brasil de fato rj - 118
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Cultura | pág.10
Zumbi dos Palmares do
Samba Saiba mais sobre a
vida e obra do sambistaCandeia
Pablo Vergara/ Brasil de Fato
3 a 9 de setembro de 2015 • distribuição gratuita
Ano 3 | edição 118
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FUP: “Projeto de Serraé entreguista”Petroleiro critica projeto de José Serra(PSDB) que altera a Lei da Partilha
Cantora completaria 80 anosem 2015 se estivesse viva
Div
ulga
ção
Cidades | pág.4
Mercedes Sosa, a voz da América Latina
Com a confirmação do evento, Carlos Carvalhotem sido privilegiado com a chegada de bilhões dereais em obras de infraestrutura, como a linha 4 dometrô e a construção do BRT, dentre outras. Suaempresa doou R$ 150 mil para a campanha do atualprefeito do Rio. Especial Olimpíadas | pág.7
Brasil | pág.9
Conferência vai envolvercentenas de organizações em Belo Horizonte
Frente quer unificaração demovimentossociais
AMPLIAÇÃO DA ROTA A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro(Firjan) propôs a criação de 14 novas rotas de barcas para a capital e regiãometropolitana. Ecologistas alertam para possíveis riscos ambientais.
Olimpíadas:“dono da Barra”financiou Paes
Cidades | pág.5
Cultura | pág.11
Div
ulga
ção
Há meses apontamos queo país vive um momentocomplexo. A combinaçãode três crises – econômica,política e social – desorien-tou parte das organizaçõespopulares, abrindo espaçopara uma violenta ofensivaconservadora.
No Congresso Nacional enas demais casas legislativas,nos governos municipais eestaduais, na mídia e mesmono governo federal, as forçasconservadoras partiram paracima dos direitos dos traba-
lhadores, fazendo-nos pagara conta da crise.
Alguns setores da esquer-da estão paralisados, semsaber como responder a talofensiva. Há também os quese renderam ao discurso fa-talista e aderiram à ondaconservadora. Outros partempra luta, mas com baixa ca-pacidade de mobilização dasmassas trabalhadoras.
UNIÃO DA ESQUERDAPor fim, há organizações queentendem que nenhum setor
da esquerda está, so-zinho, à altura dos de-safios atuais. Pensan-do nisso, se encon-trarão em Belo Hori-zonte, no dia cinco desetembro, para a pri-meira ConferênciaNacional Popular emdefesa da democraciae por uma nova polí-tica econômica.
Organizada pelaFrente Brasil Popular,a Conferência tempor objetivos: mudara política econômicado governo federal,assegurar os direitos
e conquistas da classe traba-lhadora, fazer avançar as re-formas estruturais e defendera legalidade democrática.
São iniciativas importan-tes, mas que não serão bem-sucedidas com a estruturapolítica e econômica que aíestá. O que precisamos agoraé “refundar o Brasil”. Paraisso, temos que “zerar o jogo”e mudar toda a estruturaeconômica, política e social,só que com as regras que fa-voreçam o povão. Precisa-
mos, portanto, de uma Cons-tituinte que mude a corre-lação entre as forças popu-lares e as forças das elitesconservadoras.
ENCONTRO NACIONALSomente com muito povo
na rua mudaremos as estru-turas que nos impedem deavançar. Para isso, um anodepois de colher oito mi-lhões de votos em um ple-biscito popular, as quase 500organizações que tocaram
a campanha do plebiscitosobre a reforma política con-vidam a sociedade brasileirapara o Encontro Nacional ePopular por uma Consti-tuinte, que ocorrerá na mes-ma Belo Horizonte, no diaquatro de setembro.
Vem conosco! Participedessas iniciativas de luta porum novo Brasil.
Rio de Janeiro, 3 a 9 de setembro de 201502 | Opinião
PREVISÃO DO TEMPO
Quinta-feira, 3 de setembro • Rio de Janeiro, Brasil
26 ºC | F
Pancadas de chuva esparsas
EDITORIAL
CONSELHO EDITORIAL:Alexania Rossato,Antonio Neiva (in memoriam),Joaquín Piñero, KleybsonAndrade,Mario Augusto Jakobskind,Nicolle Berti, Rodrigo Marcelino,Vito Giannotti (in memoriam)EDITORA:Vivian Virissimo (MTb 13.344)REPÓRTERES:André Vieira, Bruno Porpetta,Fania Rodrigues e PedroRafael VilelaESTAGIÁRIO:Victor OhanaREVISÃO:Sheila JacobCOLUNA SINDICAL:Claudia SantiagoFOTÓGRAFO:Pablo VergaraADMINISTRAÇÃO:Carla GuindaniDISTRIBUIÇÃO:Kleybson AndradeDIAGRAMAÇÃO:Juliana BragaStefano FigaloTIRAGEM MENSAL:200 mil exemplares
Desde 1º de maio de 2013
O jornal Brasil de Fato circulasemanalmente em todo o paíse agora com edições regionaisem Minas Gerais, São Paulo eRio de Janeiro. O Brasil de FatoRJ circula todas as segundas equintas-feiras. Queremoscontribuir no debate de ideias ena análise dos fatos do pontode vista da necessidade demudanças sociais em nossopaís e em nosso estado.
Assine nossanewsletterwww.e.eita.org.br/assinebrasildefatorj
EXPEDIENTE
(21) 4062 [email protected]
Juntando forçaspara refundar o Brasil
Projetos sociais estão par
alisados e reabertura
só ocorrerá depois das Oli
m píadas de 2016, preju-
dicando atletas e com unid
ades atendidas.
M C Carol
reconta
a história
do Brasil
Cultura | pág.11
Cidade olímpica
abandona atletas Conheça as
vantagens
da cam isinha
fem inina
O Brasil de Fato RJ
buscou dados dessa
que pode ser um a
gostosa alternativa
Cidades | pág.7
Cidades | pág.4
Divulgação
Gabriel Santos/Riotur
M úsica “Não foi Cabral”
já teve m ais de 100 m il
visualizações no youtube
27 a 29 de julho de 2
015 • distribuição gr
atuita
A no 3 | edição 107
Tomas Silva/ABr
Taxistas protestam
contra Uber
Eles denunciam que
aplicativo não é scalizado
pela Prefeitura
Opinião | pág. 12
Diálogos e ação do poder
público devem
ser ferram entas contra a i
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Ta�nia Rêgo/ABr
Cidades | pág.9
Babalorixá defende
respeito às religiões
A um ano dos Jogos Olím p
icos, Estádio de Atle-
tism o Célio de Barros e Pa
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de a Copa.
CONDENADA A PAGAR 4,8
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iça do Rio condenou a Liga
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ver aos cofres públicos ce
rca de R$ 4,8 m ilhões, m a
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dados
com a venda de ingressos
no carnaval de 1995.
Divulgação/Angela Fottuti
Especial Olim pídas | pág
. 5
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:
Projetos sociais estão paralisados e reaberturasó ocorrerá depois das Olim píadas de 2016, preju-dicando atletas e com unidades atendidas.
M C Carolreconta a história do Brasil
Cultura | pág.11
Cidade olím picaabandona atletas Conheça as vantagens
da cam isinha fem inina
O Brasil de Fato RJbuscou dados dessaque pode ser um agostosa alternativa
Cidades | pág.7
Cidades | pág.4
Divulgação
Gabriel Santos/Riotur
M úsica “Não foi Cabral” já teve m ais de 100 m ilvisualizações no youtube
27 a 29 de julho de 2015 • distribuição gratuita A no 3 | edição 107
Tomas Silva/ABr
Taxistas protestam contra UberEles denunciam que aplicativo não é scalizado pela Prefeitura
Opinião | pág. 12
Diálogos e ação do poder público devemser ferram entas contra a intolerância
Ta�nia Rêgo/ABr
Cidades | pág.9
Babalorixá defenderespeito às religiões
A um ano dos Jogos Olím picos, Estádio de Atle-tism o Célio de Barros e Parque Aquático Júlio De-lam are estão fechados desde a Copa.
CONDENADA A PAGAR 4,8 M ILHÕES Tribunal de Justiça do Rio condenou a Liga Independente das Escolas
de Sam ba (Liesa) a devolver aos cofres públicos cerca de R$ 4,8 m ilhões, m ais juros e correção, arrecadados
com a venda de ingressos no carnaval de 1995.
Divulgação/Angela Fottuti
Especial Olim pídas | pág. 5
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________________
Em Belo Horizonte, no dia cinco de setembro, ocorrerá aprimeira Conferência Nacional Popularem defesa da democracia e poruma nova políticaeconômica________________
Maria Clara Araújo é amais nova garota-pro-
paganda da marcabrasileira de cosmé-ticos Lola Cosmetics.
Além de estudar Pe-dagogia, ela é também
uma referência na mi-litância pelos direitos
das pessoas transexuaise pela liberdade de gê-
nero no país. Essa é a pri-meira vez que uma marca
brasileira convida uma pes-soa trans para estrelar suaspropagandas.
O Brasil é o local ondemais ocorrem assassinatosde travestis e transexuais emtodo o mundo e o problemada discriminação precisa serenfrentado com urgência.Entre 2008 e 2013 foram 486mortes, segundo pesquisada ONG Transgender Euro-pe. (Revista Fórum)
Rio de Janeiro, 3 a 9 de setembro de 2015 Geral | 3
Petroleiros
rumo à greveEnquanto a Petrobrássilencia sobre a pautada categoria, os petro-leiros preparam maisuma greve nacional. Noúltimo dia 26, a Federa-ção Única dos Petrolei-ros protocoloudocumento responsabi-lizando a empresa peloimpasse nas negocia-ções do Acordo Coletivode Trabalho. Passadosquase dois meses daapresentação da PautaPolítica, os gestores daPetrobrás seguem cala-dos, mesmo após umasemana de mobiliza-ções, que culminaramcom uma greve de 24horas no dia 24 de julho.
