caderno de direito ambiental

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    1Caderno de Direito Ambiental: Aula 01- dia 26.01.2012

    DIREITO AMBIENTAL

    ndice

    Aula 01- dia 26.01.2012 .................................................................................................................................. 1

    Aula 0201.03.2012 ....................................................................................................................................... 9

    Aula 03- 21.03.2012 ....................................................................................................................................... 17

    Aula 04- 29/03/2012 .................................................................................................................................... 22

    Aula 0511/04/2012 .................................................................................................................................. 39

    Aula 06- 26/04/2012 .................................................................................................................................. 150

    Aula 07- 17/05/2012 .................................................................................................................................. 182

    Aula 08: 20/06/2012 ................................................................................................................................... 201

    Aula 01- dia 26.01.2012

    Lei 12.187/2009-artigo12Convenes internacionais.Decreto 4339/2002.

    Adi3540Lei 11105/05- transgnicoslei 9605/986514/08lei 6938/31

    Bibliografia: Edis Miral.

    O direito ambiental Direito recente, que comea em 1972.

    Direito Ambiental Internacional: na ONU o assunto surge na Conferencia das Naes Unidassobre Meio Ambiente Humano, com a Declarao de Estocolmo, em 1972, quando efetivamentecomea a proteo na esfera global.

    A Declarao em questo era Soft Law, pois era flexvel que no obrigava os pases.

    Mundo na poca se dividiu em duas correntes: preservacionistas (que defendiam a parada daproduo humana pela utilizao em demasia dos recursos naturais. Era em regra defendida pelospases ricos); desenvolvimentistas (que defendiam que os pases ricos j utilizaram todos os recursosnaturais deles. Os desenvolvimentistas eram a favor de continuar usando seus prprios recursos paraque ocorra o desenvolvimento. Eram encabeados pelo Brasil. )

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    Declarao de Estocolmo, na qual colocou o meio ambiente como direito humano, o queacarretou numa grande influncia na CRFB/88, pois o colocou como direito fundamental. Valedizer que os socialistas no participaram desta Conferncia.

    Em junho ser realizada a Rio + 20.

    Houve uma formao de um terceiro grupo os conservacionistas, que querem odesenvolvimento econmico, porm preocupando-se com o meio ambiente.

    Em 1987 houve a criao da Comisso sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (ONU), naqual editou o relatrio Nosso futuro comum (ou Brundtland). Este relatrio sistematizou oDesenvolvimento Sustentvel, que utilizado at hoje. O desenvolvimento sustentvel consiste ematender s necessidades da gerao presente sem comprometer s geraes futuras.

    Este relatrio precedeu o RIO/92 ou ECO/92 (Cpula da Terra), na qual foi realizada a

    Conferncia Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (desenvolvimento sustentvel). Seusefeitos (soft law, para os internacionalistas) foram:

    I) Declarao do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento,II) Agenda 21(plano de ao para que tenhamos sociedades sustentveis).

    Convenes decorrentes da Declarao do RIO:

    a) Conveno-Quadro sobre mudanas climticas = foi em 1997 complementada peloProtocolo de Kyoto (para reduo de gases na atmosfera entre o perodo de 2008 a 2012, no

    percentual de 5,2%, tendo como base o ano de 1990).b) Proteo sobre diversidade biolgica.

    RIO + 10 (Conferncia de Johanesburgo sobre Desenvolvimento Sustentvel 2002) =Ocorreu a declarao poltica conhecida como Compromisso de Johanesburgo sobreDesenvolvimento Sustentvel e criao do plano de implementao. Este plano possui trsobjetivos:

    I) erradicar a pobreza;II) eliminar padres de consumo e produo insustentvel,

    III) proteger os recursos naturais.

    Posteriormente, foi feita a CONVENO SOBRE O COMRCIO INTERNACIONALDAS ESPCIES DA FLORA E FAUNA EM PERIGO DE EXTINO- correspondente aCITES, descrita no cdigo florestal. de 1973. .

    Ainda, foi feita a CONVENO DE VIENA PARA PROTEO DA CAMADA DEOZNIO, de 1985, que gerou o Protocolo de Montreal- que estabelecia as metas- ndices para os

    paes- para reduo de substancias que destroem a Camada de Oznio, sendo a primeira convenointernacional para a troca voluntria dos pases sobre a no utilizao de CFCs. a primeira vez queos pases voluntariamente passaram a substituir substancias lesivas por outras.

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    Para os doutrinadores, a primeira vez que apareceu o princpio da precauo: sobre asdvidas quanto aos ricos a sade humana por ausncia de pesquisas definitivas sobre o assunto. Ex.transgnicos, aquecimento global.

    Em 1985 no se tinha certeza se estas substancias realmente prejudicavam a Camada deOznio, mas os pases ainda sim resolveram firmar acordo neste sentido, para evitar males maioresposteriores.

    RELATRIO NOSSO FUTURO COMUM ou Brundtland em 1987 a ONU editou oRelatrio Nosso Futuro Comum, oriundo de comisso da ONU, presidia pela Ex-primeira Ministrada Noruega, Gro Brudltand. tal relatrio que definiu o conceito clssico de desenvolvimentosustentvel;

    CONCEITO CLSSICO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTVEL: aquele que

    atende as necessidades das presentes geraes sem comprometer as necessidades das geraesfuturas.

    O Artigo 225 da CF adotou tal conceito.

    O conceito clssico de desenvolvimento sustentvel para presentes e futuras geraes, para aFGV, quando relacionado ao artigo 225 denominado de SOLIDARIEDADEINTERGERACIONAL.

    CONVENO SOBRE CONTROLE DE MOVIMENTOS TRANSFRONTEIRIOS DERESDUOS PERIGOSOS: conhecimento como Conveno da Basileia de 1989: disciplina ocontrole de substancias perigosas entre os estados, como pneus, lixo hospitalar, mercrio, bateriais,etc...

    ADPF 101: proibida a importao de pneumticos ressolados, para evitar de o Brasil ficar como lixo dos pneus que tem menor vida til. Exceto os importados do MERCOSUL, para os quaisno se aplica multa, ainda que ressolados.

    Decreto 6514/08- artigo 70, pargrafo primeiro: sobre as infraes administrativas em matriaambiental.

    Resolues do CONAMA disciplinam o controle de tais substncias perigosas, inclusive comuma Poltica para o Lixo.

    CONFERNCIA DO RIO DE JANEIRO SOBRE MEIO AMBIENTE EDESENVOLVIMENTO RIO 92 OU ECO 92

    Feita por meio da:1.DECLARAO DO RIO:

    2. AGENDA 213. CONVENO QUADRO SOBRE MUDANAS CLIMTICAS4. CONVENO SOBRE DIVERSIDADE BIOLGICA5. DECLARAO DE FLORESTAS

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    4Caderno de Direito Ambiental: Aula 01- dia 26.01.2012

    A ECO 92 falava em meio ambiente e desenvolvimento.

    Declarao do Rio e Agenda 21 so Soft Law.

    Declarao do Rio uma declarao de princpios do direito ambiental.

    Agenda 21: um documento programtico. um programa de ao com diretrizes para aimplementao do desenvolvimento sustentvel.

    uma tentativa de promover, em escala planetria, um novo padro de desenvolvimento,conciliando mtodos de proteo ambiental, justia social e eficincia econmica.

    Prev planos para implementao em esfera mundial, nacional e regional.

    As diretrizes so destinadas ao governo e sociedade.

    No impositiva: cada governo adota as diretrizes que lhe so pertinentes.

    CONVENO QUADRO SOBRE MUDANAS NO CLIMA: hard Law: obrigatria.Foi assinada em maio de 92 em NY e no no RIO, mas como em poca prxima os

    doutrinadores a colocaram como parte da RIO.Tem a preocupao com a reduo dos gases antropognicos.

    Ligado a Conveno Quadro h o protocolo de Kyoto editado na COP 3 (Conferncia dasPartes- para discutir o cumprimento das metas), que objetiva reduzir a emisso dos gases causadoresdo efeito estufa.

    A meta a reduo em mdia 5,2% das emisses em relao aos nveis de 1990 pelo perodo de2008 a 2012.

    A COP de 2011 prorrogou at 2017 o Protocolo de Kyoto.

    O Brasil no tem obrigaes no Protocolo de Kyoto mas em que pese tal fato, o Brasil editou aLei 12.187/2009- lei da poltica nacional de mudanas climticas- artigo 12- pela qual o Brasil

    voluntariamente aceitou reduzir de 36,1% a 38,9% de suas emisses projetadas at 2020.

    CONVENO SOBRE DIVERSIDADE BIOLGICA o mais importante instrumento internacional de proteo da diversidade. hard Law- Brasil Ratificou.

    Tem como objetivos a conservao da Diversidade Biolgica, o uso sustentvel dos recursos

    biolgicos, distribuio justa e equitativa dos benefcios do uso dos recursos genticos.Decreto no Brasil que aprovou a Poltica Nacional de Biodiversidade: 4339/2002.

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    A Declarao de Florestas no tem importncia.

    CONFERENCIA RIO + 10 (anos) ou Cpula Mundial sobre desenvolvimento sustentvel

    Ocorreu em Joaesburgo em 2002.Teve dois instrumentos:- Declarao Poltica : soft Law. Declarao de Princpios.

    - Plano de Implementao: foi novidade: gostaria de retirar do papel e tornar efetivas asmedidas protetoras do meio ambiente.

    Discutiu o Resultado da Rio 92 e da de Estocolmo.

    Tal plano possui trs objetivos:A erradicao da pobrezaA mudana dos padres insustentveis de produo e consumo.A proteo aos recursos naturais

    Princpio da Ecoeficiencia- na poltica nacional de resduos slidos: deve-se atender asnecessidades humanas observando as questes ambientais e a capacidade de suporte do planeta.

    Posteriormente, em 2012, se realizar a RIO + 20 NO RIO DE JANEIRO.

    PRINCPIOS DO DIREITO AMBIENTAL

    MEIO AMBIENTE ECOLOGICAMENTE EQUILIBRADO

    bem de uso comum do povo.Princpio matriz, direito fundamental, norteador da atuao constitucional ou

    infraconstitucional.

    O legislador associou tal direito ao direito a sadia qualidade de vida.Artigo 225 da CF: associa sade e meio ambiente. o mais essencial dos direitos fundamentais.Para o STJ sem os quais no h que se falar em efetivao de direitos polticos, civis,

    individuais etc..

    Quanto mais um direito fundamental se aproxima da dignidade da pessoa humana fundamento axiolgico do ordenamento jurdico-, mais essencial ele se torna.

    MEIO AMBIENTE ECOLOGICAMENTE EQUILIBRADO um meio ambiente no

    poludo, com higidez e salubridade.

