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Cinema, Filosofia e
SociedadeGabriela R. Medeiros , nº 17Bruna O. S. Lima, nº 06
2º ano JPTC
História do Cinema
Indícios históricos e arqueológicos comprovam que é antiga a preocupação do homem com o registro do movimento. O desenho e a pintura foram as primeiras formas de representar os aspectos da vida humana e da natureza, produzindo narrativas através de figuras. O mais remoto precursor do cinema é o jogo de sombras do teatro de marionetes oriental. Experiências como a câmara escura e a lanterna mágica constituem os fundamentos da ciência óptica, tornando possível a realidade cinematográfica.
• Jogos de sombras – Surge na China, por volta de 5.000 a.C. É a projeção de figuras humanas, animais e objetos sobre paredes ou telas de linho. O operador narra a ação, que quase sempre envolve príncipes, guerreiros e dragões.
• Câmara escura – Seu princípio foi enunciado por Leonardo da Vinci (século XV). Foi desenvolvido pelo físico Giambattista Della Porta, (século XVI), que projeta uma caixa fechada, com um pequeno orifício coberto por uma lente. Através dele penetram e se cruzam os raios refletidos pelos objetos exteriores. A imagem, invertida, inscreve-se na face do fundo da caixa.
• Lanterna mágica – Criada pelo alemão Athanasius Kirchner, na metade do século XVII, baseia-se no processo inverso da câmara escura. É composta por uma caixa cilíndrica iluminada a vela, que projeta as imagens desenhadas em uma lâmina de vidro.
Primeiros Aparelhos
Para captar e reproduzir a imagem do movimento, surgiram aparelhos baseados
na persistência retiniana (fração de segundo que a imagem permanece na retina),
descoberto pelo inglês Peter Mark Roger (1826). A fotografia, desenvolvida por
Louis-Jacques Daguerre e Joseph Nicéphore Niepce e as pesquisas de análise do
movimento foram um avanço na direção do cinematógrafo.
• Fenacistoscópio - O físico belga Joseph-Antoine Plateau é o primeiro a medir o
tempo da persistência retiniana, a razão de dez imagens fixas por segundo. Em
1832, Plateau inventa um aparelho formado por um disco com várias figuras
desenhadas em posições diferentes, que ao girar, elas adquirem movimento. A
idéia era apresentar uma rápida sucessão de desenhos de diferentes estágios de
uma ação, criando a ilusão de que um único desenho se movimentava.
• Praxinoscópio – O fancês Émile Reynaud inventa em 1877 o aparelho que projeta
na tela imagens desenhadas sobre fitas transparentes. A princípio uma máquina
primitiva (uma caixa de biscoitos e um único espelho), é aperfeiçoado com um
sistema complexo de espelhos que permite efeitos de relevo. A multiplicação das
figuras desenhadas e a adaptação de uma lanterna de projeção possibilitam a
realização de truques que dão a ilusão de movimento.
Cinema Mudo
A apresentação pública do cinematógrafo marca oficialmente o início da
história do cinema. O som vem três décadas depois, no final dos anos 20.
A primeira exibição pública das produções dos irmãos Lumière ocorre em 28
de dezembro de 1895, no Grand Café, em Paris; “A saída dos operários das
usinas Lumière”, “A chegada do trem na estação”, “O almoço do bebê” e “O
mar” são alguns dos filmes apresentados. As produções são rudimentares, em
geral documentários curtos sobre a vida cotidiana, com cerca de dois minutos
de projeção, filmados ao ar livre.
Cinema Falado
O advento do som nos Estados Unidos revoluciona a produção
cinematográfica mundial. Os anos 30 consolidam os grandes estúdios e
consagram artistas em Hollywood. Os gêneros se multiplicam e o musical
ganha destaque. A partir de 1945, com o fim da 2ª Guerra, há um
renascimento das produções nacionais.
As primeiras experiências de sonorização, feitas por Thomas Edison, em
1889, são seguidas pelo grafonoscópio de Auguste Baron (1896) e pelo
cronógrafo de Henri Joly (1900), sistemas ainda falhos de sincronização
imagem-som. O aparelho do americano Lee de Forest, de gravação
magnética em película (1907), que permite a reprodução simultânea de
imagens e sons, é comprado em 1926 pela Warner Brothers. A companhia
produz o primeiro filme com música e efeitos sonoros sincronizados, "Don
Juan", de Alan Crosland, o primeiro com passagens faladas e cantadas; "O
Cantor de Jazz“, também de Crosland, com Al Jolson, grande nome da
Broadway; e o primeiro todo falado, "Luzes de Nova York", de Brian Foy.
Tendências Contemporâneas
A multiplicidade de estilos e influências marcam as produções
cinematográficas contemporâneas. A Itália inicia a década de 60 com um
cinema mais intimista. A França vive a nouvelle vague. Nos EUA, destaca-se
a Escola de Nova York e, no Reino Unido, o free cinema. A partir do neo-
realismo italiano o cinema se renova em várias partes do mundo, como
Alemanha, Hungria, Iugoslávia, Polônia, Canadá e em países da Ásia e
América Latina, como Brasil e Argentina. Além disso começam a despontar
as produções cinematográficas de países subdesenvolvidos, em processo
de descolonização.
Cinema na FrançaAté o final da década de 50, persiste um cinema tradicional e acadêmico.
