cashews globally and in africa

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Relatório Final 2015 Gabinete: Sociedade Comercial e de Serviços – Génesis (SCS-G) Consultor Principal: Dr. André Lopes da Veiga Nanque Assistência técnica: Consultor – Eng. Rui Nene Djata Consultor - Eng. Armando António Mendonça Pereira S C G S UE - Projecto AINDA - Estudo Diagnóstico do Sector do Arroz – Análise de Cadeia de Valor

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Page 1: Cashews Globally and in Africa

Relatório Final

2015

Gabinete: Sociedade Comercial e de Serviços – Génesis (SCS-G) Consultor Principal: Dr. André Lopes da Veiga Nanque Assistência técnica: Consultor – Eng. Rui Nene Djata Consultor - Eng. Armando António Mendonça Pereira

S

C

G

S

UE - Projecto AINDA - Estudo Diagnóstico do Sector do Arroz – Análise de Cadeia de Valor

Page 2: Cashews Globally and in Africa

Justificação

A realização do presente estudo justifica-se:

Pela fragilidade do país, com indicadores socioeconómico bastante alarmantes;

Pelo atraso significativo do país no que diz respeito ao cumprimento do Objectivo de Milénio para o Desenvolvimento (OMD), Apesar da abundância de recursos naturais, condições agroecologicas favoráveis;

Pela fragilidade institucional prevalecente a vários anos com reflexo no empobrecimento do país;

Pela posição 176ª da Guiné-Bissau em comparação aos 187 países avaliados, no que diz respeito a distribuição da pobreza a nível nacional, (segundo o DENARP II, 69% de população são pobres e 33% são extremamente pobres no intervalo 2011-2015.

E pelo plano do Governo, de intensificar os mecanismos de reformas económicas e financeiras para progressivamente atingir os objectivo traçados e elevar a taxa de crescimento acima de 5% em 2015.

Page 3: Cashews Globally and in Africa

Objectivo do estudo Resultado 1: Elaboração da cadeia de valor da fileira do arroz e dos

respectivos actores;

Resultado 2: diagnostico, análises das operações, dos circuitos, fluxos físicos de produtos ao longo da cadeia de valor, incluindo a análise da transformação, do auto consumo, da comercialização, das vendas, da criação de valor acrescentado, dos custos de diferentes etapas da cadeia de valor e ainda, a repartição de rendimentos entre os actores;

Resultado 3: Comparação dos impactos socioeconómicos e ambiental de diferentes modos de produção e de transformação existente, o seu potencial e a sua rentabilidade;

Resultado 4: Identificação das principais alavancas (instrumentos) para o desenvolvimento da cadeia de valor e as oportunidades de mercado;

Resultado 5: Alistadas as recomendações sobre possíveis intervenções da sociedade civil para promover o desempenho da cadeia de valor;

Resultado 6: Elaboradas e aprovadas as orientações para o concurso.

Page 4: Cashews Globally and in Africa

Metodologia

A metodologia aplicada para a realização foi baseada em:

• Pesquisas de documentos existentes sobre a matéria;

• Entrevistas directas à algumas organizações/associações, sobre as suas actividades relacionadas com o arroz, tendo sido elaborado para o efeito os questionários;

• Recolha e tratamento de dados;

• Descrição do sector;

• Concepção da Cadeia de Valor;

• Análise do sector com os suportes técnicos (SWOT/TOFA; CINCO FORÇAS DE PORTER e a matriz BCG (Boston Consulting Group).

Page 5: Cashews Globally and in Africa

Ambiente político e legal O ambiente Político e legal são caracterizado s de seguinte forma:

Insuficiência de serviços de apoio financeiros aos pequenos produtores e pequenos processadores.

Falta de crédito bancário;

O Governo da Guiné-Bissau, através do Ministério da Agricultura, elaborou a Carta de Política de Desenvolvimento Agrária e o Plano de Investimento Agrícola (PNIA). Mas, muitos actores, sobretudo pequenos produtores, reclamam a maior intervenção do Governo.

Em geral ambiente político do sector do Arroz é caracterizado pela existência de numerosas instituições públicas, privadas, ONG e Parceiros.

Leis e Regulamentos

• Carta de Política de Desenvolvimento Agrária

• PNIA (Plano Nacional de Investimento Agrícola)

• DENARP II

• Programa Nacional de Segurança Alimentar (PNSA)

• Política Agrícola da UEMOA

É imperativa a definição de política clara para a produção do arroz;

Page 6: Cashews Globally and in Africa

Caracterizações biofísicas e sócio ambientais A Superfície total é estimada em 3.363.700 ha, das quais 1.410.600 ha

são terras aráveis distribuídas pelas seguintes ecologias: 1.104.000 ha de Solos ferra líticos e fersialíticos (solos da ecologia do planalto);

A problemática da produção está relacionada com solos degradados pelas pressões antropológicas diversas, provocadas pelos Sistemas de produção arcaicos e tradicionais baseados no modo itinerário.

Por outro lado, existe 106.000 ha de solos hidromorficos marinos, denominados solos de ecologia de mangrove;

A problemática da produção está relacionada com solos vulneráveis à hipersalinação e acidificação, sobretudo nos anos agrícolas de baixa pluviometria. Tendo como consequência a deficiência de macro e micro nutrientes nos arrozais.

Ademais, existe 200.000 ha de solos hidromorficos continentais, denominados solos de ecologia de bas-fonds. São solos argila-arenoso de origem fluvial, que resulta de inundações periódicas no passado e que actualmente são sujeitas a hidromorfia temporária na época chuvosa.