    ADI 3540/DF de 2005.

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    6Caderno de Direito Ambiental: Aula 01- dia 26.01.2012

    DIREITO ECONOMICO X DIREITOS HUMANOS

    Os direitos ambientais esto na interseco de ambos os direitos.

    DIREITO DO RETROCESSO ECOLGICO ou da retrogradao socioambiental

    Atua da mesma forma do Princpio do No retrocesso social. uma garantia do cidado contra o legislador no intuito de salvaguardar os seus direitos

    fundamentais consagrados na CF. uma espcie da clusula Rebus Sic Stantibus- a menos que haja mudanas, no se pode

    retroceder a nvel inferior ao que se tem hoje na proteo ambiental.H situaes que importam em possibilidade de flexibilizao:Calamidade PblicaEstado de StioEmergncia Grave

    Trata-se de exceo temporria, pois uma vez passada tal situao,se retorna ao que se tem

    hoje.

    garantia institucional e direito subjetivo.

    implcito no ordenamento jurdico.Alguns doutrinadores o colocam como fundamento o artigo 1, inciso III e 225.

    O Cdigo Florestal pode se contestado por tal princpio por meio de ADI.

    PRINCPIO DO PROGRESSO ECOLGICOO Estado obrigado a rever e aprimorar a legislao existente na proteo ambiental.Deve-se ter a melhor tcnica disponvel para a proteo ambiental.Pacto Internacional de Direitos Econmicos sociais e culturais DESC, h a clusula de

    progressividade ou o dever de progressiva realizao. Artigo 2 item 1.Na rea ambiental, o estado tem tal dever para atender as futuras geraes, que tem que receber

    os recursos naturais em condies idnticas ou melhores do que ns.

    PRINCIPIO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTVEL ou durvel

    O conceito brasileiro diverso do clssico internacional. compatibilizar o desenvolvimento econmico com a proteo ao meio ambiente.

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    Artigo 170 CF: deve-se observar os princpios da funo social da propriedade e de defesa domeio ambiente.

    Declarao do Rio Princpio 4.Num confronto entre atividade econmica e meio ambiente, o STJ diz que deve haver

    compatibilizao entre ambos e na impossibilidade de incompatibilizar, que se opta pelo meioambiente.

    PRINCIPIO DA SOLIDARIEDADE INTERGERACIONAL

    Geraes sincrnicas- so as presentes geraes.Diacrnicas so as futuras.

    Artigo 225 caput:O legislador constitucional criou um sujeito de direitos indeterminado: a futura gerao. um princpio de tica entre as geraes: dilogo entre as geraes.

    PRINCIPIO DA FUNO SOCIO AMBIENTAL DA PROPRIEDADEPropriedade somente se legitima a partir do momento em que atende sua funo social e a

    coletividade.

    O texto de 1988 publicizou a funo social da propriedade.

    A funo social no limita o direito de propriedade; elemento essencial interno dapropriedade, um contedo do direito de propriedade.No h que se falar em limitao, mas sim no uso da propriedade conforme o direito.Funo social no externo ao contedo de propriedade, mas sim elemento interno, integrante

    do conceito de propriedade.FUNO opem-se a autoridade de vontade, que princpio do direito privado que tem por

    limite o ilcito. o poder de agir que traduz um verdadeiro dever jurdico, em que s se legitimaquando digirido a finalidade especfica que gerou uma atribuio ao agente.

    Celso de Mello: onde h funo no h autonomia de vontade.

    ARTIGO 186 DA CF:A funo social para propriedade rural cumprida se houver SIMULTANEAMENTEaproveitamento racional e adequado- ASPECTO ECONOMICO DA PROPRIEDADEUtilizao adequada dos recursos naturais disponveis e preservao do meio ambiente-

    ASPECTO AMBIENTAL DA PROPRIEDADEObservncia das disposies e relaes de trabalho- ASPECTO SOCIALExplorao com bem estar dos proprietrios e trabalhadores- ASPECTO SOCIALFUNCAO SOCIAL URBANA- se cumpre respeitando o Plano Diretor.

    Cidades com mais de 20 mil habitantes no Brasil devem possuir obrigatoriamente PlanoDiretor- Lei municipal.

    O proprietrio rural tem obrigaes de no fazer ex. no poluir, no desmatar e no degradar.

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    J as obrigaes positivas para proprietrio rural, deve-se averbar a reserva legal no Cartrio deRegistro de Imveis, recompor.

    O objeto de Ao Civil Pblica uma obrigao de fazer ou no fazer ou dinheiro.

    J as obrigaes para proprietrios urbanos envolvem a obrigao de proteo acstica e outrosdireitos de vizinhana envolvem direito ambiental.

    Artigo 1228

    Responsabilizao por danos ambientais so obrigao Propter Rem: no se isenta daresponsabilidade ambiental alegando que o responsvel pelo dano foi o proprietrio anterior. Oentendimento pacfico no STJ. Ao se adquirir propriedade desmatada, todo o passivo ambiental do atual proprietrio, que tem direito de ao regressiva contra o antigo proprietrio.

    PRINCIPIO DA PREVENOVem do verbo prevenir: agir antecipadamente.O direito ambiental em essncia preventivo.

    Somente se age antecipadamente quando h dados e pesquisas ambientais, correspondente aoprincpio da certeza cientfica.

    Tal princpio justificado pela impossibilidade de retorno ao status quo ante e pela eliminaode uma espcie da flora ou fauna.

    Para tal h o poder de polcia ambiental.O licenciamento ambiental ou estudo prvio de impacto ambiental EIARIMA outra forma de

    manifestao do princpio da preveno.Trabalha com o dano ou perigo certo, conhecido, com dados, pesquisas, informaes.

    PRINCIPIO DA PRECAUO

    o dano incerto, desconhecido. o perigo em abstrato. H a incerteza cientfica.No h pesquisas conclusivas sobre o assunto.

    E, neste caso, in dbio pro ambiente ou pro natura.

    o princpio 15 da Declarao do Rio. Quando houver ameaa de danos srios, a ausncia depesquisas e certeza cientfica no deve ser utilizada para evitar medidas eficcias para prevenir adegradao.

    Inverso do nus da prova ligada ao princpio da precauo: MP ajuza Ao Civil Pblicacontra empresrio para ele demonstre que seu empreendimento no causa riscos ao meio ambiente.

    Prognose negativa: o conhecimento antecipado de forma negativa. O juiz exercendo suasatividades deve fazer um exerccio de probabilidade tendo em vista a existncia de dvida porausncia de pesquisas definitivas sobre os assuntos. Por tal prognose, no se permite que se usem osrecursos tendo em vista a precauo.

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    A prognose positiva permite que se usem os recursos naturais.

    Aula 0201.03.2012

    Continuao de princpios...

    9. PRINCPIO DA INFORMAOA essncia do Estado democrtico a possibilidade de informaes. Qualquer obra, qualquer

    empreendimento econmico, tem impacto na questo ambiental e em nossa qualidade de vida.Assim, faz-se necessrio franquear o acesso a toda a populao.

    a. Relao do princpio da informao com o direito do consumidor:i.Ao comprar uma geladeira, por exemplo, h informaes que constam nos produtos para que

    o consumidor possa fazer a sua escolha.ii. Questo dos OGMs (organismos geneticamente modificados): tem que constar no rtulo do

    produto que transgnico. Nesse sentido, ver art. 40 da Lei 11.105/05 (Lei dos Transgnicos1).b. EIARIMA (art. 225, 1, IV, CF2) toda vez que tiver uma obra com significativa

    degradao ambiental, o empreendedor tem que fazer o Estudo Prvio de Impacto Ambiental(EIARIMA).

    i. O estudo prvio pblico (tem que dar publicidade a esse estudo).c. Exceo ao princpio: o sigilo industrial.d. Lei 10.650/03: possibilita o acesso s informaes ambientais dos bancos pblicos do

    SISNAMA (Sistema Nacional do Meio Ambiente). Frise-se que inclusive a pessoa jurdica pode teracesso a essas informaes.i. O SISNAMA constitudo pelo IBAMA e rgos ambientais da Unio, Estados, DF e

    Municpios.e. SISNIMA (Sistema Nacional de Informaes Ambientais): o SISNIMA vai interligar as

    informaes ambientais dos rgos ambientais no Brasil. Ser visto com mais detalhes nas prximasaulas.

    10. PRINCPIO DA PARTICIPAO COMUNITRIAa. Participao comunitria:

    i. Esfera administrativa: possibilidade de participar das polticas pblicas ambientais. Direito de petio: pode pedir informaes. Conselhos ambientais: temos conselhos de meio ambiente em todas as esferas (U, E,

    DF e M). Nesses conselhos, temos a participao da sociedade. No mbito federal, temos o

    1Art. 40. Os alimentos e ingredientes alimentares destinados ao consumo humano ou animal que contenham ou sejam produzidos a

    partir de OGM ou derivados devero conter informao nesse sentido em seus rtulos, conforme regulamento.

    2Art. 225. Todos tm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial sadia qualidade

    de vida, impondo-se ao Poder Pblico e coletividade o dever de defend-lo e preserv- lo para as presentes e futuras geraes.

    1 - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Pblico:

    (...)

    IV - exigir, na forma da lei, para instalao de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradao do meio

    ambiente, estudo prvio de impacto ambiental, a que se dar publicidade;

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    CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente), que o mais importante. Para um entefederativo efetuar o licenciamento ambiental, ele precisa do Conselho de Meio Ambiente, o qualdeve ter carter deliberativo (que decide), e no consultivo/opinativo.

    Audincias pblicas: o momento de levar a informao populao, fazendo comque ela tenha oportunidade de debater, participar.

    Exemplo de audincias pblicas: Belo Monte.No confundir audincia pblica com consulta pblica: a consulta pblica mais ampla (pode

    contemplar a internet). J a audincia pblica tem que ter um local fsico especfico. Esta comumno estudo prvio de impacto ambiental.

    Etc.ii. Esfera do legislativo: Art. 14 da CF: plebiscito, referendo e projeto de iniciativa popular sobre questes

    ambientais.iii. Esfera judicial: Ao popular ambiental H tambm ao civil pblica e aes coletivas, mas so para os entes legitimados.b. Alm dessas formas, o indivduo tambm pode participar:

    i. Respeitando as normas de proteo ambiental.ii. Exigindo do poder pblico o cumprimento das normas ambientais.

    11. PRINCPIO DA EDUCAO AMBIENTALa. Art. 225, 1, VI, CF: foi regulamentado pela Lei 9.795/99 (Poltica Nacional de

    Educao Ambiental).Art. 225. Todos tm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum

    do povo e essencial sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Pblico e coletividade o deverde defend-lo e preserv- lo para as presentes e futuras geraes.