Claude Autant-Lara (Adúltera), André Cayatte (Somos todos assassinos) e
Henri Clouzot (O salário do medo) fazem filmes politizados e pessimistas. Os
católicos Robert Bresson (Um condenado à morte escapou) e Jean
Delannoy (Deus necessita de homens) reagem ao materialismo
existencialista e Jacques Tati renova a comédia com Meu tio. Em 1957, um
grupo de jovens provenientes da crítica reage contra o academicismo do
cinema francês e inicia um movimento que renova a linguagem
cinematográfica, a nouvelle vague.
• Nouvelle vague – Seus integrantes, críticos do Cahiers du Cinéma, propõem
um cinema de autor, criticam as produções comerciais francesas e realizam
obras de baixo custo em que rejeitam o cinema de estúdio e as regras
narrativas. Diferentemente do movimento neo-realista, a nouvelle vague
volta-se menos para a situação social e política do país, interessando-se
mais pelas questões existenciais dos personagens. Seus representantes,
Jean-Luc Godard (Acossado), François Truffaut (Os incompreendidos),
Claude Chabrol (Os primos), Alain Resnais (Hiroshima, meu amor ), Louis
Malle (Trinta anos esta noite) e Agnès Varda (Cleo das 5 às 7) seguirão
caminhos individuais divergentes.
Cinema no Brasil
Em 8 de julho de 1896, apenas sete meses depois da histórica exibição dos
filmes dos irmãos Lumière em Paris, realiza-se, no Rio de Janeiro, a primeira
sessão de cinema no país. Um ano depois, Paschoal Segreto e José
Roberto Cunha Salles inauguram, na rua do Ouvidor, uma sala permanente.
Em 1898, Afonso Segreto roda o primeiro filme brasileiro, com algumas
cenas da baía de Guanabara. Seguem-se pequenos filmes sobre o cotidiano
carioca e filmagens de pontos importantes da cidade, como o Largo do
Machado e a Igreja da Candelária, no estilo dos documentários franceses do
início do século.
Cinema e TecnologiaDesde o seu surgimento, o cinema acompanha as grandes invenções
humanas. Esta arte nasceu a partir do domínio da fotografia e, hoje, renova-
se com os efeitos da computação gráfica. A tecnologia evolui e o cinema
acompanha de perto. A característica de mímese está não só no conteúdo
dos filmes, mas também na evolução dos fatores que são capazes de
promover a catarse no homem.
É preciso criar uma solução para evitar que os espectadores continuem
dando preferência ao computador. Neste contexto, mais uma vez, o cinema
se alia à tecnologia para “dar a volta por cima”, com a criação dos filmes em
3D. A novidade de assistir longas em três dimensões trouxe um ingrediente
que não se pode ter em casa, promovendo o desejado aumento de público.
Filosofia e Cinema
Não era tranquila a associação entre arte e filosofia. Jean Mitry, estudioso de
cinema, certa vez escreveu que a arte não convence, mas emociona, ao
contrário do que ocorre nos campos que fazem uso da linguagem lógica,
como a ciência e a filosofia. Já no século XIX, o poeta Baudelaire alertava
contra o valor da filosofia na arte, porque, para ele, a filosofia degrada a arte.
Houve também o alerta de Jean Pouillon contra a redução de romancistas ao
papel de ilustradores de pensamento. Pasolini propôs que a linguagem do
cinema é constituída por imagens, e as imagens são sempre concretas,
jamais abstratas. Eis por que, segundo ele, o cinema pode ser parábola,
jamais expressão conceitual direta, como na linguagem filosófica.
Impacto do cinema na
sociedade
O cinema causou um impacto na sociedade quando da sua criação e
difusão, como meio de comunicação de massa registrando fatos e contando
histórias, e expandiu-se rapidamente, primeiramente pela França, Estados
Unidos e Europa e depois pelo restante do mundo ocidental. A primeira
exibição pública paga aconteceu no dia 28 de dezembro de 1895, então
pequenos filmes mudos realizados pelos irmãos Lumiere retratando
situações do cotidiano.
A arte sempre influenciou a vida das pessoas. A música, as obras literárias, o
cinema e a TV têm papel importante na formação de opiniões e na
formatação do comportamento dos indivíduos. Muito do que vemos e
ouvimos, exerce certa influência em nossas vidas, em algumas pessoas
mais em outras menos.
O cinema, assim como todas as outras coisas pode ter: Pontos positivos e
pontos negativos.
Valores do cinema para cultura
e sociedade
Influência negativa, o tabaco está sempre presente em muitas produções, assim como o
charuto. O cigarro por sua vez sempre foi exigido nas mãos de lindas
mulheres, passando a idéia que fumar é bonito, o cigarro tem sido
símbolo de libertação, vendendo a idéia de liberdade de auto escolha,
auto-suficiência em fim emancipação.
Sendo inegável que aqueles que aparecem fumando no cinema em
muitas situações apresentan-se de forma charmosa e sensual,
vendendo algo que muitas vezes não é verdadeiro.
Não podemos deixar de salientar que muitos adolescentes, passam a
experimentar, álcool e cigarro após terem visto algum personagem do
cinema ou da TV, bebendo ou fumando.
Influência positiva,
também pode ser considerada como positivo bons exemplos que partem dos
filmes chegando até os telespectadores, refletindo assim no comportamento, e até
no estilo de vida de muitas pessoas devido à mensagem que recebem, como por
exemplo, a atitude de amor ao próximo, ajuda humanitária, solidariedade, valorizar
as pessoas que amamos e que também nos ama, superação e tantos outros.
Análise do filme “ ”