carteira ibovespa+ · localiza transporte rent3 11% r$ 45,36 em revisão 1,07% lojas renner varejo...
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Carteira Ibovespa+ Ricardo Peretti - Estratégia Pessoa Física
01 de outubro de 2019
DESCRIÇÃO Esta carteira é recomendada para quem quer investir em empresas de médio e
grande porte com alto potencial de lucros, sem se desvencilhar da composição
setorial do índice Ibovespa.
OBJETIVO O objetivo desta carteira é superar o índice Ibovespa a longo prazo. Para isso, o
estrategista faz uma criteriosa análise fundamentalista que busca maximizar o
ganho de capital e retorno com dividendos e aluguel de ações. As alterações
podem ser feitas a qualquer momento, o que permite mais flexibilidade às
recomendações.
PERFIL DO INVESTIDOR
VANTAGENS
Simplificação: exposição a um grupo
reduzido de companhias com boas
perspectivas futuras e sólido histórico de
entrega de resultados, sem a necessidade
de replicar todas as ações do Ibovespa.
Assessoria constante: o dinamismo da
economia faz com que as ações ganhem
ou percam relevância ao longo do tempo.
Acompanhamos os resultados
EXEMP LO
operacionais de cada empresa
para garantir alocações
apropriadas e uma boa
performance da Carteira.
Liquidez: mesmo sendo um
investimento recomendado para
longo prazo, se o investidor
precisar se desfazer destas ações
ele poderá vendê-las na Bolsa de
valores diariamente.
ACOMPANHAMENTO
DA CARTEIRA
RENTABILIDADES1
Período Carteira IBOV
Setembro +3,51% +3,74%
2019 +15,42% +16,65%
12 meses +44,63% +33,43%
24 meses +64,58% +39,14%
DESTAQUE DE SETEMBRO
JBSS3 +11,82%
ESTATÍSTICAS
Início da Carteira 03/01/2011
Meses com
performance
superior ao
Benchmark
(IBOV)
65 de 104
(62,5%)
CLASSIFICAÇÃO DE RISCO2
Beta 1,03
Índice Sharpe 2,80
1 A rentabilidade da Carteira e do seu respectivo
benchmark são calculados através do preço médio
das ações do dia da publicação do relatório, e não
pelo preço de fechamento do dia anterior. 2Referente aos últimos 12 meses. Glossário na
penúltima página deste relatório. Fonte: Santander.
Empresa Setor CódigoPercentual
RecomendadoPreço¹
Preço-Alvo
2019
Div. Yield
Estimado 2020
Azul Transporte AZUL4 6% R$ 49,67 R$ 73,00* 0,78%
Banco do Brasil Bancos BBAS3 16% R$ 45,69 R$ 65,00 5,96%
Bradesco Bancos BBDC4 10% R$ 34,07 R$ 45,00 4,56%
IRB Brasil Serviços Financeiros IRBR3 10% R$ 37,54 Em Revisão 3,82%
JBS Frigoríficos JBSS3 6% R$ 32,76 R$ 35,00* 2,19%
Localiza Transporte RENT3 11% R$ 45,36 Em Revisão 1,07%
Lojas Renner Varejo LREN3 10% R$ 50,33 Em Revisão 1,46%
Petrobras Petróleo & Gás PETR3 10% R$ 30,24 R$ 39,00* 3,44%
Rumo Infraestrutura RAIL3 12% R$ 24,33 Em Revisão 0,76%
Vale Mineração VALE3 9% R$ 47,76 R$ 67,70 5,68%**
RECOMENDAÇÃO PARA OUTUBRO
CONSERVADOR
(1) Preço médio do dia 30/09/19. Para fins de cálculo da rentabilidade da Carteira e do seu respectivo benchmark, os mesmos serão calculados através do preço médio das ações do dia
da publicação do relatório, e não pelo preço de fechamento do dia anterior. *Preço-alvo referente ao fim de 2020. **Dividend Yield da Vale calculado com base no consenso de mercado
Bloomberg. Apesar da projeção, é importante lembrar que a companhia suspendeu a sua distribuição de dividendos por ora. Para mais informações, conferir a página da empresa neste
relatório. Fonte: Santander.
JBS
A JBS é a nossa principal recomendação no
segmento de Alimentos & Bebidas com base
em: (i) nossa previsão de forte demanda
global de proteína e uma escassez de suínos
na China, levando a uma maior
rentabilidade, um fluxo de caixa robusto e
uma acelerada desalavancagem financeira
nos próximos anos; (ii) nossa crença de que
a expansão orgânica e inorgânica em
direção a negócios de alimentos preparados
(maior retorno) continuará impulsionando
seu valuation para cima; e (iii) o próprio
valuation atual atrativo.
No 1º semestre de 2019 o Brasil e a
Austrália, que juntos respondem por cerca
de 30-35% das vendas da JBS, aumentaram
os volumes de exportação de proteína para
a China em 20% e 65%, respectivamente, em
virtude das maiores necessidades de
importação chinesa. Além disso, os preços
de exportação de carne suína, aves e carne
bovina do Brasil para a China aumentaram
16%, 22% e 17% no acumulado do ano,
contribuindo para uma rentabilidade muito
maior. Como deve levar de 2 a 3 anos para a
China reconstruir seu rebanho de suínos,
esperamos que os preços globais de
proteína permaneçam altos por algum
tempo, contribuindo para uma forte
rentabilidade para a JBS no curto a médio
prazo.
Quanto ao mercado dos EUA, que
representa quase 60% das vendas
consolidadas da JBS, as perspectivas
também são positivas. O USDA
(Departamento de Agricultura dos Estados
Unidos) espera que a oferta de aves e carne
suína no mercado norte-americano
aumente 1% e 3% em 2020,
respectivamente. Assim, para 2020,
projetamos que a JBS nos EUA registre um
aumento na margem EBITDA de 20 bps,
para 8,8%.
Vemos com bons olhos a resiliência do
modelo de negócios da JBS, que é
construído sobre uma plataforma industrial
de alto desempenho e grande escala, um
portfólio de produtos bem diversificado e
uma ampla rede de distribuição. Esses
fatores, a nosso ver, devem levar a uma
redução na volatilidade dos lucros. A forte
demanda global por proteína deve permitir
que a JBS atinja uma robusta geração de
fluxo de caixa. Como consequência,
esperamos que a dívida líquida / EBITDA
caia de 2,4x no fim de 2019 para 1,8x no fim
de 2020.
Em termos de valuation, a JBSS3 está sendo
negociada com um EV/EBITDA 2020e de
6,6x, um desconto indevido de
aproximadamente 26% em relação ao seu
principal par nos EUA (Tyson Foods).
Esperamos que o crescente comércio global
de carnes e a maior exposição a empresas
de alimentos processados, por meio de
investimentos orgânicos e inorgânicos,
levem a uma reclassificação da JBSS3 nos
próximos anos, com uma provável expansão
do seu múltiplo para 7,0-7,5x no médio
prazo, patamar que a ação já negociou entre
2012 e 2015.
