brasil de fato rj - 111
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Opinião | pág.12
Cultura | pág.11
Capoeiristas criticam
proposta deCongresso
Comunidade capoeirista tem se posicionado
contra regulamentação
Divulgação
Anistia Internacional
Siderúrgica está localizadana Baía de Sepetiba
10 a 12 de agosto de 2015 • distribuição gratuita
Ano 3 | edição 111
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TV G
lobo
Romário: “Injustiça mostrou falta de ética da Veja”Senador vai pedir R$ 75 milhões deindenização e direito de resposta
Cultura | pág. 10
Novela “Além do Tempo” vai retratar dois períodos históricosM
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Brasil | pág.9
Será que o mundo melhorou 150 anos depois?
De uma tacada só, Prefeitura do Rio de Janeirocassou a permissão de trabalho de quase 300 ambu-lantes do Centro da cidade, num total de 980 camelôslicenciados. Categoria denuncia que existe relaçãocom os Jogos Olímpicos, dentro de um processo delimpeza social. Cidades | pág. 7
TKCSA afetatrabalho depescadores
Esportes | pág.15
Confira entrevista com ojornalista José Trajano
“CampeonatoCarioca é uma pobreza”
AUTOS DE RESISTÊNCIA O número de mortes decorrentes de intervençõespoliciais voltou a subir em 2015, de acordo com dados da Anistia Internacional.Houve uma alta de 22%, no primeiro semestre de 2015, se comparado ao mesmoperíodo de 2014. João Carlos (foto) foi morto em Acari.
Cidades | pág. 5 Prefeituracassa 23%dos camelôsdo Centro
BrasilDeFato111.qxp_Brasil de Fato 07/08/15 16:56 Página 1
Rio de Janeiro, 10 a 12 de agosto de 201502 | Opinião
O país vive um momentopolítico complexo e é inegá-vel que a economia não vaibem. Crise tem sido a palavramais repetida desde o finaldas eleições.
Parte disso se deve a umcontexto de desaceleraçãoeconômica internacional. Aoutra está ligada às opçõesque os governos Lula e Dilmafizeram. Ambos poderiam terorganizado o povo para fazeravançar as reformas estrutu-rais que evitariam o atualcontexto. Não o fizeram.
Isso não significa que con-cordamos com as análisesda mídia corporativa ou dosgrandes empresários e, muitomenos, com as receitas queesses setores defendem comoalternativas à crise.
Também não quer dizerque temos acordo com os ca-minhos que o governo da pre-sidenta Dilma tem tomado.As medidas implementadaspelo Ministro da Fazenda,Joaquim Levy, são de cortesnos gastos públicos, especial-mente nas políticas que aten-dem ao povão, aumento dastaxas de juros e retirada dedireitos dos trabalhadores.
Pesquisa recente apontouque 0,05% da população eco-nomicamente ativa do país,ou seja, 71.440 pessoas con-trolam 22,7% de toda riquezaproduzida no país.
Isso significa que menosde 72 mil pessoas controlammais de R$ 298 bilhões derendimentos e têm um pa-trimônio de mais de R$ 1,2trilhão. E isso só leva em con-
sideração o que foi declaradoà Receita Federal em 2013.Fora o que os ricos e pode-rosos sonegam e enviam paraparaísos fiscais.
Enquanto a vida do povofica mais difícil a cada dia, osbancos, por exemplo, lucramcomo nunca. O Bradesco fe-chou o primeiro trimestre
de 2015 com lucro recordede R$ 4,24 bilhões, enquantoo do Itaú, no segundo trimes-tre, foi de R$ 5,9 bilhões.
CAMINHO INVERSOPara sairmos da crise, te-
mos que seguir o caminhoinverso. As medidas têm queser de proteção ao empregoe aos salários, ampliação daspolíticas sociais, diminuiçãodos recursos públicos desti-nados ao pagamento da dí-vida e taxação das grandesfortunas, articulada ao cortedrástico da taxa de juros.
A popularidade de Dilmaestá em baixa. Se ela tomar
essas medidas, a direita, osbancos e o restante dos gran-des empresários, assim comotodos os seus representantesna mídia, no próprio governoe no parlamento partirãopara derrubar a presidenta.
Assim, essas medidas sóserão possíveis se Dilma op-tar por abandonar a aliançacom setores conservadorese deci dir se apoiar nas for-ças populares, nas organi-zações sindicais e nos mo-vimentos sociais.
Nessa difícil conjuntura, oúnico caminho é organizar aclasse trabalhadora para travaros combates necessários.
PREVISÃO DO TEMPO
Segunda-feira, 10 de julho • Rio de Janeiro, Brasil
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EDITORIAL
CONSELHO EDITORIAL:Alexania Rossato,Antonio Neiva (in memoriam),Joaquín Piñero, KleybsonAndrade, Mario AugustoJakobskind, Rodrigo Marcelino,Vito Giannotti (in memoriam)EDITORA:Vivian Virissimo (MTb 13.344)REPÓRTERES:André Vieira, Bruno Porpetta,Fania Rodrigues e Pedro Rafael VilelaREVISÃO:Sheila JacobCOLUNA SINDICAL: Claudia Santiago FOTÓGRAFO: Pablo VergaraADMINISTRAÇÃO: Carla Guindani DISTRIBUIÇÃO: Kleybson AndradeDIAGRAMAÇÃO: Juliana BragaStefano Figalo TIRAGEM MENSAL:200 mil exemplares
Desde 1º de maio de 2013
O jornal Brasil de Fato circulasemanalmente em todo o paíse agora com edições regionaisem Minas Gerais, São Paulo eRio de Janeiro. O Brasil de FatoRJ circula todas as segundas equintas-feiras. Queremoscontribuir no debate de ideias ena análise dos fatos do pontode vista da necessidade demudanças sociais em nossopaís e em nosso estado.
Assine nossanewsletterwww.e.eita.org.br/assinebrasildefatorj
A passagem de ônibus do Rio é uma das mais caras do
Brasil. A novidade é que o Judiciário e o Tribunal de Contas
do Município (TCM) concordaram com a opinião do povo
e se posicionaram sobre os valores cobrados pelas empresas.
Na semana passada, a Justiça do Rio anulou o decreto que
aumentou a tarifa de R$ 3 para R$ 3,40. Antes disso, o
TCM também já havia apontado que a tarifa deve diminuir
R$ 0,13. As duas instituições entendem que é injusto repassar
aos usuários o valor dos custos com a gratuidade. A prefeitura
do Rio recorre das duas decisões.
Cidades | pág. 5
Cunha manobrae redução
da maioridadeavança
Proposta ainda será
votada em segundo
turno e analisada
no Senado
Brasil | pág.9
Gustavo Lima/Câmara dos Deputados
CCBB apresentaobras de Picasso
Exposição também
mostra telas de outros
pintores espanhóis,
como Miró
Cultura | pág. 11
2 a 8 de julho de 2015 • distribuição gratuita
Ano 3 | edição 103
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Pablo Vergara/Brasil de Fato
Reprod
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Estaleiro Mauá demite
mil trabalhadoresCaso empresa não pague
indenizações, trabalhadores
farão protesto
Esporte | pág. 16
Time vence a segunda seguida
e respira; 1 a 0 contra o AvaíPab
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Cidades | pág.7
Preço de ônibus deve
baixar, diz Justiça
Vasco embala no Brasileirão
EXPEDIENTE
(21) 4062 [email protected]
Crise de quem? E quem paga a conta?
