçu

Famílias atingidas lutam por Política Estadual de Direitos

Midia Ninja

Guilherme Weimman/MAB

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População de Cachoeirasde Macacu travaluta contra o despejo pelabarragem do Guapiaçu_______________

BrasilDeFato110.qxp_Brasil de Fato 05/08/15 16:04 Page 4

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O Armazém da Utopia cor-re o risco de fechar as portas.Isso porque a empresa PierMauá, que tem a concessãopara administrar edifíciosdo Cais do Porto, quer ex-pulsar os lutadores culturaisque ocupam, desde 2010, oarmazém seis.

Essa semana todas as pes-soas envolvidas com o Ar-mazém da Utopia foram pa -ra a rua protestar contra aPier Mauá e a ordem de des-pejo emitida pela Justiça. De-zenas de manifestantes sereuniram em frente à Com -panhia Docas, responsávelpela concessão pública, parareivindicar a continuaçãodo projeto cultural. A ma-nifestação também contoucom o apoio de movimentoscomo o MST, UNE, CTB,

CUT, os sindicatos dos Por-tuários, dos Médicos e dosMúsicos, partidos de esquer-da, entre outros.

O imóvel pertence à Uniãoe ficou abandonado por mui-tas décadas, até ser ocupadopelos artistas da CompanhiaEnsaio Aberto. Desde então,tornou-se um espaço de pro-dução cultural, onde acon-

tecem diversas atividades.Entre essas ações estão ofi-cinas gratuitas de teatro, ma-quiagem, figurino, produçãoartística, técnico de som eiluminação. Também sãorealizados festivais de músicae cinema, exposições, pales-tras, estudos e espetáculosteatrais. É tudo isso que correo risco de acabar.

PÚBLICO X PRIVADODesde o início, os lutadores

culturais travam uma lutaquase diária com a Píer Mauápara manter a administraçãodo armazém seis. Mas agoraa empresa colocou “a facano pescoço”. Caso o governo

federal não tome nenhumamedida, os artistas terão atéo dia 18 de agosto para de-socupar o armazém seis, se-gundo o prazo estabelecidopela Justiça.

“A empresa quer usar o es-paço para alugar e promovergrandes eventos. Queremusar um espaço cultural, queé público, para fins privados.É isso que está em jogo”, de-nuncia uma das coordena-doras do Armazém da Utopia,Tuca Moraes.

Pier Mauá ameaça fecharArmazém da Utopia

Rio de Janeiro, 6 a 8 de agosto de 2015 Cidades | 5

Fania Rodriguesdo Rio de Janeiro (RJ)

Lutadores culturaisprotestam em frente à Cia. Docas do Rio de Janeiro

Setenta trabalhadorespodem perder emprego

Atualmente, o Armazémda Utopia garante mais de70 empregos diretos e muitosoutros de forma indireta. E,em cinco anos de ocupaçãocultural, mais de 400 mil es-

pectadores já foram ao localapreciar as produções artís-ticas ali desenvolvidas.

Para muitos jovens, comoNatália Balbino, de 19 anos,o Armazém da Utopia é vistocomo uma oportunidade.Ela viu sua vida mudar desdeque fez sua primeira oficinade teatro. Hoje ela é atriz eprodutora cultural, funcio-nária da Companhia EnsaioAberto e fonte de inspiração

para as crianças que aindaestão começando. “Todas aspessoas que recebem for-mação no Armazém da Uto-pia são inseridos imediata-mente no mercado de tra-balho”, afirma.

Moradora do Alemão, Na-tália diz que o Armazém éum espaço onde a arte estáao alcance de todos, mastambém um lugar de resis-tência. “Além da formação

profissional, nós recebemosformação cultural e política.Aprendemos a ver o mundode outra forma, a sermosmais críticos e a lidarmosmelhor com as dificuldades.Também temos uma forma-ção cidadã”, relata a jovem.

Zona escravocrata, na

época do império, a regiãoportuária do Rio de Janeirosempre foi lugar de resis-tência cultural. Portanto,essa ocupação do armazémseis reafirma a naturezapolítica desse bairro. E to-dos esperam que dure lon-gos anos. (FR)

do Rio de Janeiro (RJ)

Projeto ofereceformação profissional,cultural e política

Manifestação reivindica a permanência do Armazém da Utopia, na zona portuária

Luiz Fernando Lobo e Tuca Maraes, da Companhia Ensaio Aberto

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O imóvel pertence à União e ficouabandonado pormuitas décadas,até ser ocupadopelos artistas daCompanhiaEnsaio Aberto_______________

Pablo Vergara/Brasil de Fato

Pablo Vergara/Brasil de Fato

BrasilDeFato110.qxp_Brasil de Fato 05/08/15 15:56 Page 5

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Espanha: ativista critica Lei da Mordaça

“A aplicação da Lei de Segurança Cidadã na Espanha, mais conhe-cida pelos críticos como Lei da Mordaça, pode conduzir a uma restri-ção desproporcional dos direitos fundamentais” da população, alerta a advogada Patricia Goico, diretora da Rights Inter-national Spain (RIS), or-ganização que denuncia a violação judicial.

A medida, que entrou em vigor em julho, já pro-duziu suas primeiras víti-mas: um jovem das Caná-rias que foi intimado por criticar a conduta da polí-cia local e uma prostituta acusada de exibir o seu corpo de forma obscena. (Opera Mundi)

EM FOCO

Adolfo Lujan

Divulgação

Freddy Zarco/ABI

O presidente boliviano Evo Morales participa da graduação do curso de idiomas nativos oferecido a funcionários públicos. O Estado boliviano promove atendimento em diferentes idiomas originários.