Page 7: Cashews Globally and in Africa

Ecologia na Guiné-Bissau

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3.500.000

Superficie total (ha) Potencial arável (ha) Terras actualmente em uso (ha)

3.3

63

.70

0

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10

.60

0

39

7.5

49

Sup

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em

ha

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Caracterizações biofísicas e sócio ambientais

Características agro-climáticas

Tendo em conta a relação de solo-planta-clima, três grandes zonas agro-ecológicas foram reconhecidas na Guiné-Bissau:

Zona i. agroclimática da província Leste

Um clima sudanês, mais quente e menos pluvioso com duas estações bem distintas; A precipitação média anual varia entre 1200-1500 mm e 107 dias de chuvas. A taxa de evapotranspiração média anual é 2.507mm. A temperatura média anual é 27.4°C. A humidade relativa é de 26%.

Trata-se de uma zona que representa menor potencial agrícola em termos de produção do arroz pluvial (quer do bas-fonds como do planalto) devido a irregularidade da precipitação no espaço temporal num ambiente de produção degradado.

A construção de pequeno micro barragens com reservatórios como forma de melhor conservar e controlar a água proveniente das chuvas para irrigação suplementar do arroz de bas-fonds é uma possibilidade existente nesta zona.

Page 9: Cashews Globally and in Africa

Características agro-climáticas

Zona ii. agro-climatica da província sul:

Composta pelas regiões de Tombali, Quinara e Bolama/Bijagós, caracterizado pelo clima subtropical húmido, mais pluvioso e menos quente. A precipitação média anual é de 2.000-2.500mm, com 125 dias de chuvas.

A temperatura média anual é de 26.9°C. A humidade relativa é de

70% e a taxa de evapotranspiração anual é de 1.458mm. É a zona agro-geológica que representa maiores potencialidades agrícolas a nível da Guiné-Bissau com especial incidência em arroz de mangrove.

É nesta zona que se localiza o vale do rio Cumbidja, considerado de maior potencial rizícola de mangrove, estimado em cerca de 22.000 ha, contudo, actualmente subaproveitado.

Caracterizações biofísicas e sócio ambientais

Page 10: Cashews Globally and in Africa

Características agro-climáticas

Zona iii. agro-climatica da província Norte:

É composta pelas regiões de Oio, Cacheu, Biombo e SAB e é caracterizada pelo clima marítimo Guineense, moderadamente pluvioso e quente. A precipitação média anual variando entre 1500-1877mm com 122 dias de chuvas.

A temperatura média anual é de 26.6°C. A taxa de evapotranspiração

anual é de 1.837mm. É uma zona comummente boa e com potencial agrícola em termos de produção de arroz de mangrove e de bas-fonds.

O vale do rio Mansoa representa a maior potencialidade orizícola, estimado em 19.000 ha. A monte deste vale é possível desenvolver a agricultura irrigada e mecanizada, construindo a barragem de retenção.

Caracterizações biofísicas e sócio ambientais

Page 11: Cashews Globally and in Africa

Sistemas de produções rizícolas

O ambiente da produção é caracterizado de solos ferralíticos, fersialíticos, degradados e de fraca fertilidade.

O Sistema de produção é arcaico e tradicional, itinerante, sendo uma das causas principais da degradação sócio ambiental.

O sistema se assenta em conquista de terras cultiváveis com recurso à corte, queimada

O sistema de cultivo é 100% pluvial, plano e sem nivelamento de terras.

É menos produtivo de todos. A baixa produtividade não é limitado somente a baixa fertilidade de solos, mas também por ser altamente susceptível aos ataques de variadíssimos inimigos de culturas.

O sistema é praticado exclusivamente pelos pequenos camponeses para a produção de arroz de subsistência, com maior incidência nas etnias de Mandinga, Mansoncas, Manjacos, Beafadas e fulas e ainda, outras etnias embora em pequena escala. Do igual modo, as regiões de maior incidência produtiva do arroz do planalto são Oio, Cacheu, Bafatá e Quinara.

Sistema de produção do arroz na ecologia de planalto

Page 12: Cashews Globally and in Africa

Sistemas de produções rizícolas

O ambiente de produção é caracterizado de solos hidromórficos continentais (solos de argila - arenoso de origem fluvial, resultante de inundações periódicas de vários anos.

O sistema de produção é arcaico e tradicional. As mulheres, sobretudo, islamizadas são as principais interlocutoras dessa produção rizícola.

O sistema é altamente susceptível aos ataques de variadíssimos inimigos de culturas e assim como outros diversos insectos e patologias; a produtividade por unidade de terra é estimada em 0.7-1.2 ton/ha isto é, sem uso adequado de agro-inputs (sementes de boa qualidade, fertilizantes e agrotécnicas melhoradas).

Sistema de produção do arroz na ecologia de Bas-fonds (pequenos vales)

Page 13: Cashews Globally and in Africa

Quanto aos bas-fonds de configurações fisiográficas côncavos, estreitas e longas, os perímetros são ordenados e por conseguintes, são construídas micros barragens de retenções ou micro barragens intermitentes com respectivos canais de drenagens, diques de retenções, comportas de controlo de nível H2O desejada em função de exigência das plântulas em diferentes períodos de cultivo, protecção das bacias vertentes.

Sistemas de produções rizícolas Sistema de produção do arroz na ecologia de Bas-fonds (pequenos vales)

Page 14: Cashews Globally and in Africa

Sistemas de produções rizícolas Sistema de produção do arroz irrigado na ecologia de vale do rio Geba

O sistema de produção é irrigado utilizando águas superficiais do rio Geba, numa escala menor. Em caso de perímetro não inundáveis, a dupla produção é possível.

Nesse sistema de regadio, o volume estimado em água é de 9.500 a 13.500 m3/ha/ciclo fenológico, dependendo do período do ano e assim como a eficiência de uso de água na irrigação.

Em princípio, a qualidade de água utilizada na irrigação é muito boa, visto que o conteúdo de sais solúveis é baixo de 100 μmho/cm (valores admissível de conteúdos de sais solúveis na agua para irrigação é cerca 1000 μmho/cm).

