brasil de fato rj - 121

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RIO DE JANEIRO ABr Pablo Vergara/Brasil de Fato Divulgação Stefano Figalo / Brasil de Fato Ano 3 | edição 121 17 a 20 de setembro de 2015 distribuição gratuita Domingo é dia de cinema Curta nossa página no Facebook Pesquisa analisa a Baía de Guanabara Cultura | pág.11 Entrevista | pág. 4 Programe-se para assistir e debater o filme “Uma escola em Havana” O governo anunciou que vai cortar gastos e investimentos, aumentar impostos e reduzir ministérios nessa semana. Mas quando se olha a distribuição de quem vai pagar essa Confira entrevista com o coordenador do estudo, Fernando Spilki Movimento jogou amistoso com time do cantor Chico Buarque abraça o MST Brasil | pág. 9 conta, apenas R$ 2,9 bilhões virão do bolso dos segmentos mais ricos da sociedade. Movimentos sociais e sindicais cri- ticaram a proposta. Brasil l pág. 9 Ajuste fiscal de Dilma poupa os mais ricos O Brasil de Fato RJ conversou com Nair Jane, vice-presidenta do Sindicato das Empregadas Domésticas da Baixada Fluminense. Segundo ela, depois da PEC das Domésticas, 20% das trabalhadoras foram demitidas. Cidades | pág.5 Stefano Figalo / Brasil de Fato

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RIO DE JANEIRO

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Divulgação

Stefano Figalo / Brasil de Fato

Ano 3 | edição 121

17 a 20 de setembro de 2015 distribuição gratuita

Domingo é dia de cinema

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o

Facebook

Pesquisa analisa a Baía de Guanabara

Cultura | pág.11

Entrevista | pág. 4

Programe-se para assistir e debater o filme “Uma

escola em Havana”

O governo anunciou que vai cortar gastos e investimentos, aumentar impostos e reduzir ministérios nessa semana. Mas quando se olha a distribuição de quem vai pagar essa

Confira entrevista com o coordenador do estudo, Fernando Spilki

Movimento jogou amistoso com time do cantor

Chico Buarque abraça o MST

Brasil | pág. 9

conta, apenas R$ 2,9 bilhões virão do bolso dos segmentos mais ricos da sociedade. Movimentos sociais e sindicais cri-ticaram a proposta. Brasil l pág. 9

Ajuste fiscal de Dilma poupa os mais ricos

O Brasil de Fato RJ conversou com Nair Jane, vice-presidenta do Sindicato das Empregadas Domésticas da Baixada Fluminense. Segundo ela, depois da PEC das Domésticas, 20% das trabalhadoras foram demitidas. Cidades | pág.5

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Impunidade gerou tragédias Depois de 35 anos os bra-

sileiros receberam a infor-mação oficial, através da Co-missão da Verdade-RJ, sobre o crime bárbaro ocorrido em 27 de agosto de 1980. Magno Cantarino Motta, ex-sargen-to do famigerado DOI (De-partamento de Operações e Informações) do I Exército, entregou na Ordem dos Ad-vogados do Brasil-RJ uma carta bomba. Ela explodiu e matou Lyda Monteiro, secre-tária do presidente da entida-de, Seabra Fagundes, a quem o artefato era dirigido.

A impunidade do crime resultou em outro atenta-do, no ano seguinte, destina-do a provocar uma tragédia de graves proporções du-rante um show musical no Riocentro comemorativo ao Dia do Trabalhador, 1º de maio de 1981.

RIOCENTROMotta, também conhecido pelo codinome Guarany, apa-rece numa foto referente ao ato terrorista no Riocentro, cuja bomba explodiu e matou o também agente da ditadu-ra, sargento Guilherme Perei-ra do Rosário, evitando assim a tragédia.

Se os planos dos terroristas dos subterrâneos da repres-são dessem certo, a culpa se-ria atribuída a grupos de es-

É lamentável que depois de três décadas os responsáveis não tenham sido julgados por estar em vigor a Lei da Anistia

regime empresarial militar.É lamentável que depois

de três décadas os respon-sáveis pela barbárie men-cionada e por outros as-sassinatos não tenham si-do julgados por estar em vigor a Lei da Anistia, que ignora o fato de que cri-mes dessa natureza são imprescritíveis.

EDITORIAL

Quinta-feira, 17 de setembro, Rio de Janeiro, Brasil

º C | F30Sol

PREVISÃO DO TEMPO

EXPEDIENTE

Desde 1º de maio de 2013

O jornal Brasil de Fato circula semanalmente em todo o país e agora com edições regionais em Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. O Brasil de Fato RJ circula todas as segundas e quintas-feiras. Queremos contribuir no debate de ideias e na análise dos fatos do ponto de vista da necessidade de mudanças sociais.

CONSELHO EDITORIAL:Alexania Rossato,Antonio Neiva (in memoriam), Joaquín Piñero, Kleybson Andra-de, Mario Augusto Jakobskind, Nicolle Berti, Rodrigo Marcelino, Vito Giannotti (in memoriam)

EDIÇÃO:Vivian Virissimo (MTb 13.344)

SUB-EDIÇÃO:André Vieira e Fania Rodrigues

REPÓRTERES:Bruno Porpetta e Pedro Rafael Vilela

REVISÃO: Sheila Jacob

COLUNA SINDICAL: Claudia Santiago

FOTÓGRAFO: Stefano Figalo

ESTAGIÁRIO: Victor Ohana

ADMINISTRAÇÃO: Carla Guindani

DISTRIBUIÇÃO: Kleybson Andrade

DIAGRAMAÇÃO: Juliana Braga

TIRAGEM MENSAL: 200 mil exemplares

(21) 4062 [email protected]

querda e resultaria em maior endurecimento do regime.

FREDDIE PERDIGÃOOs sargentos obedeciam a ordens do superior hierár-quico, Coronel Freddie Per-digão Pereira, que morreu há 20 anos sem responder na Justiça pelos atentados e as-sassinatos de opositores do

2 | Opinião Rio de Janeiro, 17 a 20 de setembro de 2015

Page 3: Brasil de Fato RJ - 121

Reprodução

Wilson Dias / Agência Brasil

Sem reajuste e sem concursos

O governo federal pre-tende congelar o reajus-te dos servidores públicos e suspender a realização de concursos. A propos-ta é que o reajuste dos ser-vidores passe a valer so-mente em agosto do ano que vem e não em janeiro.

SINDICALpor Claudia Santiago

Arquivo

Stefano Figalo / Brasil de Fato

Antonio Cruz / Agência Brasil

Caso de corrupção na Fifa pode levar mais cartolas à prisão

A Justiça dos Estados Unidos e a da Suíça devem indiciar mais dirigentes do futebol mundial envolvidos em corrupção na Fe-deração Internacional de Fute-bol (Fifa). “Nossa mensagem é clara: ninguém está acima da lei”, disse a procuradora Loretta Lynch.

No dia 27 de maio, sete al-tos cartolas da Fifa foram presos na Suíça por di-versos crimes relacio-nados à corrupção na

O prefeito Eduardo Paes vai retirar de circu-lação os ônibus que fazem o trajeto zona-norte-orla. São os mesmos ônibus que foram alvo de ações poli-ciais, recentemente proi-bidas pela Justiça.

