clipping de - sinicon
TRANSCRIPT
CLIPPING DE 07/06/2017
- TSE inicia julgamento e base aliada mira votos na
Câmara
- Governo manobra e reforma da CLT é aprovada em
comissão do Senado
- Funcef pode necessitar de novo plano de
equacionamento
- Setor da construção civil espera uma recuperação
- Os impactos ocultos do projeto sobre as agências
- Entrevias, do Pátria, assina concessão no interior de
SP
- Multiner é palco de disputa societária
- Musa receberá US$ 62,5 mi da Porto Sudeste ao fim
de litígio
- Caixa deve reduzir juros da casa própria no segundo
semestre, diz presidente
- Após ata do BC, mercado aposta em corte de 0,75
ponto percentual na Selic em julho
- Prazo para o pagamento da guia de maio do eSocial
termina na quarta
- Presidente do Banco Central alerta para diferentes
níveis de inclusão financeira na América Latina
- Queda do preço do minério de ferro é desafio
adicional ao novo presidente da Vale
- Rogério Marinho vai à Suiça defender reforma
trabalhista na OIT
- KLM quer expandir atuação no Brasil
- Com avião de grande porte, Embraer busca
liderança do setor
- PETROBRÁS CONCLUI POÇO ADJACENTE NO
CAMPO DE LIBRA
- CNPE PUBLICA REGRAS DE ACORDOS DE
INDIVIDUALIZAÇÃO EM JAZIDAS DE ÁREAS NÃO
CONTRATADAS
- VENDAS INTERNAS DE PRODUTOS QUÍMICOS EM
ABRIL TIVERAM QUEDA DE 12,45%
- PRUMO LOGÍSTICA NEGOCIA COM BOLOGNESI
PROJETO DE USINA TÉRMICA DE 1,2 GW
- DIREÇÃO DA NOVA BAKER HUGHES SERÁ
FORMADA POR UMA EQUIPE DE GRANDES
EXECUTIVOS PARA ATUAR EM 120 PAÍSES
- PETROBRÁS ESPERA FECHAR VENDA DE 15
ATIVOS EM 3 MESES
- Diretrizes para individualização da produção em
jazidas de petróleo e gás natural é publicada pelo
CNPE
- Importação de etanol do Brasil ultrapassa 1 bilhão
de litros
- Operadora lança ferramenta para monitorar
mercadorias
- Produção de veículos do Brasil sobe 25% em maio
ante abril, diz Anfavea
Fonte: Valor Econômico
07/06/2017
- TSE inicia julgamento e base aliada mira votos na Câmara
O início do julgamento da ação que pode resultar na cassação do presidente
Michel Temer foi marcado ontem por embate entre o presidente do Tribunal
Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, e o relator da ação, Herman
Benjamin. Gilmar o interrompeu logo no início da leitura do relatório, defendeu
cautela à Corte ao analisar o caso e disse que é preciso levar em conta o "grau
de instabilidade". Com isso, buscou delimitar o alcance do julgamento: "Temos
que ser moderados na cassação. Até porque essa é uma intervenção indevida
no processo democrático eleitoral". Indicou, assim, que seu voto será favorável
a Temer.
Gilmar disse que tem havido mais cassações agora do que na ditadura e
Herman rebateu dizendo que a ditadura cassava quem defendia a democracia,
enquanto o TSE cassa aqueles que vão contra a democracia. "É uma enorme
diferença". A expectativa é que o voto do relator seja duro ao pedir a cassação
da chapa que venceu a eleição de 2014.
1ª PARTE: 07/06/2017
Ontem, ele discutiu questões preliminares apresentadas pela defesa. Leu um
resumo de seu relatório, em que citou todas as provas incluídas no processo,
entre elas, os depoimentos do empresário Marcelo Odebrecht e dos
publicitários João Santana e Mônica Moura, relatando contribuições ilegais à
chapa Dilma-Temer na campanha de 2014, e que foram anexados
posteriormente ao processo. O relator e os advogados do PSDB autor da ação
defenderam a validade das provas emprestadas da Operação Lava-Jato,
enquanto os advogados de Temer e da ex-presidente Dilma Rousseff
sustentaram que deveriam ser descartadas.
No caso de condenação, Temer ainda poderá recorrer da decisão. A batalha
vai acontecer mesmo é no plenário da Câmara, onde será votada a autorização
para ele ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal. A Procurador-Geral da
República deve apresentar denúncia contra o presidente em cerca de 15 dias.
Temer precisa de apenas 171 votos (um terço dos deputados) para evitar a
abertura do processo que o afastaria do cargo. A sessão no TSE foi suspensa
às 22h10 e será retomada hoje.
VOLTAR
Fonte: Valor Econômico
07/06/2017
- Governo manobra e reforma da CLT é aprovada em comissão do Senado
Por Fabio Murakawa e Vandson Lima
A Comissão de Assuntos Econômicos
(CAE) do Senado aprovou ontem, após
mais de 8 horas de discussão, o relatório
do senador Ricardo Ferraço (PSDBES),
favorável ao projeto gestado da Câmara
dos Deputados e que modifica mais de
cem artigos da Consolidação das Leis do
Trabalho. O texto passará ainda por mais
duas comissões antes de ir a plenário. O
governo quer o texto aprovado até o fim do
mês.
O parecer foi aprovado com 14 votos
favoráveis e 11 contrários. A vitória, no entanto, foi obtida à custa da
articulação do governo nos bastidores, com direito a distribuição de cargos.
Ferraço: parecer do tucano
mantém projeto aprovado pela
Câmara, para evitar que reforma
tenha que voltar para deputados
Senadores antes contrários ao projeto não compareceram à sessão, sendo
substituídos por suplentes simpáticos à reforma.
O senador Omar Aziz (PSDAM), que chegou a se declarar contrário ao projeto,
faltou à votação. Na sexta-feira, foi publicada a nomeação de Appio Tolentino
para a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa). Appio foi
secretário-adjunto da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento
Econômico (Seplan) na gestão Aziz no governo do Amazonas. Ele substituiu
Rebecca Garcia, indicada por Eduardo Braga (PMDBAM), que se distanciou do
governo.
No lugar de Aziz, votou Sérgio Petecão (PSDAC), a favor do relatório de
Ferraço.
Outro caso foi o de Telmário Mota (PTBRR). Ele havia garantido a senadores
de oposição que compareceria à sessão e votaria para barrar o projeto. Só que
não apareceu. Ou melhor, Telmário esteve no Senado. Às 14h11, discursou no
plenário em favor da PEC que legaliza a prática da vaquejada e dos rodeios,
promulgada ontem. Na votação do relatório na CAE, que ocorreu por volta das
18h o senador é titular do colegiado , Telmário, no entanto, se ausentou. Em
seu lugar, votou favoravelmente à reforma Cidinho Santos (PRMT), que é
suplente do ministro da Agricultura, Blairo Maggi. Senadores da oposição
chegaram a fazer troça com o líder do governo no Senado, Romero Jucá
(PMDBRR), questionando onde ele havia "encarcerado" Telmário. E
desconfiam que ele, na verdade, foi contemplado com alguma benesse pelo
governo.
O parecer de Ferraço mantém intacto o projeto aprovado pela Câmara no final
de abril. O relator, no entanto, sugeriu mudanças em alguns tópicos da
reforma, mas sem alterar os artigos, o que obrigaria o retorno do texto para a
apreciação dos deputados algo que o governo quer evitar.
Ferraço e o presidente Michel Temer entraram em acordo para que as
modificações sejam feitas por meio de vetos presidenciais e uma medida
provisória, que irá regulamentar as condições do trabalho intermitente uma
novidade trazida pela reforma.
A tramitação da matéria no Senado segue, assim, cronograma acertado entre
governo e oposição. Hoje, Ferraço lerá seu relatório na Comissão de Assuntos
Sociais (CAS). A votação na CAS está prevista para a semana que vem, antes
do feriado de Corpus Christi.
Na semana seguinte, por volta de 20 de junho, será a vez de Romero Jucá
(PMDBRR), líder do governo, ler seu relatório na Comissão de Constituição e
Justiça (CCJ).
Jucá pode dar vista coletiva a seu parecer para que ele seja votado na CCJ e
no plenário do Senado na última semana do mês. Mas ele cogita apresentar
requerimento de urgência para adiantar a tramitação em uma semana.
Pelo acordo costurado entre Ferraço e Temer, além da MP do trabalho
intermitente, outros tópicos deverão ser modificados por meio de vetos
presidenciais sugeridos pelo relator. São eles: a permissão médica para o
trabalho de gestantes em locais insalubres, o que hoje é proibido; a
possibilidade de realização de jornadas de 12 por 36 horas via acordo
individual; a formação de uma comissão de representantes de empregados
para negociar diretamente com os patrões, em lugar dos sindicatos; a
possibilidade de intervalo de menos de uma hora para almoço; e o fim da
obrigatoriedade de concessão de um intervalo de 15 minutos para a mulher
entre a jornada normal e a hora extra.
VOLTAR
Fonte: Valor Econômico
07/06/2017
- Funcef pode necessitar de novo plano de equacionamento
Por Juliana Schincariol e Claudia Schüffner
A Funcef, fundo de pensão de funcionários
da Caixa Econômica Federal, teve o quinto
déficit consecutivo em 2016 e o presidente
da entidade, Carlos Vieira, não descarta a
realização de novo plano de
equacionamento se confirmado, será o
tercei ro seguido. Os participantes e a
patrocinadora já fazem contribuições
adicionais diante dos resultados de 2014 e
se preparam para os de 2015.