Planalto

Planalto

Zona vertente

Perimetro de bolanha

R. Geba

Page 15: Cashews Globally and in Africa

Produção de sementes sob condição irrigada

De momento, existem dois níveis de interlocutores de produtores de sementes consideradas mais ou menos de boa qualidade, a saberem:

Os centros ou perímetros das associações ou ONGs,

E os camponeses multiplicadores de sementes enquadrados por cada centro.

Nos 6 centros, foram cultivadas apenas 42 ha, totalizando 161.5 toneladas de semente melhoradas, 2013/14.

O total de multiplicadores enquadrados cultivou 89.6 ha de terras, totalizando 323 toneladas de sementes.

Total produção de sementes durante a campanha agrícola seca, 2013/14, era estimado em 574.1 toneladas.

Page 16: Cashews Globally and in Africa

Sistemas de produções orizícolas Sistema de produção do na ecologia de Mangrove

Recuperação tradicional dos diques anti-sais: região de Cacheu

FORÇAS, FRAQUEZAS E MEDIDAS DE ATENUAÇÃO EM FOQUE

O sistema de produção é pluvial e é praticado no ambiente de solos hidromorfos marinos associados com floresta hidrófila e “tannes herbáceas ou vif”. São solos salinos e potencialmente ácidos sulfatados.

As áreas mais importantes para a orizicultura de mangrove são as regiões alistadas na ordem de importância orizícola baseado nas condições edafo-climáticas e etno-cultural de cada povo: Tombali, Quinara, Oio, Biombo e Cacheu.

Existem duas formas de recuperação: tradicional e moderna:

A recuperação tradicional consiste em construir diques anti-sal ou marginal ou dique de protecção a lama.

No que diz respeito a recuperação moderna, exige um investimento de grande capital, humano, material e financeiro. Este método de recuperação consiste em construir uma barragem anti-sal (barragem e descarregador), utilizando equipamentos pesados.

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50,000

100,000

150,000

200,000

250,000

300,000

350,000

400,000

450,000

500,000

Potencial Aravel (ha) Terras actualmente em

uso (ha)

Superficie Total (ha)

106,6

00

39,0

27

461,5

00

Su

perfi

cie

em

ha

Ecologia de Mangrove

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Situação actual da produção

No ano agrícola 2013/2014, segundo DEA/ MADR 2014, a produção nacional era estimada em 214.107 toneladas de arroz paddy ou seja 149.875 toneladas de arroz branco, com aproveitando total de 225.892 hectare de terras aráveis, beneficiando 91.298 famílias;

Os resultados alcançados em 2014 foram apenas 111.096 ton;

Tendo em conta o consumo de 130 kg/ano/hab do arroz limpo, e a estimativa do número da população em 1.514.451 habitantes (Fonte: INEC -

www.stat-guinebissau.com), a necessidade anual em arroz limpo, é estimado em cerca de 196.878,63 toneladas, ou seja um défice estimado entre 85.783 a 89.790 toneladas por ano de arroz branco;

A parte não satisfeita é preenchida através de importações e dos apoios externo.

Page 19: Cashews Globally and in Africa

Caracterização do sector orizícola A orizicultura é caracterizada pelos sistemas de produção familiar,

tradicional e de subsistência. Superfície média é estimada em 0.25 a 0.5 ha/ por exploração familiar, com fraco investimento no sector, baixo rendimento, estimado de 0.4 à 2.5 ton/ ha, dependendo da ecologia e do sistema da produção, e é de fraca competitividade.

Os pequenos produtores, estimados em cerca de 120.000 explorações agrícolas

Os produtores modernos chamados “ponteiros” são cerca de 1.200, instalados em área media de 136 ha, com a variação entre 20 a 2.500 ha/produtor, com a excepção da uma empresa Agro Industrial que possui áreas de 525 ha de produção irrigada e pluvial.

Apesar das potencialidades existentes, a produção rizícola é constrangido pelos seguintes factores:

Fraca organização e desenvolvimento das organizações camponesas, de instituições e serviços de apoio; Insuficiente estruturas e Infra-estruturas de apoio a produção;

Page 20: Cashews Globally and in Africa

Estradas secundárias, pista rurais e infra-estruturas de conservação e stock degradadas;

Falta de infra-estruturas de ordenamento hidroagrícola;

Fraco investimento na produção, processamento e comercialização.

Frágeis sistemas de pesquisa e de vulgarização;

Falta de sistema formal de produção e distribuição de sementes de qualidade no país;

Falta de sistema formal de comercialização do arroz local e de insumos agrícolas;

Problemas transversais relativos à:

Execução problemática do Orçamento Geral do Estado;

Falta dum sistema de crédito rural, combustível agrícola;

Persistência do sistema de produção de subsistência, tradicional,

arcaica e itinerante e por conseguinte, ambientalmente destrutivo.

Caracterização do sector orizícola

Page 21: Cashews Globally and in Africa

Contribuição do sector do arroz para o

desenvolvimento socioeconómico do país

O desenvolvimento da orizicultura, é mais que uma prioridade facto que justifica a sua posição no primeiro plano das prioridades do Governo, expressa através da sua Carta de Política do Desenvolvimento Agrário;

Para além do valor cultural que este cereal representa no seio do nosso povo, igualmente ele representa 62% da produção cerealífera nacional ou seja 111.096 ton/ano arroz branco; 75% do actual consumo de cereais o que equivale a 130 kg /pessoa/ano (consumo per capita);

Contribuições para a redução de importação do arroz

Apesar da importância socioeconómica e cultural que este produto vital representa para o nosso povo, e ainda, apesar das potencialidades existentes, quer em termos naturais como humanas, a Guiné-Bissau ainda não conseguiu tirar o proveito das suas vantagens comparativas.

