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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUÇÃO ANIMAL
UTILIZAÇÃO DE MISTURAS DE ÓLEOS VEGETAIS NA
RAÇÃO DE SUÍNOS EM TERMINAÇÃO
CLAUDIANA DA SILVA SOUZA
MACAÍBA/RN-BRASIL
FEVEREIRO/2017
CLAUDIANA DA SILVA SOUZA
UTILIZAÇÃO DE MISTURAS DE ÓLEOS VEGETAIS NA RAÇÃO DE
SUÍNOS EM TERMINAÇÃO
Orientador: Prof. Dr. José Aparecido Moreira
MACAÍBA/RN-BRASIL
FEVEREIRO/2017
Dissertação Apresentada à Universidade Federal
do Rio Grande do Norte – UFRN, Campus de
Macaíba, como parte das exigências para a
obtenção do título de Mestre em Produção
Animal.
CLAUDIANA DA SILVA SOUZA
UTILIZAÇÃO DE MISTURAS DE ÓLEOS VEGETAIS NA RAÇÃO DE
SUÍNOS EM TERMINAÇÃO
APROVADO EM ___/___/___
BANCA EXAMINADORA
____________________________________
Prof. Dr. José Aparecido Moreira (UFRN)
Orientador
____________________________________
Prof. Dra. Mônica Calixto Ribeiro de Holanda (UFRPE)
____________________________________
Prof. Dra. Janete Gouveia de Souza (UFRN)
Dissertação apresentada à Universidade Federal
do Rio Grande do Norte – UFRN, Campus de
Macaíba, como parte das exigências para a
obtenção do título de Mestre em Produção
Animal.
Dedico
As pessoas mais importantes da minha vida, meus pais Maria das Graças e Francisco
Barroso e irmãos Ivone, Cristiane, Joelma, Liberato e Cicero, por todo amor e dedicação
nessa caminhada.
"É graça divina começar bem.
Graça maior é persistir na caminhada certa.
Mas a graça das graças é não desistir nunca."
(Dom Hélder Câmara)
AGRADECIMENTOS
Durante a realização de qualquer caminhada, contamos com a amizade, dedicação, de
inúmeras pessoas. Nesta que agora termina quero agradecer a todos.
A Deus por sempre me proteger e estar sempre presente na minha vida, dando-me
força para vencer as dificuldades e pelas conquistas sempre alcançadas.
Á minha família pelo incessante apoio, incentivo, carinho e por ser meu porto
seguro nas horas mais difíceis.
À Universidade Federal do Rio Grande do Norte e ao Programa de Pós-Graduação
em Produção Animal, por todas as oportunidades que me foram proporcionadas.
A meu orientador, Prof. Dr. José Aparecido Moreira pela oportunidade, e
competência nos ensinamentos, e confiança no desenvolvimento do trabalho de tamanha
importância.
Á equipe do Laboratório de Nutrição Animal da UFRN, Professor Emerson Moreira
Aguiar, Bruna Maria Emerenciano das Chagas pelos seus ensinamentos, paciência por
me ensinar todos os procedimentos no laboratório.
ÁLuiz, Emanuelle e Chico (Francisco) pelo carinho, amizade e pela ajuda.
Á Adriana, pela paciência, e todo o carinho e grande ajuda na realização das
análises.
Ao seu Bira por ser essa pessoa maravilhosa, amigo, paciente, e pelo amor e
competência no que faz e por sempre me ensinar que bom humor é fundamental e que
tudo vai dar certo (meu muito obrigada).
A grupo GEPSUÍ Andreza Lourenço, Clara, Ielmom, Ana Flávia, Gizele, Igor,
Nathalia Rocha, Natalia Martins, pela contribuição fundamental para a realização deste
trabalho.
A meu noivo João Pedro Sabino por ser meu melhor amigo, pelo carinho das tuas
palavras que me levaram a nunca desistir, pela sua paciência, dedicação e por sempre
estar comigo nas horas mais difíceis me apoiando e me dando foças.
E a todos que direta ou indiretamente contribuíram para minha formação e
realização do trabalho.
MEU MUITO OBRIGADA!
UTILIZAÇÃO DE MISTURAS DE ÓLEOS VEGETAIS NA RAÇÃO DE
SUÍNOS EM TERMINAÇÃO
SOUZA, C. S. UTILIZAÇÃO DE MISTURAS DE ÓLEOS VEGETAIS NA RAÇÃO
DE SUÍNOS EM TERMINAÇÃO, 2016. Dissertação (Mestrado em produção animal:
Sub área: Nutrição de Monogástricos. Universidade Federal do Rio Grande do Norte,
Macaíba-RN 2017.
RESUMO
Objetivou-se avaliar a adição de diferentes Blends de óleos vegetais em rações para
suínos em terminação. Foram utilizados 24 suínos machos castrados, com peso médio
inicial de 72 ± 3,4 Kg/PV em delineamento em blocos casualizados contendo quatro
tratamentos e seis repetições. Os tratamentos consistiram de: Óleo de soja - 100%; e da
combinação dos diferentes óleos formando: Blend 1- (50% óleo de soja, 25% óleo de
linhaça, 12,5% óleo de oliva e 12,5% óleo de canola); Blend 2- (25% de óleo de soja,
50% de óleo de linhaça, 12.5% oliva e 12.5 % canola); e Blend 3- (25% de óleo de soja,
12,5% óleo de linhaça, 12,5% óleo de oliva e 50% óleo de canola). Foram avaliados o
desempenho, os parâmetros quantitativos e qualitativos da carcaça, o perfil de ácidos
graxos e a viabilidade econômica das dietas. O uso dos Blends nas dietas não influenciou
o desempenho nem a qualidade da carcaça, mas aumentou o marmoreio e o rendimento
de carcaça. O perfil de ácidos graxos do lombo apresentou maiores quantidades de ácido
esteárico no Blend 3 e maior percentual de ácidos graxos insaturados nos animais do
Blend 1, o tecido adiposo apresentou maior quantidade de ácido mirístico no Blend 1 e
ácido oleico no Blend 3. A ração controle foi a mais econômica. Os Blends não
ofereceram prejuízo no desempenho e características de carcaça e melhorou o perfil de
ácidos graxos da carne.
Palavras - chave: alimentos enriquecidos, ácidos graxos poli-insaturados, produção de
suínos, qualidade de carne
USE OF MIXTURES OF VEGETABLE OILS IN THE FINISHED SWINE
FEEDING RATE
SOUZA, C. S. USE OF MIXTURES OF VEGETABLE OILS IN THE FINISHED
SWINE FEEDING RATE, 2016. Dissertation (Masters in animal production: Sub area:
Nutrition Monogastric) Federal University of Rio Grande do Norte, RN Macaíba- 2017.
ABSTRACT
The objective of this study was to evaluate the addition of different Blends of vegetable
oils in feed for finished pigs. Twenty - four castrated male pigs with initial mean weight
of 72 ± 3.4 kg / PV were used in a randomized complete block design with four treatments
and six replicates. The treatments consisted of: Control ration - soybean oil 100%; And
the combination of the different oils forming: Blend 1- (50% soybean oil, 25% flaxseed
oil, 12.5% olive oil and 12.5% canola oil); Blend 2- (25% soybean oil, 50% linseed oil,
12.5% olive and 12.5% canola); And Blend 3- (25% soybean oil, 12.5% flaxseed oil,
12.5% olive oil and 50% canola oil). The performance, the quantitative and qualitative
parameters of the carcass, the fatty acid profile and the economic viability of the diets
were evaluated. The use of Blends in the diets did not influence the performance nor the
quality of the carcass, but increased the marbling, and the carcass yield. The profile of
fatty acids of the loin presented higher amounts of stearic acid in Blend 3 and higher
percentage of unsaturated fatty acids in the Blend 1 animals, the adipose tissue presented
greater amount of myristic acid in Blend 1 and oleic acid in Blend 3. Control was the
most economic. The Blends did not adversely affect performance and carcass
characteristics and improved the fatty acid profile of meat.
Keywords: Fortified foods, polyunsaturated fatty acids, pork production, meat quality
LISTA DE TABELAS
ARTIGO
BLENDS DE ÓLEOS VEGETAIS NA DIETA DE SUÍNOS EM TERMINAÇÃO
Tabela 1. Composição alimentar e nutricional das rações experimentais ..................... 43
Tabela 2. Consumo de ração diário, ganho de peso diário e conversão alimentar de
suínos alimentados com rações contendo Blends de óleos vegetais . ............................ 46
Tabela 3. Parâmetros qualitativos e quantitativos de suínos alimentados com rações
contendo Blends de óleos vegetais . .............................................................................. 49
Tabela 4. Perfil de ácidos graxos (%) e relação ácido graxo saturado/insaturado
(AGS/AGI) no lombo (Longissimus dorsi) e tecido adiposo de suínos alimentados com
rações contendo Blends de óleos vegetais ...................................................................... 48
Tabela 5. Avaliação econômica das rações de suínos alimentados com rações contendo
Blends de óleos vegetais ................................................................................................. 53
LISTA DE ABREVIATURAS
AGMI Ácidos graxos monoinsaturados
AGI Ácido graxo insaturado
AGS Ácido graxo saturado
AGPI Ácido graxo poli-insaturado
EPA Ácido eicosapentaenóico
DHA Ácido docosahexaenóico
AA Ácido araquidônico
DPA Ácido docosapentaenóico
LDL Lipoproteína de baixa densidade
HDL Lipoproteína de alta densidade
VLDL Lipoproteína de muito baixa densidade
LA Ácido α-linoléico
ALA Ácido linolênico
ω-3 Ácido graxo ômega - 3
ω-6 Ácido graxo ômega - 6
ω-9 Ácido graxo ômega - 9
PUFA Ácidos graxos poli-insaturados
C12:0 Ácido láurico
C24:0 Ácido lignocérico
C14:0 Ácido mirístico
C16:0 Ácido palmítico
C18:0 Ácido esteárico
C:18:1 Ácido oleico
C18:2 Ácido linoléico
C18:3 Ácido linolênico
SUMÁRIO
1. REFERENCIAL TEÓRICO........................................................................................13
1.1 CENÁRIO MUNDIAL E NACIONAL DA SUINOCULTURA.............................13
1.2 REFERÊNCIAS........................................................................................................16
2.USO DE ÓLEOS VEGETAIS NO ENREQUECIMENTO DA CARNE SUÍNA ... 167
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA- .................................................................................... 178
RESUMO...................................................................................................................... 178
ABSTRACT ................................................................................................................... 18
INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 18
CLASSIFICAÇÃO DOS ÁCIDOS GRAXOS................................................................21
ÓLEOS VEGETAIS........................................................................................................22
IMPORTÂNCIA DE ALIMENTOS ENRIQUECIDOS COM ACIDOS GRAXOS
INSATURADOS PARA A SAÚDE HUMANA............................................................28
CONCLUSÃO.................................................................................................................31
REFÊRENCIAS .............................................................................................................31
3. BLENDS DE ÓLEOS VEGETAIS NA DIETA DE SUÍNOS EM TERMINAÇÃO388
RESUMO........................................................................................................................ 39
INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 400
MATERIAL E MÉTODOS.............................................................................................41
RESULTADOS E DISCUSSÃO.....................................................................................46
CONCLUSÃO.................................................................................................................53
REFERÊNCIAS ........................................................................................................... 544
APÊNDICE .................................................................................................................... 59
ANEXOS ........................................................................................................................ 62
NORMAS PARA PUBLICAÇÃO NA CIÊNCIA RURAL...........................................64
NORMAS PARA PUBLICAÇÃO SCIENTIA AGRICOLA.........................................70
12
1. REFERENCIAL TEÓRICO
1.1 CENÁRIO MUNDIAL E NACIONAL DA SUINOCULTURA
A produção de suínos no Brasil vem crescendo consideravelmente nos últimos
anos, fruto dos investimentos nos diversos elos da cadeia produtiva, tais como,
desenvolvimento de técnicas de manejo, melhoramento genético das linhagens e,
sobretudo, da nutrição animal.
A relevância na suinocultura como atividade econômica pode ser comprovada pela
produção elevada e por ser a carne mais consumida do mundo, tendo como maiores
produtores a China (54.870 mil toneladas), responsável por quase 50% de toda carne suína
produzia no mundo, seguida pela União Europeia (23.440 mil toneladas) e Estados
Unidos (10.956 mil toneladas). O Brasil (3.480 mil toneladas) ocupa a quarta posição no
ranking mundial de produção. Segundo dados recentes da Associação Brasileira de
Proteína Animal (ABPA, 2016) a produção de carne suína cresceu cerca de 14,42% entre
os anos de 2011 e 2016, como consequência, o consumo interno aumentou
significativamente.
A produção total de carne suína em 2015 representou cerca 38% do total de carnes
produzida no mundo, estes valores elevam a suinocultura como a principal responsável
pela maior oferta de proteína de origem animal. As aves representaram no mesmo ano um
equivalente a 35% sendo a segunda colocada, enquanto a carne bovina representou 21 %
ficando na terceira colocação no ranking. Os mesmos dados revelam que a produção de
carne suína teve um aumento de 42 %, sendo os países em desenvolvimento os maiores
contribuintes nesse crescimento (Mapeamento da Suinocultura Brasileira, 2016).
Com relação á produção nacional, observa-se que o ranking nacional é liderado por
Santa Catarina com número estimado em 420.488 matrizes (24% do total), seguido de
Rio Grande do Sul com 340.416 matrizes (20%), Minas Gerais, com 273.197 matrizes
(19%) e Paraná com 264.371 matrizes (16%), na soma, estes quatro estados são
responsáveis por 76% de todo rebanho de matrizes do país, o que torna a região Sul a
principal produtora de suínos do Brasil (Mapeamento da Suinocultura Brasileira, 2016).
De acordo com Saraiva (2012), o desenvolvimento na suinocultura, constitui-se em
importante fator para a economia, a adoção de linhagens geneticamente adaptadas, as
13
transformações organizacionais nos diversos elos da cadeia produtiva, a aplicação dos
conceitos de bem-estar animal, rastreabilidade e segurança alimentar devem ser adotadas
para o crescimento contínuo da suinocultura.
Segundo Frigg (2012) os investimentos para desenvolvimento da suinocultura
nacional partiram de produtores e especialistas da área, com inovações na evolução
genética dos rebanhos nos últimos anos, o que auxiliou nas características de carcaça do
suíno moderno, reduzindo em 31% a gordura da carne, 10% do colesterol e 14% de
calorias, tornando a carne suína brasileira mais magra e nutritiva.