Em encontro com o Mo-vimento dos Trabalhado-res Rurais Sem-Terra, o cantor Chico Buarque defendeu a Petrobrás e dis-se que a sociedade não vai aceitar a privatização do pré-sal. Mandou bem!

mandoumal

mandoubem

LUTADORAÚnica presa política a sobreviver na chamada “Casa da Morte” em Petrópolis, um centro clandestino do Exército, Inês Etienne Romeu recebeu nesta quarta-feira (16) uma homenagem post mortem com a Medalha Tiradentes na Assembleia Legislativa.

Div

ulga

ção

Deputado Marcelo Freixo (PSOL-RJ) faz um paralelo entre a crise migratória da Europa e os problemas do Brasil

Bancários em São Gonçalo

O Sindicato dos Bancá-rios de Niterói e região lan-çou, nesta terça-feira (15), a Campanha Salarial 2015 no centro de São Gonçalo. Um enterro simbólico dos banqueiros e a apresenta-ção da Cia de Emergência Teatral demonstrando a exploração dos bancos e os altos lucros traduziram de forma lúdica o que vi-vem os bancários no coti-diano do trabalho.

“Nossos imigrantes são aqueles adolescentes da favela impedidos de ir às praias cariocas pela polícia”

FRASE DA SEMANA

venda de direitos de torneios de futebol chancelados pela en-tidade. Um deles é José Maria Marin, ex-presidente da Con-federação Brasileira de Fute-

bol (CBF). A crise no maior órgão do futebol mundial fez com que o presidente Joseph Blatter anuncias-

se sua renúncia e a Fi-fa convocou novas eleições gerais pa-ra 26 de fevereiro de 2016. (ABr)

Geral | 3Rio de Janeiro, 17 a 20 de setembro de 2015

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Viviane Tavaresdo Rio de Janeiro (RJ)

Que a Baía de Guanaba-ra está poluída ninguém tem dúvida. Mas a questão mais discutida atualmente é saber em qual nível de poluição o cartão-postal do Rio de Janei-ro e do país se encontra para receber as provas de vela dos Jogos Olímpicos, que serão realizadas em suas águas em 2016. O pesquisador da Uni-versidade Feevale, Fernando Spilki, realizou uma pesquisa encomendada por uma agên-cia internacional e veio à As-sembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) na sema-na passada, em uma audiên-cia da Comissão Especial da Baía de Guanabara, para di-vulgar os resultados.

Quais resultados vocês con-sideram mais relevantes?Fernando Spilki - Em nos-sa pesquisa tivemos a con-firmação dos dados já encon-trados por outros pesquisa-dores. Essa situação da Baía de Guanabara nada mais é do que a falta de saneamento básico, falta de política de ur-banização adequada, e é is-so que tem que ficar de lega-do das Olimpíadas. Essa to-mada de consciência de que um grande esforço deve ser feito nessa região.

Você apontaria que o maior problema da Baía de Gua-nabara é a falta de sanea-mento básico?

“Situação da Baía de Guanabara é a falta de saneamento básico”Acadêmico fala sobre pesquisa que revelou a contaminação em local de competição olímpica

Falta uma política de urbanização adequada, e é isso que tem que ficar de legado das Olimpíadas

Há um problema muito importante de poluição industrial, mas o componente do esgotamento doméstico é sem dúvida sério

Pesquisa foi coordenada por Fernando Spilki (foto), da Universidade Feevale

Luís Felipe Marques / Mandato Flavio Serafini

Não afirmaria de uma ma-neira tão incisiva porque pa-rece que há um problema muito importante de polui-ção industrial, mas o com-ponente do esgotamento do-méstico é sem dúvida um sé-rio problema. Temos níveis de coleta e tratamento mui-to baixos em toda a realida-de brasileira. E o Rio de Ja-neiro lamentavelmente não foge dessas regras.

Os parâmetros de poluição no Brasil são tão flexíveis que muitos países não con-siderariam nossa qualida-

de de água razoável. Co-mo você avalia esses parâ-metros brasileiros e como analisa a legislação? Tem

uma relação direta com o nível de poluição a que a Baía chegou?É difícil afirmar isso de uma maneira decisiva. Mas, sem dúvida, é uma das questões importantes a serem abor-dadas ao longo dos próxi-mos anos no Brasil. A preo-cupação com a contamina-ção ambiental deve ir além dos parâmetros. O critério e a distribuição do sistema de licenciamento também são de extrema relevância. Mas isso não é uma questão que estou levantando agora. Is-so para quem limita na área

ambiental é uma questão de suma importância e antiga.

Você indicaria a realização das Olimpíadas na Baía?Essa decisão não deve ser ba-seada em uma pesquisa, mas depende das pessoas que es-tão a cargo desse processo. Tem de pegar não só esses resultados, mas outras evi-dências. Não temos como fa-zer um juízo dessa questão. O que podemos opinar e o que mais nos preocupa é que, a partir de agora, se busquem medidas de médio e longo prazo para aumentar o ní-vel de saneamento ambien-tal, que é primordial para que se tenha de volta algum tipo de qualidade de saúde para a Baía de Guanabara.

Viviane Tavares é jornalista do Mandato Coletivo do Deputado

Flavio Serafini (PSOL-RJ)

4 | Entrevista Rio de Janeiro, 17 a 20 de setembro de 2015

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Fotos: Stefano Figalo / Brasil de Fato

Completando quase dois anos desde que foi sancio-nada, a Proposta de Emen-da Constitucional (PEC) das Domésticas finalmen-te entrou em vigor em ju-nho desse ano. A lei chegou com a promessa de reco-nhecer uma série de direi-tos que sempre foram ne-gados às trabalhadoras do-mésticas. Mas, antes mes-mo de todas as regras da PEC das Domésticas entra-rem em vigor, já está haven-do demissões.

“Algumas regras entraram em vigor e tem outras que passam a valer a partir de outubro, mas já tem patrão demitindo. Pelo menos 20% das domésticas já foram des-pedidas esse ano”, destaca a vice-presidenta do Sindica-to das Empregadas Domésti-cas da Baixada Fluminense, Nair Jane de Castro Lima.

Segundo o sindicato, a maioria das demissões en-volvem trabalhadoras com muitos anos de emprego, o que mostra que os emprega-

Patrões estão demitindo trabalhadoras para não cumprir com legislação

Fania Rodriguesdo Rio de Janeiro (RJ)

Depois de PEC das Domésticas, 20% foram demitidas no estado

Nair Jane é do Sindicato das Empregadas Domésticas da Baixada

bus das zonas norte e oeste. A determinação passa a va-ler no dia 3 de outubro. Se-rão extintas as linhas: 120, 121, 122, 125, 129, 177, 305, 314, 318, 332, 360, 405, 411,

454, 458, 480, 481, 501, 502, 504, 505 e 535. Para chegar à zona sul, os passageiros terão que descer no Centro ou em Botafogo e de lá fa-zer baldeação. A mudança,

segundo a Prefeitura, é pa-ra eliminar a sobreposição de coletivos. Há um mês, mais de 150 adolescentes foram retirados dos ônibus rumo à praia e levados pa-

ra o Centro de Atendimen-to à Criança e ao Adoles-cente. A abordagem foi cri-ticada pela Defensoria Pú-blica por ferir o direito de ir e vir e ao lazer.