Page 22: Cashews Globally and in Africa

Processamento do arroz paddy

A colheita e o debulhar de arroz é feita manualmente, com excepção dos perímetros irrigados. A trituração à mão utilizando o pilão tradicional é o meio mais comum de transformação de arroz no país;

Em tempos mais recentes, foi montada uma unidade de descasque de arroz de grande porte (2 toneladas/hora) no complexo de Agro-Industrial de Xayanga. Essa unidade já está a ser aproveitada pelo AGRO GEBA.

No período após independência foram distribuídas descascadoras de arroz de pequena escala por todo o país pelo Governo e projectos de ONGs

Actualmente, existem várias descascadoras de arroz de origem e marcas diversas a funcionar no país;

No quadro desse estudo, foram recenseadas 364 descascadoras, dos quais 80 estão avariadas. A maioria delas fornece serviços de descasque aos pequenos produtores, consumidores e pequenos comerciantes itinerantes mediante pagamento de 1Kg de arroz limpo por 10 kg de arroz de casca descascado.

Page 23: Cashews Globally and in Africa

Comercialização do arroz local

Comerciantes Itinerantes

Arroz Descascado

PRODUTORES

(Arroz em casca)

Trituração Manual

Consumidores

Urbanos

Consumidores

Rurais

F Canais de Comercialização de Arroz Local na Guiné Bissau

Page 24: Cashews Globally and in Africa

Comercialização do arroz importado

IMPORTADORES

Foram recenseados: 13 (ver

alista)

Grossistas

Retalhistas

Consumidores Urbanos Consumidores Rurais

Canais de comercialização para arroz importado na Guiné-

Bissau

Page 25: Cashews Globally and in Africa

Descrição do sector rizícola

Activities

1. Fabricantes de utensílio

agrícolas (Catana, enxada, pás,

luvas, galochas, etc.),

2. Instituição de pesquisas

Prestadores de serviço de

vulgarização

3. Trabalhadores

4. Fabricantes de equipamentos

para o processamento

5. Ministério Agricultura e

Desenvolvimento Rural: (INPA;

Direcção G. Agricultura; D.G.

Engenharia Rural, Direcções

Regionais);

6. SNV, ADIC NA FAIA; GUIARROZ;

LVIA; COAJOQ; ADPP;

TINIGUENA; SNV; ADIM; AD

7. FAO; PAM; PNUD

8. BM; EU; Cooperação Espanhola;

BOAD; BAD; BID; UEMOA;

CEDAO

9.

Actores

Transporte terrestre e marítimo

Transformação

Local

Etapas da

Cadeia

A montante

Produção Comercialização Consumo

Aprovisionamento

-Aquisição de recursos financeiros

-Aquisição de: Catana, enxada, pás, luvas,

galochas, seleccionador de semente, fita

métrica, Semente, ancinhos, fertilizantes,

sementes, insecticidas, ferros de arados,

tubos PVC; motobombas, moto cultivadores

e descascadores.

- Construção e disponibilização de armazéns

comunitárias para conservação de excedente

ou bancos de cereais

-Definição de quadro legal da produção; -Definição do plano de acção; -Definição de área de competência e área geográfica de intervenção; -Definição de parceria estratégica Disponibilização de terras para produção rizícola, 0.3-0.5 ha/ família; -Criação de associações de grupo de interesses diversos (produção, processamento e comercialização

Produção

-Criação de infra-estruturas hidroagrícolas e disponibilização de insumos e equipamentos agrícolas através de projectos financiados pelas instituições financeiras, parceiros técnicos assim como ONG nas zonas geográficas específicas, muita das vezes coordenados pelo MADR; Limpeza de terreno; Selecção de Semente;

Produção de arroz por meio de semeia

directa ou transplante; limpeza de ervas,

Colheita

Colecta do arroz, debulha e secagem

Armazenamento

Ensacamento e armazenamento

Comercialização ao nível do

produtor (ARROZ PROCESSADO E

SEMENTE)

- Compra e venda do arroz

- Através de equipamentos de transporte, tais como: moto transportadora, carroças de burro o arroz é transportada para as feiras (lumos) e principais pontos de venda

Processamento

- Processamento do arroz e dos seus

derivados para o auto-consumo e para a

venda no mercado local.

- Operações de descasque de arroz são

executadas pelos beneficiários em dois

métodos: tradicional e descascadoras

Consumo de arroz processado

Consumo de arroz processado, produzido

localmente

Reutilização de sementes para apoio aos

pequenos produtores através de

programas de apoio implementados por

diversas organizações

Comerciante

Ambulante

Armazenamento

Conservação

- Armazenamento de sementes

- Armazenamento de Arroz

processado

- Gestão dos armazéns ou celeiros

2. MADR: (INPA; Direcção G. Agricultura; D.G. Engenharia Rural, Direcções Regionais)

Privado Agro-Geba

ONG Nacionais e Internacionais: ADIC NA FAIA; GUIARROZ; LVIA; COAJOQ; ADPP; TINIGUENA; SNV; ADIM; AD

Parceiros: EU;FAO; PAM; PNUD;

Instituições financeiras: BM; Cooperação Espanhola; BOAD; BAD; BID; UEMOA; CEDAO

Pequenos camponeses: 91.599 Explorações familiares

Sector agrícola emprega 65% da nossa população.

