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  • PROVIMENTO GERAL DA CORREGEDORIA

    PROVIMENTO 112/2003-CGJ(Publicado no Dirio Oficial do Estado, de 24 de maro de 2003, p. 19/36. Republicado no Dirio Oficial do Estado, de 04 de abril de 2003, p. 18/35)

    Atualizado at o Provimento n 152/07, de 29/11/2007.

    TTULO IDISPOSIES PRELIMINARES

    Art. 1 - Este Provimento abrange, num nico ato normativo, os princpios e instrues disciplinadores do funcionamento dos Ofcios Judiciais e Extrajudiciais da Justia do Estado do Amap.

    Art. 2 - a seguinte a nomenclatura, com seus conceitos os atos emanados do Corregedor da Justia:

    I - PROVIMENTO: ato de carter normativo, com a finalidade de esclarecer ou orientar quanto aplicao de dispositivos de lei; o instrumento especfico da Corregedoria, por cujo intermdio baixa normas de carter geral;

    II - INSTRUO: ato que objetiva advertir sobre a necessidade ou a forma de se cumprir ou fazer cumprir preceito legal ou normativo;

    III - CIRCULAR: instrumento em que se divulga matria normativa ou administrativa para conhecimento de todos; em geral, e dirigida concomitantemente a diversas autoridades administrativas do mesmo grau hierrquico;

    IV - PORTARIA: ato de natureza especfica, que objetiva aplicar a casos concretos dispositivos legais atinentes atividade funcional dos magistrados, serventurios e demais servidores da Justia;

    V - ORDEM DE SERVIO: ato de providncia de mbito interno, e circunscrito ao plano administrativo da Corregedoria da Justia.

    TITULO IIDOS RGOS JURISDICIONAIS DE 1 GRAU

    Art. 3 - Aos Juizes cabe, alm de processar e julgar os feitos de sua competncia:

    I - inspecionar semestralmente os servios cartorrios, informando ao Corregedor, nos meses de junho e dezembro, o resultado das inspees;

    II - aplicar, aos servidores que lhes sejam subordinados, penalidades disciplinares que no excedam a trinta dias de suspenso, em virtude de falta disciplinar apurada mediante sindicncia;

    III - cumprir cartas rogatrias, precatrias e de ordem, pertinentes matria de sua competncia;

    IV - indicar nomeao o Chefe da respectiva Secretaria, bem como seu substituto legal;

    V - fiscalizar a remessa, at o dia 05 (cinco) de cada ms, a Corregedoria da Justia, em formulrio padronizado, o relatrio previsto no artigo 39 da Lei Orgnica da Magistratura Nacional, devendo constar justificativa do excesso de prazo verificado em despachos e decises com seus respectivos nmeros e datas de concluso ao magistrado;

    VI - inspecionar permanentemente os servios cartorrios, verificando: se os livros esto sendo escriturados corretamente; se os autos e papis esto devidamente guardados; se h processos irregularmente paralisados; se as determinaes do Corregedor e do Tribunal esto sendo cumpridas; se o titular mantm o Cartrio em ordem e com higiene;

  • VII - As atribuies previstas nos incisos I e VI se estendem aos Juzes de Direito Auxiliar e Juzes de Direito Substitutos que estejam em exerccio pleno nas Varas ou Comarcas; VIII - Determinar providncias, ou se necessrio, solicit-las da Corregedoria da Justia, destinadas a corrigir falhas ou deficincias dos servios, para assegurar andamento rpido dos feitos e das atividades administrativas da serventia;

    IX - sugerir ao Corregedor medidas adequadas melhoria do servio cartorrio, adotando as que sejam de sua competncia;

    X - zelar pela dignidade da magistratura, diligenciando as providncias necessrias quando, em sua presena, forem irrogadas ofensas a qualquer membro do Poder Judicirio;

    XI - usar, nas audincias, vestes talares, segundo modelos aprovados pelo Tribunal de Justia;

    XII - observar o horrio para o inicio das audincias, devendo cumprir expediente forense das 08:00 s 13:00 horas, no mnimo;

    XIII - prolatar, de forma legvel, os despachos, decises e sentenas;

    XIV - comunicar Procuradoria-Geral da Justia ou Presidncia da Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil, conforme a hiptese, o no comparecimento, s audincias, de membro do Ministrio Pblico ou de advogado constitudo, comunicando, ainda, primeira, a omisso de algum de seus rgos quanto pratica de ato de ofcio e, segunda, a violao de preceito do Cdigo de tica;

    XV - determinar ao Chefe de Secretaria que faa alimentar o sistema de informtica com dados que reflitam a situao do andamento dos processos, abstendo-se do uso de quaisquer expedientes capazes de comprometer a real estatstica do ofcio jurisdicional;

    XVI - determinar que os depsitos judiciais na Capital se faam no Banco do Brasil S/A e/ou Caixa Econmica Federal;

    XVII - nas Comarcas, onde no haja quaisquer desses estabelecimentos, em outros bancos, a critrio do juiz, em depsito judicial, em conta que vena juros e correo monetria.

    1 - Os Juizes de Direito Auxiliares e Substitutos apresentaro o relatrio de que trata o inciso V, em formulrio nico, com indicao das Varas ou Comarca em que atuarem no ms.

    2 - O Juiz de Direito Diretor do Frum, na Comarca de Santana, alm da escala de planto dos Analistas Judicirios, rea Judiciria Especialidade em Execuo de Mandados, deve relacionar tambm o Chefe de Secretaria que atender os Juizes no horrio de 13:30 s 07:30 horas do dia seguinte, sendo que das 15:30 s 18:00 devero permanecer no Juzo, obedecido o rodzio. (Alterado pelo Provimento n 128/06)

    3 - Na Comarca de Macap, alm da escala de planto dos Analistas Judicirios, rea Judiciria Especialidade em Execuo de Mandados, o Diretor do Frum designar servidor lotado na respectiva Diretoria para atender os Juzes. (Alterado pelo Provimento n 128/06)

    4 - O servidor de planto no Frum da Comarca de Macap dever cumprir expediente no horrio das 17:30 s 23:30 horas na Secretaria do Planto Criminal. Aps as 23:30 horas dever fixar no trio do Frum seu endereo e telefone de contado. (Alterado pelo Provimento n 128/06)

    5 - Acionado, dever imediatamente contactar com o Juiz de planto e, se for o caso, dirigir-se ao Frum para as providncias cabveis. (Alterado pelo Provimento n 128/06)

    6 - O Magistrado de planto nos Juizados Especiais Criminais das Comarcas de Macap e Santana, nos sbados, domingos e feriados cumpriro expediente das 09:00 s 12:00 horas.

    7 - Aps esse horrio, o Juiz de planto dever deixar na Secretaria do Juizado Especial telefone e endereo, para contato imediato, se necessrio.

  • Art. 4 - Sob controle exclusivo do Chefe de Gabinete da Corregedoria, disponvel a consulta do interessado somente por ordem expressa do Corregedor, existir na Corregedoria registro relativo aos Juizes do Estado, contendo todos os dados pessoais e funcionais, inclusive elogios, participao em comisses de correies, de sindicncias e de concursos; cursos de aperfeioamento freqentados, bem como punies, tudo com vista formao do curriculum funcional.

    TTULO IIIDOS JUZES CVEIS

    Art. 5 - Nos casos de arrematao, adjudicao ou partilha, so ttulos hbeis a obrigar a transferncia da propriedade, a Carta de Arrematao, a Carta de Adjudicao, o Formal de Partilha ou Certido de Pagamento, respectivamente.

    1. - Quando a penhora, arresto ou seqestro recair sobre direito de uso de linha telefnica e/ou aes, o Juiz oficiar TELEMAR noticiando a constrio e sustando transferncia dos bens at ulterior deliberao;

    2 - O desligamento de linha telefnica limitar-se- aos casos de pedido fundamentado do beneficirio da constrio ou do exerccio do poder de cautela.

    3 - Fica terminantemente proibida a expedio de ofcio ordenando transferncia de linha telefnica e/ou de suas respectivas aes.

    4 - Havendo vrias penhoras sobre uma mesma linha telefnica, resolver-se- na forma do art. 711 do Cdigo do Processo Civil, prevalecendo, para a ordem das prelaes, as datas de lavratura dos autos e no as de comunicao TELEMAR.

    5 - Dos editais de praa, quando se tratar de direitos de uso de linha telefnica, constaro os dados mencionados no caput deste artigo, itens I e II e, se acaso, o valor de eventual dbito junto TELEMAR.

    Art. 6 - Nenhum anncio de praa de imveis ou de direitos a eles relativos ser determinado sem prvia apresentao pela parte interessada de:

    I - prova de registro de penhora;

    II - certido atualizada do Registro de Imveis competente, inclusive sobre a existncia de nus reais;

    III - certido da existncia ou inexistncia de outras aes contra o devedor, onde o mesmo bem esteja gravado de penhora, arresto, seqestro ou arrolamento.

    1 - as despesas com a obteno dos documentos referidos nos itens I, II e III sero pagas pela parte interessada na realizao da praa;

    2 - ocorrendo existncia de nus reais de qualquer natureza, esses devero constar, obrigatoriamente, do edital de praa e do titulo a ser expedido para o devido registro.

    Art. 7 - Os leiles sero realizados por leiloeiro oficial que a parte interessada indicar, desde que inscrito na respectiva Diretoria do Frum da Comarca, na forma do 1 do art. 424 deste Provimento. No havendo essa indicao, o Juiz far a designao. As praas sero realizadas pelos Analistas Judicirios, rea Judiciria Especialidade em Execuo de Mandados, designados pelo Juiz. (Alterado pelo Provimento n 128/06)

    Pargrafo nico Poder ser realizado leilo nico de bens penhorados em processos de diversas Varas, sempre com a superviso do Juiz Diretor do Frum.

    Art. 8 - As despesas com a realizao da praa ou leilo correro por conta do devedor.

    Art. 9 - As importncias apuradas em praas ou leiles sero recolhidas, em 24 horas, no Banco do Brasil e/ou na Caixa Econmica Federal, conforme dispuser a Corregedoria, e nas Comarcas onde no existirem, conforme estabelecido pelo art.3, inc. XV, sero depositadas em conta que tambm renda juros e correo monetria. Inexistindo instituio bancria na Comarca, observar-se- orientao da Corregedoria.

  • Pargrafo nico. Tratando-se de execues fiscais ou aes referentes a tributos federais, inclusive acessrios, de interesse da Unio ou de suas autarquias, os depsitos devero ser realizados, obrigatoriamente, na CAIXA ECONMICA FEDERAL. (Acrescentado pelo Provimento n 117/2004).

    Art. 10 - Desde que ultrapassado o prazo de permanncia no depsito, e salvo impedimento legal, no caso concreto, poder ser autorizado pelo Juiz da causa a venda de bens sob a guarda de Depositrio Pblico, sempre que este o requerer, fundamentando o pedido.

    Art. 11 - Decorridos trinta dias da entrega do ofcio de requisio de informaes sobre Quitao do Imposto de Renda, sem que haja resposta da Delegacia da Receita Federal, o fato ser certificado nos autos fazendo-se imediata concluso destes ao Juiz.

