claudia fernanda de lacerda vidal

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Claudia Fernanda de Lacerda Vidal PhD Medicina Tropical – UFPE Coordenadora do Núcleo de Segurança do Paciente- NSP Presidente Comissão de Controle de Infecção Hospitalar- CCIH Hospital das Clínicas/UFPE/EBSERH

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Page 1: Claudia Fernanda de Lacerda Vidal

Claudia Fernanda de Lacerda VidalPhD Medicina Tropical – UFPE

Coordenadora do Núcleo de Segurança do Paciente- NSPPresidente Comissão de Controle de Infecção Hospitalar- CCIH

Hospital das Clínicas/UFPE/EBSERH

Page 2: Claudia Fernanda de Lacerda Vidal

Classe de antibióticos betalactâmicos, apresentando um anel pentacíclico não-saturado ligado ao anel betalactâmico

A presença do anel carbapenêmico garante a propriedade de potente ação sobre as bactérias Gram-positivas e Gram-negativas

Page 3: Claudia Fernanda de Lacerda Vidal
Page 4: Claudia Fernanda de Lacerda Vidal

Tienamicina

1976

Instabilidade química

N-formimidoil

tienamicina

1979

Imipenem

Ação Dipeptidades

(renal) = hidrólise

Imipenem

Associação Cilastatina

Inativa a enzima renal

Page 5: Claudia Fernanda de Lacerda Vidal

Meropenem

1987

Maior estabilidade

Grupamento metila no carbono 1

Doripenem

Page 6: Claudia Fernanda de Lacerda Vidal

Classe: Penêmicos

Subclasses:

Carbapenêmicos

Doripenem, Ertapenem,

Imipenem, Meropenem,

Tomopenem, Tebipenem,

Panipenem, Biapenem

Penêmicos

Faropenem

Page 7: Claudia Fernanda de Lacerda Vidal

• Beta-lactâmicos

• Carbono posição 1, ligação C 2-3

• cadeia hidroxietila em trans-configuração (posição 6)

• estabilidade às betalactamases

• Naturais: Tienamicina

• Streptomyces (cattleya)-1978

• Sintetizados: Imipenem - 1979

Biosynthesis of the beta-lactam antibiotic, thienamycin, by Streptomyces cattleya.

Journal of Biological Chemistry, 260, 4637-4647- 1985.

Reino:

Filo:

Bacteria

Actinobacteria

Classe: Actinobacteria

Ordm: Actinomycetales• diferenças estruturais das penicilinas e Fcaemfilaial:oSstpreoptroimnyacsetaceae

Gênero: Streptomyces

Waksman & Henrici 1943

Diversidade: 550 espécies

Page 8: Claudia Fernanda de Lacerda Vidal
Page 9: Claudia Fernanda de Lacerda Vidal

• Amplo espectro com atividade limitada para BGN não ferm.• Ertapenem

• GRUPO 2• Amplo espectro com atividade para BGN não fermentadores

• Imipenem, Meropenem, Doripenem, Tebipenem, Biapenem

• GRUPO 3• Amplo espectro com atividade para MRSA

• CS 023 (Tomopenem)

Page 10: Claudia Fernanda de Lacerda Vidal
Page 11: Claudia Fernanda de Lacerda Vidal

atividade bactericida de amplo espectro

melhor estabilidade diante das betalactamases(resistência à hidrólise –cromossômicas e plasmideais)

Ligam-se às proteínas fixadoras de penicilina presentes na parede bacteriana, principalmente as PBPg1 e PBP2, provocando a lise osmótica da bactéria.