Prefeitura dificulta acesso às praias da zona sul Medida vai prejudicar principalmente moradores das zonas norte e oeste

do Rio de Janeiro (RJ)

A Prefeitura do Rio anun-ciou o fim de 22 linhas que atendem a usuários de ôni-

dores já estão se negando a pagar os direitos conquista-dos. “Os patrões estão acos-tumados a pagar pouco e a

Os patrões estão acostumados a pagar pouco e a exigir muito

Nair Jane sindicalista

Dona Ivanilde, de 55 anos, trabalha em uma casa de família há mais de 20 anos e nunca teve a carteira de trabalho as-sinada. Esse ano, ela vai tirar férias pela primeira vez e finalmente poderá voltar ao Ceará, para vi-sitar seus familiares.

“Estou cansada. Já são 20 anos sem férias, sem meus direitos”, desaba-fa a trabalhadora domés-tica. Ivanilde afirma que pensa em entrar na Jus-tiça para assegurar seus direitos, mas tem medo de ser demitida. “Sei que deveria ter a carteira as-sinada, mas preciso des-se emprego”, destaca Do-na Ivanilde, que preferiu não revelar seu sobreno-me com medo de sofrer represália do patrão.

A sindicalista Nair Jane afirma que essa é uma si-tuação comum. “Depois dessa legislação comple-mentar, o pessoal estava entendendo que agora é que é obrigado assinar a carteira. Mas essa obri-gação existe desde 1973”, ressalta a militante. (FR)

Assinar carteira é obrigação desde 1973exigir muito”, afirma Nair

Jane, que trabalhou 37 anos como empregada doméstica.

NOVAS REGRAS “Uma colcha de retalhos”. Es-sa é a expressão usada por Nair Jane para definir o pro-jeto de lei conhecido como PEC das Domésticas. Isso porque a lei está sendo im-plementada a prestações.

Apesar do protejo ter si-do aprovado em 2013, só entrou em vigor em junho desse ano, e, mesmo assim, parcialmente. Ainda falta regular o fundo de garan-tia, seguro de acidente de trabalho, adicional notur-no, auxílio-creche, adicio-nal de insalubridade (pa-ra quem lida com produtos químicos) e salário-família, para aquelas pessoas que têm filhos de até 13 anos.

Já estão valendo as regras que definem o piso salarial, que não pode ser inferior a um salário mínimo regio-nal, que no Rio é de R$ 953, férias remuneradas (com um terço do salário, mais o salário completo), décimo terceiro e horas extras.

“Quando a lei entrar em vigor na sua totalidade vai ser um grande avanço”, ava-lia Nair Jane, uma das fun-dadoras do primeiro sindi-cato das domésticas do Rio.

Cidades | 5Rio de Janeiro, 17 a 20 de setembro de 2015

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Bayern oferece abrigo a refugiados

O clube de futebol Bayern de Munique,da Ale-manha, vai doar um milhão de euros para ajudar os refu-giados e irá montar uma es-trutura para abrigar os imigrantes. A estrutura das categorias de base se-rá usada para abrigar crianças, em ação conjun-ta com a cidade de Muni-que. O lugar onde ficarão os abrigados fica separado da parte de treinamento regular do time. O abrigo irá fornecer alimentação e aulas de alemão aos refu-giados, para os ajudarem a se adaptar à Alemanha.

EM FOCO

Divulgação

Divulgação

Divulgação / La Vanguardia

MÁFIA JAPONESA A Yakuza, a mais poderosa máfia japonesa, completa 100 anos e continua sendo um dos símbolos da violência no Japão. As ameaças de guerras internas e banho de sangue cometidos por seus membros preocupam as autoridades japonesas.

Dezenas de milhares de europeus saíram às ruas neste sábado (12) para mos-trar solidariedade aos refu-giados que estão chegando ao continente.

Em Londres, milhares de ma-nifestantes foram às ruas. Eles pediram ao governo britânico uma política de acolhida mais generosa para os refugiados.

Em Berlim, manifestan-tes levavam a bandeira sí-ria com a inscrição “Bem-vindos, refugiados”. Em Es-

Europa protesta em defesa dos refugiados

Milhares de pessoas protestam em capitais europeias

tocolmo, Helsinque e Lisboa atraíram cerca de mil pesso-as cada, incluindo um pique-nique na capital finlandesa.

Na França, algumas pes-soas se reuniram em frente à Torre Eiffel, para homena-gear as cerca de três mil pes-soas mortas desde o come-ço do ano ao tentarem chegar pelo mar à Europa. O presi-dente François Hollande vi-sitou um centro de abrigo de refugiados sírios perto de Pa-ris. (Agência Lusa)

Divulgação / Diagonal

O Judiciário da Venezuela considerou que o opositor Le-opoldo López, preso há mais de um ano, é culpado pelos protestos violentos de feve-reiro de 2014, que resultaram na morte de 43 pessoas. O ex-prefeito de Chacao foi con-denado a 13 anos de prisão.

Leopoldo López é acusado de crimes de instigação públi-ca, associação para delinquir

e conspiração. A sentença foi celebrada pelo governo Ma-duro e criticada pela oposição.

Durante o golpe de Esta-do contra o presidente Hugo Chávez, em abril de 2002, Ló-pez já tinha sido acusado de incitar manifestações violen-tas de opositores.

Em 2010, também foi investiga-do por participar de um esque-ma de corrupção. (Operamundi)

Leopoldo López é condenado por promover violência

Judiciário condena opositor venezuelano

6 | Mundo Rio de Janeiro, 17 a 20 de setembro de 2015

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Instituto pediátrico da UFRJ lança campanha nacional

Divulgação

Instituto precisa de melhorias para realizar atendimentos a crianças

Com o objetivo de se tor-nar o melhor hospital pe-diátrico do Brasil, o Insti-tuto de Puericultura e Pe-diatria Martagão Gesteira, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), reuniu nesta segunda-fei-ra (14) deputados e sena-dores do estado para sen-sibilizar os parlamentares a aprovarem emendas que destinem verbas para a instituição, no projeto “Em busca dos 100% - quando a

causa envolve crianças, o partido é um só”.

Inaugurado em outubro de 1953, o instituto é refe-rência no atendimento a crianças, adolescentes e ges-tantes para o tratamento de doenças raras e complexas, além de desenvolver ativi-dades de ensino, pesquisa e extensão. Segundo o dire-tor, o médico infectologista Edimilson Migowski, a es-trutura do hospital está de-fasada. (ABr)

Imagine que uma grande obra da cidade será realiza-da próximo à sua casa. Por isso o seu direito de conti-nuar morando no lugar em que vive há anos fica em ris-co. Ao buscar informações com os órgãos públicos res-ponsáveis você ou não con-segue, ou estas informações se apresentam confusas e desencontradas. Pois esta é a realidade de centenas de famílias que vivem na Vila Autódromo, no Rio de Janei-ro, ameaçada pelas obras do BRT Transolímpica.