Várias cidades do México foram palco de protestos, no começo dessa semana, após o assassinato de um fotó-grafo e de quatro mulheres, incluindo uma ativista dos direitos humanos.

Cerca de duas mil pessoas participaram de uma mani-festação na Cidade do Mé-xico apelando por “justiça”, exibindo as fotogra� as de Ruben Espinosa e acusando as autoridades de serem res-ponsáveis pelos crimes.

México: protestos após morte de fotojornalista

Milhares de pessoas protestam na capital mexicana

Os protestos se estende-ram a outras cidades, como Xalapa, capital do estado de Veracruz, onde o fotojorna-lista trabalhava. O corpo do trabalhador, de 31 anos, mor-to com um tiro na cabeça, foi encontrado na última sexta-feira, num apartamento da capital mexicana. Ele traba-lhava para a revista Proceso e para o jornal AVC Noticias de Veracruz. Quatro mulheres foram encontradas sem vida no mesmo local. (La Jornada)

Divulgação / La Jornada

Primeiro-ministro canadense dissolve Parlamento

O primeiro-ministro do Canadá, o conservador Ste-phen Harper, dissolveu o Parlamento canadense, no último domingo (2), e convo-cou eleições legislativas para o próximo 19 de outubro. No poder desde 2006, ele con-correrá a seu quarto manda-to seguido em um pleito mar-cado pela crise econômica que afeta o Canadá.

Os canadenses vão eleger,

em outubro, todos os 338 membros do Parlamento, co-nhecido como Câmara dos Comuns. Segundo a agência de notícias France-Presse, as pesquisas de opinião apon-tam que o Partido Conser-vador, de Harper, está em-patado com o Novo Partido Democrático, de centro-es-querda, liderado por � omas Mulcair, com 32% das inten-ções de votos. (ABr)

Canadenses vão às urnas em outubro para eleger novo Parlamento

6 | Mundo Rio de Janeiro, 6 a 9 de agosto de 2015

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A um ano dos Jogos Olím-picos, o Rio de Janeiro aindanão cumpriu a promessa deligar as quatro zonas decompetições (Barra, Deo-doro, Copacabana e Mara-canã) por ciclovias. O com-promisso foi assumido como Comitê Olímpico Interna-cional (COI) em 2009, du-rante a disputa para sediaros Jogos. O Rio de Janeiroreceberá, de 5 a 21 de agostode 2016, o maior evento es-portivo do planeta.

Hoje, para se deslocar debicicleta de Copacabana paraa Barra, por exemplo, é pre-ciso disputar espaço comcarros nas ruas. O mesmovale para um deslocamentodo Estádio Jornalista MárioFilho (Maracanã) para a Praiade Copacabana.

O Mapa de Projetos Ci-cloviários 2015/2016 da Se-cretaria Municipal de MeioAmbiente, atualizado emjaneiro deste ano, prevê ainterligação entre a regiãodo Maracanã e Copacabana.Há também a previsão deinterligação de Copacabanacom a Barra.

Não há previsão, entre-tanto, de ligação direta dazona do Maracanã com aBarra. Deodoro, a regiãomais distante das demais,também deverá permanecerisolada, sem qualquer liga-ção por ciclovia.

O compromisso de facilitaro deslocamento entre as ins-talações olímpicas, dentro de

uma mesma zona, por meiodas bicicletas, também nãodeve ser cumprido. As duasmaiores instalações dos JogosOlímpicos, por exemplo, oComplexo Esportivo do Ma-racanã e o Estádio OlímpicoJoão Havelange (Engenhão),separadas por menos de oitoquilômetros, não são ligadaspor ciclovias e não há previ-são de que novas pistas sejamconstruídas até o início dosJogos, daqui a um ano.

SERIA UM LEGADOPARA A CIDADE

Para José Lobo, presidenteda organização não gover-namental Transporte Ativo,que promove o uso da bici-cleta no Rio de Janeiro, a in-terligação das zonas olímpi-cas seria um grande legadopara a cidade.

“A Alemanha, na Copa doMundo de 2006, conseguiuaumentar em 10% o númerode usuários da bicicleta por-que fez dela um meio detransporte para os estádios.As pessoas experimentaram,

gostaram e depois continua-ram usando a bicicleta. Real-mente, [para os Jogos Olím-picos de 2016] a bicicleta nãofoi pensada como uma alter-nativa para as pessoas aces-

sarem os estádios”, disse.Segundo a Secretaria Mu-

nicipal do Meio Ambiente, osdois maiores polos olímpicos,a Barra e Copacabana, serãointerligados por ciclovias, de-

pois da reforma da AvenidaNiemeyer. Segundo a secre-taria, será possível ir do centroda cidade até Guaratiba, nazona oeste, de bicicleta.

Já o polo olímpico de Deo-doro será interligado aos de-mais por meio de BRTs (cor-redores exclusivos de ônibus),que, por sua vez, terão esta-ções interligadas a ciclovias.

Rio não interliga regiõesolímpicas por ciclovias

Protesto denuncia violaçõesnos Jogos Olímpicos

Vitor Abdalado Agência Brasil

Ciclistas precisamdisputar espaço comcarros para trafegar nas ruas

Atletas, trabalhadoresinformais, vítimas de re-moções forçadas e inte-grantes de outros movi-mentos sociais realizaramnesta quarta-feira (5) umato para denunciar vio-lações de direitos huma-

nos, repressão ao traba-lho dos camelôs, milita-rização da cidade, den-tre outras pautas. A ati-vidade, organizada peloComitê Popular da Copae Olimpíadas, foi reali-zada em frente à Prefei-tura do Rio.