Efeito Pós-antibiótico (2-4 horas)

Page 12: Claudia Fernanda de Lacerda Vidal

Mecanismo de Ação:

memb. externa

Porina

peptideoglicano

membrana citoplasmática

espaço periplásmico

B-lactâmico

PBP

Scand J Infect Dis Suppl 101:33-43, 1996

Page 13: Claudia Fernanda de Lacerda Vidal

• lise osmótica

• Ligação às proteínas

fixadoras

de penicilinas

• Impede a bactéria de

completar “cross-linking”

do peptideoglican

• PBPs- PBP 1 e PBP 2

• Em algumas espécies

PBP 3,PBP 5

Zhanel GG et al. Comparative review of the carbapenems. Drugs 67(7), 2007

Page 14: Claudia Fernanda de Lacerda Vidal

• MEROPENEM- PBP2 (3, 1a, 1b)

• ERTAPENEM- PBP2 (3, 1a, 1b)

• DORIPENEM• PBP3- P.aerug.• PBP 1,2,4- S.aureus• PBP2- E.coli

• BIAPENEM• PBP1a,b- P.aerug.• PBP1,3-S.aureus• PBP1,4- E.coli

• TEBIPENEM• PBP 1ª,2b,e- Strep pn.

Ligação pobre: PBP2a- MRSA

PBP5- Enterococcus faecium

Page 15: Claudia Fernanda de Lacerda Vidal
Page 16: Claudia Fernanda de Lacerda Vidal

Gram

negativos

Gram

positivos

Neisseria

Moraxella

Staphylococcus

S. aureus

S epidermidis

outros

Streptococus

grupo A= S. pyogenes

grupo D= Enterococcus

cocos

Espectro de

Ação

Page 17: Claudia Fernanda de Lacerda Vidal

Gram

positivos

Gram

negativos

Bacillus

Clostridium

Corynebacterium

Listeria

Micobacteria

Fastidiosos:

Haemophilus

Bordetella

Enterobacterias

Escherichia coli

Klebsiella

Proteus

Salmonella

Não

Fermentadores

Pseudomonas

Acinetobacter

Bacilos

Coloração

específica

de Ziehl Neelsen

Espectro de

Ação

Page 18: Claudia Fernanda de Lacerda Vidal

ANAERÒBIOS

“Supra Diafragma”

Peptococcus sp.

Peptostreptococcus sp.

Prevotella

Veillonella

Actinomyces

“Infra Diafragma”

Clostridium perfringens, tetani, e difficile

Bacteroides fragilis, disastonis, ovatus, thetaiotamicron

Fusobacterium

Espectro de

Ação

Page 19: Claudia Fernanda de Lacerda Vidal

Espectro de

Ação

Acinetobacter

baumanni,

Pseudomonas

aeruginosa,

Campylobacter e

Bacteroides fragilis

Enterobactérias

produtoras ß-

lactamases

Gram-positivos R-

penicilinas

Page 20: Claudia Fernanda de Lacerda Vidal

Droga Strep spp. &

MSSA

Entero-bacterias

Não-ferment.

Anaeróbios

Imipenem + + + +

Meropenem + + + +

Ertapenem + + Atividadelimitada

+

Doripenem + + + +

Zhanel GG et al. Comparative review of the carbapenems. Drugs 67(7), 2007

Page 21: Claudia Fernanda de Lacerda Vidal
Page 22: Claudia Fernanda de Lacerda Vidal

Não é absorvido VO

Removido da circulação por filtração glomerular

Hidrolisado pela dehidropeptidase I no túbulo renal

proximal:

associação com cilastatina- inibidor

Cilastatina: sem efeito antibacteriano

Efeito pós- antibiótico: Gram neg.

Page 23: Claudia Fernanda de Lacerda Vidal

-particularidades-

Penetração liquórica com barreira inflamada

Alta afinidade pelas células SNC

Boa penetração óssea

Page 24: Claudia Fernanda de Lacerda Vidal

Infecções por Enterobactérias

cepas cefalosporinas- resistente

cepas produtoras de ESBL

Empírico em infecções graves

Antibioticoterapia prévia

Neutropênicos febris

Infecções polimicrobianas

custo, efeitos colaterais

Page 25: Claudia Fernanda de Lacerda Vidal

Reação de hipersensibilidade imediata-1%

Pode ter reação cruzada com penicilina

2-4% : elevação de AST/ALT

Tonturas-1%•Ajuste de dose com Clearence < 50 ml/min

Convulsões- 1%

Page 26: Claudia Fernanda de Lacerda Vidal

-particularidades-

• Induz produção de beta-lactamases cromossômicas:

• Citrobacter, Enterobacter, Serratia, Proteus, Pseudomonas

• Cefalosporinases tipo I (Richmond e Sykes)

• Hidrólise de penicilinas, cefalosporinas

• Produção de cepas de bacilos Gram-negativos resistentes a

outros betalactâmicos

Page 27: Claudia Fernanda de Lacerda Vidal
Page 28: Claudia Fernanda de Lacerda Vidal

• Novas cadeias nos carbonos 2 e 3

• maior atividade bacilos Gram-negativos

• Grupamento metila no carbono 1

• estabilidade à ação das dehidropeptidases renais

Page 29: Claudia Fernanda de Lacerda Vidal

-farmacocinética-

• Não é degradado pela dehidropeptidase renal

• não necessita associações

• Menor potencial epileptogênico

• Menos nefrotóxico

• Ajuste de dose com Clearence < 50 ml/min

Page 30: Claudia Fernanda de Lacerda Vidal

-particularidades-

• Maior atividade nos bacilos Gram-negativos

• alta afinidade pelas PBPs

• estabilidade às betalactamases

• Atividade em cepas de Pseudomonas aeruginosa resistentes ao

Imipenem

• penetração mais rápida

Zhanel GG et al. Comparative review of the carbapenems. Drugs 67(7), 2007

Page 31: Claudia Fernanda de Lacerda Vidal

Maior CIM

enterobactérias

Maior atividade contra

bactérias Gram-

positivas

Leucopenia,

plaquetopenia

Neurotoxicidade,convuls

ões em 1% pacientes

Imipenem

Menor CIM

enterobactérias

Maior potência de ação

sobre Pseudomonas

Maior ação contra

Clostridium perfringens

e C. difficile

Eosinifilia, trombocitose

Meropenem

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Page 33: Claudia Fernanda de Lacerda Vidal

• 1-beta-metil carbapenem

• grupamento metila no carbono 1

• estabilidade à dehidropeptidade renal

• cadeia lateral hidroxietil no carbono 6

• resistência a várias betalactamases

Page 34: Claudia Fernanda de Lacerda Vidal

• Alta ligação proteica

• permite dose única diária

• Metabolização e excreção renal

• Sem ajustes para insuficiência hepática

• Ajuste somente em insuficiência renal grave

• Administração EV ou IM

Page 35: Claudia Fernanda de Lacerda Vidal

• Excelente eficácia clínica nas seguintes indicações:

• infecções intra-abdominais

• infecções de pele e anexos

• infecções pélvicas agudas

• Posologia conveniente: uma vez ao dia

• Segurança comparável ao “padrão-ouro”

• ceftriaxona e piperacilina/tazobactama

Page 36: Claudia Fernanda de Lacerda Vidal

Lancet 2005, 366:1695-703

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ERTAPENEM- infecções em pé diabético -

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• 7 meses após a introdução

• 19 meses após a introdução

• 3 anos após a introdução

• 9 anos após introduçãoGoff et al. ICAAC 2004

Goff et al. J Inf (57) 2008

Goldstein et al. AAC(53) 2009

Nicolau DP. JAC (66) 2011

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Page 42: Claudia Fernanda de Lacerda Vidal

Administração por via parenteral, uma vez que não são absorvidos por via oral em função da sua instabilidade no meio gástrico

Boa difusão pelos tecidos e líquidos orgânicos, incluindo LCR

Eliminação via renal

Ajuste na insuficiência renal (Cl Cr)

Page 43: Claudia Fernanda de Lacerda Vidal
Page 44: Claudia Fernanda de Lacerda Vidal

Imipenem/cilastatina: 50mg/kg/dia, a cada 6 horas- SF0,9% ou SG5%

Meropenem: 10-20 mg/kg/dose a cada 8 horas

40mg/kg/dose- meningites

infusão em 3 horas

Page 45: Claudia Fernanda de Lacerda Vidal

Boa tolerabilidade

Náuseas, vômitos e diarréia em 4% dos pacientes

Reações alérgicas com rash cutâneo, prurido, febre, reação anafilática e reação cruzada à penicilina