Após a divulgação dos resultados do 2º
trimestre, cujos números vieram acima das
nossas expectativas, atualizamos as
projeções de JBS, elencando a companhia
como a nossa preferida no segmento de
Alimentos & Bebidas, com um novo preço-
alvo de R$ 35,00 para o fim de 2020 (vs. R$
29,00 para fim de 2019). Além disso,
elevamos nosso EBITDA ajustado em 6% e
3% para 2019 e 2020, respectivamente, já
que uma oferta/demanda mais balanceada
de aves nos EUA e no México contribuirá
para uma forte recuperação das margens,
enquanto a peste suína africana na China
impulsionará os preços de exportação da
proteína brasileira. Revisamos para cima
também nossa projeção de margem EBITDA
de longo prazo das divisões da JBS nos EUA,
agora mais próxima da média histórica
(2010-2018), já que a crescente demanda
global por proteína e um setor de carne
mais consolidado nos EUA devem permitir
mais equilíbrio na oferta/demanda e,
consequentemente, preços mais racionais.
Por fim, dentre os principais riscos à tese de
investimento da JBS, destacamos i) a guerra
comercial entre EUA e China, que pode
afetar não só o fluxo de
exportação/importação de proteína entre os
países, mas também o preço dos grãos (um
custo de produção para JBS) nos EUA, ii)
potenciais litígios referentes aos casos de
corrupção e lavagem de dinheiro que
envolveram a empresa no passado e iii)
potencial venda de JBSS3 pertencente ao
BNDESPAR, que detém 21% da totalidade
das ações da empresa e já sinalizou que
pretende se desinvestir, seguindo nova
política de investimentos do governo
federal.
Fonte: Estimativas Santander e Bloomberg.
AÇÕES MANTIDAS NA CARTEIRA IBOVESPA+
Código JBSS3
Setor Frigoríficos
Valor de Mercado R$ 89,47 bi
Recomendação Compra
Preço-Alvo R$ 35,00
Potencial de Upside 6,74%
Div. Yield 2020E 2,19%
Nº de recomendações
de "Compra"13
Nº de recomendações
de "Manutenção"4
Nº de recomendações
de "Abaixo do Mercado"0
Preço / Lucro 11,21x
Valor da Firma / LAJIDA 6,62x
INFORMAÇÕES
CONSENSO DE MERCADO
MÚLTIPLOS 2020E
LOCALIZA
Recentemente revisamos nossas
expectativas para o setor de aluguel de
veículos e reiteramos nossa visão positiva
com relação a Localiza, atribuindo uma
recomendação de “Compra” para o fim
de 2019. Embora o valuation atual não
seja uma barganha (27,2x P/L 2020E),
acreditamos que ele ainda deixa de
refletir as perspectivas positivas para a
companhia. Esperamos: (i) forte
crescimento nos próximos anos
(crescimento médio anual do lucro
líquido em 2018-20E de 20%) e (ii) altos
níveis de retorno, consistentemente
acima do custo de capital (spread do
ROIC sobre WACC em torno de 3 p.p.).
Apesar da consolidação do mercado de
aluguel de carros (RAC) ter sido uma
realidade para as três maiores empresas
nos últimos anos (uma vez que a crise
recente teve um grande impacto negativo
sobre as empresas menores), vemos a
Localiza ampliando a lacuna em relação
aos seus principais concorrentes, à
medida que acelera o crescimento
enquanto suas concorrentes desaceleram
o compasso de crescimento.
Nesse contexto, esperamos que a
Localiza continue a registrar forte
crescimento dos volumes em RAC (+19%)
e Aluguel de Frotas (+11%) em 2019,
apesar da base de comparação já alta.
Projetamos para o fim do ano
crescimento da receita consolidada de
17%, chegando a R$ 9.275 milhões, e alta
de 20% no EBITDA, para R$ 1.885
milhões. O lucro líquido irá aumentar
24%, para R$ 824 milhões, de acordo com
nossas estimativas.
Com quase todo o seu saldo de dívida
atrelado ao CDI (2,2x Dívida
Líquida/EBITDA no 1S19), a Localiza é um
dos principais nomes do setor de
transporte a se beneficiar do atual
cenário de taxas de juros (Selic) baixa.
Ao mesmo tempo em que a indústria de
aluguel de veículos reporta taxas de
crescimento aceleradas, a Localiza
finalizou em janeiro um aumento de
capital de R$ 1,82 bilhão. Embora a
notícia pudesse causar uma pressão
vendedora de curto prazo na ação, a
mesma foi bem recebida pelos
investidores (RENT3 valorizou-se 6% no
dia do anúncio), que viram no
comunicado uma forma da companhia
financiar seu projeto de expansão e
reduzir seu grau de endividamento.
No início de agosto, a Localiza registrou
números operacionais referentes ao 2T19
compatíveis com as fortes expectativas
do mercado, consolidando um EBITDA de
R$ 466 milhões, expansão de 34% a.a. No
entanto, o lucro líquido de R$ 191
milhões ficou ligeiramente aquém das
nossas expectativas e do mercado. A
diferença final pôde ser explicada por
despesas financeiras acima do esperado.
Destacamos a forte operação de Rent-a-
Car da Localiza (aumentos expressivos de
volume e crescimento do EBITDA); e
expansão na margem bruta da divisão de
Seminovos (+170 bps no trimestre, após
quatro quedas trimestrais consecutivas).
Após analisarmos o balanço do 2T19,
reiteramos nossa visão positiva de longo
prazo sobre a indústria de aluguel de
carros no Brasil e nossa recomendação
de "Compra" para a Localiza.
Fonte: Estimativas Santander e Bloomberg.
Código RENT3
Setor Transporte
Valor de Mercado R$ 32,83 bi
Recomendação Compra
Preço-Alvo Em Revisão
Potencial de Upside Em Revisão
Div. Yield 2020E 1,07%
Nº de recomendações
de "Compra"14
Nº de recomendações
de "Manutenção"7
Nº de recomendações
de "Abaixo do Mercado"0
Preço / Lucro 27,25x
Valor da Firma / LAJIDA 14,71x
CONSENSO DE MERCADO
INFORMAÇÕES
MÚLTIPLOS 2020E
AZUL
Fundada em 2008, a Azul é atualmente a
terceira maior empresa aérea do Brasil, com
cerca de 780 voos diários para mais de 100
destinos diferentes. Uma de suas principais
vantagens competitivas é a exclusividade em
cerca de 70% de suas rotas, o que faz com
que a companhia não precise entrar em
“guerra de preços” com suas principais
concorrentes. Sua malha aérea diferenciada,
baseada em hubs e focada em determinadas
regiões, dá à Azul a posição de liderança no
Brasil em termos de decolagens e cidades
atendidas. Com uma estratégia de
alavancagem em termos de conectividade
internacional, a Azul tem importantes
alianças globais com a United (rotas nos
EUA), TAP (rotas europeias) e HNA (rotas na
Ásia), além de contar com seu crescente e
estratégico programa de fidelidade
“TudoAzul”, cujo valor pode estar sendo
subavaliado pelos investidores.
Para 2019, esperamos que a Azul registre
significativa expansão da margem EBIT, de
15,8% em 2018 para 18% (dados corrigidos
pelo IFRS-16), principalmente com base em:
(i) ganhos de escala a partir do aumento do
tamanho das aeronaves (up-gauging, em
inglês), para os novos modelos A320neo e (ii)
perspectivas macroeconômicas favoráveis à
demanda por passagens aéreas. Projetamos
expansão de margem EBIT de 2,2 p.p., para
18%, com base no aumento da receita por
assento disponível/milha de 6% vs. alta de
3% no custo por assento disponível/milha.
Além disso, acreditamos que a Azul
continuará se beneficiando de um ambiente
competitivo racional e disciplinado no Brasil.
As empresas do setor transmitiram a
mensagem de que este é o melhor cenário
competitivo da região desde muito tempo e
interpretamos que isso tem sido essencial
para sustentar as margens operacionais em
patamares saudáveis - apesar da volatilidade
recente com o câmbio e o preço do petróleo.
