cap7-preparacao de catalisadores-7.pdf
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9. Princípios sobre a Preparação de
Catalisadores Sólidos
2/100
SUMÁRIO (vínculos)
• 9. Princípios sobre Preparação de Catalisadores Sólidos
Ø 9.1 – Etapas de Preparação de Catalisadores Sólidos
Ø 9.2. Formação de precipitados• 9.2.1. Formação de sol e gel
• 9.2.4. Métodos de precipitação– Precipitação contínua
– Coprecipitação contínua
Ø 9.3. O envelhecimento de precipitados• 9.3.1. Transformações químicas no envelhecimento
• 9.3.2. Crescimento de partículas, no envelhecimento
Ø 9.4. A filtração e lavagem do precursor
Ø 9.5. Secagem do precursor
Ø 9.6. Moagem e conformação do precursor
Ø 9.7. Ativação do precursor• 9.7.1. Tipos de reação na ativação
• 9.7.2. Análise térmica da ativação
• 9.7.3. Cinética de ativação
• 9.7.4. Modificação texturais na ativação
3/100
1. Um catalisador necessita de propriedades bem definidas:Ø qualidade e quantidade de sítios ativos,Ø porosidade,Ø resistência mecânica.
3003009. Princípios sobre Preparação de Catalisadores Sólidos
2. A preparação de catalisadores sólidos, envolve muitas etapas.Ø cada uma possui vários fatores que influenciam nas suas propriedades,
Ø incluindo nas propriedades superficiais.
Portanto, cada etapa pode influir:Ø na atividade e na seletividade catalítica.
Por isso, a preparação:Ø exige um controle muito bom das condições de cada etapa.
4/100
A preparação envolve áreas bastante diversas:Ø Química de precipitados
Ø Química de colóides
Ø Equilíbrio iônico líquido-sólido
Ø Lavagem
Ø Secagem
Ø Moagem
Ø Calcinação
3013019.1 – Etapas de Preparação de Catalisadores Sólidos
A preparação pode exigir cuidados especiais: Ø são sólidos altamente dispersos e, por isso
Ø termodinamicamente instáveis (meta-estáveis).
5/100
Etapas envolvidas são muito diversas e dependem
ØDas matérias primas (sais, suportes)
ØDo tipo de catalisador (óxidos, metais suportados, zeólitas).
3023029.1 – Etapas de Preparação de Catalisadores Sólidos
Grande parte das etapas não envolvem o catalisador, mas o seu precursor.
Catalisador propriamente dito:aparece geralmente só nas últimas etapas do processo.
6/100Figura 9.1. Esquema geral da preparação de catalisadores sólidos.
3033039.1 – Etapas de Preparação de Catalisadores Sólidos
MATERIAL ETAPA CATALISADOR NÃOSUPORTADO
CATALISADORSUPORTADO
Dispersão Precipitação ouCoprecipitação
Troca Iônica Impregnação
Purificação
Conformação
PRECURSOR
Envelhecimento, Lavagem, Secagem
Moagem, Empastilhamento
PreliminarMatéria prima Escolha dos sais e do suporte
AtivaçãoCatalisador Calcinação Redução
7/100
Forma mais comum para se obter um sólido C altamente disperso.
1 – Partir de um precursor P que já seja altamente disperso
2 – Que o precursor P libere a maior quantidade de gases na calcinação
P(s) C(Δ) + gases
3 – Que se decomponha à menor temperatura possível, evitando a sinterização
304304
Δ
9.1 – Etapas de Preparação de Catalisadores Sólidos
8/100
I – Inorgânicos
Carbonatos: Mg CO3 . 3H2O (s)Mg O(s) + 3H2O(g) + CO2 (g)
Hidróxidos: 2Al(OH)3 Al2O3(s)+ 3H2O(g)
Hidróxi-carbonatos: 2AlNH4 CO3 (OH)2 (s)
Al2O3 (s)+ 2CO2(g)
+ NH3 (g)+ H2O (g)
Nitratos: Ni(NO3)2(s)NiO(s) + N2O4 (g)
+ 1/2O2 (g)
305305
400ºC 200 – 300m2/g
500ºC
500ºC
200 – 350m2/g
400 – 500m2/g
10 – 20m2/g
9.1 – Etapas de Preparação de Catalisadores Sólidos
9/100
I – Inorgânicos
Carbonatos: Mg CO3 . 3H2O (s)Mg O(s) + 3H2O(g) + CO2 (g)
Hidróxidos: 2Al(OH)3 Al2O3(s)+ 3H2O(g)
Hidróxi-carbonatos: 2AlNH4 CO3 (OH)2 (s)
Al2O3 (s)+ 2CO2(g)
+ NH3 (g)+ H2O (g)
Nitratos: Ni(NO3)2(s)NiO(s) + N2O4 (g)
+ 1/2O2 (g)
II – Orgânicos
Formiatos: Ni (HCOO)2 (s)Ni(s) + CO2 (g)
+ H2O (g)
+ CO (g)
Oxalatos: Zn (COO)2 (s)ZnO (s) + CO(g) + CO2 (g)
305305
400ºC 200 – 300m2/g
500ºC
500ºC
400ºC
350ºC
200 – 350m2/g
400 – 500m2/g
10 – 20m2/g
30 – 40m2/g
9.1 – Etapas de Preparação de Catalisadores Sólidos
10/100
Se o precursor P é pouco solúvel em H2O, o método mais empregado para a sua obtenção é a precipitação, a partir de soluções de outras matérias primas:
a M + mA MaAm(s)
Exemplos:
Al2(SO4)3(aq) + 6 NaOH(aq) 2 Al(OH)3(s) + 3 Na2SO4(aq)
resumidamente:
Al + 3OH Al(OH)3(s)
9.2. Formação de precipitados
+m
(aq)
- a
(aq)
+3(aq)
-(aq)
306306
11/100
9.2. Formação de precipitados
12/100
9.2. Formação de precipitados
www.public.asu.edu/~jpbirk/qual/qualanal/catprop.html
Ba2+(aq) + CO3
2-(aq) <==> BaCO3(s) Hg2
2+(aq) + 2Cl-(aq) <==> Hg2Cl2(s)
13/100
9.2. Formação de precipitados