MADR: (INPA; Direcção G. Agricultura; D.G.) Ministério da Industria: INITA Privado

Pequenos processadores do arroz ONG Nacionais e Internacionais:

ADIC NA FAIA; GUIARROZ; LVIA; COAJOQ; ADPP; TINIGUENA; SNV; ADIM; AD

Parceiros: EU;FAO; PAM; PNUD;

Instituições financeiras: BM; Cooperação Espanhola; BOAD; BAD; BID; UEMOA; CEDAO

Pequenos camponeses: 91.599 Explorações familiares

Associações camponesas

1. MADR: (INPA; Direcção G. Agricultura; D.G. Engenharia Rural,)

Privado CCIA; Importadores; Associação de Retalhistas; ONG Nacionais e Internacionais:

ONG Nacionais e Internacionais: ADIC NA FAIA; GUIARROZ; LVIA; COAJOQ; ADPP; TINIGUENA; SNV; ADIM; AD

Parceiros: EU; FAO; PAM; PNUD;

Instituições financeiras: BM; Cooperação Espanhola; BOAD; BAD; BID; UEMOA; CEDAO

Pequenos camponeses: 91.599 Explorações familiares

Associações camponesas

3. MADR: (INPA; Direcção G. Agricultura; D.G. Engenharia Rural,)

4. Ministério de Comercio e Artesanato Privado CCIA; Importadores; Associação de Retalhistas; ONG Nacionais e Internacionais:

ONG Nacionais e Internacionais:

ADIC NA FAIA; GUIARROZ; LVIA; COAJOQ; ADPP; TINIGUENA; SNV; ADIM; AD

Parceiros: EU; FAO; PAM; PNUD;

Instituições financeiras: BM; Cooperação Espanhola; BOAD; BAD; BID; UEMOA; CEDAO

Pequenos camponeses: 91.599 Explorações familiares

Associações camponesas

Secretaria de Estado de Segurança Alimentar; Ministério de Saúde; Caritas Privado Empresas nacionais ONG Nacionais e Internacionais:

ADPP; TINIGUENA

Parceiros: EU; FAO; PAM; PNUD;

Instituições financeiras: BM; Cooperação Espanhola; BOAD; BAD; BID; UEMOA; CEDAO

Pequenos camponeses: 91.599 Explorações familiares

População em geral

Instituição de apoio

e Asssociações

Page 26: Cashews Globally and in Africa

Suporte técnico para análise

Análise TOFA (SWOT) da fileira do arroz na Guiné-Bissau

Sistema de produção do arroz na ecologia de planalto

Triunfos

• O sistema é precoce coincide com período considerado de maior défice alimentar.

• Enormes potencialidades em terras aráveis favorecem a diversidade da produção agrícola nessa ecologia,

• Disponibilidade de mão-de-obra familiar,

Oportunidade

• Promoção do Estado duma alternativa produtiva, na base de um sistema de produção intensiva e sedentária, apostando sobretudo na agricultura orgânica, agro-florestal associado com uso criterioso de fertilizantes minerais, uso de sementes de boas qualidades, que permitem um aumento substancial em cerca 2,5 toneladas por hectare, em termos de rendimento do arroz paddy.

Page 27: Cashews Globally and in Africa

Sistema de produção do arroz na ecologia de planalto

Fraqueza

O sistema na Guiné-Bissau é itinerante ou extensivo e arcaicos aliados aos factores étnico e antropológicas (etno-antropológicas) tradicionais;

Constitui uma das causas principais de degradação florestal através de desflorestação e queimadas.

Provoca a perda de biodiversidade e extinção de certas espécies de animais;

Por conseguinte, o impacto negativo do sistema se resume em:

Perda da cobertura vegetal e diversidade biológica,

Perda de capacidade produtiva do solo resultante da degradação progressiva de fertilidade do solo,

Baixa pluviómetros, Elevado nível de evapotranspiração

Pouco rentável;

Ameaças

O Governo, através da sua Carta de Política de Desenvolvimento Agrária, determinou a abolição gradual da prática vigente; e como alternativa promove o sistema de produção intensiva e sedentária com aposta na agricultura orgânica e de rotação das culturas;

Análise TOFA (SWOT) da fileira do arroz

Page 28: Cashews Globally and in Africa

Sistema de produção do arroz na ecologia de Bas-fonds ou pequenos vales

Triunfos

É o sistema da produção sedentário e popular

Há disponibilidade de terras cultiváveis; em alguns casos é necessário proceder com a devastação selectiva de árvores;

Produção diversificada e alternada;

Disponibilidade de mão-de-obra familiar;

Impactos sócio - ambientais resultantes desse sistema é mínimo visto que, actualmente, o uso de agroquímicos é insignificante.

Oportunidade

O Governo, através da sua Carta de Política de Desenvolvimento Agrária e seu plano de acção, a PNIA, em cumprimento com as orientações estratégica de redução da pobreza, promove gradualmente o sistema de produção intensiva, inclusiva e duradoura;

A aposta do Governo na implantação das infra-estruturas hidráulicas e duráveis, construção de micro barragens simples ou intermitentes; protecção das bacias vertentes; e a promoção sistemas de produção com base orgânica e agrotécnicas melhoradas, associado com uso criterioso de fertilizantes minerais para obter o mínimo de 3 ton/ha do arroz paddy

Oportunidade para a prática de lavoura mecanizada;

Análise TOFA (SWOT) da fileira do arroz

Page 29: Cashews Globally and in Africa

Sistema de produção do arroz na ecologia de Bas-fonds

ou pequenos vales

Fraqueza

• O sistema de produção na Guiné-Bissau, continua arcaico, tradicional e de mão-de-obra intensiva.

• Igualmente o sistema depara-se com problemas de acidez trocáveis e de salinidade;

• Fraca fertilidade de solos;

• Alta dependência pluviómetros e a sua repartição no espaço temporal;

• Problema de gestão de águas pluviais,

• Inundações resultantes de sedimentação dos rios e canais naturais dos perímetros;

Ameaças

• Irregularidade pluviómetro

• Inundações resultantes de sedimentação dos rios e canais naturais;

• Invasão das ervas daninhas,

Análise TOFA (SWOT) da fileira do arroz

Page 30: Cashews Globally and in Africa

Sistema de produção do arroz irrigado na ecologia de vales do rio Geba Triunfos

• O sistema é sedentário e intensivo; A Produtividade é relativamente alta;

• Existe um potencial importante em águas superficiais de boa qualidade para a irrigação e de terras cultiváveis;

• Disponibilidade de mão-de-obra familiar e privada;

• Os impactos sócio ambientais resultantes desse sistema são mínimos, visto que o uso de agro químico é insignificante.

