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1 RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO Jéssica Nayara Duarte Lima

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1

RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO

Jéssica Nayara Duarte Lima

Campina Grande – Paraíba

Março - 2011

Page 2: [chico mendes] Reletorio de estagio

2

RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO

Jéssica Nayara Duarte Lima

Relatório apresentado ao Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia da Paraíba - IFPB, Campus - CZ, como requisito obrigatório à obtenção do Título de Técnico de Nível Médio na Área de Indústria, Curso de Eletromecânica.

Campina Grande – Paraíba

Março – 2011

Page 3: [chico mendes] Reletorio de estagio

3

JÉSSICA NAYARA DUARTE LIMA

RELATÓRIO DE ESTÁGIO

Este Relatório foi julgado adequado para a obtenção do Titulo de Técnico Médio em Eletromecânica pelo Coordenador de Curso, pelo Orientador na Empresa e pelo

Professor Orientador.

Aprovado em ____/____/______

DECLARAÇÃO DE APROVAÇÃO

Martiliano Soares FilhoCoordenador do Curso

Cícero Marcio da Costa Pinho Orientador do Estágio na Empresa

Eng. Francisco MendesProfessor Orientador

Page 4: [chico mendes] Reletorio de estagio

4

_____________________________________________Horácio Raimundo de Araujo Neto

Gerente de Manutenção Mecânica

_____________________________________________Gustavo de Oliveira Marques

Engenheiro Mecânico

_____________________________________________Cícero Marcio da Costa Pinho

Encarregado da mecânica na tecelagem

_____________________________________________Jéssica Nayara Duarte Lima

Estagiária

Page 5: [chico mendes] Reletorio de estagio

5

Dedico este relatório a minha mãe

Francineide Duarte de Lima as minhas tias

Juliana Duarte de Lima, Cosma Duarte de

Lima, Elieuda Duarte de Lima Dias e a todos

os meus familiares que me apoiaram para

conclusão deste curso.

Page 6: [chico mendes] Reletorio de estagio

6

AGRADECIMENTOS

Agradeço em primeiro lugar a Deus por ter me concedido a graça de terminar

este curso.

Aos meus familiares que me ajudaram e apoiaram nos momentos mais dificies

para a conclusão deste curso.

Ao IFPB-Campus Cajazeiras em especial ao grupo de professores que me

ajudaram na minha formação e conclusão deste curso e a empresa Coteminas S.A que

me proporciono essa oportunidade em especial aos colaboradores Helder Nihelio da S.

Lima e Gilvane da Silva Barbosa que me acompanharam durante o processo de estágio.

A todos o meu muito obrigada.

Page 7: [chico mendes] Reletorio de estagio

7

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO..............................................................................................................8

2 HISTÓRICO DA EMPRESA.......................................................................................12

2.1 Unidade de Campina Grande Paraíba.....................................................................13

3 PREPARAÇÃO E TECELAGEM.....................................................................................14

3.1 A preparação para tecelagem........................................................................................14

3.1.1 Fluxograma da tecelagem......................................................................................15

3.1.2 Urdideira..........................................................................................................16

3.1.3 A engomadeira................................................................................................16

3.1.4 Os teares..................................................................................................................16

4 MANUTENÇÃO MECÂNICA...................................................................................17

4.1 Manutenção corretiva.............................................................................................17

4.2 Manutenção preventiva...........................................................................................18

4.3 Lubrificação............................................................................................................18

5 ATIVIDADES REALIZADAS NA EMPRESA COTEMINAS UNIDADE

CAMPINA GRANDE.....................................................................................................19

5.1 Tear ZA205i...........................................................................................................19

5.2 Tear picanol OMNI................................................................................................21

5.3 Lubrificação no tear tsudakoma ZA205i................................................................24

5.3.1 Tipo de óleo e graxa utilizados na lubrificação do ZA 205i...............................25

5.4 Lubrificação do tear picanol OMNI8000..................................................................26

5.4.1 Tipo de graxa e óleo do tear picanol......................................................................26

6 CONCLUSÃO..............................................................................................................27

7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................................28

Page 8: [chico mendes] Reletorio de estagio

8

1 INTRODUÇÃO

Este relatório tem por principal finalidade apresentar as minhas atividades

desenvolvidas durante o período de estágio na empresa COTEMINAS – S.A, situada na

cidade de Campina Grande – PB.