Greve do INSScontinuaReunidos em assembleiana tarde de terça-feira (1),no auditório da GerênciaCentro, os servidores doINSS no Estado do Rioaprovaram a continuidadeda greve, seguindo orien-tação da Fenasps (fede-ração nacional). O obje-tivo é pressionar o gover-no a avançar nas propos-tas apresentadas pelo mi-nistro da previdência so-cial, Carlos Gabas. A pró-xima reunião do Coman-do Nacional de Greve daFenasps com o ministroacontece quinta-feira (3).
60 ANOSA Feira do Livroitinerante comple-tou seis décadas.Organizada pelaAssociação Brasi-leira do Livro(ABL), a feira ficarádurante todo o mêsde setembro noLargo da Carioca,no Centro do Rio.
EBC Memória
mandoumal
Divulgação
Carioca utiliza artes
urbanas para denunciar
m achism o da sociedade
Anarkia: “Precisam osabrir o olho eexigir nossosdireitos”
Cultura | pág. 8 e 9
Divulgac�a�o
A dem olição de casas na favela do M etrô M angueira
term inou em violência na sem ana passada e cham ou
a atenção para o problema da falta de m oradia no
Rio de Janeiro. De acordo a pesquisa do Senso 2010,
são m ais de 220 m il fam ílias sem habitação só na ci-
dade do Rio. Para a defensora pública M aria Lúcia
Pontes não existe política de m oradia no Rio, m as
sim política de rem oção.
3 a 10 de junho de 2015 • distribuição gratu
ita
A no 3 | edição 99
Divulgac�a�o/Al Gahrafa
Pablo Vergara/Brasil de Fato
Ricos precisampagar m ais im postos
Projeto de lei
prevê taxação de
grandes fortunas
Brasil | pág.9
Forrozinho gostoso
Grupo Caram uela se apresenta
de graça ao lado do Teatro João
Caetano nesta quarta�feira �3�
Esporte | pág. 16
Blatter sai da FIFA, Zico quer entrar
Quatro dias após reeleição, Blatter renuncia.
Zico se anim a a ocupar posto
Divulgac�a�o
Divulgação
Cultura | pág.11
Cidades e Editorial | págs. 2 e 5
Rem oção é m arcada política de m oradia no Rio
. :
Você tem uma sugestão de pauta?Envie para: [email protected]
Carioca utiliza artes urbanas para denunciarm achism o da sociedade
Anarkia: “Precisam osabrir o olho eexigir nossosdireitos”
Cultura | pág. 8 e 9
Divulgac�a�o
A dem olição de casas na favela do M etrô M angueira
term inou em violência na sem ana passada e cham ou
a atenção para o problem a da falta de m oradia no
Rio de Janeiro. De acordo a pesquisa do Senso 2010,
são m ais de 220 m il fam ílias sem habitação só na ci-
dade do Rio. Para a defensora pública M aria Lúcia
Pontes não existe política de m oradia no Rio, m as
sim política de rem oção.
3 a 10 de junho de 2015 • distribuição gratuita
A no 3 | edição 99
Divulgac�a�o/Al Gahrafa
Pablo Vergara/Brasil de Fato
Ricos precisampagar m ais im postosProjeto de lei prevê taxação degrandes fortunas
Brasil | pág.9
Forrozinho gostosoGrupo Caram uela se apresenta
de graça ao lado do Teatro João
Caetano nesta quarta�feira �3�
Esporte | pág. 16 Blatter sai da FIFA, Zico quer entrar
Quatro dias após reeleição, Blatter renuncia.
Zico se anim a a ocupar posto
Divulgac�a�o
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Cultura | pág.11
Cidades e Editorial | págs. 2 e 5
Rem oção é m arcada política de m oradia no Rio
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SINDICALClaudia Santiago
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FRASE DA SEMANA
mandoubem
Divulgação
Trans brasileira vira garota-propaganda
"Os derrotados devem conhecer sua situação e se preparar para o próximo pleito" disse o Procurador-Geral da República Rodrigo Janotao negar o pedido do ministro GilmarMendes, do STF, para a investigaçãode uma das empresas que prestaramserviços à campanha da presidentaDilma Rousseff.
Mar
celo
Cam
argo
/ABr
O ator Dado Dolabela, acu-sado de agredir três ex-com-panheiras, mandou mal aose declarar recentementecomo feminista. Pelo visto,além de ser denunciadopor bater em mulher, o“galã” não saca nada da lutapela igualdade de gênero.
O ex-presidente do UruguaiPepe Mujica mandou bemao falar sobre a desigual-dade no continente duran-te evento na UERJ. “NaAmérica do Sul o rico nãopaga quase nada", disse.
Maria Clara Araújo é amais nova garota-pro-
paganda da marcabrasileira de cosmé-ticos Lola Cosmetics.
Além de estudar Pe-dagogia, ela é também
uma referência na mi-litância pelos direitos
das pessoas transexuaise pela liberdade de gê-
nero no país. Essa é a pri-meira vez que uma marca
brasileira convida uma pes-soa trans para estrelar suaspropagandas.
O Brasil é o local ondemais ocorrem assassinatosde travestis e transexuais emtodo o mundo e o problemada discriminação precisa serenfrentado com urgência.Entre 2008 e 2013 foram 486mortes, segundo pesquisada ONG Transgender Euro-pe. (Revista Fórum)
Rio de Janeiro, 3 a 9 de setembro de 2015 Geral | 3
Petroleiros
rumo à greveEnquanto a Petrobrássilencia sobre a pautada categoria, os petro-leiros preparam maisuma greve nacional. Noúltimo dia 26, a Federa-ção Única dos Petrolei-ros protocoloudocumento responsabi-lizando a empresa peloimpasse nas negocia-ções do Acordo Coletivode Trabalho. Passadosquase dois meses daapresentação da PautaPolítica, os gestores daPetrobrás seguem cala-dos, mesmo após umasemana de mobiliza-ções, que culminaramcom uma greve de 24horas no dia 24 de julho.
Greve do INSScontinuaReunidos em assembleiana tarde de terça-feira (1),no auditório da GerênciaCentro, os servidores doINSS no Estado do Rioaprovaram a continuidadeda greve, seguindo orien-tação da Fenasps (fede-ração nacional). O obje-tivo é pressionar o gover-no a avançar nas propos-tas apresentadas pelo mi-nistro da previdência so-cial, Carlos Gabas. A pró-xima reunião do Coman-do Nacional de Greve daFenasps com o ministroacontece quinta-feira (3).
60 ANOSA Feira do Livroitinerante comple-tou seis décadas.Organizada pelaAssociação Brasi-leira do Livro(ABL), a feira ficarádurante todo o mêsde setembro noLargo da Carioca,no Centro do Rio.
EBC Memória
mandoumal
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Carioca utiliza artes
urbanas para denunciar
m achism o da sociedade
Anarkia: “Precisam osabrir o olho eexigir nossosdireitos”
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Rio de Janeiro. De acordo a pesquisa do Senso 2010,
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dade do Rio. Para a defensora pública M aria Lúcia
Pontes não existe política de m oradia no Rio, m as
sim política de rem oção.
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Ricos precisampagar m ais im postos
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Blatter sai da FIFA, Zico quer entrar
Quatro dias após reeleição, Blatter renuncia.
Zico se anim a a ocupar posto
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Carioca utiliza artes urbanas para denunciarm achism o da sociedade
Anarkia: “Precisam osabrir o olho eexigir nossosdireitos”
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Rio de Janeiro. De acordo a pesquisa do Senso 2010,
são m ais de 220 m il fam ílias sem habitação só na ci-
dade do Rio. Para a defensora pública M aria Lúcia
Pontes não existe política de m oradia no Rio, m as
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Ricos precisampagar m ais im postosProjeto de lei prevê taxação degrandes fortunas
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Esporte | pág. 16 Blatter sai da FIFA, Zico quer entrar
Quatro dias após reeleição, Blatter renuncia.
Zico se anim a a ocupar posto
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Cidades e Editorial | págs. 2 e 5
Rem oção é m arcada política de m oradia no Rio
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SINDICALClaudia Santiago
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ção
FRASE DA SEMANA
mandoubem
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Trans brasileira vira garota-propaganda
"Os derrotados devem conhecer sua situação e se preparar para o próximo pleito" disse o Procurador-Geral da República Rodrigo Janotao negar o pedido do ministro GilmarMendes, do STF, para a investigaçãode uma das empresas que prestaramserviços à campanha da presidentaDilma Rousseff.
Mar
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O ator Dado Dolabela, acu-sado de agredir três ex-com-panheiras, mandou mal aose declarar recentementecomo feminista. Pelo visto,além de ser denunciadopor bater em mulher, o“galã” não saca nada da lutapela igualdade de gênero.
O ex-presidente do UruguaiPepe Mujica mandou bemao falar sobre a desigual-dade no continente duran-te evento na UERJ. “NaAmérica do Sul o rico nãopaga quase nada", disse.
Superlotação, preços altose atrasos são alguns dos pro-blemas enfrentados pelamaior parte da população,que usa transporte público.Para a Federação das Indús-trias do Estado do Rio deJaneiro (Firjan), a soluçãopara desafogar o trânsito noGrande Rio pode estar naBaía de Guanabara.
Em estudo apresentado re-centemente, a Firjan mostraa viabilidade técnica e finan-ceira que de um projeto quepropõe a construção de 14novas rotas de barcas.