Page 46: Claudia Fernanda de Lacerda Vidal
Page 47: Claudia Fernanda de Lacerda Vidal

Infecções intra-

abdominais

Sepse

hospitalar

MeningitesPneumonias

Infecções

urinárias

Infecções

hospitalares

MDRO

infecções hospitalares graves,

com falência terapêutica a outras

drogas decorrente de resistência

bacteriana

Page 48: Claudia Fernanda de Lacerda Vidal
Page 49: Claudia Fernanda de Lacerda Vidal

Agente antibacteriano sintético do grupo dos carbapenêmicos

Mecanismo de ação, resistência e espectro de ação semelhantes IMI, MER

Mesmas indicações clínicas

Efeitos colaterais similares

Page 50: Claudia Fernanda de Lacerda Vidal

• DORIBAX ® – EUA- ITU e IAB complicadas

• BGN, CGP, aeróbios e anaeróbios

• Altera síntese parede celular

• Mais estável após reconstituição

• -Infusão prolongada, tempo > MIC

• Menor risco de convulsões

• Ajustar dose na insuficiência renal grave

Page 51: Claudia Fernanda de Lacerda Vidal
Page 52: Claudia Fernanda de Lacerda Vidal

FDA Drug Safety Communication: FDA

approves label changes for antibacterial

Doribax (doripenem) describing increased

risk of death for ventilator patients with

pneumoniaKollef MH, Chastre J, Clavel M, et al. A randomized trial of 7-day doripenem versus 10-

day imipenem-cilastatin for ventilator-associated pneumonia. Critical Care 2012, 16:

R218. doi:10.1186/cc11862

http://www.fda.gov/Drugs/DrugSafety/ucm3

87971.htm

Page 53: Claudia Fernanda de Lacerda Vidal

Doribax (doripenem) is approved for the treatment of adults with

complicated intra-abdominal infections and complicated urinary

tract infections including pyelonephritis.

In the clinical trial that was stopped early, patients with ventilator-

associated bacterial pneumonia received either 7-day Doribax

treatment or 10-day treatment with imipenem and cilastatin,

another antibacterial drug.1 In the intent-to-treat population, the 28-

day all-cause mortality was higher in the Doribax arm (23.0

percent; n=31/135) than in the imipenem and cilastatin arm (16.7

percent; n=22/132) . Clinical cure rates were also lower in the

Doribax arm.

Page 54: Claudia Fernanda de Lacerda Vidal

DOU Nº 87, segunda-feira, 9 de maio de 2011. Seção 1, páginas 39 a 41

RESOLUÇÃO-RDC Nº 20, DE 5 DE MAIO DE 2011 Dispõe sobre o

controle de medicamentos à base de substâncias classificadas como

antimicrobianos, de uso sob prescrição, isoladas ou em associação.

ANEXO I LISTA DE

ANTIMICROBIANOS REGISTRADOS

NA ANVISA (Não se aplica aos

antimicrobianos de uso exclusivo

hospitalar)

44. Doripenem

45. Doxiciclina

46. Eritromicina

47. Ertapenem

Page 55: Claudia Fernanda de Lacerda Vidal

MECANISMOS DE RESISTÊNCIA

-CARBAPENÊMICOS-

Page 56: Claudia Fernanda de Lacerda Vidal

Produção de ß-lactamases de origem cromossômica (carbapenemases)

Alteração no canal porínico Dg2

Induzir a produção de betalactamasescromossômicas em bacilos Gram-negativos, as cefalosporinases, levando à resistência cruzada entre monobactânicos, cefalosporinas de segunda e terceira geração, ureidopenicilinas e eventualmente o próprio grupo