    Art. 12 - Para o cumprimento de carta precatria obrigatrio o preparo prvio. 1 - No podero ser retidas, por falta de pagamento de custas, as precatrias expedidas em virtude de requerimento de parte que goze do benefcio da gratuidade, bem como do Ministrio Pblico, massa falida, Fazenda Pblica, ou em processo de acidente do trabalho.

    2 - Os prazos para cumprimento e devoluo das Cartas Precatrias e de Ordem sero os seguintes:

    a) 30 dias para as distribudas s Varas das Comarcas de Entrncia Inicial;

    b) 60 dias para as distribudas s Varas das Comarcas de Entrncia Final;

    c) em se tratando de ru preso, o prazo para cumprimento e devoluo ser de 10 (dez) dias, qualquer que seja a Entrncia.

    Art. 13 - Das cartas precatrias somente sero juntados aos autos que deram origem a sua expedio, o mandado com a certido do seu respectivo cumprimento ou no.

    1 - As demais peas devero ser arquivadas em pasta prpria, certificando-se nos autos o arquivamento, o nmero da pasta e o ano.

    2 - Aps um ano e desde que feitas as devidas anotaes no feito de origem, podero ser incinerados, mediante a lavratura do respectivo termo, observadas todas as cautelas de praxe. (Acrescentado pelo Provimento n 128/06)

    Art. 14 - Do agravo de instrumento dever ser juntado aos autos principais somente a retratao ou o acrdo proferido.

    Art. 15 - Antes de recolhidas as custas devidas ao Estado, no sero restitudos aos requerentes os autos de protestos judiciais, notificaes, interpelaes e de justificaes, salvo se o requerente for parte que goze do benefcio da gratuidade de Justia.

    1 - Extinto o processo por qualquer motivo e havendo custas, a parte devedora ser intimada, pelo correio, para efetuar o pagamento em 30 (trinta) dias.

    2 - No sendo atendida a intimao, a Secretaria expedir certido, utilizando-se do modelo padronizado pela Corregedoria e a encaminhar Procuradoria Geral do Estado, para os devidos fins, acompanhada de cpia autenticada da conta, esta tambm conforme modelo padronizado pela Corregedoria.

    3 - Aps a remessa da certido, o dbito de custas s poder ser pago junto Procuradoria da Fazenda.

    4 - Efetuado o pagamento na forma do pargrafo anterior, a parte devedora apresentar cpia da guia de recolhimento Secretaria da Vara e/ou Comarca, para o fim de baixa.

    5 - Enquanto existir pendncia de custas, as certides pleiteadas pela parte devedora registraro a existncia do dbito.

  • 6 - Por ocasio do arquivamento dos autos, passar a constar no sistema informatizado, a existncia do dbito de custas e expressa identificao do nome da parte devedora.

    Art. 16 - vedada a expedio de ofcio ou comunicao, em substituio a ttulos de que trata o inciso IV do artigo 221, combinado com o artigo 239 da Lei n..015/73.

    Art. 17 - As citaes, intimaes, notificaes e interpelaes das partes no Juzo Cvel devero se processar por carta, com AR, salvo excees legais, nos termos do art. 221 a 224, do CPC.

    1 - A Secretaria somente expedir mandado para cumprimento por Analista Judicirio, quando impossvel ou infrutfera a tentativa de chamada pelos correios.

    2 - As intimaes dos senhores advogados constitudos nos autos, se processaro exclusivamente pela publicao no Dirio Oficial do Estado (art.236, do CPC).

    3 - Quando o autor ou o ru tiver advogado legalmente constitudo e que tenha escritrio em Macap, a intimao ocorrer, dentro dos casos legais, atravs de publicao no Dirio Oficial do Estado do Amap.

    4 - A intimao pessoal do advogado por Analista Judicirio, como exceo regra geral, dever resultar de despacho motivado do Juiz. 5 - Quando destinados autoridades ou rgos pblicos, para fins de requisies, solicitaes, comunicaes, avisos e etc., devero os ofcios ser encaminhados atravs do setor competente da Diretoria do Frum, que entregar o protocolo de recebimento Unidade Judiciria que o expediu para juntada aos autos;

    6 - Os registros, averbaes e anotaes que devam ser feitos nos Cartrios de Notas, Registro Civil, Pessoas Jurdicas, Registro de Imveis e outras Reparties Pblicas, devero ser feitas na forma do 4 acima ou serem entregues, mediante recibo, diretamente s partes interessadas e/ou seus advogados, para as providencias;

    7 - A Defensoria Pblica do Estado dever ser intimada das audincias pela remessa de pauta peridica, ou excepcionalmente, na forma do 4 acima.

    8 - (Revogado pelo Provimento n 128/06) Para fins de verificao do integral cumprimento do estabelecido neste artigo, a Corregedoria-Geral de Justia realizar inspeo especial peridica nas Unidades Judicirias da Capital e Santana e Centrais de Mandados.

    9 - Os Juzes de Direito, os Juzes de Direito Auxiliares e os Juzes de Direito Substitutos, quando retornarem de frias, licenas e/ou recessos, devem estar nas suas Comarcas no primeiro dia subseqente ao trmino do referido perodo.

    TTULO IVDOS JUZOS CRIMINAIS

    Art. 18 - A retificao de nomes, a incluso ou excluso de rus ou indiciados, a mudana na definio legal da infrao, as anotaes por arquivamento, absolvio, impronncia e extino de punibilidade sero comunicadas Secretaria de Segurana Pblica.

    Art. 19 - As prises em flagrante, feitas pela autoridade policial nos sbados, domingos e feriados, e comunicadas ao Juiz de Planto naqueles dias, bem como os pedidos de habeas corpus, por ele conhecidos, ou impetrados nas mesmas condies, sero encaminhados Distribuio no primeiro dia til subseqente.

    1 - Os pedidos de Buscas Domiciliares e as representaes ou requerimentos de Prises Preventivas ou provisrias, quando entregues nas Secretarias das Varas Criminais durante o expediente forense, devero ser imediatamente apresentadas aos respectivos Juzes, que os decidiro sempre em carter de urgncia.

    2 - No caso de apresentao ao Juiz plantonista, portanto, fora do expediente normal do Frum, a autoridade judiciria dever agir com toda presteza, procurando sempre, na medida do possvel, decidir tais postulaes no mesmo dia.

  • 3 - Na hiptese de deferimento de qualquer das medidas mencionadas no 1, deste artigo, o Chefe de Secretaria dever certificar nos autos a data e o horrio em que o respectivo mandado ficar pronto e apto a ser entregue autoridade solicitante ou ao Analista Judicirio (rea cumprimento de mandado), conforme o caso.

    4 - Os mandados devero ser expedidos e assinados sempre no mesmo dia em que for proferida a deciso.

    5 - Ao entregar o mandado, nos mesmos casos, o Chefe de Secretaria dever colher recibo nos autos, identificando, minuciosamente, a pessoa que o recebeu.

    6 - Se a expedio e a entrega do mandado ocorrerem durante o planto, o Juiz adotar nos autos a mesmas cautelas exigidas no pargrafo anterior.

    Art. 20 - Na movimentao dos processos, tero preferncia os relativos a rus presos e pedidos de habeas corpus.

    Art. 21 - Somente se decretar a revelia do ru quando, embora citado por edital, no se encontrar preso, segundo informaes da Direo dos Presdios do Estado.

    Art. 22 - Da requisio de informaes para instruir pedido de habeas corpus constar o prazo assinado para sua prestao, o qual ser contado da entrega do oficio na sede do servio da autoridade coatora, provada por recibo passado, na cpia, pela prpria autoridade destinatria ou pelo funcionrio que a recebeu.

    Pargrafo nico - no constando do recibo a hora de entrega da requisio, o prazo se contar daquela que o portador houver declarado.

    Art. 23 - As fianas arbitradas em Juzo ou por autoridade policial sero depositadas no Banco do Brasil em nome do afianado, mas disposio do respectivo Juzo Criminal, em conta que render juros de 6% ao ano e corrigir o valor depositado no mesmo percentual da caderneta de poupana.

    1 - Se o afianado no for inscrito no Cadastro de Pessoas Fsicas do Ministrio da Fazenda (CPF/MF), o depsito ser feito em nome do Tribunal de Justia do Estado do Amap, ficando vinculado ao feito e disposio do respectivo Juzo.

    2 - O depsito ser encaminhado pelo ofcio padro, aprovado pela Corregedoria, devendo a instituio bancria fornecer duas vias ao interessado, sendo uma para seu prprio controle e outra para juntada aos autos.

    3 - Em se tratando de fiana arbitrada por autoridade policial ou por Juiz de planto, to logo distribudo o flagrante, o Juiz Criminal ao qual couber a distribuio, imediatamente, comunicar-se- com a agncia bancria, tambm por ofcio, a fim de que o valor depositado seja posto sua disposio.

    4 - Inexistindo agncia ou posto do Banco do Brasil na Comarca, os depsitos de fiana podero ser efetivados junto Caixa Econmica Federal ou outra instituio financeira particular, dando-se preferncia s da rede oficial, nas mesmas condies estabelecidas no caput deste artigo, devendo o juzo, se o caso, fazer a comunicao prevista no 2.

    5 - Inexistindo agncia bancria na Comarca, o Juzo receber o valor da fiana e o depositar no Banco do Brasil S/A, no prazo mximo de 10 (dez) dias, e agir na forma do caput do art. 23 e 2.

    6 - Ao final do processo, se absolvido o afianado, o Juzo do feito liberar em favor deste todo o saldo existente, atravs de alvar.

    7 - Havendo condenao, o Juiz da execuo mandar transferir, para a conta especfica de cada Comarca, o valor das custas e, havendo saldo, o liberar em favor do afianado, mediante alvar.

    8 - Juiz da Execuo, para o fim do disposto no pargrafo anterior, o que estiver presidindo a execuo da sentena condenatria criminal.

  • 9 - Se o Juzo da Execuo for outro, este fato ser comunicado, pelo Juzo da ao, ao banco.

    10 - Os objetos e instrumentos utilizados na prtica de crime ou que forem produto deste, quando acompanharem os inquritos, no podero ser restitudos ou encaminhados a quem de direito, enquanto no transitarem em julgado as respectivas sentenas ou, no caso de produto de crime, enquanto interessarem aos processos (art. 118, CPP).

    11 - A guarda de tais objetos e instrumentos, durante o curso dos processos, ficar a cargo do Depositrio Pblico de cada Comarca, salvo quando se tratar de armas de qualquer natureza, jias, moedas, minrios e pedras preciosas, cuja guarda observar o seguinte disciplinamento:

    I - na Comarca da capital, to logo recebidas, as armas sero encaminhadas ao Juiz Diretor do Frum, que aps registr-las no livro prprio, as depositar na Sala Forte, aos cuidados de servidor de sua estrita confiana, de onde sairo somente por ordem escrita do juzo de origem;

    II - nas Varas das Comarcas do interior, as armas sero depositadas, at destinao final, em cofres e, enquanto estes no existirem, em recipientes que ofeream o mximo de segurana;

    III - as jias, moedas, minrios e pedras preciosas sero depositadas na Caixa Econmica Federal ou no Banco do Brasil, no existindo tais instituies, em cofres ou recipiente de extrema segurana, at que sejam depositados na agncia mais prxima da Comarca.

    12 - Aps o trnsito em julgado da sentena ou quando no interessarem mais ao processo, tais objetos e instrumentos tero a destinao prevista no Cdigo de Processo Penal.