Onde este estágio é um complemento obrigatório para a obtenção do diploma do

curso técnico em eletromecânica, realizado no Centro Federal de Educação, Ciência e

Tecnologia da Paraíba – Unidade de Cajazeiras. Como também um aperfeiçoamento

profissional dos vários conceitos vistos no decorrer do curso técnico, que agora serão

vistos diariamente na prática dentro da empresa, tendo assim um aperfeiçoamento

individual e profissional.

O estágio foi supervisionado pelo gerente do setor da tecelagem, o Sr. Horácio,

onde este se realizou do período de 01/10/2010 a 07/02/2011 na referida empresa.

Durante o estágio, foi incorporada a manutenção mecânica do setor da

tecelagem, que tem por finalidade realizar a manutenção corretiva das máquinas de tear

do setor em questão.

No capitulo 2 desde relatório será descrito uma breve apresentação da empresa

COTEMINAS S.A.

No capitulo 3 é apresentada uma visão geral da preparação e Tecelagem.

No capitulo 4 será descrito conceitos gerais sobre a manutenção mecânica,

dando ênfase aos tipos de manutenção: corretiva e preventiva, como também sobre os

métodos de lubrificação aplicados aos mais vastos processos industriais.

No capítulo 5 são descritas as minhas atividades realizadas diariamente dentro

da empresa COTEMINAS S.A.

Page 9: [chico mendes] Reletorio de estagio

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IDENTIFICAÇÃO DO ESTAGIÁRIO

NOME: Jéssica Nayara Duarte Lima

DATA DE NASCIMENTO: 09/03/1991

ENDEREÇO: Rua Sinfrônio Gonçalves Braga. 512. Cristo Rei

CIDADE: Cajazeiras – PB

FONE: (83) 91475738

E-MAIL: [email protected]

CURSO: Eletromecânica

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IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA

NOME: COTEMINAS S.A

ATIVIDADE: Empresa de grande porte do ramo têxtil (Fiação e Tecelagem).

ENDEREÇO SEDE: Rodovia BR 230 – Alça Sudoeste

Distrito Industrial/ Campina Grande – PB

CNPJ DO MF: 07.663.140/0006-01

LOGOMARCA:

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LOCAL DO ESTÁGIO

O estágio realizou-se na empresa COTEMINAS S.A na cidade de Campina

Grande – PB, onde este se realizou no setor mecânico da unidade da Tecelagem.

PERÍODO DE ESTÁGIO: 01/10/2010 a 07/02/2011

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2 HISTÓRIA DA EMPRESA COTEMINAS S.A.

COTEMINAS S.A.

O grupo COTEMINAS, há mais de trinta anos no setor têxtil do Brasil, tem

como seu fundador, o empresário José de Alencar Gomes da Silva. Trata-se de uma das

maiores empresas têxteis da América Latina.

Tudo começou quando aos 18 anos José de Alencar montou uma pequena loja de

tecidos com venda em atacado na cidade de Ubá - MG, iniciando seu desenvolvimento

no ramo têxtil. Entre meados de 1967 e 1968 o empresário iniciou pesquisas e visitas às

fábricas têxteis nacionais e internacionais visando um conhecimento maior na área, para

um ano depois, em 1969 implantar a empresa COTEMINAS - Companhia de Tecidos

do Norte de Minas.

Atualmente, o presidente da empresa é Josué Christiano Gomes da Silva, filho

de José Alencar. Josué traçou um longo caminho desde 15 anos dentro do grupo

COTEMINAS as áreas da empresa. Formado em Engenharia e Direito em Belo

Horizonte. Aos 26 anos fez MBA na Universidade de Vanderbilt, nos Estados Unidos.

O crescimento da empresa, sob seu comando, tem sido objeto de admiração por parte de

todos que militam no ramo têxtil, em nosso país e até mesmo no exterior.

O grupo é composto por 11 unidades no Brasil, uma unidade na Argentina e um

escritório central em São Paulo. São as unidades:

COTENOR (matriz) em Montes Claros (MG);

CEBRATEX em Montes Claros (MG);

MACAÍBA em Macaíba (RN);

WENTEX em São Gonçalo de Amarante (RN);

COTENE em São Gonçalo do Amarante (RN);

ARTEX em Blumenau (SC);

TOÁLIA S/A em João Pessoa (PB);

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13

WENTEX e EMBRATEX em Campina Grande (PB);

LA BANDA - Argentina.

