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VITÓRIA E MONTANHAS CAPIXABAS – ES
26 a 30 de novembro de 2008
Caderno de Avaliação e Resultados
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MINISTÉRIO DO TURISMO Luiz Eduardo Pereira Barretto Filho, Ministro de Estado Secretaria Nacional de Políticas de Turismo Airton Nogueira Pereira Júnior, Secretário Departamento de Promoção e Marketing Nacional Márcio Nascimento, Diretor Jurema Monteiro, Coordenadora-geral de Apoio à Comercialização Equipe Técnica da Coordenação-Geral de Apoio à Comercialização Carolina C. Neves de Lima SEBRAE NACIONAL – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas Paulo Tarciso Okamotto, Diretor-Presidente Diretoria de Administração e Finanças Carlos Alberto dos Santos, Diretor Diretoria Técnica Luiz Carlos Barboza, Diretor Gerência da Unidade de Atendimento Coletivo, Comércio e Serviços Ricardo Guedes, Gerente Aryanna Nery Décio Coutinho Dival Schmidt Germana Magalhães Lara Franco Valéria Barros BRAZTOA – Associação Brasileira das Operadoras de Turismo José Eduardo Barbosa – Presidente Mônica Eliza Samia – Diretora Executiva Daniela Sarmento – Coordenadora Geral Leandro Queiroz – Supervisor Técnico Fabricio Takayassu – Equipe Técnica Marina Telles – Equipe Técnica Nivea Lima – Equipe Técnica Consultores Alessandro Rodrigues Pinto Ana Laura Ravagnani Eduardo Cecchini José Cordeiro Rafael Andreguetto Rosier Saraiva Simone Scorsato
Articuladora Local Cássia Coppo Felisberto
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SUMÁRIO
O Projeto Caravana Brasil...........................................................................04
1- A oficina de capacitação para o Encontro de Negócios ..............................07
2- A Viagem Técnica..................................................................................11
3- Avaliação de características do destino ....................................................15
3.1- Da percepção do lugar: análise comparativa Fornecedores x
Operadores e Agentes.........................................................................15
4. Análise de produto – Operadores ............................................................24
4.1 Pontos fortes e fracos – Operadores ...............................................27
5. Avaliação do Encontro de Negócios – Operadores.....................................29
6- Considerações finais ..............................................................................33
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PROJETO CARAVANA BRASIL
O projeto Caravana Brasil, realizado pela Embratur desde 2003,
tem como principal meta incentivar a comercialização de novos
produtos turísticos brasileiros no mercado internacional. Com
isso, de forma geral, ampliou-se também a oferta turística
brasileira. Foram realizadas 100 caravanas para quase 450
destinos, com a participação de cerca de 900 profissionais
formadores de opinião, operadoras de turismo nacional e
internacional, além da imprensa.
A partir de 2007, o Ministério do Turismo e o SEBRAE
firmaram uma parceria com a Braztoa para realizar a Caravana
Brasil Nacional, que segue as mesmas linhas conceituais do
projeto original. Busca, no entanto, incorporar novas
características a fim de se adaptar com mais eficiência ao
mercado atual. Dessa forma, o projeto realiza:
1- Viagens com Agentes de Viagem, nas quais os
participantes conhecem destinos e produtos turísticos e também
visitam feiras e/ou eventos comerciais de destaque do setor;
2- Viagens com Agentes de Viagem e Operadoras de
Turismo, nas quais Agentes e Operadores conhecem melhor os
destinos já comercializados;
3- Viagens com Operadoras de Turismo, nas quais os
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participantes conhecem novos destinos com a finalidade de
diversificar sua “cesta de produtos”.
A Caravana Brasil Nacional promove ainda:
1- Capacitação para os fornecedores locais dos destinos
visitados, a fim de melhor prepará-los para atender Agentes de
Viagem e Operadoras de Turismo, bem como adequar seus
produtos às necessidades do mercado. Esta ação acontece
durante a viagem precursora em que representantes do projeto
visitam o destino para a validação do roteiro final.
2- Encontros de Negócios, que são encontros entre
Operadoras de Turismo, Representantes Institucionais e
Fornecedores Locais, e possibilitam a convergência de interesses
e o estabelecimento de negócios. Esta ação acontece durante as
viagens com Operadoras de Turismo.