O fechamento dos números do ano passado
ainda depende de novo laudo de avaliação
do FIP Florestal, fundo de investimento em participações que detém fatia na
Vieira, presidente da Funcef:
fechamento dos números de 2016
ainda depende de novo laudo de
avaliação do FIP Florestal
Eldorado Celulose, da holding J&F, da família de Joesley e Wesley Batista. O
investimento da Funcef e da Petros no fundo está sendo investigado nas
operações Greenfield, Sépsis e Cui Bono, da Polícia Federal. "A partir dele [o
laudo] é que vamos ter condições de avaliar o que ocorreu em 2016. Vai dar
um pouco mais de R$ 3 bilhões [de déficit]", disse Vieira ao Valor.
A Petros, fundo de pensão dos funcionários da Petrobras, que também tem
uma participação no FIP Florestal, estimou em seu balanço perda de 47,47%
com esse investimento no ano passado. A Caixa já havia informado em maio
que vai divulgar o resultado da nova avaliação neste mês.
Com o equacionamento de 2015, que ainda deve ser aprovado pela
Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), as
contribuições dos participantes da Funcef devem ficar, em média, cerca de
11% dos salários e das aposentadorias.
"Os responsáveis pelo FIP são o gestor, o administrador, nós somos
participantes. É com eles a questão. Nós somos os receptores. Quando
podemos interferir, dentro da assembléia de acionistas, trocamos, interferimos.
Nós temos um assento na Eldorado [Celulose]. Agora, no FIP [Florestal] somos
minoritários, tanto nós quanto a Petros."
A corretora Planner é a administradora e o Brasil Plural, o gestor do FIP
Florestal. Juntos, Funcef e Petros possuem 49,50% do fundo, o que dá a cada
um deles uma fatia de 8,53% do capital total da fabricante de celulose. A J&F
detém, direta e indiretamente, 80,98% da empresa.
Funcionário da Caixa desde 1982, com passagem nos ministérios das Cidades
e da Integração Nacional por indicação do PP, o atual presidente da Funcef
tem uma missão que vai além do equacionamento dos resultados dos
investimentos problemáticos feitos por seus antecessores. A tarefa inclui a
retomada da credibilidade da imagem do fundo de pensão, e a implementação
de uma cultura de governança corporativa. Vieira chegou à fundação em
setembro do ano passado, uma semana após a deflagração da Operação
Greenfield, da Polícia Federal, que investiga fraudes nos fundos de pensão.
No fim de maio, 14 pessoas tornaram-se rés no caso. Dessas, oito são ex--
dirigentes da Funcef, incluindo Guilherme Lacerda, que foi presidente da
entidade. Segundo Vieira, os ex-executivos da Funcef sob investigação
perderam o direito a receber o período de quarentena até a conclusão do
processo. A fundação também suspendeu o pagamento da defesa à qual os
acusados tinham direito enquanto não se provar a inocência deles, afirmou.
Agora, a Funcef trabalha como assistente de acusação do Ministério Público
Federal (MPF) na operação. Com a assinatura do acordo de leniência de R$
10,3 bilhões entre o MPF e a J&F, a Funcef vai receber R$ 1,75 bilhão. Os
valores referem-se a multa e ressarcimento por causa de crimes e
irregularidades identificadas em diversas frentes, incluindo a Greenfield.
A expectativa passa a ser o ressarcimento em torno do FIP Cevix, criado pela
construtora Engevix e gerido pela Caixa Econômica Federal. O MPF requereu
o pagamento de R$ 1,206 bilhão ao fundo de pensão, o triplo do prejuízo
causado à entidade, calculado em R$ 402 milhões.
O presidente da Funcef não descarta buscar reparações na Justiça. "A própria
legislação (…) fala que o equacionamento sendo feito pela patrocinadora e pelo
participante não exime de se buscar na figura dos ex-dirigentes a sua
responsabilização. Só que isso tem um rito processual e administrativo." A
entidade estabeleceu uma comissão técnica para apurar os fatos e identificar
responsáveis, que deve apresentar os resultados até agosto.
Na Comissão de Valores Mobiliários, a Funcef questiona o dever de diligência
por parte de gestores e administradores em fundos em que tem participação,
mas Vieira afirmou se tratar de "questão sigilosa". Em alguns casos como o da
Sete Brasil, onde investiu R$ 1,3 bilhão , a fundação tem buscado
ressarcimento via arbitragem.
A entidade revisa a atual política de investimentos e trabalha na
desconcentração de ativos. "Quanto mais se valorizam esses ativos, mais
rápido acabará a questão do equacionamento. Esse é o grande desafio da
nossa área de investimentos." Segundo ele, a expectativa "é muito positiva
para o segundo semestre".
A Funcef é a terceira maior fundação do país, atrás de Petros e Previ (do
Banco do Brasil), com um patrimônio de R$ 58 bilhões. Desse total, 70% estão
em renda fixa. A renda variável tem R$ 10 bilhões e outros R$ 2,5 bilhões
correspondem a créditos aos participantes. A fundação tem R$ 5 bilhões
investidos em imóveis, e está acima do limite permitido pela Previc.
O presidente da entidade elogiou o acordo de acionistas da Vale e mencionou
a participação "muito expressiva" na empresa. "São R$ 5 bilhões, qualquer
movimento ali vai ser muito bem coordenado", afirmou, referindo-se a uma
possibilidade de venda de sua fatia, sem detalhar o assunto.
Ontem a Funcef informou que a Advocacia Geral da União (AGU) entendeu
que a fundação não pode responder solidariamente em processos trabalhistas
por ausência de pagamento e encargos contra companhias nas quais investiu
por meio de FIPs, em caso ajuizado por ex-funcionário da Ecovix, em que tinha
participação. A entidade avalia que pode evitar agora prejuízos relacionados a
outros investimentos, como o caso do FIP Sondas.
VOLTAR
Fonte: Valor Econômico
07/06/2017
- Setor da construção civil espera uma recuperação
Quem mora em São Paulo ou outra grande cidade já deve ter notado que,
depois de meses sumidos, estão voltando aqueles rapazes e moças que
entregam folhetos de lançamentos imobiliários aos motoristas parados nos
semáforos. Esse é mais um dos tênues sinais de que alguma coisa pode estar
mudando no mercado imobiliário, que enfrenta recuo de vendas, queda de
preços, redução de emprego e estoques crescentes, há alguns anos
problemas que levaram importantes empresas do setor ao nocaute.
Desde que a economia começou a andar para trás, há três anos, a construção
civil vem dando sinais de fraqueza acentuada, de um lado, pela queda das
vendas de imóveis, afetadas pelo aumento do desemprego, redução salarial e
retração do crédito. De outro, pelos problemas no setor pesado, provocados
pela desaceleração dos investimentos públicos e pela Operação Lava-Jato. Em
2015, a construção civil despencou 6,5%, enquanto o PIB recuou 3,8%; em
2016, a queda foi de 5,2% para 3,6% da economia como um todo.
O 89º Encontro Nacional da Indústria da Construção (Enic) apresentou alguns
números que falam por si. Os lançamentos das 20 maiores incorporadoras
somaram 69,8 mil unidades em 2016, 7% a menos do que os 75 mil de 2014. O
estoque de imóveis encalhados chega a 95 mil unidades, o equivalente a 17
meses de venda. Um dos segmentos que mais emprega mão de obra, inclusive
de baixa qualificação, a construção civil perdeu 1 milhão de postos de trabalho,
encolhendo de 3,2 milhões em abril de 2014 para 2,2 milhões no mesmo mês
deste ano
Dos imóveis vendidos no ano passado, 42,8% foram objeto de distrato, isto é,
44,2 mil foram devolvidos, somando valor total pouco superior a R$ 1 bilhão,
geralmente por compradores que não conseguiram o financiamento pretendido
ou perderam o emprego. As incorporadoras queixam-se que entram no bolo
também investidores, que concluíram que fizeram uma aposta ruim e
conseguem na Justiça receber o dinheiro gasto de volta, à vista e com
correção.
A perspectiva começou a mudar neste ano, quando se espera o aumento de
0,5% do PIB da construção civil, a reboque da expectativa de retomada da
economia.
Os primeiros números disponíveis, porém, não permitem muita animação, e a
nova onda de turbulência política é mais um motivo de preocupação. No
primeiro trimestre deste ano, enquanto a atividade econômica mostrou a
primeira recuperação em oito trimestres, com aumento de 1% do PIB, a
construção civil desabou mais 6,3%. Outros dados negativos são a queda de
10,1% das vendas de cimento, e o tombo de 14,4% nas unidades financiadas
com recursos da caderneta de poupança, de janeiro a abril. Reflexo de tudo
isso é a continuidade do derretimento dos preços dos imóveis, que registraram
em maio o maior recuo da série histórica do índice FipeZap.
No entanto, o declínio dos juros e a previsão de aumento da oferta de crédito
alimentam as expectativas positivas também no setor financeiro. O saldo da
carteira lastreada em recursos dos depósitos de poupança e do FGTS montava
a R$ 545,1 bilhões, em abril, com crescimento de 0,5% em relação a março e
de 7% em 12 meses. Já as concessões somaram R$ 6,303 bilhões no mês,
com recuo de 8,7% em relação a março.