A Coteminas e suas coligadas empregam mais de 16 mil brasileiros, que

fabricam e distribuem produtos, que ostentam conceituadas marcas de sucesso no

mercado, como: Artex, Santista, Calfat, Garcia, Arco-Íris, Jamm, Atitude e a mais nova

rede varejista de cama, mesa e banho comprada pelo grupo, a MMartan.

A COTEMINAS transforma 100 mil toneladas de fibras por ano, ou o

equivalente a 12,5% de todo o consumo nacional de algodão. São fios, tecidos, malhas,

camisetas, meias, toalhas de banho e de rosto, roupões e lençóis. Cerca de 45% da

produção é exportada para Estados Unidos, Europa, Ásia, América Latina e

MERCOSUL. Neste presente momento o grupo direciona seu leme para o mercado

nacional com metas ousadas. Sendo assim, uma referência na malha têxtil mundial

contribuindo para geração de milhares de postos de trabalho, ou seja, cumprido sua

função social.

Todo o sucesso da COTEMINAS é fruto da qualidade e da competitividade

obtidas através de modernos equipamentos e de uma equipe técnica de alto valor. Para

isso, a Coteminas buscou e obteve o apoio do SENAI, primeiramente através do Centro

Regional de Tecnologia Têxtil (CERTEX), de Recife, e, depois, do Centro Tecnológico

da Indústria Química e Têxtil (CETIQT), do Rio de Janeiro, um dos mais avançados

institutos de tecnologia têxtil do mundo [1].

2.1 UNIDADE DE CAMPINA GRANDE PARAÍBA

Em 1995, a unidade Embratex do grupo COTEMINAS chegou à Campina

Grande, levando cerca de dois anos para sua inauguração e atingindo 100% de sua

capacidade produtiva em 5 meses. Em 1996, inaugura-se a segunda unidade fabril, a

Wentex.

São várias as razões para a escolha da cidade de Campina Grande para

implantação da empresa. Algumas delas são:

Proximidade com outras unidades do grupo - SGA, Macaíba - RN e João Pessoa

- PB;

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Disponibilidade de mão-de-obra no mercado;

Disponibilidade de energia elétrica;

Boa malha viária;

Proximidade dos portos de Cabedelo - PB e Suape - PE;

Empreendimento de alto valor social;

Incentivos Ficais do Estado e Município.

O Complexo Industrial COTEMINAS - CG tem como atividade a produção e

comercialização de fios em algodão e poliéster destinados ao comércio nacional e

internacional. Sua missão é produzir fios com a melhor qualidade e o menor custo para

abastecer as demais unidades do grupo, bem como ao mercado externo. Além disso, a

COTEMINAS - CG tem como visão ser reconhecida nacional e internacionalmente.

Como referência de excelência no ramo de fiação, atuando com foco na rentabilidade, e

na responsabilidade social e ambiental.

A COTEMINAS S.A. - CG tem uma capacidade teórica e efetiva de 7.200 e

5.820 toneladas de fios por mês, respectivamente. Na sua produção, não há emissão de

gases e a geração de resíduos líquidos

limita-se a efluentes sanitários.

3 PREPARAÇÃO E TECELAGEM

3.1 A PREPARAÇÃO PARA TECELAGEM

O setor de preparação para a tecelagem cria as condições para os fios possam ser

transformados em tecido. É aonde os fios que vem em bobinas se transformam em rolos

e posteriormente são engomados para serem levados aos teares. As principais máquinas

da preparação são: Urdideira, Engomadeira e Conicaleira.

Page 15: [chico mendes] Reletorio de estagio

URDIDEIRA

ENGOMADEIRA

TEARES

INSPECIONADEIRA

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3.1.1 FLUXOGRAMA DA TECELAGEM

3.1.2 URDIDEIRA

A Urdideira é a maquina que transforma, varias bobinas de fio em um único

rolo, com todos os fios em paralelo. Os fios são levados a um pente de forma que

entram no Rolo completamente em paralelo.

Na Coteminas foram montadas quatro Urdideiras até o momento, duas são da

West Point e duas da McCoy.

Page 16: [chico mendes] Reletorio de estagio

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3.1.3 A ENGOMADEIRA

A Engomadeira é a maquina responsável pela produção dos rolos de teares, para

isso a engomadeira reúne vários rolos de Urdideira em um único rolo com maior

quantidade de fios em paralelo. Alem disso reveste os fios com uma camada de goma

para que ganhem resistência e diminuam o atrito provocado pelos teares no entrelaçar

dos fios. É na Engomadeira que se definem a largura do tecido e o seu tamanho.