Eles protestaram tam-bém contra o fechamentorecente de importantesaparelhos esportivos, comoo Estádio de Atletismo Cé-lio de Barros e o Parque

Aquático Julio Delamare,ambos localizados noComplexo do Maracanã.“Nossas vidas são usadasnesse negócio de formaperversa e a cidade é ven-dida como uma mercado-ria de luxo para gruposprivilegiados. Chega deviolações! Vamos às ruasdenunciar e lutar por umacidade para todas as pes-soas, com justiça social edemocracia”, consta naconvocação do protesto.

do Rio de Janeiro (RJ)

Ato ocorreu emfrente à Prefeiturado Rio

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Compromisso de facilitar o deslocamentoentre as instala-ções olímpicas,dentro de umamesma zona, por meio das bicicletas, tam-bém não deve ser cumprido_______________

Deslocamento entre instalações olímpicas, dentro da mesma zona, por bicicletas não deve ser cumprido

Rio de Janeiro, 6 a 8 de agosto de 2015 Cidades | 7

Pedro Kirilos/Riotur

BrasilDeFato110.qxp_Brasil de Fato 05/08/15 15:57 Page 7

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Quanto mais rico, menosimposto se paga no Brasil

A Receita Federal divulgourecentemente os dados dasdeclarações do imposto derenda das pessoas físicas, en-tre 2008 e 2014. As informa-ções escancaram a impres-sionante desigualdade eco-nômica no Brasil. O númerode contribuintes com rendamensal acima de 160 saláriosmínimos (ou que ganhammais de R$ 1,3 milhão dereais por ano) correspondea apenas 0,3% do total. É umapequena elite de 71.440 pes-soas, entre os mais de 26,4milhões de pessoas que de-clararam o imposto referenteao ano de 2013.

Esse topo da pirâmide so-cial totalizou rendimentosde R$ 298 bilhões e possuipatrimônio de R$ 1,2 trilhão.É tanta riqueza que faz comque essas 71 mil pessoas,que não passam de 0,05%da população economica-mente ativa, sejam donas dequase 22% das propriedades,bens e ativos financeiros de-clarados. Se somar com osoutros 136 mil brasileiroscom renda acima de 80 sa-lários mínimos por mês, essaelite passa a ser dona de 30%da riqueza no Brasil.

INJUSTIÇA TRIBUTÁRIAA divulgação desses dados

é uma ação inédita do go-verno. Além de demonstrar

a desigualdade de renda, osnúmeros denunciam tam-bém a injustiça tributáriapraticada no país. Para se teruma ideia, essa camada maisrica tem 6,4% de sua rendaretida na fonte pela Receita,em média. Já os extratos in-termediários, gente que temrendimentos anuais entre 20e 40 salários mínimos (R$162.420 e R$ 325.440) pagam11,7% de imposto retido nafonte. No caso do impostode renda, ele só é progressivoaté uma determinada faixa

de renda. Quem recebe aci-ma de R$ 4.664 por mês,paga a mesma alíquota deque ganha R$ 10 mil, R$ 50mil ou R$ 300 mil mensais.

Além disso, a isenção tri-butária privilegia os mais ri-cos, já que boa parte dosbens e ativos não recolhemimpostos. Um dos exemplosmais clássicos é a isençãopara bens de luxo, como iatese aeronaves. Outro flagranteé a não tributação de lucrose dividendos recebidos poracionistas e sócios de em-presas. Esse privilégio foi as-segurado em 1996, duranteo governo Fernando Henri-que Cardoso (PSDB), sob oargumento de que o lucrojá era tributado ao nível daempresa e não poderia sertaxado duas vezes. Ocorreque, entre as 34 nações de-senvolvidas que da Organi-zação para Cooperação e De-senvolvimento Econômico(OCDE), apenas a Estônia

garante essa isenção. Comoresultado desse esquema,cerca de 40% da carga tribu-tária brasileira, atualmente,é composta por impostos in-diretos, que são aqueles em-butidos nos produtos de con-

sumo, que acabam pesandono bolso dos mais pobres. Apopulação de baixa renda eas classes médias compro-metem 32,8% dos seus ren-dimentos com impostos, en-quanto os 10% mais ricosgastam 22,7% da sua rendacom tributos.

Rio de Janeiro, 6 a 8 de agosto de 2015 Brasil | 9

Pedro Rafael Vilelade Brasília (DF)

No país, apenas 71 mil pessoasconcentram 22% de toda a riquezadeclarada. Isençãotributária preserva esse privilégio

EBC Memória

GRANDES FORTUNAS

Mestre em FinançasPúblicas e ex-secretáriode Finanças da prefeiturade São Paulo, Amir Khairpropõe o imposto sobregrandes fortunas (IGF),como uma das formasde fazer justiça tributáriae aliviar os impostos queincidem sobre os maispobres. Em entrevistaconcedida à revista CartaCapital, Khair estipulouque o governo poderiaarrecadar mais de R$ 100bilhões de reais em im-postos se implantasse ataxação das grandes for-tunas. Esse valor é muitosuperior ao que o gover-no Dilma quer economi-zar esse ano (cerca deR$ 66 bilhões) como par-te do ajuste fiscal.