O setor financeiro também viu motivo para se animar com a decisão do
Conselho Monetário Nacional (CMN) de acabar com a exigibilidade adicional
de 5,5% do compulsório da caderneta de poupança. A medida deve liberar R$
13 bilhões em recursos e estima-se que cerca de R$ 6 bilhões serão
direcionados ao crédito imobiliário. Há forte expectativa também com as Letras
Imobiliárias Garantidas (LIGs), novo título de captação bancária, que está em
fase de regulamentação e tem potencial de alavancar em R$ 357 bilhões o
crédito imobiliário, estima a Câmara Brasileira da Indústria da Construção
(CBIC).
As instituições financeiras já registram uma demanda mais significativa por
crédito e contam com uma recuperação mais firme no segundo semestre (Valor
31/5), estimulada pela redução das taxas. Projeção da Associação Brasileira
das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) sinaliza aumento de
6% nos empréstimos imobiliários neste ano, apesar da deterioração do cenário
político e das incertezas do impacto na economia.
VOLTAR
Fonte: Valor Econômico
07/06/2017
- Os impactos ocultos do projeto sobre as agências
Por Márcia David
O projeto de lei complementar (PLP) 337/2017, que visa expandir a
competência da Advocacia-Geral da União (AGU), limitando a atuação da
Procuradoria Geral Federal (PGF), responsável pela representação das
autarquias e fundações, constitui o último golpe na independência das
agências reguladoras e demais autarquias. O objetivo principal do PLP é dar ao
Advogado-Geral da União o poder de anular multas e punições em geral, além
de aniquilar a independência regulatória.
O projeto de lei foi elaborado na AGU sem qualquer debate externo. A
imprensa agora começa a colocar holofote no tema, dada sua relevância,
dando oportunidade de reflexão à sociedade, que seria duramente prejudicada
pela medida. Prestes a ser votado no Congresso, não houve ainda uma
discussão aprofundada da proposta com representantes do Banco Central, dos
ministérios envolvidos Casa Civil e Fazenda, por exemplo bem como com os
integrantes das próprias agências, as grandes interessadas no assunto. Nesse
contexto, as implicações da aprovação desse projeto incluem não só a perda
da autonomia das autarquias, mas também a descaracterização da
Administração Pública Federal e o pior um impacto direto e negativo na
garantia dos direitos do cidadão.
A autonomia e a independência concedidas às agências reguladoras, que
integram os pilares da administração pública moderna, são fundamentais para
que possam exercer adequadamente suas funções, uma vez que o maior bem
jurídico sob tutela é o interesse comum, e não pode ou não deveria estar
sujeito a constantes intempéries políticas. Trata-se de elemento essencial da
proteção à sociedade, especialmente no âmbito da influência de interesses
políticos e empresariais sobre a regulação da atividade econômica.
Como esclarece o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Carlos Ayres Britto,
"cada entidade de administração indireta da União se vincula por modo
contínuo ao governo federal em termos apenas de acompanhamento, tutela e
supervisão, nunca de subordinação ou obediência hierárquica, pois o certo é
que toda entidade da administração indireta do Estado goza de uma autonomia
administrativa que é corolário de sua personalidade jurídica em apartado".
A associação entre os corpos jurídicos das entidades da administração federal
indireta e a AGU é técnica. A AGU não possui competência constitucional para
a representação judicial e extrajudicial na atuação em consultoria e no
assessoramento jurídico das autarquias e fundações públicas federais.
A lei, inclusive, não pode modificar essa ausência de competência, o que
significa a inconstitucionalidade do PLP 337/2017. Mas, com o projeto
aprovado, efetivamente ambas as procuradorias passariam a submeter suas
decisões ao ministro-chefe da Advocacia Geral da União, que hoje tem
vinculação direta com a Presidência da República.
É preciso proteger a independência das autarquias e fundações,
livrando-as de interferências políticas
Face ao princípio da eficiência da administração pública, citado na emenda 19
da Constituição de 1988, em seu artigo 37, e da necessidade de modernização
do Estado, a criação de autarquias especiais e agências reguladoras teve
como objetivo separar decisões essenciais de influências políticas e interesses
econômicos.
A despeito das normas constitucionais garantirem a independência das
autarquias, inúmeras foram as tentativas de violar sua autonomia para atender
interesses privados de toda sorte, sempre ao arrepio do interesse público. É o
caso do Decreto nº 4.635/03, que criou a Secretaria de Telecomunicações do
Ministério das Comunicações, com o objetivo de interferir na regulamentação e
normalização técnica para a execução dos serviços públicos e privados de
telecomunicações. Na prática, não se passaram muitos anos sem que o
propósito intervencionista não esperasse para tentar destruir a independência
das agências reguladoras, seguindo a tradição que já atingia outras autarquias
como o Banco Central (BC) e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Marco desse intervencionismo, a Lei 13.203/2015 dificultou o poder da Agência
Nacional de Energia Elétrica (Aneel) de punir concessionários pelo atraso na
construção de projetos de geração de energia (hidrelétricas e termelétricas)
bem como linhas de transmissão. A referida lei é parte de um longo processo
de pressões contra os procuradores da Aneel no que tange à cobrança de
multas e o momento de realizá-las.
Dada a natureza política do Ministério das Minas e Energia, cobranças como a
referente ao risco hidrológico correm o risco de serem politizadas ao serem
evitadas em momentos políticos desfavoráveis e transferidas levando-se em
conta a mera conveniência dos agentes políticos, causando prejuízos imensos
à população, como na cobrança incorreta de R$ 1,8 bilhões feita nas contas de
energia em 2015 e 2016.
As agências reguladoras são dotadas de autonomia política, financeira,
normativa e de gestão, com o apoio de conselhos compostos por profissionais
especializados em suas áreas, com independência em relação ao Estado e
poderes de mediação, arbitragem e de traçar diretrizes e normas, para proteger
os contratos aos imprevistos da realidade. São elas a representação de um
Estado moderno, livre da intervenção estatal na economia e aberto ao mercado
global, além de garantir a participação ativa do consumidor nas decisões
pertinentes do setor regulado.
No âmbito institucional, é impossível negar a importante atuação da AGU para
a defesa do Estado Democrático de Direito, principalmente no combate à
corrupção, onde contribui diretamente na recomposição do patrimônio público,
atuando como um braço forte de poder do governo federal na busca pela
recuperação de valores, que vão diretamente para os cofres da União, como,
por exemplo, no caso da Operação Lava-Jato.
Mas não há como deixar de alertar a opinião pública sobre a
inconstitucionalidade, se aprovado o PLP 337/2017, decorrente da acumulação
das estruturas jurídicas da Administração Direta e Indireta sob o mesmo
guarda-chuva da AGU e proteger a indispensável independência das
autarquias e fundações, livrando-as de interferências políticas clientelistas,
garantindo o interesse público e preservando a sociedade.
Márcia Bezerra David é advogada, presidente da Associação Nacional dos
Advogados da União (Anauni).
VOLTAR
Fonte: Valor Econômico
07/06/2017
- Entrevias, do Pátria, assina concessão no interior de SP
Por Camila Maia
A Entrevias, empresa criada pelo Pátria
para administrar a concessão das Rodovias
do Centro-Oeste Paulista, deve
desembolsar R$ 160 milhões já no primeiro
dos 30 anos da duração do contrato,
segundo informações da Agência de
Transporte do Estado de São Paulo
(Artesp).
O governo do Estado de São Paulo assinou
ontem o contrato da concessão, que foi
vencida pelo Pátria em um leilão realizado
em março. O evento teve a presença do
governador Geraldo Alckmin, de
representantes de prefeituras do interior do Estado, além de Serg io Santillan,
que vai comandar a Entrevias.
O contrato prevê investimentos da ordem de R$ 3,9 bilhões ao longo dos 30
anos de concessão, sendo R$ 160 milhões já no primeiro ano. Desse
montante, R$ 98,3 milhões integram o Programa Intensivo Inicial (PII), que são
obras emergenciais no pavimento, sinalização e área de domínio da rodovia,
para que o trecho seja adequado aos parâmetros do Programa de Concessões
Rodoviárias do Estado de São Paulo.
Além disso, há também obras de ampliação previstas para serem concluídas
no primeiro ano de contrato, como a duplicação de 8,6 quilômetros da SP333,
na região de Marília. Outras obras previstas já para o primeiro ano são a
implantação de 5,1 quilômetros de marginais na SP333, em Marília; de dez
bases de Serviço de Atendimento ao Usuário; e oito passarelas.
O Pátria arrematou o lote no leilão realizado em março, ao oferecer ágio de
130,89% sobre o lance mínimo de R$ 397 milhões relativo à primeira parcela
da outorga da concessão, em um total de R$ 917,2 milhões. Depois da
Sergio Santillan vai comandar a
Entrevias, veículo para
concessões rodoviárias da
gestora de ativos Pátria
assinatura e transferência do contrato para a Entrevias, o que a Artesp estima
que deva ocorrer em 30 dias, a concessionária terá de dar início ao programa
de recuperação das rodovias, com os desembolsos já previstos para o primeiro
ano.
Segundo a Entrevias, apenas no primeiro ano de concessão, serão criados 400
empregos diretos e cerca de 750 indiretos. No total, a concessão terá 570
quilômetros de extensão.