3.1.4 OS TEARES

O tecido é produzido nos teares, o processo se constitui no entrelaçamento de

fios de urdume com os fios de trama, a forma como o fio se entrelaça é que distingui um

tecido do outro. Para saber como isso é feito temos que entender como distinguir trama

e urdume.

Urdume é a parte do tecido constituída de fios verticais que são mais resistentes

que a trama, eles constituem o rolo de urdume, que recebem um pedaço de fio de trama

transversalmente a cada abrir e fechar da cala. A trama é o fio horizontal do tecido, é

um pedaço de fio singelo que é lançado dentro da cala, depois entrelaçado e compactado

pelo pente,quando rasgamos um tecido podemos notar que um dos lados é mais fácil de

rasgar, isso é porque estamos rasgando a trama.

Os teares montados na tecelagem da Coteminas são da Sulzer,Tsudakoma e

Picanol nos respectivos modelos: Sulzer L5300, Tsudakoma ZA 205i, ZAX e Omni

8000,Omni Plus 800.

Page 17: [chico mendes] Reletorio de estagio

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4 MANUTENÇÃO MECÂNICA

No decorrer da evolução da humanidade a manutenção apresentou diversas fases

distentas. De acordo com o grau de desenvolvimento tecnológico e da influência das

máquinas e equipamentos na economia das nações.

A maneira pela qual é feita a intervenção nos equipamentos, sistemas ou

instalações caracteriza os vários tipos de manutenção existentes.

Existe uma variedade muito grande de denominações para classificar a atuação

da manutenção, não raramente essa variedade provoca uma certa confusão na

caracterização dos tipos de manutenção.

Por isso, é importante umacaracterizaçãomais objetiva dos diversos tipos de

manutenção.

4.1 MANUTENÇÃO CORRETIVA

Manutenção corretiva é a atuação para a correção da falha ou desempenho

menor que o esperado.

Ao atuar em equipamento que apresenta um defeito ou umdesempenho diferente

do esperado estamos fazendo manutenção corretiva. Assim não é necessariamente, a

manutenção de emergência.

Convém observar que existe duas condições especificas que levam à

manutenção corretiva:

Desempenho deficiente apontado pelo acompanhamento das variáveis

operacionais;

Ocorrêcia de falhas

Desse modo, a ação principal na manutenção corretiva é corrigir ou restaurar as

condições de funcionamento do equipamento ou sistema.

Page 18: [chico mendes] Reletorio de estagio

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4.2 MANUTENÇÃO PREVENTIVA

A manutenção preventiva é uma programação pertinente às ações de manutenção

projetadas pelo gestor ao elaborar o planejamento de manutenção anual de uma

empresa. O principal objetivo da manutenção preventiva é evitar falhas e avarias dos

equipamentos, antes mesmo que elas aconteçam. Por isso, a manutenção é tão

importante para uma empresa em termos de redução de custos e aumento de

lucratividade, afinal, máquinas funcionando a pleno vapor significam produtividade em

alta.

O planejamento desse tipo de manutenção é projetado com o intuito de preservar

e aumentar a confiabilidade nos equipamentos, substituindo os componentes

desgastados antes que eles realmente falhar. As atividades de manutenção preventiva

incluem verificações de máquinas, dispositivos e ferramentas, alterações parciais ou

totais em cada peça, mudanças de óleo, lubrificações e demais tarefas.

Em algumas empresas, o plano de manutenção preventiva também relaciona

treinamentos específicos a seus funcionários, pois, através de estudos, relatórios e

diagramas, se observa que muitos dos defeitos apresentados nas máquinas devem-se à

má utilização deles. O programa de manutenção preventiva ideal seria evitar todas as

falhas no equipamento antes que ela ocorra.

4.3 LUBRIFICAÇÃO

Ao contrario de atrito falamos em lubrificação. Isso significa que, quando um

elemento da maquina está parada, falamos em atrito de repouso e quando este

elemento está começando a ser movimentado, necessitamos de separação para

evitar atrito (aquecimento e desgaste).

Podemos também definir a lubrificação como a separação de dois elementos

mecânicos em movimento. Isso vale também para uniões sob pressão (parafusos), que

Page 19: [chico mendes] Reletorio de estagio

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mesmo paradas, sofrem micro-movimentos (vibrações), gerando assim, atrito e

desgaste.