Vale ressaltar que as ações da Azul têm uma
correlação inversa com variáveis
importantes como o dólar e petróleo, uma
vez que cerca de 30% dos custos
operacionais são com querosene de aviação
(combustível derivado do petróleo) e 90% da
dívida líquida ajustada é em dólar. Dada a
natureza volátil dessas variáveis, alertamos
que as ações da Azul têm um nível de
volatilidade alto, embora os bons
fundamentos tenderão a prevalecer no
médio e longo prazo.
Em termos operacionais, a Azul apresentou
números operacionais mais fortes do que o
esperado no 2T19, entregando um EBIT
trimestral de R$ 340 milhões (6% acima do
consenso) e margem EBIT de 13% (vs.
estimativa de 12%). Junto com o resultado, a
administração reafirmou seu guidance da
margem EBIT de 18%-20% para 2019, acima
de nossa projeção de 17%. É importante
ressaltar que a entrega do guidance de 2019
ainda não está totalmente precificada no
preço atual das ações.
No último dia 14 de agosto a Anac confirmou
a redistribuição dos slots no aeroporto de
Congonhas: a Azul manterá 40% dos slots
recebidos, enquanto os 60% restantes
permanecerão com a Passaredo e a MAP. A
distribuição havia sido informada
anteriormente pela Anac e agora foi
confirmada pela agência. Apesar de ficar
com “apenas” 40%, esses slots, somados com
os que a Azul já possuía, são suficientes para
o início da rota Rio-São Paulo, há tempo
almejada pela companhia.
Após a análise do resultado do segundo
trimestre, aliada a maior visibilidade sobre as
companhias aéreas com a Recuperação
Judicial da Avianca Brasil, atualizamos o
preço-alvo para as ações da Azul para R$
73,00 até o fim de 2020. Dito isso, reiteramos
a Azul como nossa top pick do setor aéreo,
apoiada por (i) uma dinâmica positiva de
receita em um ambiente competitivo
saudável; (ii) benefícios específicos da
desaceleração da Avianca; (iii) momento
positivo de lucros (margem EBIT esperada de
22% no 2S19); e (iv) valuation atrativo de 6,1x
VF / EBITDA (potencial de alta de 47% para o
final de 2020).
Fonte: Estimativas Santander e Bloomberg.
Código AZUL4
Setor Transporte
Valor de Mercado R$ 16,97 bi
Recomendação Compra
Preço-Alvo R$ 73,00
Potencial de Upside 46,85%
Div. Yield 2020E 0,78%
Nº de recomendações
de "Compra"9
Nº de recomendações
de "Manutenção"1
Nº de recomendações
de "Abaixo do Mercado"1
Preço / Lucro 16,13x
Valor da Firma / LAJIDA 6,13x
INFORMAÇÕES
CONSENSO DE MERCADO
MÚLTIPLOS 2020E
PETROBRAS
Em resposta às atuais perspectivas para a
Petrobras, revisamos recentemente nossas
expectativas sobre a companhia, mantendo a
recomendação de "Compra" e atribuindo um
preço-alvo de R$ 39,00 por ação para o fim
de 2020. Em linhas gerais, ressaltamos o
alinhamento entre fatores micro (a
abordagem pragmática da empresa na
precificação de combustíveis, geração sólida
de caixa, vendas de ativos, desalavancagem e
dividendos) e macro (preços do barril de
petróleo e dólar alto) para justificar nossa
visão positiva.
Nossa análise detalhada da curva de
produção da Petrobras aponta para um
crescimento saudável de 5% da produção de
petróleo em 2019, aumentando para 12% em
2020, impulsionado pela maturação das
plataformas de pré-sal existentes e pelo
lançamento de novas, o que enxergamos
como positivo, já que o pré-sal brasileiro
possui altas margens e retorno.
Consideramos em nosso cenário base um
preço médio anual de US$ 64 por barril de
petróleo para 2019, US$ 62 para 2020 e uma
cotação média de US$ 60/barril a partir de
2021. Apesar do ponto de equilíbrio do preço
do petróleo ser uma questão de diferentes
interesses geopolíticos, além da usual
balança entre oferta e demanda, acreditamos
que os principais países produtores serão
capazes de enxugar o excesso de oferta de
petróleo, tornando o preço da commodity
menos volátil e com suporte próximo aos
níveis atuais
Acreditamos que a Petrobras possa manter
seus investimentos racionalizados nos
próximos anos, em cerca de US$ 10-12
bilhões/ano, com foco especialmente no
desenvolvimento da área do pré-sal. Além
disso, estimamos que o índice de dívida
líquida/EBITDA possa atingir 1,7x ao final de
2020. Portanto, a disciplina de despesas
operacionais e investimentos deve continuar,
ao passo que as vendas de ativos podem
ganhar momento e ajudar a reduzir a
alavancagem.
Negociando a 4,97x Valor da Firma / EBITDA
2020E, acreditamos que o desconto atual da
ação de 23% para os seus pares globais deve
diminuir, traduzindo-se na valorização da
ação. Vemos este cenário à medida que os
investidores visualizarem melhores níveis de
geração de caixa, manutenção de uma
política de preços competitiva, redução da
alavancagem e melhoria do ROIC (retorno
sobre capital investido). Embora
concordamos que a evolução destes fatores
será observada apenas à médio prazo,
acreditamos que o tom dos discursos do
novo governo aliviou as incertezas do
mercado sobre a gestão de empresas
estatais, o que também favorece a
performance de PETR3.
Vale ressaltar que o apoio do governo para a
direção estratégica da empresa é
fundamental e terá que ser monitorado
atentamente. Acreditamos que as principais
decisões estratégicas da empresa precisam
ser mantidas, incluindo (i) concentração dos
investimentos nos segmentos mais
lucrativos, como o de extração de petróleo;
(ii) desinvestimento de alguns ativos
secundários; (iii) avanço na busca de
parcerias; e (iv) mais importante, o não “uso”
da empresa para subsidiar os preços dos
combustíveis.
Também é interessante ressaltar que o
Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu no
dia 6 de junho que empresas estatais, como a
Petrobras, não precisam de aprovação do
legislativo antes de vender participações
majoritárias em subsidiárias ou realizar
licitações para a venda desses ativos (desde
que cumpridas condições competitivas), o
que liberou a venda da transportadora TAG
para o consórcio formado pela Engie e pelo
fundo canadense CDPQ por US$ 8,6 bilhões.
Esse resultado positivo possibilita que a
Petrobras continue com seu programa de
venda de ativos de US$ 27 bilhões entre 2019
e 2023, ajudando no processo acelerado de
desalavancagem da companhia.
Por fim, os números operacionais do
segundo trimestre da Petrobras foram 3%
acima de nossas estimativas, com o EBITDA
ajustado atingindo R$ 32,9 bilhões (ajustado
pelo IFRS 16). A melhoria sequencial foi
impulsionada por melhores resultados de
Exploração & Produção, influenciados pelo
aumento dos preços e da produção de
petróleo. Os principais destaques foram: (i)
geração de fluxo de caixa continuamente
robusta, (ii) redução da Dívida
Líquida/EBITDA para 2,7x vs. 3,2x no
trimestre anterior e (iii) redução de
aproximadamente 37% no guidance de
investimentos para US$10-11 bilhões em
2019. Esperamos que o crescimento da
produção durante o 2S19 e os preços do
petróleo sejam os principais catalisadores
para a ação no curto prazo. Dito isso,
reiteramos a Petrobras como nossa top pick
do setor petroquímico dentro da América
Latina.