    1 - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Pblico:(...)

    VI - promover a educao ambiental em todos os nveis de ensino e a conscientizao pblicapara a preservao do meio ambiente;

    12. PRINCPIO DO POLUIDOR PAGADORa. Ele tem duas facetas:i. Preventivaii. Reparadora

    b. um princpio econmico de proteo ambiental. um princpio cautelar epreventivo.

    c. Face preventiva: o empresrio tem que adotar medidas preventivas para reduzir/mitigaros impactos ambientais de sua atividade. Ressalte-se que no significa que posso poluir se pagar.

    i. INTERNALIZAO DAS EXTERNALIDADES NEGATIVAS: Internalizao = processo produtivo. Externalidade = tudo aquilo que est fora do processo produtivo. Por exemplo, ao se

    produzir queijo, sa um lquido horroroso.

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    Patrimnio nacional no significa que os bens pertencem Unio. pela relevncia, notem nada a ver com a titularidade.

    CUIDADO: Cerrado, caatinga, pampas e atol das rocas no so considerados patrimnionacional.b. Meio ambiente cultural (art. 215 e 216): estamos falando do patrimnio culturalbrasileiro.

    i. O patrimnio cultural brasileiro formado pelos bens materiais e imateriais.Patrimnio cultural Material: bens mveis e bens imveis. Exemplo: Pelourinho de Salvador.Patrimnio cultural Imaterial: aquele que no fsico/palpvel. Exemplo: samba, frevo,

    comidas, festas religiosas.o CUIDADO: o po de queijo no tombado (pois imaterial). Pode-se tombar a

    receita do po de queijo.

    ii.Formas de proteo do patrimnio cultural brasileiro (art. 216, 1

    7

    ):Inventrio = por exemplo, inventariar os bens que guarnecem a igreja, museu, etc. Pode sertanto para o patrimnio cultural material quanto para o imaterial.

    Registro = forma de proteo do patrimnio cultural imaterial. Assim, registra-se o po dequeijo, acaraj.

    o Dec. 3.351/00: formas de registro do patrimnio imaterial do Brasil.Vigilncia = fiscalizaoTombamento e desapropriao direito administrativo.OBS: esse rol no taxativo.

    c.

    Meio ambiente artificial: trata-se do meio ambiente construdo. aquele que tem ainterveno humana. o contrrio do meio ambiente natural.i. Meio ambiente artificial em espaos abertos: praas, parques, ruas, etc.ii. Meio ambiente artificial em espaos fechados: teatros, museus, escolas, etc.

    d. Meio ambiente do trabalho: tem autores que dizem que no existe meio ambiente dotrabalho. Professor entende que existe, pois h previso constitucional (art. 200, VIII, CF8). O meioambiente laboral cuida da sade e segurana do obreiro.

    Essa classificao est prevista no REsp 725.257/MG.

    4. ART. 225, CFa. Ele pode ser visto de trs formas (classificao do Jos Afonso da Silva):

    i. Norma matriz (caput do art. 225): direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado.ii. Instrumentos de garantia de efetividade do caput (1 do art. 225): obrigaes do Poder

    Pblico para garantir a efetividade ao direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado.iii. Determinaes particulares (2 ao 6 do art. 225)

    b. A CF/88 a primeira Constituio a falar efetivamente em meio ambiente.

    7 1 - O Poder Pblico, com a colaborao da comunidade, promover e proteger o patrimnio cultural brasileiro, por meio de

    inventrios, registros, vigilncia, tombamento e desapropriao, e de outras formas de acautelamento e preservao. 8Art. 200. Ao sistema nico de sade compete, alm de outras atribuies, nos termos da lei:

    VIII - colaborar na proteo do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.

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    Macrobem ambiental: incorpreo, imaterial, inaproprivel, indivisvel, inalienvel, etc. Microbens ambiental: a parte corprea do meio ambiente, a parte fsica. Por

    exemplo, a proteo a florestas, guas. Pode-se tutelar o meio ambiente a partir dessa parte fsica.

    como se o microbens fosse o corpo e o macrobem a alma.d. A sadia qualidade de vida s alcanada se existir um meio ambiente ecologicamenteequilibrado.

    e. A expresso Poder Pblico em sentido amplo: Poder Executivo, Poder Legislativoe Poder Judicirio.

    i. Cabe ao Poder Pblico incolumidade do meio ambiente: a obrigao de no degradar, deno poluir, de no fazer intervenes que coloquem em risco o meio ambiente. Se j tiver poludo,impe-se ao Poder Pblico recuper-lo.

    4.2. ART. 225, 1 - GARANTIAS DE EFETIVIDADE DO CAPUT:

    1 - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Pblico:I - preservar e restaurar os processos ecolgicos essenciais e prover o manejo ecolgico das

    espcies e ecossistemas; (Regulamento)II - preservar a diversidade e a integridade do patrimnio gentico do Pas e fiscalizar as

    entidades dedicadas pesquisa e manipulao de material gentico; (Regulamento)(Regulamento)

    III - definir, em todas as unidades da Federao, espaos territoriais e seus componentes aserem especialmente protegidos, sendo a alterao e a supresso permitidas somente atravs de lei,

    vedada qualquer utilizao que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua

    proteo; (Regulamento)IV - exigir, na forma da lei, para instalao de obra ou atividade potencialmente causadora designificativa degradao do meio ambiente, estudo prvio de impacto ambiental, a que se darpublicidade; (Regulamento)

    V - controlar a produo, a comercializao e o emprego de tcnicas, mtodos e substnciasque comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente; (Regulamento)

    VI - promover a educao ambiental em todos os nveis de ensino e a conscientizao pblicapara a preservao do meio ambiente;

    VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as prticas que coloquem em risco suafuno ecolgica, provoquem a extino de espcies ou submetam os animais a crueldade.

    (Regulamento)

    a. Inciso I:i. Processos ecolgicos essenciais: So aqueles que garantem o funcionamento dos ecossistemas e contribuem para a

    salubridade e higidez do meio ambiente (Edes Milar). Processos ecolgicos essncias como aqueles governados, sustentados ou

    intensamente afetados pelos ecossistemas, sendo indispensveis produo de alimentos, sade e aoutros aspectos da sobrevivncia humana e do desenvolvimento sustentado (Jos Afonso da Silva).

    ii. Manejo ecolgico das espcies: Manejo ecolgico das espcies significa lidar com elas de maneira a conserv-las e, sepossvel, recuper-las (Jos Afonso da Silva).

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9985.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9985.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11105.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9985.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11105.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11105.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9985.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9985.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11105.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11105.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9985.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11105.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9985.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9985.htm
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    A doutrina, entretanto, unnime em aceitar o dano moral coletivo.Em fevereiro, o STJ admitiu o dano moral coletivo em matria de direito do consumidor.

    A reparao do dano ambiental poder ser:- Reparao ou restaurao naturalin natura ou in specie: onde ocorreu o dano ambiental.- Indenizao pecuniria

    Primeiro deve-se buscar a reparao natural e na impossibilidade busca-se a indenizaopecuniria.

    Lei 7347/85: LACP: objeto da ao civil pblica legal a condenao em dinheiro ou ocumprimento de obrigao de fazer ou no fazer: possvel a cumulao de pedidos na ao civilpblica? STJ entendeu que a conjuno OU deve ser interpretada no sentido de adio e no de

    excluso. possvel cumulao de pedidos.

    A ao civil de reparao de danos ambientais imprescritvel. E irrelevante a propriedade dobem poca do dano.

    So princpios para argumentao em matria de danos ambientais: Princpio da solidariedadeintergeracional, do poluidor pagador e da preveno e precauo.

    Poluidor a pessoa fsica ou jurdica, de direito publico ou privado, responsvel por atividadecausadora de degradao ambiental de modo direto ou indireto.

    Poluidor indireto: quem financiou obra ou atividade poluidoras.Assim, o banco poder constar no plo passivo de ao civil pblica.Por tal motivo, o banco pblico financiador deve exigir o condicionamento de verbas a titulo

    de emprstimo a cumprimento de licenciamento e normas e padres do CONAMA.

    Lei 12.305- artigo 33: lei da poltica nacional de resduos slidos: se empresrio coloca produtono mercado, mas deve pela logstica reversa, trazer devolva o produto ao empresrio para dar odestino correto. Ex. pilhas, agrotxicos, eletroeletrnicos etc.

    LOGISTICA REVERSA: instrumento de desenvolvimento econmico e social caracterizadopor conjunto de aes e meios destinados a viabilizar a coleta de resduos slidos em setor industrialpara aproveitamento em seus ciclos produtivos ou destinao final ambientalmente adequada.

    Se o empresrio no retirar os produtos usados do mercado, ser responsabilizado comopoluidor indireto caso o usurio descartar incorretamente o produto.

    Se mltiplos agentes poluidores, eles tem responsabilidade solidria.

    RESPONSABILIDADE OBJETIVA EM MATRIA AMBIENTAL

    A responsabilidade objetiva tem como conseqncias:- Prescindibilidade da culpa para o dever de indenizar (em regra. H excees). Basta o nexo

    de causalidade.

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    21Caderno de Direito Ambiental: Aula 03- 21.03.2012

    - Irrelevncia da ilicitude da atividade- Irrelevncia do caso fortuito e fora maior. Adota-se a teoria do risco integral. Culpa de

    terceiro, vtima esto descartadas.- irrelevncia da clusula de no indenizar.

    Desde 1981- lei da poltica nacional- artigo 14, pargrafo 1, a responsabilidade objetiva.

    Teorias do risco:- Risco Criado: busca a identificao da causa adequada e emprega a teoria da causalidade

    adequada para o nexo causal. Admite excludentes, inclusive fato externo imprevisvel e irresistvel ex.abalo ssmico. semelhante a teoria do risco administrativo. Ex. rio com vrias empresasestabelecidas. Por tal teoria, todas esto lanando efluentes no rio, e deve-se identificar qual a causada poluio.

    - Risco Integral: busca a existncia da atividade equiparada a causa do dano. ex. se a fbricano existisse naquele local, haveria o dano ambiental? Usa a teoria da equivalncia das condies.No admite excludente. Pode processar apenas um, ainda que outros sejam os causadores. No hlitisconsrcio necessrio e este poder buscar em ao regressiva em face dos demais. adotadapelo STJ.

    possvel responsabilizar algum que no foi responsvel pelo dano ambiental?Sim. O adquirente de propriedade desmatada ou degradada obrigado a reparar os danos desta

    propriedade. No exigido nexo causal. caso de obrigao propter rem.So responsabilizados os que fazem, deixam fazem, no faz, deveria fazer, quem no seimporta que faam, quem financiam que faam, e quem se beneficiam quando outros fazem.