Segundo Santos et al. (2013), a cadeia produtiva da suinocultura é dependente da
grande disputa em torno dos insumos disponíveis no mercado global. Um dos entraves ao
longo dos anos está associado ao preço dos ingredientes das rações, que é variável devido
a fatores climáticos. Desta maneira, o impacto negativo sofrido pelo produtor é repassado
á indústria e para o consumidor na base da cadeia, o que impacta negativamente nas
estimativas da FAO para 2030, que seria uma elevação no consumo da carne suína em
torno de 66% em nível mundial.
Além disso, a demanda da carne suína depende do mercado internacional dos grãos
de soja e milho. O país registrou suas duas piores crises na suinocultura nos anos de 2002
e 2008, sendo a primeira causada por uma redução na quantidade demandada e aumento
no preço do milho elevando os custos de produção (MOURA et al., 2014). A segunda
crise foi associada à valorização do real em relação ao dólar, elevou um aumento da venda
do produto para o mercado interno reduzindo, consequentemente, as exportações.
Segundo de Carvalho et al. (2012) o Brasil se tornou referência mundial quando se
trata de fornecimento de grãos e produção de carnes de alta qualidade. O aumento da
participação do Brasil nos negócios internacionais associados à produção primária criou
um ambiente favorável em que, alimentos como a carne suína, são exportados em grande
escala. Os autores comentam ainda, que para atender a esses nichos de mercado, a
tendência é de que os produtores brasileiros precisarão expandir sua produção, seja por
aumento da própria estrutura de produção, ou agregando mais produtividade por área e
nesse contexto, a pesquisa e a tecnologia ocupam papel primordial.
Entre as vantagens o Brasil para ocupar espaço de destaque no cenário de carnes e
a qualidade da sua matéria prima, o baixo custo de produção, a ausência de algumas
doenças importantes que acometem o rebanho de outros países grandes produtores e a
14
existência de menores problemas ambientais para a expansão da atividade quando
comparada a determinados países europeus (MIRANDA, 2005).
Nos últimos anos o consumo de carne suína aumentou significativamente passando
de um consumo de 2.419 mil toneladas em 2000 para consumo de 2.986 mil toneladas
em 2015 (aumento de 19%). Apesar da grande demanda no exterior a carne suína é pouco
consumida no Brasil, com consumo per capta de 15,1 kg/habitante, quando comparada à
carne de frango e à carne bovina (ABPA, 2016).
Com o crescimento da população mundial, urbanização e aumento de renda dos
países em desenvolvimento estima-se que haja um aumento no consumo da carne suína
estimulada pelo aumento da demanda em torno de 66% até o ano de 2030. Estas previsões
exigem dos produtores adequações para o crescimento contínuo da cadeia (FAO, 2011).
A carne é um importante produto no fornecimento de nutrientes indispensáveis para
o ser humano, no entanto os consumidores têm se mostrado mais preocupados e
interessados em consumir alimentos de alta qualidade nutricional.
Segundo Bridi et al. (2009), a carne suína apresenta excelente contribuição
nutricional na alimentação, fornecendo proteínas de alto valor biológico, atua na
formação de hormônios e enzimas. Outra importante contribuição é o seu conteúdo de
mineras, como o selênio e zinco com alta disponibilidade. Em relação aos teores de
lipídeos, a carne suína apresenta resultados de 40% de ácidos graxos saturados, 47% de
monoinsaturados e 13% de poli-insaturados.
Segundo Fávero (2002), a carne suína possui alta densidade de nutrientes o que a
torna de excelente qualidade nutricional e quando produzida com qualidade apresenta
baixos valores de ácidos graxos saturados.
A composição geral da carne suína consiste de 72% de água, 20% de proteína, 7%
de gordura, 1% de minerais e menos que 1% de carboidratos, além disso a carne apresenta
fontes importantes de vitamina B1, contendo também como vitaminas principais B2, B6,
B12, A e C é (BRAGAGNOLO et al., 2001).
No entanto, técnicas de manejo alimentar vêm sendo estudadas e praticadas por
pesquisadores e produtores a fim de suprir as exigências dos consumidores modernos por
alimentos de alto valor biológico.
15
1.2 REFERÊNCIAS
ABPA. Estatísticas da Carne Suína. Associação Brasileira de Proteína Animal, 2016.
Acesso em: 13 Fev 2017.
BRAGAGNOLO, NEURA. Aspectos comparativos entre carnes segundo a
composição de ácidos graxos e teor de colesterol. 2a Conferência Internacional Virtual
sobre Qualidade de Carne Suína, Concórdia, SC. 2001.
BRIDI, A.M.; SILVA, C.A. Avaliação da carne suína. Londrina: Midiograf, 2009.
120p.
CARVALHO, P. L. C.; VIANA, D. F. Suinocultura SISCAL e SISCON: análise e
comparação dos custos de produção, Custose@gronegócioonline, v.7, n. 3, set/dez
2012.
FAO. Gasto público para el desarrollo agrícola y rural: Tendências y desafios en América
Latina. Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, 2001.
FÁVERO, J. A. Carne suína de qualidade: uma exigência do consumidor moderno. In:
CONGRESSO LATINO AMERICANO DE SUINOCULTURA, 1., 2002, Foz do
Iguaçu. Anais... Foz do Iguaçu: Porkworld, 2002. p. 56-66.
FRIGG, C. D. A. Determinação multiclasse de resíduos de agrotóxicos e
medicamentos veterinários em carnes empregando LC-MS/MS. (Tese de Doutorado)
Universidade Federal de Santa Maria. [S.l.], p. 152. 2012.
MIRANDA, C.R. Avaliação de estratégias para sustentabilidade da suinocultura.
224p. Tese (Doutorado) Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis SC, 2005.
MOURA, A. D. et al. Relatório Complementar de Caracterização da Cadeia
Produtiva do Arranjo Produtivo da Suinocultura de Ponte Nova (MG) e Região,
Outubro 2014. Acesso em: 2 jan. 2017
SANTOS, C. H. D.; PIRES, M. C. D. C. Qual a sensibilidade dos investimentos privados
a aumentos na carga tributária brasileira? Uma investigação econométrica. Revista de
Economia Política, São Paulo, v. 29, n. 3, p. 213-231, Jul-Set 2013.
SARAIVA, M. B. Índice de desempenho competitivo da suinocultura das principais
regiões produtoras de Mato Grosso: Análise e fatores determinantes. (Dissertação de
mestrado). Cuiabá: Universidade Federal de Mato Grosso. 2012.
16
2. USO DE ÓLEOS VEGETAIS NO ENREQUECIMENTO NA CARNE SUÍNA
Trabalho que será submetido à revista:
Ciência Rural
Página eletrônica:
www.ufsm.br/ccr/revista ISSN: 0103-8478
17
Uso de óleos vegetais no enriquecimento da carne suína 1
Use of vegetables oils in the enrichment of pork 2
3
Claudiana da Silva SouzaI* José Aparecido MoreiraI 4
5
(I)Pós Graduação em Produção Animal, Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), 6
Campus Universitário Lagoa Nova, Caixa Postal 1524, CEP 590789-900, Natal, Rio Grande 7
Norte, Brasil. E-mail: [email protected] *Autor para correspondência. 8
-REVISÃO BIBLIOGRÁFICA- 9
RESUMO 10
Fornecer carnes mais saudáveis aos consumidores tem exigido dos suinocultores 11
adequação no manejo alimentar dos animais. Dentre as características favoráveis da carne suína 12
se destaca a sua composição em ácidos graxos, que podem ser modificados a partir da 13
alimentação dos animais. Desta maneira, a manipulação nutricional adequada das rações dos 14
suínos pode reduzir os teores de ácidos graxos saturados que estão, em sua maioria, associados 15
ao aumento dos níveis séricos de colesterol e do risco de doenças coronárias em humanos. A 16
substituição de ácidos graxos saturados da dieta por ácidos graxos mono e poli-insaturados 17
através da inclusão de óleos pode ser considerada uma estratégia para agregar valor às carnes 18
destes animais. Assim, objetivou-se revisar alguns aspectos da utilização de óleos na 19
alimentação dos suínos, bem como seus efeitos sobre a qualidade da carne. 20
21
Palavras - chave: alimentos enriquecidos, ácidos graxos poli-insaturados, produção de suínos, 22
qualidade de carne 23
24
18
ABSTRACT 1
Providing healthier meats to consumers has required swine farmers to be adequately 2
prepared to handle animal feeding. Among the favorable characteristics of pork, its composition 3
in fatty acids, which can be modified from the feeding of the animals, stands out, in this way, 4
the appropriate nutritional manipulation of the pork rations can reduce the levels of saturated 5
fatty acids that are in its Associated with increased serum cholesterol levels and the risk of 6
coronary heart disease in humans. The substitution of saturated fatty acids of the diet by mono 7
and polyunsaturated fatty acids through the inclusion of oils can be considered a strategy to add 8
value to the meat of these animals. This article aimed to review some aspects of the use of oils 9
in pig feed, as well as the effects on the quality of the meat. 10
Keywords: Fortified foods, polyunsaturated fatty acids, pork production, meat quality 11
12
INTRODUÇÃO 13
14
A suinocultura no Brasil vem ocupando posição de destaque como quarto maior produtor 15
mundial de carne suína e ocupa a posição desde 2005, sendo a China o maior produtor, seguido 16
da União Europeia e Estados Unidos. O consumo per capita no país é de 15 kg, o que se 17
considera muito inferior em relação aos demais países (ABIPECS, 2015). 18
A carne suína apresenta importante papel no mercado mundial, devido seu alto valor 19
nutritivo. Os principais constituintes da carne com interesse nutricional são, proteínas de alto 20
valor biológico, minerais, vitaminas e ácidos graxos monoinsaturados. A carne possui em torno 21
de 40 % de ácidos graxos saturados, 47 % de ácidos graxos monoinsaturados e 13 % de ácidos 22
graxos poli-insaturados (BRIDI et al., 2009). 23
As mudanças decorrentes nos hábitos alimentares da sociedade moderna vêm fazendo 24
com que os consumidores procurem, cada vez mais, alimentos que lhes proporcionem menores 25
conteúdos de gordura. Neste sentido, a gordura da carne suína é vista pela maioria como um 26
19
componente prejudicial visto sua composição em ácidos graxos saturados (CAMPOS et al., 1
2013). 2
As quantidades ingeridas de gordura total e colesterol, assim como, o grau de saturação 3
dos ácidos graxos estão associadas à elevação do LDL-colesterol, e consequentemente, ao 4
aumento do colesterol total sanguíneo, aumentando o risco para o desenvolvimento de doenças 5
cardiovasculares em humanos (SANTOS et al., 2013). 6
Os óleos e gorduras podem ser definidos como substâncias de origem vegetal, animal, 7
insolúveis em água, solúveis em solventes orgânicos, formadas principalmente por 8
triacilgliceróis (triglicerídeos), ésteres de ácidos graxos como o glicerol, além dos fosfatídeos, 9
álcoois, hidrocarbonetos e vitaminas. Estes se diferenciam no tamanho da cadeia carbônica e 10
na presença da insaturação. Quando contém apenas ligações simples, são chamados de 11
saturados (gorduras), quando há presença de uma ou mais ligações são chamados de insaturados 12
(óleo) (SILVA et al., 2014). 13
Os ácidos graxos possuem cadeias hidrocarbonadas de comprimento variado de quatro a 14
36 carbonos e podem ser classificados pelo seu grau de saturação: saturados (AGS), contendo 15
apenas ligações simples entre os carbonos ou insaturados (AGI), contendo uma ou mais 16
insaturações (dupla ligação) na cadeia carbônica. Os ácidos graxos insaturados são divididos 17
em monoinsaturados - AGMI apresentando uma insaturação e poli-insaturados - AGPI 18
apresenta duas ou mais insaturações, que podem ser divididos em ômega-6 (ω- 6) ou linoléico 19
e ômega-3 chamado de α - linolênico (LEONARDO, 2014). 20
Os ácidos graxos alfa-linolênico (ω-3) e ácido linoléico (ω-6) uma vez em desequilíbrio 21
na dieta humana, aumenta os riscos de doenças cardiovasculares. Desta forma dietas ricas em 22
alfa-linolênico (ω-3) e ácido linoléico (ω-6) podem ser encontrados em óleos vegetais e peixes 23
de água profunda sendo ricos em ácidos eicosapentaenóico (EPA) e docosahexaenóico (DHA) 24
(NELSON & MICHAEL, 2011). 25
20
As propriedades físicas dos ácidos graxos e dos compostos que os contém são 1
principalmente determinados pelo comprimento e pelo grau de insaturação da cadeia de 2
hidrocarboneto. O ponto de fusão também é fortemente influenciado pelo comprimento e pelo 3
grau de insaturação da cadeia hidrocarbonada. Em temperatura ambiente os ácidos graxos 4
saturados de 12:0 a 24:0 apresentam consistência cerosa, enquanto que os ácidos graxos 5
insaturados do mesmo comprimento são líquidos. Essas diferenças nos pontos de fusão são 6
derivadas de diferentes graus de empacotamento das moléculas de ácidos graxos (NELSON & 7
COX, 2002). 8
Os lipídeos mais simples constituídos a partir de ácidos graxos são triacilgliceróis, 9
também chamados de triglicerídeos, representam uma forma típica de armazenamento de 10
energia nos organismos dos animais e vegetais, portanto, têm maior importância nutricional 11
para animais onívoros como os suínos. Os triglicerídeos são lipídeos formados por três 12
compostos de ácidos graxos acoplados a uma molécula de glicerol, aqueles contendo o mesmo 13
tipo de ácido graxo em todas as três posições são classificados como triacilgliceróis simples, 14
como tripalmitina, triestearina e trioleína, respectivamente, contudo, a maioria dos 15
triacilgliceróis, apresentam ácidos graxos mistos que contêm dois ou todos os ácidos graxos 16
diferentes (SILVA et al., 2014). 17
18