Page 57: Claudia Fernanda de Lacerda Vidal

Resistência bacterianaProdução de enzimas inativadoras:

memb. externa

Porina

peptideoglicano

membrana citoplasmática

espaço periplásmico

B-lactâmico

PBP

B-lactamase

Scand J Infect Dis Suppl 101:33-43, 1996

Pseudomonas cepacia, Aeromonas

hydrophila, Legionella e

Bacteroides fragilis

Page 58: Claudia Fernanda de Lacerda Vidal

Resistência bacterianaImpermeabilidade da membrana:

memb. externa

Porina

peptideoglicano

membrana citoplasmática

espaço periplásmico

B-lactâmico

PBP

Scand J Infect Dis Suppl 101:33-43, 1996

Pseudomonas aeruginosa

Enterobactérias

Page 59: Claudia Fernanda de Lacerda Vidal

J Hosp Infect. 2015 Feb 4

Page 60: Claudia Fernanda de Lacerda Vidal

“None of the drugs currently in the development pipeline would be effective against certain killer bacteria, which have newly emerging resistance to our strongest antibiotics (carbapenems) and fatality rates of up to 50%.”

Chan, M. “Antimicrobial Resistance in the European Union and the World”. World Health Organization,

http://www.whoChan, M. “Antimicrobial Resistance in the European Union and the World”. World Health

Organization, 2012.

Page 61: Claudia Fernanda de Lacerda Vidal

Carbapenemases by Classification, Activity and OrganismsEnzyme

Type

Classification by

Ambler Class Activity Spectrum Organism(s)

KPC A All β-lactams Enterobacteriaceae Ps.

aeruginosa

SME A

Carbapenems and aztreonam,

but not 3rd/4th G

cephalosporins

S. marcescens

NMC–A,

IMI A Same as for SME Enterobacter spp.

GES A Imipenem and 3rd/4th

cephalosporins

Ps. Aeruginosa and

Enterobacteriaceae

IMI, VIM B (metallo-β-

lactamases)

All β-lactams; can test

susceptible to aztreonam

Pseudomonas spp.

Acinetobacter spp.

Enterobacteriaceae

OXA D Weakly active against

carbapenems

A. baumanni, P. Aeruginosa, and

rare Enterobacteriaceae

Pediatr Infect Dis J. 2010;29(1):68-70

Page 62: Claudia Fernanda de Lacerda Vidal
Page 63: Claudia Fernanda de Lacerda Vidal

Sem novas drogas

Mecanismos de resistência emergentes:

• carbapenemases são móveis,

Detecção de carbapenemases e implementação de medidas de controle para deter epidemias

Zhanel GG et al. Comparative review of the carbapenems. Drugs 67(7), 2007

Page 64: Claudia Fernanda de Lacerda Vidal

Munoz-Price Ls. Controlling multidrug-resistant Gram-negative bacilli in your hospital: a transformational journey. J

Hosp Infec :feb, 2015

Page 65: Claudia Fernanda de Lacerda Vidal

Novos antibióticos aprovados nos EUA 1983-2009

Bassetti M et al. New treatment options against gram-negative organisms. Critical Care, 2011, 15: 215

Page 66: Claudia Fernanda de Lacerda Vidal

Koga T et al. Potent in vitro activity of tomopenem (CS-023) against methicillin-resistant Staphylococcus aureus and Pseudomonasaeruginosa. Antimicrob Agents Chemother. 2008 Aug;52(8):2849-54.

Bassetti M et al. New treatment options against gram-negative organisms. Critical Care, 2011, 15: 215

Page 67: Claudia Fernanda de Lacerda Vidal

Grata.