O sistema poderia facilitara vida de muitos trabalha-dores, que vivem na correriae todos os dias enfrentam ocaos do transporte público edo trânsito congestionado. Éo caso do professor de Edu-cação Física, Rodney Martins.Ele tem que dar aula em váriospontos da cidade. “Nos ho-rários de pico levo duas horasda Barra da Tijuca ao Fla-mengo. É muito tempo. Comoeu, a maioria dos trabalha-dores hoje tem dois ou trêsempregos. A falta de agilidadedo transporte implica dire-tamente na saúde e na qua-lidade de vida da população”,afirma o professor.
NOVAS LINHASEntre as propostas está umalinha que ligaria o Centro aBotafogo e outra que sai daPraça 15 e vai até a Barra da
Tijuca, em uma rota oceânica.Esse último trajeto de barcapoderia absorver até 106 milviagens de ônibus por dia, oque equivale a mais de 39mil veículos fora das ruas.Isso mostra que há demandae, portanto, viabilidade fi-nanceira do projeto.
O projeto também prevêcinco linhas que conectariamo Rio de Janeiro ao Leste Flu-minense, uma a Duque de Ca-xias, quatro às ilhas do Gover-nador e do Fundão, e uma deCharitas a Itaipu, em Niterói.
“Essas barcas para a Barra,
Niterói e Ilha podem agilizara vida do trabalhador e tam-bém diminuir a quantidadede carros, melhorando o trá-fego. Isso já deveria ter saídodo papel faz tempo”, ressaltaRodney Martins, usuário de
transporte público.O doutor em Urbanismo
e pesquisador da UFRJ, Ju-ciano Rodrigues, afirma queproposta da Firjan tem umalcance territorial bastanteabrangente e deve ser vista,
sim, com bons olhos.“Temos um território es-
facelado do ponto de vistada integração social. Umadas causas da desintegraçãoé a insuficiência e ineficiênciado transporte. Esse é um dosproblemas que emperram odesenvolvimento econômicoe social da região metropo-litana”, destaca Juciano Ro-drigues, especialista em pla-nejamento urbano.
Rio de Janeiro, 3 a 9 de setembro de 2015 Cidades| 5
Fania Rodriguesdo Rio de Janeiro (RJ)
Firjan divulga estudo que mostra aviabilidade de maisrotas de barcas na Baía de Guanabara
Projeto prevê ampliaçãodas rotas das barcas
“
Pablo Vergara/ Brasil de Fato
Solução para engarrafamentospode estar na Baía de Guanabara
Projeto propõe a criação de 14 rotas de barcas para integrar região metropolitana
“Temos um território esfacelado doponto de vista da integração social”
Juciano Rodrigues, pesquisador da UFRJ___________________
Pablo Vergara/ Brasil de Fato
Projeto precisa de estudos ambientais
Embora o projeto proponhauma saída para o congestio-namento, o engenheiro am-biental Gabriel Carvalho, Ana-lista Ambiental do InstitutoBrasileiro do Meio Ambientee dos Recursos Naturais Re-nováveis (IBAMA) faz umalerta em relação aos possí-
veis impactos ambientais.“A Baía de Guanabara é
uma área que já está extre-mamente poluída e tam-bém virou um grande esta-cionamento de embarca-ções, especialmente da in-dústria de petróleo e gás”,diz o engenheiro.
Segundo Gabriel Carvalhoé preciso fazer um estudoambiental, pois a propostaprevê a criação de linhasdentro das lagoas na Barrada Tijuca, que fazem parteda Área de Proteção Am-
biental de Marapendi. “Isso,a princípio, não impede oprojeto, mas deve ser consi-derado”, destaca o engenhei-ro ambiental.
Outra preocupação são osanimais marinhos e a poluiçãosonora gerada pelo barulhoe fluxo dos barcos. “A UERJtem um projeto que monitoraa população de botos da Baíade Guanabara. Hoje existemapenas 36 botos, enquantona década de 70 eram cercade 800 animais dessa espécie”,afirma Gabriel. (FR)
do Rio de Janeiro (RJ)
Baía de Guanabara já é extremamentepoluída
Divulgação FUP
Alessandra Murteirado Rio de Janeiro (RJ)
A FUP tem travado uma luta intensa contra o PLS 131, do senador José Serra (PSDB), que quer alterar as regras de exploração do pré-sal. Quais os riscos deste projeto?José Maria Rangel - É um risco à soberania do país. O polígono do pré-sal teria reservas que beiram 176 bi-lhões de barris de petróleo. Provavelmente é a maior descoberta de petróleo mun-dial dos últimos períodos. O atrelamento dos tucanos com as multinacionais do Petróleo é antigo. O projeto do senador Serra é entre-guista, pois quer retirar da Petrobrás a condição obri-gatória de ser operadora única e também de ter no mínimo 30 % de cada cam-po do pré-sal. Quem mais conhece as áreas do pré-sal é a Petrobrás. Quem pode dar maior retorno financei-ro para o Estado brasileiro financiar a educação e a saúde é a Petrobrás.
A Presidenta Dilma declarou que defenderá o pré-sal até as suas últimas forças. No entanto, dentro do próprio governo e de sua base par-lamentar, há quem defenda mudanças na lei . Como lidar com essa situação?José Maria Rangel - O tema do petróleo é complexo para quem não é da área. Por isso, que alguns defendem mudar a lei. Por desconhecimen-to. Quando a FUP, os movi-mentos sociais, profissionais
“Pré-sal é um bônus para a Petrobrás e não um ônus”Confira entrevista com José Maria Rangel, coordenador geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP)
da educação e metalúrgicos fomos ao Senado e abrimos o debate, conseguimos re-verter a urgência na votação do PLS 131, pois demonstra-mos o que está por trás da proposta de Serra. O Plano Nacional da Educação tem o seu financiamento com os recursos dos Royalties e do Fundo Social Soberano. A política de conteúdo na-cional só é possível com a
Petrobrás operando e tendo 30% mínimos em cada cam-po. A presidenta Dilma sabe disso e por isso se posicionou em defesa da Lei de Partilha como foi aprovada.
A Petrobrás tem batido re-cordes na exploração do pré-sal, mas até agora vem se omitindo em relação ao pro-jeto de José Serra. Por quê?José Maria Rangel - A Pe-trobrás passa por um mo-mento conjuntural difícil. No entanto, não será se escondendo ou usando de práticas ultrapassadas para reduzir os seus gastos que sairá desta situação. O pré-sal é um bônus para a em-presa e não um ônus, como o entreguista do Serra anda dizendo. Estamos cobran-do um posicionamento fir-me da empresa na defesa de operar o pré-sal.
A crise que a Petrobrás vive pode impactar as suas atividades no pré-sal?José Maria Rangel - Penso que não. A Petrobrás fechou o primeiro semestre com lucro de quase R$ seis bi-lhões. Muitas empresas do setor tiveram prejuízo ou lucro bem menor. Cabe ao governo, também, ajudar a financiar os projetos da empresa, como aconteceu em 2008. O governo Dilma tem que ter a dimensão do que a Petrobrás representa para o desenvolvimento do país , possibilitando a gera-ção de emprego.
As petrolíferas vivem uma crise internacional, com preços do barril despen-cando, diminuição dos in-vestimentos e demissões. Que impacto tem essa crise na Petrobrás e no pré-sal?
José Maria Rangel - Todas as empresas de petróleo es-tão tendo que revisar seus investimentos. Saímos de um patamar em que o barril de petróleo chegou a U$ 140, em meados de 2014, para preços hoje girando em tor-no de U$ 50. Isso é devasta-dor. No caso da Petrobrás, produzimos no pré-sal a U$ 9 o barril. Isso é fantástico e ainda muito lucrativo. Por isso, as empresas estrangei-ras estão de olho.
A Petrobrás quer abrir o capital da BR Distribui-dora e pretende vender outros ativos. Como a FUP está reagindo a esses ata-ques em um governo eleito pelos trabalhadores?José Maria Rangel - Nós entendemos ser um equí-voco a Petrobrás vender ativos. Ainda mais em um momento em que as em-presas de petróleo estão ofertando em todo o mun-do cerca de U$ 1 trilhão em ativos que estão sendo postos à venda. A Petrob-rás é uma empresa inte-grada de energia e o que a atual diretoria está fazen-do é entregar um filé mig-non para os abutres. A FUP e seus sindicatos não des-cartam a greve como for-ma de reagir à entrega do patrimônio nacional. Nós sabemos muito bem sepa-rar a defesa da democracia e as conquistas que a clas-se trabalhadora teve nos últimos 12 anos do enfren-tamento atual que estamos fazendo, quando medidas entreguistas e impopula-res são tomadas.
Zé Maria: “Nós entendemos ser um equívoco a Petrobrás vender ativos”
A FUP e seus sindicatos não descartam a greve como forma de reagir à entrega do patrimônio nacional
4 | Cidades Rio de Janeiro, 3 a 9 de setembro de 2015
Superlotação, preços altose atrasos são alguns dos pro-blemas enfrentados pelamaior parte da população,que usa transporte público.Para a Federação das Indús-trias do Estado do Rio deJaneiro (Firjan), a soluçãopara desafogar o trânsito noGrande Rio pode estar naBaía de Guanabara.
Em estudo apresentado re-centemente, a Firjan mostraa viabilidade técnica e finan-ceira que de um projeto quepropõe a construção de 14novas rotas de barcas.