Classificação estrutural dos ácidos graxos 19
20
As gorduras e óleos são reconhecidos como essenciais em dietas humanas e animal, por 21
apresentarem certos ácidos graxos, que os animais não conseguem sintetizar. O ácido graxo 22
poli-insaturado, por exemplo, é extraído de vegetais, algas marinhas e alguns peixes de água 23
fria. Este apresenta benefícios sobre os níveis de colesterol do sangue, protegendo contra 24
doenças coronárias. O ácido Alfa-linolênico é encontrado em sementes de vegetais como o 25
21
linho e a colza, o ácido eicosapentaenóico (EPA, 20:5 Ômega-3), encontrados em óleos de 1
peixes, e através da dessaturação e alongamento da cadeia do ácido alfa- linolênico, estes podem 2
ser obtidos pelo homem e pelos animais, e ainda podem ser incorporados às rações de suínos 3
(BRANDÃO et al., 2005). 4
Os ácidos graxos são divididos em três classes: de cadeia curta, cadeia média e os de 5
cadeia longa. O primeiro está representado pelos ácidos butanoico (C4) e ácido hexanóico (C6), 6
o segundo pelos ácidos que possuem acima de seis até 12 carbonos, e os de cadeia longa são os 7
que possuem de 12 a 18 carbonos, tendo como principal representante o ácido linoléico que 8
possui 18 átomos de carbono e duas duplas ligações, sendo uma no carbono nove e a outra no 9
carbono 12, pertencente à família ômega- 6. 10
Os ácidos graxos poli-insaturados da família ômega-6 principalmente os ácidos linoléico 11
e da família ômega -3 ácido linolênico, são sintetizados apenas pelos vegetais. Logo, os seres 12
humanos devem consumi-los via alimentação já que não possuem enzimas endógenas capazes 13
de realizar sua biossíntese (CORSINO, 2009). 14
Segundo BESSA (1999) a classificação funcional dos ácidos graxos divide-se em três 15
classes, de acordo com seu suposto efeito no metabolismo do colesterol: hipercolesterolêmicos: 16
ácido láurico (C12:0), ácido mirístico (C14:0) e o ácido palmítico (C16:0), neutros: ácido 17
miristoléico (C14:1), ácido palmitoléico (C16:1), ácido esteárico (C18:0), ácido butírico (C4:0) 18
e ácido cáprico (C10:0) e os ácidos graxos de que ainda não se dispõe de informação suficiente 19
para inclui-los em qualquer das três classes são mantidos numa quarta classe residual como os 20
ácidos graxos não identificados e os ácidos graxos ramificados, ácido pentadecílico (C15:0), 21
ácido margárico (C17:0). 22
23
ÓLEOS VEGETAIS 24
25
22
O óleo de soja apresenta grande volume de produção e comercialização. Atualmente a 1
produção brasileira está em torno de 8,074 milhões de toneladas, com uma taxa crescente média 2
anual de 2,5 % podendo aumentar para 10,2 toneladas até 2024 (FAO, 2015), sendo o segundo 3
maior produtor e exportador mundial de grão, farelo e óleo de soja. De acordo com dados 4
estatísticos da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais - ABIOVE, o consumo 5
interno de 6,521 mil toneladas e 1,665 mil toneladas de óleo direcionados para exportação 6
(ABIOVE, 2016). 7
O óleo de soja contém 15% de ácidos graxos saturados, 24% de ácidos oléico (ω-9); 54% 8
de ácido linoléico (ω-6); e 7% de ácido linolênico (ω-3) (DELBEM, 2014). O seu uso em dietas 9
de suínos é feito nas fases iniciais da creche, para matrizes no final da gestação e animais em 10
terminação, sendo utilizados como fontes energéticas nas rações, além de participarem de outras 11
funções no organismo, constituição da parede celular, formação de hormônios esteroides e 12
absorção das vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K). Os lipídeos aumentam o nível energético 13
da ração, melhoram a conversão alimentar dos animais, diminuem a pulverulência das rações e 14
reduzem as perdas de nutrientes (PUNPA, 2004). 15
A canola é a terceira oleaginosa mais produzida no mundo, de cultura anual, herbácea, 16
pertencente à família das Brassicaceae que produz grão ricos em óleo de excelente qualidade 17
para o consumo humano (ESTEVEZ et al., 2014). 18
A semente contém cerca de 45 a 50% de óleo e apresenta excelente qualidade para 19
alimentação humana por apresentar relação entre os ácidos graxos saturados, insaturados e poli-20
insaturados, o que tem instigado uma crescente demanda pelo óleo de canola no mercado 21
(BERTOL & MAZZUCO, 1998). 22
Segundo FURUYA et al. (1997) o óleo de canola apresenta altos teores de ácidos graxos 23
insaturados 58% de ácido oléico, que apresenta a capacidade de reduzir os níveis de colesterol 24
23
no sangue, assim como as lipoproteínas de baixa densidade (LDL- colesterol), 22% de ácido 1
linoléico e 10% de ácido linolênico. 2
Diante disso, BERTOL et al. (2013), em estudo de enriquecimento de carne suína, 3
alimentados com diferentes níveis de inclusão de óleos vegetais (3% de óleo de soja; 3% de 4
óleo de canola e 1,5% de óleo de canola + 1,5% de linhaça), observaram que o desempenho, 5
qualidade de carcaça e de carne não sofreram influência dos tratamentos, porém, o marmoreio 6
foi mais baixo nos animais alimentados com dietas contendo óleo de canola mais linhaça, 7
resultando em maior conteúdo de ácidos graxos monoinsaturados. 8
O óleo de linhaça possui propriedades funcionais por apresentar componentes 9
fisiologicamente ativos, trazendo benefícios para a saúde como, alto conteúdo de ácido Alfa 10
linolênico (ômega-3) e lignanas que podem prevenir e controlar o câncer de mama e de pulmão, 11
efeitos estes atribuídos aos compostos que possuem atividade antioxidante, como compostos 12
fenólicos que absorvem radicais livres e inibem a cadeia de iniciação ou interrompem a 13
propagação das reações oxidativa promovidas pelos radicais livres (SILVA et al., 2010). Além 14
disso, estudos tem demostrado que o consumo de linhaça pode reduzir o colesterol total e o 15
LDL (BIERENBAUM et al., 1993). 16
A adição do óleo de linhaça nas deitas dos animais apresenta grande interesse 17
principalmente pela sua composição rica em ácidos graxos linolênico (ômega-3), como uma 18
excelente alternativa para melhorar o teor lipídico e o perfil de ácidos graxos da carne. 19
(BERNARDI et al., 2015). Dietas suplementadas com quantidades adequadas de ácidos graxos 20
poli-insaturados (PUFAS) têm sido a associadas à redução de doenças cardiovasculares, 21
neoplasias, afecções inflamatórias autoimunes e colite ulcerativas (PITA et al., 2008). 22
Dos vegetais, a linhaça é um dos mais ricos em ácidos graxos poli-insaturados, 23
apresentando elevados teores de ácidos graxos ômega-3, contendo, 50-55 % linolênico, que é 24
biologicamente precursor dos ácidos eicosapentaenóicos (EPA), docosapentaenóicos (DPA), e 25
24
docosahexaenóicos (DHA). Através dos processos de dessaturação e alongamento (OLIVEIRA 1
et al., 2013). 2
De acordo NUERNBERG et al. (2005) que avaliaram a inclusão de 5% de óleo de oliva 3
e 5% de óleo de linhaça em dietas para suínos e observaram que a composição da carcaça e a 4
qualidade da carne não foram afetadas pelas dietas, porém, a dieta que continha óleo de linhaça 5
aumentou significativamente o teor relativo de ácido graxo linolênico nos músculos, mas o 6
sabor foi negativamente influenciado pela suplementação do óleo de linhaça em comparação 7
ao de oliva. De acordo com OKROUHLÁ et al. (2013) o óleo de linhaça não apresenta efeitos 8
negativos para os parâmetros quantitativos e qualitativos com dietas contendo uma 9
suplementação de 150 g/kg de linhaça, porém aumenta o teor de PUFA, (ômega-3 n-3) e reduz 10
os ácidos graxos saturados. 11
Segundo dados do Conselho Oleícola Internacional (IOOC, 2014) o consumo de azeite 12
de oliva no Brasil foi de, aproximadamente 73 milhões de toneladas em 2012/2013 com 13
aumento do consumo perca pita que passou de 150 g em 2005/2006 para 365 g 2012/2013. 14
Dentre os óleos vegetais o azeite de oliva é o único que apresenta 60 a 80% de ácidos 15
graxos monoinsaturados, ácido oleico (ômega-9) e quantidades razoáveis de ácidos graxos 16
considerados essenciais, como o ácido graxo linolênico (ômega-6) e o ácido graxo linoléico 17
(ômega-3) (OLIVEIRA et al., 2008). 18
Outros constituintes importantes presentes no azeite de oliva seriam os tocoferóis, 19
compostos fenólicos, vários minerais e vitaminas do complexo B, que lhe confere propriedades 20
nutricionais específicas. Em função dessas características o azeite de oliva apresenta benefícios 21
a saúde humana na redução da incidência de doenças crônicas não transmissíveis (enfermidades 22
cardiovasculares, hipertensão, reumatismo, osteoporose, cânceres e diabetes, quando 23
consumido com maior frequência (MELLO et al., 2012). 24
25
Com a finalidade de avaliar o efeito da suplementação de azeite de oliva sobre a 1
composição de ácidos graxos na carne de frangos de corte ZHANG et al. (2013) estudaram três 2
dietas fornecidas durante 21 dias (5% de sebo; 2% de azeite de oliva + 3% de sebo e 5% de 3
azeite de oliva). E observaram que a dieta que continha 5% de azeite de oliva diminuiu os níveis 4
de ácidos graxos saturados na carne. 5
O cártamo é uma oleaginosa chamada de açafrão-bastardo, pertencente à família 6
Asteraceae, de origem Mexicana, representa uma das culturas mais antigas do mundo, por ser 7
considerada uma planta adaptada a climas quentes e secos, tolerante à salinidade e seus grãos 8
podem conter até 40% de óleo de ótima qualidade tanto para o consumo humano, quanto para 9
as indústrias (VOSOUGHKIA et al., 2011). Os principais produtores mundiais do cártamo são 10
China, Estados Unidos, México, Rússia e Índia (RURAL SEMENTES, 2010). 11
A partir da semente é possível extrair o óleo de cártamo que apresenta diversas 12
propriedades e benefícios para o consumo humano, como a presença de lignanas, óleos 13
essências como: ácido oleico 20 a 30%, ácido linolênico 70%, e baixa porcentagem de ácido 14
linolênico 3% e vitamina E (YEILAGHI et al., 2012). 15
Uma das características químicas mais importantes do óleo de cártamo é sua composição 16
com 90% ácidos graxos insaturados, o que lhe confere fatores desejáveis para óleos destinados 17
ao consumo humano (FERREIRA et al., 2011). A ingestão aumentada de ácidos graxos 18
monoinsaturados e poli-insaturados na dieta pode vir a reduzir a doença coronária, diminuir o 19
colesterol no sangue e ainda estimular o sistema imunitário (PINTÃO & SILVA, 2008). 20
O Coco pertence à família Arecaceae (Palmae) e à subfamília Cocoideae. O óleo de coco 21
apresenta em sua composição basicamente ácidos graxos saturados de cadeia média, 20% de 22
ácido mirístico (C14:0) e 40% de ácido láurico (C12:0). O óleo pode ser utilizado para bases 23
de muitos produtos farmacêuticos, produção de biocombustível através da utilização de ésteres 24
metílicos (KUMAR, 2011). 25
26
As gorduras vegetais são ricas em ácidos graxos insaturados, o óleo de coco e o de palma 1
são exceções, constituído principalmente de ácidos graxos saturados, no entanto, o consumo de 2
gorduras saturadas tem sido a associado ao surgimento de dislipidemia (CHAMPE & 3
HARVEY, 1996). 4
De acordo com LIPOETO, 2004; AMARASIRI, 2006, avaliando estudos com a 5
população do Pacifico Sul e da África, cujas alimentação contém grandes quantidades de 6
ingestão de óleo de coco, em torno de 80% de ingestão diária de lipídeos, observaram que não 7
houve associação da ingestão de óleo de coco com a ocorrência de dislipidemia. KUMAR, 8
(1996), em estudo na Kerala, sul da Índia, também não observou relação de doenças cardíacas 9
com a suplementação do óleo de coco. 10
Segundo HANN et al. (2014), existem poucos estudos que asseguram o uso de óleo de 11
coco com a finalidade de diminuição de gordura corporal, sendo necessário um maior número 12
de evidências científicas que comprovem a sua suplementação com esse fim. 13
O girassol é uma planta oleaginosa que apresenta características agronômicas 14
importantes, como adaptação a climas adversos. É uma das culturas produtoras de óleo mais 15
importantes do mundo por apresentar excelente qualidade do óleo comestível, cujos grãos 16
apresentam em torno de 38 a 53% que é extraído de suas sementes (SLUSZZ & MACHADO, 17
2006). 18
O óleo de girassol possui características valiosas do ponto de vista nutricional e culinário, 19
apresentando sabor suave e aromas neutros, geralmente seu consumo se dá na forma não 20
refinada, o que mantém naturalmente a matéria insaponificável e inclui valiosos antioxidantes. 21
Possui em sua composição baixa quantidade de ácidos graxos saturados e alta composição em 22
ácidos graxos poli-insaturados em torno de 80 a 90%, entre 60-75% de ácido linoléico, 2% de 23
ácidos graxos monoinsaturados e ausência ou traços de ácido linolênico (GUNSTONE, 2005). 24
27
O milho (Zea mays L.) é um dos principais cereais mais produzidos no mundo. O Brasil 1
produziu no ano 2014/2015 84,7 milhões de toneladas ocupando posição de terceiro maior 2
produtor, seguido dos Estados Unidos e China (EMBRAPA, 2015). 3
O gérmen de milho é rico em óleo, em torno de 30%, apresentando alto valor nutricional 4
e propriedades sensórias desejáveis como um leve sabor de noz (MOREAU, 2005). Os 5
principais ácidos graxos que compõem o óleo de milho são: ácido palmítico 17%, ácido 6
linoleico 62%, ácido oleico 42%, e o ácido linolênico está presente em baixas concentrações. 7
Apesar da alta insaturação, o óleo apresenta boa estabilidade oxidativa devido aos altos níveis 8