Na avaliação do eco-nomista, se os patrimô-nios acima de R$ 1 milhãofossem taxados (com umaalíquota baixa, de até 1%),no máximo 5% da popu-lação brasileira seria atin-gida e, como resultado, ogoverno poderia aliviar acarga tributária sobre oconsumo, que no Brasil éuma das mais altas domundo. “Quando vocêtem uma tributação maisequilibrada, como nospaíses desenvolvidos, essatributação sobre o consu-mo não excede 30%, evocê tem bens a preçosmelhores para o consumoda população”, analisa.

_______________

Cerca de 40% dacarga tributária écomposta por im-postos indiretos,aqueles embuti-dos nos produtosde consumo_______________

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Contribuintescom renda acimade 160 saláriosmínimos (ou queganham R$ 1,3milhão por ano)correspondem a apenas 0,3%_______________

Dados da Receita Federal escancaram a impressionante desigualdade econômica no Brasil

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Silas de Oliveira é considerado por muitos o maior compo-sitor de samba-enredo de to-dos os tempos

No carnaval de 2016, uma das mais tradicionais Escolas de Samba do Rio de Janeiro vai homenagear o centenário de um de seus fundadores e maiores ba-luartes. Se fosse vivo, Silas de Oliveira completaria 100 anos em outubro do ano que vem. Ele será enredo do Império Serrano, na saga da Verde e Branco da Ser-rinha em busca do retorno ao Grupo Especial, de onde jamais deveria ter saído.

Ao prestar essa homena-gem, o Império não repete o mico de 2008 da Man-gueira, que em pleno cen-tenário de Cartola, vendeu seu enredo para o governo de Pernambuco e decidiu falar sobre o frevo.

Além de fundador do Im-pério Serrano, ao lado de Mano Décio da Viola e Mo-lequinho, Silas de Oliveira é considerado por muitos o maior compositor de sam-

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Samba do CasteloO quê? A roda Samba do Castelo é comandada por Makley Matos tocando clássicos de todos os tempos. Onde? Bar São Quim - Av. Churchill (esquina Antônio Carlos) - CentroQuando? Sábado (8), às 18hQuanto? 0800

Jazz na Pedra do SalO quê? O Jazz na Pedra voltou em novo lugar. Evento continua com a música boa de sempre, e agora sem o limite de horário para acabar. Onde? Rua Mato Grosso nº 1 (ao lado da Pedra do Sal) Quando? Sábado (8), às 19hQuanto? 0800

Arraiá Escorrega, mas não caiO quê? O bloco convida para sua festa junina com direito a “forró do bom”, brincadeiras, comidas típicas, artesanato local e apresentações de quadrilhas.Onde? Largo São Francisco da Prainha - SaúdeQuando? Sábado (8), às 18hQuanto? 0800

Sexta seresteiraO quê? No repertório o melhor das serestas com os mesmos músicos que tocam na Praça São Salvador.Onde? Bar do Belmiro (Conde de Irajá, 503 – Botafogo)Quando? Sexta-feira (7), às 19hQuanto? R$ 10

CaboclinhasO quê? Musicalidade contagiante, culinária, moda e artesanato são marcas do evento que tem como principais referências a música regional e os ritmos latino-americanos. Terá o� cinas de tambores.Onde? Largo São Francisco da Prainha - SaúdeQuando? Sexta-feira (7), às 17hQuanto? 0800

AGENDA DA SEMANA CARNAVAL | Diogo Coelho

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Um centenário na Serrinha

ba-enredo de todos os tem-pos. É autor de, entre outros, “Aquarela Brasileira”, “He-róis da Liberdade”, “Os Cin-co Bailes da História do Rio” e “Exaltação a Tiradentes”.

AQUARELA BRASILEIRA“Aquarela Brasileira” é

um clássico tocado até hoje em onze de cada dez blocos e shows do carnaval cario-ca. Mas eu, particularmen-te, considero “Heróis da Liberdade” a grande obra-prima do mestre Silas de Oliveira. Além da beleza do samba, o clamor por liber-dade des� lando na aveni-da poucos meses após a de-cretação do AI-5 no � nal de 1968 pela ditadura militar é um canto de comovente coragem. No � lme “Quase dois irmãos”, da cineasta Lucia Murat, emociona a cena em que um dos prota-gonistas, militante político encarcerado pela ditadura nos anos 70, canta o samba de dentro da cela.

Ou seja: não será por falta de enredo que o Im-pério Serrano deixará de conquistar seu almejado retorno ao Grupo Especial. Resta torcer para que a Es-cola escolha um samba à altura do homenageado, e não seja prejudicada pelo quase sempre conturbado julgamento dos quesitos no Grupo de Acesso.

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Divulgação / Riotur

Império Serrano homenageará Silas de Oliveira

HONK RiOO quê? O HonK é um festival internacional de fanfarras engajadas e música de rua. A maioria dos shows acontece nas ruas, além da programação de workshops, um dia de debates e um dia de cortejo com todas as fanfarras juntas. Quando? De quinta-feira (6) a domingo (9)Onde? Vários locais. Abertura o� cial na Praça XV. Con� ra no Facebook.Quanto? A maioria das atividades é 0800

10 | Cultura Rio de Janeiro, 6 a 9 de agosto de 2015

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Famoso pelo funk e pelagrande quantidade de filhos,Mr. Catra é a nova estrela dapropaganda do Dia dos Pais,de uma loja de utensílios do-mésticos. E está arrasando.Em menos de uma semanao vídeo do comercial virali-zou na Internet, com maisde 200 mil visualizações.