• O crescimento de um precipitado cristalino
ð
14/100
Cristais de água (neve):
Wilson Bentley (1902) http://en.wikipedia.org/wiki/Wilson_Bentley
Ø uma estrutura (hexagonal)
Ø vários hábitos (formatos)
9.2. Formação de precipitados
15/100
Schematic illustration a precipitate, a sol and a gel
Sol
Gelificação
Nucleação Decantação
Decantação
9.2.1. Formação de sol e gel9.2.1. Formação de sol e gel
16/100
M+ + X-
MX
Polycondensation ≠ Precipitation
Si-OH + HO-Si
Si-O-Si +
H2O
monomer dimer
trimer
tetramer
particle
9.2.1. Formação de sol e gel9.2.1. Formação de sol e gel
17/100
Liquid CrystalsLiquid Crystals9.2.1. Formação de sol e gel9.2.1. Formação de sol e gel
18/100
Schematic representation of afully hydroxylated colloidal silica surface
Lu et al, Nature 1999
First fully ordered nanospheres
9.2.1. Formação de sol e gel9.2.1. Formação de sol e gel
19/100
Silicate gardens
Aqueous solution of Na2SiO3
Solid FeCl3 Solid Ni(NO3)2
SolidCuSO4
9.2.1. Formação de sol e gel9.2.1. Formação de sol e gel
20/100A. Poyraz, C. Albayrak, Ö. Dag, Microporous & Mesoporous Materials 115 (2008) 548–555
9.2.1. Formação de sol e gel9.2.1. Formação de sol e gel
21/100
www.pra-world.com/research/workshops/nano/john_hay_presentation.pptwww.minsocam.org/msa/collectors_corner/aam/opal.htm
TEM of ca. 6 nm amorphous SiO2spheres in a gel
SEM of ca. 250 nm amorphous SiO2 spheres in opal
9.2.1. Formação de sol e gel9.2.1. Formação de sol e gel
22/100
O.Anunziata, A. Beltramonea, M. Martíneza & L. Belona,J. Colloid & Interface Science, 315, 184-190 (2007)
SEM microphotograph of SBA-1
SEM image of SBA-1 mesoporous SiO2
S. Che, Y. Sakamoto, O. Terasaki, T. Tatsumi,Microporous & Mesoporous Materials
85, 207-218 (2005)
9.2.1. Formação de sol e gel
Os sólidos amorfos podem ter hábitos similares aos cristalinos
9.2.1. Formação de sol e gel
24/100
Transition metal alkoxides are highly reactivetoward hydrolysis and condensation
9.2.1. Formação de sol e gel9.2.1. Formação de sol e gel
25/100
Sol Gel Aerogel
Fiação
Fibra cerâmica
Xerofilme
Membrana
Calor Xerogel
Cerâmica
Extração doSolvente
Evaporação dosolvente
Calcinação
Polimerização
9.2.1. Formação de sol e gel9.2.1. Formação de sol e gel
26/100http://eande.lbl.gov/ECS/aerogels/sa-photos.html
Isolamento térmico da sílica gel:permite manter uma flor sobre uma chama
Prakash et al., Nature 1995
9.2.1. Formação de sol e gel9.2.1. Formação de sol e gel
27/100
A condição necessária para que se forme precipitado é que
[A-a]m . [M+m]a > Kps
Kps = [A-a]eqm . [M+m]eq
a
Onde [A-a] e [M+m] são concentrações do composto A e M na solução em equilíbrio com AmMa sólido.
O grau de saturação S é:
Se:
S < 1 : a solução não está saturada
S = 1 : a solução está saturada
S > 1 : a solução supersaturada, meta estável, podendo formar precipitado
3073079.2. Formação de precipitados
S =Concentração analítica
Concentração de saturação =CoCs
28/100
308308
1x10-3M3x10-5M1x10-9M7x10-3M8x10-5M2x10-5M
4x10-13
1x10-14
1x10-36
5x10-5
6x10-9
4x10-10
Aℓ(OH)3
Zn(OH)2
Fe(OH)3
MgCO3
CaCO3
BaCO3
CsatKpsSubstância
Tabela 9.1. Produto de solubilidade de alguns compostos.
9.2. Formação de precipitados
29/100
Se o grau de super saturação S>>1:a formação de precipitados se dará por nucleação homogênea ⇒
Ø Geração de cristalitos do seio da solução:
Íons isolados (aq) Par de Íons(aq) Aglomerado de Íons(aq)Cristalitos(s) (d ≃ 0,1µ)
M+ A- M+...A- M+ A- ...M+ A- M+...
OM+ A-
A- M+
M+ A-O
H H
H HO
H H
M+...A-
HH O
OH H
M+
A- HH O
3083089.2. Formação de precipitados
30/100
Como S > > 1 a velocidade de precipitação é muito alta, com
formação de muitas partículas com pequenas dimensões.
A energia livre de precipitação por nucleação homogênea é:
ΔGg = ΔGv + ΔGs
• ΔGg < 0 : energia livre para germinação
• ΔGv < 0 : energia livre para a nucleação dos n íons (volume)
• ΔGs > 0 : energia livre para criação da interface líquido-sólido
308B308B9.2. Formação de precipitados
31/100Figura 9.2. Energia livre na formação de um germe de precipitado (45)
GERME CRÍTICO
MENOR GERME ESTÁVEL
Δ G g
Δ G v
rE
Δ G g
Δ G
Δ G s
3093099.2. Formação de precipitados
32/100
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0-2
-1
0
1
2
Ene
rgia
de
Gib
bs (u
.a.)
Dimensão do germen ou partícula, rp (u.a.)
∆Gvolume ∆Gsuperfície ∆GGlobal
Figura 9.2. Energia livre na formação de um gérmen de precipitado (45)
9.2. Formação de precipitados9.2. Formação de precipitados
33/100
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0-2
-1
0
1
2
Ene
rgia
de
Gib
bs (u
.a.)
