cadeia produtiva do peixe congelado no estado...

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CADEIA PRODUTIVA DO PEIXE CONGELADO NO ESTADO DO PARÁ: UMA ABORDAGEM LOGÍSTICA Nathália Cristina Monteiro Carneiro (UEPA) [email protected] Jonnys Atilla Modesto Sales (UEPA) [email protected] Louise de Lima Ferreira (UEPA) [email protected] thayana araujo guimaraes (UEPA) [email protected] Rafael da Silva Pinheiro (UEPA) [email protected] A cadeia produtiva do peixe congelado possui grande destaque no estado do Pará principalmente pela região possuir um extenso litoral com enorme potencial pesqueiro. A alta disponibilidade de matéria- prima, a excelente aceitação do produto nno mercado internacional e a carência de infra-estrutura adequada para sua distribuição em um estado de dimensões continentais, são fatores que tornam essa cadeia bastante complexa. Este artigo buscou realizar um estudo de caso desta cadeia neste estado. Para tal, baseou-se nas operações realizadas por uma empresa fabricante deste produto, localizada no nordeste paraense e suas relações com suprimento e distribuição. Primeiramente, foi identificada a dinâmica dos sistemas logísticos envolvidos no processo para então apontar os componentes de desempenho capazes de influenciar no valor gerado ao produto final, ao longo dos elos da cadeia. Os componentes discutidos serão: transportes, estoques, instalações e sistemas de informação. Palavras-chaves: Cadeia Produtiva; Pescado; Logística XXX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Maturidade e desafios da Engenharia de Produção: competitividade das empresas, condições de trabalho, meio ambiente. São Carlos, SP, Brasil, 12 a15 de outubro de 2010.

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CADEIA PRODUTIVA DO PEIXE

CONGELADO NO ESTADO DO PARÁ:

UMA ABORDAGEM LOGÍSTICA

Nathália Cristina Monteiro Carneiro (UEPA)

[email protected]

Jonnys Atilla Modesto Sales (UEPA)

[email protected]

Louise de Lima Ferreira (UEPA)

[email protected]

thayana araujo guimaraes (UEPA)

[email protected]

Rafael da Silva Pinheiro (UEPA)

[email protected]

A cadeia produtiva do peixe congelado possui grande destaque no

estado do Pará principalmente pela região possuir um extenso litoral

com enorme potencial pesqueiro. A alta disponibilidade de matéria-

prima, a excelente aceitação do produto nno mercado internacional e a

carência de infra-estrutura adequada para sua distribuição em um

estado de dimensões continentais, são fatores que tornam essa cadeia

bastante complexa. Este artigo buscou realizar um estudo de caso

desta cadeia neste estado. Para tal, baseou-se nas operações

realizadas por uma empresa fabricante deste produto, localizada no

nordeste paraense e suas relações com suprimento e distribuição.

Primeiramente, foi identificada a dinâmica dos sistemas logísticos

envolvidos no processo para então apontar os componentes de

desempenho capazes de influenciar no valor gerado ao produto final,

ao longo dos elos da cadeia. Os componentes discutidos serão:

transportes, estoques, instalações e sistemas de informação.

Palavras-chaves: Cadeia Produtiva; Pescado; Logística

XXX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Maturidade e desafios da Engenharia de Produção: competitividade das empresas, condições de trabalho, meio ambiente.

São Carlos, SP, Brasil, 12 a15 de outubro de 2010.

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1. Introdução

O peixe é um dos alimentos mais saudáveis da culinária mundial. Difundido em todas

as cozinhas dos mais diferentes povos, este alimento rico em propriedades benéficas ao nosso

organismo, ainda é pouco consumido aqui no Brasil (BRANDÃO, 2009).

Para se tornar um alimento freqüente no prato do brasileiro o peixe enfrenta

dificuldades como falta de incentivos, falta de estrutura e tecnologia para algumas regiões

onde a pesca ainda é feita de maneira artesanal, altos impostos, dentre outros, contribuindo

para um desenvolvimento tímido do setor e um consumo mais regionalizado.

Segundo a Secretaria Especial de Aquicultura e Pesca – SEAP (2006), Ministério da

Pesca desde junho de 2009, o Brasil, com mais de 180 milhões de habitantes, é um dos

maiores mercados consumidores do mundo, consumindo em média 7 kg por habitante ao ano.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda 12 kg por habitante por ano.