de compostos insaponificáveis que inclui os fitosteróis e tocoferóis (GUNSTONE, 2005; 9
MOREAU, 2005). Grande parte da produção do óleo de milho é utilizado na produção de 10
margarinas e o restante na culinária como frituras e saladas. 11
12
Importância de alimentos enriquecidos com ácidos graxos instaurados para saúde 13
humana 14
15
Os ácidos graxos ômega - 6 e ômega - 3 são denominados como ácidos graxos essenciais, 16
por não ser biosintetizados em animais, incluindo o homem, devido à ausência de síntese 17
enzimática e segundo KAHVECI & XU, (2011) por serem compostos indispensáveis para a 18
saúde, precisam ser obtidos por fontes dietéticas. 19
Os ácidos graxos poli-insaturados linoléico ômega 6 é o principal precursor do ácido 20
araquidônico, que consiste em maior precursor de eicosanoides responsáveis por desencadear 21
processos inflamatórios e pró-agregatórios, enquanto que o ácido linolênico é o precursor do 22
eicosapentaenoico (EPA) e docosahexaenóico (DHA) estão envolvidos na formação de 23
eicosanoides de ação anti-inflamatória e antiagregatória (SINN et al., 2012). 24
28
Os ácidos graxos ômega 6 e ômega 3 competem pela mesma enzima envolvidas nas 1
reações de dessaturação e alongamento da cadeia, embora essas enzimas tenham maior 2
afinidade pelos ácidos graxos da família n-3, a conversão de ácido linolênico em PUFAs é 3
fortemente influenciada pelos níveis de ácido linoléico na dieta (MARTIN et al., 2006). 4
Os ácidos graxos eicosapentaenóico (EPA) e docosahexaenóico (DHA) são facilmente 5
encontrados nas carnes de peixes de águas frias, dando a estes animais posição de destaque 6
quando se trata de perfil lipídico de carnes (MAHECHA, 2002). Segundo ULBRICHT e 7
SOUTHGATE (1991), dietas que contenham níveis altos de ácido esteárico (C18:0), não 8
elevam os níveis de colesterol sérico, ácidos graxos de cadeia curta, ou seja, que apresentem 9
(abaixo de 10 carbonos), não aumentam o nível de colesterol no sangue desta forma, 10
concentrações elevadas de ingestão de ácido mirístico (C14:0), palmítico (C16:0) e láurico 11
(C12:0) aumentam a concentração das lipoproteínas de baixa densidade (LDL) enquanto o 12
maior consumo de ácidos graxos insaturados (AGI) apresenta efeito inverso em humanos 13
(MENSINK et al., 2003). 14
Para aumentar o teor de ácidos graxos poli-insaturados como o ácido linoléico (C18:2) e 15
linolênico (C18:3) nas dietas dos suínos faz se adição de fontes lipídicas ricas em ácidos graxos 16
insaturados, podendo melhorar a relação entre os ácidos graxos poli-insaturados: saturados, nos 17
tecidos dos animais (MOREL et al., 2006; KOUBA & MOUROT, 2011). 18
A expectativa de vida das pessoas tem aumentado com o passar dos anos e ao mesmo 19
tempo a população tem adotado hábitos alimentares mais saudáveis, buscando um equilíbrio 20
alimentar. Diante disso, novas pesquisas têm sido realizadas para promover dietas equilibradas, 21
além de suprir as necessidades básicas do organismo, e prevenirem doenças (VIDAL et al., 22
2012). 23
Dentre os ácidos graxos poli-insaturados o ácido linolênico, eicosapentaenóico (EPA) e 24
o docosahexaenóico (DHA) e ácidos graxos poli-insaturados como os ácidos linoléico e o 25
29
araquidônico, se destacam por apresentarem efeitos benéficos à saúde humana (PERIRI et al., 1
2010). 2
Segundo MATTAR & OBEID (2009), os ácidos graxos poli-insaturados ômega-3 e 3
ômega-6 desempenham papel importante na prevenção de doenças cardiovasculares e 4
aterosclerose, assim a razão entre a ingestão diária de alimentos ricos em ácidos graxos n-3 e 5
n-6 apresentam grande importância na nutrição humana. 6
O ômega 3 é considerado alimento funcional e pode ser encontrado de diversas formas, 7
natural (animais marinhos) ou artificial (Fármacos), considerado alimento muito importante, 8
pois age no organismo reduzindo o colesterol e doenças como a asma, diabetes ajudando a 9
reduzir danos vasculares, o colesterol total, além de desempenhar importante papel nos 10
processos inflamatórios, doenças como o câncer, a hipertensão arterial, distúrbios neurológicos 11
também são beneficiados por esse nutriente (VAZ et al., 2014). 12
Os dois mais importantes ácidos graxos poli-insaturados ômega 3 são os ácidos 13
eicosapentaenóico (EPA) e docosahexaenóico (DHA), onde os mesmos diferem nos efeitos de 14
muitas de suas atividades protetoras. O ácido graxo DHA parece ser mais responsável pelo 15
efeito benéfico na redução de lipídeos e lipoproteínas, na pressão sanguínea em comparação ao 16
EPA, enquanto que a mistura de DHA e EPA mostrou reduzir significativamente a agressão 17
plaquetária, em comparação ao uso isolado do ômega 6 o DHA e EPA parecem atuar 18
sinergicamente no metabolismo dos triglicerídeos, na pressão osmótica e excitabilidade 19
cardíaca (PIOVESAN, 2010). 20
A relação dos ácidos graxos n-6/n-3 apresenta grande importância para a produção de 21
ácidos graxos de cadeia muito longa, já que relações muito elevadas tendem a diminuir a 22
produção do ácido eicosapentanóico (EPA), resultando em condições para o desenvolvimento 23
de doenças alérgicas, inflamatórias e cardiovasculares, desta forma mais estudos seriam 24
30
necessários para obter-se uma relação adequada de n-6/n-3 na dieta. Alguns autores 1
recomendaram valores de 2:1 e 4:1 (MARTIN et al., 2006). 2
Segundo SANTOS-SILVA et al. (2002), a relação dos ácidos graxos é utilizada para 3
avaliar o valor nutricional do perfil de ácidos graxos da dieta, entretanto, para essa avaliação 4
são utilizados apenas estruturas químicas dos ácidos graxos, o que torna essa relação 5
inadequada por atribuir os efeitos hipercolesterolêmicos a todos os ácidos graxo saturados, e 6
ignorando os efeitos hipocolesterolêmicos dos ácidos graxos monoinsaturados (AGMI). 7
De acordo com SIMOPOULOS, (2004) o que seria recomendado entre os ácidos graxos 8
ômega-3 e ômega-6 seria uma proporção entre 10:1 até 20:1. 9
Para ZAMBOM et al. (2004) a lipoproteína LDL em altas concentrações no organismo 10
eleva ataques cardíacos enquanto a lipoproteína HDL apresenta função contraria removendo o 11
excesso de colesterol dos tecidos. 12
Diante da busca por alimentos saudáveis pelos consumidores, diversos pesquisadores 13
estão manipulando a composição dos alimentos, principalmente aqueles relacionados a 14
problemas cardíacos, para oferecer produtos considerados saudáveis, (OLIVEIRA et al., 2013). 15
16
CONCLUSÃO 17
18
Estudos comprovam que alimentação de suínos com óleos vegetais ricos em ácidos 19
graxos insaturados pode proporcionar benefícios no enriquecimento de ácidos graxos poli-20
insaturados na carne suína, considerados como essências como o ômega 6 e ômega 3 que não 21
são biosintetizados pelos animais, devendo estar presentes nas fontes alimentares. 22
23
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38
3. BLENDS DE ÓLEOS VEGETAIS NA DIETA DE SUÍNOS EM TERMINAÇÃO
Artigo que será submetido à Revista: Scientia Agricola.
Página eletrônica: http://www.esalq.usp.br
ISSN: 0103-9016
39
Blends de óleos vegetais na dieta de suínos em terminação 1
2
Claudiana da Silva Souza1* José Aparecido Moreira1 3 4
(1)Pós Graduação em Produção Animal, Universidade Federal do Rio Grande do Norte 5
(UFRN), Campus Universitário Lagoa Nova, Caixa Postal 1524, CEP 590789-900, Natal, 6
Rio Grande Norte, Brasil. E-mail: [email protected] *Autor para 7
correspondência. 8
Resumo: Objetivou-se avaliar a adição de diferentes Blends de óleos vegetais em rações 9
para suínos em terminação. Foram utilizados 24 suínos machos castrados, com peso 10
médio inicial de 72 ± 3.4 kg/PV em delineamento em blocos casualizados contendo 11
quatro tratamentos e seis repetições. Os tratamentos consistiram de: Ração óleo de soja 12
100 %; e da combinação dos diferentes óleos formando: Blend 1- (50 % óleo de soja, 25 13
% óleo de linhaça, 12,5 % óleo de oliva e 12,5 % óleo de canola); Blend 2- (25 % de óleo 14
de soja, 50 % de óleo de linhaça, 12.5 % oliva e 12,5 % canola); e Blend 3- (25 % de óleo 15
de soja, 12,5 % óleo de linhaça, 12,5 % óleo de oliva e 50 % óleo de canola). Foram 16
avaliados o desempenho, os parâmetros quantitativos e qualitativos da carcaça, o perfil 17
de ácidos graxos e a viabilidade econômica das dietas. O uso dos Blends, nas dietas não 18
influenciou o desempenho nem a qualidade da carcaça, mas aumentou o marmoreio e o 19
rendimento de carcaça. O perfil de ácidos graxos do lombo apresentou maiores 20
quantidades de ácido esteárico no Blend 3 e maior percentual de ácidos graxos insaturados 21
nos animais do Blend 1, o tecido adiposo apresentou maior quantidade de ácido mirístico 22
no Blend 1 e ácido oleico no Blend 3. A ração controle foi a mais econômica. Os Blends 23
não ofereceram prejuízo no desempenho e características de carcaça e melhorou o perfil 24
de ácidos graxos da carne. 25
40
26
Palavras - chave: alimentos enriquecidos, ácido linoléico, desempenho, qualidade de 27
carne, monoinsaturados 28
INTRODUÇÃO 29
A carne suína apresenta características nutricionais desejáveis como alto teor de 30
proteína e baixo valor calórico, com cerca de aproximadamente 7 % de gordura total. 31
(Bragagnolo et al., 2002). Nesse sentido, tem se observado um aumento do consumo de 32
carne suína na última década em cerca de 13,9 % o que estimula os pesquisadores a 33
investirem no incremento nutricional deste alimento (ABPA, 2016). 34
Uma das maneiras mais usuais utilizadas para promover mudanças no perfil lipídico 35
das carnes é a utilização de óleos ricos em ácidos graxos poli-insaturados (Teye et al. 36
2006; Realini et al., 2010; Sobol et al., 2016). Os óleos de palma, peixe, girassol, linhaça, 37
e canola são exemplos testados em rações de suínos com efeitos sobre o desempenho, 38
características de carcaça e na composição de ácidos graxos da carne, no entanto, devem 39
ser adicionados em proporções dietéticas adequadas para que o produto final seja 40
beneficiado. 41
O consumo de gordura saturada (C12:0, C14:0 e C16:0) está relacionado ao 42
aumento do nível de colesterol sanguíneo por reduzir a atividade do receptor LDL- 43
colesterol, diminuindo os níveis de LDL na corrente sanguínea. Assim, a substituição de 44
ácidos graxos saturado da dieta por ácidos graxos mono e poli-insaturados através da 45
inclusão de óleos, pode ser considerada uma estratégia indireta para melhorar o controle 46
de doenças cardiovasculares (Grundy e Denke, 1990). 47
Diante desse contexto, objetivou-se avaliar a adição de diferentes Blends de óleos 48
vegetais em rações para suínos em terminação, sobre o desempenho, os parâmetros 49
41
quantitativos e qualitativos da carcaça, o perfil de ácidos graxos e a viabilidade econômica 50
o uso das dietas. 51
MATERIAL E MÉTODOS 52
O estudo foi realizado na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Unidade 53
Acadêmica Especializada em Ciências Agrarias (UFRN-EAJ), Macaíba-RN, Brasil. 54
Todos os protocolos e procedimentos experimentais foram aprovados pelo Comitê de 55
Ética em Experimentação Animal (CEUA) da UFRN (protocolo n º. 019/2015- CEUA / 56
UFRN). 57
Os animais foram alojados em galpão experimental com piso de concreto, contendo 58
comedouros simples, e bebedouros do tipo chupeta. Foram utilizados termômetros, de 59
máxima e mínima, colocados no interior do galpão para registro diário das temperaturas 60
durante todo o período experimental, as temperaturas mínimas e máximas do período 61
foram, respectivamente, 22,3 e 32,4 ºC e a umidade relativa de 87,8. 62
Utilizou-se 24 suínos híbridos comerciais, machos castrados, com peso médio 63
inicial de 72 ± 3.4 kg/PV, durante um período de 40 dias distribuídos em delineamento 64
de blocos casualizados, com quatro tratamentos e seis repetições com um animal por 65
unidade experimental. 66
As dietas experimentais foram à base de milho, farelo de soja, farelo de trigo, núcleo 67
comercial, óleo de soja, linhaça, oliva, canola, lisina e treonina para atender as exigências 68
nutricionais estabelecidas pelas Tabelas Brasileiras de Aves e Suínos (Rostagno et al., 69
2011) (Tabela 1). As demais dietas foram constituídas da combinação de diferentes fontes 70
de óleos vegetais em substituição ao óleo de soja, compondo os seguintes Blends: Blend 71
1- 50 % de óleo de soja, 25 % óleo de linhaça, 12,5 % óleo de oliva e 12,5 % óleo de 72
canola; Blend 2- 25 % óleo de soja, 50 % óleo de linhaça, 12,5 % óleo de oliva e 12,5 % 73
42
de canola; Blend 3- 25 % óleo de soja, 12,5 % óleo de linhaça, 12,5 % óleo de oliva e 50 74
% de óleo de canola. 75
Tabela 1. Composição alimentar e nutricional das rações experimentais 76
Ingredientes (%) Tratamentos
Óleo de soja Blend 1 Blend 2 Blend 3
Milho 73,152 73,152 73,52 73,152
Farelo de soja 15,130 15,130 15,130 15,130
Farelo de trigo 6,455 6,455 6,455 6,455
Núcleo comercial1 3,000 3,000 3,000 3,000
Óleo de soja 2,000 1,000 0,500 0,500
Óleo de linhaça - 0,500 1,000 0,250
Óleo de oliva - 0,250 0,250 0,250
Óleo de canola - 0,250 0,250 1,000
HCL-Lisina 0,219 0,219 0,219 0,219
L-Treonina 0,043 0,043 0,043 0,043
Total 100,00 100,00 100,00 100,00
Composição calculada
Energia metabolizável (kcal kg-1) 3,241 3,241 3,241 3,241
Proteína bruta (%) 13,532 13,532 13,532 13,532
Fósforo disponível (%) 0,106 0,106 0,106 0,106