_______________
Enquanto a vida do povofica mais difícila cada dia, osbancos, por exemplo, lucramcomo nunca_______________
BrasilDeFato111.qxp_Brasil de Fato 07/08/15 13:40 Página 2
verá pauta-bomba no Sena-do. “O Congresso está cola-borando com uma solução. Ontem mesmo nós nos reu-nimos com o ministro da Fazenda, cobramos uma agenda para reaquecer a economia e concluir o ajuste. O Congresso vai colaborar com o que for necessário”, disse Calheiros. (ABr)
Marcello Casal Jr /ABr
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R$ 29 milhões bloqueados de estaleiro
O juiz da 3ª Vara do Trabalho de Niterói, Pau-lo de Tarso, determinou, em medida liminar, blo-quear mais R$ 29 mi-lhões dos Estaleiros Eisa Petro Um, Eisa Ilha, Es-taleiro Mauá, Eisa Mon-tagens, Synergy Group e do empresário German Efromovich para garan-tir o pagamento das obri-gações trabalhistas devi-das aos trabalhadores.
SINDICALpor Claudia Santiago
FRASE DA SEMANA
Divulgação
Jane Araujo/ Agência Senado
Moreira Mariz /Agência Senado
Não terá pauta-bomba no Senado, diz Renan
Logo após o vice-presi-dente da República, Michel Temer, admitir que as cri-ses política e econômica são “graves” e pedir ao Congres-so e às instituições que traba-lhem unidos pelo desenvolvi-mento do país, o presidente do Senado e do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse que os parlamentares estão colaborando e não ha-
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduar-do Cunha, mal voltou do recesso parlamentar e já está tramando o impeach-ment da presidenta Dilma. Rompido com o governo, ele está se articulando com a oposição e com par-te da base governista.
O ex-jogador e senador Romário_comprovou que a revista Veja publicou uma notícia falsa sobre uma conta bancária que ele possuía na Suíça. A re-vista reconheceu o erro e pediu desculpas ao sena-dor na semana passada.
mandoumal
mandoubem
ROTESTO Servidores públicos federais realizaram na última quarta-feira (5) mais um protesto na esplanada dos ministérios, em Brasília. O ato faz parte da Caravana Nacional da Fasubra, federação nacional que representa os técnicos-administrativos das universidades públicas. Em greve, esses servidores buscam pressionar o governo federal a avançar nas negociações com os profissionais da educação.
CON
TRAT
UH
declarou Rosmary Corrêa, primeira delegada especial para mulheres ao lembrar os 30 anos de criação das delegacias especiais.
Contra a exoneração na educação
Profissionais da educa-ção do município de Magé realizaram um protes-to no dia 4 de agosto em frente à Prefeitura da cida-de. Eles acusam o governo municipal de exonerar de forma arbitrária fun-cionários concursados e pedem a readmissão ime-diata dos demitidos. O ato foi organizado pelo Sindi-cato dos Profissionais da Educação. (SEPE-RJ)
“Tínhamos que mostrar para o agressor que bater na mulher, mesmo que fosse a mulher dele, era crime e como crime seria tratado”,
Geral | 3Rio de Janeiro, 10 a 12 de agosto de 2015
A intolerância é a princi-pal causa dos linchamentos que ocorrem em vários es-tados do Brasil, dizem espe-cialistas em comportamento humano, segurança pública e direito. Para a pesquisado-ra do Núcleo de Estudos da Violência (NEV) da USP, Ariadne Natal, os espanca-mentos são fruto da com-binação da percepção de Estado ineficiente, por par-te da população, com uma tradição de desrespeito aos direitos humanos.
“De um lado, [há] a per-cepção de que o Estado
CPI da Crise Hídrica aponta medidas sustentáveis para a falta d’água
O dia 6 de agosto de 2015 ficará marcado na luta con-tra a barragem do Guapiaçu. Em sessão da CPI da Crise Hídrica instalada na Alerj, atingidos por barragens e pesquisadores_questiona-ram o projeto defendido pela Secretaria de Estado do Ambiente para solucionar a falta d’água na região metro-politana do Rio de Janeiro.
O professor da UERJ, Adacto Ottoni, argumen-tou que não tem viabilidade ambiental a obra prevista para o município de Ca-choeiras de Macacu. Entre outras medidas, ele propôs a recuperação florestal para aumentar a capacidade de produção de água. “Com esta solução não precisa fa-zer barragem”, sentenciou.
O presidente da Comis-são, deputado Luiz Pau-
lo (PSDB), disse que a CPI pode solicitar ao Secretário de Ambiente, André Cor-rea, que ele instrua a UERJ a fazer o estudo de alterna-tivas. Em atendimento às reivindicações dos agricul-tores, a CPI também delibe-rou pela formação de uma frente parlamentar dos atingidos por barragens e pela apresentação da Po-lítica Estadual de Direitos para os Atingidos como um encaminhamento da Co-missão para a Alerj.
Segundo Rosilene Brives, da coordenação do Movi-mento dos Atingidos por Barragens, os resultados são uma conquista da organiza-ção. “O número de famílias atingidas que apuramos é
Pablo Vergara / Brasil de Fato
Reprodução
Moradores protestam em Niterói
_Reivindicando melho-res condições para o trân-sito da cidade, moradores de Niterói protestaram de uma forma inusitada. Eles pintaram uma faixa de pedestres no cruza-mento das ruas Professor Miguel Couto e Nóbrega, em Jardim Icaraí. No you-tube, o vídeo “Faixa Cida-dã”, de autoria do coletivo “Os_Intervencionistas”, mostra como foi a ação. A rua escolhida pelo grupo para a intervenção está há mais de três semanas sem semáforo. E outras ruas devem receber a ação do grupo, para melhorar a vida dos cidadãos que passam por Niterói e cha-mar a atenção para as po-líticas de trânsito.
não é capaz de prover se-gurança e justiça. Há uma percepção difusa de uma parte da população de que a impunidade dá a sensa-ção de medo, aumento da criminalidade e a popula-ção se vê vulnerável. En-tão, há a percepção de que o Estado é ausente e inefi-ciente. Além disso, há uma cultura de desrespeito aos direitos humanos. A gente vive em um país em que há uma cultura de resolu-ção de conflito por meio do emprego da violência”, disse. (ABr)
Ações seriam causadas pela percepção da ineficiência do Estado
Famílias de Cachoeiras de Macacu contestam obra de barragem Intolerância causa linchamentos
Atingidos por barragens participam de audiência no Rio
três vezes maior que o apre-sentado pelos estudos da Secretaria de Estado do Am-biente. As violações que esta-mos sofrendo sensibilizaram os deputados e os encami-nhamentos dados fazem nossa luta avançar”, disse.