Dimensão do germen ou partícula, rp (u.a.)
∆Gvolume ∆Gsuperfície ∆GGlobal
Figura 9.2. Energia livre na formação de um gérmen de precipitado (45)
9.2. Formação de precipitados
34/100
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0-2
-1
0
1
2
Ener
gia
de G
ibbs
(u.a
.)
Dimensão do germen ou partícula, rp (u.a.)
∆Gvolume ∆Gsuperfície ∆GGlobal
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0-2
-1
0
1
2
Ene
rgia
de
Gib
bs (u
.a.)
Dimensão do germen ou partícula, rp (u.a.)
∆Gvolume ∆Gsuperfície ∆GGlobal
Figura 9.2. Energia livre na formação de um gérmen de precipitado (45)
9.2. Formação de precipitados
35/100
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0-2
-1
0
1
2
Ener
gia
de G
ibbs
(u.a
.)
Dimensão do germen ou partícula, rp (u.a.)
∆Gvolume ∆Gsuperfície ∆GGlobal
menor gérmen estável
rErC
gérmen crítico
estabilidade
Δ Ggerminação
Figura 9.2. Energia livre na formação de um gérmen de precipitado (45)
9.2. Formação de precipitados
36/100
Figura 9.3. Velocidade de germinação de precipitados em função do grau de supersaturação (45)
310310
vg = ko Coe (k’T3 / ln2S)
0,95 1,00 1,05 1,10 1,15 1,20 1,250,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
V
eloc
idad
e re
lativ
a de
ger
min
ação
, vg /
koC o
Grau de saturação, s
20oC
9.2.1. Velocidade de nucleação homogênea
1e (k’T3 / ln2S)=
vgko.Co
37/100
Figura 9.3. Velocidade de germinação de precipitados em função do grau de supersaturação (45)
3103109.2.1. Velocidade de nucleação homogênea
0,95 1,00 1,05 1,10 1,15 1,20 1,250,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
V
eloc
idad
e re
lativ
a de
ger
min
ação
, vg /
koC o
Grau de saturação, s
20oC
solu
ção
dilu
ída
1e (k’T3 / ln2S)=
vgko.Co
38/100
Figura 9.3. Velocidade de germinação de precipitados em função do grau de supersaturação (45)
3103109.2.1. Velocidade de nucleação homogênea
0,95 1,00 1,05 1,10 1,15 1,20 1,250,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
V
eloc
idad
e re
lativ
a de
ger
min
ação
, vg /
koC o
Grau de saturação, s
20oC
s*
1e (k’T3 / ln2S)=
vgko.Co
39/100
0,95 1,00 1,05 1,10 1,15 1,20 1,25
0
2
4
6
8
10
12
14
0,95 1,00 1,05 1,10 1,15 1,20 1,25
Grau de saturação, s
D
eriv
ada
da v
eloc
idad
e re
lativ
a de
ger
min
ação
9.2.1. Velocidade de nucleação homogênea
1e (k’T3 / ln2S)=
vgko.Co
40/100
Figura 9.3. Velocidade de germinação de precipitados em função do grau de supersaturação (45)
3103109.2.1. Velocidade de nucleação homogênea
0,95 1,00 1,05 1,10 1,15 1,20 1,250,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
V
eloc
idad
e re
lativ
a de
ger
min
ação
, vg /
koC o
Grau de saturação, s
20oC 100oC
1e (k’T3 / ln2S)=
vgko.Co
41/100
0,95 1,00 1,05 1,10 1,15 1,20 1,250,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
V
eloc
idad
e re
lativ
a de
ger
min
ação
, vg /
koC o
Grau de saturação, s
20oC 100oC
1e (k’T3 / ln2S)=
vgko.Co
9.2.1. Velocidade de nucleação homogênea
42/100
A velocidade de nucleação heterogênea vc é função da diferença de concentração analítica, Co e de saturação, Csat:
vc = k (Co – Csat)α
Mas como logo Co = SCsat ∴
vc = k (SCsat – Csat)α ∴ vc = k Cα
sat (S – 1) α ∴ vc = k’ (S – 1)α (25)
O expoente α depende do grau de supersaturação S, α = f(s) da seguinte maneira:
α ≈ 2 se 1 < S < S*
α ≈ 1 se S >> S *
CoCsat
= S
α
1
2
3
1 S* SupersaturaçãoS
3123129.2.2. Velocidade de nucleação heterogênea
43/100
Se 1 < S < S*, a velocidade de germinação é muito lenta, mas se na solução colocarmos cristalitos do precipitado ou outras impurezas que induzam a formação de aglomerados, ocorrerá precipitação do soluto em excesso sobre esses centros, ou seja, uma nucleação heterogênea.
Portanto:
a) A nucleação heterogênea não dá origem a novas partículas de precipitado, como a homogênea.
b) Como não há aumento do número de partículas durante a nucleação heterogênea, esta se dá pelo aumento do tamanho das partículas do precipitado.
3113119.2.2. Velocidade de nucleação heterogênea
44/100
Se 1 < S < S* a precipitação será lenta e predominantemente heterogênea. Se S > S* a precipitação será rápida e homogênea. No primeiro caso, haverá crescimento e no segundo geração de partículas.
Figura 9.4. Velocidade de germinação e nucleação heterogênea em função do grau de supersaturação (45)
313313
1 SS
VE
LOC
IDA
DE
DE
PR
EC
IPIT
AÇ
ÃO
POUCAS EGRANDES
PARTÍCULASMUITAS E PEQUENAS
PARTÍCULAS
vg
vc
( I ) ( I I )
9.2.3. Supersaturação e tamanho das partículas
45/100
1,00 1,05 1,10
0,00
0,02
0,04
0,06
0,08
0,10
0,5
1,0
solu
ção
dilu
ída
vc
Grau de supersaturação, s
Vel
ocid
ade
rela
tiva
de p
reci
pita
ção
(adi
men
siona
l)
Tipo de precipitação homogênea
(germinação)
heterogênea (crescimento)
vg
9.2.3. Supersaturação e tamanho das partículas
46/100
A diminuição do tamanho das partículas quando S > S* está dada pela expressão:
1 ≤ β ≤ 2
β varia conforme o tipo de substância e l* é o tamanho médio formado quando S = S*Nota-se na figura que l decresce com a solubilidade do precipitado.