Polêmico e engraçado, Mr.Catra sempre falou com or-gulho do fato de ter 28 filhos,entre eles três adotivos, e trêsesposas oficiais. O sucessodo pai também inspirou os“Catrinhas”. Pelo menos cincode seus filhos se embrenha-ram pelo mundo da música,como DJs e MCs.

LADO ENGAJADOEm 25 anos de carreira,

Mr. Catra já gravou dezenasde discos, e o que poucossabem é que o funkeiro, naverdade, começou sua car-reira fazendo rock, em umabanda chamada Beco. Masfoi no funk que ele consoli-dou sua carreira artística.

No início fazia letras maisengajadas, politizadas, quedenunciavam a violência eretratavam o cotidiano nasfavelas cariocas. Porém, afama veio mesmo depois queentrou para o time do “funkproibidão”.

Em 2002, acusado de apo-logia à violência, chegou aser indiciado por causa damúsica “Cachorro X9”. Sobreisso o funkeiro avisou: "nãosou cúmplice do crime, soucúmplice da favela. Não estoufazendo apologia ao crime,

estou relatando uma reali-dade", afirmou em uma en-trevista na época.

Catra explica que sua es-colha pelo proibidão não foi

por acaso. Optou pelo tommais polêmico em protestoa todos os funkeiros queforam censurados pelaproibição dos bailes funk,em 1995. Depois de umaCPI, que investigava supos-tas ligações entre o tráficoe os bailes, a Justiça decidiuproibir esse tipo de eventona cidade do Rio. “Do diapara a noite 300 mil pessoasficaram sem emprego. Ajustiça proibiu o funk etransformou artistas embandidos. E qual foi o sin-dicato que se levantou paradefender essas pessoas?”,questiona. Ninguém se le-

vantou para defender osfunkeiros, mas Catra deci-diu não ficar em silêncio.

Depois, já em uma novafase, ajudou a fundar o Par-tido Popular Poder para a

Maioria (PPPomar), em2001, junto com o rapper MVBill e Celso Athayde. O par-tido também foi censurado,pois limitava a participaçãode pessoas brancas.

Rio de Janeiro, 6 a 9 de agosto de 2015 Cultura | 11

Mr. Catra faz sucesso em comercialdo Dia dos Pais

Catra completa 25 anos de carreira

Fania Rodriguesdo Rio de Janeiro (RJ)

Partiu bonde da filharada

Novo CD será lançado em outubro

Em 2015, Mister Catracompleta 25 anos de car-reira e prepara um novodisco para comemorar emgrande estilo. O álbum deveser lançado até o final deoutubro, segundo o empre-sário do funkeiro, Alex Calil.

E vem novidade por aí.Dessa vez o Catra vai gra-var com dois pagodeiros

e, acreditem, com dois mú-sicos sertanejos. Dodô, doPixote, Raça Negra, ThiagoBrava e Thiago Mateus fa-rão parte das grandes ino-vações do disco “Mr. Catra:25 anos”. (FR)

do Rio de Janeiro (RJ)

Divulgação

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Divulgação

MR Catra é famoso pelo funk e pela grande quantidade de filhos

Mr. Catra faz comercial na TV e cai na graça do povo

Funkeiro inova em novodisco comemorativo

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Polêmico eengraçado, Mr.Catra semprefalou com orgulhodo fato de ter 28filhos, entre elestrês adotivos, e três esposas oficiais__________________

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Semana passada eu fuiaté a zona oeste atendendoa convocação do meu amigoTobias Faria.

A missão era participarde um bate papo com osjovens em um curso de fé-rias do IFHEP (Instituto deFormação Humana e Edu-cação Popular).

O curso foi de uma se-mana com os seguintes te-mas: Formação, Identidade,Atitude e Perspectivas.

Eu sabia que seria muitobom ir até lá, pois conheçoo trabalho desenvolvido peloTobias já há algum tempo.

Assistimos a dois filmesde uns dez minutos cada, edebatemos vários assuntos.O agitador cultural PabloFerreira participou da rodade bate papo comigo.

POLÍTICAS PÚBLICASTínhamos muitas ques-

tões a serem debatidas, aliás,estávamos na zona oeste,que é o lugar mais esque-cido no que diz respeito apolíticas públicas, trazen-do tanto sofrimento aosseus moradores.

Sofrer não quer dizer quevocê conhece o seu proble-ma. Significa que você co-nhece as consequências eo problema real está na cau-sa dos problemas.

O que mais me chamou

a atenção foi ver o quantoaqueles jovens entendemos seus problemas, sabemcomo eles surgem, fazendocom que a gente ficasse namaioria do tempo discutin-do soluções.

JUVENTUDEEm qualquer zona da ci-

dade, a coisa mais difícil queexiste é convencer a popula-ção a discutir sobre seus pro-blemas. Convencer a juven-tude é mais difícil ainda.

Mas o IFHEP é a provaque é possível reunir 30 jo-vens à noite durante trêshoras para falar sobre comopodemos interferir no futuroda nossa cidade.

Fiquei sabendo de um sa-rau que eles fazem uma vezpor mês e, claro, no finaldesse mês aparecerei por lá.

Até semana que vem e“Vamu que Vamu”!!