Oportunidade

• O governo, através da sua Carta de Política de Desenvolvimento Agrária e seu plano de acção, a PNIA, deverá promover gradualmente o sistema de produção intensiva, inclusiva e duradoura apostando na implantação das infra-estruturas hidráulicas duráveis;

• Protecção das bacias vertentes para minimizar impacto de sedimentação nos perímetros irrigáveis;

• Dragagem dos leitos dos rios para maior conservação das águas pluviais;

• Oportunidade de lavoura mecanizada; produção diversificada e alternada

• Representa a futuro do desenvolvimento agrícola na Guiné-Bissau.

Análise TOFA (SWOT) da fileira do arroz

Page 31: Cashews Globally and in Africa

Sistema de produção do arroz irrigado na ecologia de vales do rio Geba

Fraqueza

• A maior parte das operações da produção é ainda tradicional,

• A mecanização é mínima;

• Existência de problemas de acidez trocáveis;

• Fraca fertilidade de solos; toxicidade Férrica;

• Sedimentação e bacias vertentes degradadas ;

• Diques e canais são vulneráveis a sedimentação ou erosão hídrica.

• É o sistema pouco popular (área aproveitada muito menor em relação a potencialidade existente total 25.000 hectare)

Ameaças

• Problemas de origem fundiária

Perda de capacidade de retenção de águas pluviais dos rios em quantidade;

Invasão de ervas daninhas.

Análise TOFA (SWOT) da fileira do arroz

Page 32: Cashews Globally and in Africa

Sistema de produção do arroz na ecologia de Mangrove

Triunfos

• Disponibilidade em terras aráveis em 106.000 ha;

• Nível médio de fertilidade ;

• Altamente rentável.

Oportunidade

• Implantação de infra-estruturas duráveis e menos conflituosos em termos de gestão de terras e água, adaptáveis as condições agro climáticas;

• Protecção das bacias vertentes para assegurar a durabilidade dos perímetros;

• Melhoramento da qualidade de sementes locais adaptáveis às condições salinas e acídicas; associado com agrotécnicas melhoradas;

• Incremento de rendimento médio até 3 ton/ha sem nenhum custo acrescido resultante de uso de fertilizantes minerais.

Análise TOFA (SWOT) da fileira do arroz

Page 33: Cashews Globally and in Africa

Sistema de produção do arroz na ecologia de Mangrove

Fraqueza

• Devastação selectiva de árvores (mangais);

• Erosões resultantes de fluxo e refluxo de água salgada;

• Surgimento de rachas ou fendas angulares devido a secagem da argila caulinite;

• Aparecimento das substancias nocivas a monte de dique;

• Buracos na estrutura de dique provocados por caranguejos, facilitando a infiltração H2O salgada;

• Necessidade de cuidados técnicos solidários constantes.

Ameaças

• Acidificação e salinização em caso de défice pluviómetro;

• Aumento de nível de água salgado que destroem diques;

• Redução de mão-de-obra familiar e aumentos de custo com contratação de serviços.

Análise TOFA (SWOT) da fileira do arroz

Page 34: Cashews Globally and in Africa

Processamento

Triunfos (Força)

• Libertação parcial de mão-de-obra na sua maioria feminina, para outras actividades económicas;

• Melhoria na qualidade de produto final;

• Aumento da quantidade e do valor acrescentado. Oportunidade

• Montagem duma unidade de descasque de arroz de grande porte (2 toneladas/hora) no complexo de Agro-Industrial de Xayanga.

• Melhoria do sistema de processamento, através da introdução de máquinas modernas mais eficientes e aquisição de peças sobressalentes

• E fabricação local de equipamentos de processamento. Fraqueza

• A colheita e o debulhar de arroz é feita na sua maioria, manualmente, com excepção dos perímetros irrigados.

• Falta de capacidade de manutenção das máquinas e de aquisição de peças sobressalentes e fraca mecanização.

Ameaças

• Aplicação de tecnologias diversas, sem orientação técnica do MADR;

• Falta de capacidade para a manutenção da máquina pelas suas diversidades.

Page 35: Cashews Globally and in Africa

Comercialização do arroz local Triunfos

• Grande procura; melhor qualidade e política tributária favorável.

Oportunidade

• Boa vontade política para o aumento da produção local e a sua comercialização;

• Potencialidade para o aumento de produção local;

• Aumento da taxa sobre a importação do arroz;

• Mercado em crescimento incluindo o mercado sub-regional.

Fraqueza

• Produção insuficiente;

• Falta de mecanização em praticamente toda a cadeia;

• Falta de meios logísticos para o transporte e comercialização;

• Falta de subvenção, que reduz a competitividade do arroz local. Ameaças

• Importação em grande quantidade de arroz de baixa qualidade a preços mais competitivo;

• Dificuldade geral, ainda vigente ao longo da cadeia.

Comercialização

Page 36: Cashews Globally and in Africa

Comercialização de arroz importado

Triunfos

• Boa quota no mercado interno;

• Preço unitário relativamente baixo e competitivo

• Embalagem de boa qualidade Oportunidade

• Fraca produção local que favorece mais importação

Fraqueza

• Baixa qualidade.

Ameaças

• Aumento gradual do consumo do arroz de produção local;

• Aumento das taxas sobre a importação.