Metionina digestível (%) 0,232 0,232 0,232 0,232
Lisina digestível (%) 0,718 0,718 0,718 0,718
Treonina digestível (%) 0,481 0,481 0,481 0,481
Sódio (%) 0,154 0,154 0,154 0,154
Cloro (%) 0,042 0,042 0,042 0,042 11Níveis de garantia por kg do produto: ácido fólico (mim) 5 mg; ácido patotênico (min) 257 mg; BHT 77 (min) 133 mg; bacitracina (min) 1.333.33 mg; biotina (mim) 3,0 mg; cálcio (mim) 230 g; cálcio (max) 240 78 g; cobalto (mim) 5,66 mg; cobre (mim) 4,000 mg; colina (mim) 3,330 mg; ferro (mim) 3,333 mg; fitase 79 (mim) 16,65 ftu; flúor (max) 332 mg; fósforo (mim) 34,6 g; iodo (mim) 33,33 mg; manganês (mim) 1,333 80 mg; niacina (mim)569 mg; selênio (mim) 10 mg; sódio (mim) 58,5 g; vitamina a (mim) 116,800 ui; vitamina 81 b1 (mim)16,7 mg; vitamina b12 (mim) 353 mg; vitamina b2 (mim) 66,7 mg; vitamina b6 (mim) 16,7 mg; 82 vitamina d3 (mim) 25,000 ui; vitamina c (mim) 833,33 ui; vitamina k3 (mim) 49 mg; zinco (mim) 3,393 83 mg. Energia metabolizável (kcal kg-1) dos óleos: soja: 8.340; Linhaça: 8.220; Oliva: 8.400; Canola: 8.340. 84
85
Os animais receberam durante o período experimental ração e a água ad libitum e 86
as rações foram pesadas periodicamente. As sobras foram pesadas para determinação do 87
consumo diário de ração. As pesagens dos animais ocorreram no início e no final do 88
experimento, para o cálculo do ganho de peso e da conversão alimentar. 89
Ao atingirem peso médio 100 ± 6.28 kg/PV os animais foram destinados ao abate. 90
Os suínos permaneceram em jejum de sólidos por período de 12 horas e foram 91
43
sacrificados após insensibilização por eletronarcose sendo posteriormente escaldados, 92
depilados e eviscerados. 93
Ao final da linha de abate, as carcaças foram separadas em duas por um corte 94
longitudinal na linha dorso-lombar, mensurando-se seu comprimento do bordo cranial da 95
sínfise pubiana até o bordo crânio ventral do atlas, com auxílio de fita métrica de acordo 96
com o Método Brasileiro de Classificação de Carcaça (ABCS, 1973). As meias carcaças 97
foram pesadas individualmente e na meia-carcaça esquerda foi realizado corte no ponto 98
P2 (correspondente à projeção perpendicular da última costela a quatro cm da coluna 99
vertebral), para a exposição do músculo Longissimus dorsi e da camada de toucinho. Para 100
a tomada da espessura de toucinho e da profundidade do músculo Longissimus dorsi 101
seguindo-se a técnica descrita por Bridi e Silva (2007). 102
A espessura de toucinho foi medida em três pontos da carcaça: na altura da primeira 103
costela, na última costela e entre a última e a penúltima lombar, com auxílio de um 104
paquímetro. A medida da área de olho de lombo (Longissimus dorsi) foi realizada na 105
altura da última costela (na região de inserção da última vértebra torácica com a primeira 106
lombar) os valores foram obtidos com auxílio de um paquímetro e expressos em 107
milímetros. 108
As carcaças foram pesadas, identificadas e resfriadas em câmara fria a 4 ºC por 109
período de 24 horas a uma temperatura média de 2 ± 1 ºC para avaliação dos parâmetros 110
quantitativos foram analisados o comprimento da carcaça, espessura de toucinho, 111
espessura do toucinho P2, peso de carcaça quente, peso de carcaça resfriada, quantidade 112
de carne resfriada, peso do pernil, rendimento de carcaça, rendimento de carne, 113
rendimento de carne na carcaça fria, perda de peso no resfriamento, profundidade do 114
músculo, área de olho do lombo, área de gordura e relação carne: gordura (anexo). Para 115
44
as análises dos parâmetros qualitativos foram avaliados a medida de pH, marmoreio e cor 116
do músculo, de acordo com o Método Brasileiro de Classificação de Carcaça (ABCS, 117
1973; Bridi e silva, 2009). 118
O valor de pH foi obtido com auxílio de um pHmetro portátil, com eletrodo de 119
inserção, 45 minutos e 24 horas após ao abate. A cor do músculo foi determinada usando 120
um painel de cores em uma escala de um a seis do National Pork Producers Counci 121
(NPPC, 1998), onde o valor 1 representa carnes com baixa pigmentação e o valor seis 122
indica pigmentação elevada. A avaliação de marmoreio foi realizada através de escala de 123
marmoreio que varia de um a sete, sendo que as carnes com valor um apresenta somente 124
traços de marmoreio e valor sete apresenta marmoreio excessivo (Meat Evaluation 125
Handbook, 2001). 126
A análise do perfil de ácidos graxos do tecido adiposo e do lombo (Longissimus 127
dorsi) foi realizado de acordo com a metodologia proposta por Bligh e Dyer (1959). Uma 128
mistura contendo 5 g de amostra úmida triturada da gordura, 12,5 mL de clorofórmio e 129
12,5 mL de metanol foi homogeneizada em mesa agitadora por 20 minutos, sendo em 130
seguida deixada em repouso no freezer por 16 horas à -19 ºC. Após as 16 horas, a mistura 131
foi filtrada em papel filtro e transferida para um funil de separação de 250 mL, sendo 132
adicionado posteriormente 12,5 mL de clorofórmio e 12,5 mL de solução de sulfato de 133
sódio a 2 %, agitando-se vigorosamente e deixada em repouso por duas horas. 134
Formou-se um sistema bifásico e a fase inferior, contendo os lipídeos purificados 135
diluídos em clorofórmio, foi filtrada em papel filtro contendo sulfato de sódio anidro. As 136
amostras foram armazenadas em frasco de âmbar e congeladas a -20 ºC até o momento 137
da esterificação. Após a extração, o material foi saponificado, sofreu um processo de 138
metilação, de acordo com a metodologia de Hartman e Lago (1973). 139
45
O material obtido foi submetido à cromatografia gasosa (Thermo Scientific – 140
CG/FID – FOCUS) com detector de ionização de chama (FID) e coluna capilar Supelco 141
SPTM SPTM-2560 (100 m x 0,25 mm x 0,2 µm). As temperaturas do detector e do injetor 142
foram de 270 e 230 ºC, respectivamente. A programação de aquecimento da coluna foi 143
iniciada com 40 ºC por três minutos, em seguida: 180 ºC por cinco minutos a uma taxa 144
de 10 ºC/minutos, 180 ºC a 220 ºC por três minutos a uma taxa de 10 ºC/minutos, 220 ºC 145
a 240 ºC por 25 minutos a uma taxa de 20 ºC/minutos. O volume de injeção foi de 1 µl 146
com razão de Split de 1:10. O gás de arraste utilizado foi o nitrogênio. A identificação e 147
a quantificação dos picos foram feitas por comparação do tempo de retenção e da área 148
dos picos das amostras com as de padrões de ésteres metílicos de ácidos graxos (Supelco 149
37 componentes FAME Mix, ref. 47885-U). 150
A viabilidade econômica da utilização de Blends de óleos nas rações de suínos em 151
terminação foi determinada de acordo com preconizado por Bellaver et al. (1985), onde: 152
Custo da Ração (kg) = Consumo de ração x Preço por Kg de ração
Ganho de peso 153
Os cálculos do Índice de eficiência econômica (IEE) e o índice de custo médio (IC) 154
foram realizados segundo Barbosa et al. (1992) utilizando-se as seguintes equações: 155
IEE =MCe
CTei x 100 IC =
CTei
MCe x100 156
Em que: MCe = menor custo médio em ração, por quilograma de peso vivo ganho, 157
observado entre os tratamentos; CTei = custo médio do tratamento i considerado. 158
Os preços dos ingredientes (expressos em R$/ quilograma) utilizados na elaboração 159
dos custos das rações foram coletados na região de Natal no mês de março de 2015. 160
Os resultados foram submetidos à análise de variância pelo procedimento PROC 161
GLM do SAS (2004), e as médias foram comparadas pelo teste de Duncan a 5 % de 162
significância. 163
46
RESULTADOS E DISCUSSÃO 164
O desempenho dos suínos alimentados com as diferentes misturas de óleos vegetais 165
não apresentou efeito (P>0,05) entre os tratamentos (Tabela 2), possivelmente este evento 166
ocorreu devido as dietas terem sido isoenergéticas, resultando em teores de energia 167
adequados a exigência animal em todos os tratamentos, não afetando os parâmetros de 168
desempenho. 169
Tabela 2. Consumo de ração diário, ganho de peso diário e conversão alimentar de suínos 170
alimentados com rações contendo Blends de óleos vegetais 171
Variáveis Tratamentos
CV (%) Óleo de soja Blend 1 Blend 2 Blend 3
Peso inicial (kg) 72,33 72,33 72,16 72,00 4,85
Peso final (kg) 109,16 105,16 105,00 106,00 5,29
Ganho de peso (kg dia-1) 0,94 0,84 0,84 0,87 12,77
Consumo de ração (kg dia-1) 2,75 2,70 2,46 2,68 9,70
Conversão alimentar (kg kg-1) 2,92 3,21 2,93 3,08 9,87 Óleo de soja: 100 %; Blend 1- 50 % óleo de soja; 25 % óleo de linhaça; 12,5 % óleo de oliva e 12,5 % óleo 172 de canola; Blend 2- 25 % óleo de soja; 50 % óleo de linhaça; 12,5 % óleo de oliva; 12,5 % de canola; Blend 173 3- 25 % óleo de soja; 12,5 % óleo de linhaça; 12,5 % óleo de oliva e 50 % óleo de canola. 174 175
Entretanto alguns autores (Santos et al. 2008; Almeida et al., 2009; Murakami et 176
al., 2010), observaram efeito negativo do óleo de linhaça sobre o consumo de ração, todos 177
associados a fatores sensoriais como odor e sabor fortes, o que é bastante diferente do 178
óleo de soja utilizado usualmente nas dietas de suínos. Provavelmente as quantidades de 179
óleo de linhaça usados no presente ensaio não foram capazes de modificar a palatabilidade 180
das dietas, não influenciando o consumo de ração e a conversão alimentar dos animais. 181
Os resultados obtidos no presente estudo estão em consonância com os encontrados 182
por Bertol et al. (2013) que avaliaram o enriquecimento da carne suína com ácidos graxos 183
da família ômega-3 (ácido alfa linolênico) através da suplementação da dieta com óleo de 184
soja, óleo de canola e óleo de canola + óleo de linhaça e observaram que a combinação 185
47
destes óleos não influenciaram o desempenho dos suínos na fase de terminação. No 186
mesmo sentido, Bečková Václavková (2010) e Nuernberg et al. (2005) também não 187
observaram nenhum efeito significativo sobre o ganho de peso dos suínos alimentados 188
com rações contendo óleo de linhaça. 189
Os resultados do presente estudo corroboram com os encontrados por Sobol et al. 190
(2016) que avaliaram dieta enriquecida com a mistura de 2 % de óleo de linhaça, 0,5 % 191
de óleo de canola e 5 % de óleo de peixe para suínos em terminação e não observaram 192
diferenças no desempenho. 193
Por outro lado, Okrouhlá et al. (2013) observaram efeitos na conversão alimentar 194
quando incluíram 150 g de óleo de linhaça na dieta dos suínos. Esses autores explicam 195
que isso pode ter ocorrido devido ao aumento do valor energético da dieta já que a ração 196
foi formulada para atender as necessidades energéticas do animal e só depois 197
suplementada com o óleo de linhaça. O que ajuda a explicar a divergência dos resultados 198
entre os dois trabalhos. 199
Os parâmetros de qualidade de carne, pH, cor do músculo, rendimento de carcaça, 200
quantidade de carne resfriada, quantidade de carne na carcaça, não foram influenciadas 201
(P>0,05) pelos Blends como apresentado na Tabela 3, exceto para a marmoreio que foi 202
maior para os animais que receberam as dietas que continham os Blends, sugerindo que 203
as combinações de óleos ricos em ácidos graxos poli-insaturados influenciam na 204
deposição de gordura intramuscular da carne. 205
Segundo Crespo e Esteve-Garcia, (2002), os ácidos graxos poli-insaturados, 206
especialmente os n-3, são preferencialmente depositados em fosfolipídios das 207
membranas, diferentemente dos ácidos graxos saturados que, quando consumidos em 208
48
excesso, são depositados como triglicerídeos nos tecidos gordurosos o que não foi 209
observado no presente estudo. 210
Tabela 3. Parâmetros qualitativos e quantitativos de suínos alimentados com rações 211
contendo Blends de óleos vegetais 212
Médias seguidas de letras diferentes na mesma linha diferem estatisticamente pelo teste de Duncan ao nível 213 de 5 % de significância. Óleo de soja 100 %; Blend 1- 50 % óleo de soja; 25 % óleo de linhaça; 12,5 % 214 óleo de oliva e 12,5 % óleo de canola; Blend 2- 25 % óleo de soja; 50 % óleo de linhaça; 12,5 % óleo de 215 oliva; 12,5 % de canola; Blend 3- 25 % óleo de soja; 12,5 % óleo de linhaça; 12,5 % óleo de oliva e 50 % 216 óleo de canola. 217 218
O teor de marmoreio da carne pode ser visto como ponto positivo por ser um 219
atributo importante da qualidade da carne porque está associado com a suculência, maciez 220
e sabor. De acordo com Bridi e Silva (2009) que preconizam que níveis de gordura abaixo 221
de 2 % são prejudiciais a qualidade da carne, desta maneira, a gordura intramuscular 222
exerce extrema importância na conservação da mesma, além de melhorar a suculência, 223
sabor e maciez. 224
Variáveis Tratamentos
CV (%) Óleo de soja Blend 1 Blend 2 Blend 3
Parâmetros qualitativos
pH45 6,36 6,59 6,33 6,42 3,19
pH24 5,41 5,45 5,45 5,43 0,88
Cor 2,83 3,33 3,17 3,17 19,31
Marmoreio 1,00B 2,00A 2,00A 1,83A 35,85
Parâmetros quantitativos
Peso da carcaça quente (kg) 85,28 81,60 83,20 83,11 5,22
Peso da carcaça resfriada (kg) 84,31 80,90 81,51 82,28 5,54
Quantidade de carne resfriada (kg) 51,76 49,66 50,58 50,59 4,46
Peso do pernil (kg) 13,13 12,61 12,90 12,88 5,44
Rendimento de carcaça (%) 78,08AB 77,56B 79,25A 78,38AB 1,35
Rendimento de carne (%) 60,57 60,49 60,52 60,54 0,11
Rendimento de carne na caraça fria (%) 66,37 66,15 66,24 66,32 0,51
Perda de peso no resfriamento (%) 0,96 0,70 1,68 0,83 1,25
Comprimento de carcaça (cm) 101,91 99,83 101,33 100,83 2,46