Page 68: Claudia Fernanda de Lacerda Vidal
Page 69: Claudia Fernanda de Lacerda Vidal
Page 70: Claudia Fernanda de Lacerda Vidal

Classe de antibióticos betalactâmicos, formado por uma estrutura monocíclica, onde o anel betalactâmico não se encontra ligado a outro grupamento cíclico

Descobertos em 1975 através de testes com seres vivos extraídos de amostras do solo de diversas regiões (fungos e bactérias Gram-negativas)

Page 71: Claudia Fernanda de Lacerda Vidal

Nocardina

1975

cepas de Nocardia

uniformis

Tsuyama, Japão

Sulfazecina e

isosulfazecina

1981- Japão

Baixa atividade Gram-

negativos

Aztreonam

Sykes e cols. (EUA)

Maior atividade

contra Gram-

negativos

P. aeruginosa

Page 72: Claudia Fernanda de Lacerda Vidal

Nocardinas

monobactâmicos N-sulfonados

derivados do ácido 3-aminomonobactâmico

Grupos sob pesquisa: monofosfamas, monocarbamas e monossulfactamas

Page 73: Claudia Fernanda de Lacerda Vidal
Page 74: Claudia Fernanda de Lacerda Vidal
Page 75: Claudia Fernanda de Lacerda Vidal

bactericida, agindo na síntese da parede celular

liga-se à proteína fixadora de penicilina 3 (PBPg3)

transpeptidase: responsável pela formação do septo que divide a bactéria durante a multiplicação

altamente resistentes à inativação por betalactamases

Page 76: Claudia Fernanda de Lacerda Vidal
Page 77: Claudia Fernanda de Lacerda Vidal

Principais mecanismos de RM

Alteração de permeabilidade

As bactérias utilizam esta estratégia naaquisição de resistência. Alteração específicada membrana celular externa de P.aeruginosa, pela qual o imipenemgeralmente se difunde, pode excluir oantimicrobiano de seu alvo, tornando P.aeruginosa resistente ao imipenem.

Não induz resistência cruzada a

outros betalactâmicos através

das betalactamases.

Page 78: Claudia Fernanda de Lacerda Vidal
Page 79: Claudia Fernanda de Lacerda Vidal

ativo contra a maioria das enterobactérias, como E.coli, Klebsiella, Proteus, Morganella, Salmonella e Providencia

atividade contra Pseudomonas aeruginosa é inferior à de cefalosporinas de terceira geração e carbapenêmicos

ação contra Haemophilus influenzae, Neisseria meningitidis e N. gonorrhoeae

Page 80: Claudia Fernanda de Lacerda Vidal

uso exclusivamente parenteral (intramuscular ou intravenoso)

boa distribuição orgânica, incluindo o liquor

administrado por via intravenosa (via preferencial), atinge o pico sérico em cinco minutos

meia-vida sangüínea= 2 hras

o efeito pós-antibiótico superior a seis horas

Administração: 8/8h a 12/12h

Page 81: Claudia Fernanda de Lacerda Vidal

principal via de excreção é urinária e apenas 5% ocorre por via biliar

insuficiência renal: aumento de meia vida para seis horas, sendo necessário um ajuste posológico

ligação protéica= 56%

maior parte eliminada pelos rins como droga ativa.

Page 82: Claudia Fernanda de Lacerda Vidal

EV= flebite em 1,7% dos casos após uma semana

IM= 5% casos dor e edema locais

Reações de hipersensibilidade como rash cutâneo, febre, prurido e eosinofilia= 1%

Menor frequência: diarréia, náuseas e vômitos; alteração do paladar e icterícia; elevação TGO/TGP, FA; plaquetopenia, leucopenia e menor atividade de protrombina

Page 83: Claudia Fernanda de Lacerda Vidal

O aztreonam destaca-se por ser isento de nefrotoxicidade e ototoxicidade, podendo ter preferência, em alguns casos, sobre os aminoglicosídeos

Page 84: Claudia Fernanda de Lacerda Vidal

Bacilos Gram-negativos

MDR

Produtores de ß-lactamases

Indicado para falências terapêuticas e IH

Eficaz em sepse, pneumonia, ITU, intra-abdominais, meningoencefalites

Pode ser utilizado nos alérgicos a penicilinas e cefalosporinas (sem hipersensibilidade cruzada)

Page 85: Claudia Fernanda de Lacerda Vidal

RN: 30 mg/kg/cada 12h- 1ª semana

cada 8 horas- até 28 dias de vida

Dose habitual: 50mg/kg/dose – 6/6h

Via: EV / IM

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