3- Encontros de Conhecimento, que propõem a apresentação
do destino de forma diferenciada para Operadoras e Agentes.
Esta ação acontece durante as viagens entre Operadoras de
Turismo e Agentes de Viagem.
4- Encontros para Apresentação dos Resultados das
Avaliações, que constituem um retorno ao destino das
avaliações feitas pelos Agentes de Viagem e Operadoras de
Turismo. Esta ação acontece em um evento previsto para
aproximadamente um mês depois da viagem.
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O projeto Caravana Brasil Nacional pretende, com suas ações,
desenvolver o mercado turístico nacional de forma geral. As
ações realizadas, então, constituem uma importante ferramenta
para acompanhar essas mudanças e proporcionar conhecimento
qualificado aos profissionais envolvidos nesse setor, um
importante gerador de divisas do país.
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1- A OFICINA DE CAPACITAÇÃO PARA O
ENCONTRO DE NEGÓCIOS
A primeira fase das ações do Projeto Caravana Brasil é a viagem
precursora. Nela, além da avaliação das características do destino
para a elaboração do roteiro da viagem técnica dos operadores,
ocorre a oficina de capacitação ao encontro de negócios que
ocorre na referida viagem.
O principal objetivo da oficina é o de conscientizar, através de
reflexão coletiva dos fornecedores locais e representantes de
instituições importantes ao desenvolvimento da atividade
turística, para a importância do encontro de negócios.
Ele tem como principal função a promoção de negócios entre os
operadores e fornecedores locais.
Foi desenvolvida uma metodologia para a oficina que
basicamente consiste da apresentação de temas relevantes no
atual cenário turístico e da aplicação de exercícios de avaliação
das características do destino.
Estas avaliações fornecem subsídios de comparação com
avaliações realizadas pelos operadores quando da viagem
técnica. O objetivo é evidenciar aquilo que é comum à visão de
ambos e também as não menos importantes diferenças que
podem vir a suscitar ações futuras que otimizem o processo de
comercialização.
Na oficina de capacitação foram aplicados os seguintes
exercícios:
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Exercício 1 – Percepção do lugar: a hospitalidade do
destino
Os participantes avaliam características que de acordo com a
metodologia proposta são indicadoras de hospitalidade.
Basicamente, dividem-se nos três vetores principais, a saber:
acesso, legibilidade e identidade.
Além destes avalia-se também itens relacionados à promoção do
destino e à diversidade da oferta turística local.
Estes dados resultam numa “fotografia” da imagem do destino
para seus atores turísticos, que analisaram o destino
individualmente, e serão apresentados neste documento em
comparação à visão dos operadores nos capítulos que seguem.
Exercício 2 – Análise de produto e mercado
Neste exercício os participantes da oficina avaliaram os produtos
considerados principais em relação ao destino. Tratou-se de
avaliação em grupo.
Foram avaliados positivamente, excelentes ou bons, os seguintes
produtos:
• Convento da Penha
• Parque Estadual da Pedra Azul
• Agroturismo em Venda Nova do Imigrante e em Vila Velha
• Passos de Anchieta
• Panelas de barro
• Moqueca capixaba
• Rota do Lagarto
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Além destes, houve citações reincidentes às praias,
especialmente as do Litoral Norte.
A intenção era fazer com que houvesse reflexão coletiva sobre
aqueles produtos a serem apresentados como diferenciais na
ocorrência do Encontro de Negócios.
Houve a participação de representantes de empresas e de
instâncias de governança local da região que abrange as
Montanhas Capixabas e Vitória – ES. Ao todo foram 23
participantes da oficina, conforme tabela:
EMPRESAS E INSTITUIÇÕES – OFICINA DE CAPACITAÇÃO
1 Alpes Hotel Diana Maria
2 Alpiservice Eduardo Santana
3 American Travel —
4 Avituris Alcenir Rocha
5 Capixaba Receptivo Gustavo A. Alves
6 Clippertur Rafael Rosa
7 Estácio de Sá Eduardo das Neves
8 Estácio de Sá Maria G. Dupre
9 Fornatur Paulo R. Fonseca
10 Hipoxia Julianna Satller
11 Montanhas Convention Cassia Felisberto
12 Montanhas Convention Helina
13 Penhazul Marilza
14 Rede Brasil Jaqueline Moraes
15 Rede Brasil Elisângela Bizzoto
16 SEBRAE – ES Eduardo Simões
17 SEBRAE – ES Carlos Eduardo
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18 SEBRAE – ES Rodrigo Barbosa
19 SETUR – ES Gina Donati
20 Sindgetur Selba Délia
21 Stoffel Tour Maria E. Stoffel
22 TOP 3 Berenice Tavares
23 Ylha Bela Turismo Carlos A. Correa
Houve participantes que não foram alvo de avaliação, já que não
puderam permanecer durante todo o período da oficina. O
número total de avaliações tabuladas é 16.