Alexania Rossatodo Rio de Janeiro (RJ)
4 | Cidades Rio de Janeiro, 10 a 12 de agosto de 2015
Mônica nunca vai esque-cer aquela tarde de 5 de de-zembro de 2006. Ela não sa-bia, mais seria o dia maistriste de sua vida. Eram 16hde uma terça-feira comum,quando ela recebeu uma li-gação. Seu filho Rafael daCunha Silva, de 20 anos, tinhasido morto por policiais, emum beco da favela Rato Mo-lhado, no Jacarezinho.
A técnica de Serviço Social,Mônica da Cunha, de 49anos, perdeu seu filho em2006 e há nove anos luta porjustiça. “O laudo da períciaaponta que foi auto de resis-tência, que meu filho teriasido morto em uma troca de
tiros, mas nunca houve tiro-teio. Tenho o depoimento detrês testemunhas que con-taram que o Rafael foi exe-cutado de joelhos, por PMs”,relata Mônica.
Essa história está longe deser uma exceção. O númerode mortes decorrentes de in-tervenções policiais, tambémchamados de autos de resis-tência, é cada vez mais alar-mante. Esse tipo de mortetinha aumentado 40% em2014, na comparação a 2013,
e voltou a subir em 2015, deacordo com dados da AnistiaInternacional. Houve umaalta de 22%, no primeiro se-mestre desse ano, se com-parado ao mesmo períododo ano passado.
Assim como a maioria doscasos, a morte de Rafael daCunha Silva nunca foi inves-tigada. “Quase dez anos de-pois não tenho nenhuma res-posta da Justiça. Auto de re-sistência é a forma de a polí-cia legalizar os assassinatosque comete”, denuncia Mô-nica. Recentemente, ela de-nunciou o caso a organismosinternacionais.
O contraditório é que aletalidade da polícia aumen-tou justamente em um mo-mento em que a violênciavem caindo. Esse ano, pelaprimeira vez desde que asestatísticas de homicídio co-meçaram a ser feitas pelaSecretaria de Segurança, oestado do Rio de Janeiro re-gistrou menos de 30 mortospor 100 mil habitantes.
Rio de Janeiro, 10 a 12 de agosto de 2015 Cidades | 5
Fania Rodriguesdo Rio de Janeiro (RJ)
Contradição: aletalidade da PMaumenta no períodoem que a violênciadiminuiu
Em um relatório divulgadona semana passada, a AnistiaInternacional aponta que oshomicídios decorrentes deintervenção policial podemencobrir execuções. “Anali-samos dez casos de autos deresistência, ocorridos em2014, em Acari. Em nove deles
verificamos situações con-cretas de indícios de execuçãoextrajudicial cometida porpoliciais”, afirma o advogadoAlexandre Ciconello, assessor
da Anistia Internacional.O documento intitulado
“Você matou meu filho! - Ho-micídios cometidos por PMsno Rio” mostra ainda que,
das 1.275 vítimas de homicí-dio decorrente de intervençãopolicial, entre 2010 e 2013 noRio, 99% eram homens, 79%eram negros e 75% tinhamentre 15 e 29 anos. “Esse é odado mais importante desserelatório, pois fica evidente operfil dessas vítimas do Esta-do. É homem, jovem e negro”,destaca Alexandre.
IMPUNIDADEEntre 2011 e abril de
2015, foram registrados 220casos de homicídios decor-rentes de intervenção poli-
cial na cidade do Rio de Ja-neiro. O número é bem in-ferior aos casos de autos deresistência, pois as famíliasmuitas vezes não denun-ciam por medo.
Desse total de denúncias,cerca de 80% dos casos per-manecem com a investiga-ção em aberto e apenas umdeles foi denunciado à Jus-tiça pelo Ministério Público.Isso significa que o casopode ou não ser aceito pelaJustiça, mas sem garantiaque o assassino vai sentarno banco dos réus. (FR)
do Rio de Janeiro (RJ)
Anistia Internacionallança o relatório sobrehomicídios cometidospela PM do Rio
Polícia Militar do Riomata cada vez mais
“Auto de resistênciaé a forma de apolícia legalizaros assassinatosque cometeMônica da Cunha,mãe de vítima________________
Autos de resistência sobem 22%, no primeiro semestre de 2015, no Rio
Anistia Internacional
“Você matou meu filho!”
Imagem registra encontro de mães em Acari, em 1995
Anistia Internacional
BrasilDeFato111.qxp_Brasil de Fato 07/08/15 16:28 Página 5
Os moradores e moradorasdo Rio convivem há décadascom um grande aparato mi-litar: caveirões, fuzis, casse-tetes fora dos padrões inter-nacionais, gás lacrimogêneocom teor acima do permitidoe táticas de execução de pes-soas de forma indiscriminada.Essa situação pode piorar ain-da mais após a participaçãoda empresa de segurança is-raelense ISDS (InternationalSecurity and Defense Systems)na realização dos Jogos Olím-picos. Ela será responsávelpelo sistema de monitora-mento e comunicação do setorde segurança do evento.
Essa empresa participa ati-vamente do conflito entre Is-rael e Palestina, no Oriente
Médio. Uma guerra que jádura mais de 100 anos e deixoumais de 200 mil mortos. Sóno ano passado Israel foi res-ponsável pela morte de maisdois mil palestinos, em suamaioria civis, vítimas de bom-bardeios na Faixa de Gaza.
Portanto, a participação daISDS nas Olimpíadas preo-cupa organizações de DireitosHumanos e movimentos so-
ciais. O Rio de Janeiro já viveuma situação de extrema vio-lência e pode sofrer aindamais com a influência dessesmecanismos de guerra.
“A ISDS é o braço inter-nacional do modelo de re-
pressão que Israel aplica con-tra o povo palestino. Ela é osímbolo dessa política de se-gurança dos israelenses”, ex-plica Maren Mantovani,coordenadora das relaçõesinternacionais da Stop theWall, uma organização queluta pela derrubada da gran-
de muralha construída peloEstado de Israel na fronteiracom a Palestina.
Baseadas nessas informa-ções, diversas organizaçõesinternacionais lançaram, noRio, semana passada, a cam-panha "Olimpíadas semapartheid". O objetivo é pres-
sionar o Comitê Olímpico aromper o contrato com aISDS. Entre essas organiza-ções estão a BDS (que de-fende o “boicote, desinvesti-mento e sanções” contra Is-rael), Stop the Wall, ComitêPopular da Copa e das Olim-píadas, entre outras.
Rio de Janeiro, 10 a 12 de agosto de 20156 | Cidades
Em 2013, o governo Pezãorenovou a frota de “caveirões”.Foram comprados oito veícu-los blindados modelo Fort 1,desenvolvidos por essa mes-
ma empresa, a ISDS, em par-ceria com a outra israelense,a Global Shield. O surpreen-dente foi que o governo doRio pagou apenas R$ 6,150milhões, 28% do preço ini-cial que era estipulado emR$ 22 milhões. O superdesconto foi atribuído aofato de que a empresa is-raelense vê a Copa de 2014e as Olimpíadas de 2016como duas grandes vitrinespara mostrar ao mundo seus
equipamentos de guerra. Quase dois anos depois,
no final de 2014, o consuladode Israel de São Paulo anun-ciou que a Rio 2016 firmoucontrato de patrocínio coma ISDS. “A empresa israelen-se terá sua marca expostano site da Rio 2016, na en-trada dos estádios olímpicose nas salas de imprensa”, dizo site do consulado.