BRT Transolímpica desrespeitou Lei de Acesso à Informação

Fernando Frazão / Agência Brasil

Pesquisadora Camila Nóbrega avaliou desempenho nas esferas municipal, estadual e federal

Prefeitura gastou R$520 milhões para remover Vila Autódromo

Nesta semana foi inau-gurado um ecoponto iti-nerante na sede do Insti-tuto Estadual do Ambien-te (Inea), em Niterói, pa-ra onde as pessoas, tendo em mãos a conta de ener-gia, poderão levar o mate-rial reciclável como papel,

Lixo reciclável dará desconto na conta de luz em Niterói

plástico, papelão, entre outros. Materiais como a lata de alumínio e garra-fa pet têm descontos de R$1,80 por quilo e R$ 0,40 por quilo, respectivamen-te. O ecoponto vai funcio-nar todas as segundas-fei-ras, das 13h30 às 16h30.

informação no caso do BRT v foi realizado entre março e ju-nho de 2015, elaborando e en-viando um total de 54 pedidos de informações. Destes, 26 fo-ram para órgãos municipais, 13 para órgãos estaduais e 15 para órgãos federais. Apesar de os maiores desrespeitos cometido à LAI terem ocorri-do em nível municipal e esta-dual, na esfera federal o cená-rio também é insatisfatório.

REMOÇÕESQuando dados fornecidos pe-la Secretaria Municipal de Obras apontam que foram gastos R$ 520 milhões com as remoções de 1830 residên-cias dos locais afetados pelas obras de três trajetos de BRTs (Transolímpica, Transcarioca e Transoeste), as informações mostram-se mais necessárias ainda. Como aponta o relató-rio, a Prefeitura teve um gas-to de R$ 230 mil por residência removida. Diante disso surge a pergunta: esta teria sido re-almente a melhor opção?

Pedro Martinsdo Canal Ibase

Informações sobre possíveis desapropriações são negadas aos cidadãos

resultado foi a percepção de um quadro crítico de falta de transparência e de restrição a informações públicas”, dis-se a pesquisadora.

Informações sobre possí-veis desapropriações, sobre contratos de licitação, sobre o trajeto da obra e os impac-tos ambientais que a mes-ma ocasionará são constan-temente negadas ao cida-dão. Para alguns, é apenas a construção da infraestru-tura para a realização das Olimpíadas na cidade. Pa-ra os que ali vivem, o lega-do pode ser simplesmente a perda do local de moradia.

O relatório intitulado Rio 2016: violações no acesso à

230 milÉ o valor gasto pela Prefeitura por residência removida na Vila Autódromo

Segundo o relatório elabo-rado pela pesquisadora Ca-mila Nobrega para a ONG Artigo 19, a Lei de Acesso a Informação (LAI) é sistema-ticamente desrespeitada pe-los órgãos municipais e es-taduais do Rio de Janeiro e ainda apresenta problemas consideráveis na esfera fe-deral. “Depois de três meses acompanhando diariamen-te as solicitações de informa-ção enviadas a cada órgão, o

NÚMERO

Cidades | 7Rio de Janeiro, 17 a 20 de setembro de 2015

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Ajuste fiscal poupa os mais ricosProposta de Dilma Rousseff não penaliza os mais ricos da sociedade

Ministro Joaquim Levy anunciou as propostas de cortes do governo

Time dos Sem Terra enfrentou o Politeama de Chico Buarque Por meio de cortes de gastos

e investimentos, aumento de impostos e redução de minis-térios, o governo federal pre-tende economizar um total de R$ 65 bilhões em 2016, segun-do anunciaram os ministros Joaquim Levy (Fazenda) e Nel-son Barbosa (Planejamento).

No entanto, quando se ve-rifica a distribuição de quem paga essa conta, apenas R$ 2,9 bilhões virão do bolso dos segmentos mais ricos da sociedade. Essa pequena fa-tia vai resultar do aumento no imposto de renda (IR) so-bre o lucro obtido na venda de imóveis.

Para se ter uma ideia, a conta que os servidores pú-blicos federais vão ter que pa-gar para garantir a economia das contas públicas será de R$ 7 bilhões, mais que o do-bro do que vão pagar empre-sários e acionistas de gran-des empresas.

É que o governo anunciou que vai adiar em seis meses o pagamento do reajuste sa-larial dos servidores e sus-pender novos concursos que estavam previstos para 2016. Durante ato em São Pau-lo, na terça-feira (15), o pre-sidente da Centra Única dos Trabalhadores (CUT), Vag-ner Freitas, bateu duro na proposta do governo: “É la-mentável. É um pacote re-cessivo, que imputa a culpa da crise aos trabalhadores”.

Mas a principal medida do governo é recriar a CPMF com uma alíquota de 0,20% sobres as movimentações financei-ras, o que poderia render R$ 32 bilhões de reais por ano.

Chico Buarque e MST ‘trocam camisas’

Um jogo atípico. De um lado, um time formado por alguns militantes do MST. Do outro, o Politeama, time do cantor e compositor Chi-co Buarque de Hollanda. Foi esse o clássico da última se-gunda-feira (14), num cam-pinho no bairro do Recreio, na cidade do Rio de Janei-ro. Sete para cada lado, uma hora de partida.

Além do próprio Chico, Carlinhos Vergueiro e Chi-co Batera também estive-ram em campo. Este últi-mo emprestado ao time dos Sem Terra. Resultado final: 7x7, melhor do que o último amistoso entre o time do MST e o Politeama, quando este ganhou dos Sem Terra no final dos anos 1990.

Entre um papo e outro, os Sem Terra apresentaram a Chico a nova campanha da Escola Nacional Florestan Fer-nandes (ENFF), a nomeação do campo de futebol da Esco-la de “Sócrates Brasileiro”.

Antonio Cruz / Agência Brasil

Stefano Figalo / Brasil de Fato

Amistoso aconteceu na última segunda (14) no Rio de Janeiro

Luiz Felipe Albuquerquedo Rio de Janeiro (RJ)

Apenas R$ 2,9 bilhões virão do bolso dos segmentos mais ricos da sociedade

que represente os bancos no país. Analistas da agên-cia de classificação de risco Moody’s, que defendem in-teresses do capital financei-ro, também elogiaram o pa-cote. Já parte do setor empre-sarial, movimentos sociais e até a base governista no Congresso Nacional critica-ram as propostas. No caso da CPMF, a reação dos partidos de oposição essa semana foi tentar dar início ao proces-so de impeachment da presi-denta Dilma.

AMEAÇA DA FOLHANum editorial publicado na capa do jornal, algo raro, a Folha de S. Paulo defendeu que o governo diminua ain-da gastos com programas so-ciais e acabe com a obrigação de percentuais mínimos para a saúde e educação. Em tom ameaçador, parecido com o período pré-golpe de 1964, o editorial avalia que se Dilma não adotar medidas amar-gas, perderá as “responsabili-dades presidenciais” e terá de abandonar o cargo.

Pedro Rafael Vilelade Brasília (DF)

Como costume da EN-FF, seus espaços são ho-menageados com nomes de lutadores e lutadoras da classe trabalhadora. Assim é o refeitório, cha-mado de Josué de Castro, a Plenária Rosa Luxembur-go e os auditórios Patativa do Assaré e Pagu. E assim será o campinho da esco-la: Sócrates Brasileiro.

“Perfeita escolha, por-que tem tudo a ver”, afirma Chico. “Um grande com-panheiro de peladas, bate papo, cerveja e tudo mais”, recorda o compositor, que diz ficar “orgulhoso de ter participado da ori-gem” da Escola.