Fonte: Estimativas Santander e Bloomberg.
Código PETR3
Setor Petróleo & Gás
Valor de Mercado R$ 378,7 bi
Recomendação Compra
Preço-Alvo R$ 39,00
Potencial de Upside 29,35%
Div. Yield 2020E 3,44%
Nº de recomendações
de "Compra"10
Nº de recomendações
de "Manutenção"2
Nº de recomendações
de "Abaixo do Mercado"0
Preço / Lucro 10,25x
Valor da Firma / LAJIDA 4,97x
CONSENSO DE MERCADO
INFORMAÇÕES
MÚLTIPLOS 2020E
VALE
Em nossa opinião, a Vale está em boa
posição dentro da indústria global de
minério de ferro, sua divisão mais
importante. Esperamos que a demanda por
minério de ferro de alta qualidade continue
nos próximos anos, beneficiando a empresa
devido ao incremento do projeto S11D, que
aumentou a oferta da commodity de maior
qualidade da companhia. Embora a empresa
esteja em um bom momento operacional, as
preocupações recentes sobre o ritmo de
desaceleração econômica global, bem como
os efeitos secundários da atual “guerra
comercial” entre os EUA e China, têm
levantado dúvidas sobre investir em
empresas que dependam da economia
chinesa. Apesar disso, acreditamos que os
fundamentos do mercado de minério de
ferro permanecerão sólidos, permitindo com
que a Vale mantenha sua geração de caixa
robusta por mais tempo.
No dia 25 de janeiro houve o rompimento da
barragem 1 da Mina Córrego do Feijão, em
Brumadinho, no estado de Minas Gerais. A
quebra da barragem da Vale, que
infelizmente levou a um maior número de
vítimas fatais em relação ao episódio de
Mariana (MG) em 2015, aumentará
certamente o escrutínio da sociedade e dos
órgãos de fiscalização sobre a atividade de
mineração no Brasil. Por conta disso, a Vale
suspendeu o pagamento de dividendos e
juros sobre capital próprio (JCP) por ora.
Apesar da nossa visão favorável à
companhia, é importante monitorar os
próximos desdobramentos e prováveis
mudanças de legislação dentro do setor, e
de que forma isso impactará os
fundamentos da empresa.
Nesse contexto, consideramos relevantes os
esforços do novo CEO, Eduardo Bartolomeu,
em estabelecer um Termo de Ajustamento
de Conduta (TAC) com as autoridades locais.
Embora consideremos difícil estimar a
quantia total de multas e indenizações,
acreditamos que um acordo em potencial
deverá facilitar as estimativas referentes à
geração de caixa da companhia, o que fará
com que as incertezas que existam na tese
de investimento da companhia sejam
mitigadas, aumentando a visibilidade dos
investidores.
De acordo com nossos cálculos, os fatores
que afetaram negativamente a produção da
Vale em 2019 deverão continuar
parcialmente em 2020, o que nos fez cortar
as projeções em 60 milhões de toneladas
para esse ano e 35 milhões de toneladas
para o próximo ano. Vale ressaltar que a
demanda de minério de ferro segue sólida
no continente asiático: apesar das
preocupações com o crescimento econômico
da China, o país representa 60% do consumo
global de minério de ferro e esperamos uma
contração de apenas 3% na produção de aço
chinesa, após ter atingido um recorde em
2018 (~928 milhões de toneladas). Diante
disso, baseado principalmente na
combinação de menor oferta e demanda
estável da commodity, aumentamos nossas
estimativas de preço médio de minério de
ferro para US$ 87/ton em 2019 (vs. $80/t) e
US$ 73/ton em 2020 (vs. $67/t). Por último,
dado esse cenário, os preços mais altos
devem ajudar a compensar a queda na
produção da Vale em 2019. Assim, ao
incorporarmos todas essas novas premissas
em nosso modelo, reiteramos a
recomendação de “Compra” para a Vale e
elevamos o preço-alvo de R$ 60,80 para R$
67,70 ao fim de 2019.
Nossas perspectivas construtivas para Vale
não foram alteradas após a divulgação de
números operacionais abaixo do esperado
para o segundo trimestre do ano. O EBITDA
de US$ 4,6 bilhões veio 8% abaixo de nossas
estimativas, principalmente devido aos
custos de produção mais altos do que
nossas projeções e um aumento sequencial
nas despesas relacionadas ao acidente de
Brumadinho, ambos os quais devem
começar a moderar no 3T19. Além disso, a
empresa também provisionou outros US$
1,53 bilhão para despesas referentes a
diversos acordos sobre Brumadinho. No
futuro próximo, esperamos que os efeitos
negativos nas operações e provisões
relacionadas ao acidente diminuam
significativamente e que a Vale divulgue
números operacionais sólidos.
Em meados de agosto realizamos a 20ª
Conferência Anual Santander, com
representantes das empresas sob nossa
cobertura. Saímos do evento com a
confiança na Vale reiterada, dada nossa
expectativa de maior visibilidade referente à
tese de investimento da companhia até o fim
do ano. Apesar da rápida correção dos
preços do minério de ferro nas últimas
semanas (de US$ 125/ton para US$ 90/ton),
acreditamos que a Vale continua bem
posicionada no setor de mineração. Por fim,
acreditamos ser possível o retorno dos
dividendos até o início de 2020 se a empresa
chegar a mais acordos com as autoridades
locais.
Fonte: Estimativas Santander e Bloomberg.
Código VALE3
Setor Mineração
Valor de Mercado R$ 252,3 bi
Recomendação Compra
Preço-Alvo R$ 67,70
Potencial de Upside 41,78%
Div. Yield 2020E 5,68%
Nº de recomendações
de "Compra"10
Nº de recomendações
de "Manutenção"2
Nº de recomendações
de "Abaixo do Mercado"1
Preço / Lucro 6,92x
Valor da Firma / LAJIDA 4,29x
MÚLTIPLOS 2020E
CONSENSO DE MERCADO
INFORMAÇÕES
BRADESCO
Enxergamos o Bradesco como bem
posicionado para “surfar” o bom momento
operacional do setor bancário brasileiro.
Após um período no qual o Bradesco foi
afetado pela grave recessão econômica de
2015/2016, assim como pelo
amadurecimento da carteira de crédito
absorvida do HSBC Brasil, vemos o banco
como uma escolha atrativa no setor devido
aos potenciais benefícios provenientes de
seu ciclo de crédito ainda atrasado, se
comparado principalmente ao Itaú.
Outro fator relevante é que o Bradesco é
capaz de implementar uma sólida
reestruturação de médio prazo, em nossa
visão, a qual inclui principalmente: (i)
melhora na qualidade de seus ativos
(menor índice de inadimplência, para 3,3%
em 2019), (ii) expansão da carteira de
crédito (+10% em 2018 e +11% em 2019E),
(iii) aumento da eficiência em gestão de
custo e, por fim, (iv) receitas mais robustas
da franquia bancária em função das
sinergias, mesmo que tardias, decorrentes
da aquisição do HSBC. Como consequência,
projetamos um crescimento do lucro
líquido recorrente de 24% a.a., para R$
25,674 bilhões, e um ROAE (Retorno sobre
Patrimônio Líquido Médio) de 20,5% para o
ano de 2019.