Segundo o coordenadorda campanha contra o muro
de Israel, o palestino JamalJuma, a ISDS quer usar asOlimpíadas para “limpar suaimagem”. “Essa empresa é amáxima representante dapolítica sangrenta, da vio-lência sistemática contra opovo palestino. Existem 14grupos paramilitares israe-lenses, treinados por empre-sas como a ISDS, para matare expulsar palestinos de seusterritórios, na fronteira comIsrael”, denuncia.
O fundador da ISDS, LeoGleses, um veterano deguerra, também treina ho-mens do Bope, no Rio, des-de 2010. O que mais preo-cupa essas organizações éque, depois das Olimpíadas,esses equipamentos deguerra e o treinamento letalda PM serão usados contraas comunidades carentesdo Rio, contribuindo paraaumentar ainda mais a vio-lência policial. (FR)
Empresa israelense vende armasde guerra para a Polícia Militar
Fundador da ISDS treina homens do Bope desde 2010
Ativistas querem empresa deIsrael fora das Olimpíadas
Fania Rodriguesdo Rio de Janeiro (RJ)
Organizaçõesinternacionais pedemque Comitê Olímpicorompa contrato com israelense
do Rio de Janeiro (RJ)
A ISDS é acusada detreinar “esquadrõesparamilitares” em Israele na América Latina
Agência Brasil
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Rio já vive uma situação deextrema violênciae pode sofrerainda mais com a influência des-ses mecanismosde guerra_______________
BrasilDeFato111.qxp_Brasil de Fato 07/08/15 17:10 Página 6
Se para muitos comer-ciantes as Olimpíadas do Riopodem significar um incre-mento nas vendas, para ou-tros a briga é para perma-necer em seus locais de tra-balho. Somente no dia 2 dejunho deste ano, em publi-cação no Diário Oficial doMunicípio, a Prefeitura doRio cassou a permissão de293 camelôs do centro dacidade. Número que repre-senta 23,01% num total de1273 que estavam autoriza-dos. Atualmente 980 ambu-lantes estão credenciadosna região central.
Trabalhando há mais de30 anos como camelô nocentro da cidade, Antônio(nome fictício para preservaro trabalhador), de 55 anos,é vendedor de fruta. Na se-mana passada ele foi sur-
preendido por uma equipeda guarda municipal que,ao abordá-lo, revelou quesua permissão para desen-volver a atividade estava can-celada. Como resultado, todaa mercadoria foi apreendida.Alegando não ter sido noti-ficado, Antônio consta narelação dos camelôs que es-
tão impedidos de exercersuas atividades.
“Todos os dias eu montominha barraca às dez horas,pois antes tenho que passarna Ceasa, escolher as frutas,arrumar um frete para che-gar aqui. O fiscal passa oito,nove horas e nos dá falta”,reclama o feirante, que afir-
ma trabalhar até o horárioda noite. Resta ao ambulanteseguir vendendo sua mer-cadoria mesmo sem permis-são para sustentar seus qua-tro filhos e cinco netos.
Situação que tambémpreocupa o artesão Getúlio,de 76 anos. Desde a décadade 1980 ele se dedica ao tra-
balho de vendedor ambu-lante. Com o dinheiro quevende os cestos de bambuque fabrica, ele sustenta doisnetos que moram em suacasa. “Deveriam construirmais espaços para os came-lôs, em praças e em outroslocais onde poderíamos ex-por o nosso trabalho. Tiraros camelôs do centro da ci-dade vai prejudicar muitasfamílias”, reclama.
A ambulante Lúcia, de 60anos, concorda com seus co-legas. “É grande a repressãoaos camelôs que ainda nãotêm permissão. Eles deve-riam abrir espaço para aspessoas que estão desem-pregadas poderem trabalhar.Não existe essa sensibiliza-ção do poder público em re-lação ao trabalhador”.
Limpeza social da cidade
André Vieirado Rio de Janeiro (RJ)
Dos 980 ambulantes,quase 300 perderama autorização para o comércio em junho
Maria dos Camelôs, de 41anos, vende roupas em umabarraquinha montada nocentro da cidade há 19 anos.Integrante do Movimento
Unido dos Camelôs (MUCA),ela chama atenção para ocontexto que os camelôs vi-vem em relação aos megae-ventos esportivos. “A gentesente que hoje as coisas estãomuito piores. Os camelôsnão estão conseguindo tra-balhar, porque está uma re-pressão muito grande nasruas. Sabemos que o motivodas cassações é a Olimpíadacom o objetivo de fazer umalimpeza social na cidade”,denuncia Maria.
Para reverter a situação,os ambulantes têm até 30dias para recorrerem da de-cisão. Para a representantedo MUCA, a notificação éfeita apenas em Diário Oficialpara não dar tempo dos pre-judicados reverterem a si-tuação. “Eu acho engraçadoque, quando você ganha umamulta, ela chega em casa.Mas quando cancelam, elesnão avisam”, afirma.
Para a liderança, a ameaçaaos trabalhadores ambulan-
tes não é recente e tem a re-pressão como um dos prin-cipais mecanismos contra acategoria. “Essa ameaça tam-bém esteve presente nos jo-gos Pan-Americanos e naCopa do Mundo. Entendoque a repressão vai conti-nuar depois dos jogos. É ummodelo de cidade que estásendo construído pela Pre-feitura e que não comportacamelô. Para eles, nós deixa-mos a cidade feia”, critica Ma-ria dos Camelôs. (AV)
do Rio de Janeiro (RJ)
Categoria acusa Prefeitura de não notificar camelôs sobrecancelamento
Prefeitura do Rio cassou a permissão de 293 camelôs do centro da cidade
Rio de Janeiro, 10 a 12 de agosto de 2015 Especial Olimpíadas | 7
Pablo Vergara/Brasil de Fato
Prefeitura cassa 23% doscamelôs do Centro do Rio
Prefeituranão admiterelação com Olimpíada
Por meio de sua asses-soria, a Secretaria Muni-cipal de Ordem Pública(SEOP) negou que a cas-sação das concessões te-nha qualquer relação comos Jogos Olímpicos e queas punições ao fato doscamelôs não estarem emseu local de trabalho nomomento da fiscalização.A SEOP afirmou ainda quetodos os ambulantes fo-ram notificados, mas nãodetalhou a forma comose comunicou com os tra-balhadores punidos.
BrasilDeFato111.qxp_Brasil de Fato 07/08/15 17:06 Página 7
Rio de Janeiro, 10 a 12 de agosto de 2015 Brasil | 9
Até o ano de 2024, o Brasilpassará da condição de se-gundo para a de primeiro ex-portador mundial de alimen-
tos. A previsão é de Alan Bo-janic, representante da FAO-Brasil, divisão da ONU paraAlimentação e Agricultura.