Chico autografa bola do MST

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Para o economista e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), João Sicsú, o governo poupa “bi-lionários e milionários” ao

criar a CPMF que atinge todo mundo, mas prejudi-ca os mais pobres. Segun-do cálculos de pesquisa-dores do Ipea, se houves-se imposto de renda so-bre lucros e dividendos dos empresários, numa ta-xa de 15%, o problema do orçamento já estaria resol-vido sem a necessidade da criação de novos impostos e corte de gastos.

O único apoio mais explí-cito que o governo recebeu após anúncio dos cortes foi da Febraban, federação

Brasil | 9Rio de Janeiro, 17 a 20 de setembro de 2015

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No último carnaval, antes de nos deixar, Luizito foi premiado com o Estandarte de Ouro

Sete anos depois de ver partir Jamelão, sua voz histórica e inesquecível, a Estação Primeira de Man-gueira perdeu no último dia 6 aquele que acabou se firmando como o sucessor do velho mestre. José Luis Couto Pereira da Silva, ou simplesmente Luizito, co-mo era mais conhecido o intérprete oficial da Verde e Rosa desde 2007, morreu vítima de infarto no mor-ro da Mangueira, pou-cas horas após retornar de mais um ensaio na qua-dra da Escola.

NA CADÊNCIA | Diogo Coelho

Mangueira se cala: morre Luizito

Buarque. Em 2007, quan-do Jamelão, pouco antes de morrer, não tinha mais condições de saúde para desfilar, Luizito tornou-se o intérprete oficial da Ver-de e Rosa.

ESTANDARTENo início, Luizito enfrentou muita desconfiança e resis-tência. Em mais de um ano, chegou a dividir o posto de principal voz da Estação Pri-meira com dois outros intér-pretes. Mas persistiu e fez va-ler a identidade criada com a escola. Arrepiava os com-ponentes no início do des-file com seu grito de guer-ra: “Chegou a garra, che-gou a emoção, chegou a es-cola de samba mais querida do planeta!”. Merecidamen-te, no último carnaval, antes de nos deixar, foi premiado com o Estandarte de Ouro.

CORAÇÃOLuizito morreu horas de-pois de cumprir um ritu-al: ir até a quadra da esco-la em dia de apresentação dos sambas concorrentes. É uma pena que não esta-rá na avenida em 2016 en-toando o hino manguei-rense. Mas, como diz a le-tra do samba, “o sambista vive eternamente no cora-ção da gente”.

Reprodução

Divulgação

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Luizito tornou-se o intérprete oficial da Verde e Rosa em 2007

O quê? Para comemorar os 120 anos do cinema, o CCBB Rio recebe a mostra “12 Décadas de Cinema”, que exibe séries e filmes até 17 de dezembro.Onde? Centro Cultural Banco do Brasil (Rua Primeiro de Março, 66 – Centro)Quando? Diariamente, exceto terça-feiraQuanto? 0800

O quê? Com curadoria da artista Panmela Castro, a exposição traz 18 projetos especiais que dialogam entre si a partir do desejo emancipatório da mulher negra contemporânea.Onde? Galeria Scenarium (Rua do Lavradio, 13 – Lapa)Quando? Até 03/10. De terça a sábado, das 12h às 19hQuanto? 0800

O quê? mostra traz 120 obras originais do artista sobre a cidade do Rio de Janeiro. O pintor francês Jean-Baptiste Debret residiu no Rio entre 1816 e 1831.Onde? Associação Fluminense de Fotografia (Rua Doutor Celestino, 115 – Centro de Niterói)Quando? Até 25/10. Terça a sexta, das 10h às 19h. Sábado e domingo, 12h às 19hQuanto? 0800

O quê? Mostras simultâneas comemoram os 25 anos da Casa França-Brasil. As exposições ocupam todos os espaços do local, até mesmo os jardins.Onde? Casa França-Brasil (Rua Visconde de Itaboraí, 78 – Centro)Quando? Até 20/09. De terça a domingo, das 10 às 20h.Quanto? 0800

O quê? O objetivo da mostra é chamar a atenção do público para a importância em preservar os manguezais e seu papel fundamental para a Baía de Guanabara.Onde? Museu Ciência e Vida (Rua Major Frazão, s/n - Duque de Caxias)Quando? Até janeiro. De segunda a sábado, das 9h às 17h. Domingo das 13h às 17h.Quanto? 0800

O quê? Reúne 17 imagens da Feira de Antiguidades da Praça XV feitas por 11 ex-alunos do curso de fotojornalismo da Associação Fluminense de Fotografia.Onde? Sede da Associação (Rua Doutor Celestino, 115 - Centro de Niterói)Quando? Até 30/09. De segunda a sábado, das 09h às 17hQuanto? 0800

Feira Moderna12 Décadas de Cinema

25 anos de Casa França-Brasil

Rio de DebretDo Mangue ao Mar

#Afrografiteiras

AGENDA DA SEMANA

Luizito começou a can-tar ainda menino, aos nove anos, no grupo Pe-quenos Cantores da Gua-nabara. Estreou no car-naval carioca em 1983, na Caprichosos de Pilares, ao lado de Carlinhos de Pi-lares. Foi para a equipe de intérpretes auxiliares de Jamelão na Mangueira em 1998, ano em que a escola levou o título com um enredo sobre Chico

10 | Cultura Rio de Janeiro, 17 a 20 de setembro de 2015

Page 11: Brasil de Fato RJ - 121

Fotos Divulgação

Simon Bolívar foi um po-lítico e militar venezuela-no, responsável pela liber-tação de vários países da América do Sul do colo-nialismo espanhol no iní-cio do século XIX. Mais do que isso, formulou a ideia da unidade latino-ameri-cana, que influencia a luta dos povos da região até ho-je. Nossas elites, com men-tes voltadas para os Estados

Simon Bolívar e a integração da América LatinaUnidos e a Europa, sempre tentaram separar o Brasil do restante da América Latina, e assim, Bolívar é um grande desconhecido por aqui.

Por isso, as Brigadas Popu-lares, Marcha Patriótica, Con-sulado da Venezuela no Rio de Janeiro e a Editora Consequ-ência lançam no Brasil uma coletânea dos principais escri-tos do venezuelano, intitulada “Simón Bolívar: Independên-cia e Unidade Latino-Ame-ricana. Escritos Políticos”. A obra dará ao público brasilei-ro toda a dimensão do porquê

a unidade entre os povos ir-mãos da nossa América Lati-na é essencial para construir-mos um futuro mais justo pa-ra nossas populações.

UNIDADE Todos os países da região sempre foram massacrados pela Europa e pelos Estados Unidos, por meio do colo-nialismo, escravidão, impe-rialismo e ditaduras milita-res. Nós no Brasil sabemos muito bem disso, e a histó-ria é a mesma nos nossos vi-zinhos. Bolívar nos ensina

Bolívar lutou contra o colonialismo

Filme sensibilizou o Festival de Cinema de Havana em 2014 e levou o prêmio de Melhor Filme

O longa conta a história de Chala, um garoto de 11 anos

Divulgação

Fotos Rodrigo Marcelino / Brasil de Fato

“Domingo é dia de cinema” é uma atividade cultural de complementação curricular

Roberto Santana Santosdo Rio de Janeiro (RJ)

dos que nos saqueiam há mais de quinhentos anos.

LIVROQualquer um pode adqui-rir o livro na loja da Edito-ra Consequência, que fica na rua Alcântara Macha-do, 36, sobreloja 210, no Centro do Rio, ou pelo si-te da editora: www.conse-quenciaeditora.com.br.