Em fala durante a assinatura do contrato, o governador Geraldo Alckmin disse
que o cronograma das concessões planejadas pelo governo do Estado estão
"rigorosamente em dia", e não será alterado pelas turbulências políticas. "As
turbulências políticas não mudam em nada nosso roteiro, que significa trazer
mais investimentos, melhorar a infraestrutura de São Paulo e gerar renda, para
ativar a economia", disse.
Ele destacou ainda a importância de se ter um marco regulatório forte. "Me
perguntaram se concessões ou PPPs [parcerias público-privadas] são boas.
Depende, se tiver um bom marco regulatório e uma boa fiscalização é ótimo.
Se tiver um péssimo marco regulatório e não houver fiscalização, é péssimo",
disse.
Segundo Giovanni Pengue Filho, diretor-geral da Artesp, até o momento, as
outras duas concessões de rodovias previstas para este ano seguem mantidas:
a Rodovia do Litoral Paulista e Rodoanel Norte. Ainda não há, porém, prazo ou
previsão de investimentos nessas duas concessões. Segundo Pengue Filho, o
governo ainda está na época de modelagem das concessões, que deverão ser
submetidas à consulta pública em breve.
VOLTAR
Fonte: Valor Econômico
07/06/2017
- Multiner é palco de disputa societária
Por Thais Carrança
Um dos alvos da operação Greenfield da Polícia Federal, deflagrada em
setembro e que investiga irregularidades em fundos de pensão, a controladora
de usinas de geração de energia elétrica Multiner é palco de um embate entre
minoritários e controladores.
Os controladores do grupo Bolognesi tentaram destituir o presidente da
empresa, mas a ação foi revertida na semana passada por decisão liminar, a
pedido dos minoritários as fundações de previdência Petros, Postalis, Funcef,
Infraprev, Faceb, Refer, Fundiágua e Regius, cotistas do Multiner Fundo de
Investimento em Participações (Multiner FIP).
Segundo a decisão liminar do juiz Marcelo Barbosa Sacramone, da 2ª Vara de
Falências e Recuperações Judiciais do Tribunal de Justiça do Estado de São
Paulo, a reunião do conselho na qual foi votada a destituição de Ricardo Fialho
Sellos e sua substituição por Edésio Alves Nunes Silva foi convocada pelos
controladores sem que fosse observado o prazo estatutário mínimo de 15 dias
de antecedência até a realização
Auditoria teria encontrado indícios de pagamentos sem comprovações a
uma conselheira da empresa
Além disso, aponta o juiz na decisão, há indicativos de que a destituição teria
ocorrido em razão da descoberta, por meio de auditoria realizada, de
pagamentos sem as devidas comprovações à conselheira Chiara Bolognesi, o
que poderia comprometer a validade do voto da conselheira.
"O presidente não impediu que, no relatório de auditoria externa do balanço,
constassem retiradas por parte de conselheiros do acionista majoritário. Um
dos motivos alegados [pelo controlador] para a destituição foi esse", afirma
Christian Schneider, diretor de investimentos do Postalis e representante dos
minoritários no conselho de administração da Multiner.
"A informação que chegou para nós, como acionistas minoritários da
companhia, é que ele estava sendo pressionado pelo acionista controlador
para que retirasse, ou não fizesse constar do balanço, esse tipo de
informação", relata o conselheiro.
Conforme Schneider, apesar de ter sido escolhido pelo controlador, Sellos
vinha fazendo um bom trabalho à frente da empresa, aumentando sua
transparência e facilitando o acesso a dados pelos minoritários. Daí a surpresa
com sua destituição extemporânea e em desacordo com os ritos estatutários
da companhia.
O diretor jurídico da Bolognesi Energia, Rodrigo Bueno, afirma que a decisão
de substituição de Sellos ao cargo de diretor-presidente da Multiner já estava
madura dentro da empresa, e que algumas atitudes tomadas pelo executivo
nas últimas semanas, que estariam em desacordo com o regime de
governança da holding, anteciparam a destituição.
Bueno, no entanto, não detalhou que medidas teriam ferido as regras da
companhia, sob alegação de confidencialidade.
Segundo o diretor jurídico, os supostos pagamentos sem comprovações à
conselheira Chiara, citados pelo juiz na decisão que reverteu a destituição do
presidente, envolvem um relatório confidencial, elaborado pela firma de
auditoria BDO a pedido da Multiner, e considerado "absolutamente errado" pela
Bolognesi.
"O relatório tem uma série de inconsistências. Não posso entrar em detalhes,
pois o documento está sob regime de confidencialidade, mas obviamente nós
vamos contestar todas as incongruências", diz Bueno.
O executivo também nega as acusações de minoritários de que Sellos estaria
sendo pressionado para que informações encontradas pelos auditores fossem
retiradas do balanço. "Isso não existe, em absoluto", diz o diretor.
O parque gerador da Multiner é composto por três usinas operacionais, sendo
duas eólicas e uma termelétrica, localizadas no Nordeste e Norte do país, e
com capacidade instalada de 236,8 megawatts (MW). A companhia reportou
um receita líquida de R$ 53,3 milhões em 2015.
A Bolognesi controla 52% do capital votante, tendo como sócio o Multiner FIP,
com os 48% restantes. O fundo ingressou no capital da empresa em 2008.
A carteira de ações detidas pelo Multiner FIP era avaliada em R$ 299,8 milhões
em dezembro de 2016, contra R$ 1,27 bilhão em junho daquele ano,
representando uma perda de valor de mercado de cerca de R$ 965 milhões
equivalente a 76%.
A Multiner ainda não publicou demonstrações contábeis auditadas de 2016 e
do primeiro trimestre de 2017. O último balanço arquivado na Comissão de
Valores Mobiliários (CVM), do terceiro trimestre do ano passado, recebeu
conclusão adversa dos auditores da EY (antiga Ernst & Young).
Entre os oito pontos citados pela EY como base para sua opinião adversa,
estava a constatação de fraquezas relevantes em relação aos controles
internos relacionados ao processo de elaboração das informações contábeis,
principalmente relacionados a controles preventivos e detectivos na
identificação de fraudes.
Procurada pelo Valor para comentar as críticas do diretor da Bolognesi ao
relatório por ela produzido, a BDO informou que sua diretoria prefere não
comentar o caso em questão.
VOLTAR
Fonte: Valor Econômico
07/06/2017
- Musa receberá US$ 62,5 mi da Porto Sudeste ao fim de litígio
Por Thais Carrança
A Mineração Usiminas (Musa) e a Porto Sudeste do Brasil firmaram
instrumento de transação por meio do qual acordaram as condições para pôr
fim a litígio, objeto de arbitragem instaurada perante o Centro de Arbitragem e
Mediação da Câmara de Comércio Brasil-Canadá.
A arbitragem discutia a extensão das obrigações assumidas pelas partes em
contrato de prestação de serviços portuários assinado no ano de 2011. O
acordo prevê, entre outras disposições, que a homologação do acordo pelo
tribunal arbitral resultará no distrato do contrato e que a Porto Sudeste fará um
pagamento à Musa, após a homologação do acordo, no valor equivalente em
reais a US$ 62,5 milhões (cerca de R$ 205,1 milhões, à cotação de ontem).
Além disso, Musa e Porto Sudeste fecharam ontem novo contrato de
prestação de serviços de operações portuárias, que prevê que a controlada da
Usiminas terá o direito, mas não a obrigação, de movimentar pelos próximos
anos um volume total de até 17,5 milhões de toneladas de minério de ferro pelo
terminal portuário localizado no município de Itaguaí (RJ).
VOLTAR
Fonte: O Globo
06/06/2017
- Caixa deve reduzir juros da casa própria no segundo semestre, diz presidente
Novo modelo de empréstimo permitirá taxa menor para
quem der entrada maior no financiamento
Construção de prédio em Icaraí, Niterói. Foto: Márcio Alves / Agência O Globo
2ª PARTE: 06/05/2017
BRASÍLIA - O presidente da Caixa Econômica Federal, Gilberto Occhi, disse
que a instituição planeja reduzir os juros do financiamento da casa própria no
segundo semestre — quando entrará em vigor um novo modelo de empréstimo
―mais personalizado‖. De acordo com o projeto estudado pelo banco desde o
ano passado, a medida vai permitir uma taxa menor para quem tiver condições
de oferecer uma entrada maior ou precisar financiar uma cota menor do imóvel.
Atualmente, os juros são padronizados, sendo mais acessíveis somente para
quem é cliente da Caixa e recebe pagamento pelo banco.
— Vamos apresentar projeto de redução de taxas de juros de habitação para o
mercado, combinada com cota da financiamento de negócios agregados —
disse Occhi, após anúncio da nova rodada de pagamento das contas inativas
do FGTS.
Ele destacou que apesar da trajetória de queda na na taxa básica (Selic), a
Caixa manteve os juros do empréstimo habitacional porque os recursos da
poupança continuam escassos. O funding, destacou, precisa ser
complementado com recursos próprios.
Occhi lembrou também que o processo de IPO (primeira oferta pública de
ações) da subsidiária Caixa Seguridade está suspenso. A instituição decidiu
antecipar o processo de avaliação da parceria da Caixa nessa área com o
grupo francês CNP Assurances, que vence em 2021.
— Primeiro, precisamos saber quem será nosso parceiro — disse.