Em alguns estados brasileiros, o peixe constitui a base alimentar da população,

enquanto em outros o consumo fica abaixo da média nacional. Por exemplo, no Pará /

Amazônia o consumo per capita chega a 40 kg ao ano, em Pernambuco e Sergipe, apesar da

proximidade do mar o consumo é baixo, por volta de 2,8 por habitante, já em São Paulo seu

consumo per capita é de aproximadamente 12 kg ao ano (BRANDÃO, 2009).

Um dos obstáculos ao consumo, segundo Elisângela Pereira, diretora de operações da

Marcomar, é a dificuldade que as pessoas sentem no preparo de pratos a base de pescado. De

acordo ainda com a diretora, bares e restaurantes procuram sempre oferecer a variedade

desses pratos, por conta da crescente valorização à riqueza e aos sabores do Brasil e pela

grande procura enquanto alimentação saudável e de baixo teor calórico.

Desde 2003 o atual Ministério da Pesca vem realizando a Semana do Peixe, com o

intuito de incentivar o consumo regular de pescado e criar condições para o desenvolvimento

da cadeia produtiva.

Desta forma, este artigo visa analisar a cadeia produtiva do pescado no Estado do Pará,

considerando como produto base o peixe congelado, em postas ou filé, por uma empresa que

beneficia mais de 20 tipos de peixe, distribuindo 60% de sua produção no território nacional e

o restante para o exterior.

Esta análise será realizada através da identificação de aspectos relevantes que

impactam nos sistemas logísticos da cadeia produtiva do produto estudado, desde a sua

captura até a distribuição para as redes de consumo locais e nacionais.

Também será discutida a influência dos componentes de desempenho logístico

identificados (transportes, estoques, instalações e sistemas de informação) no processo de

agregação de valor, à jusante e à montante da cadeia estudada.

2. Cadeia Produtiva

Segundo Pires (2007), o termo cadeia produtiva é geralmente usado para referir-se ao

conjunto de atividades que representam genericamente determinado setor industrial. Por

exemplo, a cadeia produtiva da indústria automobilística, da indústria de calçados, de

computadores, alimentícia, têxtil etc. Em outras palavras o termo cadeia produtiva vem

sempre acompanhado de um “complemento” que designa determinado setor industrial.

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De acordo com a Secretaria de Agricultura e Abastecimento - SEAB (1999), cadeia

produtiva compreende o conjunto de agentes econômicos e as relações que se estabelecem

para atender as necessidades dos consumidores por um determinado produto que tenha uma

fase de produção agropecuária ou florestal. Envolve, ainda, os setores que se encontram

“antes da porteira”, ou seja, de fornecimento de insumos, máquinas e equipamentos; os

setores ”depois da porteira”, de industrialização, atacado e varejo; além de todo o aparato

tecnológico e institucional (legal, normativo, regulatório etc.)

O conceito de cadeia produtiva surgiu na década de 60, na França, significando fileira

(filière), isto é, um conjunto de etapas aonde os insumos vão sendo transformados e

transferidos. É, em síntese, um conjunto de atividades por onde um produto, bem ou serviço,

percorre e é alterado em uma sucessão de operações interligadas por setores, desde a extração

da matéria prima até o cliente final, passando ou não por intermediários e todos influenciam

no preço final do produto. Atualmente, devido o número de ligações que as empresas realizam

com fornecedores e clientes, esse conceito linear de “fila” vem sendo substituído por uma

visão de “teia” ou “rede”.

Frequentemente confunde-se cadeia produtiva com cadeia de suprimentos, no entanto

existem grandes diferenças entre as mesmas. A Tabela 1 resume essas diferenças.

Cadeia de Suprimentos Cadeia Produtiva

Constituem parte das cadeias produtivas; Arranjos mais amplos (desde a obtenção da

matéria-prima até o produto acabado);

Foco em um negócio específico de uma

determinada empresa (empresa foco);

Englobam todas as etapas do processo de

transformação, no qual diversas empresas atuam em

cada etapa;

Empresa foco exerce a coordenação do negócio, por

meio de um ou dois níveis de fornecedores e

clientes;

Pode envolver empresas de diferentes segmentos

econômicos, cujas estratégias e relacionamentos

inter-empresariais são diversos;

Aproxima-se do foco microeconômico.