Roberto Santana Santos é professor de

história e integrante das Brigadas Populares

que devemos nos unir, pa-ra construir a América Lati-na que queremos, a América Latina para os latino-ameri-canos, e não para o conforto

O projeto “Domingo é dia de cinema” trás a edu-cação para o centro do de-bate na discussão sobre o premiado filme “Uma es-cola em Havana”. A história de Chala, um garoto de 11 anos, sensibilizou o júri do concorrido Festival de Cine-ma de Havana 2014 e levou o prêmio de Melhor Filme.

Agora, o filme cubano será exibido no próximo domin-go (20), às 9h, na Estação Net Botafogo. Logo depois haverá um debate com a participa-ção do professor de História, Tarcísio Motta de Carvalho, o ativista Léo Lima, do coletivo Cafuné na Laje, e o reitor da UFRJ, Roberto Leher. A entra-

Filme “Uma Escola em Havana” é tema de debate

Fania Rodrigues-do Rio de Janeiro (RJ)

Domingo é dia de cinema na Estação Net Botafogo

da custa R$ 4 e o espaço com-porta 247 pessoas.

“Esse projeto existe há 15 anos. No começo a gente ti-nha medo de o público ser pequeno, mas todas as ses-sões foram feitas com a sa-la lotada”, conta o organiza-dor do evento, Leon Diniz.

PROJETO“Domingo é dia de cinema” é uma atividade cultural de complementação curricular que exibe filmes, seguidos de debates, a alunos dos cur-sos pré-vestibulares comuni-tários que se localizam em áre-as de baixa renda da periferia do Rio de Janeiro. A exibição é agora em Botafogo e auxilia na educação, socialização e resga-te da autoestima e valorização da cidadania. Essa é uma par-ceria entre o Grupo Estação, os cursos pré-vestibulares comu-nitários e o Núcleo Piratininga de Comunicação.

Uma escola em Havana será debatido, no próximo

domingo

Segundo Leon, a intensão é trazer o debate para a rea-lidade da educação brasilei-ra. “Queremos fazer um pa-ralelo do filme com a nos-sa educação e a qualidade das escolas no Rio de Janei-ro”, afirma Leon Diniz, que também é professor.

Cultura | 11Rio de Janeiro, 17 a 20 de setembro de 2015

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Na noite da última se-gunda feira (14), fui à Uni-versidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) fazer o que já venho fazendo há um ano: debater o filme “O Estopim”, dessa vez acom-panhado do meu amigo ad-vogado Dr. João Tancredo.

Para quem ainda não sa-be, “O Estopim” é um fil-me que conta a história do desaparecimento de Ama-rildo na favela da Rocinha.

A FIM DE PAPO | Mc LeonardoCarmen Diniz

Em 1° de Maio deste ano, os diversos Comitês pela Li-berdade dos Cinco Cuba-nos espalhados pelo mundo, após a libertação, se transfor-maram em Comitês de Soli-dariedade a Cuba, exigindo o fim do bloqueio. O próprio Comitê Internacional passou a ter o nome de Comitê Inter-nacional pela Paz, Justiça e Dignidade dos Povos.

Esse comitê tem por prin-cípio - além do seu enuncia-do - a luta pelo fim do blo-queio genocida imposto pe-los EUA a Cuba, a devolução do território de Guantána-mo ocupado ilegalmente, o fim das atividades subversi-vas e terroristas que o gover-no estadunidense financia em solo cubano, a indeni-zação ao povo cubano pelos danos econômicos e huma-nos causados pelo bloqueio, a permissão de voos regula-res para os cidadãos estadu-nidenses a Cuba, o fim das transmissões de Rádio e TV Martí para território cubano com a finalidade de destruir a revolução cubana.

IMPERIALISMOCom essa demanda, o foco da luta contra o imperialis-mo estadunidense passou a ser exigir o fim do bloqueio. A partir de 17 de dezembro de 2014, quando os presi-dentes Barack Obama e Raul Castro decidiram regulari-zar suas relações diplomáti-cas, o fim do bloqueio pas-sou a ser condição principal para que se normalizem as relações entre os dois países.

Segundo avaliação de au-toridades cubanas, essa rei-vindicação será um proces-so lento e complexo, diferen-

A retomada das relações diplomáticas entre EUA e Cuba será um processo lento e complexo Esse papo que só

os moradores de favelas podem discutir a política de segurança nas favelas não soma em nada

Fernando Frazão / Agência Brasil

Pelo fim do bloqueio criminoso dos EUA a Cuba

Você pode falar por mim?

dar no assunto bem mais do que a mídia mostra, qual é o meu lugar de fala”?

“É qualquer lugar onde você esteja”. Foi o que eu respondi a ela.

Primeiro, a grande maio-ria dos moradores de fave-las do Rio de Janeiro (e do resto do país) não são co-nhecedores dos seus pro-blemas, apenas sofrem as consequência dos mesmos. Se fossem conhecedores dos seus problemas, certamen-te as consequências seriam menores e seus sofrimen-tos também.

Segundo, o problema da insegurança pública não é apenas do morador de favela, é um problema de todo cidadão brasileiro. Terceiro, quem quer real-mente lutar contra essas práticas policiais do go-verno tem que ouvir todas as opiniões. Umas para serem confrontadas, ou-tras para aumentar ainda mais a voz de quem não quer sofrimento.

Esse papo que só os mo-radores de favelas podem discutir a política de se-gurança nas favelas não soma em nada. Todos te-mos o direito de falar!

Problema da insegurança não é apenas do morador de favela

Depois de nossas falas res-pondemos a algumas per-guntas e, quando estávamos nas considerações finais, uma aluna pergunta:

“Não sendo eu morado-ra de favela, não sendo eu quem mais sofre com es-se problema e sendo eu co-nhecedora do que acontece nas favelas, por me aprofun-

temente do que os meios de comunicação querem fazer crer. Atualmente esta prerro-gativa pertence ao Congresso norte-americano, não mais ao presidente e, por isso, nos-so trabalho consiste em di-vulgar a questão de forma clara ao maior número possí-vel de pessoas. Com esse ob-jetivo foi realizado o “Ato pelo Fim do Bloqueio”, na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, na última quarta-feira (16).

Nos EUA, neste mês, o Co-mitê Internacional está re-alizando uma Jornada em Washington exatamente pa-ra fazer um trabalho de con-vencimento junto aos depu-

tados e senadores estaduni-denses reivindicando que vo-tem o fim do bloqueio con-tra Cuba. A ideia é levar uma carta e alguns materiais mos-trando que não há motivo de se manter tal medida. O pró-prio presidente Obama já re-conheceu publicamente que as medidas contra Cuba to-madas pelo governo norte-a-mericano há mais de 50 anos “não funcionaram”.

ADESÕESNo Brasil, também foi feito um trabalho junto aos par-lamentares brasileiros de ade-são à atividade dos EUA e à carta a ser entregue no Capi-tólio. Foram mais de cem ade-sões enviadas para que os con-gressistas de lá saibam que seus pares em outros paí-ses reivindicam sua decisão. Que o bom senso prevaleça.