VOLTAR
Fonte: O Globo
06/06/2017
- Após ata do BC, mercado aposta em corte de 0,75 ponto percentual na Selic em julho
Mercado destacou a preocupação da autoridade
monetária com o impacto do aumento da incerteza sobre
a economia e aprovação de reformas
Banco Central do Brasil - Ailton de Freitas / Agência O Globo
RIO - Depois de o Banco Central indicar cortes menores na taxa básica de
juros Selic para os próximos meses, devido as incertezas sobre o impacto da
crise política sobre a economia e o andamento das reformas, analistas
passaram a apostar em um corte de 0,75 ponto percentual na taxa, hoje em
10,25% ao ano, na próxima reunião do Copom, que ocorre no final de julho.
Essa é a previsão de pelo menos três bancos: Itaú, Goldman Sachs e Banco
Safra. As previsões para o final de 2017 se situam entre 8% e 8,5% ao ano
para a taxa Selic.
Em relatório, Goldman Sachs avalia que, "salvo uma queda significativa no
atual nível de incerteza política, o Copom provavelmente reduzirá a taxa de
política Selic em 0,75 pontos na próxima reunião". A leitura que o banco fez do
comunicado emitido pelo Banco Central é que, no geral, a autoriadade
monetária "permanece confortável com as perspectivas de inflação, mas está
preocupada com o impacto do recente aumento incerteza política nas
perspectivas de reformas, economia e inflação". O banco estima uma Selic de
8,5% ao final do ano, se mantendo nesse nível em 2018.
Carlos Kawall, economista-chefe do Banco Safra e ex-secretário do Tesouro,
também aposta que o próximo corte será de 0,75 ponto percentual. E ainda
mantém a projeção que a Selic deve chegar a 8% ao ano no fim de 2017.
Lembra que o efeito da crise tem duas frentes que são opostas: pode aumentar
a recessão econômica e abrir espaço para mais cortes de juros ou aumentar a
inflação e impedir uma queda mais acentuada. E a dúvida se as reformas
continuarão a caminhar no Congresso Nacional dificulta a avaliação.
Para o Banco Itaú, o Copom conseguiu produzir um texto "bastante
interessante e informativo, apesar de estar trabalhando em um ambiente de
maior incerteza". E avaliou que o BC parece reafirmar que a próxima jogada,
no final de julho, seja de um corte de 0,75 ponto, e que o seguinte poderia ser
um pouco menor. "Mantivemos a visão de que, depois de julho, o Copom irá
diminuir para um ritmo de 0,5 ponto o corte e que a Selic terminará o ano em
8% ao ano.
Sem fazer apostas sobre o tamanho do próximo corte, a corretora Coinvalores
ressaltou que o BC demonstrou cautela, e que a mostrou a existência de
dificuldade da queda mais célere do juro estrutural dado o aumento de
incerteza sobre as reformas. "O risco político vem aumentando as incertezas
quanto às aprovações das reformas do governo e o prolongamento desse
cenário tende a impactar negativamente a atividade econômica", avaliou a
corretora.
VOLTAR
Fonte: O Globo
06/06/2017
- Prazo para o pagamento da guia de maio do eSocial termina na quarta
O prazo para os empregadores domésticos realizarem o pagamento do
Documento de Arrecadação do eSocial (DAE) referente ao mês de maio
termina na quarta-feira, dia 7 de junho. A guia reúne as contribuições fiscais,
trabalhistas e previdenciárias que devem ser recolhidas pelos patrões
referentes aos trabalhadores domésticos.
Vale lembrar que documentos gerados a partir dessa data terão multa de
0,33% por dia de atraso. A emissão é realizada na página do eSocial.
O pagamento pode ser feito em guichê de caixa bancário, lotéricas, internet
banking e canais eletrônicos de auto-atendimento. VOLTAR
Fonte: O Globo
06/06/2017
- Presidente do Banco Central alerta para diferentes níveis de inclusão financeira na América Latina
Melhora da confiabilidade e do detalhamento de dados é
desafio, diz Ilan Goldfajn
Presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, em evento em abril. Foto Marcos Alves
/ Agência O Globo.
BRASÍLIA - Antes de partir para uma reunião com o presidente Michel Temer, o
presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, fez um discurso no I Encontro do
Grupo de Especialistas em Políticas de Inclusão Financeira da FILAC (Iniciativa
de Inclusão Financeira para América Latina e Caribe). Ele afirmou que os
países da região têm níveis muito diferentes de inclusão financeira, um baixo
nível de poupança formal e poucas soluções financeiras para celulares.
— A inclusão financeira não se resume somente a propiciar acesso a serviços
financeiros. Embora esse já seja um grande desafio, é preciso também que
esses serviços sejam adequados às necessidades da população incluída e que
seu uso seja feito de forma consciente e responsável.
Ilan disse que vários desafios estão colocados para as autoridades monetárias
como os avanços da tecnologia aplicada aos serviços financeiros, com suas
consequências na área de regulação, da educação e da proteção aos
consumidores bancários.
— Outro desafio é a melhora da confiabilidade e do detalhamento de dados
sobre inclusão financeira, para que a situação presente seja corretamente
avaliada e os obstáculos identificados, algo imprescindível para a formulação
de políticas públicas eficientes — frisou.
VOLTAR
Fonte: O Globo
06/06/2017
- Queda do preço do minério de ferro é desafio adicional ao novo presidente da Vale
Por Marta Nogueira
RIO DE JANEIRO (Reuters) - A mineradora Vale permanece bastante rentável
apesar da expressiva queda dos preços do minério de ferro neste ano, mas
uma expectativa de demanda mais fraca traz um desafio adicional para o novo
presidente da empresa líder do setor, Fabio Schvartsman, segundo
especialistas.
Os preços do minério de ferro no mercado à vista na China, maior importador
global, já caíram mais de 40 por cento desde a máxima do ano acima de 90
dólares por tonelada, pressionados também pelo aumento da oferta global.
Nesta terça-feira, fecharam em cerca de 56 dólares.
Como resultado dos preços mais baixos, a receita brasileira com as
exportações de minério do país em maio cresceu apenas 1,8 por cento ante o
mês anterior, para 1,651 bilhão de dólares, enquanto os embarques cresceram
46 por cento no mesmo período, para 35,111 milhões de toneladas, segundo
dados do governo federal.
O dado de exportação do país é um importante indicativo da receita da Vale,
maior produtora global da commodity e dominante nas exportações do produto
nacional.
Mas para enfrentar esse cenário a companhia fez esforço muito grande de
redução de custos nos últimos anos e tem ainda a seu favor o aumento
progressivo da produção da mina S11D --o maior investimento da história da
empresa, em Canaã dos Carajás, no Pará, que produz um minério com
elevado teor de ferro e alta tecnologia.
"A Vale fez um dever de casa muito bom, ganhando eficiência e, com o S11D,
tem um minério para vender no segundo e terceiro trimestres de melhor
qualidade", afirmou o estrategista da Guide Investimentos Luis Gustavo
Pereira.
A mina S11D entrou em operação comercial em janeiro e está em fase de
aumento de produção. Com o ativo, a empresa pode gerenciar melhor a sua
produção de acordo com a demanda e gerar mais valor para suas operações.
O início da operação também permite o encerramento de um ciclo de
investimentos da Vale, que não tem novos ativos gigantes para investir no curto
prazo.
Executivos da empresa vêm afirmando que a mineradora está focada em
atingir a meta de redução da dívida, enquanto conclui o ciclo de aportes e
prepara as bases para uma geração de fluxo de caixa livre ainda mais forte a
partir deste ano.
IMPACTO NAS AÇÕES
No entanto, analistas que acompanham a Vale acreditam que a volatilidade dos
preços, além de reduzir a rentabilidade da empresa, influenciam no
comportamento de suas ações na bolsa.
"Enquanto a Vale continua sendo uma empresa muito bem gerenciada,
acreditamos que a queda do minério de ferro deve continuar sendo o principal
driver", afirmaram os analistas do BTG Pactual Leonardo Correa e Caio
Ribeiro, em relatório enviado a clientes sobre os impactos dos preços do
minério.
Para o BTG, a alta dos preços a 80/90 dólares por tonelada no primeiro
semestre deste ano não tinha fundamentos, diante do crescimento da oferta de
grandes mineradoras, da desaceleração da demanda e outras questões.
"A maioria desses riscos se materializou, e os preços rapidamente se
desinflaram para 60 dólares por tonelada, o que consideramos mais razoável",
afirmaram os analistas do BTG.
DESAFIOS AO NOVO PRESIDENTE
O novo cenário de preços representa um desafio adicional para Schvartsman,
que tem como uma das principais missões liderar a Vale nos próximos anos
rumo ao controle pulverizado e ao Novo Mercado da B3 (ex-Bovespa). O
executivo, que assumiu em maio, ainda não concedeu entrevistas à imprensa.
O ex-diretor da Vale Roberto Castello Branco afirmou em entrevista à Reuters
que o novo presidente já encontrou uma casa "razoavelmente arrumada" e que
já anunciou "intenções muito boas", em conversas com analistas de mercado,
como a criação de grupos para avaliar a estratégia e a performance da
empresa em diversas unidades de negócios.
"A Vale tem ativos que não geram valor que têm que ser fechados... a questão
crucial é se ver livre de ativos que não performam, como Nova Caledônia (na
Oceania, onde produz Níquel)", afirmou Castello Branco, atualmente diretor
institucional da Fundação Getulio Vargas.
Para Castello Branco, no entanto, o minério de ferro permanece sendo "o
coração da Vale... grande gerador de caixa e de valor" da companhia.