Comercialização

Page 37: Cashews Globally and in Africa

Cinco Forças de Porter Rivalidade entre concorrentes

• A concorrência interna para o arroz localmente produzido, é

insignificante, atendendo a reduzida oferta face a grande procura

Entrada de novos concorrentes

As principais barreiras para entrada de novos concorrentes são:

• Economia de Escala – é necessária que a produção atinja um nível

elevado, de forma a reduzir o peso dos custos fixos no total do custo

de produção;

• Capital Necessário - Dificuldade de acesso ao crédito agrícola com

juros bonificados;

• Dificuldade em meios logísticos – Infra-estruturas rodoviárias,

armazéns adequados, transporte, etc.

• Acesso aos canais de distribuição: Ausência de rede de distribuição

para o arroz produzido localmente, postos de venda, etc.

Page 38: Cashews Globally and in Africa

• Poder dos clientes

No caso do arroz produzido localmente, os clientes não têm poder de

decisão relativamente ao preço e em relação a qualidade, porquanto a

procura ser superior a oferta, mesmo perante o preço elevado

praticado.

• Poder dos fornecedores

Os fornecedores dos insumos, gasóleos e equipamentos têm poder

negocial visto que existem poucas empresas fornecedoras.

• Ameaça de Produtos substitutos

O produto substituto do Arroz produzido localmente é o arroz

importado, que pela sua natureza concorre para satisfação da mesma

necessidade, apesar do conhecimento generalizado das suas

desvantagens.

Cinco Forças de Porter

Page 39: Cashews Globally and in Africa

Matriz BCG - Boston Consulting Group

Arroz de Produção Local

O país se encontra numa posição de “Interrogação”. Esta posição corresponde aos negócios com elevado crescimento de mercado em que a quota de mercado é baixa. Geralmente geram fluxos financeiros muito negativos pois o seu atraso na curva de experiência limita a sua rentabilidade e o elevado crescimento do mercado obriga à realização de investimentos avultados.

A recomendação é para o aumento da quota de mercado. No caso concreto da Guiné-Bissau, deve-se aumentar a quota de mercado, através do aumento da produção e do processamento local eficiente e competitiva. Igualmente deve-se intensificar acção de marketing orientada especificamente para mercado interno com vista a realçar a importância do consumo de arroz localmente produzido.

Page 40: Cashews Globally and in Africa

Planalto

• As práticas relacionadas com a produção no planalto, provoca perda de biodiversidade, extinção de certas espécies de animais;

• Alteração do regime hídrico e precipitações; erosão e sedimentação dos vales litorais e continentais e assim como canais naturais de drenagem; em fim a alterações climáticas.

Bas-fonds

• Fraca fertilidade de solos;

• Alta dependência em pluviómetros e a sua repartição no espaço temporal;

• Problema de gestão de águas pluviais,

• Inundações resultantes de sedimentação dos rios e canais naturais dos perímetros;

As principais restrições

Page 41: Cashews Globally and in Africa

Arroz irrigado na ecologia de vales do rio Geba

• Sedimentação e bacias vertentes degradadas ;

• Diques e canais são vulneráveis a sedimentação ou erosão hídrica.

• É o sistema pouco popular

Arroz irrigado na época chuvosa

• Sedimentação e bacias vertentes degradadas;

• Diques e canais são vulneráveis a sedimentação ou erosão hídrica.

Mangrove

• Aparecimento das substancias nocivas a monte de dique tais como: Al3+, Fe3+, H+, Na+, Cl-;

As principais restrições

Page 42: Cashews Globally and in Africa

Processamento

• A colheita e o debulhar de arroz é feita manualmente, à excepção dos perímetros irrigados.

• A trituração à mão utilizando o pilão tradicional é o meio mais comum de transformação de arroz no país

• Falta de capacidade de manutenção das máquinas

• Falta de peças sobressalentes

• Fraca mecanização

Comercialização

Comercialização do arroz local

• Dificuldade para o transporte e comercialização do arroz localmente produzido devido a insuficiência de meios logísticos (pistas degradadas) e pouco engajamento dos comerciantes nacionais;

• Custo elevado de produção e comercialização

Comercialização do arroz importado

• Baixa qualidade

As principais restrições

Page 43: Cashews Globally and in Africa

Estudo de viabilidade socioeconómica e

ambiental dos sistemas de produção

Analise Socioeconómico

O resultado das análises feitas demonstra que o sistema capaz de proporcionar maior e melhor rendimento ao produtor é o Sistema de produção do arroz irrigado na ecologia de vales do rio Geba com um cash – flow de 421.706 FCFA/hectare, para uma produção de 3.640 Kg/hectare do arroz processado.

Igualmente é aquele que permite maior controlo da água e de uso de insumos agrícolas.

Por estas e mais razões técnicas acima enumeradas e analisadas no presente estudo, o Ministério de Agricultura e Desenvolvimento Rural considera o sistema eleito para ser desenvolvido nos próximos tempos, do qual o país dispõe de um grande potencial.

Page 44: Cashews Globally and in Africa

Por outro lado o sistema de produção no planalto é aquele de menor rendimento com impacto ambiental muito negativo.

Por hectare o cash-flow é de 9.538 FCFA, para uma produção de 420 Kg/hectare de arroz processado. Apesar das orientações do MADR para a sua abolição gradual, esse sistema representa o modo étnico e cultural, o que deverá alterar profundamente a vida de algumas comunidades.

Em geral o ranking, por ordem de melhor para o pior é o seguinte:

1. Sistema de produção de arroz irrigado

2. Sistema de produção na ecologia de bas-fonds

3. Sistema de produção na ecologia de mangrove

4. Sistema de produção na ecologia do Planalto

No geral a produção do arroz na sua totalidade envolve cerca de 91.298 explorações familiares, que representa cerca de 639.086 pessoas.