No dia 15 de março, atualizamos as
estimativas de Bradesco após
incorporarmos o resultado operacional do
4º trimestre de 2018, sendo que
reafirmamos a recomendação de “Compra”
sobre as ações do banco, com um preço-
alvo de R$ 45,00. Aumentamos nosso-preço
alvo depois de: (i) incorporar os resultados
do 4T18; (ii) considerar o guidance do banco
para 2019; e (iii) diminuir nosso custo de
capital ajustado, o que reflete um melhor
ambiente daqui para frente.
Embora a tímida recuperação da economia
doméstica, ilustrada pela projeção de
expansão do PIB de 0,8% a.a. em 2019,
ante o resultado de 1,1% a.a. em 2018,
tenha levado os investidores a
questionarem as perspectivas positivas
para o setor bancário, acreditamos que o
guidance dos bancos para este ano já
contemplava um cenário mais conservador,
o que mantém as nossas expectativas
otimistas ainda válidas.
Em seu parecer sobre a proposta de
reforma da Previdência, divulgado no
último dia 13 de junho, o relator da matéria
na comissão especial da Câmara dos
Deputados, Samuel Moreira (PSDB-SP),
defendeu que a alíquota da Contribuição
Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) paga
pelas instituições financeiras volte a ser de
20%, ante os 15% vigentes desde o início do
ano. Mesmo que numa primeira leitura a
alteração da alíquota implique num
impacto médio de 6% sobre nossos preços-
alvo, lembramos que os bancos usariam
parte dos seus créditos tributários para
suavizar este aumento, resultando num
impacto líquido de apenas 3%, em nossa
visão. Sendo assim, acreditamos que o
risco de elevação da CSLL já tenha sido
parcialmente precificado pelos
investidores. Mesmo que esta majoração se
concretize, mantemos nossa
recomendação de exposição em ações do
setor bancário num horizonte de
médio/longo prazo.
Em termos operacionais, o lucro líquido
recorrente do Bradesco no 2T19 cresceu
29% a.a. para R$ 6,29 bilhões, ficando 3%
acima das nossas estimativas e do
consenso de mercado. Esse bom
desempenho foi direcionado por ganhos na
tesouraria (+26% em relação ao mesmo
trimestre de 2018) e no segmento de
seguros (+12% a.a.). Embora tenhamos
uma visão favorável dessa expansão, as
taxas bancárias cresceram apenas 1% ao
ano, devido ao fraco desempenho das
receitas com cartões, operações de crédito
e gestão de ativos. Também nos chamou
atenção a desaceleração do volume de
crédito, já que a carteira de empréstimos
registrou expansão de 9% em relação ao
ano anterior, ante os 12% a.a. no 1T19.
Apesar de não descartamos possíveis
revisões do guidance do Bradesco para
baixo nos próximos trimestres, mantemos
nossa recomendação de "Compra" para o
banco.
Fonte: Estimativas Santander e Bloomberg.
Código BBDC4
Setor Bancos
Valor de Mercado R$ 262,7 bi
Recomendação Compra
Preço-Alvo R$ 45,00
Potencial de Upside 32,67%
Div. Yield 2020E 4,56%
Nº de recomendações
de "Compra"14
Nº de recomendações
de "Manutenção"4
Nº de recomendações
de "Abaixo do Mercado"2
Preço / Lucro 9,74x
Valor da Firma / LAJIDA -
INFORMAÇÕES
CONSENSO DE MERCADO
MÚLTIPLOS 2020E
RUMO LOGÍSTICA
Com uma geração de caixa inelástica, já
que 80% de todo volume transportado é
para o escoamento de commodities
agrícolas (do centro-oeste para o Porto
de Santos), elencamos a Rumo como a
nossa principal recomendação dentro do
setor de transporte e infraestrutura na
América Latina. Parte desta
previsibilidade é explicada pelo fato de
que 80% do volume transportado
também está contratado pelo formato
take-or-pay e é indexado à inflação, o que
garante maior estabilidade no volume e
nas margens operacionais.
Esperamos que os recursos pleiteados
pela companhia junto ao BNDES, uma
linha de crédito de aprox. R$ 2,8 bilhões
que teve seu contrato assinado em
outubro de 2018, tornará o cronograma
de investimentos da Rumo mais seguro.
Em abril de 2019 o Tribunal de Contas da
União (TCU) deu parecer favorável a
prorrogação antecipada por mais 30 anos
da concessão da Malha Paulista, ferrovia
da Rumo que vai de Santa Fé do Sul (SP)
até o porto de Santos. Com esta
prorrogação a concessão da ferrovia terá
vigência até 2058. Em troca disso, a Rumo
terá que investir R$ 4,7 bilhões nos
próximos seis anos para expandir a
oferta anual de transporte, das 30
milhões de toneladas atuais para 75
milhões. Depois da decisão do TCU, o
próximo e último passo é a aprovação
final pelo ministro Augusto Nardes.
Vemos a notícia como positiva para a
Rumo, uma vez que a renovação
antecipada da concessão dá a empresa
mais segurança para implementar os
investimentos necessários na ferrovia.
Apesar do mercado ter conseguido
visualizar até agora os avanços do
processo de turnaround, a recepção do
guidance operacional de 2019-2023,
anunciado em março pela Rumo, não foi
um consenso. Embora o capex para o
período tenha sido bastante superior às
nossas estimativas (R$ 14 bilhões vs R$
5,9 bilhões), o EBITDA para o último ano
do intervalo ultrapassou nossas previsões
em R$ 1,2 bilhão, consolidando um
múltiplo CAPEX/EBITDA de 6,8x.
Acreditamos que a partir de agora a
empresa gere um fluxo de caixa livre
cada vez mais positivo no período de
cinco anos (R$ 5,5 bilhões no total). Com
esse maior fluxo financeiro, a Rumo
poderá começar a compartilhar lucros
com acionistas a partir de 2020,
enquanto continua seu processo de
desalavancagem (estimamos o múltiplo
dívida líquida/EBITDA em 1,4x para 2023E
ante 2,3x em 2018).
Com a divulgação de seu novo guidance,
elevamos o preço-alvo das ações da
Rumo de R$ 21,00 para R$ 22,50, já que o
mesmo materializa as intenções da
empresa em "virar a página" para uma
nova fase de crescimento, após o
processo de turnaround entre os anos de
2015 e 2018.
Em termos operacionais, a Rumo
registrou outro trimestre de resultados
sólidos no 2T19: os volumes
transportados cresceram 7% em relação
ao mesmo período do ano anterior; a
receita líquida subiu 4% no período para
R$ 1.729 milhões; o EBITDA registrou
expansão de 2% a.a., para R$ 924 milhões
(em linha com o consenso e nossa
estimativa); e o lucro líquido atingiu R$
187 milhões (versus um prejuízo líquido
de R$ 37 milhões no 2T18). Do lado
positivo, destacamos que a Rumo foi
capaz de gerar mais de R$ 250 milhões
em caixa, corroborando o sucesso do seu
turnaround, enquanto o forte volume de
milho durante o mês de junho
compensou parcialmente o pior
desempenho da soja em abril e maio, e
indica uma dinâmica de demanda
encorajadora para o 2S19.
Após anunciar fortes volumes
transportados em julho (+17% a.a.), os
volumes de agosto vieram mais fracos do
que o esperado, registrando expansão de
apenas 5,5% em relação ao mesmo
período do ano anterior, direcionado por
um acidente ferroviário na Malha Norte e
fortes chuvas na última semana do mês.