    13 - No caso de perda em favor da Unio, em se tratando de armas, devero ser encaminhadas ao SFIDT, em observncia ao disposto no Decreto Federal n. 55.649/65 (artigos 277 e 278) e na Portaria do Ministrio do Exrcito n. 341/81.

    14 - Para os fins do disposto nos 11 e 12, quando os objetos e instrumentos estiverem disposio do Judicirio at o final do processo, a sentena estabelecer destinao dos mesmos, sempre observando as diretrizes do Cdigo de Processo Penal.

    15 - terminantemente proibido o acautelamento de armas ou de qualquer objeto apreendido, seja qual for o pretexto.

    16 - O juiz ao requisitar entorpecente ou drogas para verificao ou exibio a testemunha, dever proceder com mximo de cautela, sendo recomendvel, antes do recebimento, aferio do peso e da qualidade, pelo Departamento de Polcia Tcnica e o reforo da segurana para o transporte e nas imediaes da Vara, ficando tudo registrado nos autos. Art. 24 - As comunicaes decorrentes da condenao, inclusive a destinada Justia Eleitoral, sero providenciadas pela Vara de origem, antes da expedio da Carta de Sentena.

    1 - tratando-se de condenao por crimes previstos na Lei n. 4.726/65 (Lei do Registro do Comrcio) e na Lei 6.404/76 (Lei das Sociedades Annimas), a concluso da sentena ser tambm comunicada ao Presidente da Junta Comercial do Estado do Amap.

    2 - Nos Juzos Criminais, inclusive na esfera dos Juizados Especiais, a pena de prestao de servio comunidade, verificada a suficincia da medida, poder ser substituda pela entrega de gneros alimentcios bsicos no perecveis, cabendo ao juiz, na substituio, levar em conta a situao econmica do apenado.

    3 - igual medida poder ser aplicada quando da especificao de outras condies na suspenso condicional do processo (art. 89, 2, da Lei 9.099/95) e na suspenso condicional da pena (art. 77 e seguintes do Cdigo Penal).

    4 - Nas demais Comarcas a distribuio ficar a cargo da direo do Frum, observado tambm o formulrio padronizado pela Corregedoria.

    Art. 25 - Transitada em julgado a sentena, o Juiz do feito determinar a expedio da Carta de Sentena para Execuo, dirigida ao Juiz da Vara de Execues Penais, observado o modelo

  • padronizado pela Corregedoria e instruda com os documentos nela indicados, devidamente autenticados.

    1 - Havendo recurso e negado ao ru o direito de recorrer em liberdade, ser expedida Carta de Sentena para Execuo Provisria da Pena, instruda com as peas nela indicadas, obedecidos os ditames do caput deste artigo, desde que no haja recurso do Ministrio Pblico ou do Querelante, objetivando o agravamento da pena privativa de liberdade.

    2 - Julgado o recurso e baixados os autos Vara de origem, o Juiz do feito remeter cpia do Acrdo e da certido de trnsito em julgado ao Juiz da Vara de Execues Penais, que dever proceder retificao dos registros, transformando a execuo provisria em definitiva. 3 - Cumprido o estabelecido no art. 25, o processo ser arquivado em carter definitivo.

    4 - Havendo mais de um condenado num mesmo processo, as Cartas de Sentenas a que alude o art. 25 sero expedidas na medida em que opere o trnsito em julgado para cada um deles;

    5 - No caso de mais de um apenado, ainda que a sentena transite em julgado para alguns ou para todos na mesma data, sero expedidas Cartas de Sentenas individuais;

    6 - Nas hipteses previstas nos pargrafos anteriores, os autos do processo, na Vara de origem, somente ir para o arquivo definitivo, aps a expedio de todas as Cartas de Sentenas.

    Art. 26 - Havendo aplicao de pena de multa, o ru ser intimado pelo correio ou atravs de Analista Judicirio (rea cumprimento de mandado), para efetuar o pagamento no prazo fixado pelo Juiz sentenciante e/ou da execuo.

    1 - No sendo atendida a intimao, a Secretaria expedir certido, utilizando-se do formulrio padronizado pela Corregedoria e a encaminhar Procuradoria Geral do Estado, acompanhada de cpia autenticada da conta, esta tambm padronizada pela Corregedoria.

    2 - Aps a remessa da certido, o dbito de multa s poder ser pago junto Procuradoria da Fazenda.

    3 - Expedida a certido e no havendo outra determinao a ser cumprida, sero os autos arquivados.

    4 - Se houver custas a Secretaria do Juzo observar o que determina o artigo 15, 1. a 6 desta Consolidao.

    Art. 27 - Em havendo fiana, antes da expedio da Carta de Sentena, o Juiz da condenao comunicar Casa Bancria que o valor recolhido e seus rendimentos passam a ficar disposio do Juzo das Execues Penais.

    Art. 28 - A expedio de Carta de Sentena, quando a pena for segregativa, independe de captura.

    Art. 29 - As guias de recolhimento de apenados ficam a cargo da Vara de Execues Penais.

    Art. 30 - Na Vara de Execues Penais, extinta a pena e providenciadas as comunicaes relativas extino, a Carta de Sentena ser arquivada. (Alterado pelo Provimento n 128/06)

    Art. 31 - Em caso de ru condenado somente a multa ou beneficiado com suspenso condicional da execuo da pena, salvo ocorrendo revogao desta, ser feita anotao nos registros do Juzo, devendo a condenao, em qualquer caso, ser comunicada ao INI (artigo 709 do CPP).

  • Art. 32 - Os Juzes de Direito, no exerccio da Jurisdio Criminal, determinaro que permaneam no escaninho AGUARDANDO CAPTURA na Secretaria, os processos paralisados em face da no localizao dos rus para captura. (Alterado pelo Provimento n 128/06)

    1 No relatrio mensal encaminhado Corregedoria tais processos sero computados como aguardando captura.

    2 - Anualmente ser renovada a remessa de mandados de priso contra tais rus aos rgos encarregados de capturas.

    Art. 33 - Recebida a denncia em ao penal pblica ou privada, as medidas cautelares, como: requerimento de priso provisria ou preventiva, busca e apreenso, restituio de bens apreendidos pela autoridade policial, incomunicabilidade de indiciado, comunicao de priso em flagrante, etc., sero arquivados em pasta prpria, certificando-se nos autos o arquivamento, o nmero da pasta e o ano.

    TTULO VDOS JUZES DE PAZ

    Art. 34 Os Juzes de Paz sero nomeados pelo Corregedor, por indicao do MM. Juiz dos Registros Pblicos, observado o disposto nos artigos 93, inciso I, da Constituio Federal e 112 da Lei Complementar 35/79.

    Pargrafo nico - No exerccio da competncia para a celebrao de casamento, o Juiz de Paz que atuar em processo de habilitao no fica vinculado para a respectiva celebrao.

    Art. 35 - Os processos de habilitao de casamento sero processados de acordo com os artigos 1.525 e seguintes da Lei n. 10.406, de 10 de janeiro de 2.002 (Cdigo Civil).

    Art. 36 - Os autos, aps audincia do Ministrio Pblico, sem que este tenha oposto qualquer impugnao, sero encaminhados ao Juiz da Vara de Famlia, para o fim de homologao ( art. 1526 do C. Civil).

    Art. 37 - Na Comarca da Capital, as celebraes realizar-se-o de 2 a 6 feira, a partir das 14 horas, na Sala de Casamentos dos Cartrios; nas demais Comarcas do Estado, as celebraes realizar-se-o nos edifcios do Frum, em salas especialmente destinadas a esse fim, nos mesmos dias e horrio.

    1 - Nas Comarcas em que houver mais de um Juiz de Paz, a celebrao de casamentos obedecer a escala elaborada pela Corregedoria;

    2. - a convocao do Juiz de Paz Substituto ou Suplente somente se dar nos estritos termos do art. 122, 3. da Lei Complementar n. 35/79.

    3 - ao Juiz de Paz do Estado do Amap sero devidos Emolumentos, no valor fixado na Tabela, por processo de habilitao para casamento.

    Art. 38 - A requerimento dos nubentes, a celebrao poder ser feita em suas residncias ou em locais pblicos, mas sempre a portas abertas e em horrio no conflitante com as normas legais; neste caso, as despesas devidas pelos nubentes ao Juiz de Paz celebrante tero por base de clculo o dobro do valor fixado na Tabela de Emolumentos respectiva.

    1 - quando fornecida conduo, no ser cobrado o acrscimo a que se refere o este artigo;

    2 - a data e o horrio da celebrao sero submetidos ao Juiz de Paz da Escala, com antecedncia mnima de 48 (quarenta e oito) horas.

    3. - o descumprimento do estatudo no pargrafo anterior no autoriza a convocao do Juiz de Paz Substituto ou Suplente.

  • Art. 39 - Nas celebraes os Juzes de Paz usaro, obrigatoriamente, trajes compatveis com a solenidade do ato, devendo portar faixa verde e amarela, de aproximadamente 10 cm de largura, partindo do ombro direito, em sentido longitudinal.

    Art. 40 - Nos casos de falta, ausncia ou impedimento, o Juiz de Paz far comunicao antecipada, por escrito ao Oficial do Registro Civil e Casamentos, em prazo hbil convocao imediata do substituto.

    Pargrafo nico - Ocorrendo falta, ausncia ou impedimento tambm dos Juzes suplentes, o Oficial comunicar o ocorrido ao Juiz de Registros Pblicos, a fim de que nomeie Juiz de Paz ad hoc (Lei Complementar n. 35/79, art. 112, 3).

    Art. 41 - Os Oficiais do Registro Civil e Casamentos afixaro em suas Serventias, em local bem visvel ao pblico, a tabela referente aos Emolumentos, atualizada e dando destaque ao que se referir a casamentos, em quadro medindo 1,00 x 0,50m e letras com 2cm de altura.

    Art. 42 - As diligncias para celebrao de casamento fora da sala Oficial de Registro ou da sede do Frum, sero custeadas pelo interessado, a quem se dar sempre recibo, observando-se a Tabela de Emolumentos.

    Art. 43 - Em todas as Comarcas a celebrao dos casamentos obedecer a normas determinadas pela Lei, por essa Consolidao e por atos normativos editados pelo Juiz dos Registros Pblicos.