12 | Opinião

A fim de papo | Mc LeonardoHenri Nícholas

Os desafios trabalhistasdos dias atuais

Uma esquina emCampo Grande

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Em qualquer zona da cidade, a coisa mais difícil que existe é convencer a população a discutir sobre seus problemas_______________

Rio de Janeiro, 6 a 8 de agosto de 2015

A atual realidade dos tra-balhadores e trabalhadorasdo século XXI tem suas ori-gens em um mundo pósguerra fria e década de 1990.Nesse período, as medidasneoliberais ganharam corpoestremecendo e sufocandoas relações trabalhistas. Pri-vatizações, terceirizações,desemprego e subempregosão palavras que se associamdiretamente com as relaçõestrabalhistas. Elas limitam/freiam as bandeiras de lutas,o sindicalismo e as conquis-tas das classes trabalhado-ras. Tal realidade prejudicounossa maneira de nos orga-nizarmos, de enfrentarmoso patrão, minou nossa uniãoe fez operários não se enxer-garem como tal.

Os patrões passaram aaproveitar o exército de mãode obra reserva (aqueles tra-balhadores desempregadosou em empregos mal remu-nerados esperando a opor-tunidade de se transferirempara algo “menos pior”) paranos chantagear. Não era raro,na indústria em que traba-lhei, ouvirmos da chefia coi-sas do tipo “está achandoruim? Tem 30 lá fora que-rendo entrar no seu lugar”.Até houve um período ante-rior a 2008 (governo Lula)em que a economia deu umaaquecida e muitas empresassurgiam ou aumentavam in-vestimentos e, com isso, jánão havia tanto desrespeito.Coisas de mercado.

CRISE DO CAPITALISMOMas as crises no sistema

capitalista vão e voltam. Co -mo a representatividade par -la mentar de políticos ver-dadeiramente compro meti-dos com a classe trabalha-dora é pífia, os políticos de-fensores do grande capital

ameaçam cotidianamenteos nossos direitos e aprovamme didas que “arrocham”ain da mais o poder de com-pra do trabalhador.

É necessário também en-tender que hoje a massa tra-balhadora em sua maiorianão está na fábrica, mas simno comércio, na prestação deserviços como manutenção,transportes, clínicas, escritó-rios, agências, entre outros(setor terciário da econo-mia). Essa massa está meio“solta”, “perdida”, sem noçãode pertencimento proletário.

Portanto temos que elaborarmeios de tê-los conosco.

As organizações que re-presentam e que se pro-põem a lutar por dignidadee respeito àqueles que defato movem este país devemestar atentas a estas ques-tões e debatendo com afin -co como podemos superaras adversidades.

FORMAÇÃO POLÍTICAE é neste sentido que a

Pastoral Operária se movi-menta e faz o chamado parao seminário de Formação Po-lítica com o tema: “Desafiosdo mundo do trabalho no sé-culo XXI”, em 15 de agosto de2015 - de 8h às 17h, no Centrode Formação, Rua DomAdriano Hipólito, 8 – Mo-quetá – Nova Iguaçu – RJ (21)2767-1572. Taxa de inscrição:R$ 30,00. Este seminário se -rá assessorado pelo econo-mista e educador popularMar cos Arruda, do PACS.

Henri Nícholas é coordenador da Pastoral

Operária na Diocese deVolta Redonda

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Organizaçõesque representame que se propõema lutar por dignidade e respeito àquelesque de fatomovem este país devem estar atentas_______________

Bairro abriga o Instituto de Formação Humana e Educação Popular

Divulgacao/IFHEP

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As suas relações afetivas vão situar-se preferencialmente no campo social.

Para uma boa evolução da sua relação afetiva, deverá agir com inteligência.

Viverá dias de luta constante na busca da orientação certa para atingir os seus objetivos.

O amor poderá desviá-lo das suas obrigações profi ssionais. Terá manifestações de afeto e carinho.

Seja moderado, a troca de palavras agressivas poderá gerar graves confl itos em família.

Faça escolhas sobre quem deve ou não acompanhar os seus dias. Observe a superfi cialidade de certas pessoas.

Saberá ajustar energia e inteligência para conseguir os seus intentos profi ssionais.

Sua evolução profi ssional terá por base a experiência, mas também o empenho que demonstra.

Procure repousar e recarregar baterias para o futuro. Poderá se sentir desmotivado.

Para evoluir profi ssionalmente deverá explorar ao máximo a sua experiência e sabedoria.

Seja paciente, os seus desejos necessitam de algum tempo para obter a sua concretização.

Nada deixará ao acaso. Tudo será efetuado com ordem e regras bem precisas.

14 | Variedades

CrescenteAté 22/8

LUA DA SEMANACHEIA

CheiaAté 5/8 Minguante

6/8

Nova14/8

FASES DA LUA

Rio de Janeiro, 6 a 9 de agosto de 2015

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Pavê de chocolate branco com Negresco

BOA E BARATA

Ingredientes

500 g de chocolate branco (picado)1 caixa de leite condensado3 caixas de creme de leite1 colher de sopa de manteiga2 pacotes de biscoito recheado Negresco

Tempo de preparo25min

Modo de preparo

Derreta a manteiga, adicione o leite condensado e deixe ferver, mexendo sempre. Retire do fogo, aguarde esfriar e adicione 200 g de chocolate branco. Misture duas caixas de creme de leite. Numa travessa média e funda, coloque uma pequena camada do creme e cubra com os biscoitos. Cubra os biscoitos com uma camada de creme. A última camada deve ser de biscoitos. Leve à geladeira por 15 minutos. Derreta o restante do chocolate picado em banho-ma-ria, adicione uma caixa de creme de leite e cubra as últimas bola-chas totalmente. Leve à geladeira por duas horas.