    Inverso do nus da prova em matria ambiental possvel. O particular deve demonstrar queseu empreendimento no causa risco ao meio ambiente.

    RESPONSABILIDADE DO ESTADO

    Para pessoas jurdicas de direito publico e para as de direito privado prestadoras de servio

    publico-> artigo 37, pargrafo 6 da CF e artigo 3, inciso IV da Lei 6.938/81: poltica nacional domeio ambiente.

    A responsabilidade objetiva. pacfico.

    O problema doutrinrio envolve dano ambiental oriundo da omisso do Estado quanto aoexerccio do poder de polcia.

    H doutrinadores que defendem que:- a responsabilidade subjetiva: majoritrio.

    - objetiva. Julgado do Ministro Herman Benjamin. Entende que em regra subjetiva, mastem excees: quanto a responsabilizao decorrente de expressa previso legal em microsistemaespecial como o do meio ambiente; e quando as circunstancias indicarem a presena de umstandard- dever de ao estatal mais rigoroso. Para ele, a administrao solidria, objetiva e

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    22Caderno de Direito Ambiental: Aula 04- 29/03/2012

    ilimitadamente responsvel por danos urbansticos e ambientais se contribui para a degradaoambiental ou seu agravamento. Caber disciplinas penais, civil e de improbidade para o governante.

    A execuo, neste caso, entretanto subsidiria: primeiro executa o particular e depois o Estado.

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    LEI DA POLTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE

    1. SISNAMA

    1.1. Introduo- Trata-se da lei 6.938/81.

    - O SISNAMA consiste no sistema nacional do meio ambiente.

    - H um rgo superior: Conselho de Governo.

    - H um rgo consultivo e deliberativo: CONAMA.

    - H um rgo central: Ministrio do Meio Ambiente.

    - H um rgo executor: IBAMA.

    - H rgos seccionais: rgos ambientais estaduais.

    - H o rgo local: rgo ambiental municipal.

    - O professor destaca que o SISNAMA consiste no conjunto de rgos e entes responsveispela efetivao da poltica nacional do meio ambiente.

    - O SISNAMA no possui personalidade jurdica. Na verdade, apenas alguns dos seus entes

    possuem personalidade jurdica, a exemplo do IBAMA.

    1.2. Conselho de Governo- Trata-se dos ministros e dos secretrios com status de ministro.

    - Trata-se de rgo de assessoramento da presidncia da repblica.

    - Nas questes ambientais, a finalidade do Conselho de Governo justamente assessorar opresidente da repblica na formulao da poltica nacional e nas diretrizes para o meio ambiente epara os recursos naturais.

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    23Caderno de Direito Ambiental: Aula 04- 29/03/2012

    1.3. CONAMA

    - Trata-se do conselho nacional do meio ambiente.

    - O CONAMA tem duas funes, quais sejam: funo consultiva e funo deliberativa.

    - No aspecto consultivo, o CONAMA assessora o Conselho de Governo, propondo medidas aserem adotadas.

    - H, tambm, o aspecto deliberativo do CONAMA.

    No exerccio dessa funo, delibera-se, no seu mbito de competncia, sobre normas e padrescompatveis para o meio ambiente ecologicamente equilibrado e essencial sadia qualidade de vida.

    Essas normas so concretizadas atravs da edio de resoluo.

    - Quais so os atos praticados pelo CONAMA?

    So vrios, destacando-se os seguintes:

    (i)

    resoluo, a qual consiste no ato tpico do CONAMA para se estabelecer normas epadres para um meio ambiente saudvel; resoluo do CONAMA- 1/1986 (EIA/RIMA);9/1987(audincia publica); 237/1997(licenciamento ambiental ordinrio)

    (ii) moo, a qual consiste num conceito residual, utilizada para manifestaes de qualquernatureza que versem sobre questes ambientais;

    (iii) recomendao, a qual consiste numa orientao dirigida a outros rgos ou entes daadministrao pblica (ex.: implementao de uma determinada poltica ambiental). A recomendaoconsiste numa sugesto. No ano 2011, o CONAMA editou uma recomendao para que os rgosda administrao pblica adotassem os princpios de poltica de responsabilidade ambiental.

    (iv) proposio, a qual diz respeito ao encaminhamento de discusso ao Conselho deGoverno ou s comisses das casas legislativas;

    Ex.: o CONAMA encaminhou ao senado federal uma proposio sobre as modificaes noCdigo Florestal, requerendo a participao da sociedade civil nas alteraes legislativas.

    (v) deciso acerca da aplicao de multas e outras penalidades impostas por conta deinfraes administrativas. (cmara especial recursal)

    - Atualmente, h em torno de 108 conselheiros.

    H alguns conselheiros que no tm direito de voto, a exemplo dos representantes do MP.

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    24Caderno de Direito Ambiental: Aula 04- 29/03/2012

    - A composio do CONAMA advm de representantes do:

    (a) governo federal;

    (b) governos estaduais;

    (c) governos municipais;

    (d) entidades da sociedade civil;

    (e) setor empresarial.

    - Por fim, o professor destaca a estrutura do CONAMA.

    H um plenrio composto por todos os representantes acima referidos.H o comit de integrao de polticas ambientais (CIPAM). Trata-se secretaria executiva do

    CONAMA.

    H as cmaras tcnicas. H mais de uma dezena de cmaras sobre diferentes assuntos (assuntosjurdicos, assuntos internacionais, assuntos florestais, assuntos de minerao e etc.). Trata-se decmaras temticas.

    H os grupos de trabalho, formados a partir das cmaras tcnicas. Trata-se de grupos para

    relatar e pesquisar determinados assuntos.

    O professor d destaque cmara especial recursal.

    - Como se aprova uma resoluo do CONAMA?

    Pois bem, as pesquisas realizadas pelo grupo de trabalho so encaminhadas para a cmaratcnica. Em seguida, encaminha-se o tema cmara jurdica. Feito isso, o projeto de resoluo seguepara o plenrio. Por fim, tendo havido a aprovao pelo plenrio, encaminha-se a resoluo para oCONJUR (o qual verifica aspectos de legalidade).

    - H que se ter em vista a cmara especial recursal.

    Trata-se da ltima instncia, na esfera administrativa, para julgar as multas e outras penalidadesaplicadas pelos fiscais do rgo federal (IBAMA).

    As decises dessa cmara tm carter terminativo.

    - Imagine-se que um fiscal do IBAMA aplique uma multa em determinada propriedade rural.

    Uma vez aplicada a multa, instaura-se o processo administrativo.

    O interessado resolve recorrer de eventual deciso desfavorvel.

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    25Caderno de Direito Ambiental: Aula 04- 29/03/2012

    Pois bem, a ltima instncia reside justamente no CONAMA, sendo que a deciso ser tomadapela cmara especial recursal.

    Somente so analisadas por esse ente as multas e outras penalidades (ex.: embargos, apreenso,dentre outros) aplicadas pelo rgo federal. Nesse sentido, NO se analisam penalidades municipaisou estaduais.

    O professor destacou as reas de preservao previstas no 4, do art. 225, da CF/88.

    Art. 225. Todos tm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comumdo povo e essencial sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Pblico e coletividade o deverde defend-lo e preserv-lo para as presentes e futuras geraes.

    1 - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Pblico:

    I - preservar e restaurar os processos ecolgicos essenciais e prover o manejo ecolgico dasespcies e ecossistemas; (Regulamento)

    II - preservar a diversidade e a integridade do patrimnio gentico do Pas e fiscalizar as

    entidades dedicadas pesquisa e manipulao de material gentico;(Regulamento) (Regulamento)

    III - definir, em todas as unidades da Federao, espaos territoriais e seus componentes aserem especialmente protegidos, sendo a alterao e a supresso permitidas somente atravs de lei,

    vedada qualquer utilizao que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem suaproteo; (Regulamento)

    IV - exigir, na forma da lei, para instalao de obra ou atividade potencialmente causadora designificativa degradao do meio ambiente, estudo prvio de impacto ambiental, a que se dar

    publicidade; (Regulamento)V - controlar a produo, a comercializao e o emprego de tcnicas, mtodos e substncias

    que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente; (Regulamento)

    VI - promover a educao ambiental em todos os nveis de ensino e a conscientizao pblicapara a preservao do meio ambiente;

    VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as prticas que coloquem em risco suafuno ecolgica, provoquem a extino de espcies ou submetam os animais a crueldade.(Regulamento)

    2 - Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambientedegradado, de acordo com soluo tcnica exigida pelo rgo pblico competente, na forma da lei.

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    26Caderno de Direito Ambiental: Aula 04- 29/03/2012

    3 - As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitaro os infratores,pessoas fsicas ou jurdicas, a sanes penais e administrativas, independentemente da obrigao dereparar os danos causados.

    4 - A Floresta Amaznica brasileira, a Mata Atlntica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira so patrimnio nacional, e sua utilizao far-se-, na forma da lei,dentro de condies que assegurem a preservao do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dosrecursos naturais.

    5 - So indisponveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos Estados, por aesdiscriminatrias, necessrias proteo dos ecossistemas naturais.

    6 - As usinas que operem com reator nuclear devero ter sua localizao definida em leifederal, sem o que no podero ser instaladas.

    - No mbito estadual, o professor destaca que, em geral, os conselhos estaduais sero ainstncia final nessa matria.

    - Por fim, o professor trata sobre o art. 8o da lei da poltica nacional do meio ambiente o qualtrata das competncia dos CONAMA.

    Art. 8 Compete ao CONAMA: (Redao dada pela Lei n 8.028, de 1990)

    I - estabelecer, mediante proposta do IBAMA, normas e critrios para o licenciamento deatividades efetiva ou potencialmente poluidoras, a ser concedido pelos Estados e supervisionadopelo IBAMA; (Redao dada pela Lei n 7.804, de 1989)

    II - determinar, quando julgar necessrio, a realizao de estudos das alternativas e das

    possveis consequncias ambientais de projetos pblicos ou privados, requisitando aos rgosfederais, estaduais e municipais, bem assim a entidades privadas, as informaes indispensveis paraapreciao dos estudos de impacto ambiental, e respectivos relatrios, no caso de obras ouatividades de significativa degradao ambiental, especialmente nas reas consideradas patrimnionacional. (Redao dada pela Lei n 8.028, de 1990)

    III - (Revogado pela Lei n 11.941, de 2009)

    IV - homologar acordos visando transformao de penalidades pecunirias na obrigao de

    executar medidas de interesse para a proteo ambiental; (VETADO);V - determinar, mediante representao do IBAMA, a perda ou restrio de benefcios fiscais

    concedidos pelo Poder Pblico, em carter geral ou condicional, e a perda ou suspenso de

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    participao em linhas de fiananciamento em estabelecimentos oficiais de crdito; (Redao dadapela Lei n 7.804, de 1989)

    VI - estabelecer, privativamente, normas e padres nacionais de controle da poluio porveculos automotores, aeronaves e embarcaes, mediante audincia dos Ministrios competentes;

    VII - estabelecer normas, critrios e padres relativos ao controle e manuteno da qualidadedo meio ambiente com vistas ao uso racional dos recursos ambientais, principalmente os hdricos.