Carmen Diniz é do Comitê Carioca de So-

lidariedade a Cuba

12 | Opinião Rio de Janeiro, 17 a 20 de setembro de 2015

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Arroz à gregaBOA E BARATA

Ingredientes

• 2 xícaras de arroz

• 1 xícara de cenoura em cubos

• 1 xícara de pimentão verde em cubos

• 1 xícara de pimentão amarelo em cubos

• 1 xícara de pimentão vermelho em cubos

• 1/2 cebola picada

• 2 dentes de alho picados

• 2 colheres de óleo

• 1 colher (sopa) de manteiga

• Sal, salsinha e cebolinha a gosto

Tempo de preparo30 minutos

Modo de preparo

Em uma panela, aquecer o óleo e refogar o alho e a cebola. Co-locar o arroz, cenoura, sal e 4 xícaras de água quente. Deixar em fogo baixo até amolecer o arroz e a cenoura. Desligar o fogo. Em outra panela aquecer a manteiga e colocar os pimen-tões, sal e mexer para misturar. Juntar a salsinha e a cebolinha. Misturar ao arroz com cenou-ra. Servir em seguida.

Rendimento5 porções

Divulgação

Div

ulga

ção

Querida Amiga da Saúde, tenho uma amiga que to-ma a “pílula do dia seguinte” sempre que se sente pre-ocupada. Ela já chegou a tomar mais de uma vez na mesma semana. Quais são os riscos que ela está cor-rendo? Como deve ser tomada a pílula?

Elida Maria Rodrigues, 31, psicóloga

AMIGA DA SAÚDE

lação do ciclo menstrual, pode causar vômitos e san-gramentos, além de outros problemas ainda mais gra-ves. A melhor opção é usar um método regular. Pa-ra isso, vale a pena buscar ajuda de um profissional de saúde para conhecer as opções mais adequadas.

Dúvidas sobre saúde? Encaminhe e-mail para [email protected]

Querida leitora, alerte sua amiga, pois ela corre mui-tos riscos. O principal de-les é a gravidez indeseja-da. A pílula de emergên-cia (conhecida como pílu-la do dia seguinte) foi fei-ta para ser usada somen-te em situações especiais: nos casos em que a rela-ção foi desprotegida por acidente, descuido do ca-sal ou mesmo em situa-ções de violência sexual. Quando usada várias ve-zes aumenta a chance de não funcionar. Por conter grande quantidade de hor-mônio, ela causa desregu-

MANDE SUA [email protected]

Variedades | 13Rio de Janeiro, 17 a 20 de setembro de 2015

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14 | Variedades

LUA DA SEMANANOVA

FASES DA LUA

Poderão ocorrer alterações na sua vida sentimental, fato que o levará a procurar novas amizades.

A sua intuição dará todas as oportunidades, nas mais diversas áreas, para poder avançar nos projetos.

A sua situação financeira permitirá compartilhar alguns bons momentos com os amigos mais chegados.

As obrigações familiares serão um peso ao qual não conseguirá fugir. Encare-as por um prisma mais positivo.

Procure o convívio dos seus amigos mais próximos e aproveite momentos de diversão.

Os acontecimentos mais importantes da semana serão positivos. Poderá ser surpreendido com alguns deles.

Descobrir o amor é um momento de felicidade. Porém, não descuide de outros aspectos da vida.

Terá a lucidez suficiente para perceber o abuso de confiança por parte de alguém próximo.

Irá recolher informações muito importantes para melhor estruturar a sua carreira profissional.

Procure agir de forma insinuante e encantadora. Tente encontrar a forma correta de resolução dos conflitos.

Não desanime se não for rapidamente reconhecido nos seus esforços de evolução pessoal e profissional.

Reflita um pouco antes de entrar em discussão sobre os sentimentos que nutre pela pessoa amada.

Cheia 27/9

Minguante 4/10

Nova Até 20/9

Crescente 21/9

Rio de Janeiro, 17 a 20 de setembro de 2015

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O Corinthians pode até se dar ao luxo de perder alguns pontos, mas não deixa de somá-los na imensa maioria das vezes

TOQUES CURTOS | Bruno Porpetta

Alucinação coletivaGilvan de Souza/Flamengo

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“Furos” nas obras

Pessoas que trabalham no estádio Nilton Santos, obra supostamente “entre-gue” pela Prefeitura do Rio, dizem à boca miúda que ainda temem pela cobertu-ra das arquibancadas. Em reportagem do site Globo-esporte.com, algumas fotos mostram vários problemas visíveis de acabamento.

Ao mesmo tempo, o Co-mitê Organizador dos Jo-gos resolveu concentrar os eventos-teste das três Are-nas Cariocas, localizadas no Parque Olímpico, na Barra da Tijuca, em ape-nas uma delas. As obras estão em ritmo acelerado para entregar o Parque a tempo dos Jogos.

BINÓCULO

É inegável que o Fla-mengo, apenas no retur-no, adequou sua posição na tabela ao time que tem. Este elenco, que também foi se montando ao longo do campeonato, nunca foi ruim. Também não é uma seleção de craques.

e o líder, no caso o Palmei-ras, era menor e não havia um time estável sequer entre os primeiros colo-cados. Tanto que o rubro-negro é o campeão com menor número de pon-tos da história dos pontos corridos no Brasileirão.

Hoje, o Corinthians che-ga a irritar pela estabilida-de. Mesmo com algumas oscilações, é muito difícil ganhar do alvinegro pau-lista. Na situação em que se encontra, pode até se dar ao luxo de perder al-guns pontos, mas não dei-xa de somá-los na imensa maioria das vezes.

Outra questão é a sequên-cia de vitórias do time rubro-negro, que um dia acaba. Se acontecer uma sequên-cia de duas ou três derrotas, como se comportará a tor-cida nas arquibancadas?

A mudança do perfil de público leva ao estádio uma turma que conside-ra a vitória uma obrigação, por ter pagado para isso. É um cliente, não um torce-dor. Na derrota, atrapalha mais do que ajuda.

A vaga na Libertadores é uma possibilidade bas-tante plausível, sem via-jar na maionese. Mas tem muita gente para pouca va-ga e é preciso jogar bola para alcançá-la.

A tenista italiana Flavia Pennetta, campeã do último Grand Slam do ano no últi-mo domingo (13), o US Open, anunciou no dia seguinte sua aposentadoria das qua-dras, aos 33 anos de idade, no fim desta temporada.

Porém, ela considera uma única possibilidade de dis-puta no ano que vem. Co-

Pennetta pode abrir exceção na aposentadoria

Campeã do US Open no último domingo (13) pode disputar Rio 2016

mo ela já tem pontuação ne-cessária para se qualificar a disputar os Jogos Olímpicos do Rio 2016, ela ainda cogita vir ao Brasil.

“Não está em meus objeti-vos (disputar os Jogos Olím-picos), 90% não, mas nunca diga nunca na vida”, decla-rou Pennetta ao jornal italia-no La Gazzetta Dello Sport.

“Desejo que Sara (Errani) e Roberta (Vinci) voltem a jo-gar duplas juntas, pelo me-nos na chave olímpica. Se is-so acontecer, eu sigo meu ca-minho”, completou. (BP)

Flavia Pennetta venceu o US Open pela primeira vez na carreira

O nadador sul-africano Ro-land Schoeman é o maior me-dalhista da história do país e precursor de uma talento-sa geração que inclui os cam-peões e recordistas olímpicos

Ídolo sul-africano faz “vaquinha” para 2016Nadador Roland Schoeman sofre pela falta de patrocínios

Cameron Van Der Burgh e Chad Le Clos. Mesmo assim, ele chega aos 35 anos em difi-culdades para competir.