O sistema poderia facilitara vida de muitos trabalha-dores, que vivem na correriae todos os dias enfrentam ocaos do transporte público edo trânsito congestionado. Éo caso do professor de Edu-cação Física, Rodney Martins.Ele tem que dar aula em váriospontos da cidade. “Nos ho-rários de pico levo duas horasda Barra da Tijuca ao Fla-mengo. É muito tempo. Comoeu, a maioria dos trabalha-dores hoje tem dois ou trêsempregos. A falta de agilidadedo transporte implica dire-tamente na saúde e na qua-lidade de vida da população”,afirma o professor.
NOVAS LINHASEntre as propostas está umalinha que ligaria o Centro aBotafogo e outra que sai daPraça 15 e vai até a Barra da
Tijuca, em uma rota oceânica.Esse último trajeto de barcapoderia absorver até 106 milviagens de ônibus por dia, oque equivale a mais de 39mil veículos fora das ruas.Isso mostra que há demandae, portanto, viabilidade fi-nanceira do projeto.
O projeto também prevêcinco linhas que conectariamo Rio de Janeiro ao Leste Flu-minense, uma a Duque de Ca-xias, quatro às ilhas do Gover-nador e do Fundão, e uma deCharitas a Itaipu, em Niterói.
“Essas barcas para a Barra,
Niterói e Ilha podem agilizara vida do trabalhador e tam-bém diminuir a quantidadede carros, melhorando o trá-fego. Isso já deveria ter saídodo papel faz tempo”, ressaltaRodney Martins, usuário de
transporte público.O doutor em Urbanismo
e pesquisador da UFRJ, Ju-ciano Rodrigues, afirma queproposta da Firjan tem umalcance territorial bastanteabrangente e deve ser vista,
sim, com bons olhos.“Temos um território es-
facelado do ponto de vistada integração social. Umadas causas da desintegraçãoé a insuficiência e ineficiênciado transporte. Esse é um dosproblemas que emperram odesenvolvimento econômicoe social da região metropo-litana”, destaca Juciano Ro-drigues, especialista em pla-nejamento urbano.
Rio de Janeiro, 3 a 9 de setembro de 2015 Cidades| 5
Fania Rodriguesdo Rio de Janeiro (RJ)
Firjan divulga estudo que mostra aviabilidade de maisrotas de barcas na Baía de Guanabara
Projeto prevê ampliaçãodas rotas das barcas
“
Pablo Vergara/ Brasil de Fato
Solução para engarrafamentospode estar na Baía de Guanabara
Projeto propõe a criação de 14 rotas de barcas para integrar região metropolitana
“Temos um território esfacelado doponto de vista da integração social”
Juciano Rodrigues, pesquisador da UFRJ___________________
Pablo Vergara/ Brasil de Fato
Projeto precisa de estudos ambientais
Embora o projeto proponhauma saída para o congestio-namento, o engenheiro am-biental Gabriel Carvalho, Ana-lista Ambiental do InstitutoBrasileiro do Meio Ambientee dos Recursos Naturais Re-nováveis (IBAMA) faz umalerta em relação aos possí-
veis impactos ambientais.“A Baía de Guanabara é
uma área que já está extre-mamente poluída e tam-bém virou um grande esta-cionamento de embarca-ções, especialmente da in-dústria de petróleo e gás”,diz o engenheiro.
Segundo Gabriel Carvalhoé preciso fazer um estudoambiental, pois a propostaprevê a criação de linhasdentro das lagoas na Barrada Tijuca, que fazem parteda Área de Proteção Am-
biental de Marapendi. “Isso,a princípio, não impede oprojeto, mas deve ser consi-derado”, destaca o engenhei-ro ambiental.
Outra preocupação são osanimais marinhos e a poluiçãosonora gerada pelo barulhoe fluxo dos barcos. “A UERJtem um projeto que monitoraa população de botos da Baíade Guanabara. Hoje existemapenas 36 botos, enquantona década de 70 eram cercade 800 animais dessa espécie”,afirma Gabriel. (FR)
do Rio de Janeiro (RJ)
Baía de Guanabara já é extremamentepoluída
Rússia na presidência no Conselho de Segurança da ONU
O ministro de Relações Exteriores da Rússia, Ser-gei Lavrov, vai presidir a reunião dos ministros da 70ª sessão da Assembleia Geral da ONU, que se ini-cia no dia 15 de setembro, em Nova Iorque. A guerra contra terrorismo e a re-gularização dos conflitos Oriente Médio e no Norte da África serão alguns dos temas discutidos. O Con-selho de Segurança é um dos órgãos mais impor-tantes e mais poderosos do mundo, pois é lá que se discute e aprova a inter-venção militar em países em conflito. (Sputnik)
EM FOCO
Divulgação / ONU
Marcos Brindicci/Divulgação
Antonio Nava / Secretaria de Cultura
Acontece, essa semana, a 2ª de Culturas Indígenas, na Cidade do México. Centenas de pessoas são tratadas por especialistas em medicina tradicional indígena. Esse é um dos maiores festivais de culturas originárias do mundo.
A Fundação Nacional para a Democracia (NED, siglas em inglês), uma das organi-zações que financiam a de-sestabilização de governos de esquerda na América Latina e Caribe, aumentou os recur-sos enviados para Cuba.
Todos os anos a NED envia milhões de dólares a parti-dos e organizações de direita, dispostos a debilitar e der-rubar governos latinos. Em 2014, os opositores ao gover-no cubano receberam US$ 2,99 milhões. Esse é um dos
Estados Unidos aumentam cerco contra Cuba
Organização ligada aos EUA aumenta atuação em Cuba
maiores aportes já feitos pela NED para financiar ações an-tirrevolucionárias em Cuba. Em 2013, o montante enviado à ilha foi de US$ 1,6 milhões.
O segundo maior financia-mento foi enviado à Venezue-la que, em 2014, recebeu US$ 2,38 milhões. Logo depois vem a Colômbia com US$ 832 mil, a Bolívia com US$ 213 mil e por último o Equador, com US$ 73 mil. No Brasil a oferta é de US$ 50 mil, poden-do aumentar, dependendo do “projeto”. (Prensa Latina)
Ismael Francisco/Cuba debate
_A Corte de Apelações de Nova York reverteu a deci-são da Justiça norte-ame-ricana, proferida em 2013, que determinava o conge-lamento de bens do Banco Central da República Ar-gentina (BCRA) nos EUA.
O pedido tinha sido fei-to pelos chamados fundos abutres, que compraram pa-péis da dívida argentina, da época da crise de 2002, e que agora pressionam o gover-
no de Cristina Kirchner. O tribunal argumentou que os ativos do BCRA não podem ser embargados, pois teriam “imunidade soberana”.
A decisão foi considerada uma vitória do governo ar-gentino. Os fundos abutres são conformados por al-guns dos empresários mais ricos dos EUA, que vivem de papéis de dívidas de países em desenvolvimen-to. (Opera Mundi)
Cristina obtém decisão favorável em relação aos fundos abutres
Fundos abutres não podem congelar bens da Argentina
6 | Mundo Rio de Janeiro, 3 a 9 de setembro de 2015
Recentemente o empre-sário Carlos Carvalho ocu-pou os noticiários por contade uma declaração, no mí-nimo, preconceituosa. Ementrevista à agencia britânicaBBC Brasil, ao comentar so-bre a permanência de mo-radores de baixa renda naregião, ele soltou o verbo.
“Como é que você vai botaro pobre ali? Ele tem que mo-rar perto porque presta ser-viço e ganha dinheiro comquem pode, mas você sódeve botar ali quem pode,senão você estraga tudo, jogao dinheiro fora”, disse.
Tobias Faria, do Institutode Formação Humana e Edu-cação Popular (IFHEP), pon-dera que é complicada a re-lação entre financiadores decampanhas eleitorais e polí-ticos eleitos. Ao comentarsobre o “dono da Barra” esua relação com o prefeitoEduardo Paes, Tobias chamaatenção para o fato de queas empresas doadoras, na
verdade, fazem investimentono político. “Os interessesque estão em jogo na Barrada Tijuca são claramente osinteresses das empresas imo-biliárias”, critica.
VILA AUTÓDROMOSímbolo de resistência, a co-munidade Vila Autódromo,localizada ao lado do ParqueOlímpico, foi atingida porum decreto da Prefeitura,que obrigou dezenas de mo-radores a deixarem as casas emque viviam durante anos paraas obras das Olimpíadas, eventoque durará menos de um mês.“Quem conhece a Vila Au-tódromo sabe o que estão
fazendo lá. Desalojando umespaço de convivência, mo-radia, espaço em que umacomunidade morava duranteanos em função da especu-lação imobiliária. Estão trans-formando toda aquela região
num espaço caro para venderimóveis. É um desrespeitocom os moradores que vivemali e que estão resistindo,mas que estão sendo derro-tados”, finaliza o educadorpopular Tobias Faria. (AV)
Para educador popular,empresas que doampara campanhas,fazem investimento no político
Os Jogos Olímpicos serãoem 2016, mas um brasileiro,mesmo sem ser atleta, já estácomemorando uma vitória,ao menos na categoria valo-rização de imóveis e terrenos.É o “dono da Barra”, como éconhecido o magnata brasi-leiro Carlos Fernando de Car-valho. Generoso financiadorda reeleição de Eduardo Paes(PMDB) - sua empresa doouR$ 150 mil para a campanhado atual prefeito do Rio -, oempresário é dono de pelomenos seis milhões de metrosquadrados de terras na Barra
da Tijuca, bairro na zona oesteque concentrará grande partedas atividades olímpicas.
Com a confirmação domaior evento esportivo mun-dial, a região do “dono daBarra” tem sido privilegiada
com a chegada de bilhões dereais em obras de infraestru-tura, como a linha 4 do me-trô e a construção do BRT(TransOlímpica, TransOestee TransCarioca), dentre outras."Sem a Olimpíada, não seria
possível negociar essa área emmenos de 20 anos", disse Car-valho em matéria publicadapela revista Exame em 2011.