    Pargrafo nico. O Secretrio do Meio Ambiente , sem prejuzo de suas funes, o Presidentedo CONAMA. (Includo pela Lei n 8.028, de 1990)

    - Alguns incisos do art. 8o encontram-se superados, a exemplo dos incisos III e IV.

    O CONAMA pode requisitar a elaborao de estudos de impactos ambientais (EIA),sobretudo em reas consideradas patrimnio nacional.

    - H que se ressaltar a resoluo 237/97 a qual trata do licenciamento ambiental ordinrio.

    - As reas consideradas como patrimnio nacional encontram-se previstas na CF/88, quaissejam: a floresta amaznica, a mata atlntica, a serra do mar, o pantanal mato-grossense e a zona

    costeira.

    - O professor destaca a importncia do art. 8, Inciso V da referida lei.

    1.4. Ministrio do Meio Ambiente

    - Esse ministrio tem como finalidade planejar, coordenar, supervisionar e controlar, comorgo federal, a poltica nacional e as diretrizes governamentais para o meio ambiente.

    - O art. 6o, inciso III, da lei 6.938/81 trata sobre o ministrio do meio ambiente.

    Art. 6o (...)

    III - rgo central: a Secretaria do Meio Ambiente da Presidncia da Repblica, com a

    finalidade de planejar, coordenar, supervisionar e controlar, como rgo federal, a poltica nacional eas diretrizes governamentais fixadas para o meio ambiente; (Redao dada pela Lei n 8.028, de1990)

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    (...)

    O referido dispositivo no menciona ministrio do meio ambiente, mas sim a secretaria domeio ambiente da presidncia da repblica (SEMA).

    Ocorre que a SEMA foi extinta e substituda pelo ministrio do meio ambiente.

    De todo modo, no houve a revogao do dispositivo.

    Alis, h o regulamento 99.274/90 da lei 6.938/81. Pois bem, nesse decreto, continua a serutilizada a terminologia antiga (secretaria do meio ambiente da presidncia da repblica).

    Ante esse quadro, o professor destaca para ficarmos atentos em concursos pblicos sobre otema.

    - H alguns entes ambientes vinculados ao Ministrio do Meio Ambiente, a exemplo:

    (a) Ibama;

    (b) Instituto Chico Mendes (ICMBio), regulado pela lei 11.516/07;

    (c) ANA (agncia nacional de aguas), regulada pela lei 9.984/00;

    (d) Jardim botnico do RJ.

    - O Instituto Chico Mendes (assim como o Ibama, ANA e Jardim Botnico) consiste numaautarquia federal a qual cuida das unidades de conservao criadas no mbito federal.

    - A ANA responsvel pela outorga de uso sobre recursos hdricos na esfera federal.

    - O Jardim Botnico, em 2008, completou 200 anos de existncia.

    1.5. Ibama

    - O Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renovveis a autarquia federalresponsvel pela execuo da poltica ambiental.

    - O Ibama detm, por exemplo, o poder de polcia ambiental, licenciamento ambiental de obras

    com impacto nacional ou regional, dentre outros.- O Ibama cuida dos recursos naturais renovveis.

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    Nesse sentido, os recursos naturais no renovveis so fiscalizados pelo Ministrio de Minas eEnergia.

    - Pela literalidade do art. 6o, Inciso IV da lei 6.938, menciona-se, exclusivamente, o Ibama.

    De todo modo, o regulamento (decreto 99.274/90) inseriu, ao lado do Ibama, como rgoexecutor, o instituto chico mendes.

    Ante o exposto, em sentido genrico, tanto o Ibama, quanto o Instituto Chico Mendes sorgos executores.

    1.6. rgos Seccionais

    - Trata-se dos rgos ambientais estaduais (ou mesmo distrital).

    - Dentre as funes desses rgos, destacam-se:

    (i) licenciamento ambiental;

    (ii) exerccio do poder de polcia ambiental;

    (iii) proteo florestal, com responsabilidade pela autorizao de intervenes ou supressesem rea de preservao permanente ou ainda as questes pertinentes reserva legal florestal;

    (iv) outorga de uso dos recursos hdricos.

    - H alguns estados que possuem mais de um rgo ambiental, a exemplo de MG so divididospor temtica. Em SP, h um nico rgo, qual seja: a CETESB. Ftima- SC. O RS- possui fundaese no autarquias.

    - O professor destaca que, via de regra, quando se fala em rea de preservao permanente(APP) ou reserva legal florestal, a autorizao de cortes e supresses ser feita pelo rgo ambientalestadual.

    Alm disso, a definio da localizao da reserva legal florestal ser feita pelo rgo ambientalestadual.

    - Os rgos ambientais tambm conferem a outorga de uso de recursos hdricos quando setratar de rio estadual.

    1.7. rgos Locais

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    - Trata-se dos rgos ambientais municipais. Os municpios podem exercer o poder de policia.

    OBS: todos podem licenciar, mas devem ser observados os requisitos de ter o conselho demeio ambiente e possuir rgo ambiental capacitado. LC 140. Resoluo 237/97 (carterdeliberativo).

    2. OBJETIVO GERAL DA POLTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE

    2.1. Previso Legal

    - Trata-se do art. 2o.

    Art. 2. A Poltica Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a preservao, melhoria erecuperao da qualidade ambiental propcia vida, visando assegurar, no Pas, condies ao

    desenvolvimento socioeconmico, aos interesses da segurana nacional e proteo da dignidade davida humana, atendidos os seguintes princpios:

    I - ao governamental na manuteno do equilbrio ecolgico, considerando o meio ambientecomo um patrimnio pblico a ser necessariamente assegurado e protegido, tendo em vista o usocoletivo;

    II - racionalizao do uso do solo, do subsolo, da gua e do ar;

    III - planejamento e fiscalizao do uso dos recursos ambientais;IV - proteo dos ecossistemas, com a preservao de reas representativas;

    V - controle e zoneamento das atividades potencial ou efetivamente poluidoras;

    VI - incentivos ao estudo e pesquisa de tecnologias orientadas para o uso racional e aproteo dos recursos ambientais;

    VII - acompanhamento do estado da qualidade ambiental;

    VIII - recuperao de reas degradadas; (Regulamento)

    IX - proteo de reas ameaadas de degradao;

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    X - educao ambiental a todos os nveis do ensino, inclusive a educao da comunidade,objetivando capacit-la para participao ativa na defesa do meio ambiente.

    3. INSTRUMENTOS DA POLTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE

    3.1. Previso Legal

    - Trata-se do art. 9o.

    Art. 9 - So Instrumentos da Poltica Nacional do Meio Ambiente:

    I - o estabelecimento de padres de qualidade ambiental;

    II - o zoneamento ambiental; (Regulamento)

    III - a avaliao de impactos ambientais;

    IV - o licenciamento e a reviso de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras;

    V - os incentivos produo e instalao de equipamentos e a criao ou absoro detecnologia, voltados para a melhoria da qualidade ambiental;

    VI - a criao de espaos territoriais especialmente protegidos pelo Poder Pblico federal,estadual e municipal, tais como reas de proteo ambiental, de relevante interesse ecolgico ereservas extrativistas; (Redao dada pela Lei n 7.804, de 1989)

    VII - o sistema nacional de informaes sobre o meio ambiente;VIII - o Cadastro Tcnico Federal de Atividades e Instrumento de Defesa Ambiental;

    IX - as penalidades disciplinares ou compensatrias no cumprimento das medidas necessrias preservao ou correo da degradao ambiental.

    X - a instituio do Relatrio de Qualidade do Meio Ambiente, a ser divulgado anualmentepelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renovveis - IBAMA; (Includopela Lei n 7.804, de 1989)

    XI - a garantia da prestao de informaes relativas ao Meio Ambiente, obrigando-se o PoderPblico a produz-las, quando inexistentes; (Includo pela Lei n 7.804, de 1989)

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    XII - o Cadastro Tcnico Federal de atividades potencialmente poluidoras e/ou utilizadorasdos recursos ambientais. (Includo pela Lei n 7.804, de 1989)

    XIII - instrumentos econmicos, como concesso florestal, servido ambiental, seguroambiental e outros. (Includo pela Lei n 11.284, de 2006)

    Art. 9o-A. Mediante anuncia do rgo ambiental competente, o proprietrio rural podeinstituir servido ambiental, pela qual voluntariamente renuncia, em carter permanente outemporrio, total ou parcialmente, a direito de uso, explorao ou supresso de recursos naturaisexistentes na propriedade. (Includo pela Lei n 11.284, de 2006)

    1o A servido ambiental no se aplica s reas de preservao permanente e de reserva legal.(Includo pela Lei n 11.284, de 2006)

    2o A limitao ao uso ou explorao da vegetao da rea sob servido instituda em relaoaos recursos florestais deve ser, no mnimo, a mesma estabelecida para a reserva legal. (Includo pelaLei n 11.284, de 2006)

    3o A servido ambiental deve ser averbada no registro de imveis competente.(Includo pelaLei n 11.284, de 2006)

    4o Na hiptese de compensao de reserva legal, a servido deve ser averbada na matrcula de

    todos os imveis envolvidos. (Includo pela Lei n 11.284, de 2006) 5o vedada, durante o prazo de vigncia da servido ambiental, a alterao da destinao da

    rea, nos casos de transmisso do imvel a qualquer ttulo, de desmembramento ou de retificaodos limites da propriedade

    3.2. Padres de Qualidade Ambiental

    - No mbito federal, esses padres so estabelecido pelo CONAMA, atravs de suasresolues.

    - H padres de qualidade das guas, do solo, do ar e etc.

    3.3. Zoneamento Ambiental

    - O zoneamento ambiental, atualmente, denominado de zoneamento ecolgico econmico(ZEE), nos termos do decreto 4.297/02.

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    - Trata-se do ordenamento fsico-territorial numa concentrao geogrfica, que deve levar emconta a vocao prpria de cada rea.

    - As diretrizes gerais do ZEE so:

    (a) busca da sustentabilidade ecolgica;

    (b) ampla participao democrtica;

    (c) valorizao do conhecimento cientfico multidisciplinar.

    - Na Amaznia Legal, j existe um zoneamento de toda essa regio, definindo-se a vocao decada uma das zonas (ex.: zona agrcola, zona de preservao, zona industrial, zona urbana e etc).