Aproxima-se do foco mesoeconômico, que consiste

no plano intermediário entre microeconomia e

macroeconomia.

Fonte: Zago, et al, 2009.

TABELA 1 – Diferenças entre Cadeia de Suprimentos e Cadeia Produtiva

Uma cadeia produtiva tem como ponto central a indústria do produto pesquisado, a

jusante possui as atividades de suprimento e a montante, as de distribuição, como ilustra a

Figura 1, onde qualquer elo da cadeia pode ser a indústria foco.

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Fornecedores Fabricantes Distribuidores Clientes

Suprimento Físico Atividade Foco Distribuição Física

Fluxo de informações

Fluxo de bens, serviços e capital

Fonte: Adaptado de Melo, 2009

FIGURA 1 – Cadeia produtiva genérica

2.1 Cadeia do peixe congelado

Nesta cadeia em específico dividiu-se a atividade de suprimento em indústrias de

apoio e insumos. As indústrias de apoio viabilizam o suporte físico e tecnológico para a

captura do pescado, já os insumos são a matéria-prima principal (peixe in natura) utilizada e

que será beneficiada pela empresa, podendo ser obtida através da piscicultura, pesca artesanal

ou industrial.

A atividade de distribuição divide-se em distribuidores e clientes. Estes podem

representar consumidores intermediários ou finais, já os distribuidores são os responsáveis

pelo escoamento do produto industrializado no mercado, fazendo-o chegar até os clientes.

A Figura 2 representa a cadeia produtiva em questão, abordando ainda a logística

reversa através dos resíduos do produto, que serão melhor explorados no decorrer do artigo.

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Distribuidores

Exportações Internacionais

Distribuidoras Locais

Supermercados

Processamento

Indústrias fabricantes de peixe

congelado

Resíduos do pescado

Clientes finais

Mercado Internacional

Restaurantes

Bares

Lares

Resíduos das embalagens

Subsistema Pesca

Insumos

Pesca Industrial

Pesca Artesanal

Subsistema Piscicultura

Indústrias de apoio

Pesquisa

Redes e Materiais de Pesca

Alimentação dos Tripulantes

Construção Naval

Combustíveis

Indústrias de embalagens

Ass. Técnica e Rural

Materiais eEquipamentos

Adubos e Rações

. Fonte: Adaptado de Lourenço, 2002.

FIGURA 1 – Cadeia produtiva genérica

Abaixo estão os agentes comumente envolvidos em uma cadeia de pesca.

– Pescadores autônomos: pescam de forma independente utilizando seus próprios barcos e

dinheiro;

– Pescadores dependentes: utilizam barcos e dinheiro financiados por comerciantes ou

armadores de pesca;

– Pescadores industriais: entregam toda a produção direta para os frigoríficos, que financiam

a pesca, sem intermediários;

– Balanceiros: intermediários que compram a produção dos ribeirinhos autônomos e vendem

para os consumidores e revendedores, incluindo mercados e feiras, além de em alguns

casos financiarem a pesca;

– Marreteiros: compram a pesca de ribeirinhos, transportam o produto e revendem nos portos

e mercados locais.

– Entrepostos: locais existentes nos rios para o desembarque e armazenamento de peixes,

antes de serem levados para os mercados da região;

– Frigoríficos: proprietários dos grandes barcos de pesca e maiores compradores do pescado,

vendendo para o mercado nacional e internacional;

– Atravessadores: intermediários que compram dos frigoríficos e comercializam para outros

mercados;

– Caminhões: transportam a pesca das pequenas localidades aos grandes centros;

– Mercado consumidor: compradores do mercado local (feiras e mercados) e do mercado

externo (outras cidades, estados ou países);

3. Logística

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A logística é posicionada dentro de uma empresa como sendo uma das partes

fundamentais ao processo de criação de valor sobre o produto, como uma das bases para a

obtenção de vantagens estratégicas.

A atividade logística possui, em um ambiente global, atua através dos sistemas

logísticos (macro-atividades): suprimento físico, responsável por todo o processo de

abastecimento da empresa; distribuição física, responsável por toda a distribuição do produto

acabado aos clientes; e logística reversa, responsável pelo retorno, reaproveitamento ou

destinação adequada dos resíduos do produto final ao ser consumido ou processado.