OBRAS OLÍMPICASFundador da empreiteira Car-valho Hosken em 1951, CarlosCarvalho, aos 91 anos de ida-de, é apontado como a 13ªpessoa mais rica do Brasil,segundo a lista de bilionáriosda Bloomberg. Nas terras deCarvalho está sendo cons-truída a Vila Olímpica, quehospedará cerca de 17 milatletas e comissões técnicasdurante os jogos de 2016.Essa obra foi denunciada peloMinistério Público do Traba-lho no mês passado sob asuspeita de trabalho escravopraticado por uma constru-tora que presta serviços aoempreendimento. Passadosos jogos, cada apartamentodeverá ser vendido por mais
de um milhão de reais.A empresa do bilionário
também é responsável pelaconstrução do Parque Olím-pico, ao lado das empreitei-ras Odebrecht e AndradeGutierrez, que será palcodas competições de 16 mo-dalidades esportivas.
André Vieirado Rio de Janeiro (RJ)
do Rio de Janeiro (RJ)
Empresário tomou os noticiários ao falarque não cabem pobresna Barra da Tijuca
Rio de Janeiro, 3 a 9 de setembro de 2015 Especial Olimpíadas | 7
Quem paga a banda, escolhe a música
Financiador de EduardoPaes lucra com Olimpíadas
13º homem mais rico do Brasil, Carlos Carvalhoé dono de mais de 6 milhões de m² na Barra
Vila Autódromo está sendo removida para as obras do Parque Olímpico
________________
Generoso financiador da reeleição de Eduardo Paes,o empresário é dono de pelomenos seis milhões de metros quadradosde terras na Barra da Tijuca________________
Fernando Frazão/ABr
Divulgação/BBC
Em busca de unidade po-lítica para enfrentar a crisee os principais problemas dapopulação, organizações so-ciais de todo o país decidiramse juntar em uma mesma ar-ticulação, denominada Fren-te Brasil Popular. A confe-rência nacional que forma-lizará a criação do novo gru-po vai ser realizada neste sá-bado (5), na Assembleia Le-gislativa de Minas Gerais, emBelo Horizonte.
São esperados milhares demilitantes de movimentospopulares, sindicais, pasto-rais, LGBT, organizações dejuventude, do movimentonegro, ativistas digitais, veí-culos de mídia alternativa,partidos políticos, intelec-tuais, religiosos, entre outros.Eles vão debater as propostasda Frente e aprovar um mo-delo de organização do gru-po, que terá atuação em todoo território nacional.
“Está claro que as organi-zações e movimentos sociaissozinhos já não conseguemmais pressionar com a mes-ma força por suas demandase as demandas do povo. Porisso, a iniciativa de construiruma frente foi justamentepensando na capacidade de
articular consensos, definirpautas convergentes e forta-lecer as lutas nas ruas”, avaliaBeatriz Cerqueira, presidentado Sindicato Único dos Tra-balhadores em Educação deMinas Gerais (Sind-UTE) epresidenta da CUT Minas.
SEIS EIXOSAo todo, a Frente Brasil Po-pular vai atuar em seis eixos:direitos dos trabalhadores,direitos sociais, defesa da de-mocracia, soberania nacio-nal, reformas estruturais eintegração latino-americana.Pela dinâmica proposta, osparticipantes da conferênciavão se dividir em grupos te-máticos para debater de for-ma detalhada cada uma doseixos. Serão discutidos as-suntos como: melhoria nascondições de vida da popu-lação (renda, emprego, trans-
porte público, acesso à mo-radia), redução da maiori-dade penal e violência contraa juventude da periferia, re-
forma política, democratiza-ção da mídia, e reformasagrária, urbana e tributária.
A Frente deverá criar ins-tâncias deliberativas e de or-ganização, explica FredericoSantanta Rick, da ConsultaPopular. “A proposta que será
apresentada prevê a realiza-ção de plenárias amplas nosmunicípios e comunidades,e que possam resultar naconstrução de coletivos”, de-talha. “Há também a propos-ta de que, com o tempo, aFrente avance na construçãode estruturas de base, comocomitês e núcleos por temas”,acrescenta. Ao final, a con-ferência vai aprovar um ca-lendário de lutas, cuja pri-meira ação deve ser um atonacional, no dia 3 de outubro,contra as tentativas de mu-dança na lei do pré-sal emfavor das empresas estran-geiras, o que pode compro-meter os recursos para a saú-de e educação.
REFORMAS PROFUNDASPara o secretário-geral daUnião Nacional dos Estudan-
tes (UNE), iago Pará, o lan-çamento da Frente ocorre emum momento crucial da con-juntura do país, que assisteao acirramento das lutas so-ciais e a tentativa de setoresmais conservadores de pautarem pautar o impeachment dapresidenta Dilma Rousseff.“Não podemos aceitar ne-nhuma tentativa de golpecontra o voto popular, mas adiscussão pela democracianão passa só por isso. Preci-samos de reformas mais pro-fundas, como a mudança doatual sistema político do paíse a democratização dos meiosde comunicação”, aponta.
CONSTITUINTEUm dia antes da conferên-cia, Belo Horizonte tambémsediará o Encontro Nacionale Popular pela Constituintedo Sistema Político. A ati-vidade marca um ano doplebiscito popular que re-colheu quase 8 milhões devotos em favor de uma as-sembleia nacional consti-tuinte para modificar oatual sistema político, como intuito de pôr fim ao fi-nanciamento empresarialde campanhas eleitorais,ampliar a representação dasmulheres e da populaçãonegra nos cargos eletivos,fortalecer os mecanismosde participação social napolítica, entre outros. Nomesmo dia, ativistas digi-tais, midialivristas e comu-nicadores vão realizar umareunião nacional de mídiaspopulares para debater es-tratégias de fortalecimentode uma rede de comunica-ção alternativa.
Rio de Janeiro, 3 a 9 de setembro de 2015 Brasil | 9
Pedro Rafael Vilelade Brasília (DF)
Articulação queenvolve centenas de organizações será lançada duranteconferência nacional,em Belo Horizonte,neste sábado (5)
Frente Brasil Popular quer unificar ação de movimentos sociais
________________
Conferência nacional que formalizará a criação do novo grupo serárealizada em Belo Horizonte________________
Frente Brasil Popular busca unidade política para enfrentar a crise e os principais problemas da população
Lidyane Ponciano
Em busca de unidade po-lítica para enfrentar a crisee os principais problemas dapopulação, organizações so-ciais de todo o país decidiramse juntar em uma mesma ar-ticulação, denominada Fren-te Brasil Popular. A confe-rência nacional que forma-lizará a criação do novo gru-po vai ser realizada neste sá-bado (5), na Assembleia Le-gislativa de Minas Gerais, emBelo Horizonte.
São esperados milhares demilitantes de movimentospopulares, sindicais, pasto-rais, LGBT, organizações dejuventude, do movimentonegro, ativistas digitais, veí-culos de mídia alternativa,partidos políticos, intelec-tuais, religiosos, entre outros.Eles vão debater as propostasda Frente e aprovar um mo-delo de organização do gru-po, que terá atuação em todoo território nacional.
“Está claro que as organi-zações e movimentos sociaissozinhos já não conseguemmais pressionar com a mes-ma força por suas demandase as demandas do povo. Porisso, a iniciativa de construiruma frente foi justamentepensando na capacidade de
articular consensos, definirpautas convergentes e forta-lecer as lutas nas ruas”, avaliaBeatriz Cerqueira, presidentado Sindicato Único dos Tra-balhadores em Educação deMinas Gerais (Sind-UTE) epresidenta da CUT Minas.
SEIS EIXOSAo todo, a Frente Brasil Po-pular vai atuar em seis eixos:direitos dos trabalhadores,direitos sociais, defesa da de-mocracia, soberania nacio-nal, reformas estruturais eintegração latino-americana.Pela dinâmica proposta, osparticipantes da conferênciavão se dividir em grupos te-máticos para debater de for-ma detalhada cada uma doseixos. Serão discutidos as-suntos como: melhoria nascondições de vida da popu-lação (renda, emprego, trans-
porte público, acesso à mo-radia), redução da maiori-dade penal e violência contraa juventude da periferia, re-
forma política, democratiza-ção da mídia, e reformasagrária, urbana e tributária.
A Frente deverá criar ins-tâncias deliberativas e de or-ganização, explica FredericoSantanta Rick, da ConsultaPopular. “A proposta que será
apresentada prevê a realiza-ção de plenárias amplas nosmunicípios e comunidades,e que possam resultar naconstrução de coletivos”, de-talha. “Há também a propos-ta de que, com o tempo, aFrente avance na construçãode estruturas de base, comocomitês e núcleos por temas”,acrescenta. Ao final, a con-ferência vai aprovar um ca-lendário de lutas, cuja pri-meira ação deve ser um atonacional, no dia 3 de outubro,contra as tentativas de mu-dança na lei do pré-sal emfavor das empresas estran-geiras, o que pode compro-meter os recursos para a saú-de e educação.
REFORMAS PROFUNDASPara o secretário-geral daUnião Nacional dos Estudan-
tes (UNE), iago Pará, o lan-çamento da Frente ocorre emum momento crucial da con-juntura do país, que assisteao acirramento das lutas so-ciais e a tentativa de setoresmais conservadores de pautarem pautar o impeachment dapresidenta Dilma Rousseff.“Não podemos aceitar ne-nhuma tentativa de golpecontra o voto popular, mas adiscussão pela democracianão passa só por isso. Preci-samos de reformas mais pro-fundas, como a mudança doatual sistema político do paíse a democratização dos meiosde comunicação”, aponta.