    - Na lei da poltica nacional do meio ambiente, o zoneamento a que se refere o econmicoambiental.

    3.4. Avaliao de Impactos Ambientais

    - Trata-se de todos os estudos ambientais aptos a avaliar uma obra ou empreendimento.

    - Como exemplo de A.I.A, destaca-se, por exemplo:

    (a) o EPIA/RIMA (estudo prvio de impacto ambiental);

    (b) RAP (relatrio ambiental preliminar);

    (c) RVA (relatrio de viabilidade ambiental).

    - A avaliao de impactos ambientais gnero do qual o EPIA apenas uma de suas espcies.

    - O EPIA deve ser elaborado sempre que houver obra que cause significativa degradaoambiental, a exemplo da construo da usina de Belo Monte, construo de aeroporto, hidrovia eetc.

    - H, tambm, estudos ambientais simplificados, a exemplo do RAP.

    Sempre que houver obra que NO cause significativa degradao ambiental, elabora-se o RAPou mesmo um RVA.

    - O professor destaca que h outras denominaes de relatrios.- Quando houver, por exemplo, a concesso florestal (lei 11.284/06), menciona-se o RAP.

    - A AIA avalia um projeto individualmente.

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    34Caderno de Direito Ambiental: Aula 04- 29/03/2012

    De todo modo, vem surgindo a A.A.E (avaliao ambiental estratgica). Nesse sentido,avaliam-se planos, programas e polticas governamentais.

    Enquanto na AIA, avalia-se uma obra/atividade/empreendimento singularmente considerada,na A.A.E avalia-se todo um plano, programa e poltica, de forma conjunta, a exemplo do PAC(programa de acelerao do crescimento).

    Vale dizer: a avaliao ambiental estratgica no dispensa a elaborao da avaliao de impactoambiental.

    3.5. Licenciamento Ambiental

    - O licenciamento ambiental ser estudo em aulas posteriores.

    3.6. Incentivos produo e instalao de equipamentos e a criao ou absoro de tecnologia,voltados para a melhoria da qualidade ambiental

    - Trata-se de incentivos para se adotarem novas tecnologias em prol do meio ambiente.

    - O professor cita alguns instrumentos importantes, a exemplo:

    (a) ISO 14.001;

    (b) P + L (produo mais limpa);

    (c) rotulagem ambiental;

    (d) cluster.

    - O ISO 14.001 estabelece sistemas de gesto ambiental.

    Essa certificao ser feita pela ABNT.

    - A P + L diz respeito produo mais limpa.

    Trata-se de estratgia ambiental preventiva e integrada, que envolve processos, produtos e

    servios de maneira a reduzir os impactos de curto a longo prazo para o ser humano e para o meioambiente. So medidas preventivas para causar o menor impacto ambiental possvel.

    Essa nomenclatura surgiu no mbito da ONU.

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    35Caderno de Direito Ambiental: Aula 04- 29/03/2012

    Em aspectos fundamentais, o objetivo fazer com que as empresas adotem medidaspreventivas para causar o menor impacto ambiental possvel.

    Como exemplo de P + L cita-se a instalao de filtros nas fbricas, estaes de tratamento.

    - A rotulagem diz respeito s certificaes ambientais.

    Atualmente, j h certificaes, por exemplo, na esfera da venda de madeira.

    - Clusters so os conglomerados ambientais.

    Nesse sentido, concentra-se a criao de toda uma estrutura de produo numa determinadarea, evitando-se, assim, a disperso da poluio.

    3.7. Criao de Espaos Especialmente Protegidos

    - Atualmente, h uma lei especfica para os espaos especialmente protegidos (lei 9.985/00), aqual diz respeito ao SNUC.

    3.8. Sistema Nacional de Informaes

    - Trata-se do Sisnima, nos termos do art. 11, Inciso II do decreto 99.274/90.

    - O Sisnima visa reunir as informaes de todos os rgos ambientais (municipais, estaduais efederais).

    3.9. Cadastro Tcnico Federal de Defesa Ambiental- integra o sisnima

    - obrigatrio, sob pena de multa, para pessoas fsicas e jurdicas que se dediquem aconsultoria tcnica sobre problemas ambientais e ecolgicos.

    - igualmente obrigatria indstria e ao comrcio de equipamentos, aparelhos e

    instrumentos destinados a controle de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras.- Pois bem, todos esses entes devem estar inscritos nesses cadastros.

    - Embora se trate de um cadastro pblico, ele NO certifica a boa qualidade do profissional.

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    36Caderno de Direito Ambiental: Aula 04- 29/03/2012

    - Essa cadastro deve ser renovado a cada dois anos, sendo isento de taxas ou cobranas.

    3.10. Penalidades Disciplinares ou Compensatrias s Infraes Administrativas

    - Ha que se destacar o decreto 65.014/08.

    3.11. Relatrio do Meio Ambiente

    - Trata-se de relatrio o qual deve ser publicado anualmente.

    - De todo modo, ele ainda no foi implementado.

    - O professor destaca o GeoBrasil 2002.

    3.12. Garantia da Prestao de Informaes

    - Trata-se do princpio da informao ambiental.

    - No havendo informaes suficientes, pode-se exigir do poder pblico que as preste.

    - Para o professor, a garantia informao configura direito pblico subjetivo.

    3.13. Cadastro Tcnico Federal de atividades potencialmente poluidoras e/ou utilizadoras dosrecursos ambientais

    - Trata-se do art. 17, Inciso II da lei 6.938/81.

    - Nesse cadastro, visa-se verificar todos os empreendimentos que causem poluio ou utilizemrecursos ambientais no Brasil.

    - Esse cadastro obrigatrio sob pena de multa.

    - H uma taxa vinculada a esse cadastro. Trata-se da taxa de controle fiscalizao ambientalnos termos da lei 6.938/81.

    O fato gerador da referida taxa reside no exerccio do poder de polcia ambiental pelo IBAMA.

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    37Caderno de Direito Ambiental: Aula 04- 29/03/2012

    - O fato de a empresa se encontrar nesse cadastro no a desonera de pedir as licenasambientais, bem como submeter-se aos procedimentos administrativos ambientais.

    3.14. Instrumentos econmicos, como concesso florestal, servido ambiental, seguroambiental e outros.

    Lei 11.284/06 gesto de florestas pblicas

    SFB- no integra o sisnama, cuida do meio ambiente. A CTNBIO, Tambm no integra oSISNAMA.

    - Concesso florestal diz respeito explorao de florestas pblicas.

    Trata-se das florestas pertencentes Unio, Estados Membros e Municpios.

    - No Brasil, desde 2006, existe a possibilidade de explorao de florestas pblicas atravs daconcesso florestal.

    Como exemplo, podem-se explorar produtos florestais (madeiras, sementes, folhas), serviosflorestais (hotel de ecoturismo) e etc.

    - A concesso florestal ser SEMPRE feita atravs de licitao na modalidade concorrncia.Trata-se de uma delegao onerosa.

    - Com isso, permite-se a prtica de um manejo florestal sustentvel.

    - A servido ambiental ser estudada em aulas futuras.

    - Seguro ambiental no se encontra regulamentado no ordenamento jurdico (encontra-se emtramitao no congresso).

    Trata-se, por exemplo, da hiptese em que uma instituio financeira assegura umadeterminada obra ou atividade.

    Servido ambiental- art. 9-A.

    Reserva legal florestal que uma rea da propriedade (APP- deve haver vegetao e mata ciliarem caso de rios)

    Propriedade rural deve ter reserva legal;

    Se passar rio deve ter APP.

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    38Caderno de Direito Ambiental: Aula 04- 29/03/2012

    Servido ambiental quando o proprietrio renuncia a explorao de recursos naturais. Omnimo da propriedade da servido ambiental o da reserva, deve estar registrado em cartrio, nose paga ITR.

    3.15-Jurisprudncia comentada pelo professor

    RECURSO ESPECIAL N 1.180.078 - MG (20100020912-6)

    EMENTA

    AMBIENTAL. DESMATAMENTO. CUMULAO DE OBRIGAO DE FAZER(REPARAO DA REA DEGRADADA) E DE PAGAR QUANTIA CERTA(INDENIZAO). POSSIBILIDADE. INTERPRETAO DA NORMA AMBIENTAL.

    1. Cuidam os autos de Ao Civil Pblica proposta com o fito de obter responsabilizao pordanos ambientais causados pelo desmatamento de rea de mata nativa. A instncia ordinriaconsiderou provado o dano ambiental e condenou o degradador a repar-lo; porm, julgouimprocedente o pedido indenizatrio.

    2. A jurisprudncia do STJ est firmada no sentido de que a necessidade de reparao integralda leso causada ao meio ambiente permite a cumulao de obrigaes de fazer e indenizar.Precedentes da Primeira e Segunda Turmas do STJ.

    3. A restaurao in natura nem sempre suficiente para reverter ou recompor integralmente,no terreno da responsabilidade civil, o dano ambiental causado, da no exaurir o universo dosdeveres associados aos princpios do poluidor-pagador e da reparao in integrum.

    4. A reparao ambiental deve ser feita da forma mais completa possvel, de modo que acondenao a recuperar a rea lesionada no exclui o dever de indenizar, sobretudo pelo dano quepermanece entre a sua ocorrncia e o pleno restabelecimento do meio ambiente afetado (= danointerino ou intermedirio), bem como pelo dano moral coletivo e pelo dano residual (= degradaoambiental que subsiste, no obstante todos os esforos de restaurao).

    5. A cumulao de obrigao de fazer, no fazer e pagar no configura bis in idem, porquanto a

    indenizao no para o dano especificamente j reparado, mas para os seus efeitos remanescentes,reflexos ou transitrios, com destaque para a privao temporria da fruio do bem de uso comum

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    do povo, at sua efetiva e completa recomposio, assim como o retorno ao patrimnio pblico dosbenefcios econmicos ilegalmente auferidos.

    6. Recurso Especial parcialmente provido para reconhecer a possibilidade, em tese, decumulao de indenizao pecuniria com as obrigaes de fazer voltadas recomposio in naturado bem lesado, com a devoluo dos autos ao Tribunal de origem para que verifique se, na hiptese,h dano indenizvel e para fixar eventual quantum debeatur.

    Aula 0511/04/2012

    LICENCIAMENTO AMBIENTAL

    Legislao a respeito: LC 140/11Lei 6938/81- artigo 10Resoluo 237/97- CONAMA sobre licenciamento ambiental ordinrioResoluo 01/86- CONAMA (EIARIMA)

    A resoluo 237 traz o licenciamento ordinrio. H outros licenciamentos, os especiais, como opara postos de combustveis, hidreltricas, plataformas de petrleo.