Por ângulo mais tático e operacional, utiliza-se dos componentes de desempenho

logístico que permeiam todas as macro-atividades. São eles: transporte, estoque, instalações,

sistema de informação, estrutura de custo e serviço ao cliente. A combinação desses

componentes permite que as macro-atividades sejam realizadas, analisadas e desenvolvidas.

3.1 Sistemas logísticos (macro-atividades logísticas)

3.1.1 Suprimento Físico

Suprimentos são os diversos materiais, que são administrados, movimentados,

armazenados, processados e transportados pela logística. Com base nas características dos

suprimentos, definem-se os parâmetros de lead time, tipos de embalagem, características dos

equipamentos de movimentação, modais de transporte, áreas de armazenamento e recursos

humanos e financeiros necessários.

O suprimento físico abrange a compra e a organização da movimentação de entrada de

materiais, de peças e de produtos acabados dos fornecedores, para as fábricas ou montadoras,

depósitos ou lojas de varejo. Embora existam realmente diferenças com relação a situações de

suprimento, o termo suprimento é usado muitas vezes para incluir todos os tipos de compras

(BOWERSOX, 2001). No entanto, o suprimento físico tem a responsabilidade de “nutrir” a

empresa com os materiais necessários á produção.

A empresa base de estudo, para suprir suas operações e produzir seus produtos finais,

necessita de matéria-prima, equipamentos e outros produtos. Estes últimos serão abordados de

forma implícita nos componentes de desempenho.

A matéria-prima básica é o pescado, que pode provir da piscicultura, da pesca

artesanal ou industrial. A empresa processa cerca de 45 toneladas de peixe por dia, onde 30%

da matéria-prima é adquirida da pesca artesanal e o restante da industrial, contabilizando mais

de 30 tipos diferentes de pescado.

3.1.2 Distribuição Física

A distribuição física tem como principal preocupação a movimentação dos bens

acabados ou semi-acabados. Segundo Ballou (1995) é o ramo da logística empresarial que

trata da movimentação, estocagem e processamento de pedidos dos produtos finais das firmas

e costuma absorver cerca de dois terços dos custos logísticos.

A logística de distribuição compõe os processos operacionais e de controle que

permitem transferir os produtos desde o ponto de fabricação até o ponto em que a mercadoria

é finalmente entregue ao consumidor. Cabe ao profissional de logística, a responsabilidade de

garantir aos clientes a disponibilidade dos produtos, que devem ser mantidos no estoque da

fábrica e posteriormente transportados para depósitos locais ou diretamente para os clientes.

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A distribuição de produtos não se resume a uma escolha do tipo de distribuição,

envolve outros fatores como o tipo de transporte a se utilizar, os procedimentos de controle a

serem empregados, onde devem ou se localizam os depósitos, os custos envolvidos, a

demanda do mercado etc. No entanto, de acordo com Bowersox (1999), todos os sistemas de

distribuição física têm uma característica comum: vinculam fabricantes, atacadistas e

varejistas em canais que fornecem a disponibilidade de produtos como aspecto integrante de

todo o processo.

Na cadeia do pescado é necessário conhecer a demanda do mercado de peixes e seus

derivados, centrando o foco nos clientes. Do ponto de vista do mercado, o peixe é classificado

como um produto inelástico em relação à demanda, ou seja, na medida em que o pescador

chega do rio com os peixes e/ou o piscicultor faz a despesca, o peixe é vendido a qualquer

preço em função de ser um produto altamente perecível e seus canais de distribuição e

comercialização são: vendas nas propriedades, intermediários ou atacadistas, supermercados,

restaurantes, pesque-pague, feiras livres e exportação.

O peixe beneficiado e congelado, no entanto, apesar de ter sua perecibilidade reduzida,

necessita de acondicionamento especial, o que restringe os canais de distribuição. A empresa

em questão, por exemplo, exporta 40% de sua produção aos países europeus e aos Estados

Unidos, os outros 60% saem das fábricas diretamente às redes supermercadistas, restaurantes

e bufês. Pesque-pagues e feiras não se adéquam enquanto clientes ou revendedores.