Participantes por região
Vitória 10 Montanhas – ES 6
A oficina foi realizada em 16/10/2008 em Vitória o que
provavelmente explica a maior participação de empresas e
instituições de Vitória e região metropolitana.
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2- A VIAGEM TÉCNICA
Ocorreu de 26 a 30 de novembro de 2008, e seguiu o roteiro
abaixo:
26 de novembro (quarta-feira)
Vitória/Vila Velha
– Check-in Hostess Vila Velha
– Jantar de recepção no hotel
– Visita Técnica no hotel
27 de novembro (quinta-feira)
Vitória/Vila Velha
– Café da manhã
– Check-out
– Visitação aos atrativos: city tour panorâmico pelo centro
histórico e praia de Vila Velha/Convento da Penha
– Visita Técnica: Hotel Radisson
– Transfer para Manguinhos
– Almoço típico (Estação Primeira de Manguinhos)
– Transfer Manguinhos/Montanhas Capixabas
Venda Nova do Imigrante
– Visitação aos atrativos: Produtos Busato; Fazenda Carnielli;
Sítio Família Lorenção; Lojinha do Agroturismo
– Check-in hotel Domaine Ile France/Chez Hospedagem Rural
– Jantar orgânico e natural (Domaine Ile France)
Sítio Família Lorenção – Visita Técnica. Foto: Abnel Neves.
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28 de novembro (sexta-feira)
Venda Nova do Imigrante
– Café da manhã
– Encontro de Negócios (Domaine Ile de France)
– Almoço com Visita Técnica (Domaine Ile France/Chez
Hospedagem Rural)
Domingos Martins
– Visitas: Sítio dos Palmitos e Apiário Florin
– Visita Técnica: Pousada Eco da Floresta, Pousada dos Pinhos e
Pousada Vale du Carmo
– Jantar com Visita Técnica (Aroso Paço Hotel)
– Hospedagem (Domaine Ile de France/Chez Hospedagem Rural)
Restaurante Don Lorenzoni – Visita Técnica. Foto: Abnel Neves.
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29 de novembro (sábado)
Domingos Martins
– Café da manhã
– Visitas: Parque Estadual da Pedra Azul e Cavalgada Ecológica
– Almoço (Fazenda Saúde)
– Visita Técnica: Hotel Monte Verde
– Jantar (Don Lorenzoni)
– Hospedagem
30 de novembro (domingo)
Domingos Martins
– Café da manhã
– Check-out
– Visitas: Domingos Martins/Casa da Cultura
Cavalgada Ecológica. Foto: Abnel Neves.
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Participaram da viagem técnica representantes das seguintes
operadoras:
OPERADORA PARTICIPANTE ORIGEM
1 Aerop Operadora Turística Rosineide Santos Maceió/AL
2 Braztoa Monica Samia São Paulo/SP
3 MGM Operadora Turística Evandro Rodrigues Curitiba/PR
4 Operadora Navegantes André Augusto da Silva Rio de Janeiro/RJ
5 Sanchat Tour Operator´s Raphael Pelusso São Paulo/SP
6 SPBT Turismo Antônio Assis Filho São Paulo/SP
7 Visão Operadora Turística Leandro Santos Salvador/BA
8 Voetur Operadora Juan Carlos da Silva Brasília/DF
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3- AVALIAÇÃO DE CARACTERÍSTICAS DO
DESTINO
As atividades propostas na oficina de capacitação tiveram como
objetivo analisar o olhar e a percepção dos empresários locais
sobre seu destino. Para isto foram elaboradas atividades e das
tabulações de cada uma delas extraídos índices de avaliação.