Dessa forma, segundo ele, uma diversificação da empresa para reduzir os
riscos à exposição do minério de ferro, o que também foi anunciado como uma
intenção do novo presidente, deve ser feita de forma cuidadosa.
"O minério de ferro é e vai continuar a ser um super ativo da Vale", afirmou,
explicando que uma recuperação dos preços irá depender de novidades do
mercado.
Uma delas, segundo Castello Branco, poderia ser o fechamento de minas
menos rentáveis no mundo devido à queda dos preços, já que uma surpresa do
lado da demanda, no curto prazo, não parece provável em sua avaliação. "O
mercado é movido por surpresas, positivas ou negativas", completou.
Procurada para comentar o tema, a Vale não respondeu sobre o
comportamento recente de preços, mas destacou por email que continua
priorizando a maximização de margens em vez de volume e trabalhando para
aumentar a eficiência da cadeia de valor global por meio de produtividade e
redução de custos.
"Buscamos melhorar ainda mais a realização de preços através do
desenvolvimento de novos canais de distribuição e a obtenção de prêmios com
o minério de alta qualidade. Essas iniciativas ajudarão a empresa a tornar-se
cada vez mais competitiva e eficiente, afirmou a empresa.
(Por Marta Nogueira)
VOLTAR
Fonte: O Globo
06/06/2017
- Rogério Marinho vai à Suiça defender reforma trabalhista na OIT
Viagem é feita após denúncia à organização de que
reforma infringe normas internacionais
O deputado Rogério Marinho (PSDB/RN), relator da reforma Trabalhista - Givaldo
Barbosa / Agência O Globo
BRASÍLIA - O relator da reforma trabalhista na Câmara dos Deputados,
Rogério Marinho (PSDB/RN), foi à Genebra, na Suíça, defender a reforma
trabalhista à Organização Internacional do Trabalho (OIT). Segundo o
deputado, a viagem foi feita "à convite da chancelaria brasileira" após denúncia
à organização feita por centrais sindicais e pelo Ministério Público do Trabalho
(MPT) de que a reforma infringe as normas internacionais. A visita foi feita há
duas semanas.
Marinho afirma ter se reunido com embaixadores e membros da ONU e da OIT,
com apoio da missão brasileira local. ―O Brasil está modernizando a sua lei
para gerar novos empregos, sem colocar em risco nenhum direito conquistado
pelo trabalhador", diz o deputado, em nota.
Nesta terça-feira a OIT, que está mobilizada em Genebra para a Conferência
Internacional do Trabalho, divulgou uma lista de 24 países que terão que
prestar esclarecimentos sobre possíveis desrespeitos às normas da
organização. Estão nessa lista países como Malásia, Polônia, Ucrânia, Reino
Unido, Venezuela e Paraguai. O Brasil não está entre eles, mas o processo
contra o país não está finalizado, segundo a assessoria de imprensa da OIT.
A OIT ainda aguarda informações do país, apesar de não haver convocado o
Brasil. Uma das denúncias feitas pelas centrais é de que o país estaria tendo
práticas anti-sindicais. O caso brasileiro ainda será analisado pela organização.
VOLTAR
Fonte: Estadão
06/06/2017
- KLM quer expandir atuação no Brasil
Companhia aérea quer adicionar um terceiro destino para seus vôos no País
Pieter J Th. Elbers, CEO da KLM
CANCÚN, MÉXICO - O presidente e CEO da companhia aérea holandesa
KLM, Pieter Elbers, afirma que a empresa, em conjunto com a parceira Air
France, estuda a possibilidade de expandir suas operações no Brasil,
adicionando um terceiro destino no País em sua malha aérea - atualmente, a
empresa possui operações em São Paulo (Guarulhos) e no Rio de Janeiro
(Galeão). No entanto, o executivo não revelou qual poderia ser esse novo
destino.
No momento, a aliança Air France-KLM possui 34 frequências semanais
conectando o Brasil com a Europa. Em São Paulo, são 14 voos por semana da
Air France e outros sete da KLM, enquanto o Rio de Janeiro conta com sete
frequências semanais da Air France e outras seis da KLM.
Em entrevista ao Broadcast, Elbers ainda disse estar "cautelosamente otimista"
em relação ao Brasil e que a empresa possui um plano de expansão de suas
atividades no País. Além disso, o executivo também comentou sobre o
potencial do Brasil para atrair viajantes europeus a lazer e corporativos,
afirmando que o País ainda está em seus estágios iniciais no desenvolvimento
de seu potencial turístico.
Elbers está em Cancún para a 73ª Assembléia Geral da Associação
Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês) e recebeu a
reportagem do Broadcast durante o evento. Leia a seguir os principais trechos
da entrevista:
O que você enxerga em termos de demanda internacional de passageiros
brasileiros para a Europa? Quais os planos da KLM para o Brasil?
Bem, obviamente, a situação no Brasil está sendo um pouco desafiadora nos
últimos anos, por causa da situação política e econômica. Eu diria, no entanto,
que nos últimos 6 a 8 meses, nós vemos alguns sinais de recuperação no
tráfego de passageiros.
Temos uma situação relativamente forte no mercado brasileiro, como Air
France-KLM. Voamos para o Rio de Janeiro e São Paulo, junto com nossa
parceira Gol. No mercado brasileiro, estamos cautelosamente otimistas. Vemos
sinais de recuperação, e com a cooperação com a Gol, temos condições de dar
os próximos passos no mercado brasileiro.
Quais seriam esses próximos passos?
Nossa estratégia para o Brasil tem três pontos. Em primeiro lugar, temos que
fazer o pipeline entre a Europa e o Brasil, a oferta de capacidade entre Europa
e Brasil, e crescer, adicionar mais frequências para a KLM nesse pipeline.
A segunda parte é construir a conectividade com a Gol. Isso começou numa
escala relativamente limitada, mas agora, com algumas das melhorias que
fizemos e com algumas das iniciativas que a Gol fez para se reestruturar,
temos uma conectividade muito melhor em Guarulhos e no Rio. Vemos todos
esses pontos no interior do Brasil, um país tão grande, com potencial massivo
em outras cidades.
A terceira parte é a proposição comercial aos consumidores. Estamos
investindo (no serviço) em língua portuguesa, investindo em fazer nossa
posição em mídias sociais no Brasil muito forte. Estamos pensando se
devemos, de fato, revisar (nossa posição), se devemos adicionar um terceiro
destino no mercado brasileiro, o que pode ser bom para os consumidores, que
vão ter mais oportunidades.
Como você vê a demanda de europeus em relação ao Brasil? O País é atrativo
para europeus que viajam a lazer ou a trabalho?
Na KLM, nossos voos para o Brasil têm 40% de brasileiros e 60% de europeus,
então, o tráfego de europeus é uma parte relevante dos nossos voos. Vimos
muitos meses mais fracos no lado corporativo por causa do clima de
investimentos no Brasil. Mas, de fato, com a estabilidade econômica, um pouco
do turismo também voltou.
Minha visão pessoal é a de que o potencial do Brasil, como país, é enorme. A
imagem que as pessoas têm do Brasil no exterior é a de que o país é uma
marca que simboliza o futebol, as praias do Rio, a natureza da Amazônia, a
diversidade populacional. Novamente, minha visão é a de que o Brasil ainda
está no princípio de seu desenvolvimento em relação à atratividade de turismo.
A crise política verificada no Brasil nos últimos meses afeta as operações da
KLM de alguma maneira?
Definitivamente, tem sido desafiador nos últimos anos com a situação
econômica tão estressada como estava. E quando as pessoas veem na TV
imagens de protestos, elas preferem ir a outro lugar para as férias ou para
investir. Então, com isso, obviamente essa situação nos afetou, como empresa
aérea.
Novamente, vemos alguns sinais de recuperação econômica. Quanto à
recuperação política, para mim, é difícil avaliar. Mas acho que, para o interesse
do País, quanto mais estabilidade, melhor.
A infraestrutura aeroportuária no Brasil é adequada?
Eu acho que, com a demanda crescente e as oportunidades que o Brasil tem, a
infraestrutura também tem que estar atualizada. Acho que todos que
compartilhavam a infraestrutura do Brasil concordam que os aeroportos não
estavam combinando com o País, em termos de tamanho, de população, de
potencial, da posição do Brasil no mundo.
Assim, eu só posso apoiar as iniciativas que estão sendo feitas no novo
terminal em São Paulo e alguns outros investimentos em aeroportos. É muito
importante para o Brasil e para a economia.
Há previsão de novos investimentos a serem feitos em relação às operações
no Brasil?
Investimos há alguns anos, somos acionistas da Gol, e, como tal, cimentamos
nossa parceria comercial de maneira mais estratégica. Outro investimento
óbvio foi a alocação de aeronaves mais modernas, como o Boeing 787
Dreamliner.
Investimos também em mídia social, e estamos investigando um possível
terceiro destino, que poderia ser operado pela Air france ou pela KLM. A KLM
está aumentando sua reputação no Brasil, focando em inovação e nas midias
sociais. A proximidade está sendo muito bem percebida.
O governo brasileiro editou uma Medida Provisória que tira o limite para a
participação de estrangeiros no capital de companhias aéreas brasileiras.
Como você vê esse movimento? Há algum plano por parte da KLM nesse
sentido?
Nós temos uma fatia na Gol, assim como a Delta. A Delta é um de nossos
parceiros estratégicos, e, como tal, a parceria da Delta com Gol, a parceria com
Air France-KLM com Gol nos ajuda a consolidar isso. Não estou em posição de
prever quando ou se faremos mais investimentos.