Roland está sem patrocínios e, consequentemente, sem di-nheiro para continuar sua pre-paração visando à disputa dos Jogos Olímpicos do Rio 2016. Caso o nadador consiga parti-cipar, será a quinta vez que ele

disputará as Olimpíadas.A solução encontrada por

Schoeman para manter sua preparação e conseguir con-tinuar competindo, de olho em 2016, é uma campanha de arrecadação pela internet, a chamada “vaquinha virtual” ou crowdfunding, que com-pensa a falta de investimento do governo de seu país. (BP)

Também é inegável que a simbiose entre time e torci-da, quando acontece, ajuda a subir na tabela. Diante de uma sequência de vitórias, a torcida canta alto e em-purra o time para dentro do gol. E quando perder?

Essa viagem que coloca o Flamengo como postulan-te ao título brasileiro é ba-seada mais em questões metafísicas do que em algo concreto. As comparações com 2009 não resistem a uma análise mais detida sobre as duas situações.

Em 2009, a diferença de pontos entre o Flamengo

Torcida é fundamental desde que não exija pés saindo do chão

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Esportes | 15Rio de Janeiro, 17 a 20 de setembro de 2015

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16 | Esportes

Vasco arranca empate no Mineirão

Flu leva quatro e Enderson não resiste

Fla esgota ingressos e bate recorde

O Flamengo joga contra o Coritiba nesta quinta-fei-ra (17) no estádio Mané Gar-rincha, em Brasília, buscan-do manter a sequência de vitórias que colocou o time no G-4 do Brasileirão.

Para isso, não faltará apoio. Todos os 67 mil in-

gressos foram vendidos, es-tabelecendo o novo recorde de público do campeonato.

Além da boa fase do time, a torcida rubro-negra está ani-mada após as derrotas do Co-rinthians, para o Internacio-nal, e do Atlético-MG, para o Santos, nesta quarta-feira (16).

Uma vitória contra o Coxa coloca o Flamengo a 10 pontos do líder, res-tando 12 rodadas para o final. Ou seja, com 36 pontos em disputa.

Para o confronto, o Fla contará com o retorno de Alan Patrick. (BP)

Palmeiras faz 4 a 1 no Flu, com três gols de Barrios; Fred perde pênalti

O Fluminense recebeu o Palmeiras, no Maracanã, bus-cando se reabilitar da pior campanha do returno nesta quarta-feira (16) e da crise que tomou conta do tricolor das Laranjeiras nesta semana.

Houve tumulto no aero-porto do Galeão, na segun-da-feira (14), com torcedo-res organizados, que atira-ram uma lata na cabeça do atacante Fred, além da inva-são do treino de terça-feira (15). Os principais alvos fo-ram, além do centroavante, o treinador Enderson Mo-reira e o vice-presidente de futebol, Mário Bittencourt.

O jogo teve dois tempos dis-tintos. No primeiro, o Flu te-ve boa presença no ataque, criando chances. Em uma de-las, Fred perdeu gol feito após boa jogada construída pela es-querda. O gol saiu aos 36 mi-nutos, com Jean batendo no canto de Fernando Prass.

No segundo tempo, o Pal-

Bruno Porpettado Rio de Janeiro (RJ)

meiras voltou melhor. Mes-mo assim, o Flu teve a chan-ce de matar o jogo. Um pê-nalti perdido por Fred der-rubou o tricolor.

O time sentiu o lado emo-cional e o Palmeiras cres-ceu ainda mais, empatan-do o jogo aos 26 com Lucas Barrios. Cinco minutos de-pois, Marcos Júnior vacilou na área, Gabriel Jesus rou-bou a bola e virou o placar.

1 X 2

2 X 2

2 X 1Qua. 16/9

22h

Qua. 16/922h

Qua. 16/922h

Qua. 16/922h

Qua. 16/921h

Qua. 16/919h30

Qua. 16/919h30

Qua. 16/919h30

Qui. 17/919h30

Qui. 17/921h

1 X 4

0 X 1

4 X 0

1 X 1

1 X 2

X

X

Brasileirão 2015

AVA

CAM

CAP

CHA

COR

CFC

CRU

FIG

FLA

FLU

GOI

GRE

INT

JEC

PAL

PON

SAN

SAO

SPO

VAS

26a RODADA

Classificação Série A

Bruno Haddad/Fluminense FC

Daí em diante, a defesa do Flu era uma bagunça, dando muitos espaços para o ataque alviverde que, mesmo sem forçar, marcou mais duas ve-zes com Lucas Barrios, aos 44, após falha bisonha de Antô-nio Carlos, e nos acréscimos.

O placar foi demais para a direção do Flu, que logo após o jogo anunciou a de-missão de Enderson Morei-ra e toda a comissão técnica.

Pênalti perdido por Fred acabou sendo decisivo para o revés do Flu

O Vasco foi ao Minei-rão enfrentar o Cruzei-ro embalado pelas du-as vitórias seguidas que lhe permitiram acredi-tar que é possível sonhar. São oito pontos que o se-param do Goiás, primei-ro time fora do Z-4.

O jogo foi bastante mo-vimentado, disputado em alta velocidade, com os dois times criando chan-ces e jogando de igual para igual. O Vasco teve melhor sorte, com Rafa-el Silva abrindo o placar aos 24 minutos.

Nem deu tempo de co-memorar. Dois minutos depois Willian acertou um lindo chute de fora da área e empatou. O gol em-polgou o Cruzeiro que foi para cima e virou a parti-da, com Alisson, aos 41.

Antes, um lance po-lêmico. Bruno Rodrigo fez falta dura, para car-tão amarelo, que seria o segundo e resultaria no vermelho, mas quem amarelou foi o árbitro Thiago Duarte Peixoto.

No segundo tempo, ou-tro erro da arbitragem. Willians meteu a mão na bola dentro da área e o juiz não deu nada.

Porém, o Vasco foi guer-reiro em campo e buscou o empate, com mais um gol de Rafael Silva, de cabeça, aos 35. Ainda teve Julio dos Santos expulso, pelo se-gundo cartão amarelo.

Zona de classificação para Libertadores Zona de rebaixamento para Série B

P J V SG1o

2o

3o

4o

5o

6o

7o

8o

9o

10o

11o

12o

13o

14o

15o

16o

17o

18o

19o

20o

Corinthians 54 26 16 22Atlético-MG 49 26 15 15Grêmio 48 26 14 15Flamengo 41 25 13 4Palmeiras 41 26 12 17São Paulo 41 25 12 6Santos 40 26 11 12Internacional 40 26 11 -1Atlético-PR 38 26 11 1Sport 37 26 8 8Fluminense 34 26 10 -6Ponte Preta 34 26 8 -2Cruzeiro 30 26 8 -3Chapecoense 30 25 8 -7Avaí 29 26 8 -15Goiás 28 26 7 -1Figueirense 27 26 7 -15Coritiba 27 25 6 -8Joinville 23 26 5 -11Vasco 20 26 5 -31

ERRATANa edição anterior, publi-camos que o Vasco estava a nove pontos do primeiro ti-me fora do Z-4, quando na verdade eram oito.

Rio de Janeiro, 17 a 20 de setembro de 2015