Figura 9.5. Tamanho das partículas de carbonatos alcalino terrosos a diferentes concentrações (37)
314314
l*Co
βl =
l (µ)
Co CO3Sr CO3Bo CO3
Co (10-3M)
25
20
15
10
5
30
0,5 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
C*
Mg CO3(Co x 10)
9.2.3. Supersaturação e tamanho das partículas
47/100
Existem duas formas de se colocar em contato os dois íons (cátion e anion) que darão
origem ao precipitado:
A)A) Por geraPor geraçção interna de um dos componentes.ão interna de um dos componentes.
Neste método, um dos componentes do precipitado está desde o início na solução, e o
outro vai sendo formado gradativamente, no interior da própria solução.
Como a concentração do 2º componente, inicialmente é baixa, o precipitado demora
um certo tempo para se formar, simultaneamente, em todo o volume da solução.
Por isso, esta precipitação é chamada de homogênea, embora ocorra principalmente por
nucleação heterogênea.
3153159.2.4. Métodos de precipitação
48/100
O precipitado formado por geração interna geralmente é formado por partículas de
tamanho relativamente grande e bem formadas.
Reagentes usados na geração interna de ânions:
(NH2)2 CO(aq) + 3H2O ⇌ 2 OH + 2NH + CO2(g)
2NH4 HCO3(aq) ⇌ CO + HO + CO2(g) + 2NH
Ambas hidrólises são reversíveis, mas consomem grande parte do reagente à
medida que o OH – e CO3– 2 reagem com o cátion metálico:
Ni + 2OH Ni(OH)2(s)
Mg + CO + 3H2O Mg CO3 . 3H2O(s)
316316
–(aq)
–2 3(aq)
+4(aq)
+2(aq)
–(aq)
+2(aq)
–2 3(aq)
9.2.4. Métodos de precipitação
49/100
B)B) Por mistura de dois componentesPor mistura de dois componentes
É o método mais comum de realizar precipitação.
Cada solução contém um componente do precipitado e a precipitação, em geral, ocorre instantaneamente, durante a mistura.
O grau de supersaturação S > > S* e por isso, a nucleação predominante é homogênea. Consequentemente o tamanho médio das partículas é relativamente pequeno.
A mistura é feita com forte agitação, para melhor homogeneização, e pode ser realizada de três formas:
a) Semicontínua ( I e II )
b) Continua ( III )
3173179.2.4. Métodos de precipitação
50/100
Precipitação semicontínua I e II
É o método mais usado nas precipitações porque é mais simples, porém apresenta inconvenientes especialmente no de tipo I, onde a concentração do reagente B, CB,varia ao longo da precipitação.
Portanto, o grau de supersaturação S também varia, dando origem a precipitados finos no início (S > > S*) e de tamanho maior no fim da precipitação (S < S*).
A variação do grau de supersaturação S durante a precipitação em reator do tipo I pode ser analisada se fizermos algumas hipóteses:
1º) que a formação do precipitado, após a adição do segundo reagente, seja instantânea.
2º) que a solubilidade do precipitado seja despresível (Kps ≈ 0).
318318
51/100
Nessas condições temos:
A + M MA(s)
Se a concentração de A = CAo volume e concentração inicial de M: Vmo e Cmo
XM = fração de moles de M precipitados
Como a estequiometria A: M = 1:1, a cada adição de um volume VA, são adicionados nA = CAoVA e são precipitados nMA = nM = nA = CAoVA
A concentração de M após a adição de VA será:
319319
XM =número de moles de M precipitados
número de moles de M iniciais
XM =nMAnMo
nMACMOVMO
=
moles não reagidosvolume final = CM = nMO – nMA
VMO + VA
–(aq)
+(aq)
Precipitação semicontínua I e II
52/100
320320
CM =1 – (nMA / nMO)VMO + VAnMO nMO
∴
CM = 1 – XM1 + XM
CMO CAO
x CMO
CM = CMO1 – XM
1 + CMO XMCAO
CM CMO
=1 – XM
1 + CMO XMCAO
9.2.4. Métodos de precipitação
53/100
Da figura nota-se que se ou seja CAO > > CMO temos uma queda
linear da supersaturação como grau de conversão XM.
Figura 9.7. Variação da concentração de um dos reagentes, em função do grau de conversão, em reator semicontínuo.
321321CM CMO
=1 – XM
1 + CMO XMCAO
CM CMO
≈ o
0,2 0,4 0,6 0,8 10 XB
0,8
0,6
0,4
0,2
1
c
b
a
CB/CBO
a: CBO/CAo = 0b: CBO/CAo = 1c: CBO/CAo = 1o
9.2.4. Métodos de precipitação
54/100
322322
Mistura (contínuo)ConstanteConstanteConstanteConstanteConstanteConstanteConstante
SemicontínuoConstante ConstanteConstanteVariávelVariávelVariávelVariável
SemicontínuoConstanteVariávelVariávelVariávelVariávelVariávelVariável
TipoTemperaturaCA / CB
pHCA e CB
VolumeGrau de supersaturaçãoTempo médio de residência
IIIIIIReator
Tabela 9.3. Características dos reatores de precipitação
Figura 9.6. Reatores utilizados em precipitação de sólidos (39)
A
B
FA, CAo
I
A B
FA, CAo CBO, FB
I I
A B
FA, CAo CBO, FB
I I I
9.2.4. Métodos de precipitação
55/100
Precipitação contínua - III
A maior desvantagem dos reatores semi-contínuos está na precipitação de dois ou mais íons metálicos (co-precipitação) pois em geral estes possuem Kps diferentes.