Estudo de viabilidade socioeconómica e

ambiental dos sistemas de produção

Page 45: Cashews Globally and in Africa

As estratégias para melhor assegurar

produção e a produtividade orizícola Eixo estratégico 1

• Reforçar o apoio técnico à produção;

• Produção interna de sementes melhoradas adaptadas as condições

edafo- climáticas e etno-culturais;

• Gestão das águas pluviais e superficiais nos diferentes vales

continentais e litorais;

• Apoio à mecanização a todos os níveis da produção, incluindo as

operações de pós-colheita;

• Instituir crédito agrícola bonificado

• Adopção de técnicas culturais melhoradas e adaptáveis às condições

agro-ecológicas do país e as alterações ambientais;

• Pesquisa e desenvolvimento de variedades adaptáveis as alterações

climáticas.

Page 46: Cashews Globally and in Africa

• Solucionar problema de posse e uso de terras potencialmente adequadas para produção orizícola;

• Apoio aos camponeses através de programa, na base de intervenções articuladas, consistentes e duradouras, com vista a promover o crescimento socioeconómico desejados, ambientalmente aceitável.

Eixo estratégico 2

• Reforço de apoios conducentes a valorização do arroz local:

• Criação de condições para o envolvimento do sector privado na cadeia do arroz, em parceria com o sector público;

• Apoio a transformação;

• Promoção e apoio a comercialização do arroz de qualidade com rótulo da Guiné-Bissau.

As estratégias para melhor assegurar

produção e a produtividade orizícola

Page 47: Cashews Globally and in Africa

Intervenções prioritárias na cadeia de valores

propostas;

Maior investimento em toda a cadeia, sobretudo através de

sistema de crédito bonificado;

Promoção de cooperativas agrícolas;

Introdução de política de Incentivo fiscais na importação de

equipamentos destinados a produção orizícola e igualmente, a

introdução de combustível agrícola;

Promoção de parques de assistência técnica, para apoio a

mecanização agrícola;

Introdução de política de protecção para a produção local;

Paridade de género no acesso a terra cultivável;

Criação de uma escola técnica agrícola

Page 48: Cashews Globally and in Africa

Conclusão

Com base nos resultados desse estudo conclui-se o seguinte:

• O país dispõe de grande potencial agrícola com destaque para produção orizícola, infelizmente essa potencialidade é subaproveitada;

• É possível produzir para atingir a auto-suficiência e posteriormente exportar

• O défice nacional é estimado entre 85.783 a 89.790 toneladas por ano

• O Sistema de produção é ainda na sua maioria arcaica, com rendimento por hectare abaixo do standard;

• O desenvolvimento de sistema de produção na ecologia do planalto tem vindo a ser feito em detrimento do ambiente (impacto negativo no ambiente);

• Os sistemas de produção na ecologia de Bas-fonds, Mangrove e Irrigado apresentam melhores resultados tanto do ponto de vista económico , como ambiental;

Page 49: Cashews Globally and in Africa

Tem sido feito pouco investimento na fileira do arroz;

Não existem créditos agrícolas;

Não existe política de incentivos fiscais na importação de equipamentos

destinados a produção rizícolas;

Não existe incentivos como combustível agrícola(mais barato);

Não existe política proteccionista da produção local em relação as

importações.

O objectivo estratégico do governo é de atingir auto-suficiência em arroz num horizonte temporal de 5 anos, 2020, com a produção de 450.000 toneladas, contra 200.000 toneladas actuais, e até 2025 produzir excedente na ordem de 500.000 toneladas para exportação, aproveitando um total de 54.000 hectares de terras baixas (Bas fonds e mangroves).

Conclusão

Page 50: Cashews Globally and in Africa

Recomendações Melhoria da capacidade do INPA no domínio da pesquisa orizícola, com

vista a gerar tecnologias melhoradas e duradouras para diferentes sistemas de produção orizícolas.

• Impacto: melhoria de forma sustentável da produção orizícola;

Promoção de actividades de vulgarização baseada em modelo Farmer’s Field Schools”, Clube de camponeses pelo menos nas principais zonas da produção orizícola. Essas actividades poderiam ser dirigidas pelo Estado ou por ONGs.

• Impacto: Reforço das capacidades das organizações camponesas com vista a criação de novas auto-estimas e responsabilidades concernente a valorização e defesa daquilo que é do interesse comum;

Elaborar o projecto de Escola técnica agrícola e mobilizar parcerias e recursos para a sua implementação.

• Impacto: Crescimento sustentável da produção

Estabelecimento de reservas de maquinaria para uso na lavoura mecanizada e na reabilitação ou construção de novos perímetros de arroz irrigado.

• Impacto: redução da intensidade de mão-de-obra e consequente expansão de área média por agregado familiar, melhoraria no processo de preparação de solos e por conseguinte, aumento da produção e da produtividade do arroz paddy;

Page 51: Cashews Globally and in Africa

Promoção da participação do sector privado no processamento e comercialização de arroz a escala média, nas áreas com excedente de produção por meio de benefícios fiscais e outros incentivos.

• Impacto: o aumento da produção;

Actualização da política fitossanitária, aplicação de sistema de quarentena e a adopção de legislações adequadas, com vista ao estabelecimento dum sistema eficiente da protecção dos campos orizícolas.

• Impacto: valorização dos esforços despendidos pelos camponeses e ao mesmo tempo redução da perda no processo da produção.

Instituição de crédito agrícola bonificado a curto e médio prazo e sistema de micro finanças, em parceria com as instituições financeiras para o financiamento ao longo da cadeia orizícola.

• Impacto: Criação de ambiente favorável ao crescimento ao longo da cadeia orizícola.

Recomendações

Page 52: Cashews Globally and in Africa

Muito obrigado!

S

C G

S

Gabinete: Sociedade Comercial e de Serviços – Génesis (SCS-G) Consultor Principal: Dr. André Lopes da Veiga Nanque Assistência técnica: Consultor – Eng. Rui Nene Djata Consultor - Eng. Armando Pereira

Foto: Green 2000