O Real passou por um processo de desvalorização ao longo das últimas
semanas por causa das instabilidades políticas. Essas movimentações
cambiais preocupam a KLM, no sentido de ameaçar o fluxo de viajantes
brasileiros para a Europa?
Como companhia aérea, temos que ter uma visão de longo prazo no País e no
mercado. Se o real sofrer uma desvalorização estrutural e ficar mais caro para
os brasileiros irem à Europa, isso certamente afetaria nosso negócio. Por outro
lado, ficaria mais barato para europeus irem ao Brasil.
Mas, para nós, o poder está na nossa rede, com todos os lugares diferentes
em que operamos. Só na Europa, temos 80 destinos diferentes, e todas eles
conectam Amsterdã com o Brasil. Então, mesmo se a demanda do Brasil for
um pouco menor, temos a oportunidade de compensar isso com outros
negócios.
O jornalista viajou a convite da Associação Internacional de Transporte Aéreo
(Iata, na sigla em inglês) VOLTAR
Fonte: Estadão
06/06/2017
- Com avião de grande porte, Embraer busca liderança do setor
Maior avião de passageiros da Embraer tem 116 lugares e será comercializados a partir de 2019
O maior avião de passageiros já construído pela Embraer, o E195, é a aposta
da empresa brasileiras para se tornar campeão de venda em sua categoria. A
informação é do vice-presidente do negócio da aviação comercial da Embraer,
John Slattery.
Aeronave é a maior versão para passageiros já produzida pela Embraer Foto:
Embraer
A primeira geração do E195, de 116 lugares, recebeu três vezes menos
encomendas do que o E190, de 100 assentos. Mas uma versão maior, com
novo motor, que entrará em atividade no começo de 2019 - parte da linha
chamada E2 - tem atraído um novo patamar de interesse.
"É justo dizer que o E195 aparece em peso em quase todas as conversas
sobre a família E2", disse o vice-presidente do negócio de aviação comercial da
Embraer, John Slattery, em entrevista na noite de segunda-feira, 5, durante um
encontro anual do setor de transporte aéreo no México. "Há uma real
possibilidade para a E2 de que o E195 vá superar as vendas do E190."
A possível reviravolta salienta como três fileiras adicionais de assentos, além
de asas mais largas, forçaram muitas companhias aéreas a reconsiderarem o
maior modelo da empresa brasileira, que agora busca concorrer diretamente
com a nova CSeries da Bombardier.
13
Para a Embraer, terceira maior fabricante de aviões do mundo, depois da
Airbus e da Boeing, o E195 representa a maior mudança na família E2, a qual
tem se concentrado em mercados de aviação regional, em um momento no
qual a Bombardier entra em brigas maiores.
Embora a Bombardier venda aeronaves maiores na CSeries, competindo com
versões menores fabricadas por Boeing e Airbus, a Embraer tem reafirmado
que não há planos para aviões de passageiros maiores do que o novo E195.
Na semana passada, a Embraer ampliou a autonomia do E195-E2 para cerca
de 4.200 quilômetros, ante cerca de 4.000 anteriormente, por conta de
melhorias na aerodinâmica de um protótipo que começou a voar em março. O
CS100 da Bombardier, em comparação, tem uma autonomia máxima de cerca
de 5.000 quilômetros.
Slattery disse que o verdadeiro ponto de venda do novo E195 é seu custo
operacional, que concorre com o de aeronaves de um corredor das rivais
Airbus e Boeing, ao passo que custa 20 por cento menos por viagem. Assentos
extras e asas mais finas tornaram a nova aeronave uma "caçadora de lucros",
disse o executivo.
VOLTAR
Fonte: Petronotícias
06/06/2017
- PETROBRÁS CONCLUI POÇO
ADJACENTE NO CAMPO DE LIBRA
A Petrobrás deu um importante
passo em sua exploração na
camada do pré-sal. A novidade
desta vez é que a estatal concluiu
um poço pioneiro adjacente no
campo de Libra, no pré-sal da
Bacia de Santos. Localizado em
lâmina d’água de 2.252 metros, o
poço 4BRSA1346RJS ainda não
teve indícios de hidrocarbonetos constatados, de acordo com dados da
Agência Nacional do Petróleo (ANP).
O início da perfuração aconteceu no dia 22 de janeiro deste ano e a conclusão
do poço no início do mês de junho. A atividade foi realizada por meio da sonda
West Carina, que pertence à empresa Seadrill.
O último poço em Libra que teve indícios de petróleo e gás comprovados foi o
3BRSA1343RJS, em novembro de 2016, em lâmina d’água de 2.026 metros.
VOLTAR
Fonte: Petronotícias
06/06/2017
- CNPE PUBLICA REGRAS DE ACORDOS DE INDIVIDUALIZAÇÃO EM JAZIDAS DE ÁREAS NÃO CONTRATADAS
O Conselho Nacional de Política
Energética (CNPE) publicou nesta
terça-feira (6) as diretrizes para
individualização da produção em
jazidas de petróleo e gás natural
que se estendam para áreas não
contratadas. Os representantes da
União na celebração de acordos
serão a Pré-Sal Petróleo S.A.
(PPSA) ou a Agência Nacional do
Petróleo (ANP).
Caberá à agência comunicar ao Ministério de Minas e Energia a possibilidade
de extensão de uma jazida para áreas não contratadas. O CNPE determinou
também que essas áreas não contratadas com parcela de uma jazida
compartilhada serão contratadas para execução de atividades conjuntas de
exploração e produção de petróleo e gás natural. Essas contratações serão
feitas antes da data de declaração de comercialidade da jazida compartilhada.
A resolução também determinou que a ANP regule os critérios de apropriação
e rateio da produção de uma jazida compartilhada. O texto ainda explica que
incidirão royalties nas alíquotas previstas no respectivo contrato de exploração
e produção e participação especial no caso do contrato de concessão sobre a
produção realizada antes da data efetiva do acordo de individualização da
produção.
VOLTAR
Fonte: Petronotícias
06/06/2017
- VENDAS INTERNAS DE PRODUTOS QUÍMICOS EM ABRIL TIVERAM QUEDA DE 12,45%
As vendas internas de produtos
químicos tiveram queda de 12,45%
em abril ante o mês anterior,
segundo relatório preliminar feito
pela Associação Brasileira da
Indústria Química (Abiquim). É um
banho de água frio no setor, já que
o desempenho no quarto mês do
ano é o pior dos últimos 12 meses.
Ainda segundo a Abiquim, as vendas internas amargaram declínio de 1,47% no
acumulado do 1º quadrimestre de 2017 em relação ao mesmo período do ano
passado. Porém, o índice de produção nos primeiros quatro meses do ano
cresceu 3,84%, usando a mesma base de comparação, por influência
do desempenho das exportações – que fecharam com alta de 1,9% neste
intervalo.
O levantamento da Abiquim apontou ainda que o consumo aparente nacional
cresceu 13,6% no primeiro quadrimestre de 2017 em relação ao ano passado.
Já a taxa de ocupação das instalações foi de 79%, um ponto a mais do que a
apurada em 2016. ―As importações voltam a ocupar uma fatia maior da
demanda doméstica por produtos químicos, enfatizando a falta de
competitividade do setor―, explicou a diretora de Economia e Estatística da
Abiquim, Fátima Giovanna Coviello Ferreira.
O estudo acrescenta que a utilização média da capacidade instalada ficou em
80% nos últimos 12 meses, dois pontos acima na comparação com o índice
dos 12 meses anteriores. ―Apesar da melhora, a ociosidade ainda se
encontra em patamares elevados para os padrões da indústria química
mundial, o que desestimula as empresas a investirem no País―, afirmou
Fátima. ―É necessário pensar no longo prazo e manter o foco em questões
estruturais, que devolvam competitividade ao País. Devem ser
destacados importantes programas sob a área do Ministério de Minas e
Energia, como o Gás para Crescer, que tem o objetivo de definir um
marco regulatório para o gás natural; o Combustível Brasil, que tem por
meta traçar as necessidades do País em termos de refino de derivados do
petróleo, além do Renova Bio―, finalizou.
VOLTAR
Fonte: Petronotícias
06/06/2017
- PRUMO LOGÍSTICA NEGOCIA COM BOLOGNESI PROJETO DE USINA TÉRMICA DE 1,2 GW
A Prumo Logística está negociando
com a Bolognesi para ficar com os
direitos de construção e futura
operação de uma termelétrica de
1,2 gigawatt de capacidade. O
empreendimento térmico foi
vencedor em um leilão de energia
promovido pelo governo em 2014.
A empresa esclareceu que as
conversas ainda são preliminares e
ressaltou que as negociações
ainda são não vinculantes. ―A
Prumo reitera que ainda se encontra em fase de negociação, que não tem
visibilidade sobre a concretização do negócio preliminar com a Bolognesi e,
portanto, não existe nenhum contrato definitivo ou qualquer documento
vinculante assinado‖, acrescentou a companhia em fato relevante enviado ao
mercado.