CONSTITUINTEUm dia antes da conferên-cia, Belo Horizonte tambémsediará o Encontro Nacionale Popular pela Constituintedo Sistema Político. A ati-vidade marca um ano doplebiscito popular que re-colheu quase 8 milhões devotos em favor de uma as-sembleia nacional consti-tuinte para modificar oatual sistema político, como intuito de pôr fim ao fi-nanciamento empresarialde campanhas eleitorais,ampliar a representação dasmulheres e da populaçãonegra nos cargos eletivos,fortalecer os mecanismosde participação social napolítica, entre outros. Nomesmo dia, ativistas digi-tais, midialivristas e comu-nicadores vão realizar umareunião nacional de mídiaspopulares para debater es-tratégias de fortalecimentode uma rede de comunica-ção alternativa.
Rio de Janeiro, 3 a 9 de setembro de 2015 Brasil | 9
Pedro Rafael Vilelade Brasília (DF)
Articulação queenvolve centenas de organizações será lançada duranteconferência nacional,em Belo Horizonte,neste sábado (5)
Frente Brasil Popular quer unificar ação de movimentos sociais
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Conferência nacional que formalizará a criação do novo grupo serárealizada em Belo Horizonte________________
Frente Brasil Popular busca unidade política para enfrentar a crise e os principais problemas da população
Lidyane Ponciano
Além da rica obra musical, em 1975 Candeia escreveu um manifesto com duras críticas à Portela
No último dia 17 de agos-to, completaram-se 80 anos do nascimento de Antonio Candeia Filho, ou simples-mente Candeia, como era mais conhecido.
Filho de pai sambis-ta, que tocava flauta em rodas de samba e choro nos anos 1930, Candeia cresceu em uma casa, no bairro de Oswaldo Cruz,frequentada por nomes como Paulo da Portela, Claudionor e Zé da Fome, figuras ilustres do mundo do samba naquele tempo.
NOTA MÁXIMANesse ambiente, Candeia logo aprendeu a tocar cava-quinho e violão, e frequen-tar as rodas de capoeira e o candomblé. Participou do núcleo de sambistas que fundou a Portela, e foi para a Azul e Branco que compôs seu primeiro samba-enredo, “Seis da-tas magnas”, em 1953. Re-cebeu a nota máxima do júri, fato inédito até então.
Nos anos 60, Candeia acabou ingressando na Polícia Civil. No final de 1965, ao se envolver em uma briga no trânsito, aca-bou recebendo cinco tiros, sendo atingido na coluna e perdendo o movimento das pernas. Passou a an-dar de cadeira de rodas.
NA CADÊNCIA | Diogo Coelho
Candeia: o Zumbi dos Palmares do samba
SAMBA QUILOMBOCom a aposentadoria for-çada na carreira de policial, Candeia passou a dedicar-se inteiramente ao samba, para se livrar da depressão. Além da rica obra musical, em 1975 Candeia escreveu um manifesto com duras críticas à Portela e aos ru-mos que o carnaval das escolas de samba vinha tomando, abandonando suas raízes. Como suas críticas não foram ouvi-das pelos dirigentes da escola de Oswaldo Cruz, Candeia acabou fundan-do o Grêmio Recreativo de Arte Negra Escola de Samba Quilombo, que se propunha a ser uma agre-miação carnavalesca di-ferente, enfatizando prin-cipalmente a identidade cultural afro-brasileira.Com complicações de saúde por conta de sua pa-ralisia, Candeia morreu em 16 de novembro de 1978, ví-tima de uma infecção renal.
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Candeia é o fundador da Escola de Samba Quilombo
O quê: O Festival Internacional de Teatro da Língua Portuguesa (FESTLIP) será realizado pela sétima vez, com peças, shows, palestras, oficinas e outras atividades.Onde: Teatro Sesi Centro - Avenida Graça Aranha, 1, Centro, Rio de Janeiro.Quando: Todos os dias, às 19h30. Até 6 de setembro.Quanto: 0800
O quê: Evento de forró com banda ao vivo e DJ.Onde: Centro Cultural Carioca – Rua do Teatro, 37, Centro, Rio de Janeiro.Quando: Todo domingo, às 19h30.Quanto: R$ 15
O quê: O artista Carlos Vergara apresenta uma série com 14 trabalhos, manifestando seu olhar sobre a missão jesuítica de São Miguel de Arcanjo.Onde: Sesc Madureira – Rua Ewbanck da Câmara, 90, Madureira.Quando: De terça a sexta, das 9h às 21h. Domingos, segundas e sábados, das 9h às 17h. Até 26 de setembro.Quanto: 0800
O quê: Evento musical com apresentação de bandas, batalha de MC’s e projeções de vídeos de skate.Onde: Pista de Skate Via Light, em Nova Iguaçu.Quando: Domingo (6), às 16h.Quanto: 0800
O quê: Na mostra do fotógrafo Luís Gutman, uma série de 24 imagens explora um mundo gastronômico imaginário.Onde: Casa Carandaí – Rua Lópes Quintas, 165, Jardim Botânico, Rio de Janeiro.Quando: De segunda a sábado, das 9h às 21h. Domingos, das 9h às 17h. Até 27 de setembro.Quanto: 0800
O quê: Baseada na obra de Ariano Suassuna, a peça conta a história do poeta popular Joaquim Simão e sua mulher, Nevinha. Onde: Sede da Secretaria de Cultura de Nilópolis – Rua Elizeu de Alvarenga, 1618, Centro de Nilópolis.Quando: Sábado (5) às 20h (senhas distribuídas 1h antes)Quanto: 0800
A Farsa da Boa Conversa
7o FESTLIP
Musicação na Pista
Viajante - Experiências de São Miguel das Missões
Sabor sem medidas
Roda de Forró
AGENDA DA SEMANA
10 | Cultura Rio de Janeiro, 3 a 9 de setembro de 2015
A diva da música latina foi a primeira argentina a fazer sucesso no Brasil
Fania Rodrigues do Rio de Janeiro (RJ)
Fotos Arquivo
Reprodução Internet
Mercedes Sosa sempre apoiou as causas da política de esquerda ao longo da sua vida
Uma das mais impor-tantes vozes da América Latina de todos os tempos, a cantora argentina Mer-cedes Sosa completaria 80 anos, em 2015, caso estives-se viva. Ela faleceu no dia 4 de outubro de 2009, depois de ter sido internada por problemas nos rins e uma complicação cardiorrespi-ratória. Ela padecia de mal de Chagas, uma doença li-gada à pobreza rural dos primeiros anos de sua vida.
Inspirada no folclore ar-gentino, sua música foi além do estilo enquadrado pela indústria fonográfica. Mercedes Sosa fazia can-ções para todos os gostos e gêneros musicais. Inspirou várias gerações de músicos ao redor do mundo.
O cantor Rene Perez, vo-calista da banda Residente Calle 13, de Porto Rico, afir-ma que a música “Latinoa-merica”, o maior sucesso da banda, foi inspirada em Mercedes Sosa. Calle 13, hoje, é o grupo mais exitoso da música latina, reconhe-cido mundialmente.
BRASIL X ARGENTINANo Brasil, a cantora argenti-na fez parceria com grandes nomes da MPB, como Milton Nascimento, Chico Buarque, Caetano Veloso e Gal Costa. Considerada um dos gran-des momentos da música latina, a gravação do disco
80 anos de Mercedes Sosa
Corazón Americano (1985), de Mercedes Sosa, teve a participação de Milton Nas-cimento que cantou Coração de Estudante, em português e em espanhol. Em 1976, em pleno regime militar, já ha-via gravado com Milton Nas-cimento uma versão de uma de suas músicas: “Voltar aos dezessete”.
A parceria entre os dois deu início a uma grande amizade. Em recente entre-vista à revista Caros Amigos, Milton Nascimento conta como recebeu a notícia da morte da cantora. “Essa foi
HISTÓRIA DE GLÓRIAEm 50 anos de carreira, Mercedes Sosa gravou mais de 100 discos, entre os tra-balhos solos e coletivos. Entre as inúmeras honra-rias destacam-se quatro Prêmios Grammy Latinos, considerado o mais impor-tante reconhecimento do mundo da música.
Fundadora do Movimento do Novo Cancioneiro, esse ícone da música argentina ajudou a popularizar um estilo que ficou conheci-do como a “nova canção latino-americana”, que in-fluenciou diferentes gêneros como o rock, o pop e o tango.
MILITÂNCIA POLÍTICAMercedes Sosa sempre apoiou as causas da política de esquerda ao longo da sua vida. Foi militante do Parti-do Comunista, nos anos 70,
uma coisa que muito me entristeceu. As coisas que a gente fez davam para es-crever um livro. Conheci muita gente, muitos com-positores, através de Mer-cedes Sosa. Foi com ela que o Brasil, pela primeira vez, abriu as portas para a mú-sica da América Latina”, destaca Milton Nascimen-to.Entre seus maiores su-cessos está a “Canción con todos”, praticamente um hino à integração cultural latino-americana.
e grande simpatizante do lí-der argentino Juan Domin-go Perón. Depois do golpe militar, em 1976, seus dis-cos foram proibidos e ela foi incluída na lista de pessoas marcadas para morrer. Ape-sar da perseguição, Merce-des Sosa permaneceu na Argentina o quanto pôde.