5 ATIVIDADES REALIZADAS NA EMPRESA COTEMINAS S.A. UNIDADE

CAMPINA GRANDE

Atividades como:

Apresentação das maquinas ZA 205i e PICANOL OMNI 8000

Lubrificação nas máquinas ZA 205i e PICANOL OMNI 8000

5.1 TEAR ZA 205i

O tear Tsudakoma ZA 205I funciona a base de jato de ar comprimido para

inserir a trama.Como já foi dito antes, o tecido é confeccionado nos teares a partir de um

rolo de urdume e da trama. O rolo de urdume é posicionado atrás da máquina, e todos

seus fios são transpostos entre as lamelas e os liços. As lamelas têm a função de alinhar o

fio e no caso de ruptura, mandar um sinal de parada para a máquina através de um sensor

denominado de guarda urdume. Os liços são responsáveis pela abertura da cala por onde

o fio de trama irá passar, existem no mínimo dois quadros de liços em um tear enquanto

um sobe o outro desce. Quando a cala é aberta, o fio de trama é lançado por jatos de ar

que são acionados seqüencialmente empurrando o fio de trama até o outro lado da

máquina. Esse fio é pressionado pelo pente. E com o abrir de cada nova cala, um fio de

trama é lançado.

Page 20: [chico mendes] Reletorio de estagio

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Existem dois motores denominados de acumuladores que tem a função de

armazenar a trama necessária para alimentar o tear, nesse motor existe um tubo que

atravessa seu corpo interiormente é por ele que as bobinas que comportam a trama são

lançadas. No momento da inserção de trama um pino eletromagnético acoplado ao

acumulador libera e segura a trama de acordo com a parametrização desejada. Na

seqüência, a trama passa pela válvula principal e posteriormente pela tubeira móvel que

dão o sopro necessário para que a trama seja lançada no pente. Junto ao pente existe uma

seqüência de válvulas denominadas de estafetas essas válvulas são acionadas com sinal

temporizado, proveniente de uma placa denominada de SVU 3.2, ao passo que elas são

acionadas seqüencialmente o jato de ar leva a trama até o final do pente. Existe dois

sensores fotoelétricos estalados no final do pente, estes são denominados de sensores de

trama, o primeiro detecta se a trama foi bem inserida e o segundo se a trama foi inserida

muito longa, este segundo sensor é opcional, ele tem como finalidade evitar o

desperdício de trama, quando a trama não é detectada pelo primeiro sensor a máquina

pára de forma imediata. A placa SVU 3.2 é responsável pelo acionamento das válvulas e

dos ângulos.

O rolo de urdume é desenrolado por acionamento de um servo motor com

resposta a enconder, o desenrolar do tecido é feito a cada sinal de 0º (sinal de referência)

e 40º (sinal do desenrolamento), existe um tensionamento adequado para cada tipo de

tecido e o mesmo pode ser controlado por um transdutor denominado de célula de carga,

tem o princípio de funcionamento de uma balança, onde esta transforma um sinal da

força exercida sobre ela em um sinal de tensão. Este sinal é enviado para a placa ELO,

esta é responsável juntamente com outra placa denominada de SERVO PACK pelo valor

do tensionamento dos fios de urdume, fazendo também a comunicação entre o terminal

da máquina com o painel elétrico através de um cabo de fibra óptica.

Motor Principal tem a função de controlar o movimento dos liços como também

bater o pente, esse motor possui um freio eletromagnético e um térmico que atua quando

o motor aquece a mais de 100ºC, este é energizado com 460 V, sua partida é em estrela

triângulo efetuada por um jogo de contactores acionados pela placa SQC, esse motor

possui duas velocidades, uma proveniente do inversor que se denomina marcha lenta, e

outra a alimentação do regime normal de funcionamento 460V/60HZ. Na correia desse

motor existem dois sensores capacitivos que atuam em um possível momento de ruptura

da mesma.

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Os ângulos são monitorados por um elemento chamado dador de ângulo, que

nada mais é que um encoder óptico que possui uma variação de dois graus a cada pulso,

através desses pulsos é possível monitorar o ângulo em que a máquina se encontra.

A lubrificação da máquina acontece automaticamente através de uma bomba de

lubrificação que a cada 24 horas lubrifica toda a máquina através de um motor DC de

24V, o tempo de duração da lubrificação programado na própria placa.

O terminal possibilita a programação da máquina, podendo fazer uso de um

cartão de memória para passar os dados de configurações ou fazer manualmente no

próprio terminal através do teclado, seu funcionamento é analógico ao teclado de um

computador.