No decorrer da viagem técnica, como já se disse, os operadores
foram convidados a opinar e destas opiniões também foram
extraídos índices de avaliação com o objetivo de informar os
fornecedores e também de propiciar, quando possível,
referenciais de comparação entre as visões (fornecedor x
operadores).
3.1- Da percepção do lugar: análise comparativa
Fornecedores x Operadores e Agentes
A análise da hospitalidade do destino foi feita por meio de
atividade individual, e os fornecedores avaliaram os aspectos de
hospitalidade, de acordo com valores de referência abaixo. Estas
avaliações foram agrupadas e tabuladas de acordo com a cidade
dos participantes.
Assim, foi possível verificar as diferentes percepções entre as
cidades do destino alvo do Projeto Caravana Brasil Nacional do
ponto de vista dos fornecedores locais.
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Durante a viagem técnica foram coletadas informações
semelhantes dos operadores e agentes, o que possibilita as
comparações exibidas a seguir. Cabe destacar os critérios
adotados para a tabulação, de acordo com a tabela abaixo:
A avaliação do índice hospitalidade pelos fornecedores locais
resultou na média “BOM”. O conceito resulta da média entre
todos os índices avaliados no exercício 1.
Valores de referência para as tabelas 0 – Inexistência de tais aspectos
1 – Insuficiência e/ou deficiência nos serviços ou produtos 2 – Serviços ou produtos regulares
3 – Excelência nos atributos indicados
Operadores Fornecedores (média)
ótimo acima de 2,25
bom de 1,5 à 2,25
regular de 0,75 à 1,49
ruim abaixo de 0,75
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Já na avaliação dos operadores houve divisão entre o conceito
ótimo e o regular. Ressalta-se que os operadores são estimulados
a avaliar a hospitalidade por questão única, o que produz uma
avaliação mais subjetiva, mais ligada à sensação vivenciada ao
longo da Caravana:
Por acesso entendeu-se o grau de facilidade com o que o lugar e
seus produtos podem ser acessados. Aqui a avaliação se refere
não só aos meios de transporte que trazem o turista ao destino,
mas também ao grau de mobilidade que se tem dentro do
destino, qualidade dos transportes turísticos de todos os tipos,
estradas, etc. A média geral aproximada mostra que se
considerou o item acesso “BOM”. Note-se, entretanto, que o
conceito atribuído à Vitória esteve muito próximo de “REGULAR”
que foi a opinião predominante entre os operadores.
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Avaliação dos operadores no gráfico seguinte: “REGULAR”
A Legibilidade, outro item avaliado, foi entendida como a
facilidade com a qual as partes da cidade podem ser visualmente
apreendidas, reconhecidas e organizadas de acordo com uma
imagem coerente foi avaliada conforme os gráficos que seguem.
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Para os fornecedores locais, o conceito foi “BOM” com melhor
avaliação de Vitória:
Nota-se uma avaliação menos “generosa” por parte dos
operadores, com predomínio do conceito “REGULAR”. Registre-se
que a viagem técnica ocorreu num período de chuvas intensas o
que pode, de certo modo, ter contribuído para avaliação
negativa, mas cabe reflexão já que o turista pode se sentir da
mesma forma.
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Outro item avaliado foi o de notoriedade, aqui considerado como
o grau de conhecimento do destino pelo mercado:
Os participantes da oficina, sobretudo os da região das
Montanhas avaliaram positivamente o grau de conhecimento do
seu produto, visão com a qual os operadores não concordaram:
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Quase todos entendem a notoriedade como um ponto fraco o
que evidencia a necessidade de ações conjuntas de promoção do
destino.
Já o item identidade que está relacionado ao grau de
experiência que o turista pode ter no destino por meio da
interpretação dos hábitos, costumes, história e memória do lugar,
recebeu as seguintes avaliações:
Foi o item de melhor avaliação na visão dos fornecedores,
coincidindo com a visão dos operadores conforme gráfico:
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Este parece ter sido um dos aspectos mais positivos no ponto de
vista dos operadores e foram frequentes os elogios aos aspectos
históricos e culturais do roteiro, conforme este documento
mostrará mais adiante.
Em relação à concentração de oferta, ou seja, a possibilidade do
destino de possuir uma gama abrangente de produtos e serviços
a serem ofertados ao turista, ampliando as taxas de permanência
e gasto, os participantes da oficina avaliaram como “BOM” mas
numa média muito próxima à “REGULAR” o que evidencia
necessidade de maior reflexão a este respeito:
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Os operadores avaliando a mesma questão pareceram concordar.