    De uma obra, atividade ou empreendimento h duas situaes:- Se tal obra causar significativa degradao ambiental, h o EIARIMA (Estudo prvio de

    impacto ambiental) que enviado para o rgo ambiental licenciador que abre edital com apossibilidade da audincia pblica e volta para o rgo ambiental. Aps aprovao do rgoambiental o empreender consegue a licena prvia, licena de instalao e de operao.

    O empreender que dever fazer tal estudo e encaminha para o rgo ambiental licenciador.Ex. usina de belomonte no Par; transposio do rio so Francisco.

    Tal estudo tem previso constitucional.

    - Obra que no causa significativa degradao, mas poluidora ou causa degradao (no deforma significativa) h o licenciamento ambiental ordinrio na busca de trs licenas ambientais:LICENA PRVIA; LICENA DE INSTALAO, E LICENA DE OPERAO (feitas nestaordem).

    Submete-se ao licenciamento obra ou atividade potencialmente poluidora ou sob qualquerforma possa causar degradao ambiental.

    Pode ser potencialmente, no necessitando ser efetivamente poluidora.Lei 6938 artigo 10, com nova redao: a construo instalao, ampliao de estabelecimentos e

    atividades utilizadores de recursos ambientais dependero de prvio licenciamento ambiental.

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    40Caderno de Direito Ambiental: Aula 05 11/04/2012

    Assim, o licenciamento ambiental em regra prvio a atividade ou obra.Os pedidos de licenciamento sero publicados no jornal oficial e peridico regional ou de

    grande circulao ou meio eletrnico mantido pelo rgo ambiental competente.

    A resoluo 237/97 possui no anexo 1 traz todas as atividades sujeitas ao licenciamentoambiental. O rol exemplificativo.

    Licena prvia a aprovao da localizao do projeto (deve estar de acordo com o planodiretor etc); atesta a viabilidade ambiental do projeto; antes de pedir tal licena, pede-se a certido daprefeitura (o correto certido da municipalidade) sobre a lei municipal do uso e ocupao do solo.

    Hoje se utiliza o plano diretor, que mais amplo do que a lei de uso e ocupao do solo.

    Esta licena somente de aprovao do local. Para outros atos, h necessidade de outralicena.

    Licena de instalao: a de edificao e construo. O empreendimento pode comear a serconstrudo. autorizao para corte e supresso de vegetao.

    (outorga de uso de recursos hdricos permite a utilizao da gua)

    Licena de operao: a de funcionamento.

    Entre uma licena e outra so estabelecidas condicionantes (ex. d a licena mas estabelececondicionantes cumpridas na licena de instalao). A licena de operao dada se ascondicionantes das licenas anteriores forem cumpridas.

    Os prazos das licenas so :

    - Licena prvia: PRAZO MXIMO NO SUPERIOR A 5 ANOS.-Licena de instalao: PRAZO MXIMO NO SUPERIOR A 6 ANOS.- Licena de operao: PRAZO MNIMO DE 4 ANOS E MXIMO DE 10 ANOS.

    O Estado poder ter prazos mais reduzidos, mas no prazos maiores.

    Tais prazos trazem a ideia da possibilidade de reviso das exigncias para diminuio doimpacto ambiental causado.

    O licenciamento ambiental em essncia uma manifestao do princpio da preveno.

    Quanto mais poluidora a atividade, menor o prazo de licenciamento de sua autorizao.

    A lei fixa que quando prximo do vencimento do prazo para licena de operao, pede-se arenovao no prazo de 120 dias de antecedncia mnima antes de expirar a licena.

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    LC140, entretanto, relaciona tal prazode 120 dias- genericamente para as licenas, sem dizersobre qual licena seria.

    Por isso, qualquer licena poder ser renovada com 120 dias antes de expirar.

    Se perder o prazo ou expirar a licena, deve-se iniciar tudo novamente.

    O prazo para anlise das licenas em regra de 6 meses, salvo se tiver EIARIMA e Audinciapblica hipteses nas quais o prazo passa a ser de 12 meses.

    ATUAO SUPLETIVA OU EM CARTER SUPLETIVO: h um ente federativosubstituindo outro. H uma atribuio que originalmente de um ente federativo, mas por certacircunstancias outro ente ir substitu-lo. Ex. se o municpio no tem conselho de meio ambiente ourgo ambiental capacitado, o Estado atuar de forma supletiva. Se o Estado no possuir, a

    substituio ser feita pela Unio.A LC reformou ideia que j existir na lei 9237: para licenciar o municpio deve ter conselho de

    meio ambiente e rgo ambiental capacitado com profissionais legalmente habilitados.A LC no faz meno ao carter deliberativo e participao social (da sociedade civil, para

    evitar indicaes puras do chefe do Executivo) que a lei previa. O conselho de meio ambiente podeser consultivo opinativo- ou deliberativo.

    ATUAO SUBSIDIRIA: um ente pedindo apoiotcnico, cientfico, financeiro- do outro.

    COMPETNCIAS PARA LICENCIAMENTO

    A resoluo 237 sobre competncias esto revogadas.

    Da Unio para atividades e empreendimentos:- Localizados ou desenvolvidos conjuntamente no Brasil e em pas limtrofe.- Localizados ou desenvolvidos no mar territorial, plataforma continental ou na zona

    econmica exclusiva.- Localizados ou desenvolvidos em terras indgenas

    - Localizados ou desenvolvidos em unidades de conservao institudas pela Unio, exceto emreas de proteo ambiental. Lei 9905/2000. H 12 espcies de unidades de conservao. Uma delas exceo no seguindo a regra do licenciamento feito por quem criou (se unidade de conservaoestadual a regra licenciamento do estado e assim por diante) na APA.

    - Localizados ou desenvolvidos em dois ou mais Estados

    - De carter militar, exceto aqueles previstos no preparo e emprego das foras armadas,conforme LC 97/99. Ex. licenciamento para base de foguetes: feito pela Unio acompanhado pelas

    foras armadas.- Atividade nucleares, mediante parecer obrigatrio da CNEN- Comisso Nacional de Energia

    Nuclear- autarquia federal.

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    - Que atendam tipologia estabelecida por ato do poder executivo, a partir de proposio dacomisso tripartite nacional h representantes da Unio, Estados, DF e Municpios e por issotripartite, que estabelece novas tipologiasmodalidades de licenciamento ambiental de acordo como porte, extenso do impacto ambiental, assegurada participao de membro do CONAMA. Almda comisso tripartite nacional, nos Estados h comisso tripartite estadual- com representantes daUnio, Estados e Municpios. No DF a Comisso bipartite: Unio e Estados e Municpios juntos.

    Antes da LC a comisso no era bipartite. O DF rene as competncias dos Estados e Municpios.Tal Comisso poder esvaziar o CONAMA no que tange ao licenciamento, j que o CONAMA fixaregras pra o licenciamento- artigo 8, inciso I da Lei 6938.

    Apesar de a LC no mencionar, na Unio, o IBAMA quem faz o licenciamento ambiental.

    Outros entes podem ser ouvidos, de modo no vinculante.Ex. em casos que envolvam ou afetam terras indgenas, pode-se ouvir a FUNAI.

    A Usina de BeloMonte tem licena de instalao e j est sendo construda. H entretanto aocivil pblica e ao de improbidade em face do perito que concedeu a licena.

    O licenciamento dos empreendimentos cuja localizao compreenda concomitantemente reasdas faixas terrestre e martima da zona costeira ser da Unio exclusivamente nos casos previstos emtipologia estabelecida por ato do poder executivo a partir de proposio da Comisso Tripartite

    Nacional.O licenciamento dos Estados:- Atividades e empreendimentos poluidores ou degradadores, ressalvado o disposto para a

    Unio e os Municpios. residual. Ex. caso que envolva dois municpios ou mais, o licenciamento do rgo ambiental estadual.

    - Em unidades de conservao institudas pelo Estado exceto a APA

    O licenciamento dos Municpios- Que causem ou possam causar impacto ambiental de mbito local, conforme tipologia

    definida pelos respectivos Conselhos de Meio Ambiente, que diro o que impacto local.- Unidades de Conservao institudas pelo Municpio exceto APA.

    O DF rene as atribuies dos Estados e Municpios.

    Licenciamento ambiental de atividades na APA:Unio:- Localizados ou desenvolvidos conjuntamente no Brasil e em pas limtrofe.- Localizados ou desenvolvidos no mar territorial, plataforma continental ou na zona

    econmica exclusiva;- Localizados ou desenvolvidos em dois ou mais Estados.- De carter militar com exceo da LC 97/99

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    - Atendam tipologia estabelecida por ato do poder executivo, a partir de proposio daComisso Tripartite Nacional.

    Nos Estados:- O Estado promover o licenciamento em APAs de atividades que no estejam afetas as

    hipteses elencadas pela LC 140/2011 a Unio e aos Municpios.

    Nos municpios:- Que se enquadrem no conceito de impacto ambiental de mbito local.

    APA a mais flexvelmais permissiva- das unidades de conservao.H cidades em volta de APAs.Ex. Braslia, Campos do Jordo ou Serra da Mantiqueira.

    A APA pode ser estadual, federal ou municipal.Permite atividades econmicas e a proteo ao meio ambiente. rea de grande extenso.

    Artigo 10 Resoluo 237: traz iter procedimental/ procedimento para licenciamento ambiental(estudar a ordem dos procedimentos)

    Definio conjunta entre o rgo ambiental e empreendedor dos documentos e projetos etc.

    O rgo ambiental tem um documentoo termo de referncia- que diz os estudos e projetosnecessrios para cada procedimento. O rgo ambiental j fixa previamente. Mas dependendo dascaractersticas o termo de referncia pode ser mais amplo.

    Do requerimento de licenciamento qualquer tipo de licena- deve-se dar publicidade emjornal local, regional de grande circulao.

    rgo ambiental poder fazer vistoria tcnica quando necessrio.Pode fazer solicitao de esclarecimentos e complementao do rgo integrante do

    SISNAMA ao empreendedor. Tal solicitao pode ser objeto de reiterao uma nica vez, exceto sehouver fatos novos.

    Quando o rgo ambiental pede os esclarecimentos, os 6 meses ou 12 meses de prazo praanlise FICA SUSPENSO por at 4 meses em regra pois pode ser negociado.

    O decurso do prazo (6meses p exemplo para emisso da licena) no implica omisso tcitamas instaura a competncia supletiva (ex. Municpio no cumpre pede ao Estado, Estado nocumpre a Unio.)

    Exceo: a licena de operao se prorroga automaticamente at a apreciao, se o rgoambiental no apreciar nos 120 dias.