Como dito antes o terminal é interligado ao painel através de um cabo de fibra

óptica que é conectado a placa elo, que tem como uma das funções distribuir as

informações entre as outras placas.

Os acumuladores são acionados pela FCU onde nesta é efetuado todo o controle

dos acumuladores, como o número de espiras de reserva a serem enrolados, os números

de voltas que vão corresponder a uma trama, ela também compara a velocidade do tear

com o motor controlando a velocidade do mesmo e mantendo a quantidade de trama

constante e também controla a temporização do pino eletromagnético para medir a

trama. Todo sinal da placa FCU é enviado para a placa INV que é um conversor de

freqüência e controla a velocidade do motor do acumulador.

5.2 TEAR PICANOL OMNI

O tear OMNI PICANOL funciona a base de jato de ar para inserir a trama. O fio

de trama é acumulado por um motor chamado de tambor ou acumulador de trama, o fio

da bobina passa pelo tubo dentro do rotor do motor que ao girar enrola criando uma

espiral n aparte frontal do acumulador, o freio de trama trava o fio e só libera a espira na

hora da inserção da trama, quando ocorre a abertura da cala (o caminho que percorre a

trama). Nos teares de Coteminas são utilizados apenas dois tambores, mas essa máquina

suporta até seis tambores. Os motores dos tambores fazem comunicação por uma placa

chamada PRW, que a mesma envia as informações para CPU. Existe um sensor óptico

que serve para contar o número de espiras, ele fica ao lado do trigger do acumulador,

que é um pino magnético, que prende a trama (freio) e o sensor de liberação de espiras.

Page 22: [chico mendes] Reletorio de estagio

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Na hora de inserção de trama, o freio de trama é aberto, junto com o freio ABS

que freia a trama antes das tubeiras, o conjunto de tubeiras principais mais à frente, são

responsáveis por levar o fio de trama até a cala no pente. No pente estão fixos cerca de

10 conjuntos de tubeiras de estafetas que são acionadas seqüencialmente, levando o fio

ate o outro lado do pente. Todas essas válvulas são acionadas por faixa de ângulo, onde

esses ângulos podem ser alterados por ajustes de mesa dependendo do artigo do tecido

(tipo).

No final do pente existem dois sensores ópticos que atuam com a passagem do

fio. O FD1 e o FD2 que são controladas pela placa AIS, eles são uma segurança para

que o fio chegue com tamanho correto, o FD1 indica trama curta, o normal é ele sempre

atuar, pois caso contrário indica que houve algum problema no meio da cala que

impediu o fio de chagar; o FD2 indica trama longa, esse sensor normalmente não deve

atuar, se ele atuar indica que o fio passou direto deixando um espaço vazio no começo

ou meio do pente. Todo controle de válvulas seja ela das válvulas principais, tubeiras,

estafetas sugadores de trama é feita pelas placas AIS e a AISE que é uma extensão da

placa AIS.

Em cada extremidade do tecido existe uma tesoura, a primeira corta a trama

deixando o resto no ponto de inserção de outra trama e a outra corta o resto do fio que é

sugado para um depósito ao lado da máquina. Existe também em cada ponta do tecido o

mecanismo de arremetedor ourela que pega uma pequena sobra programada da trama e

re-introduz na cala por uma agulha, fazendo uma volta da trama aumentando a

densidade da borda do tecido, que é chamado ourela, essa ourela auxilia nos processos

de tingimento e inspeção do tecido, esse mecanismo de ourela é controlado por duas

válvulas de ar, que são controladas pela placa responsável pelas válvulas.

O controle da pressão de cada acumulador e válvulas principais efeitos

manualmente por um mecânico responsável, esse controle é feito abaixo do KBDE que

é o terminal de LCD da máquina que mostra todos os ajutes de pressão, controle e as

placas, feitos para os mais determinados artigos de tecidos.

O Motor Principal tem a função de controlar o movimento dos liços como

também bater o pente, esse motor possui um freio eletromagnético e uma relé de

temperatura e é energizado com 575 V assim como toda a máquina, no painel (box) é

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possível ver a parte de alta(high voltage), que fica sobre posto assim KMM,QMM e a

Carga,

QMM → → → KMM → → → Carga

proteção acionamento motor principal (main motor)

Quando este acionamento é feito o motor começa a girar, mas a máquina ainda

continua parada até que se dê o start, que alimenta um disco de freio e embreagem, que

responsável pelo o acoplamento e desacoplamento das engrenagens, o freio embreagem

são dois bobinados que exerce uma F.E.M (Força Eletro-Motriz)

Diferente dos demais teares usados na empresa, o OMNI PICANOL na usa

inversor de freqüência, ele usa um motor menor para fazer macha lenta e inversa, com

os acionamentos dos contatores responsáveis por isto, chave reversa.