Bojanic disse ainda que“o Brasil terá no futuro umpapel preponderante na ta-refa de prover alimentos parao mundo”. Em suas palavras,"se hoje o país é o segundomaior exportador global dealimentos, em volume, em
dez anos poderá se tornaro primeiro, tanto em vo-lume como em valores".
A avaliação é baseadano Relatório FAO OCDE2015-2024, estudo da FAOem conjunto com a Or-ganização para a Coope-ração e DesenvolvimentoEconômico (OCDE) so-bre perspectivas para aagricultura brasileira napróxima década.
Dados atualizados daONU apontam que a po-pulação global será decerca de 9,7 bilhões depessoas até 2050, 37%maior que a populaçãoatual. Para prover alimen-tos para todos, a produçãomundial de alimentos de-
verá crescer 80%. Alan Bojanic chamou a
atenção, ainda, para a impor -tância de se incluírem ospequenos e médios produ-tores no processo de aten-dimento da demanda glo-bal. Segmentos como os docafé, frutas tropicais, suínose aves têm grande potencialpara contribuir com esta ta-refa. (Sputnik-BR)
Romário vai pedir indenização à ‘Veja’
Pequenos e médiosprodutores podem contribuir com a demanda de alimentos
Preço da cesta básica cai em 11capitais
Divulgacao/Hidroponia
do Rio de Janeiro (RJ)
Para prover alimentos para todos,a produção mundialdeverá crescer 80%
Romário vai pedir R$ 75 milhões de indenização e um direito de resposta
Pão francês, açúcar e carne bovina apresentaram aumento
Tania Rego/ABr
O preço da cesta básicacaiu em 11 das 18 capitaispesquisadas em julho peloDepartamento Intersindi-cal de Estatística e EstudosSocioeconômicos (Dieese).As maiores quedas ocor-reram em Belém (-4,76%),Manaus (-3,27%), Natal (-3,03%) e no Recife (-2,87%).Nos últimos 12 meses, to-das as cidades registraramalta no valor do conjuntode alimentos básicos – comdestaque para Aracaju,
Campo Grande e Brasília.São Paulo continua com
a cesta mais cara, no valorde R$ 395,83. Em seguida,estão Porto Alegre (R$383,22), Florianópolis (R$376,69) e o Rio de Janeiro(R$ 372,24). Os menoresvalores foram observadosem Aracaju (R$ 285,44),Natal (R$ 293,58) e JoãoPessoa (R$ 306,53). Os itenspão francês, açúcar, leite ecarne bovina tiveram maioralta. Em contrapartida, ospreços do óleo de soja edo tomate recuaram namaioria das capitais. (EBC)
do Rio de Janeiro (RJ)
Edilson Rodrigues/Agencia Senado
FAO: Brasil será 1º exportador de alimentos
O senador Romário fez du-ras críticas à Veja e afirmou,durante um discurso no ple-nário do Senado na semanapassada, que vai processar arevista por danos morais. Arevista publicou um extratobancário falso e acusou o se-
nador de ter US$ 7,5 milhõesem conta na Suíça.
O ex-jogador vai pedirR$ 75 milhões de indeni-zação e um direito de res-posta na edição impressada revista. “Ser vítima deinjustiça é muito ruim, mas
nesse caso serviu paramostrar a falta de ética daVeja. Uma revista sem cre-dibilidade, que já sofreuvários processos e mesmoassim continua a fazer pu-blicações sem provas”, disseo senador.
BrasilDeFato111.qxp_Brasil de Fato 07/08/15 13:58 Página 9
Dizem que são duas novelas em uma só, já que as duas fases têm enredo com início, meio e fim
Há pouco mais de um mês estreou no horário das 18h “Além do Tempo”, novela escrita por Elizabe-th Jhin. Desta vez, a trama conta a história de duas encarnações, sendo uma no século XIX e a outra 150 anos depois, ou seja, nos dias atuais. O cenário do romance impossível de Lí-via (Aline Morais) e Felipe (Rafael Cardoso) é Cam-pobello, cidade fictícia do sul do Brasil e especiali-zada no cultivo de uvas e comercialização de vinho. Dizem que são duas no-velas em uma só, já que as duas fases têm enredo com início, meio e fim.
PRECEPTORASAinda no século XIX, vem
me chamando a atenção na história a presença das pre-ceptoras Severa (Dani Bar-ros) e Rita (Daniela Fontan), duas moças que cuidam de Alex (Kadu Shons) e Felícia (Mel Maia). Pesquisei e des-cobri que na tradição ingle-sa da época vitoriana, era comum a contratação de
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História do skateO quê? A mostra “Memórias de Impacto – 35 anos de skate” reúne 89 imagens e registros de grandes skatistas em ação.Quando? Até o dia 13 de setembro, das 12h às 22h.Onde? Madureira Shopping (Estr. do Portela, 222 – Madureira)Quanto? 0800
Bonitinha, mas OrdináriaO quê? De autoria do dramaturgo Nelson Rodrigues, a peça apresenta uma reflexão obsessiva sobre a condição humana.Quando? Até o dia 30 de agosto, de quinta a domingo, às 19hOnde? Caixa Cultural (Avenida Almirante Barroso, 25 - Centro)Quanto? R$ 10,00 (inteira)
Festival de Esculturas do RioO quê? A exposição reúne 27 obras, de pequeno e médio porte. é uma prévia do evento que será realizado na Praça Paris e no Parque Madureira, durante as Olimpíadas.Quando? De 16/08 a 27/09, das 12h às 19h.Onde? Centro Cultural da Justiça Federal (Av. Rio Branco, 241 - Centro)Quanto? 0800
Som da Terra O quê? Show do cantor e compositor Robson Gabiru, artista singular que demonstra rara habilidade com as duas mãos, invertendo acordes para tocar sobre o braço do violão.Quando? Sexta-feira (14), às 20h.Onde? Sesc Nova Iguaçu (Rua Dom Adriano Hipólito, 10 – Moquetá)Quanto? R$ 10,00 (inteira)
AcarajazzO quê? O Acarajazz terá apresentação da excelente banda Bondesom tocando muita música brasileira com arranjos fantásticos. Nos intervalos, os DJs Montano e Eppinghaus.Quando? Quinta-feira (13), às 18h.Onde? Largo São Francisco da Prainha, Saúde. Quanto? 0800
AGENDA DA SEMANA NOVELA | Joaquim Vela
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ção Será que o mundo melhorou
150 anos depois?
uma moça para se ocupar das atividades pedagógicas dos filhos. A preceptora ti-nha a função de desafogar a rotina da mãe e esposa, cui-dando da orientação moral e social dos pupilos.
Na novela, temos duas preceptoras bem diferen-tes. Severa faz jus ao nome e cuida com sequidão e dis-tância da educação de Alex, menino triste e pouco entu-siasmado, já que não sente afeto por parte do pai Felipe e da tia avó Condessa Vitó-ria (Irene Ravache). Por ou-tro lado, Rita é espirituosa e brincalhona e forma uma parceria e tanto com Felícia.