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4- ANÁLISE DE PRODUTO – OPERADORES
Como os operadores veem as possibilidades do destino em
relação ao mercado?
Esta parece ser uma questão bastante relevante para ações de
comercialização em parceria, objetivo do Projeto Caravana Brasil
Nacional.
Os operadores avaliaram objetivamente itens relacionados à
competitividade do destino.
Evidentemente, tratou-se de visão relacionada a outros destinos
considerados semelhantes em relação a outros atualmente
comercializados.
O primeiro item foi o do destino como produto, ou seja,
independente do potencial que o local possui (recursos) como ele
é visto para o mercado com a estruturação atual:
Note-se que a maioria considera o destino adequado, “pronto”
para consumo ainda que observem limitações.
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A avaliação é positiva pois denota o fato do destino poder ser
comercializado de imediato.
E os preços praticados? Como os operadores avaliam o roteiro a
partir da comparação de preços. Observe-se que a pesquisa não
apontava destinos semelhantes, a comparação era feita de forma
espontânea, não estimulada:
Observe-se que o preço não parece ser um problema para a
maioria dos avaliadores.
Outro item avaliado foi o da distribuição, especificamente, o nível
de empenho que os fornecedores demonstram em comercializar
os produtos pela via das operadoras e agências:
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Há uma divisão de opiniões o que faz pensar na necessidade de
ações que detectem as causas e consequências desta percepção.
Outro item foi o da aceitação e do grau de interesse que o
destino teria em relação ao público com o qual os operadores
trabalham:
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É outra questão que merece reflexão mais aprofundada.
Finalmente, no que se refere à competitividade, os operadores
opinaram sobre a qualidade da promoção do destino por parte
dos fornecedores locais, conforme gráfico:
Não foi uma avaliação positiva o que sugere a possibilidade de se
ampliar os esforços de promoção inclusive em parceria com os
operadores.
4.1- Pontos fortes e fracos – Operadores
Os operadores participantes da viagem técnica avaliaram pontos
fortes e fracos dos locais visitados. Há muita coincidência entre
avaliações o que sugere que mereçam ainda mais crédito.
Após as avaliações objetivas os operadores foram convidados a
descrever o que consideravam pontos fortes e fracos do roteiro
que acabara de ser feito.
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Em relação aos aspectos positivos há coincidência das opiniões
em torno do clima agradável, da hospitalidade da população,
belas paisagens e um grande potencial histórico.
Outros itens elogiados foram a gastronomia e o fato do produto
poder ser apresentado como novidade ao mercado como
observou um dos operadores: “Cultura, história, hospitalidade,
atrativos naturais, muitos empreendedores de “visão”. Produto
novo, diferente do que estamos acostumados a oferecer”
Outros aspectos foram apontados como insatisfatórios havendo
coincidência de opiniões especialmente no que se refere à
qualidade de alguns acessos, qualidade do atendimento em
alguns hotéis (qualificação de mão de obra, profissionalização)e
grau de consciência de alguns empreendedores e moradores
sobre as possibilidades que a atividade turística tem de melhorar
suas vidas. Além disso, um dos operadores menciona a
dificuldade de negociação por parte de alguns fornecedores:
“Além das vias de acesso há o problema da necessidade de
maiores esclarecimentos sobre estratégias de negociação”.
Por fim, parece haver consenso de que o potencial da região faz
necessárias mais e melhores ações de promoção.
São observações importantes dada a qualidade dos avaliadores.
Vale ressaltar, entretanto, que em função do pouco tempo de
visita às cidades certas avaliações podem estar prejudicadas.
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5- AVALIAÇÃO DO ENCONTRO DE NEGÓCIOS –
OPERADORES
Um dos mais importantes momentos da viagem técnica é o
Encontro de Negócios. Nele operadores e fornecedores
encontram-se com o objetivo de formatar produtos a serem
comercializados.
Participaram do encontro de negócios os seguintes fornecedores
e representantes de instituições do ES:
Encontro de Negócios. Foto: Abnel Neves.