Foi para o exílio em 1979, primeiro em Paris e depois em Madrid. Voltou a Bue-nos Aires três anos depois, em grande estilo. Reali-zou vários shows no Teatro Ópera de Buenos Aires, que se tornaram um verdadeiro ato cultural contra a dita-dura, mas também mexeu com as estruturas da músi-ca popular argentina. Mer-cedes provocou a renova-ção dos estilos musicais da Argentina, principalmente no folclore, no tango e no rock nacional.
Parceria com Milton Nascimento
rendeu grandes sucessos musicais
Sosa inspirou várias gerações de músicos ao redor do mundo
Mercedes Sosa entra para a história como um dos maiores
nomes da música latina
Obra de Oswaldo Guayasamin
Cultura | 11Rio de Janeiro, 3 a 9 de setembro de 2015
Assim que iniciei na mi-litância, através do Funk,me deparei com uma pala-vra nova: Ocupa.
Algumas pessoas que meouviam falar sobre as reaissituações dos bailes diziam:“mas essa luta do Funk nadamais é do que a luta por es-paço. É uma luta culturalsim, mas que gira em tornoda ocupação pública”.
Eu concordava, mas eujuro que eu não entendiaa importância do assunto.Depois conheci o Movimen-to Nacional de Luta Pela Mo-radia (MNLM) e a OcupaçãoManoel Congo, sede doMNLM, que me acenderamessa importância.
Logo depois vi de pertoos estudantes da UERJ ocu-parem a reitoria, trabalha-dores sem terra ocuparema Petrobrás, enfim, pude vera importância dessas e deoutras ocupações.
VIOLAÇÕESO tempo passou e a relaçãoque assisto hoje entre Es-tado e população me fazcrer ainda mais no métodode ocupar os espaços.
O Governo do Estado,usando a Polícia Militar, ocu-pou as favelas com o uso daforça armada e consequen-temente, com o uso da vio-
lência. Vale lembrar que oEstado faz isso para acabarcom a violência armada.
OCUPA ARPOADORMuitos criticam esses mé-todos usados pelo Governo,e colocados em prática pelapolícia, mas a verdade é quea justiça se nega a enxergaras violações de direitos pra-ticadas pela polícia. Semanapassada a polícia militarparou alguns adolescentese impediu que os mesmosfossem à praia. Fez isso di-zendo que era pra prevenirpossíveis crimes.
E a ciranda continua, oEstado cometendo crimespara prevenir crimes. Mo-bilizar a população pra al-guma atividade é muito di-fícil. Mas que tal um “OcupaArpoador”?
7 de Setembro: Grito dos Excluídos e das Excluídas
Realizado todos os anosno dia 7 de Setembro, o Gritodos Excluídos e Excluídaspretende reunir mais umavez milhares de pessoas emtodos os estados brasileiros.Em pauta, a reivindicaçãodaqueles que lutam por igual-dade, justiça e vida digna,os/as que têm seus direitosnegados e violados. “Que paísé este que mata gente, que amídia mente e nos conso-me?” é o lema do 21º Gritoque deverá motivar as ma-nifestações em todo o país.
Não à toa, o Grito acontecena mesma data em que secelebra o Dia da Indepen-dência do Brasil, como um
contraponto a questionar so-bre qual é a independênciaque temos hoje.
O Grito surgiu da espe-rança e do espírito profético
dos cristãos que, aliados aosmovimentos sociais, busca-ram continuar pautando areflexão proposta pela 2ª Se-mana Social Brasileira dosanos 1993 e 1994 e pela Cam-panha da Fraternidade de1995, cujo tema era “Frater-nidade e Exclusão”.
BANDEIRASNeste ano, o Grito trabalhoue divulgou seis eixos principais:“Unir os generosos e genero-sas”, “Direitos Básicos”, “Des-mentir a Mídia”; “As diferen-tes formas de violência”; “Fun-ção do Estado”; “ParticipaçãoPolítica” e “A rua é o lugar”.
A Secretaria Nacional doGrito convida a todos e todasa se unirem a este processode articulação e luta pelo fimdo extermínio da juventude;contra a precarização do tra-balho e retirada e ou reduçãode direitos; contra as mano-bras que ameaçam a demo-cracia no país; contra a cor-rupção; contra a violênciaque sofrem as mulheres; porpolíticas migratórias eficazes;contra o desemprego; pelofim das privatizações e en-treguismo; para denunciar amídia que mente e aliena;pelos direitos básicos à saúde,educação e moradia, que nossão negados e violados todosos dias; pelo direito ao pro-testo e contra a criminaliza-ção dos movimentos sociaise militantes; pelo fim da mi-litarização nas favelas.
Vamos todos e todas,numa só voz, num só Grito,pela Vida em Primeiro lugar!
Texto produzido peloconjunto dos movimentos
sociais que organizam aatividade no Rio.
12 | Opinião Rio de Janeiro, 3 a 9 de setembro de 2015
A FIM DE PAPO | Mc Leonardo
Ocupa isso.Ocupa aquilo.Ocupa geral!
Sem Teto em recente marcha pelas ruas de Niterói
Pablo Vergara/Brasil de Fato
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A relação queassisto hojeentre Estadoe população mefaz crer aindamais no método de ocupar os espaços______________
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O Grito acontecena mesma dataem que se cele-bra a Indepen-dência do Brasil,um contrapontoquestionador àindependênciaque temos _______________
Grito no Rio de Janeiro
Segunda (7) – 9h da manhã Rua Uruguaiana com Presidente Vargas
Arroz carreteiro
BOA E BARATA
Ingredientes
300 g de bacon300 g de charque1 linguiça defumada1 tomate1 cebolaCoentro3 copos de arrozAzeite ou óleo para refogar (fritar)Alho a gosto
Tempo de preparo30min
Modo de preparo
Pique todos os ingredientes. Depois, coloque em uma pa-nela para refogar, menos o tomate e o coentro. Refogue bem. Em seguida, coloque o arroz, o coentro e o tomate, e adicione água. Quando o ar-roz estiver no ponto, desligue e saboreie.
Rendimento10 porções
Divulgação
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Amiga da saúde, tenho 47 anos e ando tendo muito calor, mas o clima está quente mesmo. Como posso saber se estou perto da menopausa?
Jandira Nunes, 47 anos, do lar.
AMIGA DA SAÚDE
do desejo sexual. Mas não há uma regra, Jandira. Para cada mulher a vivência do climatério pode ser bem di-ferente. Atividade física e ali-mentação saudável ajudam o corpo a se manter mais equilibrado para as mudan-ças naturais do período.
Dúvidas sobre saúde? Encaminhe e-mail para [email protected]
Querida Jandira, quando a menopausa está se aproxi-mando, além de sentir calor como todas as pessoas no clima quente, a mulher cos-tuma ter uns “fogachos”. São ondas de calor que fazem o rosto e o pescoço ficarem vermelhos e a parte supe-rior do tronco queimar. Esse período que antecede a menopausa (última mens-truação) é conhecido como climatério. Também é co-mum sentir nessa fase alte-rações no ciclo menstrual, que tende a ficar todo des-regulado. Além disso, uma sensibilidade maior pode aflorar. Pode haver resseca-mento vaginal e até redução
Variedades | 13Rio de Janeiro, 3 a 9 de setembro de 2015
14 | Variedades
Nova 13/9
LUA DA SEMANACHEIA
Crescente 21/9
Minguante 5/9
Cheia Até 4/9
FASES DA LUA
Aproveite para reavaliar os seus relacionamen-tos afetivos para conquistar a paz interior que muitas vezes você não consegue alcançar.
A conjuntura favorece a área dos relacio-namentos afetivos. Este aspecto pode permitir que você reviva um novo amor.
A conjuntura está favorável para você na área do trabalho, promovendo ótimas oportunidades.
Você pode pensar em realizar alguns sonhos guardados na gaveta, pois não faltarão oportunidades.
Você deve se preparar para arregaçar as mangas e se empenhar com afinco para alcançar os seus objetivos.
Sua energia se propaga ao seu redor e todos podem se beneficiar desta sua força pessoal. Desfrute deste momento favorável.
Sua vida anda tão cheia de compromis-sos que a rotina se torna mais difícil. Cui-de de sua saúde para não se prejudicar.
Aceite de bom grado a ajuda dos cole-gas e parceiros, pois assim conseguirá dar conta de tantos compromissos.
Procure resolver os eventuais conflitos afetivos que estão atrapalhando o seu bem-estar.
Você deve se preparar para o inespera-do. Projetos que você havia abandonado podem ressurgir do nada.
Sua energia é oscilante e nem sempre você se sente disposto. Procure melhorar esse período com amigos e familiares.
Você pode não enxergar bem seus objetivos e por isso tenta mudar de caminho. A vida material requer mais do seu empenho.
Rio de Janeiro, 3 a 9 de setembro de 2015
Del Nero não veio do nada, ele é produto de outros tantos dirigentes de clubes e federações
TOQUES CURTOS | Bruno Porpetta
Ah! Esses dirigentes...Divulgação / CBF
Divulgação/FIFA
O Brasil, de Del Nero, é o paraíso
penal para negócios em paraísos fiscais
Nigéria garante vaga em 2016
A Nigéria venceu Angola na decisão do AfroBasket 2015, por 74 a 65, e garan-tiu vaga na competição de basquete masculino dos Jogos Olímpicos do Rio 2016. Angola, que defendia o título do torneio africano de seleções, disputará o pré-olímpico mundial para tentar uma vaga.
O cestinha da partida foiChamberlain Oguchi, com 19 pontos, ajudando a Ni-géria a se juntar aos Estados Unidos, ao Brasil e a Austrá-lia, já garantidos nos Jogos. Ainda existem oito vagas em disputa nos torneios continentais, além do pré-olímpico mundial.