Espessura de toucinho (mm) 28,18 26,60 28,50 27,88 12,98
Espessura de toucinho no P2 (mm) 16,30 19,00 17,72 16,87 28,62
Profundidade de músculo (cm) 6,66 6,07 6,28 6,35 7,57
Área de olho de lombo (cm2) 47,92 42,31 42,89 45,13 10,71
Área de gordura (cm) 21,33 22,09 21,98 20,83 26,15
Relação carne: gordura (cm2) 2,30 2,30 2,00 2,30 33,62
49
Em estudo realizado por Bertol et al. (2013), foram testados 3 % de diferentes fontes 225
lipídicas (soja; canola e canola + linho) na dieta de suínos. Os pesquisadores concluíram 226
que a adição de diferentes óleos na ração não influenciou a qualidade de carne, porém 227
houve efeito na marmorização que foi menor na dieta com linhaça e canola diferindo dos 228
resultados do presente estudo. 229
Nuernberg et al. (2005), assim como nesse estudo, não observaram influência da 230
suplementação de azeite de oliva e óleo de linhaça na ração, sobre os parâmetros de 231
qualidade de carne. Kouba et al. (2003) adicionaram óleo de linhaça nas rações de fêmeas 232
Duroc e também notaram que as características de carcaça dos animais não sofreram 233
influência dos tratamentos estudados, semelhantes aos resultados verificados neste 234
trabalho. 235
Os Blends não influenciaram (P>0,05) os parâmetros de carcaça, como peso de 236
carcaça quente e fria, comprimento da carcaça, espessura de toucinho, profundidade de 237
lombo, peso do pernil, área de olho de lombo, gordura e relação carne gordura. 238
Avaliando os efeitos de três óleos (óleos de semente de palma, palma e soja) e dois 239
níveis de proteína (alta e baixa) sobre o desempenho e qualidade de carne em suínos Teye 240
et al. (2006), e observaram que não houve efeito significativo para qualidade da carcaça 241
em função dos tipos de óleos utilizados. 242
Realini et al. (2010), adicionaram 3 % de cinco fontes lipídicas diferentes (Sebo, 243
linhaça, peixe, girassol e girassol alto oleico), na dieta de suínos e também não 244
observaram efeitos sobre a qualidade de carcaça. 245
Observou-se diferença (P<0,05) no rendimento de carcaça em que os animais 246
alimentados com o Blend 2, apresentaram maior rendimento junto aos animais 247
alimentados com rações contendo Blend 3 e dieta controle. 248
50
O melhor rendimento de carcaça com o Blend 2 pode ter ocorrido em função da 249
natureza lipídica na dieta, atuando no metabolismo dos animais sobre a partição de 250
nutrientes, principalmente para os ácidos graxos poli-insaturados que são absorvidos mais 251
facilmente promovendo, desta forma, melhor rendimento de carcaça. Estes resultados 252
contrariam os encontrados por Sobol et al. (2016) que avaliaram três fontes de óleos 253
vegetais (2 % óleo de linhaça; 0,5 % Canola e 0,5 % de Peixe) não observaram efeito para 254
rendimento de carcaça de suínos nas fases de crescimento e terminação. 255
A análise do perfil de ácidos graxos do lombo (Longissimus dorsi) (Tabela 4) 256
demonstrou que a combinação dos Blends de óleos não modificou o perfil dos ácidos 257
láurico, mirístico palmítico e palmitoléico, mas foi capaz de modificar (P<0,05) o perfil 258
do ácido esteárico, à medida que se aumentava os teores de óleo de linhaça e canola na 259
dieta, o Blend 3 foi o que apresentou maior conteúdo na carne. A quantidade de ácidos 260
graxos insaturados também apresentou diferença (P<0,05) entre os tratamentos 261
estudados, com os melhores resultados no corte dos animais alimentados com o Blend 2 262
seguido daqueles da dieta controle, Blend 3 e Blend 1 respectivamente. Apesar do perfil 263
de ácidos graxos insaturados ter sido influenciado pela dieta, estes não foram capazes de 264
promover modificação (P>0, 05) na relação AGS/AGI. 265
Dentre os ácidos graxos saturados, o esteárico tem sido o principal alvo de estudos 266
ao longo das últimas décadas devido a sua ação neutra no organismo animal, segundo 267
Martin et al. (2006) o ácido esteárico (C18:0) é o principal substrato para síntese do ácido 268
oleico, reação que é catalisada pela enzima ∆-9 dessaturase presente apenas nos 269
mamíferos. Desta maneira, o enriquecimento da carne de suínos com C18:0 pode 270
promover benefícios indiretos aos humanos. 271
51
Tabela 4. Perfil de ácidos graxos (%) e relação ácido graxo saturado/insaturado 272
(AGS/AGI) no lombo (Longissimus dorsi) e tecido adiposo de suínos alimentados com 273
Blends de óleos vegetais 274
Médias seguidas de letras diferentes na mesma linha diferem estatisticamente pelo teste de Duncan ao nível 275 de 5 % de significância. Óleo de soja 100 %; Blend 1- 50 % óleo de soja; 25 % óleo de linhaça; 12,5 % 276 óleo de oliva e 12,5 % óleo de canola; Blend 2- 25 % óleo de soja; 50 % óleo de linhaça; 12,5 % óleo de 277 oliva; 12,5 % de canola; Blend 3- 25 % óleo de soja; 12,5 % óleo de linhaça; 12,5 % óleo de oliva e 50% 278 óleo de canola. 279
280
Outro benefício associado à ingestão de alimentos ricos em C18:0 está relacionado 281
à redução da absorção do colesterol, diferente dos ácidos graxos saturados 282
hipercolesterolêmicos (láurico, mirístico e palmítico), o C18:0 não suprime os receptores 283
Variáveis Tratamentos
CV (%) Óleo de soja Blend 1 Blend 2 Blend 3
Lombo
C12:0 Láurico 0,102 0,107 0,098 0,092 24,71
C14:0 Mirístico 0,690 0,773 0,797 0,665 32,32
C16:0 Palmítico 20,436 20,855 20,845 21,477 7,30
C16:1 Palmitoleico 1,515 1,391 1,426 1,372 26,30
C18:0 Esteárico 10,547B 10,815AB 11,414AB 11,757A 8,17
C18:1 n9C Oleico 25,192 24,354 27,501 25,694 14,80
C18:1 n9T Elaídico 0,145 0,153 0,147 0,187 31,84
C18:2 n6C Linoleico 21,824 20,606 19,986 20,151 16,45
C18:2 n6T Linolelaídico 0,146 0,145 0,40 0,163 21,30
C18:3 n6 γ-Linolênico 0,557 0,572 0,664 0,702 28,06
AGS 30,983 32,103 32,482 33,235 6,68
AGIN 48,532AB 46,046A 48,752B 47,112 AB 4,28
AGS/AGIN 1,553 1,445 1,500 1,413 7,49
Tecido adiposo
C12:0 Láurico 0,104 0,177 0,141 0,137 59,40
C14:0 Mirístico 1,076A 1,655B 1,256A 1,379AB 19,49
C16:0 Palmítico 24,003 22,871 22,987 22,828 16,09
C16:1 Palmitoleico 1,245 1,813 1,445 1,447 30,51
C18:0 Esteárico 16,016 16,181 15,853 14,867 14,40
C18:1 n9C Oleico 31,727B 34,379AB 35,925A 38,003A 9,24
C18:1 n9T Elaídico 0,194 0,162 0,147 0,143 40,73
C18:2 n6C Linoleico 17,109 17,150 15,269 14,596 18,28
C18:2 n6T Linolelaídico 0,261 0,284 0,234 0,240 21,77
C18:3 n6 γ-Linolênico 0,557 0,572 0,664 0,702 28,17
AGS 40,838 40,707 40,096 39,075 12,04
AGIN 50,081 47,827 53,810 54,219 12,63
AGS/AGIN 1,270 1,351 1,345 1,415 16,26
52
de LDL e, consequentemente, não contribui para o aumento nos teores de colesterol 284
circulante (Schneider et al., 2000). 285
O uso dos Blends de óleos vegetais não alterou (P>0,05) a concentração de ácidos 286
graxos no toucinho dos suínos, exceto para o ácido mirístico (C14:0) e ácido oleico 287
(C18:1 n9C) que demonstraram maior deposição nos cortes dos animais que consumiram 288
as dietas com o Blend 1, Blend 3, Blend 2 e dieta controle, e Blend 3, Blend 2, Blend 1, e 289
dieta controle, respectivamente. A incorporação de ácido oleico em tecidos de suínos 290
através da manipulação da ração também foi verificada por Teye et al. (2005) e 291
Mithaothai et al. (2006) corroborando com os resultados do presente estudo, os autores 292
relatam ainda, que a manipulação das dietas deve ser estimulada para que os limites de 293
inclusão dos óleos seja estabelecida e assim possa se produzir carnes mais saudáveis. 294
O aumento no percentual de ácido oleico pode ter sido provocado pela maior 295
inclusão de óleo de canola no Blend 3 (50 %), produto rico em ácidos graxos poli-296
insaturados e que apresenta cerca de 61 % de ácido oleico em sua composição (Johnson 297
et al., 2007). A deposição de C18:1 no corte de suínos pode ser vislumbrado como ponto 298
positivo, pois o ácido oleico presente nos alimentos pode trazer benefícios à saúde 299
humana. Em revisão realizada sobre os benefícios da alimentação rica em óleo de canola, 300
Lin et al. (2013) revelaram que este alimento proporciona significativas reduções no nível 301
de colesterol e no LDL, bem como ações positivas no aumento dos níveis de tocoferol e 302
melhora da sensibilidade à insulina. 303
A análise de viabilidade econômica demostrou diferença (P<0,05) entre todas as 304
variáveis analisadas entre os tratamentos (Tabela 5). 305
306
53
Tabela 5. Avaliação econômica das rações de suínos alimentados com rações contendo 307
Blends de óleos vegetais 308
Variáveis Tratamentos
CV (%) Óleo de soja Blend 1 Blend 2 Blend 3
Custo da ração (R$/kg) 1,83C 2,86AB 3,18A 2,45B 10,58
Índice de custo 100,00C 156,02AB 173,46A 133,66B 10,57
Índice de eficiência econômica 101,57A 65,68BC 58,25C 76,03B 8,84 Médias seguidas de letras diferentes na mesma linha diferem estatisticamente pelo teste de Duncan ao nível 309 de 5 % de significância. Óleo de soja 100 %; Blend 1- 50 % óleo de soja; 25 % óleo de linhaça; 12,5 % 310 óleo de oliva e 12,5 % óleo de canola; Blend 2- 25 % óleo de soja; 50 % óleo de linhaça; 12,5 % óleo de 311 oliva; 12,5 % de canola; Blend 3- 25 % óleo de soja; 12,5 % óleo de linhaça; 12,5 % óleo de oliva e 50 % 312 óleo de canola. 313 314
O custo médio foi mais elevado com o fornecimento das rações contendo os Blends. 315
O Blend 1, Blend 2 e Blend 3 elevaram o custo das rações em 55 %, 73 % e 33 %, 316
respectivamente, quando comparado à dieta controle. O Blend 2 apresentou maior custo 317
da ração, isto pode ser explicado pela maior concentração de óleo de linhaça na dieta (50 318
%), representando o óleo de maior valor. 319
Os melhores resultados econômicos, medidos pelos índices de eficiência econômica 320
e de custo, foram obtidos com a dieta controle, seguida pela dieta contendo o Blend 3, 321
Blend 1 e Blend 2, respectivamente. Assim como o custo médio da ração o óleo de linhaça 322
impactou negativamente o índice de eficiência econômica, a medida que sua quantidade 323
foi reduzida nos Blends esta variável foi consequentemente melhorada. 324
Ressalta-se, contudo, que os custos com as rações experimentais vão variar de 325
acordo com preços dos ingredientes, que continuamente têm seus valores modificados, 326
podendo em alguns períodos do ano se tornarem mais acessíveis. 327
CONCLUSÃO 328
A adição de Blends de óleos vegetais não prejudica o desempenho nem as características 329
de carcaça de suínos em terminação. O Blend 3 foi o melhor, pois enriqueceu a carne com 330
54
ácido esteárico e ômega-9, o mesmo, apresentou maior valor, mas os benefícios do 331
enriquecimento tornam o produto viável por agregar valor ao produto. 332
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Rostagno, H. S., 3ed. 2011. Brazilian Poultry and Pork Tables: Food composition and 406
nutritional requirements. Viçosa, MG, Brasil 407
Santos, C.; Cambero, M.I.; Cabeza, M. C.; Ordónez, J. A. 2008. Enrichment of Dry-cured 408
Ham with α-linolenic Acid and α-tocopherol by the Use of Linseed Oil and α-tocopheryl 409
Acetate in Pig Diets. Meat Science, Barking 80 : 668-674. 410
Sobol, M.; Raj, S.; Skiba, G. 2016. Effect of fat content in primal cuts of pigs fed diet 411
enriched in n-3 polyunsaturated fatty acids on health-promoting properties of pork. 412
Journal of Animal and Feed Sciences 25: 20-28. 413
Teye, G.A.; Sheard, P.R.; Whittington, F.M; Nute, G.R.; Stewart, A.; Wood, J.D. 2006. 414
Influence of dietary oils and protein level on pork quality. 1. Effects on muscle fatty acid 415
composition, carcass, meat and eating quality. Meat Science 73: 157-165. 416
Wood, J.D.; Richardson, R.I.; Nute, G.R.; Fisher, A.V.; Campo, M.M.; Kasapidou, E.; 417
Sheard, P.R.; Enser, M. Effect of fatty acids on meat quality: a review. Meat Science: 66 418
21-32. 419
Schneider. C.L.; Cowles. R. L.; Stuefer-Powell. C.L. 2000. Dietary stearic acid reduces 420
cholesterol absorption and increases endogenous cholesterol excretion in hamsters fed 421
cereal-based diets. Jornal of Nutrition 130: 1232- 1238. 422
58
Johnson, G.H.; Keast, D.R.; Kris-Etherton, P.M. 2007. Dietary modeling shows that the 423
substitution of canola oil for fats commonly used in the United States would increase 424
compliance with dietary recommendations for fatty acids. Jornal of the Americam 425
Dietetic Association107:1726–1734. 426
Martins, C.A.; Almeida, V.V.; Ruiz, M.R.; Visentainer, J.E.L.; Matshushita, M.; Souza, 427
N.E.; Visentainer, J.V. 2006. Ácidos graxos poli-insaturados ômega-3 e ômega-6: 428
importância e ocorrência em alimentos, Revista Nutrime, Campinas 26: 153-156. 429
Lin, L.; Allemekinders, H.; Dansby, A.; Campbell, L.; Durance-Tod, S.; Berger, A.; 430
Jones, P.J.H.2013. Evidence of health benefits of canola oil. Nutrition Reviews 71: 370-431
385. 432
Mitchaothai, J.; Yuangklang, C.; Wittayakum, S.; Vasupen, K.; Wongsutthavas, S.; 433
Srenanul, P. Hovenier, R.; Everts, H.; Beynen, A.C. 2007. Effect of dietary fat type on 434
meat quality and fatty acid composition of various tissues in growing-finishing swine. 435
Meat Science 76: 95-101. 436
Bligh, E.C.; Dyer, W.J. 1959.A rapid method of total lipid. Extraction and purification. 437
Canadian Journal of Biochemistry and Physiology 37:911-917.438
59
APÊNDICE
60
61
62
ANEXO
Formulas para calcular o rendimento de carne e a quantidade de carne na carcaça:
De acordo com o Método Brasileiro de Classificação de Carcaça (ABCS, 1973; Bridi e
silva, 2009).