3.1.3 Logística Reversa

Concordando com Novaes (2007, p. 53), a logística conhecida como “reversa”

apresenta um fluxo oposto à logística convencional, partindo do ponto de consumo dos

produtos ao local de origem. Objetiva recapturar valor à empresa, reaproveitando ou dando

um destino adequado aos resíduos gerados pelo consumo do produto. Atualmente, muitas

empresas, a utilizam como estratégia de marketing, exaltando o conceito de responsabilidade

sócio-ambiental, exaltando a preocupação com os problemas ambientais, a sobre-lotação de

aterros, a escassez de matérias-primas e a legislação ambiental.

Em resumo, a logística reversa tem como objetivo principal gerenciar o retorno ou a

recuperação de produtos, a redução do consumo de matérias-primas, a reciclagem, a

substituição e a reutilização de materiais, a deposição de resíduos, a reparação e refabricação

de produtos, o estímulo ao desenvolvimento de novos produtos etc.

Isso possibilita ao meio ambiente a redução dos impactos e dos riscos às organizações,

segundo Novaes (2007), benefícios como vantagem competitiva de diferenciação de serviços

em relação à concorrência, redução de custos e retornos consideráveis às empresas.

Na cadeia do peixe congelado, o termo resíduo refere-se às sobras do processamento

dos alimentos que não possuem valor comercial. A linha de produção de peixes em filés, por

exemplo, gera grandes quantidades de resíduos, pois é necessário retirar do peixe: cabeça,

vísceras, nadadeiras, escamas, pele e espinha dorsal. Um baixo grau de aproveitamento é

atribuído a estas linhas pelas beneficiadoras, no entanto, a reutilização destas sobras pode

constituir soluções para problemas ambientais e fontes alternativas de agregação de valor.

De acordo com a NBR 10.004 (ABNT, 1987) os resíduos da indústria de pesca podem

ser classificados em duas classes apresentadas na Tabela 2.

Classes Descrição

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Classe I: Perigosos Apresentam propriedades físicas, químicas ou infecto-contagiosas

Classe II: Não inertes Apresentam propriedades de combustibilidade, biodegradabilidade ou

solubilidade em água

Fonte: Adaptado de ABNT, 1987.

TABELA 2 – Classificação dos resíduos da indústria de pesca

Os resíduos de Classe I oferecem riscos à saúde publica e ao meio ambiente, já os de

Classe II possuem um bom potencial de reciclagem e podem ser transformados facilmente em

produtos com grande potencial mercadológico.

A elaboração de subprodutos do pescado depende da qualidade dos resíduos gerados e

foram aqui divididos em cinco categorias de aproveitamento: alimentos para consumo

humano, ração para animais, fertilizantes, produtos químicos ou produtos a base de couro.

Na área de ração para animais pode-se destacar a farinha de peixe, produzida a partir

de pescados inteiros ou de resíduos de beneficiamento, como espinhas e barbatanas. Sua

desvantagem é apresentar baixo valor agregado. A alternativa seria doar os resíduos às

empresas produtoras de farinha e estas, como pagamento, custeariam o transporte.

No processo de obtenção da farinha de peixe extrai-se o óleo, portanto, dois produtos

em uma mesma linha de processamento. O óleo de alguns peixes contém alto teor de ácidos

graxos poliinsaturados que apresentam propriedades benéficas a saúde, podendo ser

analisadas a viabilidade de sua utilização para fins medicinais ou fabricação de cosméticos.

Um manejo adequado do material descartado, com separação das partes comestíveis e

estocagem em condições ácidas ou em fermentação possibilitaria à indústria brasileira a

preparação da silagem de peixe, um composto rico em proteína que pode ser incorporado às

rações destinadas à agropecuária e à alimentação de animais domésticos. As vantagens da

produção de silagem sobre a produção de farinha de pescado são as seguintes: tecnologia

simples, independe de escala, não necessita de grande capital, apresenta reduzidos problemas

de odor e efluentes, independe do clima, pode ser produzida a bordo dos barcos, o processo é

rápido em regiões de clima tropical e o produto pode ser utilizado no local. Entretanto, é um

produto volumoso e difícil transporte e ainda não é utilizado comercialmente no Brasil.