Apesar dessa desaceleração, não
esperamos impactos do acidente para
setembro e acreditamos que o cenário
positivo para as exportações de milho
continuará a implicar fortes volumes ao
longo do segundo semestre, ajudando a
garantir a entrega do guidance (EBITDA
de R$ 3,85-4,15 bilhões em 2019). Por fim,
mantemos nossa visão construtiva para a
Rumo, reiterando a empresa como nossa
top pick para o setor de transportes.
Fonte: Estimativas Santander e Bloomberg.
Código RAIL3
Setor Infraestrutura
Valor de Mercado R$ 38,19 bi
Recomendação Compra
Preço-Alvo Em Revisão
Potencial de Upside Em Revisão
Div. Yield 2020E 0,76%
Nº de recomendações
de "Compra"13
Nº de recomendações
de "Manutenção"1
Nº de recomendações
de "Abaixo do Mercado"1
Preço / Lucro 29,84x
Valor da Firma / LAJIDA 10,76x
INFORMAÇÕES
CONSENSO DE MERCADO
MÚLTIPLOS 2020E
BANCO DO BRASIL
Recentemente revisamos nossas
expectativas sobre o setor bancário
brasileiro, mantendo um viés positivo para
todos os bancos sob nossa cobertura. Em
linhas gerais, vislumbramos um crescimento
das concessões de crédito nos próximos
trimestres (+7% em 2019E), que juntamente
com a melhora da qualidade de ativos de
todo o sistema, criará um ambiente propício
para o crédito retomar seu papel essencial
na recuperação econômica do Brasil. Além
do aumento dos empréstimos, o sistema
bancário também contará com níveis de
inadimplência comportados, spreads
saudáveis e despesas operacionais
crescendo abaixo da inflação (redução de
custos fixos com foco em plataformas
digitais) nos próximos anos, o que suporta
nossa visão positiva do setor.
Acreditamos que a presença de Banco do
Brasil na carteira reforça nosso otimismo
sobre o setor bancário brasileiro
(projetamos crescimento do lucro líquido
por ação dos bancos sob nossa cobertura de
17% a.a. para 2019). A recomendação de
“Compra” de Banco do Brasil é baseada em
(i) entregas sustentáveis de ROE superiores
ao custo de capital próprio (projetamos ROE
de 14,7% para 2019); (ii) menor
probabilidade do banco precisar levantar
capital para cumprir com Basileia 3; (iii)
gestão reconhecida e focada em aumento
da rentabilidade e (iv) crescimento esperado
de 19% no lucro líquido do BB para 2019.
Com a sustentabilidade desses 4 pilares,
vemos a companhia podendo ser negociada
no patamar de 1,6x Preço / Valor
Patrimonial, o que sugere potencial de
valorização em relação ao preço atual.
O Banco do Brasil é historicamente um bom
pagador de dividendos (5,96% de dividend
yield esperado para 2020), o que tende a
beneficiar suas ações num cenário de juros
nominais menores como o atual. Além disso,
acreditamos que o BB poderá elevar
permanentemente seu payout ratio
(proporção dos dividendos distribuídos em
relação ao lucro auferido) à medida em que
banco atingir seus objetivos de estrutura de
capital ótima.
Passada a eleição presidencial de 2018,
mantemos nossa visão positiva sobre o
desempenho das empresas estatais, inclusive
o Banco do Brasil, que deve ser beneficiado
por boas práticas de governança corporativa
e foco em rentabilidade. Vale mencionar que
a nomeação do economista Rubem Novaes
para a presidência do Banco do Brasil foi
bem recebida pelos investidores, dado seu
perfil mais privatizador. Em coletiva com
jornalistas, Novaes afirmou que a orientação
da equipe do governo é eficiência,
enxugamento e privatização no que for
possível.
Em seu parecer sobre a proposta de reforma
da Previdência, divulgado no último dia 13 de
junho, o relator da matéria na comissão
especial da Câmara dos Deputados, Samuel
Moreira (PSDB-SP), defendeu que a alíquota
da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido
(CSLL) paga pelas instituições financeiras
volte a ser de 20%, ante os 15% vigentes
desde o início do ano. Mesmo que numa
primeira leitura a alteração da alíquota
implique num impacto médio de 6% sobre
nossos preços-alvo, lembramos que os
bancos usariam parte dos seus créditos
tributários para suavizar este aumento,
resultando num impacto líquido de apenas
3%, em nossa visão. Sendo assim,
acreditamos que o risco de elevação da CSLL
já tenha sido parcialmente precificado pelos
investidores. Mesmo que esta majoração se
concretize, mantemos nossa recomendação
de exposição em ações do setor bancário
num horizonte de médio/longo prazo.
No último dia 9 de agosto o Banco do Brasil
anunciou seu resultado operacional do
segundo trimestre do ano. O lucro líquido
recorrente cresceu 37% a.a., levemente
acima de nossas expectativas e do mercado.
Embora a atividade de empréstimos do
banco continue a ser o principal ponto fraco,
vemos favoravelmente as outras tendências
operacionais apresentadas neste trimestre:
as taxas bancárias estão crescendo bem
acima da inflação em 9,4% a.a., enquanto as
despesas recuaram 1% em relação ao
mesmo período de 2018 (desempenho
melhor do que os pares do setor privado).
Além disso, a qualidade geral dos ativos
continua a melhorar, com a queda de 3% t.t.
na inadimplência de curto prazo.
Além disso, acreditamos que a recente
desvalorização das ações do banco ocorreu
devido a uma série de eventos, tendo todos
já sido precificados (exposição a Odebrecht;
fraco crescimento do crédito no segmento
corporativo, revisão do guidance de
crescimento de crédito em 2019 para baixo).
Sendo negociadas a um múltiplo de 1,3x
P/VPA, enxergamos as ações do BB
próximas ao seu suporte, com uma
assimetria positiva.
Fonte: Estimativas Santander e Bloomberg.
Código BBAS3
Setor Bancos
Valor de Mercado R$ 130,3 bi
Recomendação Compra
Preço-Alvo R$ 65,00
Potencial de Upside 42,89%
Div. Yield 2020E 5,96%
Nº de recomendações
de "Compra"13
Nº de recomendações
de "Manutenção"7
Nº de recomendações
de "Abaixo do Mercado"0
Preço / Lucro 6,65x
Valor da Firma / LAJIDA -
CONSENSO DE MERCADO
INFORMAÇÕES
MÚLTIPLOS 2020E
LOJAS RENNER
Fundada em 1965, as Lojas Renner
transformaram-se na maior varejista de
moda do Brasil em faturamento e a
primeira corporação brasileira com 100%
das ações negociadas em bolsa e
pertencentes ao Novo Mercado, grau mais
elevado dentre os níveis diferenciados de
governança corporativa da B3.
Atualmente, a companhia conta com mais
de 500 lojas em operação considerando os
três formatos: (i) lojas da Renner, que
oferece moda em diferentes estilos; (ii) da
Camicado, do segmento de casa e
decoração; (iii) e da Youcom, especializada
em moda jovem. Além disso, a companhia
opera ainda com a Realize CFI, que apoia o
negócio de varejo através da oferta e
gestão de produtos financeiros. Em 2017,
a Renner deu mais um passo importante
ao inaugurar sua primeira operação
Renner fora do país, no Uruguai. Com o
controle acionário pulverizado, o que a
classifica como uma corporation, a LREN3
tem sido destaque em gestão profissional
há muitos anos.
A partir de seus esforços em se tornar
uma empresa fast fashion, a Renner tem
conseguido reduzir seus custos logístico e
ao mesmo tempo posicionar a sua marca
de forma assertiva no mercado de
vestuário brasileiro, que exige cada vez
mais agilidade (na troca das coleções) e
expertise (para se adequar a mudança de
comportamento dos consumidores).