A co-precipitação em reator semi-contínuo produz partículas de composição muito diferentes:
• No início da co-precipitação as partículas são ricas no composto menos solúvel.
• No final da co-precipitação as partículas são ricas do composto mais solúvel.
323323
56/100
A obtenção de composto co-precipitados, com composição química constante só épossível em reator contínuo.
Neste, as concentrações, pH, temperatura, etc, ficam constantes durante o processo de precipitação
Figura 9.8. Precipitação seqüencial de carbonatos em reator semi-contínuo (39) Catalisador para Metanol Catalisador para Metanol CuOCuO: : ZnOZnO: Al: Al22OO33
324324Coprecipitação contínua
57/100
Nos reatores contínuos, e para a reação, por exemplo:
A + B+ AB(s) Kps1
A + C AC (s) Kps2
A composição da fase sólida está dada pela relação de Doermer-Hoskins:
O coeficiente λ depende muito da velocidade de precipitação, ou seja, dos graus de supersaturação SB e SC.Se as saturações não forem altas (1 < S < S*) o coeficiente λ tende a ser igual à relação dos Kps
325325
k1
k2
CBsCcs
CBlCcl
= λ
Co-precipitação seletiva
e
B
C
λ = Kps1Kps2 B
C CBsCcs
= Kps1 . CBlKps2 . Ccl
B
C
–(aq)
–(aq)
+(aq)
Coprecipitação contínua
58/100
Se a saturação for S > S* as velocidades de precipitação de B+ e C+ serão tão altas que a formação do precipitado fica limitada pela velocidade de difusão dos íons B+ e C+ em direção àsuperfície do precipitado.
Nessas condições:
k’1 ≈ k’2 = coeficientes de difusão dos íons B+ e C+
326326
λ = ≈ 1 ∴ ≅k’1k’2
CBSCCS
CBlCCl
Coprecipitação contínua
59/100
O envelhecimento pode propiciar dois tipos de mudanças no precipitado:
1. Transformações químicas
2. Crescimento das partículas
9.3.1. Transformações químicas no envelhecimento
Diversos sistemas químicos que visam a precipitação de um determinado composto químico permitem que se formem também outros tipos de sólidos que portanto são meta estáveis.
Exemplo: se adicionarmos uma fase a uma solução de sulfato de alumínio, esquematicamente ocorre a seguinte reação:
Al + n OH → precipitado P
328328
+3(aq)
–(aq)
9.3. O envelhecimento de precipitados
60/100
Dependendo das condições da precipitação a saber: pH, temperatura, concentração dos íons, poderão se formar os seguintes compostos, em ordem crescente de estabilidade:
• Sulfato básico de alumínio Al(SO4)n (OH)3 – 2n n ≤ 1,5
• Boehmita microcristalina AlOOH . mH2O
• Bayerita
• Hidrargilita
• Boehmita Al O(OH)
Quando se adiciona uma base à solução de sulfato de alumínio, forma-se inicialmente o sulfato básico de alumínio, o qual, dependendo do pH e temperatura, vai transforma-se nos outros sólidos:
329329
Al (OH)3
9.3.1. Transformações químicas no envelhecimento
61/100
Al+3 + (3 – 2n) OH – + nSO4 = Al(SO4)n (OH)3 – 2n 1,5 > n > o
O valor de n depende do pH, e do tempo de envelhecimento, para uma mesma temperatura.
Figura 9.9. Teor de íon sulfato nos precipitados obtidos a diferentes valores de pH e tempo de envelhecimento, a 30ºC (51)
330330
pH = 8
pH = 9
pH = 10
TEMPO(h)
10 20 30 40 50
% SO4 = noPRECIPITADO
2,5
5,0
7,5
10
12,5
15
17,5
9.3.1. Transformações químicas no envelhecimento
62/100
Paralelamente à queda no teor de íons sulfato, o sólido sofre outras transformações, como por exemplo, na sua área específica.
Figura 9.10. Área específica de hidróxidos de alumínio obtidos entre pH 8 e 10, a diferentes tempos de envelhecimento a 30ºC (51)
pH = 8
pH = 9
pH = 10
TEMPO(h)
20 40 60 80
S (m2/g)
100
200
300
3313319.3.1. Transformações químicas no envelhecimento
63/100
A estrutura química dos sólidos também muda com o tempo de envelhecimento e com o pH:
P = Boehmita microcristalinaB = BayeritaH = Hidrargilita
Figura 9.11. Difratograma de precipitados descritos nas figuras 9.9 e 9.10 (51)
3323329.3.1. Transformações químicas no envelhecimento
64/100
Se acompanharmos a evolução dos compostos durante o envelhecimento temos:
Figura 9.12. Transformação da boehmita microcristalina em bayerita a pH = 10,7
Assim sendo, o mecanismo provável seja um conjunto de reações em série paralela.
boehmita microcristalinaAl+3 + OH – Sulfato básico
bayerita hidrargilita
333333
pH > 49 < pH < 10
10 < pH < 11pH > 11
TEMPO(h)
5 10 15
%
10
20
30
40
50
BAYERITAMICROCRISTALINA
BOEHMITA
material amorfohidrargilita
9.3.1. Transformações químicas no envelhecimento
65/100
9.3.2. Crescimento de partículas, no envelhecimento
Se deixarmos um sólido disperso em um líquido o tempo
suficiente, observa-se que a tendência é haver um aumento do
tamanho médio das partículas.
Esse comportamento foi explicado por GIBBS (1878) no sentido
de que as partículas tendem a satisfazer a condição de um
mínimo de energia, e as menores tem mais energia em relação
as maiores. Se houver um líquido onde o sólido possa se
dissolver (ainda que com baixo Kps), as partículas menores
tendem a se dissolver e se despontar nas partículas maiores.