CuiDADO DAS CRiANçAS
Me chama atenção na fi-gura da preceptora a ideia de uma educação infantil baseada no controle e na disciplina doméstica. As crianças mais ricas eram se-paradas do espaço escolar. Perdiam a possibilidade de se socializar. Não à toa, Alex e Felícia adoram brincar juntos quando se visitam, sempre acompanhados de suas preceptoras. O que será que as duas serão na segun-da fase da novela? 150 anos depois? Só vendo pra saber!
Ainda bem que, pelo menos no Brasil de hoje, os pais não podem negar aos filhos a educação es-colar, não é mesmo?
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Divulgação / TV Globo
Severa e Rita são personagens fortes na trama
Filmes sobre deficiênciaO quê? Em sua sétima edição, o “Assim Vivemos – Festival Internacional de Filmes sobre Deficiência” traz 33 filmes de 20 países e quatro debates.Quando? De 5 a 17 de agosto, com sessões entre 14h e 18h.Onde? Centro Cultural Banco do Brasil (Av. 1° de Março, 66 - Centro)Quanto? 0800
10 | Cultura Rio de Janeiro, 10 a 12 de agosto de 2015
Exigência de for-mação em edu-cação física é um dos pontos polê-micos do projeto que tramita no Congresso.
Mestres de capoeira, alu-nos e entusiastas da prática veem com ceticismo os be-nefícios que a eventual regu-lamentação do profissional da capoeira pode trazer. Re-presentantes de um movi-mento que já foi considerado crime e proibido no passa-do se mostram contrários a fórmulas que, segundo eles, podem institucionalizar e dividir a capoeira.
De acordo com Rosângela Costa, conhecida como mes-tra Janja, que mora na Bahia, a comunidade capoeirista no Brasil tem se posicionado ma-joritariamente contrária à pro-fissionalização da capoeira.
Capoeiristas debatem regulamentaçãoProfissionais acusam Congresso de dividir praticantes da capoeira
Paulo Victor Chagasda Agência Brasil
Cristina Indio do Brasilda Agência Brasil
“O projeto divide a capoeira entre quem pensa a capoeira como cultura e quem pensa a capoeira como esporte. Eles pegam quem pensa como esporte e luta para regula-mentar esse sujeito como atleta de alto rendimento. Isso não apenas é perverso para a capoeira como um todo, mas para nós mulhe-
Projeto prevê formação em educação física para ensino da capoeira
O Ministério da Cultura lançou na última quarta-fei-ra (5), no Rio de Janeiro, qua-tro editais com investimento de R$ 15 milhões, para se-lecionar projetos culturais inscritos por prefeituras ou órgãos municipais da admi-
Ministério da cultura lança edital na baixadaInscrições deve ser feita entre 17 de agosto e 30 de setembro
Para o ministério, essa foi a maior caravana já realizada
nistração direta ou indireta, que acompanham as dire-trizes do Plano de Trabalho Anual do Fundo Nacional da Cultura. O lançamento ocor-reu durante o Fórum Perma-nente de Gestores Públicos de Cultura da Baixada Flu-minense, na Câmara Muni-cipal de São João de Meriti.
As inscrições poderão ser feitas entre 17 de agosto e 30 de setembro de 2015. Os pro-jetos deverão ter período de execução de até 24 meses. Os municípios interessados terão de estar com os acor-dos federativos de coopera-
ção em dia e com os sistemas municipais de Cultura insti-tuídos por leis próprias publi-cadas. Segundo o ministério, a aprovação pela Câmara Municipal e a publicação no Diário Oficial do Município, neste caso, têm de ocorrer até o início do convênio assi-nado com o ministério.
O lançamento foi feito por meio das secretarias de Articulação Institucional (SAI), do Audiovisual (SAv) e da Cidadania e da Diver-sidade Cultural (SCDC), da Fundação Cultural Palma-res (FCP) e da Diretoria do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas (DLLLB) – fez parte das atividades da Caravana da Cultura na Baixada Fluminense, pro-movidas atualmente pelo ministério na região.
Para o ministério, essa foi a maior caravana já rea-lizada. (ABr)
Os projetos de-verão ter período de execução de até 24 meses.
res é extremamente perigoso porque am-plia abismos de de-sigualdades”, destaca ela, que participou no domingo, 26 de julho, de um debate sobre o tema no Festival da Mu-lher Afro-Latino-Ameri-cana e Caribenha (Latini-dades), em Brasília.
POlêMiCaUm dos pontos polêmicos
das propostas que tramitam no Congresso Nacional diz respeito às exigências para que os profissionais sejam formados em educação físi-ca ou, então, acompanhados por educadores físicos. O re-presentante do Ministério da Cultura, Daniel Castro, disse que a pasta está mais interes-sada em esclarecer que a ca-poeira não deve constar nas regulamentações dos profis-sionais de educação física do que na profissionalização em si. “A gente acha que esses [projetos que regula-mentam a profissão] ainda estão muito imaturos.”
Divulgação/Radios EBC
Fotos divulgação
Cultura | 11Rio de Janeiro, 10 a 12 de agosto de 2015
Em visita ao Brasil, o geógrafo marxista David Harvey conversou com o Brasil de Fato sobre a si-tuação da população cur-da, que vem sendo ataca-da pelo governo turco.
Brasil de Fato - O que está acontecendo na Turquia?David Harvey - Para come-çar, é preciso entender que há uma hostilidade de lon-ga data dos nacionalistas turcos contra a população de minoria curda. Houve uma guerra civil entre es-ses dois grupos por quase 20 anos. O cessar fogo foi declarado em 2011, quan-do se disse existir uma tentativa de ambos os la-dos para resolver as dife-renças, para que a minoria curda pudesse viver em paz na Turquia. Mas par-te do problema é que os curdos estão implantados fortemente no norte da Sí-ria e no Iraque. É um povo dividido em três países. Os curdos já pressionaram pela criação de um Curdis-tão independente, mas em 2011 eles desistiram disso e optaram por conquistar au-tonomia nesses três países.
Ao pé do ouvido | David HarveySandra Quintela
Como a influência dos curdos em outros países afeta a Turquia?A força dos curdos no nor-te da Síria tem aumentado, principalmente para se proteger contra o Estado Islâmico (EI), porque se o EI dominar, os curdos se-rão massacrados.
Localizada na Baía de Sepetiba, Zona Oeste do Rio, a Companhia Siderúr-gica do Atlântico, formada pela multinacional alemã ThyssenKrupp em parceria com a Vale do Brasil, tem sido a responsável por uma série de impactos socioam-bientais na região. Desde desmatamento de man-guezais até o cerceamento do direito ao trabalho dos pescadores da Baía de Se-petiba (ocasionado pelo aumento do tráfego de na-vios, da área de exclusão de pesca e de outras interven-ções no ecossistema). Uma ladainha não seria sufi-ciente para contar todas as violações.
O mais impressionante é que até a presente data a TKCSA não tem licença de operação definitiva. O empreendimento funcio-na através de um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) assinado entre a empresa e órgãos do governo estadual.
ProblemASCamuflada pelo guarda
chuva da Associação das Empresas do Distrito In-dustrial de Santa Cruz (Ae-din), a TKCSA é a principal beneficiada pela soleira submersa que está sendo construída no Canal do São Francisco e tem impedido o trânsito das embarcações que passam pelo Rio para a pesca na Baía de Sepetiba. Em certos períodos do dia, a barragem cria uma “cor-renteza” que não permite a passagem dos barcos. A obra também funciona sem licença ambiental e não há estudos preliminares de im-
pacto gerado à pesca na re-gião. Além do problema da pesca, moradores alertam para o perigo de enchentes decorrentes da intervenção.