Uma quarta alternativa é a elaboração de couro a partir das peles residuais da

filetagem de pescado, podendo resultar em matéria-prima de qualidade e aspecto peculiar e

inimitável. As peles de peixe originam um couro exótico e inovador com aceitação em vários

segmentos, usados para a fabricação de carteiras, biquínis entre outros, configurando outra

fonte alternativa de renda. Valendo ressaltar que para o processamento das peles, estas devem

estar em bom estado de conservação, sendo de extrema importância tomar os cuidados

necessários para impedir sua contaminação.

Apesar de todo o conceito acerca da logística reversa, em muitos casos, essa atividade

é onerosa, desta forma, para evitar os resíduos é importante criar meios de não produzi-los ou

reduzi-los, substituindo equipamentos defasados por novas tecnologias, elaborando métodos

mais eficientes etc.

Não podemos ignorar ainda os resíduos das embalagens plásticas utilizadas nas postas

de filé e saber a grande importância de sua reciclagem para questões ambientais.

3.2 Componentes de desempenho

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Segundo Bowersox (2001) o desempenho operacional está ligado ao tempo decorrido

desde o recebimento de um pedido até a entrega da respectiva mercadoria. Para atender as

necessidades mercadológicas existem os chamados componentes logísticos de desempenho.

O intuito é equilibrar a responsividade, que é o poder de resposta às variações do

mercado, e a eficiência do sistema, envolvendo suprimento, produção e distribuição. Dentre

componentes logísticos, os itens estrutura de custos e serviço ao cliente necessitariam de

pesquisa de campo em cada elo da cadeia, tornando inviável sua realização, desta maneira

serão abordados apenas: transporte, estoque, instalações e sistemas de informação. O desafio

está em gerenciar o trabalho dessas áreas de forma orquestrada (BOWERSOX, 2001).

3.2.1 Transporte

Esse componente se destaca como uma das principais funções logística, agregando

consigo o fator tempo, influenciador direto dos estoques de suprimento e distribuição ao

longo da cadeia. O objetivo é disponibilizar o produto em tempo correto e no local adequado.

O transporte absorve de um a dois terços dos custos logísticos (BALLOU, 1993, p. 24).

Transporte representa toda a movimentação de insumos e produtos, que, por definirem

quantidade, prazo e local onde a mercadoria deve estar, influenciam diretamente na seleção

das instalações, na escolha dos modais de transporte e no nível de serviço ao cliente. Desta

forma este componente se destaca nas etapas de suprimento e distribuição física.

Na atividade foco da cadeia em questão a principal matéria-prima a ser transformada é

o pescado in natura, alimento perecível propício à rápida multiplicação microbiana, devendo

ser armazenado sob refrigeração ou congelamento.

A excelência do transporte entre as embarcações pesqueiras e as unidades de produção

depende de um armazenamento adequado do produto nas embarcações pesqueiras que pode

ser feito através de isopores com gelo (pesca artesanal) ou câmaras frigoríficas (pesca

industrial), as embarcações com câmaras podem passar dias em alto mar até retornar à costa.

O valor do pescado esta relacionado com o tempo de armazenamento, pois quanto

mais rápido ele for desembarcado e transportado, maiores as chances de manter as

características organolépticas e nutricionais. Os peixes in natura ou no estado fresco devem

ser colocados no gelo imediatamente após a captura para vencer o tempo necessário para a

conservação. Essa refrigeração poderá manter o peixe por um tempo limitado de no máximo 8

dias, no entanto a deterioração segue lentamente. À temperatura de 4,5°C, de um refrigerador

comum, por exemplo, em 12 a 24 h, as bactérias presentes podem multiplicar-se 2 vezes.

(ARAÚJO, apud OETTERER, 2005, p. 20) O armazenamento no gelo, se tardio, não

restituirá a qualidade perdida após a captura. A vida útil média de um peixe a 0°C é de 08

dias, a 22°C de 1 dia e a 38°C de 1/2 dia. (ARAÚJO, apud SILVA, 2005, p. 20)

Para a distribuição física, o adequado transporte do produto final agrega nível de

serviço ao cliente, conferindo à cadeia maior vantagem competitiva. O peixe congelado

também deve ser transportado sob refrigeração, que deve ser monitorada rigorosamente, de

forma que suas características microbiológicas, sensoriais, físico-químicas e nutricionais

permaneçam viáveis até o prazo de validade determinado.