339339
66/100
Quantitativamente:
ΔGr = RT ln =
Onde:ΔGr = energia livre de uma partícula de dimensão rCr, COO = solubilidade da partícula de dimensão r e infinitaγ = tensão superficial partícula/líquidor = dimensão da partícula
Ou seja:
340340
CrCOO
2 γ VMr
CrCOO > 1
CrCOO
= l = lBr
(2 γ VM / r RT)
B = 2 γ VMRT > 0 ∴
9.3.2. Crescimento de partículas, no envelhecimento
67/100
200 µm
Preparação de proteínas, via cristalização
Ø Total: 15 fotosØ Intervalo entre cada foto: 20 minØ Duração total da cristalização: 5 h
Proteinase K (enzima utilizada para análise de DNA)
9.3.2. Crescimento de partículas, no envelhecimento
68/100
Se h for a dimensão característica da partícula, a e b, os fatores de forma bi e tri-dimensionais.
A = a h2 área da partículaV = b h3 volume da partícula
A área específica deve cair com aumento da dimensão da partícula.
Figura 9.16. Solubilidade relativa de precipitado em função do tamanho das partículas (6)
341341
S = AV . ρ =
a 1bρ r
. ∴ S = kr
h (µ)0,1 0,5 1,0
1
2
3
4
5
6ChCO
BaSO4
AgCl
9.3.2. Crescimento de partículas, no envelhecimento
69/100
341B341B
T (horas)100 200
20
40
60
80
100
90ºC
70ºC
h (µ)
50ºC
pH = 10
Figura 9.17. Crescimento das partículas de boehmita microcristalina (38)
9.3.2. Crescimento de partículas, no envelhecimento
70/100
342342
Figura 9.18. Área específica da boehmita microcristalina descrita na figura 9.17 (38)
T (horas)100 150
50
100
150
200
25030ºC
70ºC
S (m2 / g)
90ºC
50
300
350
9.3.2. Crescimento de partículas, no envelhecimento
71/100
9.5. Secagem do precursor
Objetivo: Eliminar o solvente usado na lavagem do precursor. Dependendo da porosidade do precursor, até 90% de seu peso pode ser de líquido (silica-gel, por exemplo)
PS = pressão de vapor do solvente contido no sólido, à temperatura de secagem, tS
Pg = pressão do solvente no gás de secagem.A secagem ocorre quando PA secagem ocorre quando PSS > > PPgg
200200
Solvente Camada limite
PS
convecção
Pg tSgás
72/100
9.4. A filtração e lavagem do precursor
73/100
O comportamento da secagem é diferente quando o sólido é macroporoso ou microporoso.
9.5.1. Secagem de sólido macroporoso
Macroporoso para secagem de água ≈ rp > 500
Como o diâmetro em poros é relativamente grande a velocidade de secagem é determinada pela convecção do vapor do solvente:
a = área de contato (externa) líquido-gás
kv = coeficiente de transporte do vapor do líquido
201201
dmdt
= a kV (PS – Pg) massa solventetempo
9.5.1. Secagem de sólido macroporoso
74/100
Durante a secagem, a temperatura do sólido TS, também varia, pois a secagem
é um processo endotérmico.
A velocidade de transferência de calor é proporcional à de massa:
cv = calor de vaporização do solvente
As condições de secagem variam da seguinte forma:
202202
dqdt = cv dm
dtcalorias
tempo
9.5.1. Secagem de sólido macroporoso
75/100
AB: aquecimento da torta, de To a Ts. A velocidade de secagem aumenta devido ao aumento da pressão de vapor.BC: equilíbrio da velocidade de secagem e de aquecimento. A superfície continua úmida, e a secagem limitada pela
convecção.CD: retração da superfície do líquido para o interior do sólido ⇒ menor área de contato a. Velocidade de
secagem limitada pela difusão: - DAB = difusividade
203203
= – DABdmdt
d PAdx
Figura 9.21. Secagem de sólidos macroporosos: evolução da velocidade de secagem e temperaturado sólido (30)
To
Te
Tg
Temperatura do sólido
D
A
B C
B
VE
LOC
IDA
DE
(g/h
)
C D E TEMPO
9.5.1. Secagem de sólido macroporoso
76/100
204204A velocidade de retração da superfície do líquido não é uniforme, mas depende do raio do poro, rp, pois a altura do capilar será:
2 γρ g rph = e h1
h2=
r2r1
As impurezas se concentram nos poros de menor tamanho. Em impregnaçãocontorna-se esse comportamento pela diminuição de p e aumento de η.Nestas condições a secagem não depende do fluxo do gás de secagem.
Figura 9.22. Avanço do menisco do líquido contido nos poros durante a secagem (53)
9.5.1. Secagem de sólido macroporoso
77/100
9.5.2. Secagem de sólido meso e microporoso
ABC: comportamento semelhante ao aos macroporos;CD: a velocidade de secagem cai bruscamente devido à limitação por difusão nos meso
e microporos. A temperatura do sólido se aproxima rapidamente à do gás.
205205
Figura 9.23. Secagem de um gel: evolução da velocidade de secagem, temperatura e volume do gel (52)
vo
vf
To
II
Ti
Tg
Temperatura do gel
DA
B C
E
VO
LUM
E D
O G
EL
VE
LOC
IDA
DE
(g/h
)
78/100
Se o sólido tiver microporos (rp < 100Å para a água) a secagem também fica mais lente devido à diminuição da pressão de vapor PS (equação de Kelvin), pois:
Figura 9.24. Pressão parcial da água adsorvida em sólidos microporosos.