    TITULO VINORMAS DE CARTER GERAL

    CAPITULO IDOS SERVENTURIOS DA JUSTIA EM GERAL

    Art. 44 - Aos servidores da Justia em geral, alm dos demais deveres previstos na Lei de Organizao Judiciria, no Regimento Interno, no Regime Jurdico dos Servidores Pblicos Civis do Estado, Lei n. 0066/93 e nos respectivos regimes jurdicos, incumbe:

    I - permanecerem em seus cartrios, secretarias, ofcios ou servios durante as horas de expediente, s se ausentando por motivo justificado, expresso em lei, comunicando imediatamente autoridade a que estiverem diretamente subordinados;

    II - agir com disciplina e ordem no servio, tratando as partes, seus procuradores e o pblico em geral com a devida urbanidade;

    III - exercer pessoalmente suas funes, s se admitindo substituio nos casos previstos em lei;

    IV - respeitar as determinaes das autoridades a que estiverem direta ou indiretamente subordinados;

    V - fiscalizar a contagem e o recolhimento de custas, inclusive com a diviso do recolhimento;

    VI - fornecer recibo de qualquer importncia recebida em razo da funo;

    VII - fornecer recibo de documentos entregues em cartrio, quando a parte o exigir; tratando-se de petio, o recibo ser passado na respectiva cpia, se a apresentar o interessado, utilizando-se o carimbo datador, onde houver;

    VIII - facilitar o acesso das autoridades incumbidas das inspees, aos documentos e informaes disponveis;

    IX - zelar pela conservao e segurana dos autos e papis, devendo destinar exclusivamente aos atos oficiais e de justia o material existente na serventia;

    X - guardar sigilo sobre processos e diligncias que devam correr em segredo de justia, bem como sobre as decises deles resultantes;

  • XI - fornecer prontamente Corregedoria da Justia todas as informaes relativas alterao de dados em seus assentamentos pessoais juntando, se o caso, os documentos comprobatrios, inclusive mudana de endereo e telefone;

    XII - utilizar, na lavratura de atos, canetas ou cargas esferogrficas nas cores preta ou azul, fixa e permanente;

    XIII - comunicar imediatamente Portaria e Segurana a presena de vendedores, de pessoas embriagadas ou armadas ou que estejam se portando de modo inconveniente nas dependncias do Frum;

    XIV - certificar nos autos a data do recebimento de quaisquer importncias, com indicao de quem as pagou;

    XV - praticar os atos e executar os trabalhos, compatveis com suas funes, de que forem encarregados por seus superiores hierrquicos, sujeitando-se ao sistema de rodzio, sempre que este for determinado;

    XVI - prestar, com absoluta fidelidade, informao que lhe seja solicitada por autoridade a que estiver subordinado, ou a qualquer outra autorizada por lei;

    1 - o servidor, porque designado para determinado servio ou tarefa, no tem o privilgio ou exclusividade de sua execuo, nem poder escusar-se a outros que lhe sejam cometidos;

    2 - os servidores no podero afastar-se do recinto de trabalho sem prvia autorizao do chefe imediato;

    3 - as partes que gozarem do benefcio da gratuidade de justia sero atendidas no mesmo dia e horrio dos demais, vedada qualquer discriminao.

    Art. 45 - A sada de servidores dos Fruns, das Comarcas de Macap e Santana, obedecer o seguinte disciplinamento:

    I - o servidor autorizado a se afastar durante o expediente dever registrar na Diretoria do Frum, em livro institudo para essa finalidade, os horrios de sada e de regresso;

    II - as horas no trabalhadas sero comunicadas pelo Diretor do Frum ao Juiz Titular da Vara em que for lotado o servidor, que estabelecer a forma de reposio;

    III - a sada de servidor, mesmo quando autorizada pelo Juiz, ou Chefe imediato, no o desobriga do cumprimento da formalidade estabelecida no inciso I.

    IV - (Revogado pelo Provimento 128/06) o ressarcimento das diligncias de mandados apresentados na Central, aps a data da audincia, s ser efetivado mediante petio com a comprovao de que a audincia realizou-se.

    Art. 46 - Constitui falta grave do serventurio:

    I - referir-se, por qualquer meio, de forma depreciativa a Magistrado de qualquer grau, ainda que na ausncia deste, ou ao Tribunal de Justia ou a qualquer outro Tribunal do Pas;

    II - desrespeitar as determinaes legais das autoridades a que estiver direta ou indiretamente subordinado;

    III - dar preferncia a partes, preferindo outras que as antecedam no pedido de atendimento;

    IV - prestar, por telefone, a qualquer pessoa, e, pessoalmente, a quem no for parte no feito ou seu procurador constitudo, informaes sobre atos de processo que corra em segredo de justia;

    V - portar autos ou outros papis de interesse de parte ou advogados, salvo se em cumprimento de ato de ofcio ou de ordem de superior seu;

  • VI - instruir advogado sobre atos processuais que, por pertinentes ao exerccio da advocacia, somente queles incumbe praticar;

    VII - sonegar, inclusive em procedimento de natureza puramente administrativa, informao essencial a formao do convencimento da autoridade a que estiver subordinado, gerando dvida ou para ela concorrendo;

    VIII - ocultar elementos bsicos de receita cartorria ou fornec-los com impreciso capaz de gerar dvida ou incerteza.

    IX - deixar de reunir, sistematicamente, os atos da Presidncia do Tribunal de Justia, do Conselho da Magistratura, da Corregedoria da Justia e do prprio Juzo a que estejam diretamente subordinados.

    X - deixar de remeter trimestralmente Secretaria da Corregedoria, o formulrio de atualizao do Banco Nacional de Dados do Poder Judicirio, at o quinto dia do trmino do trimestre.

    XI - deixar de cumprir determinaes do Corregedor constantes de Ata de Correio.

    XII - deixar de utilizar os formulrios padronizados pela Corregedoria na expedio de atos a cargo da Secretaria da Vara.

    DOS CHEFES DE SECRETARIA DAS VARAS OU COMARCAS

    Art. 47 - Ao Chefe de Secretaria de Vara, alm dos demais deveres inerentes aos servidores em geral, compete:

    I - manter sob seu controle, devidamente atualizado, pasta contendo todos os atos baixados pela Corregedoria, Presidncia, Vice-Presidncia, Conselho da Magistratura e Juzo ao qual est subordinado;

    II - conservar os livros prescritos em lei ou recomendados pela Corregedoria da Justia devidamente regularizados e escriturados;

    III - executar os atos processuais nos prazos estabelecidos em lei;

    IV - distribuir os servios da Vara, superintendendo e fiscalizando sua execuo;

    V - organizar e manter em ordem o servio da Vara, de modo a permitir a localizao imediata de autos, papis e livros findos;

    VI - manter a Vara aberta e em funcionamento durante o horrio de expediente;

    VII - cumprir e fazer cumprir as ordens, decises judiciais e as determinaes das autoridades superiores;

    VIII - remeter mensalmente Corregedoria da Justia, at o dia 05 (cinco) do ms subseqente, a freqncia dos servidores lotados na Vara, controlando-a diariamente;

    IX - abrir a correspondncia oficial endereada Vara ou ao Juiz da Vara, quando por este autorizado;

    X - fornecer queles chamados a juzo atestado de comparecimento sempre que necessitem justificar o afastamento junto aos seus empregadores;

    XI - permanecer na Vara, ausentado-se apenas quando nela estiver presente quem legalmente o substitua;

    XII - afixar, em local visvel e de fcil acesso, pauta do expediente dirio do Juzo remetido publicao, editais, avisos, tabelas de custas atualizadas e outros expedientes, cuja fixao for determinada pelo Juiz;

  • XIII - verificar, periodicamente, a regularidade das cargas e vistas, adotando as providncias necessrias para que os autos sejam devolvidos no prazo legal, certificando, sempre, qualquer irregularidade encontrada;

    XIV - certificar a interposio de recurso e a devoluo dos autos fora dos prazos legais, fazendo imediata concluso ao Juiz;

    XV - encaminhar ao Servio Psicossocial Forense o servidor que apresentar qualquer transtorno psicolgico capaz de afetar sua capacidade laborativa, abonando sua freqncia nos dias que tiver de comparecer quele Servio;

    XVII - encaminhar os mandados para distribuio, com antecedncia mnima de dez dias da audincia, ressalvados os casos de medidas liminares ou urgentes;

    XVIII - adotar como regra o sistema via ECT na comunicao dos atos processuais, utilizando-se dos Analistas Judicirios estritamente nos casos previstos em lei.

    1 - Os Chefes de Secretaria de Ofcio Judicial, antes de procederem entrega de alvars de levantamento de bens mveis e imveis sob a guarda de Depositrio Pblico, remetero o processo ao Contador da Comarca respectiva, para expedio de guia de recolhimento das custas devidas pelo depsito de tais bens, levando em considerao o valor da avaliao.

    2 - inexistindo auto de avaliao, esta ser feita imediatamente por Analista Judicirio, rea Judiciria, Especialidade Execuo de Mandados, especialmente designado pelo Juiz.

    3 - O Chefe de Secretaria somente entregar os alvars de levantamento de bens mveis e imveis, parte interessada, aps o recolhimento das custas mencionadas no pargrafo anterior, sob pena responder solidariamente.

    4 - Em todos os casos de alvar de levantamento de bens mveis e imveis, sob a guarda de Depositrio Pblico, o Chefe de Secretaria encaminhar uma cpia ao respectivo Depositrio juntamente com o comprovante das custas recolhidas.

    5 - O Chefe de Secretaria far constar do alvar de levantamento que os bens mveis ali contidos, no retirados do Depsito Pblico dentro de trinta dias, contados da data do recebimento do alvar pela parte interessada, sero levados a leilo, sem que caiba qualquer indenizao.

    6 - O Chefe de Secretaria dever apresentar Corregedoria da Justia at o dia cinco de cada ms, os Boletins Estatsticos Mensais do movimento do Juzo, referentes ao ms anterior, em formulrio padronizado e devidamente assinado pelo Magistrado.

    7o - Quando o Juiz for afastado da Vara em virtude de remoo, promoo, licena-prmio por assiduidade, convocao para o Tribunal ou por qualquer outro motivo, nessas trs ltimas hipteses por perodo superior a trinta dias, far-se- nova concluso dos processos ao Juiz designado para a Vara, a partir da data do fato, excetuando-se aqueles aos quais o Juiz esteja vinculado.

    8o - O Chefe de Secretaria velar, pessoalmente, pela exatido dos dados fornecidos nos Boletins Estatsticos Mensais do Juzo e consoante o 5, ficando responsvel quando estes no retratarem a real situao do movimento na Vara.

    9 - Os processos Conclusos para Sentena sero registrados no livro enumerado no artigo 139, inciso VII, alnea d e entregues ao juiz diretamente.

    Art. 48 - Aos servidores em geral incumbe praticar os atos e executar os trabalhos relativos sua funo, de que forem encarregados pelos Serventurios Titulares a que estiverem subordinados.

    Art. 49 - Aos Analistas Judicirios (rea judiciria) das serventias judiciais incumbe servir nas audincias, assessorar os Juzes na prolao de despachos, relatar processos e executar outros servios e tarefas que lhes forem atribudos, inclusive servios de digitao, sendo-lhes facultada a prtica de todos os atos que incumbem ao Titular da serventia, salvo os que devam ser realizados por este pessoalmente.

    1 - No se consideram atos cartorrios, para os fins deste artigo, os servios de expediente.

  • 2 - Aos Analistas Judicirios (rea Contadoria Judiciria) incumbe fiscalizar e orientar a elaborao dos clculos e mapas de prestao de contas feitos pelos Tcnicos Judicirios, que estejam sob seu comando, apondo ali seu visto e fazendo com que sejam observadas as demais normas de carter geral aplicveis aos serventurios da Justia do Estado do Amap. 3 - Aos Analistas Judicirios (rea Assistncia Social) incumbe prestar suporte tcnico s Varas da Infncia e da Juventude, alm das Varas de Famlia, rfos e Sucesses, nos feitos que exigirem sua interveno.

    Art. 50 - Aos Tcnicos Judicirios (rea judiciria) das serventias judiciais incumbe executar os servios de expediente, servir nas audincias, elaborar e digitar pautas de publicao, alm de outras tarefas que lhes forem cometidas pelo titular da serventia.