Os modais mais utilizados para que o peixe congelado seja transportado ao mercado

internacional são o aéreo e o aquaviário, utilizando equipamentos como contêineres

refrigerados e câmaras frigoríficas.

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O primeiro destaca-se pelo alto nível de serviço, já que o produto é escoado ao cliente

em poucas horas. Porém, este implica em altos custos operacionais, e por isso é recomendado

somente para entregas onde o valor tempo torna-se imprescindível para a realização do

negócio sem afetar a margem de lucro de fornecedor. É interessante que, se possível, tal custo

seja repassado diretamente ao cliente.

Já o segundo possui alta capacidade de armazenagem e baixos custos operacionais, o

que pode diminuir o custo unitário de transporte, alternativa interessante para entregas menos

perecíveis e de caráter menos urgente.

Para o mercado interno e localidades próximas às fábricas de beneficiamento uma

opção eficiente pode ser o uso de uma frota de caminhões refrigerados roteirizada, no entanto,

esta alternativa é mais viável para pequenas entregas, com percursos em estradas de boa infra-

estrutura, já que a manutenção de tais veículos é dispendiosa.

3.2.2 Estoque

De acordo com Ballou (1995) os estoques têm por finalidade melhorar o nível de

serviço das empresas quando próximos aos pontos de venda e com quantidades adequadas,

auxiliando a função de marketing a aumentar as vendas, incentivar economias de escala,

antecipar compras de insumos com o objetivo de proteção contra alterações nos preços e

disponibilizar estoques de segurança para atender às necessidades de produção ou do

mercado, agindo também como proteção contra contingências, tais como, greves, incêndios e

inundações.

A cadeia produtiva do pescado envolve uma grande quantidade de agentes que

desenvolvem atividades com o objetivo de fazer o produto chegar ao consumidor final.

Nessas atividades é inevitável a presença de estoques tanto em processo quanto de produtos

acabados. No entanto, por se tratar de um produto perecível e de tamanho irregular, é

necessário levar em consideração o tempo e o método de armazenagem.

O tempo de armazenagem é curto devido à dinâmica das atividades dos agentes

envolvidos e dos postos de distribuição. De acordo com Regulamento da Inspeção Industrial e

Sanitária de Produtos de Origem Animal, do Ministério da Agricultura, em seu Artigo

439/1952, o método de estoque do pescado “in natura” pode ser: fresco, resfriado ou

congelado.

Pescado fresco - é destinado ao consumo sem sofrer qualquer processo de conservação, a não

ser a ação do gelo.

Pescado resfriado - deve ser devidamente acondicionado em gelo e mantido em temperatura

abaixo de zero, aproximadamente entre 0,5º e 2ºC negativos.

Pescado congelado - sofre tratamento por processos adequados de congelamento, em

temperatura não superior a 25º C negativos.

3.2.3 Instalações

Todo o processo ou operação necessita de recursos transformadores, ou agentes

capazes de realizá-lo. Esses recursos são compostos por um conjunto de aparelhos ou de peças

com determinada utilidade, comumente chamados de instalações, representadas pelos

maquinários, instalações prediais, meios de transporte, ferramentas e produtos e/ou artifícios

que não se fazem presentes no produto final.

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A cadeia de pescado desde a extração do peixe até o suprimento da indústria foco

necessita de várias instalações. Os subsistemas de pesca são abastecidos com embarcações de

grande, médio e pequeno porte ou por canoeiros nos diversos locais de pesca. Necessitam

ainda de equipamentos de pesca, como redes, anzóis, cabos, linhas, bóias, arpões e outros, que

são fornecidos pelas indústrias de apoio, empresas diversas e distribuidores especializados.

No caso da distribuição física aos clientes finais, necessita-se apenas de acondicionamento

adequado do produto em freezers.

Outras instalações importantes referem-se ao maquinário. A empresa beneficiadora

tomada como exemplo possui uma sala de máquinas com capacidade de instalação de 1000

KW de energia elétrica, com oito compressores, a fim de garantir o congelamento e

resfriamento de água utilizada no processo de industrialização de seus produtos.