Desde o dia 26 de junho de 2015, os pescadores fa-zem mobilizações chegan-do a paralisar a obra em vá-rias ocasiões. Hoje, apesar de um processo de nego-ciação aberto entre os pes-cadores e a Aedin, mediado
pela Defensoria Pública, as empresas não aceitaram os termos da proposta e a obra continua.
CriSe PrA Quem?Junto dos pescadores e
moradores da região per-guntamos: crise hídrica para quem? Quem deve pa-gar essa conta? A TKCSA não é legal e desde que chegou a Santa Cruz em 2006 vem produzindo injustiças, po-luindo e adoecendo quem vive no entorno. Enquanto isso, mulheres e homens continuam resistindo e lu-tando pra viver e trabalhar a despeito da poeira tóxica, das megaobras e da coni-vência do poder público.
Sandra Quintela é economista e
coordenadora do Pacs
Desde o dia 26 de junho deste ano, os pescado-res fazem mobi-lizações chegan-do a paralisar a obra em várias ocasiões.
A hostilidade do governo turco contra os curdos está aumentando.
Divulgação Pac´s Divulgação / Unicamp
Siderurgia tem trazido problemas para os moradores de Santa Cruz
Tkcsa e a disputa pela água
“População curda está sob ameaça do governo da Turquia”
Por que o governo turco é hostil com os curdos?A hostilidade do governo turco contra os curdos está aumentando. Especial-mente porque a população curda se mobilizou nas últimas eleições e tem 80 membros no parlamento, sendo uma força política. E chegando no parlamen-to, eles negaram ao Recep Tayyip Erdogan, presidente da Turquia, o direito de re-visar a constituição e se tor-nar presidente com poderes plenos, quase um ditador.
Harvey esteve no Brasil no mês passado
12 | Opinião Rio de Janeiro, 10 a 12 de agosto de 2015
Vinagrete de polvoBOA E BARATA
Ingredientes
1 polvo grande de 1 kg mais ou menos4 tomates sem sementes picados em quadradinhos100 g de azeitonas200 g de cogumelos picados1/2 pimentão vermelho picado1/2 pimentão amarelo picado1/2 pimenta dedo de moça sem sementes1 cebola grande1 dente de alhoCheiro verde a gostoSal, vinagre e azeite a gosto
Tempo de preparo20min
Modo de preparo
Colocar o polvo na panela de pressão sem água, apenas com 1 cebola, 1 folha de louro e 1 pitada de sal. Quando chiar a panela marcar 8 minutos. Desligue a panela e espere acabar a pressão. Picar o polvo em pedaços e acrescentar os ingredientes. Servir com pão.
Rendimento8 porções
Divulgação
Cara Janaína, nosso intestino funciona bem através de três ingre-dientes fundamentais: 1) Beber muita água, cer-ca de 2 litros por dia. Se você bebe pouca água, suas fezes ficam secas e têm dificuldade de se locomover no intestino. 2) Praticar exercícios re-gulares. Eles ajudam na mov i men-tação do intestino e mel hora m a circulação sanguínea. 3) Ingerir ali-mentos ricos em fibra e
Amiga, será que você poderia me ajudar? Tenho in-testino preso e sofro muito com isso. O que eu faço?
Janaína, 26 anos, atendente.
AMIGA DA SAÚDE
evitar massas. As fibras absorvem água e por isso deixam as fezes mais mo-les, facilitando o trânsito intestinal. São alimentos ricos em fibras: verduras, frutas, legumes, casta-nhas, sementes, etc. To-mar água ou alimentar-se assim que levanta da cama pela manhã ajuda a
potencializar a movimen-tação intes-tinal e cos-tuma ser um bom estímu-lo. Persista na mudança de hábitos que terá bons re-sultados.
Dúvidas sobre saúde? Encaminhe e-mail para [email protected]
Divulgação
Variedades | 13Rio de Janeiro, 10 a 12 de agosto de 2015
Procure no mais profundo do seu ser a razão da instabilidade da sua relação amorosa.
No plano afetivo: Vai sentir-se cheio de energia e pronto a partilhar a sua alegria com os outros à sua volta.
Não exalte a sua atividade profissional, procure um maior convívio com as pessoas que ama.
Os seus objetivos estão bem defini-dos, como tal não hesitará em defen-der as suas ideias.
Terá tendência para se refugiar na sua concha, porém esse fato não será tão negativo como possa parecer.
Apesar de alguns períodos de tensão, a união familiar não será colocada em causa.
Procure distanciar-se de tudo e todos quantos possam desestabilizar a sua relação amorosa ou mesmo uma sólida amizade.
Enfrente as situações. Não conte com a ajuda dos seus amigos para a resolução dos seus problemas.
Não se preocupe demasiado com o futuro deixando de viver o dia-a-dia. Seja controlado e viva feliz. .
O seu desejo de promover maior seguran-ça no círculo familiar, motiva-o a ser mais empreendedor no campo profissional.
Para relançar os seus relacionamentos, bas-tará um convite para um almoço ou jantar.
Terá tendência para ver tudo por um lado mais pessimista, fato que lhe traz alguns dissabores ao seu cotidiano.
14 | Variedades
Crescente 22/8
LUA DA SEMANAMINGUANTECheia
29/8
Minguante Até 6/8
Nova 14/8
FASES DA LUA
Rio de Janeiro, 10 a 12 de agosto de 2015
O jornalista José Trajano acaba de lançar um livro que conta uma “viagem”, segundo o próprio autor, onde os grandes craques da história do América, uma de suas grandes pai-xões, retornam à vida para defender a cor rubra deste tradicional clube da Tiju-ca. Tudo isso permeado por histórias do bairro, onde ele foi criado.
Nesta irreverente entre-vista, Trajano fala do retorno do seu América à série A do Carioca, da crise do futebol no estado e das pretensões de Zico em sua candidatura à presidência da FIFA.
Brasil de Fato – América e Portuguesa voltam à sé-rie A do Carioca em um momento que a dupla Fla-mengo e Fluminense dis-cute sair da disputa. O que você pensa sobre isso?José Trajano – Estão com medo do América na série A. Estão querendo disputar a Sul-Minas porque já sen-tiram a força rubra (risos). O América jamais podia ter caído, o fato de voltar é mo-tivo de festa, de comemora-ção, mas a gente sabe que terá que lutar muito para ficar na primeira divisão. Precisa de patrocínio, de apoio da torcida, de muita coisa. Eu já me dou por sa-tisfeito por ele ter voltado. Vamos por etapas. Eu estou
“É a CBF que está se rendendo ao Zico”O Brasil de Fato fala com José Trajano, durante o lançamento de seu livro Tijucamérica
Bruno PorpettaDo Rio de Janeiro (RJ)
muito satisfeito. Tem uma estátua do Tim Maia na Ti-juca, o América voltou, foi campeão, estou lançando um livro sobre a minha que-rida Tijuca, do meu querido América. Está tudo dando certo. Parece que foi com-binado para dar renda. Lan-çar um livro nessa hora tão boa para nós americanos.