    Pargrafo nico - aos Tcnicos Judicirios (rea Contabilidade Judiciria) cabe elaborar e assinar todos os clculos judiciais e mapas de arrecadao; expedir guias para recolhimento de custas; executar servios de datilografia ou digitao; alm da observncia de outras atribuies e normas de carter geral aplicveis aos servidores da Justia do Estado do Amap.

    Art. 51 - Aos Auxiliares Judicirios (rea judiciria) incumbe as funes de digitador, alm de outras que lhes forem cometidas pelo Juiz ou pelo Titular das serventias perante as quais servirem.

    Art. 52 - Os Chefes de Secretarias ficam obrigados a reunir, sistematicamente, os atos da Presidncia do Tribunal de Justia, do Conselho da Magistratura, da Corregedoria da Justia e do prprio Juzo a que estejam diretamente subordinados.

    Art. 53 - Os Chefes de Secretarias so obrigados a manter bem conservados os livros, autos e demais papis e documentos que lhe couberem ou que lhes forem entregues pelas partes, assim como organizar e manter em ordem o arquivo de suas serventias, de modo a facilitar a busca e localizao imediata do que se encontrar arquivado.

    1 - Aos Chefes de Secretaria das respectivas Comarcas a que estejam subordinados Postos Avanados, alm da chefia e direo imediata dos Postos, compete:

    a) fiscalizar e orientar os servidores de outros rgos colocados disposio do Tribunal de Justia e ali lotados, fazendo com que sejam observadas as demais normas de carter geral aplicveis aos serventurios da Justia do Estado do Amap;

    b) aos Servidores de outros rgos colocados disposio do Tribunal de Justia e lotados nos Postos Avanados cabe, sob a superviso e orientao do respectivo Chefe de Secretaria, receber e protocolar toda correspondncia dirigida ao Posto Avanado executar servios de datilografia ou digitao; alm da observncia de outras atribuies e normas de carter geral aplicveis aos servidores da Justia do Estado do Amap.

    2 - Os servidores em geral, ao assinarem qualquer documento, por fora de suas atribuies, ficam obrigados a reproduzir seu nome em letra de forma, a mquina ou mediante a aposio de carimbo, de modo a permitir a identificao de quem subscreveu ou assinou o ato.

    Art. 54 - Aos funcionrios pblicos chamados a juzo dever ser fornecida ressalva de comparecimento que comprove, alm do dia, a hora de sua chegada e aquela em que foi dispensado.

    1 - igual providncia ser adotada, no que couber, relativamente aos militares e empregados de empresas privadas, sempre que necessitem justificar o afastamento dos respectivos locais de trabalho para atender a requisio ou intimao judiciais.

    2 - para o fim do disposto no pargrafo antecedente, os serventurios devem indagar das pessoas ali mencionadas, quando dispensadas pelos Juzos, se desejam receber comprovante de comparecimento.

    3 - O pessoal auxiliar, quando contratado sob o regime da Consolidao das Leis do Trabalho, e/ou atravs de empresa, desempenhar as atribuies inerentes natureza das funes exercidas, observadas a forma e as demais disposies especficas constantes da legislao em vigor.

  • Art. 55 - Os Serventurios Titulares no podero ausentar-se do cartrio ou ofcio sem que nele permanea quem legalmente os substitua, como responsvel pela direo, ordem e disciplina do servio.

    CAPITULO IIDOS OFCIOS EM GERAL

    Art. 56 - vedado o fornecimento indiscriminado de informaes verbais ou escritas, assim como de certides, expedidas por serventias do foro judicial e extrajudicial, relativas a ajuizamento e processamento de feitos, protestos lavrados e demais atos assemelhados, a pessoas que no comprovem ser juridicamente interessadas na sua obteno.

    Pargrafo nico - A extrao de certides e a prestao de informaes, estas quando expressamente permitidas, ficam sujeitas apreciao e autorizao do Titular da serventia ou seu substituto legal.

    Art. 57 - As certides expedidas pelas serventias devero ser cpia fiel dos registros, peas de autos, papis, documentos, contendo todos os elementos necessrios e abrangendo todos os registros dos cartrios cveis e criminais e dos ofcios, devendo os serventurios providenciar para que assim sejam extradas, a elas fazendo acrescentar os elementos necessrios, ainda que no constantes dos respectivos pedidos.

    Pargrafo nico - As custas e emolumentos das certides sero cotadas no prprio documento, tendo em vista o que dispe o Regimento de Custas.

    Art. 58 - As certides devero ser fornecidas dentro de 48 (quarenta e oito) horas, contadas do pedido.

    Art. 59 - As certides sero extradas:

    I - datilograficamente;

    II - mediante reprografia;

    III - pela utilizao de qualquer outro processo de reproduo autorizado na lei, inclusive por computador;

    IV - em formulrios impressos, semiconfeccionados, com preenchimento dos claros, a mo ou mquina, inutilizando-se, obrigatoriamente, os espaos no aproveitados.

    Pargrafo nico - As certides oriundas de processos que corram em segredo de Justia sero fornecidas nominalmente ao interessado legtimo.

    Art. 60 - A certido dever conter o nome e assinatura do servidor que a fez e datilografou ou digitou, nome e assinatura de quem a subscreveu e o carimbo da serventia.

    1 - ao subscrever certido, o serventurio automaticamente se responsabiliza, inclusive administrativamente, pela veracidade do que foi certificado.

    2 - constitui falta grave o fornecimento de certido com rasuras, emendas ou entrelinhas no ressalvadas expressamente.

    Art. 61 - Os servidores da justia so obrigados a permanecerem na serventia durante a realizao de correies de qualquer natureza, a prestar todas as informaes necessrias, atendendo prontamente s determinaes dos membros das respectivas comisses e cumprindo as ordens recebidas, inclusive quanto ao pronto saneamento de irregularidades porventura constatadas nos servios de seus cartrios e ofcios.

    Pargrafo nico - Constitui falta grave, punvel com suspenso, a recusa em prestar esclarecimentos ou informaes pedidas por comisso de correio ou pelo Corregedor, bem como a prestao de informao de modo impreciso ou lacunoso.

  • Art. 62 - As correies sero realizadas nas ocasies previstas na lei e por determinao do Corregedor da Justia.

    Pargrafo nico - a qualquer momento os Juzes podero proceder a correio nos cartrios das Varas de que sejam Titulares ou pelas quais respondam.

    Art. 63 - Proceder-se- sempre a correio especial nas serventias, quando ocorrer prolongada interrupo de exerccio ou vacncia do cargo Titular ou de quem suas vezes fizer.

    Pargrafo nico - entende-se como prolongada interrupo de exerccio, para os efeitos deste artigo, o afastamento do Titular por perodo superior a 01 (um) ano, inclusive nos casos de requisio para o desempenho de outras funes.

    Art. 64 - Os Ofcios expedidos sero obrigatoriamente datados e numerados, em ordem crescente, de 01 (um) ao infinito, dentro de cada ano civil, e devero fazer referncia ao nmero do processo, quando houver.

    Art. 65 - As assinaturas apostas nos ofcios expedidos pelas serventias sero obrigatoriamente identificadas a mquina, ou a carimbo, indicando-se o cargo do oficiante.

    Art. 66 - Os endereos dos Cartrios e Ofcios devero ser sempre designados nos ofcios, certides, traslados, mandados e outros atos que expedirem.

    Pargrafo nico - qualquer mudana de endereo dever ser comunicada previamente ao Corregedor.

    Art. 67 - A instalao e a mudana das serventias judiciais dependem da autorizao do Corregedor de Justia

    Art. 68 Os Ofcios Judiciais e demais rgos do 1 Grau devero elaborar escala interna de frias a serem usufrudas durante o ano, de forma a no comprometer o normal andamento dos servios. (Alterado pelo Provimento n 128/06) 1 - Os servidores municipais disposio do Poder Judicirio, lotados nas Comarcas de Entrncia Inicial e na Comarca de Santana devero formalizar requerimento de frias dirigido ao seu rgo de origem, que ser encaminhado pelo Juiz da Vara ou Comarca, devendo cpia do requerimento e do ofcio de encaminhamento ser anexada na escala.

    2 - Nas Varas e demais rgos Jurisdicionais da Capital o requerimento dever acompanhar a respectiva escala.

    Art. 69 - O requerimento de licena-especial ou escala de frias, que dever ser encaminhado atravs do MM. Juiz de Direito Titular da Vara ou o Diretor do Frum, ter que dar entrada no Protocolo do Tribunal com antecedncia mnima de 45 (quarenta e cinco) dias. (Alterado pelo Provimento n 128/06)

    1 - Somente ao Juiz Titular da Vara cabe justificar fundamentadamente a necessidade do servio capaz de conceder ou suspender benefcios.

    2 - A justificativa no se resumir em simples visto.

    3 - S excepcionalmente deve o Juiz que estiver ocupando a Vara temporariamente fazer tal justificativa.

    Art. 70 - Os requerimentos de cancelamento ou abono de faltas devero ser apreciados pelo Juiz de Direito Titular da Vara ou Diretor do Frum, conforme o caso, cujo pedido ser feito pelo servidor, no prazo de 30 (trinta) dias contado do registro da falta na folha ou no carto de ponto.

    1 - A Corregedoria somente analisar recursos interpostos das decises daquelas autoridades, devidamente instrudos e fundamentados, observado o prazo legal.

    2 - As faltas ao servio, at trs dias, no mbito da Justia do 1 Grau, sero abonadas pelo Juiz da Vara onde esteja lotado o servidor e aqueles lotados na Diretoria do Frum das Comarcas de Macap

  • e Santana, pelo respectivo Juiz Diretor do Frum, desde que obedecido o Ato Conjunto n. 001/95-PRES/CORREG, salvo nos casos de sada do Estado.

    3 - As compensaes decorrentes de dias trabalhados para a Justia Eleitoral devero ser usufrudas no primeiro dia til subseqente prestao do servio, de forma ininterrupta.

    4 - Por imperiosa necessidade de servio, devidamente justificada pelo titular do rgo onde o servidor estiver lotado, as compensaes previstas no pargrafo anterior podero ser gozadas em data diversa do ms de sua incidncia, entretanto, dentro do mesmo exerccio.

    Art. 71 - O boletim de freqncia, que obedecer ao modelo padronizado, registrar fielmente todas as ocorrncias verificadas. Art. 72 - Os exames periciais de livros, autos, documentos, fichas e demais papis das serventias judiciais s podero Ter lugar nos prprios cartrios e ofcios mediante prvia autorizao do Juiz a que estiver subordinado o respectivo Serventurio Titular.

    Art. 73 - A prtica dos atos cartorrios privativa dos servidores lotados na serventia, no sendo permitida a participao de pessoas estranhas.

    Art. 74 - dispensado o reconhecimento de firmas, de conformidade com as normas vigentes, em documentos emendados de rgos da Administrao Direta e Indireta, tanto federais como estaduais e municipais, desde que escritos em papel que contenha o timbre da repartio e estejam assinados ou autenticados por quem de direito.

    Pargrafo nico - por motivo razovel de suspeita a serventia poder recusar o documento e levantar dvida quanto sua autenticidade.

    Art. 75 - Os serventurios devero trajar-se de maneira compatvel com a dignidade da Justia e o decoro pblico, cabendo aos Juzes e aos Serventurios Titulares fiscalizar o cumprimento desta norma.