𝐑𝐞𝐧𝐝𝐢𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨 𝐝𝐞 𝐜𝐚𝐫𝐜𝐚ç𝐚 (%) =𝑃𝑒𝑠𝑜 𝑑𝑎 𝑐𝑎𝑟𝑐𝑎ç𝑎 𝑞𝑢𝑒𝑛𝑡𝑒𝑥 100
Peso vivo ao abate
𝐩𝐞𝐫𝐝𝐚 𝐝𝐞 𝐜𝐚𝐫𝐜𝐚ç𝐚 𝐧𝐨 𝐫𝐞𝐬𝐟𝐫𝐢𝐚𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨 (%) = 100 − (𝑃𝑒𝑠𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑟𝑐𝑎ç𝑎 𝑟𝑒𝑠𝑓𝑟𝑖𝑎𝑑𝑎 𝑥 100
𝑝𝑒𝑠𝑜 𝑑𝑎 𝑐𝑎𝑟𝑐𝑎ç𝑎 𝑞𝑢𝑒𝑛𝑡𝑒 )
Rendimento de carne na carcaça resfriada (%) = 65,92-[(0,685 x espessura de
toucinho mm) + (0,094 x profundidade do músculo mm) – (0,026 x peso da carcaça
resfriada kg)]
Quantidade de carne resfriada (kg) = 7,38 – (0,48 x espessura do toucinho mm) +
(0,059 x profundidade do músculo mm ) + (0,525x peso da carcaça quente kg)
Rendimento de carne (%) = 60 – (espessura de toucinho mm x 0,58) + (profundidade
do músculo mm x 0,10)
Relação carne / gordura = Área do músculo 𝐿𝑜𝑛𝑔𝑖𝑠𝑠𝑖𝑚𝑢𝑠 𝑑𝑜𝑟𝑐𝑖 (cm2)
Área da gordura subcutânea (cm2)
Rendimento de pernil (%) = Peso do corte x 100
Peso da meia carcaça resfriada
63
ANEXOS
64
NORMAS PARA PUBLICAÇÃO CIÊNCIA RURAL
1. CIÊNCIA RURAL - Revista Científica do Centro de Ciências Rurais da Universidade
Federal de Santa Maria publica artigos científicos, revisões bibliográficas e notas
referentes à área de Ciências Agrárias, que deverão ser destinados com exclusividade.
2. Os artigos científicos, revisões e notas devem ser encaminhados via eletrônica e
editados em idioma Português ou Inglês. Todas as linhas deverão ser numeradas e
paginadas no lado inferior direito. O trabalho deverá ser digitado em tamanho A4 210 x
297 mm com, no máximo, 25 linhas por página em espaço duplo, com margens superior,
inferior, esquerda e direita em 2,5cm, fonte Times New Roman e tamanho 12. O máximo
de páginas será 15 para artigo científico, 20 para revisão bibliográfica e 8 para nota,
incluindo tabelas, gráficos e figuras. Figuras, gráficos e tabelas devem ser
disponibilizados ao final do texto e individualmente por página, sendo que não poderão
ultrapassar as margens e nem estar com apresentação paisagem.
3. O artigo científico (Modelo .doc, .pdf) deverá conter os seguintes tópicos: Título
(Português e Inglês); Resumo; Palavras-chave; Abstract; Key words; Introdução com
Revisão de Literatura; Material e Métodos; Resultados e Discussão; Conclusão e
Referências; Agradecimento(s) e Apresentação; Fontes de Aquisição; Informe Verbal;
Comitê de Ética e Biossegurança devem aparecer antes das referências. Pesquisa
envolvendo seres humanos e animais obrigatoriamente devem apresentar parecer
de aprovação de um comitê de ética institucional já na submissão. Alternativamente
pode ser enviado um dos modelos ao lado (Declaração Modelo Humano, Declaração
Modelo Animal).
4. A revisão bibliográfica (Modelo .doc, .pdf) deverá conter os seguintes tópicos:
Título (Português e Inglês); Resumo; Palavras-chave; Abstract; Key words; Introdução;
Desenvolvimento; Conclusão; e Referências. Agradecimento(s) e Apresentação; Fontes
de Aquisição e Informe Verbal; Comitê de Ética e Biossegurança devem aparecer antes
das referências. Pesquisa envolvendo seres humanos e animais obrigatoriamente
devem apresentar parecer de aprovação de um comitê de ética institucional já na
65
submissão. Alternativamente pode ser enviado um dos modelos ao lado (Declaração
Modelo Humano, Declaração Modelo Animal).
5. A nota (Modelo .doc, .pdf) deverá conter os seguintes tópicos: Título (Português e
Inglês); Resumo; Palavras-chave; Abstract; Key words; Texto (sem subdivisão, porém
com introdução; metodologia; resultados e discussão e conclusão; podendo conter tabelas
ou figuras); Referências. Agradecimento(s) e Apresentação; Fontes de Aquisição e
Informe Verbal; Comitê de Ética e Biossegurança devem aparecer antes das referências.
Pesquisa envolvendo seres humanos e animais obrigatoriamente devem apresentar
parecer de aprovação de um comitê de ética institucional já na submissão.
Alternativamente pode ser enviado um dos modelos ao lado (Declaração Modelo
Humano, Declaração Modelo Animal).
6. Não serão fornecidas separatas. Os artigos encontram-se disponíveis no formato pdf
no endereço eletrônico da revista www.scielo.br/cr. 35
7. Descrever o título em português e inglês (caso o artigo seja em português) - inglês e
português (caso o artigo seja em inglês). Somente a primeira letra do título do artigo deve
ser maiúscula exceto no caso de nomes próprios. Evitar abreviaturas e nomes científicos
no título. O nome científico só deve ser empregado quando estritamente necessário. Esses
devem aparecer nas palavras-chave, resumo e demais seções quando necessários.
8. As citações dos autores, no texto, deverão ser feitas com letras maiúsculas seguidas do
ano de publicação, conforme exemplos: Esses resultados estão de acordo com os
reportados por MILLER & KIPLINGER (1966) e LEE et al. (1996), como uma má
formação congênita (MOULTON, 1978).
9. As Referências deverão ser efetuadas no estilo ABNT (NBR 6023/2000) conforme
normas próprias da revista.
9.1. Citação de livro:
66
JENNINGS, P.B. The practice of large animal surgery.Philadelphia :Saunders, 1985. 2v.
TOKARNIA, C.H. et al. (Mais de dois autores) Plantas tóxicas da Amazônia a bovinos e
outros herbívoros. Manaus : INPA, 1979. 95p.
9.2. Capítulo de livro com autoria:
GORBAMAN, A. A comparativepathologyofthyroid. In: HAZARD, J.B.; SMITH, D.E.
The thyroid.Baltimore : Williams & Wilkins, 1964. Cap.2, p.32-48.
9.3.Capítulo de livro sem autoria:
COCHRAN, W.C. The estimationofsamplesize. In: ______. Samplingtechniques. 3.ed.
New York : John Willey, 1977. Cap.4, p.72-90. TURNER, A.S.; McILWRAITH, C.W.
Fluidoterapia.In: ______. Técnicas cirúrgicas em animais de grande porte. São Paulo :
Roca, 1985. p.29-40.
9.4. Artigo completo:
O autor deverá acrescentar a url para o artigo referenciado e o número de identificação
DOI (Digital ObjectIdentifiers), conforme exemplos abaixo:
MEWIS, I.; ULRICHS, CH. Action of amorphous diatomaceous earth against different
stages of the stored product pests Triboliumconfusum(Coleoptera: Tenebrionidae),
Tenebriomolitor (Coleoptera: Tenebrionidae), Sitophilus granarius (Coleoptera:
Curculionidae) and Plodiainterpunctella (Lepidoptera: Pyralidae). Journal of Stored
Product Research, Amsterdam (Cidadeopcional), v.37, p.153-164, 2001.Disponível em: .
Acesso em: 20 nov. 2008. doi: 10.1016/S0022-474X(00)00016-3.
PINTO JUNIOR, A.R. et al (Mais de 2 autores). Resposta de Sitophilusoryzae (L.),
Cryptolestesferrugineus (Stephens) e Oryzaephilussurinamensis (L.) a diferentes
concentrações de terra de diatomácea em trigo armazenado a granel. Ciência Rural , Santa
Maria (Cidade opcional), v. 38, n. 8, p.2103-2108, nov. 2008 . Disponível em: . Acesso
em: 25 nov. 2008. doi: 10.1590/S0103- 84782008000800002.
9.5. Resumos:
67
RIZZARDI, M.A.; MILGIORANÇA, M.E. Avaliação de cultivares do ensaio nacional
de girassol, Passo Fundo, RS, 1991/92. In: JORNADA DE PESQUISA DA UFSM, 1.,
1992, Santa Maria, RS. Anais... Santa Maria : Pró-reitoria de Pós-graduação e Pesquisa,
1992. V.1. 420p. p.236.
9.6. Tese, dissertação:
COSTA, J.M.B. Estudo comparativo de algumas caracterísitcas digestivas entre bovinos
(Charolês) e bubalinos (Jafarabad). 1986. 132f. Monografia/Dissertação/Tese
(Especialização/ Mestrado/Doutorado em Zootecnia) - Curso de Pós-graduação em
Zootecnia, Universidade Federal de Santa Maria.
9.7. Boletim:
ROGIK, F.A. Indústria da lactose. São Paulo: Departamento de Produção Animal, 1942.
20p. (Boletim Técnico, 20).
9.8. Informação verbal: Identificada no próprio texto logo após a informação, através da
expressão entre parênteses. Exemplo: ... são achados descritos por Vieira (1991 - Informe
verbal). Ao final do texto, antes das Referências Bibliográficas, citar o endereço completo
do autor (incluir E-mail), e/ou local, evento, data e tipo de apresentação na qual foi
emitida a informação.
9.9. Documentos eletrônicos:
MATERA, J.M. Afecções cirúrgicas da coluna vertebral: análise sobre as possibilidades
do tratamento cirúrgico. São Paulo: Departamento de Cirurgia, FMVZUSP, 1997. 1 CD.
GRIFON, D.M. Artroscopicdiagnosisofelbow displasia. In: WORLD SMALL ANIMAL
VETERINARY CONGRESS, 31., 2006, Prague, Czech Republic.Proceedings… Prague:
WSAVA, 2006. p.630-636. Acessado em 12 fev. 2007. Online. Disponível em:
http://www.ivis.org/proceedings/wsava/2006/lecture22/Griffon1.pdf?LA=1
UFRGS. Transgênicos. Zero Hora Digital, Porto Alegre, 23 mar. 2000. Especiais.
Acessado em 23 mar. 2000. Online. Disponível em:
http://www.zh.com.br/especial/index.htm
68
ONGPHIPHADHANAKUL, B. Prevention of postmenopausal bone loss by low and
conventional doses of calcitriol or conjugated equine estrogen.Maturitas, (Ireland), v.34,
n.2, p.179-184, Feb 15, 2000.Obtido via base de dados MEDLINE. 1994-2000. Acessado
em 23 mar. 2000. Online. Disponível em: http://www.
Medscape.com/serverjava/MedlineSearchForm
MARCHIONATTI, A.; PIPPI, N.L. Análise comparativa entre duas técnicas de
recuperação de úlcera de córnea não infectada em nível de estroma médio. In:
SEMINARIO LATINOAMERICANO DE CIRURGIA VETERINÁRIA, 3., 1997, 37
Corrientes, Argentina. Anais... Corrientes : Facultad de CienciasVeterinarias - UNNE,
1997. Disquete. 1 disquete de 31/2. Para uso em PC.
10. Desenhos, gráficos e fotografias serão denominados figuras e terão o número de
ordem em algarismos arábicos. A revista não usa a denominação quadro. As figuras
devem ser disponibilizadas individualmente por página. Os desenhos figuras e gráficos
(com largura de no máximo 16cm) devem ser feitos em editor gráfico sempre em
qualidade máxima com pelo menos 300 dpi em extensão .tiff. As tabelas devem conter a
palavra tabela, seguida do número de ordem em algarismo arábico e não devem exceder
uma lauda.