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ENCONTRO DE NEGÓCIOS – PARTICIPANTES Empresa/Instituição Representante
Aroso Paço Hotel Robson de Jesus Cachaça Thimolina Paulo Soares Canaltures Receptivo Helina Cosme Casa da Cultura Denis Roger Casa do Cebolão Cecília Perim Cavalgada Ecológica Pedra Azul Fabrícia Canal Dolce Via Criméia Regina Perim Domaine Orgânicos Joaquim silva Hotel Estrela do Sul — P.M. Castelo Marcelo Zagozzo Pousada Afonso Claudio José L. Bissoli Pousada Lua e Sol Gedi Santos Pousada Vale Du´Carmo Marli de Almeida Pousada Vovó Dindinha Jorge Saiter Pousada Vovó Dindinha Ezilene Projeto Guaçu-Virá Graziele Dalbó Rampa do Ubá Eliezer Calui Recanto dos Amigos Denise Restaurante Lorenzoni Damáris Lorenzoni SEBRAE - ES João SEBRAE - ES Carlos Eduardo SEBRAE - ES Rodrigo Barbosa SETUR - ES Alisson Guerini SETUR - ES Carla Rezende Sítio Família Lorenção Bernardete Lorenção Stoffel Tour Eunice Stoffel Vale das Flores Maria Aparecida Ambrosim
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Os gráficos que seguem mostram a opinião dos operadores
participantes. A primeira avaliação foi a do material utilizado
pelos fornecedores (divulgação, tarifários, etc.).
A grande maioria avaliou de forma positiva.
Outro item foi o da política comercial, ou seja, o fato dos
fornecedores terem uma política diferenciada e estruturada para
o trabalho com agências e operadoras.
Aqui a avaliação não foi muito satisfatória e se faz necessária
maior reflexão sobre os motivos.
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Outro item foi o da capacidade de negociação, ou seja, o grau de
adaptação da realidade dos fornecedores de modo a facilitar o
trabalho em parceria com os operadores. Mais uma vez houve o
predomínio do conceito “REGULAR”:
Finalmente, talvez aquela das mais importantes avaliações aqui
apresentadas: os operadores, em relação ao encontro de
negócios, tiveram as expectativas satisfeitas?
Tratou-se de avaliação positiva apesar das aparentes restrições.
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6- CONSIDERAÇÕES FINAIS
Por tudo o que se avaliou neste documento, os objetivos do
Projeto Caravana Brasil Nacional no Espírito Santo,
especificamente nas cidades do roteiro aqui denominado Vitória e
Montanhas Capixabas foram satisfeitos.
O fato de haver avaliações negativas em relação a alguns itens
torna mais importante o desafio que se inicia para otimizar o
processo de comercialização de um destino de muito potencial
Os operadores apontaram alguns problemas que devem ser
considerados para efeito de planejamento, gestão e
comercialização porque tendem a estar próximos da visão dos
próprios turistas.
É importante pensar na Caravana como o início de uma relação
importante de parceria que tende a render frutos a todos. Os
operadores avaliaram a iniciativa de forma positiva como se vê:
Todos reconheceram novas oportunidades de comercialização a
partir da Caravana e, além disso ao responderem sobre a
importância do roteiro na diversificação de seus produtos:
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Por fim, foi também bastante positiva a avaliação em relação aos
contatos desenvolvidos para negócios futuros:
Em relação à oficina de capacitação, ela parece ter propiciado
reflexão coletiva suficiente à melhoria dos resultados do Encontro
de Negócios. Reconhece-se, entretanto, que talvez pelo fato de
ter ocorrido em Vitória e próxima a data de outros eventos,
muitos fornecedores acabaram por não participar da oficina.
Sugere-se, sobretudo aos representantes de órgãos de
governança local, que possam atuar junto aos fornecedores de
modo a multiplicar os resultados da reflexão ocorrida.
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A aproximação entre fornecedores e os canais de distribuição
parece ter ocorrido de forma bastante satisfatória.
O desafio que se sugere vencer é o de ampliar tanto a reflexão
coletiva quanto a aproximação dos fornecedores com os canais
de distribuição e, mais que isso, fazer com que isso ocorra com a
máxima freqüência possível.
Os resultados positivos serão constantes.
É para o que se espera ter contribuído este projeto, deixando
algum legado que possa ir além desta oficina devolutiva, sendo
útil às próximas ações que certamente, necessárias que são,
voltarão a ocorrer.
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