O ângulo da máquina vai depender da posição do pente, quem indica o ângulo é

um dispositivo chamado RESOLVER, onde em sua configuração interna a um disco

perfurado que gira quando acoplado a engrenagem da máquina e que existe um sensor

óptico entre os furos, analogicamente parecido com o funcionamento do mouse ou um

encoder. Esse resolver gera um sinal para a CPU a cada dois graus. O ângulo zero está

posicionado quando o pente está totalmente afastado do tecido, quando acionada a

máquina, o motor de marcha lenta para trás até encontrar o ângulo zero, quando

encontra a máquina entra em rotação normal,esse encontro do ângulo de partida é

chamada de busca passada ou sincronismo. Quando se troca o resolver se faz necessária

à calibração do mesmo colocando em um ângulo certo, para isso basta posicionar a

máquina em ângulo zero rodar o eixo do dispositivo verificando no KBDE da máquina,

ele indica o ângulo zero, depois é só acoplar a engrenagem.

O que enrola o tecido e desenrola o rolo de urdume não é o motor principal, mas

sim dois servomotores. O servomotor responsável por controlar o desenrolamento do

rolo de urdume (MOTOR ELO), e pelo enrolamento do tecido (MOTOR ETU) e o

disco de freio e embreagem são controlados pela placa TUPULO que é a maior placa do

Box, por sua vez também controla a velocidade dos servomotor, ela recebe o sinal do

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resolver que é controlada pela placa CPU ligado no servomotor e também de uma célula

de carga que indica a tensão de estiramento do rolo, essa tensão é programada e deve

permanecer constante. O sincronismo desses dois motores é essencial para manter a

tensão constante, para isso deve-se programar corretamente o diâmetro do rolo de

urdume, pois a máquina precisa dessa informação para fazer os cálculos da velocidade

do motor desenrolador.

Para monitorar a quebra de fio no rolo de urdume, existe o guarda urdume, onde

em cada fio passa uma lamela que quando o fio rompe essa lamela cai sobre uma barra

com dois metais isolados, fechando o contanto entre os dois metais, o sensor satura um

transistor que envia o sinal da placa indicando que um fio rompeu,acende uma lâmpada

amarela na torre de sinalização indicando quebra do fio de urdume, esta torre de

sinalização indica as condições da máquina, que são quatro cores: verde (pronta pra o

funcionamento), branca (para por trama), verde (parada por urdume), vermelha

(máquina por algum outro problema, ex: elétrico)

Este tear se diferencia dos demais, por não possuir cabo de comunicação por

fibra óptica, inversor de freqüência e o RPM, que bate a 630rpm diferente das demais

que batem a um rpm inferior.

O tear possui um sistema de lubrificação automático, onde é programado no

terminal o período de lubrificação, esse sistema consiste numa bomba de óleo que injeta

o óleo para diversas áreas da máquina, e um sensor, tipo um fim de curso que fecha o

contanto quando o óleo chega, caso esse contato não feche na hora da lubrificação a

máquina indica que a pressão do óleo esta baixa.

O terminal possibilita a programação da máquina, podendo fazer uso de um

cartão de memória para passar essas configurações ou fazer manualmente na própria

tela do terminal.

5.3 LUBRIFICAÇÃO NO TEAR TSUDAKOMA ZA 205i

Lubrificação e limpeza do conjunto de molas dos tira-liço retira-se a tampa de

proteção das molas em seguida se limpa as molas com uma malha retirando o óleo

velho, o conjunto de molas é constituido por quatro conjuntos de molas entre um

conjunto e outro se coloca um óleo chamado omala 680.

Page 25: [chico mendes] Reletorio de estagio

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Limpeza nos mancais e balanças com uma malha retira-se a o ecesso se graxa dos

mesmos.

Verificação do nível de graxa das bombas centralizadas observa se a bomba está

com pouca graxa se estever coloca-se a graxa amblygon ta -30/0.