Vemos as Lojas Renner atualmente em
fase de implementação do seu modelo
push & pull, um sistema de estoque
inteligente que abastece as lojas na
proporção necessária entre produtos e a
sua efetiva demanda pelos consumidores.
Desta forma, a empresa ganha eficiência
operacional, refletida na sua margem
bruta, sem abrir mão da disponibilidade
das peças aos seus clientes.
Entre as 20 marcas brasileiras mais
valiosas atualmente, a Renner segue
sendo vista pela maioria dos investidores
como uma empresa referência em
qualidade e consistente na entrega de
resultados trimestrais. Além disso,
considerando um mercado de vestuário
no Brasil ainda fragmentado (as cinco
maiores varejistas detêm juntas menos de
20% de participação) e as recentes
iniciativas da companhia em expansão
internacional e vendas online,
acreditamos que há uma saudável via de
crescimento ainda a ser percorrida pela
Renner nos próximos anos.
É importante reiterar que o mês de abril
foi marcado pela sucessão do Diretor
Presidente José Galló pelo antigo Diretor
de Produtos, Fabio Adegas Faccio. Galló
segue trabalhando a favor da Renner, mas
agora no cargo de Presidente do Conselho
de Administração. Assim, enxergamos a
sucessão como neutra para as ações, uma
vez que vemos Faccio dando continuidade
aos trabalhos de Galló e, portanto,
sustentando nossa tese de investimento
para a companhia.
Por fim, a Renner reportou números
operacionais abaixo do esperado para
2T19, devido a maiores despesas com
vendas, gerais e administrativas, o que
ofuscou o bom momento de crescimento
das vendas da empresa. Como destaque
positivo do resultado, a empresa teve um
crescimento de receita de 13,4% em
relação ao ano anterior, conforme nossa
projeção, e sustentada por um
crescimento de 9,3% a.a. nas “Vendas
Mesmas Lojas” - em linha com nossas
estimativas e consenso – resultando em
ganhos contínuos de market share em
meio a um cenário macro ainda
desafiador. No entanto, a margem EBITDA
de Varejo veio mais fraca em relação ao
ano anterior, registrando queda de 183
bps a.a. Apesar disso, mantemos nossa
recomendação de “Compra” num
horizonte de médio/longo prazo sobre
LREN3, pois (i) o resultado deverá ser
melhor que o de outros competidores e (ii)
a geração de fluxo de caixa permanece
forte (registrando expansão de 5% no
2T19).
Fonte: Estimativas Santander e Bloomberg.
Código LREN3
Setor Varejo
Valor de Mercado R$ 40,13 bi
Recomendação Compra
Preço-Alvo Em Revisão
Potencial de Upside Em Revisão
Div. Yield 2020E 1,46%
Nº de recomendações
de "Compra"15
Nº de recomendações
de "Manutenção"6
Nº de recomendações
de "Abaixo do Mercado"0
Preço / Lucro 27,16x
Valor da Firma / LAJIDA 16,81x
MÚLTIPLOS 2020E
INFORMAÇÕES
CONSENSO DE MERCADO
IRB BRASIL
Fundado em 1939, o IRB Brasil Resseguros
marcou a estreia do monopólio estatal no
setor de resseguros do Brasil, que chegou
ao fim em 2007, quando o mercado foi
aberto a resseguradoras estrangeiras. Por
definição, o resseguro ajuda as
seguradoras a administrarem os riscos ao
absorver alguns de seus sinistros,
estabilizando os resultados das empresas
de seguros e proporcionado continuidade
do crescimento por meio do melhor uso de
seu capital. Neste quesito, o IRB opera em
diversos segmentos, com
aproximadamente 75% dos prêmios
concentrados em três deles: patrimonial,
internacional e agricultura. O IRB é a
empresa número um em 9 de 11
segmentos, fazendo com que ela determine
os preços no Brasil. Ademais, controlar o
monopólio no país por quase sete décadas
proporcionou ao IRB vantagens
competitivas que a ajudaram a manter sua
posição de liderança. Além de ter uma
carteira mais ampla que seus concorrentes,
a empresa constituiu um extenso banco de
dados de acidentes que permite preços
mais alinhados.
Segundo nossas projeções, o IRB
continuará apresentando Retorno sobre
Patrimônio Líquido (ROE), dividend yields e
crescimento de lucro por ação maior que
seus pares internacionais, o que deve fazer
com que a empresa ganhe notoriedade
entre os investidores locais e estrangeiros.
Os estatutos da empresa obrigam um
índice de distribuição de dividendos
mínimo de 25%, o mesmo estipulado pela
Lei das Sociedades Anônimas do Brasil.
Entretanto, devido à forte geração de caixa
e ao capital excedente (índices de solvência
confortáveis), o IRB tem sido capaz de
manter um índice mínimo médio de
aproximadamente 75% desde 2014.
Esperamos que esse nível de 75% seja
mantido no longo prazo, colocando seus
dividend yields entre os mais elevados de
nosso universo de cobertura e fazendo da
ação IRBR3 um veículo adequado também
para estratégias de dividendos.
Ao fim do ano passado reavaliamos nossa
tese de investimento para as operações do
IRB e reiteramos a recomendação de
“Compra”, mantendo IRB como a nossa
ação preferida no universo das companhias
de serviços financeiros. Esse viés baseia-se
em dois pilares fundamentais que
sustentam nossa visão otimista: (i) o sólido
histórico da administração e nossa
percepção de amplo espaço para melhorar
a eficiência e melhores práticas devido ao
processo de privatização; e (ii) o robusto
posicionamento da empresa em um
ambiente competitivo, com um caminho
sólido para aumentar seu market share.
Em meados de julho foi realizada uma
oferta subsequente (follow-on) de mais de
83 milhões de ações ordinárias do IRB,
aguardada desde o início do ano e que deu
saída ao governo federal e ao BB Seguros e
Participações. Embora a oferta, que
movimentou R$ 7,39 bilhões, tenha gerado
uma pressão baixista no curto prazo,
acreditamos que a partir de agora os bons
fundamentos da companhia deverão
prevalecer.
Os números operacionais do 2T19
anunciados pelo IRB no dia 5 de agosto
foram sólidos, com crescimento de 35% a.a.
no lucro líquido e expansão de 6 p.p. a.a.
no ROAE, para 39%. Apesar dos números
melhores que o esperado terem sido
direcionados por uma menor alíquota
efetiva de imposto (16% vs. expectativa de
20%), a qualidade geral permanece como
uma constante positiva. Destacamos: (i)
crescimento de prêmios de 22% em relação
ao mesmo período do ano anterior (com a
revisão de guidance de crescimento de 17-
24% para 20-27% em 2019); (ii) forte gestão
de custos (índice de despesas gerais e
administrativas em relação aos prêmios
recebidos de 5,1% ante 5,4% no 2T18); e (iii)
notável gestão de sinistralidade (o índice de
sinistralidade nos últimos 12 meses
diminuiu para 55,8% vs. 56,6% no 1T19 e
56,9% no 2T18). Dito isso, mantemos nossa
visão positiva para as ações do IRB Brasil.
Fonte: Estimativas Santander e Bloomberg.