    CAPTULO IIIDAS CUSTAS E EMOLUMENTOS

    Art. 76 - vedada a percepo de custas ou emolumentos por parte de serventurios pagos pelos cofres pblicos.

    1 - As certides expedidas pelas secretarias das Varas da Justia do Estado do Amap, destinadas defesa de direitos e esclarecimento de situaes de interesse pessoal esto isentas do pagamento de taxas.

    2 - Os pedidos de habeas corpus, de habeas data e os mandados de injuno so inteiramente gratuitos, no dependendo, pois, do pagamento de qualquer taxa, custas ou emolumentos.

    3 - as aes populares, salvo comprovada m-f, esto isentas do pagamento de custas judiciais.

    Art. 77 - Em todos os cartrios e demais serventias em que for feita a cobrana de custas ser afixado na parede, em lugar visvel, de modo que facilite a leitura pelos interessados, um quadro de no mnimo 1,00 x 0,50m com as tabelas do Regimento de Custas para os atos especficos do cartrio ou serventias.

    1 - Sempre que for alterado o valor das Custas, a Secretaria da Corregedoria da Justia promover a republicao das tabelas de custas com os valores atualizados em reais;

    2 - Em cada serventia, o Regimento de Custas e as tabelas atualizadas devero estar disposio das partes, para consulta.

    Art. 78 - Nos Ofcios Judiciais, os recolhimentos relativos a custas, emolumentos, depsitos, taxas e outras importncias sero efetuados no Banco do Brasil S.A ou na Caixa Econmica Federal, ou qualquer outra agncia bancria autorizada pela Corregedoria mediante guia expedida pelo Contador do Juzo, em conta aberta exclusivamente para esse fim.

  • 1 - Os recolhimentos mencionados neste artigo sero efetuados mediante guia expedida atravs de computador pelas Contadorias Judiciais.

    2 - Dever ser includo na guia de Custas iniciais, os recolhimentos relativos ao ofcio de baixa a ser encaminhado ao Cartrio de Distribuio, quando da extino dos feitos cveis; os mandados de averbao expedidos nos feitos de famlia e os ofcios de pedido de informao e comunicao de deciso, nos casos de habeas corpus.

    3 - Os recolhimentos referentes a certides e ofcios sero efetuados mediante Guia de Recolhimento, a ser preenchido pelas Contadorias Judiciais.

    4 - Nas Comarcas onde no houver agncias das instituies bancrias referidas no caput deste artigo, os recolhimentos podero ser efetuados em bancos particulares, a critrio do Juiz de Direito Diretor do Frum.

    5 - A taxa judiciria ser includa na guia de que trata o caput deste artigo.

    Art. 79 - A guia a que se refere o artigo 78 devidamente numerada, em ordem seqencial, em 04 (quatro) vias, ter seguinte destinao:

    I - a 1 via acompanhar a inicial;

    II - a 2 via ser entregue parte a quando do pagamento;

    III - a 3 via ser restituda a Contadoria;

    IV - a 4 via ficar em poder do rgo arrecadador.

    1 - Nas Comarcas de Macap e Santana, ao emitirem guias para recolhimento de Custas, as Contadorias devem carimbar as duas ltimas folhas da petio inicial, utilizando o modelo j aprovado pela Corregedoria.

    2 - O distribuidor, ao receber a inicial, verificar se est acompanhada da via da guia de recolhimento.

    3 - A distribuio poder ser efetuada, independentemente de preparo, quando deixarem de funcionar as agncias bancrias encarregadas do recebimento de custas ou quando o sistema de computao, onde houver, for interrompido por perodo superior ao do expediente forense, sujeitando-se, porm, o interessado na forma do art. 257 do CPC a ter cancelada a distribuio, caso no providencie o preparo nos 30 (trinta) dias seguintes ao da normalizao do servio.

    Art. 80 - O contador do Juzo elaborar o mapa dirio de arrecadao e o mapa geral mensal, que sero encaminhados Secretaria da Corregedoria, at o 5 dia subseqente.

    1 - Na Comarca da Capital, essas atribuies ficaro a cargo do Controle Geral de Custas.

    2 - Diariamente, nas Comarcas do interior, o Contador do Juzo far recolher, atravs de guias, as importncias recebidas no prazo estabelecido no Decreto (N) n. 157, de 30 de setembro de 1991, que aprovou o Regimento de Custas.

    3 - Nas Comarcas do interior, o respectivo Contador e/ou Chefe de Secretaria dever, obrigatoriamente, remeter mensalmente Corregedoria o mapa geral a que alude o caput, acompanhado dos extratos bancrios.

    Art. 81 - Na Comarca da Capital, o cumprimento do 2 do artigo anterior caber ao Servio de Controle Geral de Custas da Corregedoria, englobando-se a arrecadao de todas as Varas da Comarca.

    Art. 82 - Nas contas especiais a serem abertas na forma do artigo 78 deste Provimento, s se faro os recolhimentos ali previstos.

    Art. 83 - As contas especiais de que trata o artigo 78 deste Provimento ficaro sob a superviso do:

  • I - Juiz de Direito Diretor do Frum, nas Comarcas onde houver mais de um Juiz;II - Juiz Titular ou, na falta deste, daquele que estiver no exerccio da Jurisdio plena, nas Comarcas onde houver uma nica Vara instalada;III - Diretor da Secretaria da Corregedoria, na Comarca da Capital.

    Art. 84 - At o quinto dia do ms de janeiro, dever ser remetido pelas Serventias Judiciais Secretaria da Corregedoria resumo geral dos demonstrativos mensais do ano anterior, acompanhado de relatrio.

    TTULO VIINORMAS ESPECFICAS PARA OS OFCIOS JUDICIAIS

    CAPTULO IDISPOSIES GERAIS

    Art. 85 - O expediente nos Ofcios Judiciais iniciar-se- s 7:30 horas e encerrar-se- s 13:30 horas.

    Art. 86 - No haver expediente aos sbados, domingos, no dia 08 (oito) de dezembro (Dia da Justia), nos feriados nacionais, nos dias de suspenso de expediente declarados por ato do Presidente do Tribunal ou determinado na Lei de Organizao Judiciria.

    Art. 87 - Incumbe aos Chefes de Secretaria a designao de servidores para a execuo das seguintes tarefas, a cargo da serventia:

    I - elaborao do expediente dirio;II - realizao de audincias;III - registro de audincias e de sentenas;IV - registro de peties iniciais no Sistema de Processo de Primeiro Grau e/ou Livro Tombo;V - atendimento ao pblico;VI - administrao do pessoal, controle de freqncia, licenas, frias, etc.VII - estatsticas mensal e anual do Juzo;VIII relatrio trimestral de atualizao do Banco Nacional de Dados do Poder Judicirio;IX - outras tarefas, de acordo com a organizao interna da serventia.

    Pargrafo nico - Respeitadas as determinaes da Lei de Organizao Judiciria e as normas emanadas da Corregedoria da Justia, as serventias podero estabelecer condies peculiares e especficas de administrao interna, com relao distribuio dos servios, criao e organizao de sistemas processantes e outras tarefas de administrao geral.

    Art. 88 - Os Chefes de Secretaria de Ofcio Judicial comunicaro aos Juzes respectivos, mensalmente, as faltas no cumprimento dos mandados, cometidas pelos Analistas Judicirios (rea cumprimento de mandado).

    Art. 89 - Ao Chefe de Secretaria cumpre zelar pela segurana das dependncias e das tarefas inerentes Serventia sob sua direo:

    I - proibindo o ingresso de pessoas que no sejam advogados ou serventurios nele lotados;

    II - comunicando ao Juiz a violao da proibio prevista no item antecedente e, quando for o caso, convocando a interveno do responsvel pela segurana do Frum;

    III - comunicando, unidade da Secretaria do Tribunal encarregada da manuteno e reparos, os defeitos e danificaes que verificar nas instalaes da serventia.

    Art. 90 - Nas comarcas do interior, a comunicao a que se refere o item III se far ao Juiz Diretor do Frum.

    Art. 91 - obrigatrio o uso dos formulrios padronizados pela Corregedoria e fornecidos pelo Tribunal de Justia na expedio de atos a cargo da Secretaria da Vara.

    Art. 92 - Nas Varas cveis e de famlia, ser feita anotao, bem visvel ou em carimbo, na capa dos autos, de processo onde atuar rgo do Ministrio Pblico, inclusive Defensoria Pblica.

    Art. 93 - Nos processos relativos a rus presos e de pedidos de habeas corpus:

  • I - ser aposto carimbo, na capa dos autos, com os dizeres HABEAS CORPUS ou RU PRESO;

    II - a correspondncia a eles relativa ser remetida pelo meio mais rpido e seguro, imprimindo-se, por carimbo, no expediente e no envelope, a anotao de se tratar de processo com ru preso ou relativo a habeas corpus e a expresso urgente.

    Art. 94 - Na capa dos autos de processo em que houver impedimento do Juiz ou membro do Ministrio Pblico, ser feita anotao, de modo destacado, com o nome da autoridade impedida.

    Art. 95 - No processo que corra em segredo de justia:

    I - constar da capa, por carimbo, em letras bem destacadas, preferencialmente em tinta vermelha, os dizeres "EM SEGREDO DE JUSTIA";

    II - na publicao dos atos pela imprensa oficial, constaro apenas as iniciais dos nomes das partes;

    III - somente se fornecero certides de seus atos a quem comprovar ser parte no feito ou seu procurador, ou mediante expressa autorizao do Juiz da causa;

    IV - somente se far carga ou se permitir o exame dos autos a advogado que comprovar ter sido constitudo procurador de alguma das partes, juntando-se aos autos o instrumento de mandato;

    V - os autos, quando conclusos para sentena, sero entregues ao Juiz diretamente, e em separado dos demais;

    VI - a correspondncia a ele relativa ser remetida por Auxiliar Judicirio ou Analista Judicirio, rea Judiciria Especialidade em Execuo de Mandados, exceto se outro portador for autorizado pelo Juiz da causa, assinalando-se, por carimbo, no expediente e no envelope lacrado, a expresso segredo de justia.

    Art. 96 - Deferido o pedido de purgao da mora em ao de despejo por falta de pagamento, os autos sero remetidos ao contador logo em seguida publicao do despacho.

    Pargrafo nico - O Contador elaborar a conta e, 24 (vinte e quatro) horas, independentemente de preparo, enviando, em seguida, os autos Secretaria da Vara.

    Art. 97 - As Secretarias enviaro, at o dia 05 (cinco) de cada ms, Secretaria da Corregedoria da Justia, a estatstica do movimento do Juzo no ms imediatamente anterior, utilizando-se dos modelos j padronizados.

    1 - Os resumos anuais dos respectivos mapas estatsticos sero remetidos at o dia 05 (cinco) de janeiro do exerccio seguinte.

    2 - Os Juzes de Direito Auxiliares e Substitutos, independentemente das estatsticas elaboradas pelas Secretarias das Varas em que estiverem ou tenham atuado em cada ms, devero apresentar Relatrio Mensal, at o dcimo dia do ms subseqente, nos moldes j aprovado pela Corregedoria.

    3 - A Seo competente para o registro dos dados estatsticos, comunicar ao Corregedor, at o dia 10 de cada ms e 10 de janeiro do exerccio seguinte, o no cumprimento por parte dos Serventurios Titulares deste artigo e pargrafo.