Rendimento25 porções

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Bom dia, Virgínia! A cor dos olhos é dada pela cor da íris, estrutura que � ltra a entrada de luz nos olhos. As diferenças de cor entre as pessoas de-vem-se à quantidade de melanina presente na íris. Esse pigmento ten-de a aumentar após o nascimento, podendo de-

Olá, bom dia amiga da saúde! Até quanto tempo a cor dos olhos das crianças pode mudar?

Virgínia Maria, 37 anos, engenheira civil

AMIGA DA SAÚDE

morar até três anos para atingir a quantidade de-� nitiva. Se um bebê nas-ce com os olhos escuros, provavelmente mudará pouco. Mas se nasce com olhos claros, até um ano eles já se aproximarão da cor de� nitiva, porém ain-da podem escurecer mais até os três anos.

Dúvidas sobre saúde? Encaminhe e-mail para [email protected]

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Variedades | 13Rio de Janeiro, 6 a 9 de agosto de 2015

Page 15: Brasil de Fato RJ - 110

Há algum tempo, aplaudimos a vio-lência gratuita, a justiça com as próprias mãos.

Toques curtos | Bruno Porpetta

Um brinde à barbárieDivulgação / UFC

Ronda Rousey distribuiu mais sorrisos que sopapos no Rio

Spider no tribunal

O lutador Anderson Silva, ex-campeão dos médios no UFC, será ou-vido no dia 13 de agosto sobre o caso de doping em que é acusado de in-gestão de dois esteroides anabolizantes e dois an-siolíticos. A denúncia foi feita alguns dias depois da luta contra Rick Diaz, em fevereiro deste ano.

A Comissão Atlética de Nevada anunciou a au-diência disciplinar após três adiamentos, pedi-dos pela defesa do luta-dor. Esta audiência terá caráter apenas infor-mativo, a decisão sobre o caso será dada mais adiante, ainda sem pre-visão de data.

BINÓCULO

A cada grande luta do UFC, geral corre para o mercado para comprar carvão, carne, linguiça, drumete e cerveja.

A mobilização em torno do UFC é a mesma das lutas de boxe pro� ssional de an-tes. O roteiro é igual. Provo-cações entre os lutadores, a famosa encarada na pesa-gem que, às vezes, passa da medida, entre outros.

Há uma diferença tê-nue, porém signi� cativa, entre ambos.

No boxe, o desa� o é der-rotar o adversário de pé e com as mãos. Se um cair, por qualquer motivo, a luta é interrompida. Se o árbitro perceber que um já não tem condições de prosseguir, acaba-se a luta imediatamente. Nos Jogos Olímpicos, disputado por amadores, protege-se a cabeça, além das mãos. O objetivo é vencer, não des-truir o oponente.

Embora até esse resquício de responsabilidade com a vida dos lutadores está sen-do deixado de lado pelo COI.

Já no UFC, apesar de algumas regras minima-mente civilizatórias, não há restrição ao ataque con-tra um adversário caído, salvo poucas exceções. A expectativa de quem as-

siste não é a técnica de um ou de outro, o importante é que um destrua o outro.

Há algum tempo, aplau-dimos a violência gratuita, a justiça com as próprias mãos. Nossa sanha por sangue pro-duz, a cada dia, um sem nú-mero de casos como o rapaz agredido covardemente no Grajaú por esses dias.

Ele é negro, como os que andamos amarrando em postes para execração públi-ca. Ou seja, nosso gosto por violência é dirigido contra pobres, negros, mulheres, homossexuais e outras “dife-renças” que não toleramos.

Criamos uma cultura de violência importada pe-los � lmes e por aquilo que consideramos esporte. Que deveria servir para o cuida-do com o corpo e se torna, não só nas lutas, um meio e� caz de degeneração dele.

Enquanto isso, abrimos mais uma para brindar a nossa própria morte en-quanto humanos.

Diante de toda a polêmi-ca em torno das águas da Baía de Guanabara, que servirão de palco para as competições de vela nos Jogos Olímpicos do Rio em 2016, a OMS decidiu pedir ao COI (Comitê Olímpi-co Internacional) exames mais elaborados da quali-dade da água.

OMS entra no jogo contra sujeira da Baía de Guanabara

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Organização Mundial de Saúde pede exames para analisar coliformes fecais na água

A intenção da organização é detectar os níveis de coli-formes fecais, passíveis de provocar doenças graves em caso de ingestão ou contato com a pele. As análises ante-riormente feitas pelo COI e o Comitê Organizador não le-vam em conta a presença de vírus decorrentes de acúmu-lo de fezes humanas.

Ao mesmo tempo, a Fede-ração Internacional de Vela (ISAF, em inglês) também realizará testes indepen-dentes na água para avaliar riscos de contaminação pe-los velejadores. (BP)

Análises não avaliaram risco de vírus por acúmulo de fezes

Monza corria risco de sair da F1

Diante das exigências de Bernie Ecclestone, presiden-te da Federação Internacio-nal de Automobilismo (FIA), que demandam reformas no tradicional autódromo de Monza, e das ameaças de re-tirar o GP de lá, o governo da Lombardia cedeu.

GP de Monza é salvo pelo governo na ItáliaGoverno da região da Lombardia dá isenção de impostos ao autódromo

O_ gover nador_ Rober-to Maroni concedeu isen-ção total de impostos para as obras necessárias para atender aos pedidos da FIA até setembro. O autódromo do norte da Itália, inaugura-do em 1922, só deixou de fa-zer parte da Fórmula 1 uma única vez, em 1950.