Código IRBR3
Setor Serviços Financeiros
Valor de Mercado R$ 35,24 bi
Recomendação Compra
Preço-Alvo Em Revisão
Potencial de Upside Em Revisão
Div. Yield 2020E 3,82%
Nº de recomendações
de "Compra"13
Nº de recomendações
de "Manutenção"4
Nº de recomendações
de "Abaixo do Mercado"0
Preço / Lucro 18,55x
Valor da Firma / LAJIDA -
INFORMAÇÕES
CONSENSO DE MERCADO
MÚLTIPLOS 2020E
Fonte: Estimativas Santander e Bloomberg.
Performance Acumulada
116,55%
52,00%
-60%
-20%
20%
60%
100%
140%
jan/11 set/11 mai/12 jan/13 set/13 mai/14 jan/15 set/15 mai/16 jan/17 set/17 mai/18 jan/19 set/19
Carteira Ibovespa+ Ibovespa
Performance acumulada desde o lançamento da Carteira Ibovespa+ (03/01/11) até 30/09/2019. Durante o período de 01/01/2015 até 01/06/2018 a rentabilidade da Carteira e seu respectivo
benchmark eram calculados através do preço médio das ações do dia de inclusão e exclusão da Carteira. A partir de 01/06/2018 a rentabil idade da Carteira e do seu respectivo benchmark
serão calculados através do preço médio das ações do dia da publicação do relatório, e não pelo preço de fechamento do dia anterior. Fonte: Santander.
Performance Mensal
17,17%
4,38%
2,46%
11,34%
-0,74%
0,21%
-1,21%
1,17%
4,75%
-3,55%
-0,29%
3,51%
12,26%
2,44%
-0,54%
8,38%
-2,49%
1,22%
-0,63%
1,59%
4,69%
1,29%
-1,80%
3,74%
-5%
0%
5%
10%
15%
20%
out-18 nov-18 dez-18 jan-19 fev-19 mar-19 abr-19 mai-19 jun-19 jul-19 ago-19 set-19
Carteira Ibovespa+ Ibovespa
Fonte: Santander.
Performance Anual
-17,92%
14,73%
-5,61% -4,83%-7,66%
30,97% 32,11%
38,83%
15,42%
-17,58%
7,41%
-15,51%
-2,92%
-13,23%
40,65%
29,68%
15,94% 16,65%
-30%
-20%
-10%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Carteira Ibovespa+ Ibovespa
Fonte: Santander.
Glossário
Benchmark: índice que serve como parâmetro para
comparar/avaliar um investimento. Exemplos: CDI,
índice Ibovespa.
Beta: Medida de sensibilidade dos retornos diários da
Carteira à variação do benchmark (no caso da Carteira
Ibovespa, o índice Ibovespa).
Capex (Capital Expenditure): somatória de todos os
custos relacionados à aquisição de ativos,
equipamentos e instalações que visam a melhoria de
um produto, serviço ou da empresa em si. São
contabilizados investimentos que irão gerar algum
valor futuro à companhia.
Dívida Líquida: Corresponde à dívida bruta menos o
caixa e equivalentes de caixa da companhia.
Normalmente é associada à algum índice de
alavancagem como, por exemplo, Dívida Líquida /
EBITDA.
Dividend Yield: apresentado em termos percentuais,
calculado a partir dos dividendos esperados por ação,
dividido pelo preço atual da ação. Geralmente
apresentado em base anual.
EBITDA: é a sigla em inglês para Earnings Before
Interest, Taxes, Depreciation and Amortization, que
traduzido significa Lucro Antes de Juros, Impostos,
Depreciação e Amortização (LAJIDA).
EV/EBITDA: o índice representa o valor da companhia
(Enterprise Value = valor de mercado + dívida líquida)
dividido pelo EBITDA. Quanto maior o EV/EBITDA, mais
valorizada a companhia em tese estará, ou seja, mais
“cara”.
Fluxo de Caixa Livre para o Acionista: métrica do
valor que pode ser distribuído aos acionistas da
empresa como dividendos ou recompras de ações -
depois que todas as despesas, investimentos,
pagamentos de dívida e ajustes de capital de giro são
atendidos.
Follow on: processo no qual uma empresa que já tem
capital aberto volta ao mercado para ofertar mais
ações. O follow on pode ser primário (oferta de novas
ações) ou secundário (venda de ações existentes).
Guidance: é a informação anunciada pela empresa
como indicativo ou estimativa de desempenho futuro.
O guidance pode ser sobre receita, despesas, lucro,
entre outros.
Preço-alvo: É calculado através da metodologia do
fluxo de caixa descontado e é utilizado para definir o
potencial de valorização, ou desvalorização, da ação.
Em outras palavras, serve para definir se uma ação
está cara ou barata. Geralmente o preço-alvo indica
uma previsão do preço da ação feito pelo analista
setorial para o fim do ano corrente.
Preço/Lucro: o Índice P/L é calculado utilizando o
preço da ação dividido pela sua expectativa de lucro
por ação para um determinado período ou ano.
Quanto maior o P/L, mais valorizada a companhia em
tese estará, ou seja, mais “cara”.
P/VPA: Múltiplo que indica quanto os acionistas
aceitam pagar, no momento, pelo patrimônio líquido
da companhia. É obtido através da divisão entre o
preço da ação e o seu Valor Patrimonial por Ação (VPA).
Recomendação de “Abaixo do Mercado”: Expectativa
de retorno anualizado da ação inferior a 7,7%.
Recomendação de “Compra”: Expectativa de retorno
anualizado da ação superior a 15,5% na data de revisão
da estimativa.
Recomendação de “Manutenção”: Expectativa de
retorno anualizado da ação entre 15,5% e 7,7%.
ROE/ROAE: ROE é a sigla para o termo em inglês Return
on Equity, que significa Retorno sobre o Patrimônio
Líquido. É calculado pela divisão entre o lucro líquido
de uma empresa e seu patrimônio líquido. Já o ROAE é
calculado com a média do patrimônio líquido de um
determinado período - métrica comumente utilizada
por instituições financeiras.
ROIC: Indicador que diz respeito ao retorno sobre o
capital total investido, ou seja, o capital próprio da
empresa somado ao capital de terceiros (empréstimos,
financiamentos e debêntures). Para seu cálculo, divide-
se o valor do lucro operacional líquido após os
impostos pelo capital total investido da empresa
(capital próprio + capital de terceiros).
Sharpe: Indicador que mede qual é a relação entre o
retorno excedente ao ativo livre de risco e a
volatilidade. Em outras palavras, procura avaliar se o
retorno obtido pelo portfólio condiz com os riscos
assumidos.
Valuation: processo de estimativa do valor de um
negócio, usando modelos quantitativos para analisar
sua situação financeira e perspectivas de crescimento.
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Eu, Ricardo Vilhar Peretti, analista de valores mobiliários credenciado nos termos da Instrução CVM 598, de 3 de maio de 2018, subscritor e responsável por este relatório, o qual
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foram elaboradas de forma independente, inclusive em relação à instituição a qual estou vinculado, nos termos da Instrução CVM 598. Adicionalmente, declaro o que segue:
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de investimentos aqui discutidos, e devem entender que declarações sobre perspectivas futuras podem não se concretizar. Os potenciais investidores devem notar que os
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subir ou cair. Assim, potenciais investidores podem não receber a totalidade do valor investido. O desempenho passado não é necessariamente um guia para o desempenho
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independente e autônoma, não se constituindo compromisso por obtenção de resultados ou recomendações de investimentos em títulos e valores mobiliários ou setores descritos
neste relatório.
© 2019 Copyright Banco Santander (Brasil) S/A. Direitos Reservados.
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