11. Os conceitos e afirmações contidos nos artigos serão de inteira responsabilidade do(s)
autor(es).
12. Será obrigatório o cadastro de todos autores nos metadados de submissão. O artigo
não tramitará enquanto o referido item não for atendido. Excepcionalmente, mediante
consulta prévia para a Comissão Editorial outro expediente poderá ser utilizado.
13. Lista de verificação (Checklist .doc, .pdf).
14. Os artigos serão publicados em ordem de aprovação.
69
15. Os artigos não aprovados serão arquivados havendo, no entanto, o encaminhamento
de uma justificativa pelo indeferimento.
16. Em caso de dúvida, consultar artigos de fascículos já publicados antes de dirigir-se à
Comissão Editorial.
17. Todos os artigos encaminhados devem pagar a taxa de tramitação. Artigos
reencaminhados (com decisão de RejectandRessubmit) deverão pagar a taxa de
tramitação novamente.
70
NORMAS PARA PUBLICAÇÃO SCIENTIA AGRICOLA
ESTILO DO MANUSCRITO
Defina o significado das abreviaturas na primeira vez que forem citadas no resumo
e no texto, e novamente nas tabelas e figuras. Uma vez que uma abreviação for
citada, ela deve ser usada em todo o manuscrito, exceto no início de uma frase.
O nome latino ou nomenclatura binomial (ou trinomial) e autoria deve ser utilizado
quando mencionado pela primeira vez que se menciona todas as plantas, insetos,
patógenos e animais.
Tanto o ingrediente ativo quanto o nome químico da substância de pesticidas devem
ser inseridos quando mencionado pela primeira vez.
Identifique os solos utilizando a taxonomia de solos do USDA
(http://soils.usda.gov/technical/classification/osd/index.html) até o segundo nível
(subordem) ou até o quarto nível (subgrupo). A classificação da FAO também pode
ser utilizada até o segundo nível. A tradução livre do nome e da classificação do
solo não é permitida.
Utilize o Sistema Internacional de Unidades em todo texto.
Verifique os caracteres gregos e figuras cuidadosamente.
Certifique-se que exceto quando seguidos por unidades, números de um a dez sejam
escritos por extenso. Para quantidades decimais <1, coloque um zero antes do ponto
decimal.
Use ponto (.) como separador decimal.
Porcentagens devem ser expressas como números inteiros, por exemplo: 35 % em
vez de 35,4 %, 48 %, em vez de 47,5 %, 79 %, em vez de 78,9 %.
Utilizar o formato potência negativa para notar e inter-relacionar unidades, e.g.: kg
ha–1; não inter-relacione unidades usando a barra vertical, e.g.: kg/ha.
Utilize um espaço simples entre as unidades, g L–1, e não g.L–1, ou gL–1.
Use o sistema horário de 24 h, com quatro dígitos para horas e minutos: 09h00,
18h30.
As datas devem ser escritas: primeiro o dia, depois o mês e o por último o ano: 18
mar. 2000, 01 fev. 1987.
71
Abreviar os meses com mais de quatro letras: jan.; fev.; mar. etc.
PREPARAÇÃO DO MANUSCRITO
Texto e ilustrações submetidos à apreciação pelo corpo editorial devem ser escritos
em língua inglesa, segundo as regras ortográficas e gramáticas norte-americana.
Manuscritos devem ser organizados em um arquivo denominado documento
principal. MS Word ou software compatível devem ser utilizados para preparar o
documento principal, fonte Times New Roman 12, 3.0 cm de margens e duplo
espaço. Organize o documento principal na seguinte ordem: Página de
rosto, Resumo (máximo de 250 palavras), Palavras-chave (máximo de 5 palavras),
Introdução (30 linhas), Materiais e Métodos, Resultados, Discussão,
Agradecimentos (opcional), Referências, Figuras e Tabelas com suas respectivas
legendas.
O item Conclusão é opcional e, quando utilizado deverá vir após a seção de
discussão. O item Resultados e Discussão podem ser combinados e, a conclusão
pode ser incorporada à discussão.
O manuscrito deve ter um máximo de 30 páginas (papel A4); linhas e páginas
devem ser numeradas sequencialmente, ilustrações e tabelas inclusive.
Tabelas e Figuras devem ser incluídas no final do documento principal.
Página de rosto:
Cada artigo deve conter uma página de rosto contendo o título (máximo de 15
palavras), os nomes completos dos autores e afiliações completas em inglês.
Deverá ser fornecido um título abreviado de 40 caracteres ou menos (além do título
do trabalho completo).
Os autores devem selecionar uma categoria: Engenharia Agrícola; Microbiologia
Agrícola; Agrometeorologia; Ciência Animal e Pastagens; Biometria; Modelagem
e Estatística; Fitotecnia; Ecologia; Entomologia; Ciência e Tecnologia de
Alimentos; Ciências Florestais; Genética e Melhoramento de Plantas;
Fitopatologia; Fisiologia Vegetal e Bioquímica; Solos e Nutrição de Plantas;
Zoologia.
72
O autor correspondente deve ser identificado(a) com um asterisco e um endereço
eletrônico institucional do autor(a) correspondente deve ser informado.
A afiliação/endereço atual dos autores(as) deve ser informado da maneira mais
detalhada possível.
O autor correspondente deverá assumir a responsabilidade plena pelo manuscrito,
incluindo o cumprimento das políticas do periódico, e será o contato prioritário com
a revista. O autor que submete o artigo pode assumir essa função se indicado na
carta de apresentação
Submissão de imagem para a capa
A capa da Scientia Agricola poderá utilizar uma imagem representativa de um
artigo publicado no volume. Os autores são convidados a submeter imagens para a capa
que tenham apelo visual e que sejam cientificamente interessantes. As imagens devem ter
alta resolução (300 DPI) e medir 17 x 17 cm. As imagens para a capa podem ser de
organismos, habitat, montagens de diferentes imagens, diagramas, mapas ou dados. As
ilustrações não precisam estar nos artigos, devem sim ser representativas do trabalho
publicado. As imagens devem ser originais e os autores cedem os direitos de publicação
exclusivamente a Scientia Agricola. Carregue o arquivo contendo a imagem como um
arquivo suplementar junto com um arquivo texto que deverá conter uma breve descrição
de um parágrafo da imagem relacionando-a com o manuscrito publicado. Se o autor não
tiver os direitos autorais da imagem submetida, ele é responsável por obter a permissão
necessária para poder utilizá-la.
Tabelas/Figuras
Tabelas:
Devem ser numeradas sequencialmente com algarismos arábicos, e geradas com a
ferramenta "Tabela" do MS Word ou MS Excel (manuscritos contendo tabelas
coladas como figuras serão devolvidos aos autores).
Os títulos das tabelas devem aparecer imediatamente acima do corpo das tabelas.
Numere figuras e gráficos sequencialmente usando algarismos arábicos.
Figuras/Gráficos:
73
Gráficos devem ser gerados em MS Excel.
Fotografias devem ser apresentadas como arquivo "tagged image format [TIFF]",
300 DPI.
Numere figuras e gráficos sequencialmente na ordem em que aparecem no texto.
As figuras devem fornecer informações suficientes para que o leitor possa
compreendê-las sem que haja a necessidade da leitura do texto que se refere a elas.
Para as figuras que contêm mais de um painel, designar os painéis com letras
maiúsculas (sem parênteses e sem pontos após as letras) no canto superior esquerdo
de cada painel, se possível.
As palavras utilizadas nas figuras devem ser iguais as utilizadas no manuscrito no
que diz respeito à capitalização, itálico e símbolos.
INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES
Manuscritos que avaliem a bioatividade de produtos químicos e/ou biológicos,
incluindo reguladores do crescimento, em insetos, ácaros, fungos, bactérias,
nematóides e plantas daninhas, não serão objeto de análise para publicação
na Scientia Agricola.
Manuscritos que avaliem melhorias ou protocolos de cultura de tecidos baseados
no teste de aditivos, explantes ou condições de crescimento, ou ainda que falhem
em mostrar uma melhoria substancial que não poderia ser deduzida da literatura
existente, não serão considerados para publicação na Scientia Agricola.
Artigos que envolvam experimentos com animais vivos (incluindo seres humanos)
devem demonstrar que foram realizados de acordo com as normas éticas locais.
Espera-se que os autores tenham realizado o estudo seguindo as boas práticas éticas.
Tais evidências devem estar oficialmente apresentadas na seção “Material e
Métodos”, descrevendo que o estudo foi previamente aprovado pelo comitê de ética
apropriado (incluindo o número do processo).
Os manuscritos devem obedecer aos critérios estabelecidos nos Códigos
Internacionais de cada área.
74
Os conceitos e opiniões contidos nos artigos são de exclusiva responsabilidade dos
(as) autores (as).
Todos os trabalhos recebidos serão submetidos à política da revista para detecção
de plágio e auto-plágio.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
A citação de resumos de congressos, artigos técnicos, dissertações e teses não é
permitida. Referências em Português ou outras línguas além do inglês devem ser evitadas.
Referências escritas em outras línguas serão permitidas somente se os autores
providenciarem uma explicação por mantê-las no texto. Tais referências devem ser
citadas em inglês, mantendo a citação na língua original no final da referência.
Scientia Agricola não recomenda que os autores citem análises estatísticas ou
soluções de softwares como referências. Essas ferramentas devem ser mencionadas no
texto (Material e Métodos) ao incluir a análise específica e o nome do software, sua versão
e/ou ano de lançamento. Por exemplo, “... a análise estatística foi realizada utilizando o
PROC NLIN no SAS (Statistical Analysis System, versão 9.2)”.
As referências e citações para artigos da Scientia Agricola serão formatadas
utilizando o estilo de formato mínimo 'autor, ano' ou 'nome (ano)'. Checar se todas as
citações no texto constam da lista de referências bibliográficas. Os exemplos:
1. Apenas um autor: Reichardt (2000) ou (Reichardt, 2000).
2. Dois autores: Fiorio and Demattê (2009) ou (Fiorio and Demattê, 2009).
3. Três ou mais autores: Rosso et al. (2009) ou (Rosso et al., 2009).
4. Organizar as referências em ordem alfabética e cronologicamente dentro de parênteses,
e use (;) ponto e vírgula para separar citações múltiplas dentro de parêntesis, por exemplo:
(Boleli, 2003; Boerjan, 2006; Muraroli and Mendes, 2003).
5. Identificar múltiplas citações 'mesmo autor, mesma data' com a ajuda de letras
minúsculas, por exemplo: (Cyrino, 2004a, b).
6. Usar o estilo "autor-ano" para ordenar a lista de referências, e: (i) abreviar os primeiros
e segundos nomes dos autores, mas nenhuma outra palavra; (ii) usar letras maiúsculas
75
para todos os acrônimos, isto é, quando o autor for uma organização; (iii) utilizar letras
maiúsculas para a 1ª letra do sobrenome e demais iniciais dos autores, que deverão ser
separados por um ponto (.); (iv) separar autores por ponto-e-vírgula; (v) não usar "e
comercial" (&) nas citações, nem na lista de referência; (vi) não usar caracteres grifados
ou negritados para destacar qualquer parte da referência; (vii) usar letras maiúsculas na
1ª letra dos títulos de livros e de periódicos; (viii) não usar vírgula (,) para separar o título
e o volume do periódico; (ix) separar os números de volume do periódico das páginas por
dois pontos (:); (x) usar os números completos das páginas; (xi) separar os números de
página por um traço (-); (xii) separar os grupos de páginas por uma vírgula se o artigo foi
publicado em páginas descontinuas; (xiii) indicar o número da edição de um livro ou
manual como "2ed", por exemplo; (xiv) sobre livros e manuais, indicar os editores ou a
editora antes de discriminar a localidade sede dos editores ou da editora; (xv) separar os
editores ou a editora da localidade por meio de uma vírgula (,); e (xvi) nestes casos,
declarar os nomes da cidade, do estado e do país.
6.1 Revistas/Periódicos Científicos
Guillard, R.R.L.; Wangersky, P. 1958. The production of extracellular carbohydrates by
some marine flagellates. Limnology and Oceanography 3: 449-454.
6.2 Livros
6.2.1 Livros com autores
Pais, I.; Jones Jr., J.R. 1998. The Handbook of Trace Elements. St. Lucie Press, Boca
Raton, FL, USA.
6.2.2 Livros com editores/organizadores
Day, W.; Atkin, R.K., eds. 1985. Wheat Growth and Modelling. Plenum Press, New
York, NY, USA.
6.2.3 Livros (e manuais) com organização/instituição como autor ou
editora/organizadora
Association of Official Analytical Chemists - International [AOAC]. 2005. Official
Methods of Analysis. 18ed. AOAC, Gaithersburg, MD, USA.
76
6.3 Capítulo de Livro
Sharpley, A.N.; Rekolainen, S. 1997. Phosphorus in agriculture and its environmental
implications. p. 1-53. In: Tunney, H.; Carton, O.T.; Brookes, P.C.; Johnston, A.E., eds.
Phosphorus loss from soil to water. CAB International, New York, NY, USA.
6.4 Fontes eletrônicas
6.4.1 Elementos necessários para listar citações disponíveis on-line:
A autoria, autor ou fonte. Ano. O título do documento da web ou página da web (isto é,
título principal da pagina). [meio] (data de atualização). Disponível em: endereço
completo para localizar o recurso (URL / endereço) [Accessed Sept 19, 1992]
6.4.2 Elementos necessários para listar publicações disponíveis on-line:
A autoria, autor ou fonte. Ano. O título do documento ou página da web. [meio]
Produtor/Editor. Disponível em: endereço completo para localizar o recurso [Accessed
Sept 19, 1992]
6.5 Listagem de referências não escritas em inglês
Fornecer o título em inglês e indicar a língua original de publicação da revista ao final da
referência, como exemplo abaixo:
Baretta, D.; Santos, J.C.P.; Figueiredo, S.R.; Klauberg-Filho, O. 2005. Effects of native
pasture burning and Pinus monoculture on changes in soil biological attributes on the
Southern Plateau of Santa Catarina - Brazil. Revista Brasileira de Ciência do Solo 29:
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