206206
ln PS/PO = – 2γVmRT ρ rp ≈
– 11rp
= – DAB dPAdx
dmAdte
(27ºC)
r (Å)300 1000
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0I = 27ºCII = 100ºC
I
IIP (Atm)PS
PO
10030
50
100
150
200
250
9.5.1. Secagem de sólido macroporoso
79/100
Se o sólido micro ou mesoporoso tiver alta plasticidade, (silica-gel, boehmita microcristalina, etc) a secagem poderá ser acompanhada de grande diminuição de volume do sólido (até ∼ 80%), pois a pressão aplicada pela tensão superficial será: P = 2γ / rp
Pode-se diminuir esse efeito com solventes de alta pressão de vapor (acetona) ou baixa tensão superficial (tenso-ativos)
207207
TENSÃO SUPERFICIAL
SECAGEM SECAGEM
GEL INICIAL
GEL SECOOU
XEROGEL
Figura 9.25. Contração de um gel durante a secagem (3)
9.5.1. Secagem de sólido macroporoso
80/100
9.6. Moagem e conformação do precursor
Moagem:Moagem: operação unitáriasConformaConformaçção:ão: prensagem → (cilindros)
aglomeração → (esferas)
Prensagem: influência de pressão• Aumento da resistência mecânica• Diminuição da quantidade de macroporos → menor transporte de reagentes
e produtos
208208
102 103 104 105rp (Å)
P1 > P2dv
d log r
20Å 250Å 10.000ÅMACROPOROS
81/100www.asia.ru/Catalog/?page=5&category_id=14772
Esferas de α-alumina
9.6. Moagem e conformação do precursor
82/100
www.unicatcatalyst.com/Traditionalgrading.htmhttp://img.alibaba.com/photo/11378242/Raschig_Ring_Ceramic_Ring_.jpgwww.made-in-china.com/showroom/chemshun/product-list/Chemical-Filling-1.html
Anéis de cerâmica(orifícios para dissipar o calor)
9.6. Moagem e conformação do precursor
83/100www.sud-chemie-jp.com/ja/mind.shtml www.ysmetal.kr/eng/html/business/business_011.htm
9.6. Moagem e conformação do precursor
84/100
Ativação: tratamento térmico para obtenção do catalisador final
Objetivo:
Æ Formação dos sítios
Æ Criação ou aumento da porosidade e área específica
Æ Formação de estrutura estável quimicamente
Æ Aumento da resistência mecânica
2092099.7. Ativação do precursor
85/100
9.7. Ativação do precursor
86/100
9.7. Ativação do precursor
87/100
11ºº ) Calcina) Calcinaçção (ão (TermTermóóliselise ou Decomposiou Decomposiçção)ão)
P(s) → C(s) + gases
2Al(OH)3(s)→ Al2O3 (s)
+ 3H2O
NH Y → H+ Y + NH3 (g)
Ni(HCOO)2(s)→ Ni(s) + CO(g) + CO2(g)
+ H2O(g)
22ºº ) Rea) Reaçções do precursor com gasesões do precursor com gases
P(s) + gas1 → C(s) + B(g,s)
NiO(s) + H2(g)→ Ni(s) + H2O(g)
MoO2(s)+ 2H2S → MoS2(s)
+ 2H2O(g)
HY(s) + 3H2O(g) → HY + Al2O3(s)
210210
Δ
Δ
Δ
Δ
Δ
Δ
Δ
+4
-(s)
-(s)
’(s)
9.7.1. Tipos de reação na ativação
88/100
Calcinação: Aquecimento para obtenção da cal
Símbolo do fogo, na Alquimia,um dos 4 elementos fundamentais
www.alchemylab.com/AJ2-1.htm
ou...“a transformação de um corpo em sua essência”,
ð
9.7. Ativação do precursor
89/100www.physorg.com/news122897190.html
9.7. Ativação do precursorO exemplo do Al(OH)3
90/100http://www.sciencedaily.com/releases/2008/02/080222095427.htm
9.7. Ativação do precursor
91/100
9.7. Ativação do precursor
92/100
Electron micrograph of a supported metal catalyst, Rh/SiO2. The metal crystallites are present on the surfaces of primary particles of SiO2
www.chemeng.queensu.ca/courses/CHEE323/lectures/
Microscopia Eletrônica de Transmissão de catalisador de Pd/TiO2
www.cardiff.ac.uk/chemy/contactsandpeople/academicstaff/taylor.html
9.6. Moagem e conformação do precursor
93/100
33ºº ) Transforma) Transformaçções de faseões de fase
P(S) + (B)(s) → C(s)
γ - Al2O3(s) → Ө - Al2O3(s → ∝ - Al2O3(s)
MoO2(s) + CoO(s) → Co MoO3(s)
Zn O(s) + Al2O3(s) → Zn Al2O4(s)
Observação: há casos em que a
ativação rápida pode melhorar
as propriedades do catalisador
2112119.7.1. Tipos de reação na ativação
94/100
9.7.2. Análise térmica da ativação
Determinação das condições para ativação:
Figura 9.26. Análise térmica diferencial do hidróxido de magnésio (41)
CONTRAPESO
FORNOTERMOPARES
ENDOTÉRMICA
100 200 300 400 500 600 700 800 900T (ºC)mf
mo
Ti-TP
212212
Mg(OH)2(s) → MgO(s)+ H2O(g)
95/100
9.7.2. Análise térmica da ativação
Determinação das condições para ativação:
Figura 9.26. Análise térmica diferencial do hidróxido de magnésio (41)
CONTRAPESO
FORNOTERMOPARES
100 200 300 400 500 600 700 800 900
EXOTÉRMICA
T (ºC)mf
mo
Ti-TP
212212
ENDOTÉRMICAMg(OH)2(s) → MgO(s)+ H2O(g)
96/100
Sinterização
Fig. 8: 2D reconstructions (virtual slices) perpendicular to the cylindrical axis showingCu particles at different stages of the sintering process: (a) before sintering, (b) after sintering at 1000°C, and (c) after sintering at 1050°C.