    Art. 98 - Na Comarca de Macap, a remessa de expediente para publicao no rgo oficial de imprensa observar as disposies seguintes:

    I - as Secretarias das Varas Cveis e de Famlia levaro publicao oficial somente os atos e despachos judiciais estritamente essenciais, assim entendidos:

    a) o dispositivo das sentenas;b) os despachos que devam ser cumpridos ou atendidos pelas partes ou terceiros, e os atos contra os quais caiba recurso;c) as datas designadas para a realizao de atos processuais;d) os editais;

  • II - os editais, em geral, salvo se o contrrio requerer o interessado, que arcar com o nus da publicao, sero extrados em resumo, dispensada a transcrio de peties, inclusive a inicial, documentos e demais elementos instrutivos e informativos, respeitadas a forma instrumental e as prescries da lei processual, cabendo ao Chefe de Secretaria, quando de sua autenticao, verificar se esto atendidos os requisitos legais:

    III - so requisitos essenciais dos editais:a) de citao: a indicao da Vara, o prazo fixado pelo Juiz, a referncia afirmao de ausncia do citando, feita pelo autor, ou pela certido do oficial de Justia, se for o caso (CPC, artigo 232, inciso I), o nmero de tombamento do processo, a indicao da ao ou da espcie da execuo, os nomes do autor e do ru, o fim a que se destina a citao, com todas as especificaes constantes do pedido, bem como a advertncia a que se refere o artigo 285, segunda parte, do CPC, se o litgio versar sobre direitos disponveis, a cominao, se houver, o dia, a hora e o lugar do comparecimento, a reproduo do despacho, o prazo para defesa, a localizao do Juzo e, finalmente, a indicao de quem subscreveu e assinou;

    b) de notificao, de intimao e de cincia de terceiros interessados: todas as referncias contidas na letra "a" supra, que lhes forem aplicveis e pertinentes;

    c) de praa ou leilo: como indicado na letra "a" supra, acrescentando-se a descrio do bem ou bens a serem levados a hasta pblica, constante do laudo de avaliao, com meno ao valor a apontado, da certido do Oficial de Justia de que intimou o devedor ou devedores para cincia da penhora, o nome do Porteiro dos Auditrios ou do Leiloeiro, as datas designadas para a realizao da 19 e 29 hastas pblicas, o local, a hora e, finalmente a comisso, as custas e demais encargos da arrematao e as condies em que se realizar a venda;

    IV - tambm sero remetidos resumidamente para publicao os atos praticados em quaisquer feitos falimentares, como editais, inclusive o da sentena declaratria de falncia e avisos, salvo se o contrrio preferir o interessado, caso em que dever requerer expressamente ao Juiz a publicao do inteiro teor de peties, documentos e demais elementos instrutivos ou informativos, correndo por sua conta e nus o preo da publicao;

    V - as Secretarias das Varas Criminais remetero publicao oficial os editais previstos nas leis processuais e cuja publicao seja absolutamente indispensvel, extrados em resumo que contenha, to somente, os elementos identificatrios e requisitos essenciais exigidos pelo ordenamento jurdico em vigor, consoante a seguinte numerao:

    a) de citao: a indicao da vara, o prazo do edital, o nome do acusado, a sua filiao, o vulgo pelo qual conhecido, se o tiver, sua nacionalidade, estado civil, profisso, idade, o nmero de seu registro nos rgos estatais de identificao, o artigo da lei que, segundo a denncia, infringiu, a referncia impossibilidade da concretizao da citao pessoal, a localizao do Juzo, o dia e a hora designados para o interrogatrio, a data de sua extrao e a reproduo dos nomes de quem subscreveu e assinou:

    b) de intimao: todas as referncias constantes da letra "a" supra, que lhe forem pertinentes e aplicveis, acrescentando-se a data da sentena, a pena ou as penas aplicadas e a meno expressa ao prazo do recurso.

    Art. 99 - As Secretarias das Comarcas do interior observaro, no que lhes for aplicvel, as normas estabelecidas no artigo antecedente e, especialmente, as seguintes:

    I - o expediente das Varas Cveis, nas Comarcas onde no exista rgo de divulgao dos atos oficiais, independe de publicao, fazendo-se as intimaes pela forma prescrita no artigo 237, incisos I e II, do Cdigo de Processo Civil;

    II - em se tratando de ao penal, quando a citao deva ser feita por edital, observar-se- o disposto no artigo 365, inciso V, e pargrafo nico, do Cdigo de Processo Penal, dispensando-se a publicao no rgo Oficial de Imprensa, salvo se existente na Comarca;

    III - igualmente, dispensvel a publicao no rgo oficial dos editais de alistamento e de convocao de jurados, bem como os de intimao de sentena condenatria (artigo 440, 429, pargrafo 1 e 392 do Cdigo de Processo Penal);

  • IV - os demais editais e atos, em geral, no cvel, cuja publicao seja indispensvel a sua validade e eficcia, e quando rigorosamente impossvel ou vedada por lei a comunicao por outro meio, sero extrados em resumo, respeitadas a forma instrumental e as prescries da lei processual. Em se tratando de edital de citao, dever limitar-se aos requisitos estabelecidos no artigo 225 do Cdigo de Processo Civil, dispensando-se a transcrio de peties, documentos e demais elementos instrutivos e informativos, inclusive a inicial, da qual s constaro as especificaes, salvo se o interessado requerer a publicao na ntegra e arcar com as respectivas despesas;

    V - os editais, em geral, cuja publicao corra por conta e nus do interessado, ser-lhe-o diretamente entregues, mediante recibo.

    Art. 100 - A publicidade dos atos administrativos expedidos pelos Juzos, tais como portarias, ordens de servio, etc., ser dada mediante a afixao das respectivas cpias nos locais indicados pela legislao vigente, onde for ordenado de maneira especfica ou se fizer necessrio.

    1 - Referindo-se a serventurios, cpia do ato ser remetida Corregedoria da Justia para as devidas anotaes.

    2 - Na Comarca de Macap, as portarias e as ordens de servio tambm sero publicadas na imprensa oficial.

    Art. 101 - Salvo determinao expressa do Juiz da causa, a publicao na integra de sentenas, despachos e quaisquer outros atos depender sempre de prvia autorizao do Corregedor da Justia, que decidir se sua divulgao atende aos interesses da Justia e do pblico em geral.

    Art. 102 - A publicao de matria relativa a inquritos, sindicncias, correies e outras semelhantes, observar o que estabelece o artigo antecedente.

    Art. 103 - O expediente relativo aos atos de que devam as partes ser intimadas, mediante publicao na imprensa oficial, ser entregue na Corregedoria, que o encaminhar publicao imediatamente.

    1 - Ser certificado nos autos o envio do expediente;

    2 - Devero constar dos expedientes encaminhados publicao a designao da Secretaria, nome dos Juizes em exerccio e do Chefe de Secretaria, devendo este estar sempre atento aos requisitos da lei processual vigente e essenciais validade da intimao.

    Art. 104 - Sero certificadas nos autos as publicaes feitas com indicao do dia e pgina do rgo da imprensa oficial.

    Pargrafo nico - Quando ocorrer a publicao na sexta-feira, ou em vspera de feriado forense, constar da certido o referido dia da semana, para efeito de contagem dos prazos judiciais.

    Art. 105 - O expediente ser tirado em duas vias, sendo a uma para a imprensa oficial e a outra afixada em lugar acessvel s partes.

    Art. 106 - Nos agravos de instrumento, a primeira pea a trasladar ser a deciso agravada, seguida da certido de sua publicao no rgo da imprensa oficial ou da intimao da parte por outro meio, e da declarao do valor da causa principal.

    Art. 107 - O Chefe de Secretaria lavrar certido nos autos principais, toda vez que houver interposio de agravo de instrumento, fazendo expressa meno deciso que o motivou.

    1 - A inicial do agravo de instrumento dever ser registrada no livro tombo, lanando-se neste e na autuao os nomes do agravante, do agravado e de seus respectivos advogados, cujos autos tramitaro desapensados dos principais at a deciso final.

    2 - A existncia de agravo no dever constar de certido relativa s aes que tramitam na Vara, salvo se assim o requer o interessado, hiptese em que constar da certido a ressalva de que no se trata de ao.

  • 3 - Os Chefes de Secretaria mantero rigorosa obedincia aos prazos processuais referentes aos agravos de instrumento (artigo 522, do Cdigo de Processo Civil), evitando fiquem indevidamente paralisados em Cartrio.

    4 - Do Agravo de Instrumento somente ser juntado aos autos principais cpia do Acrdo ali proferido.

    Art. 108 - Os serventurios que portem f pblica devero assinar ou rubricar as certides e atos que lhes so privativos de maneira clara e precisa, utilizando, para melhor identificar o signatrio, carimbo com o nome e o cargo.

    Art. 109 - As certides para instruo de pedidos de dependncia, alm dos nomes das partes, indicaro a natureza do pedido e a distribuio anterior, bem como a fase em que se encontra o feito gerador da dependncia.

    Art. 110 - Para o fim de registro de penhora no Registro de Imveis, o Chefe de Secretaria far constar da certido os elementos considerados necessrios pela Lei n. 6.015/73 (Lei dos Registros Pblicos).

    Art. 111 - Dever constar sempre dos autos certido da interposio dos recursos, pelos litigantes, no curso da ao.

    Art. 112 - Em caso de fornecimento de certido a rgo oficial ou a outro qualquer que goze de iseno de pagamento, ou, ainda a interessado que comprove estado de pobreza, o Chefe de Secretaria da Vara far constar, na certido, a ressalva ISENTO DE CUSTAS.

    Art. 113 - Os Chefes de Secretaria abster-se-o de fornecer certido de que nada consta, reservando-se essa atribuio ao Cartrio de Distribuio, melhor aparelhado para esse fim.

    Art. 114 - Podero ser utilizadas nas certides de inteiro teor, nos mandados citatrios, executrios, precatrios, cartas de sentena, cartas de arrematao, carta de adjudicao ou peas para agravos e recursos diversos, cpias xerogrficas, devidamente autenticadas pelo titular da Secretaria ou seu substituto legal, devendo, nesse caso, serem digitados os termos de abertura e encerramento de tais atos, mencionando-se as peas que os compem e numerando-se as folhas.

    Art. 115 - As informaes sobre o ajuizamento ou andamento das aes sero prestadas s pessoas mediata ou imediatamente interessadas, desde que se identifiquem.

    Pargrafo nico - terminantemente proibido aos serventurios, sob pena de responsabilidade, o fornecimento indiscriminado a terceiros de informaes verbais ou por escrito de ajuizamento de feitos.

    Art. 116 - Os livros obrigatrios e facultativos, salvo expressa disposio em lei, podero ser impressos ou formados por folhas soltas, numeradas de 01 (um) a 200 (duzentos), encadernados, com termos de abertura e encerramento assinados pelo Juiz.

    1 - O Livro de Registro de Sentenas poder ser formado de cpias ou de reprodues xerogrficas dos originais.

    2 - O Livro Tombo, elemento inicial do registro dos feitos, obedecer a uma numerao nica e seqencial, sem limitaes, vedadas, pois as numeraes anuais.

    3 - Nas Comarcas de Macap, Santana e Laranjal do Jari, em razo do cadastramento de todos os feitos no Sistema de Processos de Primeiro Grau, fica abolido o uso do Livro Tombo em todas as Varas e nos Juizados Especiais.