Limpeza e lubrificação dos dispositivos de ourela e das laterais dos quadros para-se

a máquina com ar comprimeto sopra-se a máquina nos locais que vão ser lubrificado

para retira o ecesso de agodão nos dispositivos coloca-se grafite apenas na mola do

mesmo, nas laterais coloca-se um óleo chamado omala 100.

Verificação do nível de óleo dos reintrodutores e das caixas dos excêntricos os

reintrodutores são dois em cada máquina um do lado direito e outro no lado esquerdo

estão na parte da frente da máquina e neles se encontra os eixos da tesoura, pinça e

agulha para se verificar o óleo na parte da frente do mesmo tem um mostrador que tem

duas marcas se estiver abaixo da primeira marca o nível está baixo retira-se uma

pequena tampa que fica em cima do reintrodutor e coloca-se óleo até fica entre uma

marca e outra o óleo utilizado aqui é omala 150. Já a caixa de excêntrico fica do lado

direito da máquina e o óleo utilizado é morlina 220.

Limpeza e lubrificação dos conectores dos cabos principais se encontram dentro da

caixa de excêntrico por trás das levas sopra-se com ar comprimido e logo em seguida

coloca-se graxa na parte superior dos conectores que são quadro a graxa utilizada é

alvânia.

5.3.1 TIPO DE ÓLEO E GRAXA UTILIZADOS NA LUBRIFICAÇÃO DO ZA

205i

Omala 150- colocar nos reintrodutores;

Omala 100- colocar nos batentes, nas laterais dos quadros e do enrolador;

Omala 680- colocar desenroladores e no conjunto de molas do tira-liço;

Morlina 220- colocar nas caixas de excêntricos;

Graxa Amblygon ta-30/0- colocar nas bombas;

Graxa Alvânia - colocar no mancal e nas levas.

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5.4 LUBRIFICAÇÃO DO TEAR PICANOL OMNI8000

Completar o nível de óleo dos reintrodutores - são dois em cada máquina um do

lado direito e outro no lado esquerdo está na parte da frente da máquina e neles se

encontra os eixos da tesoura, pinça e agulha para se verificar o óleo na parte da frente do

mesmo tem um mostrador que tem duas marcas se estiver abaixo da primeira marca o

nível está baixo retira-se uma pequena tampa que fica em cima do reintrodutor e coloca-

se óleo até fica entre uma marca e outra o óleo utilizado aqui é omala 150.

Lubrificação e limpeza das laterais dos quadros e das tesouras mecânicas com

uma malha se limpa os mesmos e coloca-se um óleo na parte superior da tesoura e entre

uma lateral e outra dos quadros.

Verificação do nível de óleo das caixas de excêntricos e dos desenroladores de

tecido nos dois casos de um mostrador, na caixa utiliza-se omala 320 e no desenrolador

utiliza-se morlina 220.

Lubrificação e limpeza do sistema enrolador de tecido-retira-se a tampa do

sistema limpa a corrente e engrenagens em seguida se coloca óleo na corrente omala

680 e graxa nas engrenagens graxa alvânia.

Lubrificação e limpeza das engrenagens dos reitrodutores-retira a graxa velha

das três engrenagens e se coloca um nova graxa, a graxa utilizada é unimoly GLP2.

5.4.1 TIPOS DE GRAXA E ÓLEO UTILIZADOS NO TEAR PICANOL

Avânia EP2- todos os graxeiros do tear, menos a embreagem;

Unimoly GLP2- engrenagens dos reintrodutores;

Isoflex Topas NB52- na embreagem;

Omala 100- usado na lubrificação das laterais dos quadros;

Omala 150- usado nos reintrodutores e batentes;

Omala 320- usado na caixa dos excêntricos;

Morlina 220- usado nos desenroladores.

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6 CONCLUSÃO

O estágio foi essencial para meu aperfeiçoamento profissional, pois em contato

com novas experiências, dificuldades e superações e que se constrói um caráter

profissional.

E também foi possível encontrar convergência da teoria lecionada em sala de

aula com a prática exercitada na indústria, encontradas também dificuldades, mas a

técnica passada pela escola nos mostrou o caminho certo, podendo então seguir em

frente e abrir novos caminhos e novos horizontes.

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7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Manual do tear TSUDAKOMA ZA 205I

Manual do tear OMNI PICANOL

Apostila FIOS E FIBRAS TÊXTEIS – FORMARE

Apostila PROCESSO TÊXTIL - FORMARE

Disponível em: <http://www.coteminas.com.br> Acesso em 20 de Janeiro de 2008.