3.2.4 Sistema de Informação

Informação é todo o dado acerca de algo que é capaz de gerar conhecimentos para a

empresa. A informação facilita a coordenação do planejamento e controle das operações

cotidianas, pois sem informações precisas, o esforço envolvido no sistema logístico pode ser

mal direcionado. (BOWERSOX; CLOSS; COOPER, 2007, p. 35)

Os sistemas de informação iniciam atividades e rastreiam informações sobre

processos, facilitam o compartilhamento de informações tanto dentro da cadeia quanto entre

parceiros da cadeia e auxiliam na tomada de decisão gerencial. (BOWERSOX; CLOSS;

COOPER, 2007, p. 108). Entretanto, sistemas de informação são apenas as formas escolhidas

para transferir informações internas e externas da empresa ou comandos, enquanto as

tecnologias são os diversos modos de operacionalizar essa transferência. (MELO, 2009) Na

era da comunicação em que vivemos é comum as empresas investirem em sistemas

computacionais para auxiliar a gestão e o armazenamento de informações sobre vendas,

demanda, mercado, preços de fornecedores, clientes, estoque etc.

A cadeia produtiva do pescado de um modo geral necessita integrar informações e

gerar conhecimento acerca do negócio, para isso um sistema de informação eficiente com

tecnologias capazes de se associarem ao modus operandi do empreendimento, pode fornecer,

principalmente, informações sobre disponibilidade de suprimento, bem como o tempo que

podem estar disponíveis, informações sobre a demanda, processamento de pedidos, marketing

dos produtos e informações sobre relacionamento com canais de comercialização.

Os subsistemas da pesca não possuem um controle da quantidade pescada, devido à

suposta alta disponibilidade do pescado. Isso decorre por não haver uma base de informações

integrada e atualizada, gerida pelos administradores e pesquisadores do setor, com resultados

e pesquisas utilizáveis pelo mesmo setor. Normalmente os diagnósticos são divulgados com

vários anos de defasagem, prejudicando o feedback entre o conhecimento elaborado e a

utilização deste pela cadeia.

Quanto às tecnologias aplicadas, no caso estudado, a empresa que retira 70% de seus

suprimentos através da pesca industrial atuando com frota própria, utiliza como instrumento

de auxílio na captura do pescado equipamentos de alta tecnologia que detectam os

movimentos dos cardumes sob as águas.

No que diz respeito às indústrias a montante na cadeia, em especial os distribuidores,

existem sistemas de gerenciamento altamente informatizados, tais quais os sistemas

supermercadistas onde cada produto possui um código que o contabiliza, o subtrai e o

acompanha em bancos de dados específicos, na gestão de cada estabelecimento.

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4. Considerações Finais

A cadeia produtiva do pescado é uma atividade de grande valor ao Estado do Pará por

envolver uma quantidade significativa de elos, capazes de gerar empregos e renda. A Região

Norte possui grande expressão no setor, chegando a aproximadamente 17% da produção

nacional de pescado (WWF, 2002), devido sua disponibilidade e variedade de peixe.

As grandes transformações nos cenários produtivos, exigências da demanda e

exigências governamentais vêm forçando as beneficiadoras de pescado, bem como os

sistemas de pesca a modificarem suas técnicas de pesca e beneficiamento, para controlar a

qualidade do alimento, cada vez mais procurado pelos seus benefícios nutricionais e ênfase

com relação a segurança alimentar, desde o setor produtivo até o consumidor final.

As técnicas de processamento do pescado geram muitos resíduos com possibilidades

de aproveitamento, apesar de alguns subprodutos possuírem baixo valor agregado, como a

farinha de peixe e a silagem. Entretanto o pescado é capaz de fornecer um tipo de couro de

difícil imitação, valorizando o produto.

Observa-se, contudo, uma carência em infra-estrutura, em especial com relação às

tecnologias de informação. Em um ambiente onde o conhecimento é fundamental para a

permanência no mercado são necessárias estratégias de interação e relacionamento intra e

interorganizacional, em busca, não apenas, de conquistar novos espaços no mercado

globalizado, mas também de melhorar a gestão nos diversos elos da cadeia.

Essa necessidade por informações mais precisas extrapolam os limites das empresas,

pois carrega consigo apelos ambientais e dos clientes sobre responsabilidade sócio-ambiental.

Outro quesito importante é o transporte do produto ao longo da cadeia. Por se tratar de

um produto de alta perecibilidade, quanto mais rápido e eficiente o transporte do produto para

consumo maior seu valor agregado.

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