De acordo com o governa-dor, ao jornal Gazzetta dello Sport, em alusão à possibi-lidade do autódromo sair da programação da F-1 nos próximos anos, a� rmou

que “o GP vai continuar em Monza, porque Monza é Monza”. (BP)

Divulgação / GP Monza

Je� Cane /UFC

Esportes | 15Rio de Janeiro, 6 a 9 de agosto de 2015

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Fla ficarásem Guerreropor trêsjogos emsetembroRubro-negro teve ofício negadopor liberação de atacante peruano de amistosos

O Flamengo ficará semo atacante Paolo Guerreropor três jogos consecutivosno mês de setembro, devi-do à negativa da FederaçãoPeruana de Futebol ao pe-dido do clube para liberá-lo de dois amistosos da se-leção de seu país.

O pedido de liberaçãofeito pelo Flamengo foi con-firmado pelo gerente daseleção peruana, AntonioGarcía Pye, em entrevistaà rádio Ovación, da capi-tal Li ma, nesta quarta-fei-ra (5). No entanto, a nega-tiva se deu pela necessi-dade de a seleção utilizarseu time completo.

Os amistosos contra Esta-dos Unidos e Colômbia, nosdias 4 e 8 do próximo mês,deixarão o Flamengo sem oatacante nos jogos contra oAvaí, o clássico contra o Flu-minense, além do Cruzeiro,nos dias 2, 6 e 9 de setem-bro, respectivamente.

Serão os dois últimosamistosos do Peru antesdas duas rodadas iniciaisdas eliminatórias da Copa.Eles serão disputados emWashington e Nova Ior-que, dentro das chamadasdatas FIFA.

Porém, não haverá pa-ralisação do Brasileirão nes-sas datas. O campeonato sóserá paralisado durante osjogos oficiais das elimina-tórias, que começam entre5 e 13 de outubro. (BP)

16 | Esporte Rio de Janeiro, 6 a 9 de agosto de 2015

Doriva terá apoio maciço da torcida para seu segundo estadual

A CBF divulgou nestaquarta-feira (5) as datas ehorários dos jogos válidospelas oitavas-de-final daCopa do Brasil. As partidasde ida acontecerão nosdias 19 e 20 de agosto, as

de volta nos dias 26 e 27.Grêmio, Cruzeiro, Fi-

gueirense, Corinthians,Paysandu, Ituano e Cearádecidirão os confrontos emcasa, contra Coritiba, Pal-meiras, Atlético-MG, San-

tos, Fluminense, Interna-cional e São Paulo, respec-tivamente. O Flu joga nosdias 20 e 26 de agosto.

O único confronto queterá as duas partidas nomesmo estádio e, portanto,

não valerá a regra do golqualificado fora de casa,será entre Flamengo e Vas-co, que jogarão nos dias19 e 26 de agosto, no Ma-racanã. Ambas as partidasserão às 22h. (BP)

CBF divulga datas da Copa do Brasil

O River Plate conquis-tou o título da Libertadorespela terceira vez em sua his-tória, confirmando o retornodefinitivo de uma das maio-res forças do futebol sul-americano, após uma tene-brosa passagem pela segun-da divisão argentina.

O time argentino não deuchance a qualquer contesta-ção de sua superioridade nanoite desta quarta-feira (5),vencendo os mexicanos doTigres por 3 a 0, debaixo demuita chuva no estádio Mo-numental de Nuñez, em Bue-nos Aires. Os gols foram mar-cados por Lucas Alario, CarlosSanchez e Funes Mori.

O primeiro tempo teve

muitas faltas e os goleirosnão trabalharam. A única jo-gada de maior perigo foi jus-tamente o primeiro gol doRiver, no final da etapa inicial,

aos 44 minutos, em cabeçadade Lucas Alario, após cruza-mento de Vangioni.

No segundo tempo, a ne-cessidade do Tigres de sairpara o jogo esbarrou na pés-

sima atuação de sua duplade ataque. Tanto Rafael Sóbis,quanto Gignac foram muitomal na partida.

A ineficiência do time me-xicano deu espaço para oRiver matar o jogo. Aos 27minutos, Carlos Sanchez –o melhor jogador do timena Libertadores – sofreu pê-nalti que ele mesmo con-verteu aos 29.

Daí em diante, ficou maisfácil para o River controlar ojogo e ampliar o placar, emjogada de escanteio que o za-gueiro Funes Mori completoude cabeça, aos 33 minutos,fazendo o time argentino ape-nas tocar a bola e esperar oapito final do árbitro.

Brasileirão 201517º RODADA

X

AVA FLU

SAN CFC

VAS JEC

CAP SPO

SAO COR

CRU PAL

PON FLA

GOI CAM

GRE INT

CHA FIG

X Sáb. 08/0818h30m

XSáb. 08/08

21H

X Dom. 09/08

11h

XDom. 09/08

11h

XDom. 09/08

16h

XDom. 09/08

16h

XDom. 09/08

16h

XDom. 09/08

16h

XDom. 09/08

18h30m

Dom. 02/0818h30m

River Plate é o campeãoda Libertadores

Diego Haliasz Prensa River

Lucas Alario comemora o primeiro gol do River, três vezes campeão da Liberta

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A ineficiência do time mexicanodeu espaço parao River matar o jogo________________