BINÓCULO
O presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, não acompanhou a seleção aos Estados Unidos, onde dis-putará amistosos e desfal-cará times brasileiros no andamento do Brasileirão.
Se viajar, provavelmen-te não volta.
Este mesmo sujeito anun-ciou, quase ao mesmo tem-po, o calendário do futebol brasileiro para 2016 e o pos-sível fim do horário de 22h nos jogos do campeonato.
em 20 minutos o início das partidas. Às 21h40, ficou melhor para você?
Del Nero não veio do nada, ele é produto de outros tantos dirigentes de clubes e federa-ções. Como Eurico Miranda, que acredita na possibilida-de de ampliar o número de clubes na Série A do ano que vem. O Estatuto do Torcedor impede que isso aconteça. Não passa de galhofa.
Mas curioso mesmo é o caso do Cruzeiro. O presi-dente Gilvan vai a público demitir Luxemburgo, após ter demitido Marcelo Oli-veira, que o eliminou da Copa do Brasil, sem con-fessar nenhum erro.
Jogou a culpa na im-prensa e na torcida. Dá para levar a sério?
Este sujeito vota na fe-deração, que vota na CBF. É o começo da cadeia ali-mentar no futebol brasi-leiro. Onde um engole o outro e todos engolem o nosso futebol.
Os nossos dirigentes mantêm negócios em pa-raísos fiscais, vivendo no paraíso penal para ricos, brancos e bem vestidos, que é o Brasil. Prisão aqui é só para garotos indo à praia, coincidentemente todos negros e pobres.
Gol da Alemanha.
Nesta segunda-feira (31), o site UOL publicou reporta-gem denunciando a Prefei-tura do Rio por desobedecer a Lei de Acesso à Informa-ção, omitindo contratos de obras olímpicas solicitados, por diversos meios, há um ano pelos jornalistas.
As solicitações são sobre obras orçadas em R$ 18 bi-
Reportagem fala em omissão ilegal de Prefeitura do Rio
Fotos Públicas
Prefeitura omite contratos de obras olímpicas, contra a Lei de Acesso à Informação
lhões, ligadas diretamente à administração municipal, e foram feitas por e-mail enviado à assessoria do Pre-feito Eduardo Paes (PMDB), além de requerimento pro-tocolado na sede da Prefei-tura e mais 12 protocolos de solicitação pela internet.
Os pedidos foram feitos sobre obras como o Parque Olímpi-co, VLT do Centro, Campo de Golfe, os BRT’s, entre outros. A Prefeitura, em alguns casos, deu respostas evasivas, sem mostrar os contratos. Em ou-tros, simplesmente não deu resposta alguma. (BP)
Eduardo Paes (PMDB) prometeu prestar informações, mas não cumpriu
Mais um jogador brasilei-ro disputará a próxima tem-porada da NBA. O armador Marcelinho Huertas, depois de quatro anos no Barcelona,
Marcelinho Huertas assina com os LakersArmador da seleção brasileira deixa o Barcelona após quatro temporadas
assinou contrato com o Los Angeles Lakers, por um ano. É o primeiro brasileiro a jogar nos Lakers na história da liga.
Após especulações de que Huertas deixaria o Barça para jogar na Turquia, a informa-ção da transferência para o Lakers foi dada pelo site Yahoo Sports, confirmada posterior-mente pelo jornal Los Angeles Times. O jogador já havia de-
clarado anteriormente sua preferência pela NBA.
Huertas está com 32 anos de idade e jogará pelo oita-vo clube em sua carreira. O armador já conquistou, pela seleção brasileira de basque-te, a medalha de ouro no Pan do Rio, em 2007, além do bi-campeonato da Copa Améri-ca (2005 e 2009) e do Sul-A-mericano em 2006. (BP)
Enquanto condena nossosclubes a passarem quase um mês desfalcados duran-te as principais competições do país, faz uma média, em prévio acordo com a emissora que detém os di-reitos de transmissão do futebol, com a galera.
O fim desse horário in-decente do futebol no Bra-sil era uma reivindicação antiga de quem, ao menos, tem o tal do polegar oposi-tor. A mudança anteciparia
Esportes | 15Rio de Janeiro, 3 a 9 de setembro de 2015
Flu perdepara o Timãoe reclama
O Fluminense foi ao Ita-querão enfrentar o Corint-hians, que comemorava seuaniversário de 105 anos comum uniforme laranja, emalusão ao “terrão” corint-hiano. Logo aos quatro mi-nutos o Timão abriu o pla-car, com Marciel, justamen-te da base do alvinegro.
A arbitragem de SandroMeira Ricci virou persona-gem novamente. Quandoo jogo estava 1 a 0 para oCorinthians, Cícero teve umgol mal anulado para o Flu.Pouco depois, o Timão fez2 a 0, com Ralf, aos 25 mi-nutos do segundo tempo.
O Corinthians abriu boamargem na liderança, apósa derrota do Galo. O Flutem clássico contra o Fla-mengo na próxima rodada.
Na base, Flu écampeão
Se a noite não foi boa parao time profissional do Flu-minense, a tarde foi bastantefeliz e, principalmente, pro-missora. O tricolor se sagroucampeão brasileiro sub-20após derrotar o Vitória, emSalvador (BA), por 3 a 0.Após o empate dentro doMaracanã, na semana an-terior, por 1 a 1, o Flu preci-sava vencer para conquistaro título. Não só venceu,como o fez com autoridade.Jogando muito mais que oadversário, marcou três golscom Daniel, Pedro e Patrick.A campanha do Flu nacompetição foi impecável.Conquistou o título de for-ma invicta, com 10 vitóriase dois empates.
Fla vence Avaí e seaproxima do G-4
16 | Esporte Rio de Janeiro, 3 a 9 de setembro de 2015
Brasileirão22º RODADA
Classificação Série A
Zona de classificação para LibertadoresZona de rebaixamento para Série B
X
PON CRU
INT VAS
JEC SAO
FLA AVA
CAM CAP
COR FLU
CFC SPO
GOI PAL
SAN CHA
FIG GRE
1 X 2 Qua. 2/919h30m
XQua. 2/919h30m
X Qua. 2/919h30m
XQua. 2/9
21h
XQua. 2/9
21h
2 X 0Qua. 2/9
22h
0 X 0Qua. 2/9
22h
1 X 0Qua. 2/9
22h
XQui. 3/9
21h
Qui. 3/921h
6 0
3 0
0 1
0 0
Doriva terá apoio maciço da torcida para seu segundo estadual
Gilvan de Souza/Flamengo
Inter humilha Vasco e agonia aumenta
O Flamengo enfrentou oAvaí em Natal (RN), na Arenadas Dunas, em jogo que adiretoria rubro-negra nego-ciou para poder arrecadarcom os torcedores do Nor-deste. O excelente públicomostrou o acerto da escolha.
Porém, o time precisavasuperar um retrospecto ne-gativo em jogos como man-dante longe do Maracanã
desde 2013. O aproveitamen-to do Flamengo era de ape-nas 44% neste tipo de jogo.
Dessa vez, deu certo. Maso começo não foi fácil. O Fla-mengo tinha dificuldade demanter a bola no chão, dan-do espaço para o Avaí crescere assustar. Só aos 30 minutoso rubro-negro conseguiu to-car a bola de pé em pé. Re-sultado: gol de Alan Patrick.
Após o gol, o time se tran-quilizou e passou a trocarmais passes. Assim, seguroua vantagem até o intervalo.
No segundo tempo, o Fla-mengo voltou trocando pas-ses com qualidade. A partirdaí, começou a brilhar a es-trela de Kayke.
Aos nove minutos, após
boa trama do time rubro-ne-gro, que contou com passede calcanhar de Alan Patrick– que fez bela partida – paraArmero na esquerda, estecruzou rasteiro para o meioda área onde estava Kayke,bem posicionado para em-purrar para as redes.
O gol desorientou o Avaí,que criou uma única chanceenquanto o Flamengo con-trolava o jogo. Daí para o ter-ceiro gol foi fácil. Lançamen-to para Kayke, que botou ogoleiro para dançar e fuzilouno canto, aos 30 minutos.
Paulo Victor ainda fez al-gumas boas defesas, mas semmaiores sustos. O Flamengoestá a apenas quatro pontosda zona da Libertadores.
Flamengo faz 3 a 0 no time catarinense, com dois gols de Kayke eum de Alan Patrick
Bruno Porpettado Rio de Janeiro (RJ)
Kayke substituiu Guerrero e foi decisivo com dois gols
O Vasco foi ao Beira-Rio enfrentar o In-ternacional e saiu de lá com a cabeça bas-tante inchada. O Colorado enfiou 6 a 0 notime cruzmaltino, que se mantém com13 pontos e cada vez mais ameaçado.
No primeiro tempo, apesar de o Vascoconseguiu segurar o ímpeto inicial doInter, as falhas defensivas foram deter-minantes para o time sair atrás no placar
aos nove minutos, com gol de Ernandode cabeça. Aos 39, após troca de passes,Sasha ampliou.
Na etapa final, aos oito minutos, Li-sandro Lopez fez o terceiro, após fazerfalta em Cristiano. Valdívia e Nílton fi-zeram dois golaços, aos 12 e 16 minutos,respectivamente. Lisandro Lopez deunúmeros finais ao jogo, aos 45. (BP)
P J V SG
1
2
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-9
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-33
Corinthians
Atlético-MG
Grêmio
Atlético-PR
São Paulo
Palmeiras
Fluminense
Flamengo
Sport
Internacional
Santos
Chapecoense
Ponte Preta
Figueirense
Cruzeiro
Goiás
Avaí
Coritiba
Joinville
Vasco