Identical regions (inside the rectangle of (a)) are shown at a higher magnification below
http://www.esrf.eu/UsersAndScience/Publications/Highlights/2002/Materials/MAT3
97/100
A análise térmica tem sentido indicativo por ser processo dinâmico T = f (t)A decomposição do Mg(OH)2 pode ocorrer a partir de 250ºC
Figura 9.27. Grau de desidratação do hidróxido de magnésio (32)
ti = tempo de induçãoke = velocidade máxima de transformação = (d∝ / dt) max
212B212B
∝ = moles (massa) do sólido transformadomoles (massa) iniciais do sólido
∝
1 2 3 4 TEMPO (h)
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
ti
I (300ºC) II (250ºC)
9.7.3. Cinética de ativação
0 5 10 15 20 25 300,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
kp = 0,1 k
s = 0,03
A P S
Con
cent
raçã
oTempo
A P S
Similar a reações irreversíveis em série
98/100
= f () passa por um máximo, como se fosse a velocidade de formação de um produto B em reação em série: A → B → C
Explicação: existência de três velocidades durante a transformação.vg = velocidade de germinaçãovi = velocidade da reação na interfaceva = velocidade de assimilação
213213
d∝dt
Figura 9.28. Velocidade de transformação de um sólido em função do grau de conversão (32)
0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 ∝
d∝dt
ke
A
I
II
III
A’
9.7.3. Cinética de ativação
99/100
vg = velocidade de germinavelocidade de germinaççãoão
Velocidade de surgimento dos sítios onde se inicia a transformação do sólido. É proporcional ao número de defeitos ou impurezas no sólido (pontos com excesso de energia).
vi = velocidade da reavelocidade da reaçção na interfaceão na interface
Velocidade de avanço da reação.
va = velocidade de assimilavelocidade de assimilaççãoão
Velocidade de desaparecimento da interface da reação devido ao encontro com outras interfaces.
2142149.7.3. Cinética de ativação
aigt vvvv −+=
100/100
1 2
215215
potencialpotencial
vg
potencialpotencial
vg
potencialvg
vi
potencialvg
va
vg
vi
va
vg
vi
vi
t1
t2
t3
654321
Situação do sítio númeroTempo
Tabela 9.5. Evolução dos sítios do sólido da figura 9.29.
vg = germinação; vi = crescimento; va = assimilação
Figura 9.29. Germinação, crescimento e assimilação da interface de reação em um sólido (32)
1 2 5 6
3 4
t1(I)
t2(II)
t3(III)
9.7.3. Cinética de ativação
3 4
1 2
101/100
Se ZO = número de sítios potenciais para germinaçãoZ = número de sítios que germinaram num instante t
vg = = kg (ZO – Z) ∴ integrando
vg = kg ZO e –kgt
Casos extremos:• Germinação instantânea:Sítios ZO com grande excesso de energia (por ex.: pólvora) kg > > 0 (curva I)
• Germinação constante:
Sítios com baixo excesso de energia kg≁ 0 vg = kg ZO (curva (II)
216216
dzdt
9.7.3. Cinética de ativação
102/100
Figura 9.30. Evolução da interface de reação com germinação constante (I), germinação instantânea em partícula esférica (II), cristal isotrópico (III) e não isotrópico (IV).
Velocidade global de transformação, v v = vg + vi – vaCasos extremos: germinação instantânea∝i = 1 – exp [ - Bi (263 – 3 64)]
4Bi = Zo / r re = raio da partículaC = kt / re
217217
2e
vik
viy(III)
viz
vix
(IV)
(II)(I)
vivi
9.7.3. Cinética de ativação
103/100
∝i = te se i > 2
Figura 9.31. Influência da densidade de sítios na transformação de sólidos com germinação instantânea (32)
∝c = 1 – exp[ - Bc (τ4 - τ5) ∝ ↑ τ ↑8 80
Figura 9.32. Influência da constante de velocidade na conversão de sólidos com germinação constante (32)
218218
1 2 3 ....
0,5
∝i
1,0
∞1
0,40,2
0,10,02
1 2 3 ....
0,5
∝i
1,0∞ 100 4
1
0,40,1
9.7.3. Cinética de ativação
104/100
A ativação térmica, além de transformar quimicamente o precursor pode provocar alterações em sua textura (diâmetro dos poros, porosidade, área específica).
Motivos: • As tensões internas do sólido, ou a formação de gases pode provocar a
fragmentação das partículas.• Temperaturas muito altas de ativação podem provocar sinterização das partículas.
11ºº) Fragmenta) FragmentaççãoãoSp = área específica do precursorSc = área específica do catalisador
Se não houver sinterização
S’p = Sp (1 – ∝) S’c = Sc∝ ∴ST = S’p + S’c ST = (Sc – Sp)∝ + Sp
2192199.7.4. Modificação texturais na ativação
105/100
Figura 9.33. Área específica e grau de desidratação do hidróxido de cálcio a 350º, sob vácuo (36)
22ºº) Sinteriza) Sinterizaçção do são do sóólidolidoOcorre por três processos:a) Adesão das partículas Ta ≈ 0,2 TF (k)
(formação de pontes de contato entre as partículas)b) Difusão superficial Td ≈ 0,35 TF (k)
(arredondamento das arestas)c) Crescimento das partículas Tc = TT ≅ 0,5 TF
(transporte do sólido fluído) provoca diminuição do volume dos poros
220220
Ta
Td
Tc
S(m2 / g)
Eq. 937
Sc
ST = (Sc – Sp)∝ + Sp
100
80
60
40
20
Sp
0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 ∝
106/100
Figura 9.34. Desidratação do hidróxido de magnésio por 24 horas, em função da temperatura, (I) área específica, (II) grau de desidratação (41)
221221Fragmentação Sinterização
(II)
(I)
100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000
50
100
150
200
300S
(m2 / g)
0,20
0,40
0,60
0,80
1,00
TEMPERATURA (ºc)
9.7.4. Modificação texturais na ativação
107/100
222222
53064566585590011651290
290370380515550730820
5095100180195300350
1330156016001980207026002850
CuOFe2O3
SiO2
ZnOAl2O3
CaOMgO
TT (ºC)Td (ºC)Ta (ºC)TF (ºC)Óxido
Ta = adesão Td = arredondamento TT = crescimentoTabela 9.6. Temperatura de sinterização de óxidos
Temperatura são indicativas: não informam sobre a cinética de cada etapa
Figura 9.35. Distribuição do volume dos poros durante a ativação. A→B: raio médio dos poros constante;A→C: volume dos poros constante (3)
Nos dois casos:So > S pois
1 => Vo > V, r =cte
2 => ro < r, V = cte
S =2vr
Sinterização por adesão Sinterização por difusão
A C
B
1 2
d log Vdr
108/100
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