Recentemente, a Prumo, que opera o Porto do Açu, em São João da Barra
(RJ), anunciou ter recebido US$ 80 milhões de uma linha de crédito obtida
junto à Overseas Private Investment Corporation, uma agência financeira norte-
americana de desenvolvimento, e que pretende usar os recursos
principalmente no terminal de transbordo de petróleo do Porto do Açu, para o
recebimento de grandes petroleiros. VOLTAR
Fonte: Petronotícias
06/06/2017
- DIREÇÃO DA NOVA BAKER HUGHES SERÁ FORMADA POR UMA EQUIPE DE GRANDES EXECUTIVOS PARA ATUAR EM 120 PAÍSES
A Baker Hughes Incorporated e a
GE anunciaram a equipe executiva
que levará a Baker Hughes, uma
empresa da GE, ao fechar sua
transação proposta para combinar o
petróleo e o gás da GE Negócios
com o Baker Hughes. A equipe
executiva combinada, que tem uma
experiência considerável,
conhecimentos profundos e gerará impacto global. A empresa terá operações
em mais de 120 países, aproximadamente 70.000 funcionários e possui duas
sedes em Houston, Texas e Londres, no Reino Unido. O CEO da GE, Jeff
Immelt, será o presidente do Conselho de Administração da Baker Hughes e
Martin Craighead, atualmente presidente e CEO da Baker Hughes, atuará
como vice-presidente do conselho. Veja a lista dos novos executivos da
empresa:
Lorenzo Simonelli, Presidente e CEO (foto)
Maria Claudia Borras, Presidente e CEO da Oilfield Services
Belgacem Chariag, Chief Global Operations Officer
Rod Christie, Presidente e CEO, Turbomachinery & Process Solutions
Harry Elsinga, Diretor de Recursos Humanos
Jennifer Hartsock, Chief Information Officer
Matthias Heilmann, Presidente e CEO, soluções digitais
Jack Hinton, Diretor de Saúde, Segurança e Meio Ambiente
Nicola Jannis, Diretor de Desenvolvimento de Negócios
Derek Mathieson, Diretor de Marketing e Tecnologia
Jody Markopoulos, Diretor de Engenharia e Supply Chain
Will Marsh, Diretor Jurídico
Neil Saunders, pPresidente e CEO, Oilfield Equipment
Uwem Ukpong, Diretor de Integração
Brian Worrell, Diretor Financeiro
VOLTAR
Fonte: Petronotícias
06/06/2017
- PETROBRÁS ESPERA FECHAR VENDA DE 15 ATIVOS EM 3 MESES
A Petrobrás segue firme na queima
total de estoque, com a extensa
lista de ativos a venda, com 30
negócios incluídos na lista total, e
espera vender metade deles nos
próximos três meses, enquanto os
demais deverão ser fechados até o
final de 2017, segundo o
presidente da Petrobrás, Pedro
Parente, que fez a afirmação em
evento com investidores em São
Paulo.
No saldão, foi incluída também a
participação na Braskem, em que a Petrobrás detém 36,1% do capital total e
47% do capital votante, tendo a Odebrecht como sócia controladora.
Uma novidade foi a possibilidade, aventada pelo diretor financeiro, Ivan
Monteiro, de fazer uma oferta pública de ações da BR Distribuidora, em vez
tentar negociar diretamente com empresas interessadas.
VOLTAR
Fonte: Tnpetróleo
06/06/2017
- Diretrizes para individualização da produção em jazidas de petróleo e gás natural é publicada pelo CNPE
Hoje, 06/06 o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) publicou no Diário Oficial da União (DOU) a resolução nº 8 que estabelece diretrizes para os procedimentos de individualização da produção em situações onde as jazidas de petróleo e gás natural se estendam para áreas não contratadas.
Cabe à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), ao tomar conhecimento, comunicar prontamente ao Ministério de Minas e Energia (MME) a possibilidade de extensão de uma jazida para áreas não contratadas.
As áreas não contratadas que contenham parcela de uma jazida compartilhada deverão ser prontamente contratadas para execução de atividades conjuntas de exploração e produção de petróleo e gás natural, sendo que as contratações serão realizadas, preferencialmente, antes da data de declaração de comercialidade da jazida compartilhada.
A ANP também deverá regular os critérios de apropriação e rateio da produção de uma jazida compartilhada, envolvendo área não contratada, antes da data efetiva de um acordo de individualização da produção.
Caso a contratação da área não contratada ocorra previamente à quitação do valor resultante da diferença entre os montantes reconhecidos dos gastos incorridos e os volumes produzidos e apropriados pela União e pelo titular da área sob contrato adjacente, continuará a União credora ou devedora, conforme o caso, de eventual saldo.
Os gastos passíveis de recuperação e as receitas da União, decorrentes da participação que lhe é devida na produção da jazida compartilhada, deverão ser atualizados monetariamente, pelo Índice Geral de Preços do Mercado - IGP-M, elaborado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), ou outro que o vier substituir, sendo vedada a remuneração de capital.
Sobre a produção realizada antes da data efetiva do acordo de individualização da produção, pelo titular da área sob contrato com jazida compartilhada que se estenda para área não contratada adjacente, incidirão royalties nas alíquotas previstas no respectivo contrato de exploração e produção e participação especial no caso do contrato de concessão.
Não será devido, em relação às áreas não contratadas, o pagamento de despesas qualificadas como pesquisa e desenvolvimento e inovação a que se referem os contratos de exploração e produção de petróleo e gás natural.
VOLTAR
Fonte: Tnpetróleo
06/06/2017
- Importação de etanol do Brasil ultrapassa 1 bilhão de litros
As importações brasileiras de etanol deverão acumular 1,02 bilhão de litros até o próximo dia 15 de junho, já considerando os primeiros navios agendados para desembarcar o produto neste mês, de acordo com levantamento da Datagro.
De acordo com a consultoria, esse volume é equivalente a um crescimento de 26,4% em comparação com o total adquirido durante todo o ano de 2016, quando as aquisições chegaram a um total 813,53 milhões de litros.
No mês passado, as compras de etanol produzido fora do Brasil chegaram a 183,71 milhões de litros. Foi maior volume registrado para o mês maio nos últimos cinco anos.
Do total do etanol importado pelo mercado brasileiro, entre janeiro e o ínicio de junho de 2017, 619,73 milhões de litros foram descarregados nos portos das regiões Norte e Nordeste do País. O montante representa 60,3% da importação do combustível.
Ainda conforme informações divulgadas pela Datagro Consuloria, já existem quatro navios agendados para desembarcar no Brasil cerca de 98,06 milhões
de litros, no mês de junho. No mesmo período do ano passado, os compradores brasileiros responderam pela importação de apenas 15,21 milhões de litros do biocombustível.
VOLTAR
Fonte: Portos e Navios
06/06/2017
- Produção de veículos do Brasil sobe 25% em maio ante abril, diz Anfavea
A indústria brasileira de veículos teve alta de 25,1 por cento na produção em maio ante abril, para 237,1 mil carros, comerciais leves, caminhões e ônibus, informou a associação de montadoras, Anfavea, nesta terça-feira.
Na comparação com maio do ano passado, a produção foi 33,8 por cento maior, acumulando nos cinco primeiros meses de 2017 crescimento de 23,4 por cento no volume produzido sobre um ano antes, para 1,037 milhão de unidades.
As vendas de veículos novos totalizaram 195,6 mil unidades em maio, elevação de 24,6 por cento sobre abril e de 16,8 por cento ante maio de 2016, segundo a associação. Desde janeiro, foram comercializadas 824,49 mil unidades, acréscimo de 1,6 por cento na comparação com os cinco primeiros meses do ano passado.
"O acumulado de janeiro a maio teve crescimento modesto, mas em linha com a expectativa de estabilização", ressaltou o presidente da entidade, Antonio Megale.
Megale disse que a Anfavea mantém suas previsões para 2017 e aguarda acontecimentos das próximas semanas para avaliar eventual revisão. No caso específico da produção e exportação, disse que o viés é positivo, "mas que aguarda maior clareza no quadro político para revisar previsões para 2017".
Por ora, a Anfavea prevê crescimento de 11,9 por cento na produção total de veículos do país neste ano em relação a 2016, bem como alta de 4 nas vendas totais e de 7,2 por cento nas exportações totais.
"A Anfavea defende que se resolva a crise o mais rápido possível, qualquer que seja a decisão. Queremos no comando alguém comprometido com as refromas trabalhista e tributária, que são fundamentais para o mínimo de estabilidade", destacou Megale.
EXPORTAÇÕES
As exportações de autoveículos, máquinas agrícolas e rodoviárias em maio cresceram 19,9 por cento ante abril, somando 1,47 bilhão de reais, informou a Anfavea. Na comparação com maio de 2016, as exportações tiveram alta de 56,9 por cento.
"Esperávamos que as exportações fossem positivas, mas estão superando as expectativas", disse Megale.
No acumulado dos cinco primeiros meses deste ano, as exportações de autoveículos e máquinas agrícolas e rodoviárias atingiram 6,04 bilhões de reais, superando em 52,7 por cento o desempenho de janeiro a maio de 2016.
As vendas internas de máquinas agrícolas totalizaram 4,1 mil unidades em maio, alta de 17,6 por cento sobre abril e de 16,4 por cento na comparação com o mesmo mês do ano anterior.
De janeiro a maio, foram vendidas 17,3 mil máquinas agrícolas, um número 28,7 por cento maior em relação aos cinco primeiros meses de 2016.
No segmento de agronegócios, a Anfavea espera um resultado ainda melhor no segundo semestre. "As empresas se preparam para atender uma demanda possivelmente mais forte nos próximos meses com o novo Plano Safra", disse Megale. O anúncio do novo Plano Safra está previsto para quarta-feira.
VOLTAR