    Audincia pblica somente possvel a ocorrncia quando h obra ou atividade causadora de

    significativa degradao ambiental. Poder ser feita quando h EIARIMA.Se for pedido, obrigatoriamente deve ter audincia publica. Mas se no pedido, no haver.Se na audincia publica surgir fato novo, poder haver reiterao de solicitao.Haver emisso de parecer tcnico conclusivo e quando couber jurdico.

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    Haver o deferimento ou indeferimento, dando a devida publicidade.

    A retirada/revogabilidade da licena ambiental sempre por deciso motivada.Tal retirada pode ser temporria por suspenso (vcios sanveis).

    Poder, ainda, ser definitiva, com trs hipteses:

    - Anulao: quando h ilegalidade. Poder dever da Administrao. H ilegalidade na origem,momento da expedio da licena. Ex. por informaes incompletas ou omissas que geraram aconcesso errnea da licena.

    No cabe indenizao.

    - Cassao

    ilegalidade no curso da licena, por descumprimento das condicionantes da licenaconcedida.

    - Revogao de licena ambiental.Ocorre no caso de relevante interesse pblico evidenciado.

    Tem direito a indenizao se houver modificao no zoneamento urbano sem fixao de prazopara adequao.

    Artigo 19 da resoluo 137 prev:

    Violao de condicionantes hiptese de cassao.Inadequao de condicionantes caso de revogaoOmisso ou falsa descrio de informaes relevantes caso de anulao.Supervenincia de graves riscos ambientais e de sade caso de revogao.

    NATUREZA JURDICA DA LICENA AMBIENTAL

    H autores que dizem que autorizao administrativa; outros que uma licenaadministrativa.

    Mas a licena tem caractersticas prprias que no se confundem para uma terceira corrente,com a autorizao ou licena administrativa, trazendo apenas traos dos dois.

    O TCU chama a licena de autorizao administrativa.A autorizao ato discricionrio, precrio, mas uma licena ambiental tem certa estabilidade

    (4 anos de validade etc.).Se fosse autorizao, no h estabilidade para as relaes, podendo o rgo ambiental revogar a

    licena.No licena administrativa pois a licena ato unilateral, vinculado, pelo qual se preenche os

    requisitos pode-se exercer o direito. A licena ambiental, entretanto, tem prazos previamentedefinidos e no ato vinculado.

    A discricionariedade da licena ambiental sui generis.

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    A LC 140 fala em licena ambiental e autorizao ambiental.

    A autorizao ambiental tem grande precariedade. Ex. para deixar resduo slido em certo localde modo no definitivo.

    Artigo 13 pargrafo 2: a supresso de vegetao decorrente de licenciamentos ambientais autorizada por quem faz o licenciamento. Antes era do rgo ambiental estadual, em regra.

    Assim, o licenciamento ser sempre feito em um nico nvel- ente federativo.Os outros podem se manifestar de forma no vinculante.

    EPIA- estudo quando h significativa degradao

    EARIMA feita por equipe multidisciplinar.

    A responsabilidade da equipe que confecciona os estudos ambientais.

    Lei 9605- artigo 69 A: responsabilidade penal: total ou parcialmente falso ou enganoso,inclusive por omisso: recluso de 3 a 6 anos e multa. Se crime culposo, deteno de 1 a 3 anos.

    A pena aumentada de um a 2/3 se h danos significativos ao meio ambiente por uso deinformao falsa, incompleta ou enganosa.

    Decreto 6502- artigo 82: elaborar informao, laudo ou estudo total ou parcialmente falso, ouomisso: multa de 1500 reais a 1 milhao de reais.

    ESTUDO PRVIO DE IMPACTO AMBIENTAL

    Artigo 225 pargrafo primeiro, inciso IV da CF.Resoluo 1/86

    EIA/RIMA ou EPIA/RIMA.

    EIA/RIMA o descrito na Resoluo 01/86.EPIA/RIMA o termo descrito na CF.

    Rima- relatrio de impacto ambiental.

    O estudo ser sempre prvio. No h a posteriori.

    Diferena entre EPIA e RIMA: EPIA o estudo, que um documento tcnico. O RIMA orelatrio, que o documento gerencial, com linguagem didtica, acessvel. O RIMA um espelho:

    traz as concluses do estudo.O RIMA no documento independente. Somente existe RIMA se antes foi feito o EIA.

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    Compete ao rgo ambiental do poder executivo, no podendo ser submetido ao legislativo.

    Artigo 225, pargrafo 1 da CF: diz na forma da lei, mas no h lei em sentido formal. O STJentende que so formas legais e no leis. E a Resoluo 1 poder disciplinar.

    EIA/ RIMA mecanismo de antecipao e monitoramento dos impactos ambientais. Sobaspecto ambiental, j que sob aspecto econmico j foi feito.

    manifestao do princpio da preveno riscos conhecidos- e da precauo- riscosdesconhecidos.

    Classificao do meio ambiente (Jos Afonso da Silva)

    a) Natural - Bitico b) Artificial = Ambiente urbano - espaos abertos- Abitico - espaos fechados

    c) Cultural patrimnio material d) do trabalho - urbano- patrimnio imaterial - rural

    ------------------------------------------------------

    a) Natural (art. 225,1 CRFB/88 c/c art. 3, V L. 6938/81) = Divide-se em:- elemento bitico = tudo aquilo que tem vidaex.: flora e fauna- elemento abitico = aquilo que no tem vidaex.: gua, solo e atmosfera.

    Art. 3 L.6938/81 - Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por:V - recursos ambientais: a atmosfera, as guas interiores, superficiais e subterrneas, os

    esturios ( a parte de um rio que se encontra em contato com o mar.), o mar territorial, o solo, osubsolo, os elementos da biosfera, a fauna e a flora.

    Art. 225,1 CRFB/88: Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Pblico:I - preservar e restaurar os processos ecolgicos essenciais e prover o manejo ecolgico das

    espcies e ecossistemas;II - preservar a diversidade e a integridade do patrimnio gentico do Pas e fiscalizar as

    entidades dedicadas pesquisa e manipulao de material gentico;III - definir, em todas as unidades da Federao, espaos territoriais e seus componentes a

    serem especialmente protegidos, sendo a alterao e a supresso permitidas somente atravs de lei,vedada qualquer utilizao que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem suaproteo;

    IV - exigir, na forma da lei, para instalao de obra ou atividade potencialmente causadora designificativa degradao do meio ambiente, estudo prvio de impacto ambiental, a que se darpublicidade;

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Riohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Marhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Marhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Rio
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    V - controlar a produo, a comercializao e o emprego de tcnicas, mtodos e substnciasque comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente;

    VI - promover a educao ambiental em todos os nveis de ensino e a conscientizao pblicapara a preservao do meio ambiente;

    VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as prticas que coloquem em risco suafuno ecolgica, provoquem a extino de espcies ou submetam os animais a crueldade.

    b) Artificial (ou construdo) = o ambiente urbano, no qual h a interveno antrpica, ouseja, interveno humana. Divide-se em:

    - espaos abertos = praas, ruas, etc.- espaos fechados = escolas, museus, teatros, etc.Previso nos arts. 182/183 CRFB/88.

    Art. 182 CRFB/88 - A poltica de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Pblicomunicipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o plenodesenvolvimento das funes sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes.

    1 - O plano diretor, aprovado pela Cmara Municipal, obrigatrio para cidades com mais devinte mil habitantes, o instrumento bsico da poltica de desenvolvimento e de expanso urbana.

    2 - A propriedade urbana cumpre sua funo social quando atende s exignciasfundamentais de ordenao da cidade expressas no plano diretor.

    3 - As desapropriaes de imveis urbanos sero feitas com prvia e justa indenizao emdinheiro.

    4 - facultado ao Poder Pblico municipal, mediante lei especfica para rea includa noplano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietrio do solo urbano no edificado,subutilizado ou no utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena,sucessivamente, de:

    I - parcelamento ou edificao compulsrios;II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo;III - desapropriao com pagamento mediante ttulos da dvida pblica de emisso previamente

    aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de at dez anos, em parcelas anuais, iguais esucessivas, assegurados o valor real da indenizao e os juros legais.

    Art. 183 CRFB/88 - Aquele que possuir como sua rea urbana de at duzentos e cinqentametros quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposio, utilizando-a para sua moradiaou de sua famlia, adquirir-lhe- o domnio, desde que no seja proprietrio de outro imvel urbanoou rural.

    1 - O ttulo de domnio e a concesso de uso sero conferidos ao homem ou mulher, ou aambos, independentemente do estado civil.

    2 - Esse direito no ser reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez. 3 - Os imveis pblicos no sero adquiridos por usucapio.

    c) Cultural (art. 216 CRFB/88) = o patrimnio cultural, artstico, etc.

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    2 As florestas que integram o Patrimnio Indgena ficam sujeitas ao regime de preservaopermanente (letra g) pelo s efeito desta Lei.

    IV. Servido ambiental (art. 9-A L. 6938/81)

    Art. 9-A L.6938/81: Mediante anuncia do rgo ambiental competente, o proprietrio ruralpode instituir servido ambiental, pela qual voluntariamente renuncia, em carter permanente outemporrio, total ou parcialmente, a direito de uso, explorao ou supresso de recursos naturaisexistentes na propriedade.

    1o A servido ambiental no se aplica s reas de preservao permanente e de reserva legal. 2o A limitao ao uso ou explorao da vegetao da rea sob servido instituda em relao

    aos recursos florestais deve ser, no mnimo, a mesma estabelecida para a reserva legal. 3o A servido ambiental deve ser averbada no registro de imveis competente.

    4o Na hiptese de compensao de reserva legal, a servido deve ser averbada na matrculade todos os imveis envolvidos.

    5o vedada, durante o prazo de vigncia da servido ambiental, a alterao da destinao darea, nos casos de transmisso do imvel a qualquer ttulo, de desmembramento ou de retificaodos limites da propriedade.

    V. Tombamento, etc.

    Com a inteno de proteger bens que possuam valor histrico, artstico, cultural,

    arquitetnico, ambiental e que, de certa forma, tenham um valor afetivo para a populao, que setem o instituto do tombamento, caracterizado pela interveno do Estado na propriedade, eregulamentado por normas de Direito Pblico.

    O vocbulo tombamento de origem portuguesa, e utilizado no sentido de registrar algoque de valor para uma comunidade, protegendo-o atravs de legislao especfica.

    Dentre os precedentes normativos dispostos na legislao brasileira acerca do tombamento eda proteo ao patrimnio histrico, artstico e cultural, destaca-se o DecretoLei n. 25/37, queordena a proteo do Patrimnio Histrico e Artstico Nacional, e a Lei n. 3.924/61, que dispesobre os Monumentos Arqueolgicos e PrHistricos.

    O Departamento do Patrimnio Histrico do M