Brasil de Fato – Não só o América, mas outros clubes como São Cristóvão, Cam-po Grande, Olaria, Bon-
sucesso, entre outros, se incluem nesse processo de crise do futebol carioca. O que diria sobre essa crise?O Campeonato Carioca é uma m..., em português cla-ro. É uma pobreza. O Vasco foi campeão carioca e está lutando para não cair. Mas é um campeonato de enorme tradição e que foi deixado de lado. Tem pouco públi-co, times sem tradição. Tem que ter uma mudança enor-me na FERJ, na direção dos clubes, na postura do torce-
dor, que hoje não é mais tor-cedor, é plateia, principal-mente no Maracanã. É uma confusão muito grande e eu levaria aqui anos discutin-do. Eu estou muito satisfei-to com a volta do América, mas os destinos do Carioca são problemáticos.
Brasil de Fato – E essa par-ceria entre Zico e Del Nero, com o presidente da CBF apoiando-o para a FIFA?Não tem parceria. O Zico mandou uma carta, pediu e
a CBF, malandramente, de-clarou apoio, sabendo que o Zico não leva. Quem vai ganhar é o Platini. A can-didatura do Zico é mais ou menos de protesto, tipo a do Euler Bentes, na ditadu-ra, que foi o general que se candidatou sabendo que ia perder. O Zico é um grande nome, mas cai entre nós, ganhar a FIFA é muita pre-tensão para o caminhão-zinho dele. Não porque ele não tenha competência, mas porque a politicagem é muito grande e o Platini domina todos os tentáculos da política mundo afora. E não tem parceria, o Zico é um crítico da CBF. É ela que está se rendendo ao Zico.
Trajano analisa o momento atual do futebol brasileiro e sobre a disputa na CBF
O Campeonato Carioca é uma m..., em português claro. É uma pobreza O Vasco foi campeão carioca e está lutando para não cair.
Fotos divulgação
Livro Tijucamérica, de José Trajano
Esportes | 15Rio de Janeiro, 10 a 12 de agosto de 2015
Rio de Janeiro, 10 a 12 de agosto de 201516 | Esportes
Vasco frustra bom público no Dia dos Pais do Maraca
Bola na área vira pesadelo para o Fla
“Tratamento” põe catarinense no Rio 2016
A mesatenista catarinense Danielle_Rauen_garantiu vaga nos Jogos Paralímpicos do Rio 2016 após conquistar, neste domingo (9), a med-alha de ouro no Parapana-mericano de Toronto (CAN).
A curiosidade é que o tênis de mesa é uma forma de “tratamento” da paratle-ta, diagnosticada desde os quatro anos de idade com artrite reumatoide juvenil. O esporte auxilia a retardar
os efeitos dessa doença de-generativa, que atrofia os músculos e articulações.
Após a medalha de pra-ta no Parapan da Costa Rica, em 2013, a brasile-ira se superou e venceu a
argentina Anília Longhi por 3 sets a 0 (11/7, 11/2 e 11/6) em 16 minutos de jogo. Hoje, Rauen é a sé-tima no ranking mundial. Ela quer estar em quinto até os Jogos. (BP)
Pelo segundo jogo seguido, cobrança de escanteio pelo alto derruba Fla; Ponte 1 a 0
Não se pode dizer que o Flamengo não tentou. Foram muitas as chances desperdiçadas, duas bo-las na trave da Ponte Preta, mas a jogada que decidiu a partida_contra_o rubro-negro em Campinas, no es-tádio Moisés Lucarelli, mais uma vez, foi uma bola de es-canteio alçada na área.
Bruno Porpettado Rio de Janeiro (RJ)
Assim como contra o San-tos, que iniciou sua reação no Maracanã após um gol de cabeça de Ricardo Oliveira, após posicionamento errado da defesa rubro-negra a Pon-te conseguiu a vitória com o mesmo tipo de jogada.
O primeiro tempo foi de imensa superioridade do Flamengo, com inúmeras chances criadas e des-perdiçadas por Sheik e Guerrero. Porém, a Ponte conseguiu se segurar e le-vou o jogo empatado para o intervalo.
O Flamengo voltou para o segundo tempo com uma alteração bastante critica-da pela torcida. O treinador
3 X 0
1 X 1
0 X 0Dom. 09/08
16h
Dom. 09/08 16h
Dom. 09/08 16h
Dom. 09/08 16h
Dom. 09/08 11h
Dom. 09/0811h
Sáb. 08/0821h
Sáb. 08/0818h30
Dom. 09/08 18h30
Dom. 09/08 18h30
1 X 0AVA FLU
SAN CFC
VAS JEC
CAP SPO
SAO COR
CRU PAL
PON FLA
GOI CAM
GRE INT
CHA FIG
1 X 1
1 X 0
0 X 0
2 X 1
5 X 0
2 X 2
Brasileirão 2015
17a RODADA
Gilvan de Souza/Fla Imagens
Cristóvão Borges tirou Alan Patrick para a entrada de Luiz Antônio, que reforçou a marcação, mas perdeu em criatividade.
Ainda assim, o Flamengo atacava mais. Mas pecou pela velha máxima do fu-tebol: a de quem não faz, leva. Aos 25 minutos, em cobrança de escanteio, Pablo toca de cabeça, a bola desvia em Márcio Araújo e mata o goleiro César.
O time rubro-negro se perdeu, em termos de or-ganização, após o gol sof-rido e, apesar da pressão, não conseguiu converter as jogadas em gol, saindo der-rotado ao final da partida.
Saída de Alan Patrick no intervalo gerou polêmica com a torcida
O Vasco recebeu o Jo-inville no Maracanã, no primeiro da sequência de seis duelos diretos contra equipes que ron-dam a zona de rebaixa-mento, e não conseguiu um bom resultado. Os dois não saíram do 0 a 0, diante de 41 mil vas-caínos, e com 13 pontos permanecem abraça-dos no Z-4.
Enquanto no primeiro tempo o jogo teve nív-el razoável, com boas chances para ambas as equipes, no segundo ficou evidente o porquê da presença dos dois entre os últimos coloca-dos do Brasileirão.
É bom frisar também que este foi o primeiro jogo às 11h de domingo, no Maracanã. O calor superava os 30ºC, o que dificultou bastante que a partida tivesse mais qualidade.
Os ataques falharam muito e desperdiçaram chances incríveis de gol. Não chegou a ser sur-preendente que o time vascaíno tenha saído sob vaias da torcida.
Após não passar nesse primeiro teste dos chamados “jogos de seis pontos”, o Vasco terá que recuperar o que per-deu em casa na próxima rodada, contra o Santos, na Vila Belmiro.
Depois, enfrentará o atual lanterna Coritiba em casa, o Goiás no Ser-ra Dourada, o Figuei-rense em São Januário e o Internacional no Beira-Rio. Entre estas “decisões”, os jogos de oitavas-de-final contra o Flamengo, pela Copa do Brasil. (BP)