    Art. 117 - Os mandados, traslados, certides, cartas rogatrias, de ordem, precatrias e outros atos assemelhados observaro rigorosamente, quanto forma, a padronizao de formulrios estabelecida pela Corregedoria.

    Art. 118 - A critrio do respectivo Juiz, poder o Chefe da Secretaria, ou seu substituto, subscrever e assinar os mandados de citao e intimao.

  • 1 - Nos termos do artigo 40, 22, CPC, os prazos comuns, dentre os quais se compreendem os recursos, correro com o processo em cartrio, salvo prvio ajuste por escrito dos advogados.

    2 - Se o advogado pretender extrair fotocpia dos autos ou de qualquer de suas peas, a Secretaria fica autorizada a fazer-lhe carga at s 13:30 (treze e trinta) horas do mesmo dia;

    3 - Os editais sero redigidos de forma sucinta e clara, contendo apenas os requisitos e informaes obrigatrias, e entregues ao advogado da parte interessada mediante recibo datado;

    4 - As intimaes por publicao na imprensa oficial contero sucintamente a providncia tomada ou determinada pelo Juiz, dispensada a Secretaria de reproduzir despachos na integra ou extensas disposies de sentena, ficando ainda dispensada a repetio desnecessria do nome do Juiz aps cada intimao, bastando constar ele apenas uma vez no cabealho da pauta;

    5 - As citaes, intimaes, notificaes e interpelaes das partes, no juzo cvel, devero se processar por carta, com AR, salvo excees legais, nos termos dos arts. 221 a 224, do Cdigo de Processo Civil, expedindo a Secretaria mandado para cumprimento por Oficial de Justia apenas quando impossvel ou depois de infrutfera a tentativa de chamada pelos correios; 6 - As intimaes dos senhores Advogados constitudos nos autos, tanto no cvel quanto no crime, se processaro exclusivamente pela publicao dos respectivos atos no Dirio Oficial do Estado, ex vi do art. 236, do Cdigo de Processo Civil e Art. 370, 1, do Cdigo de Processo Penal, modificado pela Lei n. 9.271/96; 7 - A intimao pessoal do advogado por Oficial de Justia, como exceo regra legal, dever resultar de despacho motivado do juiz. 8 - Quando destinados s autoridades ou rgos pblicos, para fins de requisies, solicitaes, comunicaes, avisos e etc., devero os ofcios ser encaminhados atravs do setor competente da Diretoria do Frum, que entregar o protocolo de recebimento Unidade Judiciria que o expediu, para juntada aos autos; 9 - Os registros, averbaes e anotaes que devam ser feitos nos Cartrios de Notas, Registro Civil, Pessoas Jurdicas, Registro de Imveis e outras Reparties Pblicas, devero ser feitas na forma do 8 ou ser entregues, mediante recibo, diretamente s partes interessadas e/ou seus advogados, para as providencias; 10 - A Defensoria Pblica do Estado dever ser intimada das audincias pela remessa de pauta peridica, ou excepcionalmente, na forma do 8. 11 - (Revogado pelo Provimento n 128/06) Mensalmente, as Centrais de Mandados e as Secretarias das Varas de Entrncia Inicial faro levantamento dos mandados com excesso de prazo para cumprimento, comunicando ao Diretor do Frum, ao Juiz da Vara e Corregedoria.

    Art. 119 - Nos mandados de citao das execues por quantia certa, de ttulos extrajudiciais, o Chefe de Secretaria far constar, alm dos demais elementos exigidos em lei, o valor do principal, acrescido dos acessrios, custas, e a importncia relativa a honorrios arbitrados pelo Juiz.

    Art. 120 - As peties entregues em cartrio sero protocolizadas, fixando-se dia e hora da entrega.

    1 - Ocorrendo defeito no relgio datador, ou inexistindo este, a protocolizao ser feita mediante recibo na cpia, que ser reproduzido no original, em que constaro a data e hora do recebimento, assinatura e carimbo de identificao do serventurio;

    2 - As peties e demais papis, depois de carimbados e autenticados, sero encaminhados juntamente com os autos a que se referirem para despacho do Juiz.

    Art. 121 - Os autos s podero baixar para o arquivo depois de devidamente regularizados, com todas as folhas rubricadas as certides preenchidas e assinadas, os mandados juntados, as sentenas registradas, e com despacho ordenatrio do Juiz de "arquivem-se".

    Art. 122 - As capas dos processos obedecero aos modelos padronizados pelo Tribunal.

    Art. 123 - As folhas dos autos sero numeradas em ordem crescente, sem rasuras, devendo ser utilizado carimbo prprio para colocao do nmero, no alto, direita de cada pgina recebendo a primeira folha aps a capa o nmero 02 (dois).

    1 - Ser mantida a numerao original das folhas dos processos oriundos de outras serventias, prosseguindo-se com a seqncia numrica existente;

  • 2 - Quando forem desentranhadas peas dos autos, no se proceder a nova numerao das folhas, certificando-se entretanto em folha colocada no lugar do documento desentranhado que a folha ou folhas de nmero "tal e qual" correspondiam a peas desentranhadas por ordem do Juiz do feito.

    3 - Alm da certido a que se refere o 2. ser certificada a ocorrncia, nos autos, em local prprio, logo aps a determinao do Juiz.

    4 - Quando, por erro ou omisso, se verificar a necessidade de correo da numerao feita no cartrio, inutilizar-se- o nmero errado, renumerando-se as folhas seguintes, sem rasuras e certificando-se a ocorrncia;

    5 - No caso de verificao de erro em processo proveniente de outras serventias ou tribunais, certificar-se- a ocorrncia e, se possvel, corrigir-se- a numerao, quando se referir s ltimas folhas;

    6 - Os inquritos criminais, ao serem autuados, tero sua numerao originria alterada, devendo ficar certificado.

    Art. 124 - Os autos de processo no devero exceder de 200 (duzentas) folhas em cada volume, e a costura ou a fixao dos grampos observar a distncia, na margem esquerda, de cerca de 02 (dois) centmetros.

    1 - Quando uma pea processual contiver nmero de folhas excedente do limite fixado neste artigo, com ela se formaro outros volumes, decidindo o Juiz da causa em se tratando de casos peculiares;

    2 - O encerramento e a abertura de novos volumes sero efetuados mediante a lavratura dos respectivos termos, em folhas suplementares, prosseguindo a numerao, sem soluo de continuidade, na primeira pea do volume subseqente.

    Art. 125 - Quando os autos forem entregues para vista, percias, etc., poder o serventurio selar os grampos metlicos que afloram no verso da ltima folha, com fita gomada, apondo ai sua assinatura, carimbo e data da entrega.

    Art. 126 - Para realizao de prova tcnica, os autos s podero ser entregues, mediante carga, ao perito e aos assistentes tcnicos designados no termo de compromisso, no se permitindo, de forma alguma a sua entrega a Terceiros, sobre qualquer pretexto.

    Art. 127 - As intimaes aos membros do Ministrio Pblico sero pessoais.

    1 - para cumprimento do disposto neste artigo, a Secretaria da Vara far entrega dos autos ao membro do Ministrio Pblico ou a funcionrio por ele autorizado, com carimbo de vista e sempre mediante carga;

    2 - quando o membro do Ministrio Pblico junto Vara, inclusive defensor Pblico, recusar a carga dos autos com vista aberta, o Chefe de Secretaria, certificando a ocorrncia, far os respectivos autos conclusos ao Juiz da Vara;

    3 - no podero ficar na Secretaria da Vara autos recebidos com vista a membro do Ministrio Pblico.

    Art. 128 - A entrega de autos, para vista aos advogados, peritos e assistentes tcnicos, far-se- por meio de carga em livro prprio. 1 - Da carga, devero constar, obrigatoriamente: nome, endereo, telefone, quando existente, nmero de inscrio do advogado, do perito e dos assistentes tcnicos, alm do prazo concedido;

    2 - vedado reter documento de identidade de advogado.

    Art. 129 - Periodicamente o Chefe de Secretaria da Vara mandar verificar nos livros de carga e de vista quais os autos ainda no foram devolvidos. Vencidos os prazos, os autos sero cobrados.

  • 1 - A cobrana dos autos se far, mediante publicao no Dirio Oficial, a cada 15 (quinze) dias, certificando-se, posteriormente;

    2 - Se permanecer a relutncia da devoluo, o Chefe de Secretaria da Vara promover ao respectivo Juiz, que adotar as medidas cabveis, na forma da Lei.

    Art. 130 - Ao receber de volta os autos, o Chefe de Secretaria far verificar se os mesmos se encontram na devida ordem certificando qualquer irregularidade encontrada.

    Pargrafo nico - Quando os autos forem restitudos fora dos prazos legais, o fato ser certificado, fazendo-se imediata concluso ao Juiz.

    Art. 131 - No termo de concluso ser sempre mencionado o nome do Juiz a quem foram os autos conclusos.

    Art. 132 - Ser de uso obrigatrio, em todas as Secretarias das Varas Cveis e de Famlia e das de competncia geral, um livro "Caixa", no qual sero lanados, diariamente, os recolhimentos do imposto de renda retido na fonte, observado o disposto na legislao vigente.

    Art. 133 - Sob pena de responsabilidade, o Chefe de Secretaria da Vara onde se processou o feito, ao expedir alvars de levantamento de importncias sujeitas reteno do Imposto de Renda na fonte, dever descontar a quantia referente a tal tributo, consignando o fato no alvar.

    Pargrafo nico - Aps efetuar o recolhimento do imposto retido, o Chefe de Secretaria juntar aos autos uma via comprovadora do recolhimento, arquivando outra em pasta prpria, no Cartrio.

    Art. 134 - Todos os recolhimentos sero inscritos no livro "Caixa" registrado na delegacia da Receita Federal, devendo constar o nmero do processo, a natureza do feito, a data da liberao do rendimento, o nome do seu beneficirio, o valor do imposto recolhido e a data do recolhimento.

    Art. 135 - Os comprovantes de recolhimento de impostos devem ser arquivados, pela Serventia, em pasta prpria, em rigorosa ordem cronolgica.

    Art. 136 - Alm do arquivamento a que se refere o artigo antecedente, os serventurios certificaro obrigatoriamente, nos respectivos autos, a ocorrncia de retenes e recolhimento do imposto, a eles fazendo juntar uma das vias do DARF.

    Art. 137 - Os Contadores e demais Serventurios com atribuies de elaborar contas devem incluir nos clculos que efetuarem, o valor do imposto de renda devido na fonte, observada a legislao em vigor.

    Pargrafo nico - O clculo a que se refere este artigo constitui ato autnomo e, por sua elaborao, no sero devidas outras custas alm das referentes ao clculo de que ele decorra.

    Art. 138 - Os termos de abertura e encerramento do livro "Caixa" de que trata o artigo 132, sero lavrados, na primeira e ltima pginas, pelos titulares ou responsveis pelo expediente das serventias.

    Pargrafo nico - Depois de registrado na competente repartio da Secretaria da Receita Federal, o livro "Caixa" dever ser apresentado pelo Serventurio ao Juiz da Vara, para rubricar as folhas e assinar os termos de abertura e encerramento.

    Art. 139 - Alm dos que forem adotados de acordo com a organizao interna, so livros obrigatrios nas